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Qual a sua graça?

terça-feira, 25 de julho de 2023

Em 1984, o Instituto Félix Pacheco registrava a existência de quatro Placidina Maria de Jesus e duas Minervina de Silva Lima

Em 1984, o Instituto Félix Pacheco registrava a existência de quatro Placidina Maria de Jesus e duas Minervina de Silva Lima

Eu leio tudo que me cai nas mãos, até bula de remédio, que é uma das coisas mais perigosas que um ser humano pode ler (desconfio que bula de remédio mata “mais que bala de revórver,” como diria Adoniran Barbosa). Tenho, um predecessor ilustre: Dom Quixote de La Mancha, que, às tantas de sua sábia loucura, declarou: “Eu sou amigo de ler até os papéis esfarrapados da rua”. Foi levado por esse antigo vício que li “A graça de cada um - nomes e sobrenomes do mundo inteiro”, de Alberto Stoeckicht, editado em 1984. Não que esse tenha literalmente caído em minhas mãos, ou que eu o tenha encontrado esfarrapado na rua. Na verdade, apanhei-o numa dessas bancas em que pessoas deixam livros para serem levados por quem se interessar.  Antigamente, quando se queria saber o nome de alguém, perguntava-se: “Qual a sua graça?” A pergunta saiu de moda, mas a graça do trocadilho do título despertou meu interesse.

Então, é com base no livro de Stoeckicht que vou levar essa conversa adiante. Ele explica, por exemplo, que originariamente cada pessoa tinha só um nome, se tanto. João era João e estava resolvido, ninguém o confundia com outra pessoa. À medida que a sociedade foi ficando mais complexa, maiores os agrupamentos humanos, começou a existir mais de um João no mesmo local. Surgiu a necessidade de distinguir um João do outro. E aí vieram os sobrenomes, geralmente pelo acréscimo do nome do pai, ou de uma partícula que significasse “filho de”. É o caso de SON inglês (Dickson, Jackson), de EZ espanhol (Perez, Ramirez) e do ES português (Fernandes, Rodrigues).

Mas isso ainda não resolvia completamente a questão. Nos Estados Unidos, por exemplo, é dobrar uma esquina e dar de cara com Smith, Williams, Johnson, Taylor ou Miller. Para distinguir um John Taylor de outro, surgiu o nome do meio. João Luís Oliveira é um, João Antônio Oliveira é outro. Mas a homonímia persiste. Segundo Stoeckicht, mesmo nomes excêntricos às vezes se repetem. Em 1984, o Instituto Félix Pacheco registrava a existência de quatro Placidina Maria de Jesus e duas Minervina de Silva Lima. O então ministro Hélio Beltrão fez um levantamento e concluiu que, entre os dez nomes mais comuns entre nós, nove terminavam em Silva, o que o levou a concluir que nosso país deveria chamar-se Brasil da Silva.

E a homonímia continuou causando problemas. Tem até casos de pessoas enterradas por engano, como aconteceu com dois Carlos Alberto Ferreira, que deram entrada no IML do Rio em dias seguidos. Um era branco e outro, preto; um morto por afogamento; outro, por choque elétrico; um tinha 19 anos e o outro, 13. O branco já tinha sido reconhecido pela mãe (que depois se justificou: “Me disseram que uma pessoa que morre carbonizada fica preta”). Nada disso impediu que um fosse levado no lugar do outro.

O livro fala da origem e significação de nomes em diversas línguas, de nomes que se originam de profissões (Ferreira), de animais (Coelho), de pontos geográficos (Lombardo), de pessoas famosas do passado (Washington), de referências religiosas (dos Anjos). Não faltam excentricidades, como o do pai que insistiu em batizar o filho como Caule, explicando que essa tinha sido a melhor opção entre os outros nomes que lhe haviam ocorrido, ou seja: Jungo, Prisma e U Surian. Também não faltam coisas que são quase um xingamento (Abrilina Caçapava), ou são puramente escatológicos: (Constipation, Merdine, Urine). Sem falar nas invencionices brasileiras (Outhydes, Onovercina).

E mais não direi, porque o livro tem 125 páginas, eu pouco mais de uma lauda. Por outro lado, não convém abusar da paciência do leitor, que talvez para conseguir chegar até aqui tenha sido obrigado a xingar todos os nomes feios que conhece. Aí não tem mais graça!

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A cerejeira do Japão, um colírio para os olhos

terça-feira, 25 de julho de 2023

Elas só florescem uma vez ao ano e a floração dura cerca de sete dias. Suas folhas desaparecem com a chegada do outono. Os galhos nus enfrentam o inverno para desabrochar em flor na estação seguinte, entre março e abril.

 Estamos falando da sakura, mais conhecida como cerejeira, a flor nacional do Japão, símbolo de felicidade: é na época de sua floração que as crianças iniciam o ano escolar, que os recém formados saem em busca de trabalho; além disso, o chá de pétalas de sakura é utilizado em rituais como casamentos e ocasiões festivas.

Elas só florescem uma vez ao ano e a floração dura cerca de sete dias. Suas folhas desaparecem com a chegada do outono. Os galhos nus enfrentam o inverno para desabrochar em flor na estação seguinte, entre março e abril.

 Estamos falando da sakura, mais conhecida como cerejeira, a flor nacional do Japão, símbolo de felicidade: é na época de sua floração que as crianças iniciam o ano escolar, que os recém formados saem em busca de trabalho; além disso, o chá de pétalas de sakura é utilizado em rituais como casamentos e ocasiões festivas.

No Brasil, poucas variedades de cerejeira puderam se desenvolver devido às variações climáticas; no entanto, a partir dos anos 80, após várias tentativas algumas espécies conseguiram se adaptar ao nosso clima, as mudas passaram a ser vendidas e seu plantio se espalhou por diversos estados. A variedade de sakura que mais se adaptou foi a “okinawa sakura” (cerejeira de Okinawa, ilha que tem as mesmas características climáticas do Brasil). Em muitas cidades e núcleos nipo-brasileiros, foram plantadas grandes quantidades desta árvore e na época da sua floração, no período que vai de julho a setembro, temos um visual de encher os olhos. Em geral, nesses locais têm sido organizados festivais japoneses.

