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Você está esperando receber afeto?

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Esperamos afeto das pessoas. Afeto significa carinho, atitude bondosa, elogio sincero, apoio, compreensão, entre outras atitudes. Isto está certo, é normal. Mas e quando você não recebe o afeto desejado? Não conseguimos nessa vida tudo o que queremos. Conheço gente multimilionária que disse que pode comprar tudo o que quiser com o dinheiro que tem. Mas isso é diferente de ter afeto. Algumas dessas pessoas muito ricas, a única coisa que elas têm é dinheiro. Não se pode comprar afeto genuíno, sincero, verdadeiro. Ou ele existe de uma pessoa para você, ou não existe.

Esperamos afeto das pessoas. Afeto significa carinho, atitude bondosa, elogio sincero, apoio, compreensão, entre outras atitudes. Isto está certo, é normal. Mas e quando você não recebe o afeto desejado? Não conseguimos nessa vida tudo o que queremos. Conheço gente multimilionária que disse que pode comprar tudo o que quiser com o dinheiro que tem. Mas isso é diferente de ter afeto. Algumas dessas pessoas muito ricas, a única coisa que elas têm é dinheiro. Não se pode comprar afeto genuíno, sincero, verdadeiro. Ou ele existe de uma pessoa para você, ou não existe.

Procuramos afeto de formas variadas. Pode ser pelas artes, pelo sexo, tentando controlar alguém, dando dinheiro, viagens, carros, imóveis. Alguns tentam obter afeto se anulando, o que não funciona também. Milhões vão atrás de serem amadas colocando nas redes sociais fotos produzidas que não refletem a realidade física daquela pessoa. Maquiagem, batom, sombra, brincos, sobrancelhas desenhadas artificialmente, sorriso forçado, roupa sensual, colares... Que pena dá ver isso!

Ame você, mas desfoque de sua pessoa. Trate a si mesmo, a si mesma bem, mas evite querer holofotes sobre você. Cuide de sua saúde geral, mas lute para deixar de lado a obsessão por afeto. Ele vem naturalmente quando você se torna amável. Ou seja, um tipo de pessoa que os outros gostam de estar perto. Mas caso você não se sentindo amado, amada, vive atacando os outros, vive perdendo o controle emocional, com crises histéricas ou com palavras abusivas, sempre procurando uma forma de criticar o outro, realmente as pessoas irão se afastar de você.

Um pedaço da Oração de São Francisco diz assim: “... é dando que se recebe.” Lembra disso? Mas prefiro uma versão editada que diz assim: “... é dando que se recebe a alegria de dar.” Percebe a diferença? No primeiro caso existe o incentivo para você dar do que já possui, doar a si mesmo, e isso promove o recebimento de algo bom. Mas no segundo caso, ao você doar sem esperar nada em troca, você recebe a alegria de dar. E alegria é bom na vida, bom para o sistema imunológico, e bom para as pessoas se sentirem bem perto de você.

Receber a alegria de dar pode ser muito valioso quando não recebemos do outro o afeto esperado. Gosto de uma declaração de Jesus Cristo que se encontra no Evangelho de João, no capítulo 16 e versículos 20 e 22. Ele estava explicando a Seus discípulos sobre Sua partida, após três anos e meio de ministério nessa Terra. E disse que Seus seguidores chorariam, ficariam tristes, enquanto que o mundo se alegraria, com a partida Dele para o Céu. O mundo está atacando ferozmente a verdade como ela é em Jesus Cristo, e se alegrando quando os princípios que Ele ensinou são violentados. Mas Jesus completou dizendo: “Mas a tristeza de vocês se converterá em alegria.” (João 16:20). E em seguida Ele procurou consolar Seus seguidores dizendo que em breve os veria de novo, dizendo: “Agora vocês sentem tristeza, mas Eu os verei novamente, e o coração de vocês se alegrará, e ninguém tirará esta alegria de vocês. (João 16:22). Ninguém.

Olhe para fora de si mesmo. Evite ficar focado no seu umbigo. Lute contra o egocentrismo, porque ele mata quem é por ele dominado. Dê afeto em vez de ficar buscando isso obsessivamente. Pergunte a si mesmo se você não está nessa busca de forma egoísta, mantendo quase que o tempo todo seu eu, seu ego, seu self, na dianteira querendo luzes brilhantes sobre ele.

Não está errado querer ser uma pessoa amada. Mas o que você tem feito para conseguir isso? Tem violado sua consciência? Tem manipulado informações? Tem traído alguém? Tem perdido o controle emocional e agredido pessoas boas? Tem gasto tempo precioso em redes sociais postando fotos suas irreais? Jesus falou a verdade quando disse que ninguém consegue tirar a alegria que a verdade trás em nossa vida quando nos submetemos a ela.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Histórias dos outros

terça-feira, 11 de julho de 2023

“Pior do que isso eu não sei fazer!”

“Pior do que isso eu não sei fazer!”

Uma é a do escritor Otto Lara Rezende. Estava ele datilografando sua matéria para o jornal, quando um contínuo entrou na sala. Ao ver que Otto não estava copiando, mas tirando as palavras da própria cabeça, o rapaz exclamou admirado: “O senhor tem redação própria?!” Tanto Otto era capaz de redação própria que entre seus admiradores estava Nélson Rodrigues, que até o transformava em título ou personagem de suas obras, como em “Otto Lara Resende ou Bonitinha, mas ordinária”. Às vezes Otto ficava tão chateado com as “homenagens” que confessou ter vacilado entre o homicídio e a indiferença.  “Mas como o homicídio é punido pelo código penal, optei pela indiferença”, declarou. Apesar desses desentendimentos, foram amigos e mútuos admiradores até o fim da vida.

