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Novo Pub

quarta-feira, 23 de março de 2022

Padaria livraria

 

O conceito talvez soe novo, mas após o anúncio de fechamento da última grande livraria de Nova Friburgo, a padaria que substituirá a Arabesco na Avenida Alberto Braune, decidiu ser também uma livraria. Os empreendedores acreditam que seja a primeira do gênero no país. A ideia é trazer a padaria com estilo gourmet e ter um espaço dedicado à leitura e à venda de livros.

 

Cidade sentiu

 

Padaria livraria

 

O conceito talvez soe novo, mas após o anúncio de fechamento da última grande livraria de Nova Friburgo, a padaria que substituirá a Arabesco na Avenida Alberto Braune, decidiu ser também uma livraria. Os empreendedores acreditam que seja a primeira do gênero no país. A ideia é trazer a padaria com estilo gourmet e ter um espaço dedicado à leitura e à venda de livros.

 

Cidade sentiu

 

O futuro empreendimento é da mesma família, portanto, a expertise no negócio que manteve a Arabesco por tantos anos como uma sobrevivente do mercado de papelaria e livros. O legado será, portanto, mantido e podemos dizer, modernizado. O encerramento das atividades da Arabesco trouxe um misto de sentimentos aos friburguenses. De perda, de processo de retrocesso cultural, de nostalgia.

 

Em breve

 

Animador, no entanto, o anúncio que damos em primeira mão de que a cidade seguirá tendo uma grande livraria. Melhor: acoplada a um espaço que tem frequentadores que podem não ser tão adeptos às livrarias e que, a partir de agora, terão próximo a possibilidade de nutrir o hábito pela leitura de livros. Ainda não está determinada a inauguração da Dona Emília padaria gourmet e livraria. Obras serão necessárias para adequar o espaço atual.

 

Casa Francesa e outros

 

O fechamento da Arabesco e da Alquimia noticiados semana passada pela coluna, levou muitos leitores a entrar em contato para relembrar tradicionais lojas, genuinamente friburguenses, que encerraram, recentemente, as suas atividades: MM Roupas, Renver, Beto Calçados e Casa Francesa foram as mais citadas. As mudanças do mercado, a chegada de grandes magazines, a aposentadoria de seus proprietários, entre outros fatores, cada qual na sua realidade, são alguns dos motivos que levaram ao fechamento destes e de outros comércios locais.

 

Novo Pub
Mas se um fecha, outro abre e o ciclo econômico segue seu rito. Neste sábado, 26, Nova Friburgo ganha um pub bar inédito na região. Com estilo de oficina mecânica, justamente por estar se instalando em um espaço que era uma retífica de motores, surge o Grua. O espaço promete design único, com objetos de oficina e até um Fusca clássico.

Retífica Bar
O novo pub está localizado em Duas Pedras, na Avenida Antônio Mário de Azevedo, início da Estrada Tere-Fri. A pegada de oficina foi tão mantida pelo projeto que se pode dizer que o sobrenome do pub é Retífica Bar. A ideia é trazer mais um espaço instagramável para a cidade, mas também ofertar uma boa carta de petiscos, cervejas e drinks. Além, é claro, de muita confraternização, boa música e diversão. Só não vale se sujar de graxa e dizer que estava na oficina, enquanto estava no bar. Se bem que...           

Friburguense
Correndo contra o tempo para montar o time para a segunda divisão, o Friburguense inicia nessa semana os treinos com o elenco reduzido. Neste primeiro momento, estarão praticamente apenas atletas aproveitados do Sub-20 que fez uma boa temporada em 2021. A aposta nos novatos é uma forma criativa de driblar as dificuldades financeiras, diante de uma concorrência cada vez com mais poder financeiro que o Tricolor da Serra.

Toshia
Após perder boa parte dos jogadores que atuaram pelo time nas duas últimas temporadas, a diretoria foca em dois conhecidos da torcida. O atacante Toshia tem retorno praticamente concretizado. O meia Jorge Luiz tem outras propostas, mas demonstra vontade em voltar para Nova Friburgo. Caso consiga esses dois jogadores, o time começa a ganhar forma para atrair outros nomes.

Estreia adiada
A estreia do Friburguense no Estadual, que seria no dia 30 de abril, foi adiada. Passou para o dia 4 de maio. O primeiro adversário é o Volta Redonda, e, como já antecipávamos, tem conflito de datas dos jogos do Volta Redonda no Brasileiro da Série C, com a segundona estadual. Assim, a Federação teve que remarcar todas as partidas do time da Cidade do Aço. Dessa forma, o Volta Redonda só poderá entrar em campo às quartas-feiras. As partidas da segundona seriam sempre aos sábados e domingos, assim como no Brasileiro.