Em Nova Friburgo, a presença japonesa é marcada pela chegada do engenheiro agrônomo Tohoro Kassuga, nascido em 1892, na cidade de Shiga-Ken, hoje Kusatsu. Em 1908 ele imigrou para o Brasil, onde desembarcou no porto de Santos. Não fixou residência no Estado de São Paulo, reduto dos japoneses na época, pois seguiu viagem até o Rio de Janeiro, onde se radicou na área rural de Friburgo. Foi ali que se dedicou ao plantio do caqui, fruta até então desconhecida na região e, provavelmente, é com ele também que começa a história da cerejeira, no município. Aos poucos o número de mudas se multiplicou a ponto de ser considerada hoje, a árvore símbolo da cidade.

Conhecido como “Hanami” (ver as flores), foi realizada, nos últimos dias 15 e 16 a festa da colônia japonesa na Associação Cultural e Esportiva Nipo Brasileira de Nova Friburgo (Acenbnf) que fica na estrada RJ-130, a Teresópolis-Friburgo, antes da entrada para o bairro Cardinot. Antes a festa do Hanami era celebrada no Sítio Florândia da Serra, da família Matsuoka; a mudança do local foi feita para facilitar o acesso ao evento e migrar essa celebração para esse espaço que pertence à colônia japonesa. A expectativa é que, em poucos anos, o local seja um verdadeiro corredor de sakuras (cerejeiras).

 No Japão, essa festa é realizada ao ar livre, em baixo das árvores, justamente na época em que todas estão floridas. No atual espaço ainda vai demorar um pouco para que as cerejeiras ali plantadas estejam frondosas e floridas, no entanto isso não tirou a beleza da festa, onde foram servidas comidas típicas. Teve ainda apresentação de danças folclóricas e mostrada um pouco da arte manual japonesa.

Chamou atenção também, uma árvore onde as pessoas colocam pedaços de papel coloridos em seus galhos, amarrados com barbante e que neles contém os pedidos mais variados. É conhecida como Tanabata Matsuri, a árvore dos desejos. É inspirada em uma lenda com cerca de dois mil anos que conta a história de uma princesa (Orihime) e de um pastor (Hikoboshi). Os dois, perdidamente apaixonados deixaram de lado seus afazeres diários e foram transformados, pelo pai da princesa furioso com o descaso de ambos, em duas estrelas colocadas em extremidades opostas da via láctea.

Diante das súplicas de Orihime para estar junto de seu amado, ele permitiu que os dois apaixonados se encontrassem uma vez por ano. Agradecidos a essa dádiva, passaram a atender aos pedidos dos mortais, na Terra.

É nessa época que Nova Friburgo mostra toda sua beleza natural. As cerejeiras florescem no inverno e em todos os bairros encontramos “hanamis” mostrando a exuberância de sua floração. É a compensação visual para o frio que castiga e nos obriga a tirar mais e mais casacos do armário.

Com a realização do Festival Sesc de Inverno, friburguenses e turistas têm a oportunidade de conhecer uma das mais bonitas cerejeiras de Friburgo, pois ela está situada nos jardins do Country Clube, onde acontecem várias apresentações do evento. Ela é um verdadeiro colírio para os olhos.

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AVS traz sempre uma lição de vida para todos nós!

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Parece que os meses do ano serão poucos para que sejam dedicados a tantos temas. Na edição do último fim de semana do jornal, Christiane Coelho nos trouxe uma página que é um deleite, um guia de boas recomendações e incentivo às mamães e aos papais, pois, o mês de agosto, com muito gosto, é dedicado ao aleitamento materno. Eu digo aos papais também, porque quem não pode “dar o peito”, pode dar apoio. Isso me faz lembrar de quando minha caçula nasceu, pois, conheci o pediatra, doutor Waldir Bastos.

Parece que os meses do ano serão poucos para que sejam dedicados a tantos temas. Na edição do último fim de semana do jornal, Christiane Coelho nos trouxe uma página que é um deleite, um guia de boas recomendações e incentivo às mamães e aos papais, pois, o mês de agosto, com muito gosto, é dedicado ao aleitamento materno. Eu digo aos papais também, porque quem não pode “dar o peito”, pode dar apoio. Isso me faz lembrar de quando minha caçula nasceu, pois, conheci o pediatra, doutor Waldir Bastos. Logo na primeira consulta, ele elogiou o desenvolvimento do bebê e orientou: “Vamos mantendo o peito!”. E assim foi até que na sétima consulta, ele me deu os parabéns e acrescentou: “Você me surpreendeu!” Ao que respondi: “o senhor bem sabe que tamanho não é documento!”

Além de ser essencial, penso que não há, na missão materna, emoção mais sublime, que se possa comparar ao ato de amamentar. É algo indescritível, quando o bebê, já maiorzinho, olha para a mãe e pega o peito, feliz da vida. Não há mamadeira que alimente mais essa felicidade de ambos – mãe e bebê, num relacionamento sério, divertido e saudável. Como ressaltou a doutora Márcia Machado Lontra Ruiz, médica responsável pelo Banco de Leite do Hospital Maternidade Dr. Mário Dutra de Castro: “O leite humano não é apenas um alimento e sim uma verdadeira vacina contra muitos patógenos dos quais a mãe já entrou em contato e passará sua imunidade para o bebê. “O leite humano pode, sem exagero, ser comparado ao ouro.”

Tantos cuidados com a alimentação dos bebês, mas, e depois de adultos? Estamos nos preocupando com nossos alimentos? Ao que tudo indica, na mesa do brasileiro está faltando inserir alimentos com origem na biodiversidade do nosso país. A constatação é do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP. Anderson Lucas, participante do projeto, destacou o baixo consumo de alimentos in natura o que, em parte, se deve às facilidades de aquisição dos ultraprocessados. O pesquisador reconheceu que é importante, fora do meio rural, “incentivar, por meio de hortas comunitárias, a disponibilidade desses alimentos nas áreas urbanas.”.

O friburguense de 11 anos, Bruno Barcellos de Oliveira conquistou Medalha de Ouro no campeonato Panamericano de Karatê. Bruninho, como é chamado, tem distrofia muscular, doença degenerativa que afeta os músculos. A mãe dele, Graciele Barcellos, em seus depoimentos, nos emocionou: (...) Ele luta o tempo todo para a doença não evoluir, não o paralisar de vez. A gente vai vivendo um dia de cada vez e a cada dia é uma vitória. Hoje o Bruninho é um campeão em todos os sentidos.”. Um Herói, sim!