A outra é contada por Álvaro Ottoni de Menezes, autor de sucessos da literatura infantojuvenil, como “A árvore que fugiu do quintal”. Álvaro era o redator em algum órgão do governo, no qual trabalhava também Vicente, flamenguista doente e semianalfabeto por nascimento e formação, para quem, falar “a gente somos” era o fino do português. Pela cara com que Vicente chegava na repartição, era possível saber o resultado do jogo do Flamengo no dia anterior.

Após um domingo em que o rubro-negro goleou o adversário, assim que Vicente chegou com a bandeja de café, Álvaro, querendo fazer humor às custas do colega, perguntou: “E aí, Vicente, o pessoal gostaram do jogo?” Vicente fez a maior cara de espanto e retrucou: “Me admiro o senhor, um homem de estudo, que tem redação própria, que escreve documentos, falar o “o pessoal gostaram, professor!” Álvaro quase caiu da cadeira, ao ver a desastrosa consequência de sua brincadeira. Muito envergonhado, já ia pedir desculpas, quando Vicente acrescentou: “O pessoal não gostaram, professor. O pessoal adoraram!”

O terceiro caso atribui-se a Antônio Maria, cronista e compositor, autor entre outras belezas de “Manhã de Carnaval”. Encarregado de escrever uma notícia para o jornal, entregou seu texto, que foi recusado sobre o argumento de que era muito sofisticado para o leitor comum. Pediram-lhe que simplificasse a redação. Antônio Maria fez uma segunda tentativa, mais uma vez considerada muito difícil. Ele então voltou com uma terceira versão, jogou-a sobre a mesa e declarou: “Pior do que isso eu não sei fazer!”

Ter redação própria, eis uma raridade, porque não se trata apenas de não copiar, mas de evitar escrever o que já tenha sido escrito milhões de vezes, ainda que por outras palavras. Li certa vez a diferença entre texto com autor e sem leitor e, ao contrário, texto com leitor e sem autor.

O primeiro é aquele que, por sua originalidade, novidade e às vezes complexidade, exige do leitor algum esforço de compreensão e aí, preguiçosos que somos, preferimos não ler. Ou seja: saiu de uma cabeça pensante, mas pouca gente se dispõe a pensar para entendê-lo. O segundo, ao contrário, não passa de um apanhado de ideias que estão soltas no ar, que de alguma forma todo mundo já leu ou ouviu, e que o escritor alinhava sem gastar muita massa cinzenta, e que por isso mesmo pouco ou nenhum esforço mental exige para ser assimilado. Assim se explica o porquê de muitas obras de grande valor serem evitadas, e o sucesso de tanto romance medíocre, de tanta poesia de má qualidade, de tanta música vulgar.

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Meu pé, meu melhor amigo

terça-feira, 11 de julho de 2023

Você já parou para pensar como seus pés são importantes? O transtorno que seria em sua vida, se um ou os dois lhe faltassem? Pois é, muitas vezes só sentimos falta de algo, quando não mais o temos. Por isso, é importante cuidar bem do nosso “amigo pé”, principalmente quando se é diabético. Mas, muito dos tópicos abordados abaixo servem, também, para quem não é diabético.

Você já parou para pensar como seus pés são importantes? O transtorno que seria em sua vida, se um ou os dois lhe faltassem? Pois é, muitas vezes só sentimos falta de algo, quando não mais o temos. Por isso, é importante cuidar bem do nosso “amigo pé”, principalmente quando se é diabético. Mas, muito dos tópicos abordados abaixo servem, também, para quem não é diabético.

Meu saudoso mestre, dr. Francisco Arduíno, sempre lembrava, em suas aulas sobre o pé, no curso de especialização em Diabetes, de um diabetólogo famoso que conhecera nos Estados Unidos e que tinha afixado na sala de espera de seu consultório a seguinte frase: “Diabético, cuide do seu pé melhor que do seu rosto”.

Pela sua condição anatômica de ser o segmento mais afastado do coração, o pé é o último segmento a ser irrigado, pela corrente sanguínea. Assim, naqueles indivíduos, que têm ou podem vir a ter distúrbios circulatórios, todo cuidado é pouco. E como é sabido, principalmente nos diabéticos mal controlados, os distúrbios circulatórios estão entre os primeiros a surgir.

Mantenha seus pés sempre limpos, lavando-os com água corrente e sabão neutro. Seque-os bem, principalmente entre os dedos, para evitar micoses. Aproveite para cuidar das unhas após o banho, quando elas estão mais maleáveis, por causa do contato com a água. Mas lembre-se, o melhor é lixa-las ou cortá-las quadradas, para evitar que encravem nas bordas. Se a vista já estiver “curta”, não hesite em pedir ajuda ou consultar um podólogo.

Lembre-se: calos e lâmina de barbear são incompatíveis, com resultados catastróficos quando se juntam. Muitas amputações de dedos ou mesmo de todo o pé, começam com esse casamento explosivo. Assim como saco de água quente ou os escalda pés, para aquecê-los. Tanto um como outro pode ferir a pele e num segmento com a circulação já comprometida, as infecções podem surgir com consequências imprevisíveis.

Na Segunda Guerra Mundial, durante a campanha da FEB, na Itália, nossos pracinhas foram os únicos a escaparem dos problemas que o frio causava nos pés. Isso porque, utilizando-se do famoso jogo de cintura que nos é peculiar, envolviam seus pés com jornal, antes de calçar as meias e as botas. Portanto, para aquecer os pés, envolva-os sempre com uma meia de lã, ou se for insuficiente, coloque jornal dentro de uma fronha e aplique sobre os pés. Jamais recorra às bolsas de água quente.

Calce sapatos confortáveis, maleáveis e se forem novos, devem ser amaciados antes de entrarem no batente. Evite o uso de sandálias do tipo havaianas, que são presas entre o primeiro e segundo dedos. Isso pode ocasionar quedas, principalmente entre os mais idosos. São recomendáveis sandálias que fixem o calcanhar e todos os dedos do pé. No entanto, ao caminhar na praia, as havaianas são o ideal, para evitar queimaduras provocadas pela areia quente.

Antes de calçar os sapatos, é bom verificar se não existem pedras, pregos ou insetos dentro deles. Esses objetos podem ferir os pés e causar problemas; nas fazendas essa preocupação é importante, pois pode haver cobra escondida dentro das botas. Use meias, de preferência de algodão, pois absorvem melhor a umidade, além de reduzir o atrito do pé com o calçado.

Se você tem os pés muito secos, use cremes hidratantes, pois a pele fica sensível e pode rachar, causando ferimentos. Mas lembre-se, qualquer ferida deve ser comunicada ao seu médico, pois pomadas e cremes devem ser bem escolhidos. A água oxigenada e as soluções ácidas, por exemplo, devem ser evitadas, pois são irritativas para a pele.

Portanto, lembre-se: seu pé é um amigo indispensável e deve ser bem tratado, como aliás fazemos com nossos velhos e inseparáveis amigos. Cuide bem deles e eles continuarão a servi-lo, enquanto você viver. Um talquinho após o banho, deixa-os macios, perfumados e contentes.

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Saber perder o tempo e achá-lo com outras cores e formas

terça-feira, 11 de julho de 2023

Os amantes usam o tempo para sentirem o prazer de gostar de estar com o outro e, às vezes, são momentos tão agradáveis que parecem eternos. Cecília Meireles, certa vez, poetou “Eu canto porque o instante existe e aminha vida está completa.” A sensação de bem-estar nos invade com ternura, como um véu que nos faz sentir embevecimento por aquilo que estamos fazendo.

Os amantes usam o tempo para sentirem o prazer de gostar de estar com o outro e, às vezes, são momentos tão agradáveis que parecem eternos. Cecília Meireles, certa vez, poetou “Eu canto porque o instante existe e aminha vida está completa.” A sensação de bem-estar nos invade com ternura, como um véu que nos faz sentir embevecimento por aquilo que estamos fazendo. É possível que nos traga a sensação de que a vida em torno deixa de existir e o mundo de se movimentar.  O prazer é o presente que se faz presente como um presente que nos ofertamos ou que nos é oferecido com bondade e sem parcimônias. Há, por certo, uma magia que nos sopra suavidades.

Sócrates, condenado à morte por ser acusado de corromper a juventude e com poucos dias de vida, pediu a um professor que lhe ensinasse a tocar flauta. Ante o espanto do músico, ele argumentou que queria aprender o instrumento apenas para ter o prazer de tocá-lo, de dar serenidade e alegria ao seu espírito naqueles momentos finais.

Quem é amante da leitura encontra a delicada satisfação em mergulhar num texto do seu gosto, que seja um jornal, carta ou um conto despretensioso. Ler é um modo de configurar o tempo com a apreensão de ideias, utilizando a energia que emana fluida do corpo e da mente, bem diferente daquela carregada de responsabilidades e prazos, que tão bem conhecemos no dia a dia. 

Ler é um hábito de inserir a leitura nos momentos em que o olhar vagueia no céu entre as nuvens e dança com o tiquetaquear do relógio. Eu me relaxo antes de dormir lendo trechos de um livro a mim disponível na cabeceira e, mesmo cansada e pestanejando, avanço alguns trechos na história. É um momento noveleiro em que o livro acaba sendo absorvido em capítulos, além de ser um modo erudito de chamar os sonhos e as fantasias que habitam meu sono. Confesso que não é incomum sonhar com o que li. Chego até a visualizar os personagens e cenários, desejar estar entre as linhas à espera de novos acontecimentos, tomada por um suspense transitório e não comprometido com os da vida real.

A leitura prazerosa tem um jeito amistoso de nos abraçar que nos faz pausar, não deixando de ser um passaporte para relaxar as pernas e sossegar as preocupações diárias. Além de tudo, um leitor com mais idade sempre dá exemplo aos mais jovens. Inclusive a formação do hábito de ler é alimentado pelo exemplo, uma influência silenciosa e eficaz. 

Durante o tempo dedicado ao prazer, só há vantagens em compartilhar a leitura com outras atividades. E, cá para nós, perder o tempo e achá-lo com outras cores e formas não é melhor do que coçar o dedão do pé?  