O frio em Nova Friburgo não deixa o povo encolhido, dentro de casa, e agora é a vez do Festival Sesc de Inverno reger a batuta de uma programação incrível. Na abertura, na última quinta-feira, 20, Dia do Amigo, a camerata da Banda Euterpe Friburguense brilhou, mais uma vez, no Nova Friburgo Country Clube, onde também se apresentaram a cantora Talita Krau, o violinista Isaac Cainã e grupo folclórico. Na ocasião, a artista e cantora Nádia Athayde, líder do grupo vocal Tom Sobre Tom, recebeu homenagem prestada pelo presidente do Sincomércio, Braulio Rezende. O diretor do Sincomércio e da CDL, Theóphilo Rodrigues, lembrou o Dia do Comerciante, 16 de julho, ressaltando a homenagem a Nádia. Em evidência, ainda na noite, os 20 anos de regência na Euterpe, do maestro Nelson José da Silva Neto. A todos, Parabéns!

Enquanto a música encanta os nossos ouvidos, o Cão Sentado, de Silvério, observava, na capa do jornal, as irregularidades no trânsito. Falando nisso, o Congresso Nacional estuda a proposta de as placas de veículos no Brasil voltarem a exibir o estado e o município de sua origem. Considero isso imprescindível nas placas, por todas as razões óbvias de identificação. É muito vago que, dentro do nosso país, uma placa exiba apenas o nome do Brasil. É uma referência vazia de dados. Eu aprendi, com meu pai, que as placas dos “automóveis” têm muito a nos dizer e dizem muito sobre os lugares do país. 

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Vivas para a Vera!

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Vera Lúcia Cintra (foto), figura das mais conhecidas e queridas de nossa cidade, por suas atuações nas esferas esportivas, políticas, rotárias e comunitárias, inclusive na atualidade como atuante presidente do Grêmio Português de Nova Friburgo, estará aniversariando amanhã, 26.

Por esta alegre razão e se unindo a uma legião de amigos e admiradores, parabenizamos desde já a querida Vera Cintra com votos de muitas e muitas felicidades.

Sem camisa e com cerveja!

Vera Lúcia Cintra (foto), figura das mais conhecidas e queridas de nossa cidade, por suas atuações nas esferas esportivas, políticas, rotárias e comunitárias, inclusive na atualidade como atuante presidente do Grêmio Português de Nova Friburgo, estará aniversariando amanhã, 26.

Por esta alegre razão e se unindo a uma legião de amigos e admiradores, parabenizamos desde já a querida Vera Cintra com votos de muitas e muitas felicidades.

Sem camisa e com cerveja!

Quando a maré não é boa, tudo de ruim acontece e que o diga, lamentavelmente o querido time Vasco da Gama.

Na última sexta-feira, 21, um caminhão que transportava de São Paulo as novas camisas para o clube usar daqui para frente no Brasileirão, foi roubado na Baixada Fluminense e claro, os malandros estão faturando com o uniforme cruzmaltino oficial a preços módicos.

Para compensar e não dizer que maré está remando com tudo contra, vale informar em primeira mão que uma conceituada cervejaria situada no Espaço Arp recebeu recentemente encomenda com receita especial e já está produzindo, uma cerveja oficial para o Vasco, inclusive com belíssimo rótulo, que a partir de breve estará sendo comercializada em lojas credenciadas.

Aniversariante muito querida!

Hoje, 25, o dia é de São Cristovão e também de uma pessoa bastante especial para este colunista, que é minha querida irmã Márcia Eliete Dias Ivan.

Por isso, para a Eliete, parabéns com votos de muitas felicidades e tudo de bom como ela bem merece.

Mudança de idade bem festejada

Ainda repercutindo entre parentes e amigos, as alegres comemorações que marcaram o último dia 16, por conta da nova idade que estreou a queridíssima Vanderléia, na foto com o esposo Marcelo, filho Rodrigo e neto Renan.

Ainda em tempo de grandes satisfações, apesar do pequeno atraso, nossos cumprimentos e felicitações para a Vanderléia. Desejamos a ela, saúde, paz e felicidades.

Queijos e Vinhos do Imperador

O Rotary Clube Nova Friburgo Imperador, sempre atuante igualmente aos outros quatro rotarys do município, já tem agendada mais uma realização muito especial.

Quando setembro chegar, justamente na sexta-feira dia 1º, o Rotary Imperador realizará a 4ª edição da concorrida Noite de Queijos e Vinhos.

O atual presidente José Eduardo Valentim e sua diretoria, assim como todo quadro associativo estão se novimentando para mais esta realização de sucesso, que inclusive se realizará para dar ainda mais sustenção aos seus belíssimos projetos sociais, que são a Farmácia Comunitária, o Festival das Crianças e o recebimento de cadeiras higiênicas.

Hoje, missa e procissão motorizada

Conforme esta coluna já informou e uma vez registra, todos estão convidados pelo estimado Padre Roberto Pinto da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário em Riograndina, para a missa festiva hoje, 25, às 19h em louvor a São Cristovão e em seguida, carreata solidária para bênçãos dos motoristas e arrecadação de alimentos não perecíveis que serão destinados a famílias carentes daquele distrito.

Swissando com agosto movimentado

O grupo friburguense de danças suíças Swissando está se preparando para daqui a alguns dias, ser mais uma vez destaque em apresentações sempre belas e dignas de efusivos aplausos.

No dia 1º de agosto - Dia Nacional da Suíça, próxima terça-feira, o grupo Swissando será atração, a partir das 18h45, no centro de Nova Friburgo, prometendo um show e tanto durante o tradicional 'Cortejo das Lanternas'.

Logo em seguida, nos dias 4, 5 e 6, o Swissando estará aterrissando em Indaiatuba, no interior paulista, para participar como um dos destaques da Festa Suíça que acontecerá por lá com a participação de um grupo de dança que virá especialmente da Suíça para aquele evento.

Na semana seguinte, no sábado 12 de agosto, o grupo Swissando fará uma apresentação no distrito de São Pedro da Serra e para fechar agosto com chave de ouro, dia 21 receberá uma justíssima homenagem às 18h na Câmara Municipal de Nova Friburgo.

Valeu, amigos leitores!

Muitíssimo obrigado aos leitores que dirigiram mensagens a este colunista pelos 38 anos de publicações ininterruptas que a coluna ETC & ETC completou em A VOZ DA SERRA. Valeu mesmo! 