 

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Maria na Encíclica “A Mãe do Redentor”, de São João Paulo II

terça-feira, 11 de julho de 2023

Comemoraremos, no próximo domingo, 16, Nossa Senhora do Carmo, título de devoção atribuído à Maria, a Mãe de Jesus, agradecendo filialmente à sua intercessão amorosa e misericordiosa, acompanhamo-nos de uma bela reflexão de um grande Santo apóstolo, Papa dos nossos tempos, São João Paulo II, que entregou o seu próprio pontificado aos cuidados da Mãe da Graça, na missão centrada em Cristo, como a da primeira discípula do Filho amado. Segue uma síntese destas iluminadas linhas.

Comemoraremos, no próximo domingo, 16, Nossa Senhora do Carmo, título de devoção atribuído à Maria, a Mãe de Jesus, agradecendo filialmente à sua intercessão amorosa e misericordiosa, acompanhamo-nos de uma bela reflexão de um grande Santo apóstolo, Papa dos nossos tempos, São João Paulo II, que entregou o seu próprio pontificado aos cuidados da Mãe da Graça, na missão centrada em Cristo, como a da primeira discípula do Filho amado. Segue uma síntese destas iluminadas linhas.

O Santo Papa João Paulo II, para o Ano Mariano de 1987-1988, publicou a rica encíclica Redemptoris Mater (RM) - "A Mãe do Redentor" sobre a missão confiada por Deus a Maria na história da Salvação. A Mãe de Deus no centro da Igreja que está a caminho é o tema basilar que sintetiza este belo texto. 

A relação entre Maria e a Igreja, presente em todos os povos e nações, nas diversas culturas, é essencial. Maria é modelo e figura desta Igreja que, como a Mãe do Redentor, deve se tornar discípula d'Ele, fazendo a mesma peregrinação da fé, na obediência e no serviço aos desígnios da salvação.

"Por isso, no povo de Deus, Maria tem posição especial e única, como exemplo e auxílio, por tudo aquilo que ela foi e é, que realizou e realiza. Exatamente nesta caminhada-peregrinação eclesial, através do espaço e do tempo e, mais ainda, através da história das almas, Maria está presente como aquela que é 'bendita' porque acreditou, como aquela que avançava na peregrinação da fé, participando como nenhuma outra criatura no mistério de Cristo" (RM 25). A sua história de peregrinação de fé é mais longa que a dos outros discípulos e apóstolos e começa já na Anunciação, na benção da "cheia de Graça", em sua resposta de total adesão e entrega: "Eu sou a Serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38).

Assim a Anunciação, com toda a unção e sombra do Espírito Santo que veio sobre ela, já preparava Pentecostes, onde a Mãe de Jesus estava firme na fé, "assídua na oração", entre os apóstolos (At 1, 13-14; cf RM 26). Neste momento, já acolhe o Verbo de Deus que se encarna em seu ventre virginal, aderindo à maternidade de uma nova humanidade na ordem da graça, como Nova Eva, dizendo o sim pleno, aderindo ao plano do Criador, gerando o Salvador, concretizando o proto-evangelho - Gn 3,15 - a descendência da mulher que esmagaria a cabeça da serpente ( cf Gl 4,4).

Como Virgem e Mãe é presente no mistério de Cristo e da Igreja. Como figura apresenta o seguinte paralelo: como Virgem acreditou; como Serva do Senhor, permaneceu perfeitamente fiel; como Mãe, gerou o próprio Filho de Deus. A Igreja-Mãe aprende de Maria a própria maternidade. A Igreja-Virgem permanece fiel ao único Esposo. A Igreja guarda a fé recebida de Cristo, a exemplo de Maria que guardava e meditava toda a profundidade do mistério em seu coração (Lc 2, 29-51).

Ao tratar da relação Maria-Igreja, S. João Paulo II restaura mais uma vez as bases da Lumen Gentium, no seu capítulo VIII: "Este culto (à Mãe de Deus) é absolutamente singular, contém em si e exprime aquele vínculo profundo que existe entre a Mãe de Cristo e a Igreja. A Igreja se torna mãe pela fiel recepção da Palavra de Deus" (RM 42; LG 63).

Maria é cooperadora da obra da Redenção, tornou-se Mãe de uma nova humanidade na ordem da Graça, Mãe da Igreja e intercessora, na mediação materna subordinada à única mediação redentora de seu Filho. Assim, continua gerando e formando Cristo em nós, como também é a missão da Igreja. É medianeira e continua solidária aos filhos e filhas, membros da Igreja, como em Caná e muito mais na comunhão eterna de amor com Jesus, fonte da Graça. É Mãe do Cristo total, Cabeça e membros, como afirma Santo Agostinho.

Esta maternidade espiritual de Maria que nasce do mais íntimo do mistério pascal do Redentor e amadurece definitivamente aos pés da cruz no sacrifício e na doação de Amor de seu Filho, "é profundamente recordada e vivida no Banquete Sagrado, no qual se torna presente Cristo, no seu verdadeiro corpo nascido da Virgem Maria" (RM 44). (Fonte: Revista de Aparecida)

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é assessor eclesiástico da Comunicação Institucional da Diocese de Nova Friburgo. Especialista em Mariologia, autor de "A Maternidade Eclesial de Maria", Ed. Santuário,2020.