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Mensagem do Papa para o III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Queridos irmãos e irmãs!

Queridos irmãos e irmãs!

“De geração em geração, a sua misericórdia» (cf. Lc 1, 50): assim reza o tema do III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos. O tema leva-nos a um encontro abençoado: o encontro entre Maria, jovem, e sua parente Isabel, idosa (cf. Lc 1, 39-56). Esta, cheia de Espírito Santo, dirige à Mãe de Deus palavras que, dois milénios depois, cadenciam a nossa oração diária: «Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre» (1, 42). E o Espírito Santo, que já tinha descido sobre Maria, sugere-Lhe como resposta o Magnificat, onde proclama que a misericórdia do Senhor se estende de geração em geração. O Espírito Santo abençoa e acompanha todo o encontro fecundo entre gerações diversas, entre avós e netos, entre jovens e idosos. De facto, Deus quer que os jovens, como fez Maria com Isabel, alegrem os corações dos anciãos e extraiam sabedoria das suas experiências. Mas o primeiro desejo do Senhor é que não deixemos sozinhos os idosos, que não os abandonemos à margem da vida, como hoje, infelizmente, acontece com demasiada frequência.

Neste ano, registra-se uma proximidade estupenda entre a celebração do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos e a Jornada Mundial da Juventude; no tema de ambas, sobressai a «pressa» de Maria (cf. 1, 39) quando visita Isabel, levando-nos assim a refletir sobre a ligação entre jovens e idosos. O Senhor espera que os jovens, ao encontrar os idosos, acolham o apelo a guardar as memórias e reconheçam, graças a eles, o dom de pertencerem a uma história maior. A amizade de uma pessoa idosa ajuda o jovem a não cingir a vida ao presente e a lembrar-se que nem tudo depende das suas capacidades. Por sua vez, aos mais velhos, a presença de um jovem abre à esperança de que não se perderá tudo aquilo que viveram e se vão realizar os seus sonhos. Em resumo, a visita de Maria a Isabel e a consciência de que a misericórdia do Senhor se transmite de uma geração à outra mostram que não podemos avançar – nem salvar-nos – sozinhos, e que a intervenção de Deus se manifesta sempre no conjunto, na história de um povo. É precisamente Maria quem no-lo diz no Magnificat, alegrando-Se em Deus, que, fiel à promessa feita a Abraão (cf. 1, 51-55), realizou maravilhas novas e surpreendentes.

Para melhor captar o estilo do agir de Deus, recordemos que o tempo deve ser vivido em plenitude, porque as realidades maiores e os sonhos mais belos não acontecem num instante, mas através de um crescimento e de uma maturação: em caminho, em diálogo, no relacionamento. Ora, quem se concentra apenas no imediato, nas próprias vantagens que se hão de conseguir rápida e sofregamente, no «tudo e já», perde de vista o agir de Deus. Diversamente, o seu projeto de amor atravessa o passado, o presente e o futuro, abraça e põe em ligação as gerações. É um projeto que nos ultrapassa a nós mesmos, mas no qual cada um de nós é importante e, sobretudo, é chamado a ir mais além. Para os mais jovens, trata-se de ir mais além do imediato em que nos confina a realidade virtual, que muitas vezes nos desvia da atividade concreta; para os mais velhos, trata-se de não se deterem no debilitar-se das forças nem no lamento pelas ocasiões perdidas. Olhemos para a frente! Deixemo-nos plasmar pela graça de Deus, que, de geração em geração, nos liberta do imobilismo no agir e das lamúrias voltadas para o passado!

No encontro entre Maria e Isabel, entre jovens e idosos, Deus dá-nos o seu futuro. Na realidade, o caminho de Maria e o acolhimento de Isabel abrem as portas à manifestação da salvação: através do seu abraço, a misericórdia irrompe, com alegre mansidão, na história humana. Por isso, quero convidar cada um a pensar naquele encontro; mais ainda, a fechar os olhos e imaginar, como numa foto instantânea, aquele abraço entre a jovem Mãe de Deus e a mãe idosa de São João Batista; representá-lo na mente e visualizá-lo no coração, para o fixar na alma como um luminoso ícone interior.

E convido depois a passar da imaginação à vida concreta, fazendo algo para abraçar os avós e os idosos. Não os deixemos sozinhos; é preciosa a sua presença nas famílias e nas comunidades: dá-nos a noção de partilhar a mesma herança e de fazer parte de um povo em que se preservam as raízes. Sim! São os idosos que nos transmitem a pertença ao santo Povo de Deus. A Igreja e de igual modo a sociedade precisam deles. É que os idosos entregam ao presente um passado necessário para construir o futuro. Honremo-los, não nos privemos da sua companhia nem os privemos da nossa. Não permitamos que sejam descartados.

O Dia Mundial dos Avós e dos Idosos pretende ser um pequeno e delicado sinal de esperança para eles e para a Igreja inteira. Por isso renovo o meu convite a todos – dioceses, paróquias, associações, comunidades – para o celebrarem, colocando no centro a alegria transbordante de um renovado encontro entre jovens e idosos. A vós, jovens, que estais a preparar-vos para partir para Lisboa ou que vivereis a Jornada Mundial da Juventude na própria localidade, quero dizer: antes de sair para a viagem, ide visitar os vossos avós, fazei uma visita a um idoso sozinho. A sua oração proteger-vos-á e levareis no coração a bênção daquele encontro. A vós, idosos, peço para acompanhardes com a oração os jovens que estão prestes a celebrar a JMJ. Aqueles jovens são a resposta de Deus aos vossos pedidos, o fruto daquilo que semeastes, o sinal de que Deus não abandona o seu povo, mas sempre o rejuvenesce com a criatividade do Espírito Santo.

Queridos avós, queridos irmãos e irmãs idosos, chegue até vós a bênção do abraço entre Maria e Isabel, e encha de paz os vossos corações. Com afeto, vos abençoo. E vós, por favor, rezai por mim.

Papa Francisco

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Nunca nos esquecemos dos nomes com sobrenomes!

segunda-feira, 24 de julho de 2023

A literatura é um bom local para guardar lembranças e torná-las vívidas. Se as palavras falam de situações fugazes, podem nos trazer o que vivemos em carruagens. O tempo passa, mas as memórias ficam. É o que vou fazer agora, vou trazer a esta coluna, através de um relato, algumas lembranças das minhas amigas de colégio, já que eram tantas que não caberiam num daqueles livros de capa dura do tamanho de almanaque. 

A literatura é um bom local para guardar lembranças e torná-las vívidas. Se as palavras falam de situações fugazes, podem nos trazer o que vivemos em carruagens. O tempo passa, mas as memórias ficam. É o que vou fazer agora, vou trazer a esta coluna, através de um relato, algumas lembranças das minhas amigas de colégio, já que eram tantas que não caberiam num daqueles livros de capa dura do tamanho de almanaque. 

Ainda escuto suas vozes nas conversas que se perdiam depois daquele portão imenso do Colégio Sacré-Coeur da Marie, na rua Tonelero, 56, Copacabana, Rio de Janeiro. As recordações rodeiam a terrível professora das aulas de História, passeiam pelas saias plissadas que tentávamos encurtar, enrolando o cós. Enfim, detalham os acontecimentos que marcaram os nove anos em que nos sentávamos nas cadeiras das salas dos cursos Primário, Admissão e Ginasial. As relações colegiais eram preenchidas e desenhadas pelos modos de ser de cada uma e nunca foram por nós esquecidas. Apesar das diferenças individuais, íamos descobrindo afinidades e interesses em comum, como os jogos de vôlei, as brincadeiras durante os recreios, as festas, principalmente quando começamos a usar sapato com dois dedos de salto alto. Até hoje, cinquenta anos depois, ainda estamos unidas e trocamos mensagens diariamente. Que bonito! 

Éramos 120 alunas, agrupadas em 4 turmas e seguíamos ano a ano a escolaridade. Aprendemos línguas, matemática e geografia, dentre outras disciplinas que compunham uma grade de ensino variada. E, acima de tudo, aprendemos a ser pessoas dignas. Sob rígida disciplina e alvo dos olhares das freiras, por vezes severos, conseguíamos ser bagunceiras. E, hoje, constatamos, em nossos encontros, que éramos felizes, apesar das agruras que aquele colégio religioso nos trouxe. A rigidez que vivenciamos não nos tirou pedaços, mas nos preparou para a vida. 

Algumas, infelizmente, já se foram, e sempre registramos a ausência delas de modo saudoso e respeitoso.  A maioria está seguindo a vida, e temos a alegria de compartilhar os momentos que vivemos no presente. Dos nomes com sobrenomes, nunca esquecemos! E na semana em que comemoramos a semana do amigo, as lembranças colegiais me transportaram para cada canto daquele imenso colégio, cheio de escadarias e ladeiras. Temos belos registros.

É mágico! Nós, com quase setenta anos, quando estamos juntas, temos a impressão de que o tempo não passou, que ainda somos meninas, com a vida pela frente, cheias de vontade de viver.

É uma amizade que vai nos puxando para perto umas das outras. É eterna enquanto cada uma de nós viver. Se, porventura, alguém tem uma dificuldade ou um sofrimento sabe que o grupo SCM está pronto para acolher, sugerir e ajudar. Confesso que não me sinto só. Tenho a riqueza de guardar amigas de colégio como diamantes.

Deixo, para finalizar, um dos mais belos poemas que conheço e tem a ver com o tema da coluna.

GUARDAR

Antônio Cícero

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.

Em cofre não se guarda coisa alguma.

Em cofre perde-se a coisa à vista.

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por

admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por

ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,

isto é, estar por ela ou ser por ela.

Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro

Do que um pássaro sem voos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,

por isso se declara e declama um poema:

    Para guardá-lo:    

Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:

Guarde o que quer que guarda um poema:

Por isso o lance do poema:

Por guardar-se o que se quer guardar.

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Golpes financeiros em ambiente virtual

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Com o crescimento da tecnologia e a popularização das transações online, os golpes financeiros em ambiente virtual se tornaram uma ameaça crescente. Nesta breve exploração, discutiremos os riscos associados a essas fraudes e forneceremos dicas essenciais para evitar cair nessas armadilhas digitais. Ficar atento e estar informado são fundamentais para proteger suas finanças na era digital.

 

Com o crescimento da tecnologia e a popularização das transações online, os golpes financeiros em ambiente virtual se tornaram uma ameaça crescente. Nesta breve exploração, discutiremos os riscos associados a essas fraudes e forneceremos dicas essenciais para evitar cair nessas armadilhas digitais. Ficar atento e estar informado são fundamentais para proteger suas finanças na era digital.

 

- Phishing: e-mails falsos ou sites fraudulentos que se parecem com instituições financeiras legítimas para obter informações confidenciais dos usuários, como senhas, números de cartão de crédito ou informações bancárias.

- Scams de investimento: ofertas de investimentos falsos que prometem retornos muito altos com risco mínimo. Os golpistas podem criar esquemas Ponzi ou esquemas de pirâmide para enganar os investidores.

- Malware: softwares maliciosos usados para roubar informações financeiras dos dispositivos das vítimas, como computadores e smartphones.

- Clonagem de cartões de crédito: golpistas podem usar dispositivos de leitura de cartão para copiar informações de cartões de crédito em caixas eletrônicos ou terminais de pagamento, possibilitando compras fraudulentas.

- Redes sociais e golpes de namoro: através de perfis falsos em redes sociais, golpistas se aproximam das vítimas para ganhar sua confiança e, eventualmente, pedir dinheiro ou informações financeiras.

- Fraudes em compras online: vendedores falsos podem criar sites de compras online que parecem legítimos para atrair consumidores a fazerem compras, mas os produtos nunca são entregues, ou são de baixa qualidade.

- Falsos programas de assistência financeira: golpistas podem oferecer ajuda para obter empréstimos, subsídios ou benefícios governamentais em troca de taxas adiantadas, mas nunca fornecem os serviços prometidos.

 

Entender quais são os golpes e como funciona a dinâmica de aplicação é o primeiro passo para saber como se portar quando estiver diante de uma situação delicada. Para evitar se tornar mais uma vítima, aqui estão algumas dicas importantes:

- Desconfie de ofertas que pareçam muito boas para ser verdade.

- Verifique sempre a legitimidade dos sites antes de fornecer informações pessoais ou financeiras.

- Não clique em links em e-mails suspeitos; vá diretamente ao site oficial da empresa digitando o URL na barra de endereços do navegador.

- Mantenha seu software antivírus e sistemas operacionais atualizados para se proteger contra malware.