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Debutou em grande estilo

terça-feira, 11 de julho de 2023

Com bela festa no último sábado, 8, no Nova Friburgo Country Clube, a querida jovem Beatriz de Abreu Thurler Machado (foto) comemorou junto aos pais Tânia e Marcelo, avós, demais familiares e  amigos seus 15 anos de idade, completados hoje, 11. Por essa alegre razão, nossos cumprimentos à ela, com fotos de sucesso e felicidades na vida. Parabéns! 

Aniversariante do dia!

Com bela festa no último sábado, 8, no Nova Friburgo Country Clube, a querida jovem Beatriz de Abreu Thurler Machado (foto) comemorou junto aos pais Tânia e Marcelo, avós, demais familiares e  amigos seus 15 anos de idade, completados hoje, 11. Por essa alegre razão, nossos cumprimentos à ela, com fotos de sucesso e felicidades na vida. Parabéns! 

Aniversariante do dia!

Hoje, 11, o admirado cirurgião-dentista e que assumiu recentemente a presidência do Rotary Clube Nova Friburgo Olaria, dr. Bruno Freitas, terá que estabelecer um espaço a mais em meio as suas atividades profissionais e pessoais.

Isso, para receber os cumprimentos e manifestações de apreço e carinho por estar completando mais um ano de vida neste dia. Parabéns, com votos sinceros de muitas felicidades e tudo de bom.

Oitenta bem comemorados!

Ainda em tempo de satisfação, um grande abraço de congratulações para o admirado Joelson José Alves, na foto de José Luiz de Souza, ao lado de sua querida esposa, Zilma.

O grande Joelson, que tem o filho Franco residindo aqui em Nova Friburgo, juntamente a familiares e amigos, festejou em grande estilo seus 80 anos de idade no último dia 2, no Salão Alto Astral Eventos no município de Itaocara. Parabéns e felicidades, Joelson!

Agora, o festival é de futebol!

Depois de mais um maravilhoso Festival de Inverno, com espetaculares atrações musicais, teatrais e muito mais que Nova Friburgo acabou de experimentar no Country Clube, surge uma outra pedida para a região.

Será o '1º Festival de Inverno de Futebol, Masculino e Feminino', que com apoio da conceituada família Ceccon que ofertou todos os troféus, acontecerá no próximo domingo, 23, na simpática localidade de Pedra Branca, que fica próximo a Bom Jardim. Os confrontos serão entre os times  Unidos Park x Serra; Barra x Amigos Unidos e Riograndina x Botafoguinho, com partidas, respectivamente, às 9h, 11h e 13h.

Vivas para o super Vinícius

Nesta quinta-feira, 13, o admirado jornalista Vinícius Martins irá receber inúmeros cumprimentos por completar seu 57º aniversário, ao lado da querida esposa Lúcia, das belas filhas Camila e Marina, assim como demais familiares.

Ao grande Vinícius, assessor de imprensa da concessionária Rota 116, os nossos parabéns desde já!

Sábado tem o "Arraiá do Robertão".

O engenheiro e empresário da construção civil de nossa cidade Roberto Carlos Botelho Corrêa e sua esposa Jaqueline Batista Corrêa promovem na tarde/noite do próximo dia 22, um sábado, na residência do casal, uma animada festa julina, com congraçamento entre familiares e amigos mais próximos. O evento, inclusive, já está se tornando uma tradicional.

Parabéns ao P.R. Souza

Pelo aniversário natalício que completou ontem, 10, enviamos os parabéns desta coluna para o amigo e dedicado ambientalista de Nova Friburgo, Paulo Roberto de Souza. Felicidades!

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A VOZ DA SERRA não dorme em serviço!

terça-feira, 11 de julho de 2023

Quando o assunto é insônia, a primeira coisa que me vem à mente é um depoimento de minha amiga Ivone Marques. Certa vez, participávamos de um debate em grupo e o tema era insônia. Cada participante apresentava suas considerações e quando chegou a vez da Ivone, ela que é deficiente visual, disse: “Eu não tenho problemas com insônia, pois se eu perder o sono, eu me sento na beirada da cama e fico olhando o céu, porque, para mim, o céu está sempre estrelado”. A vivência de Ivone é  uma lição de vida, mas, ninguém gosta de ficar no breu da noite, às claras, “contando carneirinhos”.

Quando o assunto é insônia, a primeira coisa que me vem à mente é um depoimento de minha amiga Ivone Marques. Certa vez, participávamos de um debate em grupo e o tema era insônia. Cada participante apresentava suas considerações e quando chegou a vez da Ivone, ela que é deficiente visual, disse: “Eu não tenho problemas com insônia, pois se eu perder o sono, eu me sento na beirada da cama e fico olhando o céu, porque, para mim, o céu está sempre estrelado”. A vivência de Ivone é  uma lição de vida, mas, ninguém gosta de ficar no breu da noite, às claras, “contando carneirinhos”. O Caderno Z, que não dorme em serviço, e na edição o último fim de semana, nos trouxe conhecimentos sobre os tipos de insônia, constatando que os estudos feitos por especialistas indicam que “celular, internet e redes sociais contribuem para o aumento do distúrbio”.

Para melhorar a qualidade do repouso noturno, as técnicas de relaxamento são excelentes. A exemplo, não ficar olhando o relógio a todo instante, não tirar cochilos à tarde, praticar alguma atividade física, sem exaustão, evitando muito esforço noturno.  Mas e o nosso relógio biológico? Alguém se preocupa em se informar sobre essas horas? O “Z” trouxe informações sobre esse reloginho mágico, pessoal e intransferível, que comanda ações e reações em nosso metabolismo. Um exemplo comum é a dificuldade que muitas pessoas têm para se adaptarem ao horário de verão.

Muito bom conhecer um pouco mais sobre os hábitos das corujas, aves noturnas, inteligentes, que giram a cabeça em todas as direções e conseguem ver tudo o que está ao redor. Imitar esse comportamento, nos proporcionará melhor visão da vida. A metáfora que a coruja nos transmite é a de que “não voamos alto, mas podemos ir longe pela sabedoria da observação”. Contudo, nosso voo não é uma linha reta, tem altos e baixos, como Wanderson Nogueira, em “Palavreando”: “...Voo pede aterrissagem e só aterrissa quem voa. O que é melhor? Não sei. De tal forma que, para diferenciar alegria de tristeza e todos os antônimos, é natural que antagônicos façam parte da jornada de cada um de nós... ainda que bilhões, somos tão únicos...”. Maravilhoso!

Deixando o Caderno Z, com melhores noites de sono e muitos sonhos, seguimos o roteiro pelas páginas de A VOZ DA SERRA, indo lá para o ano de 1973, quando, em “Há 50 Anos”, reclamava-se pela falta de uma farmácia de plantão. Ainda bem que nisso, melhoramos muito. As farmácias hoje dão plena cobertura às nossas demandas, são lojas bonitas que solucionam até a compra de um presente de última hora.

Em “Sociais”, merecida a sessão da Câmara Municipal em homenagem, com moção de honra, à Companhia de Arte Jane Ayrão, pela produção da peça teatral “A Promessa”. A produção prometeu sucesso e cumpriu a “promessa” que fez. O público, na fila que se formou desde cedo, não poderia ter sido diferente. O espetáculo nota mil! Vivas também para Cora Ventura, completando mais um ciclo de vida em que se faz  amada em Nova Friburgo. Minha aluna que conheci quando dei aulas no curso de Atualização Cultural. Eu me sentia importante tendo aluna de tamanho gabarito. Beijos!  Outro feito importante para nossa cidade é o aniversário de 130 anos do Colégio Nossa Senhora das Dores. Fundado em 10 de julho de 1893, abrindo o espaço com apenas sete alunas, transformou-se em referência da educação em Nova Friburgo.

A charge de Silvério é o retrato da nossa nostalgia. Quem não gostaria de fazer selfie, um clic junto a estátua do Inverno? Elas, as estátuas, por conta do vandalismo, estão bem guardadas e protegidas na Fundação D. João VI. Contudo, a civilização tem desses extremos – avança de um lado e retrocede no outro. Elas formavam o quarteto das estações do ano e fariam vista na reportagem de Christiane Coelho: “A alta temporada de Inverno em Nova Friburgo”. Falando nisso, agora ficou mais fácil a conexão entre Nova Friburgo e Maricá. Tem ônibus da Viação 1001, saindo daqui, às sextas e domingos. Que beleza. Nós vamos pra lá!

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Novo trem da alegria na prefeitura

sábado, 08 de julho de 2023

Edição de 7 e 8 de julho de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Novo trem da alegria na prefeitura - Prefeitura enviou mensagem à Câmara Municipal pedindo mais 11 polpudos cargos de assessores que poderão ganhar Cr$ 2 mil mensais. O secretário geral poderá receber quase Cr$ 4 mil. É o povo pagando festival de nomeações. 

Edição de 7 e 8 de julho de 1973 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Novo trem da alegria na prefeitura - Prefeitura enviou mensagem à Câmara Municipal pedindo mais 11 polpudos cargos de assessores que poderão ganhar Cr$ 2 mil mensais. O secretário geral poderá receber quase Cr$ 4 mil. É o povo pagando festival de nomeações. 

Cidade recebe grandes clubes da Guanabara - Uma espetacular competição de natação vai movimentar a piscina do Bom Jardim Motel Clube. Para a competição, são aguardadas 600 pessoas, as quais virão acompanhando o Jequiá Iate Clube, o Grajaú Tênis Clube, Satélite Club do Banco do Brasil e o Luso Brasileiro Tênis Clube que juntamente com o Bom Jardim Motel Clube disputarão 33 provas que serão premiadas com 144 medalhas de ouro, prata e bronze. 

Carros Volantes: atacando novamente - Há dois meses, o sr. Sylvio Spinelli, secretário de Serviços Públicos, em iniciativa que recebeu aplausos gerais, estabeleceu normas e patrocinou um acordo entre proprietários de carros volantes, o que muito beneficia os friburguenses, até então infernizados pela poluição sonora produzida pelos referidos carros.  

Orelhões: bom serviço da CTB - Nós que constantemente criticamos a CTB local, não poderíamos deixar de levar nosso aplauso àquela concessionária pelo excelente serviço  prestado à cidade com a instalação dos postos públicos telefônicos conhecidos por “orelhões”. O carinho que o povo tem demonstrado para com os “orelhões”, não os danificando, diz bem o reconhecimento popular, quando lhe é oferecido um bom serviço. 