- Utilize senhas fortes e diferentes para cada conta.

- Nunca compartilhe informações financeiras ou senhas por telefone ou e-mail, a menos que tenha certeza da legitimidade da solicitação.

 

Em caso de suspeita de golpe financeiro, é importante denunciar o incidente às autoridades competentes e informar o ocorrido ao seu banco ou instituição financeira para que eles possam tomar as medidas necessárias para proteger sua conta e evitar que outros sejam vítimas. São estes detalhes que, apesar de burocráticos, contribuem para desencorajar novos golpes e inibir a atividade de criminosos.

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Projeto Sorria

quinta-feira, 20 de julho de 2023

Rir. Sorrir. Gargalhar. Eis práticas deliciosas de viver. Rir é bom demais. Esboça alegria, faz bem para alma, libera o diafragma, alivia tensões. Sorrir, faz muito bem. A expressão da felicidade, simpatia, bem-estar, muitas vezes transborda o sorriso, vai além do que se pode supor. Gargalhar passa por aquele riso extravasado, que transborda, contagia. 

Rir. Sorrir. Gargalhar. Eis práticas deliciosas de viver. Rir é bom demais. Esboça alegria, faz bem para alma, libera o diafragma, alivia tensões. Sorrir, faz muito bem. A expressão da felicidade, simpatia, bem-estar, muitas vezes transborda o sorriso, vai além do que se pode supor. Gargalhar passa por aquele riso extravasado, que transborda, contagia. 

A verdade é que tudo isso faz muito bem, tanto para quem sorri, ri, gargalha, quanto para o eventual interlocutor dessas mensagens corporais que transcendem os movimentos do rosto. Até isso é uma escolha. Sorrir ou não sorrir para a vida. Acolher ou não o outro com uma mensagem de boas-vindas. Tem a ver com simpatia, empatia, otimismo, alegria.

Andando por aí, vou observando os semblantes que por mim passam. A maioria das pessoas carrega olhares sofridos, expressões carregadas. Sobrecarregadas. Vivemos tempos difíceis sob muitos aspectos, não podemos negar. E as faces taciturnas, creio, são o oposto de tudo aquilo que o sorriso sincero expõe. Desânimo, cansaço, antipatia, tristeza.

Por outro lado, o sorriso aberto não significa felicidade. Não necessariamente. Em tempos em que o que se demonstra em redes sociais toma dimensões inimagináveis, não raras vezes o ser mais triste apresenta o sorriso mais bonito. A gargalhada gostosa do vídeo, ensaiada. O riso sem brilho nos olhos. Será que dessa forma, sem verdade, sem consonância entre o que realmente se sente e o que aparenta, sorrir faz tão bem assim? Tanto se utiliza a poderosa ferramenta do sorriso para vender a imagem da felicidade que no dia a dia está longe de ser perseguida. Gente que sorri para as câmeras, que mostra sua faceta mais aprimorada da simpatia em fotos, mas que é incapaz de sorrir para as pessoas com quem topa na rua, para o porteiro do prédio, para o colega de trabalho. Gente que oferece sua melhor versão às postagens nas redes sociais, mas que é incapaz de sorrir em casa, que oferece ao convívio familiar sua expressão de descontentamento. Sem senti-lo.

São divagações – para não dizer devaneios. Mas fazem algum sentido. Vejo tantas pessoas essencialmente sem brilho que fazem questão de ensaiar o Sol para convencer terceiros sobre uma felicidade que por vezes passa longe. E qual a intenção de tudo isso? O riso é livre. Sorrir transforma, muda a energia, eleva a frequência, transforma o dia de alguém. E livre e ilimitado. Por que não sorrir de dentro para fora? Isso mesmo: de dentro para fora. Rir de a barriga doer. De dentro para fora. Gargalhar sem medo de ser feliz. Sem pose para fotos. Sem necessários registros. Sem foco na aparência. De dentro para fora. Sorrir para mudar o dia, para mudar a si mesmo, para contagiar o outro, para transformar a vibração do mundo.

É isso. Enxergar o lado bom que tudo tem e sorrir para a vida. É deveras transformador. De dentro para fora.

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Alunão de casa nova

quarta-feira, 19 de julho de 2023

A mais antiga escola de samba da cidade terá casa nova. A Alunos do Samba encerrou um longo processo de negociação, culminando com a mudança de endereço da sua quadra e barracão. O atual espaço, que abriga tanto a quadra como o barracão, passará a um empresário do ramo de supermercados, vizinho à escola. O mesmo terá que construir, em terrenos próprios, uma moderna quadra e o espaço para confeccionar e guardar alegorias, adereços e fantasias.

 

Mantida em Conselheiro

A mais antiga escola de samba da cidade terá casa nova. A Alunos do Samba encerrou um longo processo de negociação, culminando com a mudança de endereço da sua quadra e barracão. O atual espaço, que abriga tanto a quadra como o barracão, passará a um empresário do ramo de supermercados, vizinho à escola. O mesmo terá que construir, em terrenos próprios, uma moderna quadra e o espaço para confeccionar e guardar alegorias, adereços e fantasias.

 

Mantida em Conselheiro

O destino da nova quadra já está definido: um terreno ao lado do Campo do Pastão, em Conselheiro Paulino, mas precisamente na esquina da Rua José Ernesto Knust, ou seja, praticamente na mesma calçada da atual localização da escola. O espaço, inclusive, foi alvo de longa disputa judicial entre a prefeitura e o empresário que acabou vitorioso. A quadra deverá ter todo tratamento acústico e ainda contará com mais de dez lojas que poderão ser alugadas pela agremiação a fim de elevar suas receitas.

 

Barracão ainda sem destino

Já o espaço que abrigará o barracão segue indefinido, mas o contrato assinado entre as partes, exige que seja em local que permita facilidade no deslocamento das alegorias ao destino dos desfiles do carnaval, não necessariamente em Conselheiro Paulino. A agremiação azul e branco também receberá uma quantia para quitar dívidas e ficar com  uma reserva para eventuais emergências. 

 

Modernização

O sonho de um novo espaço é antigo, já que o atual sofre com problemas estruturais e reclamações de barulho. Vale lembrar que a escola sofreu com um incêndio em 2022 que queimou fantasias e um carro alegórico. Com poucos recursos, a escola também buscava fontes de receitas que poderiam vir, como no futuro próximo, com o aluguel de uma quadra moderna e as lojas. 