Farmácias: Necessário o plantão - Um dos maiores absurdos que ocorre em Friburgo é a ausência de plantão das farmácias. Depois das 22h, o friburguense não tem para quem apelar se necessitar de um medicamento com urgente. Muitos casos de doença tem-se agravado, porque o remédio deixou de ser comprado, por falta de uma farmácia de plantão. O ramo farmacêutico é especial em negócios e sua exploração deve implicar em certos compromissos, os quais devem ser rigorosamente fiscalizados pelos órgãos públicos. Chamamos, pois, a atenção dos órgãos competentes da prefeitura para a solução do problema aqui exposto.

Waldir Costa: defesa de Friburgo na Assembleia - Intensa atividade do deputado Waldyr Costa no plenário e nas comissões da Assembleia Legislativa. Procurando sempre a defesa de Friburgo e da região Centro-Norte o operoso representante de Friburgo teá batalhado bastante por uma maior assistência rodoviária para a nossa região. O asfaltamento da estrada Teresópolis-Friburgo, a abertura definitiva da Serra-Mar e o recapeamento asfáltico do trecho Parada-Modelo-Cachoeiras de Macacu foram objetos de discursos diários do querido parlamentar durante todo este ano de 1973. 

Ainda bem - Semana passada denunciamos a estranha demora no encaminhamento à aprovação da Câmara Municipal do convênio firmado entre a prefeitura e o Hospital Regional que estende aos friburguenses a assistência de pronto socorro e o atendimento domiciliar em casos de urgência. Tal convênio, tão badalado na época de sua assinatura, encontrava-se “enrustido” há dois meses numa gaveta qualquer do Palácio Nova Friburgo.

Detran precisa fiscalizar melhor - O Detran precisa deixar um pouco o centro da cidade e efetuar fiscalização mais rigorosa em outros pontos da cidade. Por exemplo, no eixo rodoviário e muito especialmente no viaduto que se projeta para o bairro Ypu, tem que haver uma melhor fiscalização, sobretudo dos caminhões de pedra calcária. 

O poder dos imbecis - Muito embora tenhamos sido taxados de imbecis pelo dr. Paulo Azevedo, semanalmente temos demonstrado não sermos tão imbecis assim, como nos julga o secretário geral. Dois fatos vieram demonstrar que a nossa imbecilidade já está servindo até para assessorar a administração municipal. Um assessoramento sem vencimentos, sem tempo integral, sem dedicação exclusiva. Enfim, uma assessoria sem as benesses concedidas aos já populares “oitentinhas”. 

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Plinio Maia, Julieta Bravo, Cora Ventura Spinelli e Padre Antonio Malheiros (9); Elizabeth Corso, Isis El-Jaick, Wilson de Mello e Adriana Namen (11); Êda Moraes Carvalho, Eulália Faria Soares e Paulo Verbicário Dantas dos Santos (12); Maria da Glória Barcellos Rocha, Izabel Novelli, Frankin Ximenes Castro Nunes e Oceanira Valentin Palmerin (14); Alice Marques Duarte, Thereza Cristina Soares, Beatriz Dutra da Costa e Ernani do Amaral Peixoto (15).

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Abaixo a síndrome de Cinderela

sábado, 08 de julho de 2023

Tem dias que eu acordo e o máximo que consigo é acordar. E, por que não estaria tudo bem com isso? A gente não tem que estar disposto todos os dias, todos os momentos. Deve ser muito chato ser feliz todos os dias, ou melhor, ter que se mostrar contente a todo instante, como se a vida fosse aquilo que se posta no Instagram. No TikTok, então, tudo se resume a quinze míseros segundos. 

Tem dias que eu acordo e o máximo que consigo é acordar. E, por que não estaria tudo bem com isso? A gente não tem que estar disposto todos os dias, todos os momentos. Deve ser muito chato ser feliz todos os dias, ou melhor, ter que se mostrar contente a todo instante, como se a vida fosse aquilo que se posta no Instagram. No TikTok, então, tudo se resume a quinze míseros segundos. 

Abaixo a síndrome de Cinderela. Imagina levantar todos os dias sorridente para varrer a casa, lustrar os móveis, lavar o banheiro cantarolando com os bichinhos. Ultrapassado e piegas até para filme da Disney. 

Reverência à preguiça, à impaciência, ao mau humor. O mundo caótico nos permite não ter que estar bem o tempo todo. Até a Bolsa de Valores cai e levanta. Por que nós, meros mortais, temos que ser diferentes do rei mercado? Ou diferentes da lógica da vida?

Monitor cardíaco em linha reta é sinal de morte. Variações de frequência é o que nos fazem vivos. Entre altos e baixos, mais vale um sorriso sincero do que sorriso de político mentiroso. Cara emburrada expulsa a hipocrisia. Não somos constantes. Somos uma espécie instável, que até busca o estável, mas que persegue mesmo é o inenarrável, a experiência, a aventura, os tais impactos que nos energizam, tudo o que nos vibra, reinventados, iluminados, iluminadores. 

Voo pede aterrissagem é só aterrissa quem voa. O que é melhor? Não sei. De tal forma que, para diferenciar alegria de tristeza e todos os antônimos, é natural que antagônicos façam parte da jornada de cada um de nós. 

Ainda que bilhões, somos tão únicos. Deus é mesmo um sujeito criativo. Nós somos criativos. Tantas personalidades distintas, tantos personagens que abrigamos dentro de nós mesmos e convocamos, a bel-prazer ou não, todos os dias. 