Até 2034

O prazo para o cumprimento do acordo é de uma década, ou seja, para o desfile do ano que vem e possivelmente os próximos, a escola seguirá no atual espaço. Mas como há interesse do empresário em liberar o que adquiriu, é possível que as obras da quadra e o novo barracão saiam antes das expectativas. 

 

Aprovado em assembleia

Acredita-se que a atual diretoria da Alunão cumpriu os ritos e para além dos previstos, em estatuto, para consolidar, com segurança, as tratativas, entre as quais convocação, publicidade e aprovação em assembleias. De fato, um novo momento histórico para a tradicional escola de samba, que começou a sua trajetória no Suspiro, até se tornar a escola de Conselheiro. A Alunos do Samba amarga um jejum de quase 30 anos sem o título de campeã do carnaval friburguense e vem buscando nos últimos anos se adequar às novas realidades com a evolução das coirmãs.

 

Carnaval 2024

Por falar em carnaval, as escolas estão em posição de esquentar os tamborins. Três das quatro já anunciaram seus enredos. A Alunão levará para avenida “Nem tudo que reluz é ouro”. A Imperatriz de Olaria anunciou seu tema no último domingo, 16: “Um brinde à alegria e vai rolar a festa”, exaltando as mais diversas festas brasileiras e no mundo. A Vilage está mais adiantada ainda e começa já neste domingo, 23, a disputa do samba para o enredo “Xaxado”.

 

Disputa de samba na Vilage

A atual campeã, Vilage no Samba, deve receber um recorde de concorrentes. Estima-se até dez obras, atraindo, inclusive, compositores da capital. O número exato será conhecido já amanhã, 21, quando os sambas deverão ser entregues à diretoria, de acordo com as regras estabelecidas. No domingo, 23, haverá a apresentação na quadra e daí em diante, serão quatro eliminatórias até a grande final, prevista para o dia 2 de setembro, com três sambas, a princípio. 

 

Roxo e branco

A Unidos da Saudade, a única que ainda não anunciou seu enredo, promete fazê-lo no dia 5 de agosto, em evento na quadra. Ocasião em que também será lançado o samba-exaltação aos 75 anos da roxo e branco, fruto de um concurso que contou com sete concorrentes. A direção da escola também promete, imediatamente, disponibilizar a sinopse para a disputa de samba-enredo.      

 


Teatro

O povo quer mais teatro. É uma constatação que transcende o óbvio. Ainda que a cidade não tenha equipamentos públicos em funcionamento para as apresentações teatrais, a vocação natural para o teatro resiste. As últimas apresentações teatrais no município têm tido lotação máxima. Os ingressos para as peças do Festival Sesc de Inverno se esgotaram em poucos minutos. No Festival de Inverno da prefeitura, as apresentações também tiveram lotação máxima.

 

Equipamentos culturais 

O Centro de Artes continua fechado. O Teatro Municipal idem, assim como todo complexo da Praça das Colônias. De propriedade privada, as apresentações têm se dividido entre os teatros Sania Cosmelli, do Colégio N.S. das Dores; Country e Usina Cultural. Até a quadra do GPH foi adaptada para receber uma montagem de Jane Ayrão. Há ainda os teatros do Sesc e do Colégio Anchieta. Não dá para passar batido pelo abandono da Praça CEU, na Via Expressa.                   

 

Mulher negra

A Usina Cultural abriga amanhã, 21 e sábado, 22, a exposição de fotografias “As últimas primeiras”, que destaca, através da ativista e vereadora Maiara Felício, um olhar ao valor da beleza e diversidade da mulher negra friburguense. A intenção é mostrar a autoestima ancestral como sinônimo de revolução em terras que promovem a invisibilidade negra. A abertura acontece às 19h.   

 

Tragédia anunciada

Matematicamente rebaixado, o Friburguense apenas cumprirá tabela nas duas rodadas finais da segundona, diante do ameaçado Araruama e do ainda na briga pela classificação, o Resende. Pela primeira vez, o Tricolor da Serra terá que disputar a terceirona. Menos mal que possa subir ainda neste ano. Mas sem apoio, pode também amargar mais um rebaixamento, a quarta divisão.

 

Dificuldades

O cenário é o pior possível. Com dificuldades até para pagar as taxas de borderô dos jogos, nas últimas partidas o time chegou minutos antes das partidas, se deslocando por vans. Sem patrocínios, sem apoio da municipalidade que, claramente, na atual gestão, despreza a institucionalidade, o Friburguense tem pouco mais de um mês para se reorganizar. Se seguirá com a atual gerência com Siqueirinha e de que forma ou se mudará e como mudará. O tempo joga contra mais uma vez. 


Tabela definida

A terceriona começa no dia 9 de setembro. Como também já está matematicamente confirmado como último colocado, o Friburguense já sabe até a sua tabela. Estreia contra o Barra da Tijuca, em Moça Bonita. Na sequência: Goytacaz (casa), Serrano (fora), São Gonçalo (casa), Pérolas Negras (fora), Duque de Caxias (casa), Cidade Nova (fora), Paduano (casa), o outro rebaixado (fora), 7 de Abril (casa), Serra Macaense (fora).

 

Duas vagas

A fórmula de disputa é a mesma da primeira e da segunda divisão, ou seja, todos contra todos em turno único, com os quatro primeiros avançando às semifinais. Diferentemente da segundona em que sobe apenas um, na terceirona sobem dois clubes: o campeão e o vice. Caem também os dois últimos colocados, no entanto, só jogam a quarta divisão no ano que vem. 

 

Nivelada pelo alto

A terceirona tem clubes tradicionais e com investimentos de SAF e de empresários, que fundaram os clubes. É certo de que não haverá vida fácil. Se não houver recursos e apoio, certamente, o Friburguense tende a brigar mais para não cair a sonhar com retorno rápido. Que mudanças de visão interna e externa ocorram para salvar a instituição.               


Vaga na Copa do Brasil e Série D

Antes da terceirona, o Friburguense tem pela frente a Copa Rio, competição que dá vaga na Copa do Brasil ou no Brasileiro da Série D. Ou seja, dá para sair do inferno para o céu em meses. Imagine, voltar ao futebol nacional e garantir recursos e competição o ano inteiro em caso de Série D do Brasileiro ou mesmo as fortunas da Copa do Brasil e ainda retornar à segundona carioca. É possível.