Há manhãs frias que não dá a menor vontade de levantar da cama. Que acordar é o suficiente. Que estar à toa é a melhor opção entre todas as outras. E tudo bem. Você não precisa de tarja preta ou de hormônios injetáveis ou da vida que os outros dizem ter nas redes sociais. 

Desafio das seis da manhã, cem dias de provação, banho gelado às quatro da madrugada no inverno… Dispenso os coachs, assim como os pastores que vendem fé disfarçada de prosperidade, prosperidade mascarando sacrifício, e, que se “você não atingiu a graça é porque não se esforçou o suficiente”. Isso não é religião ou psicologia positiva, isso é capitalismo! Talvez até o capitalismo seja mais honesto.         

Eu gosto dos boêmios, loucos, entregues. Porque loucos, entregues, boêmios têm a virtude de não serem hipócritas. Com raríssimas exceções, moralistas moram nos armários. Criticam aquilo que fazem no escuro ou o que gostariam de fazer. Nos seus âmagos, querem (quando não os fazem às escondidas) aquilo que julgam errado. Invejam os livres e a liberdade é para eles um desejo, tanto quanto tormento. Não os condeno, mas ser um deles…

Amem a liberdade. Sejam amigos de suas próprias consciências. É onde mora Deus. Cinderela? Ela canta feliz arrumando a casa, junta as duas mãos e as leva ao rosto encantada, mostra no Instagram seu príncipe encantado. Mas o príncipe também arrota, os sapatos de cristal apertam e os bichos mordem. Não romantizar o cotidiano é um bom começo. Escolha bem o que entra no seu filme, lembrando que no filme da vida não tem cortes ou edição.    

É impossível vencer sempre e viver é transitar entre polos. Admitir a preguiça é tão justo, quanto se pegar sorrindo, do nada, no meio do trabalho árduo ou na caminhada pelo parque. E é assim que a gente se compartilha com o mundo. 

Há dias que acordar é o máximo que se pode fazer, outros, acordar é só o começo para coisas extraordinárias. E, claro, no meio disso tudo sempre tem as surpresas. Agradáveis ou não. Mas é tudo aquilo que foge ao nosso controle, e, imprescindível é saber conviver com isso. Haverá muita felicidade nisso e também tristeza. Isso é viver, isso é se manter vívido.

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Está alavancando suas finanças?

quinta-feira, 06 de julho de 2023

A alavancagem financeira é um conceito fundamental no mundo dos negócios e das finanças referente à prática de utilizar recursos financeiros adicionais para ampliar o potencial de lucro de uma empresa. Em outras palavras, é o uso de dívida ou capital de terceiros para aumentar o retorno sobre o investimento. Ou seja, empreender o dinheiro que você não tem.

A alavancagem financeira é um conceito fundamental no mundo dos negócios e das finanças referente à prática de utilizar recursos financeiros adicionais para ampliar o potencial de lucro de uma empresa. Em outras palavras, é o uso de dívida ou capital de terceiros para aumentar o retorno sobre o investimento. Ou seja, empreender o dinheiro que você não tem.

Para facilitar o entendimento, um exemplo comum é o uso de empréstimos bancários para financiar investimentos. Ao obter um empréstimo, a empresa aumenta sua capacidade de investir em projetos com retornos potencialmente altos. Essa estratégia permite que a empresa aproveite oportunidades de crescimento que, de outra forma, não seriam possíveis apenas com seus próprios recursos.

Existem diferentes tipos de alavancagem financeira, sendo a alavancagem operacional e a alavancagem financeira as mais comuns. A alavancagem operacional envolve o uso de custos fixos, como despesas de produção, para aumentar a rentabilidade. Já a alavancagem financeira diz respeito à utilização de capital de terceiros, como empréstimos e financiamentos, para ampliar os retornos.

A prática, entretanto, costuma apresentar resultados significativos; sejam eles positivos ou negativos. Portanto, é importante se atentar em dobro aos riscos envolvidos. Aproveitar oportunidades de crescimento sem a necessidade de capital próprio, por exemplo, pode gerar maiores retornos ao balanço de uma empresa. Além, é claro, de promover certos benefícios fiscais sobre os pagamentos de juros.

No entanto, quando uma pessoa ou empresa assume dívidas, ela precisa pagar pelo custo desse dinheiro e, eventualmente, reembolsar o capital. Se os negócios não forem bem-sucedidos ou se houver uma queda na demanda do mercado, o tomador pode enfrentar dificuldades para cumprir suas obrigações financeiras. Isso pode levar a problemas de liquidez, perda de credibilidade e até mesmo à falência.

É importante considerar cuidadosamente os riscos e benefícios antes de adotar a alavancagem financeira. É necessário avaliar a capacidade de pagamento dos empréstimos, analisar sua saúde financeira e planejar estratégias de gerenciamento de risco adequadas.

A alavancagem financeira é uma ferramenta poderosa que pode impulsionar o crescimento e a lucratividade das empresas. No entanto, é essencial usá-la com cautela e sabedoria, levando em consideração todos os parâmetros envolvidos. O equilíbrio entre o uso de capital próprio e de terceiros é fundamental para garantir uma posição financeira saudável e sustentável no longo prazo.

Pensa em se alavancar? Faça suas contas, estude todos os cenários previsíveis e não meça esforços para seguir sua estratégia (mas seja capaz de pivotá-la quando necessário).

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