 

Tiro curto

O Friburguense estreia na Copa Rio no dia 17 de agosto diante do Rio de Janeiro, fora de casa. O jogo eliminatório de volta acontece no dia 23 de agosto. Caso se classifique, na fase seguinte o Friburguense enfrenta o Madureira. A Copa Rio é tiro curto. São apenas quatro adversários para garantir vaga em competição nacional.   


Palavreando

“Amor e perfeição não casam. Mesmo que aparentem andar juntos por aí até a marcha nupcial, amor sobrevive na imperfeição ao ponto que perfeição não lhe encaixa”.

Foto da galeria
#OMELHORFRIODORIO “O Bengalas sereno desliza. Sob o olhar do Cruzeiro do Sul”. A cena é cotidiana, mas uma cidade cortada por um rio, com duas grandes avenidas de cada lado, rodeadas de verde. Nova Friburgo é mesmo linda.
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Pecamos num bom atendimento ao cliente

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Quem nunca foi a um estabelecimento - seja uma loja, uma confecção ou um restaurante - e apesar de gostar dos produtos, passou pela frustração de não ser bem atendido? A demora do atendimento, burocracia ou a rispidez de um atendente em lidar com um cliente, estão entre as principais queixas dos consumidores.

Quem nunca foi a um estabelecimento - seja uma loja, uma confecção ou um restaurante - e apesar de gostar dos produtos, passou pela frustração de não ser bem atendido? A demora do atendimento, burocracia ou a rispidez de um atendente em lidar com um cliente, estão entre as principais queixas dos consumidores.

Certamente você e muitas outras pessoas já viveram, na pele, essa desconfortável situação. Nas repartições públicas, engolimos a seco e parece não termos com quem reclamar. Já nos estabelecimentos privados, chegamos ao ponto de prometermos para nós mesmos que nunca mais pisaríamos naquele local. Afinal, como uma cidade com forte potencial turístico, porque precisamos tanto ouvir o que os nossos consumidores tem a nos dizer?

 

A primeira impressão é a que fica

Para produzirmos a primeira impressão sobre algo, levamos entre 30 segundos a três minutos, formando uma opinião duradoura no nosso cérebro. Esta estatística varia, tornando curto o espaço de tempo para conquista do consumidor e a formação de uma clientela fiel, um difícil objetivo.

Todos nós gostamos de ser bem atendidos, e quem não gosta, que jogue a primeira pedra. De acordo com um levantamento que ouviu mais de mil brasileiros nas principais capitais do país, há somente uma certeza: ao comprar um produto, o bom atendimento é mais importante do que o preço ou a qualidade.

A pesquisa, aponta: 61% dos entrevistados afirmam que ser bem atendido é o fator principal quando consomem. Apenas 26% se preocupam primeiro com a qualidade; 24% compram de acordo com a imagem da empresa no mercado e 12% acham o preço importante na hora de decidir o que comprar.

Afastar um cliente insatisfeito, nunca é uma boa alternativa para o negócio. Afinal, como diria o ditado: a primeira impressão é sempre a que fica. A grande virada de chave é quando percebemos que não atendemos somente o consumidor local, mas também, o turista que visita a nossa cidade pela primeira vez.

 

Bom atendimento é vital ao turista

Pense na seguinte situação: é muito bom, por exemplo, quando o cliente chega em um restaurante em que o garçom já o conhece pelo nome, sabe o tira-gosto que ele irá escolher, a bebida preferida. Você, certamente, já deve ter passado por estabelecimentos desse tipo, em algum momento, não é mesmo?

Essa postura gera pertencimento, acolhimento. Prova disso é que em muitos restaurantes existem os chamados ‘clientes cativos’. Estes são, até mesmo, peças importantes da história do lugar. Afinal, todo mundo sabe que é muito mais barato cultivar um cliente antigo do que conseguir um novo.

Percebemos que se torna praticamente impossível ignorar a figura do garçom, afinal estes são a face do restaurante, já que estão na linha de frente da casa. Contudo, quando um cliente novo é mal atendido, cria-se um “pré-conceito”, sem que muitas vezes, o prato especial do chef sequer tenha sido experimentado.

Com a gestão do turismo em nossa cidade, a realidade também não deveria ser diferente. Afinal, quando um visitante não recebe um bom atendimento, seja em hotéis, lojas de lingerie localizadas nos pontos turísticos de nossa cidade, infelizmente, não será só o estabelecimento que sairá prejudicado. Mas sim, todo o turismo da cidade.

É muito importante que entendamos que os turistas são clientes da cidade. Eles buscam boas experiências, seja no simples ato de andar na rua e ver a beleza da cidade ou percorrendo grandes distâncias para comprar em lojas localizadas nos pontos turísticos.

Nova Friburgo não está se preparando para proporcionar uma experiência diferenciada para o consumidor local e muito menos para o turista, é o que afirma Phillipe Lontra, diretor de Hospitalidade do NFCC, gerente Customer Experience na PBS Brasil e detentor de mais de 200 horas em treinamento na Disney, em Orlando.

“Cidades que são exemplos no turismo, como Gramado-RS e Miguel Pereira, no sul fluminense, demonstram claramente que o crescimento do comércio impulsiona o turismo, e o crescimento do turismo, por sua vez, potencializa o comércio. Esses setores se retroalimentam mutuamente. Quando estão alinhados com um propósito comum, tudo tende a crescer. Precisamos entender o que funciona bem e potencializar e identificar o que precisar mudar para encantar as pessoas.”

 

O consumidor tem sempre razão?

Bom, se você já ouviu a frase de que “o cliente sempre tem a razão”, você certamente nunca trabalhou com atendimento ao público. Lidar com diretamente com clientes e consumidores é de longe uma tarefa fácil. Muitas das vezes, é importante reconhecer que o tratamento com os funcionários nem sempre é cordial.

Contudo, como temos um projeto de cidade turística, precisamos para ontem, identificar as problemáticas da cidade. O poder público tem que ter a sensibilidade de ouvir turistas, consumidores locais e acima de tudo, os comerciantes. Afinal, todos os agentes são fundamentais quando se trata de turismo, com uma visão ampla e de longo prazo.

O consumidor nem sempre tem razão, mas devem ser ouvidos com atenção porque tem muito a dizer. E para você? Estamos pecando num bom atendimento ao turista? Estamos cuidando bem da nossa primeira impressão?

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