Mudança de nome
Além da mexida na tabela por conta do Volta Redonda, o Gonçalense - vice-campeão no ano passado - está mudando de nome e de cidade. O clube foi vendido para o empreendedor ligado ao futebol, o técnico, Alan Pascoal. Ele está mudando o Gonçalense para o município de Petrópolis. Como não houve tempo hábil legal, neste ano o time se chamará Gonçalense/Petrópolis. Mas a partir do ano que vem, será somente Petrópolis.    

Camisa 2022
A longa parceria com a Vettor, distribuidora dos uniformes, está mantida. Um dos uniformes será a volta da camisa toda branca. Pronta, mas ainda não está à venda. A camisa traz uma estrela sombreada na parte esquerda do peito, abaixo do escudo e detalhes em azul nas mangas. O patrocínio principal continua sendo da Unimed Serrana. Deve ser com essa camisa que o time fará a sua estreia diante do Volta Redonda. Uma nova deve ser lançada para essa temporada, possivelmente a tricolor.

Palavreando
“Eu não sei a cor do seu ipê e nem sei o que o suspende ao céu. Mas sei que todos nós precisamos de algo que nos tire um pouco dessa cegueira que enxerga tudo, menos a beleza que se esparrama à nossa frente”.

 

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

As mães ucranianas

quarta-feira, 23 de março de 2022

Se Deus não segurar o dedo nervoso dos grandes deste mundo, virão as bombas todo-poderosas

Lembro-me mais ou menos de uma frase do Padre António Vieira sobre a guerra. Também mais ou menos sei onde ela está e vou procurá-la. Ei-la: “A guerra é aquela calamidade composta de todas as calamidades em que não há mal algum que não se padeça, ou não se tema; nem bem que seja próprio e seguro”.

Se Deus não segurar o dedo nervoso dos grandes deste mundo, virão as bombas todo-poderosas

Lembro-me mais ou menos de uma frase do Padre António Vieira sobre a guerra. Também mais ou menos sei onde ela está e vou procurá-la. Ei-la: “A guerra é aquela calamidade composta de todas as calamidades em que não há mal algum que não se padeça, ou não se tema; nem bem que seja próprio e seguro”.

Já no tempo dele era assim. Muito antes dele já era assim, terá sido sempre assim, desde o momento em que o homem primitivo, que mal havia levantado a cara do chão, sentiu-se capaz de segurar um pedaço de pau ou de atirar uma pedra e ferir outro homem. E hoje, milênios e milênios depois, primitivos continuamos, agora com armas mais destrutivas do que quanto pau e pedra possam existir no universo. Armas capazes de ferir não um, mas milhares, milhões; armas inteligentes, certeiras, fatais. E, se Deus não segurar o dedo nervoso dos grandes deste mundo, virão as bombas todo-poderosas. Talvez nem se possa falar delas no plural, pois bastará uma para que tudo vire pó, fumaça, nada. E para que finalmente a vida se cale no planeta Terra.

A cada minuto a guerra nos atinge. Não há como ignorá-la, ainda que tentemos fechar os olhos, tapar os ouvidos, calar a consciência. Bombas explodem, prédios desabam, pessoas correm, tentando superar estradas, cruzar fronteiras. Vão carregando sacos ─ roupas, remédios, documentos ─ e carregando-se uns aos outros. O andar trôpego e a cara sofrida com que avançam penetram em nosso coração. Não o coração dos românticos, aquele músculo incessante que trazemos no peito e que na verdade nunca se alegra ou se entristece. Mas aquele coração que é a nossa espiritualidade, nosso sentimento do mundo, nossa própria humanidade.  O coração que nos distingue das coisas brutas como a pedra, e mesmo dos outros animais que compartilham este mundo conosco ─ serpentes, jumentos, passarinhos.

E todos nós temos rezado, cada um a seu jeito, pois há muitas maneiras de rezar e as melhores independem das palavras. Sim, rezamos por todos os que sofrem e morrem em meio ao barulho, a fumaça e a escuridão, perdidos entre os gritos e gemidos que ressoam naquele pedaço do mundo tão distante e tão ao alcance do nosso coração. Rezamos por russos e ucranianos, que o sofrimento e a dor não conhecem nacionalidade. E se rezamos com maior fervor pelos ucranianos é porque eles estão sendo agredidos, porque são mais fracos, porque morrem mais. Sim, rezemos pelos ucranianos, e ainda mais pelas mulheres ucranianas que sofrem pelos maridos e pais que estão no fragor da batalha ─ ou talvez não mais, talvez já tenham abandonado a luta e estejam estirados no chão, sujos de terra e de sangue.

E mais do que por todas, rezamos pelas mães ucranianas, que ora se escondem, ora correm, ora se encolhem, e disfarçam suas fraquezas e seus medos, para fazer deles força e determinação. Lá vão elas, bolsas despencando do ombro esquerdo, a mão direita segurando uma criança, e mais outra que dorme no seu colo. Quem sofre mais do que essas mães? Nem mesmo os pequeninos, que esses ao menos têm um vulto que os afaga e conduz, ainda que aos trancos e barrancos. As mães ucranianas lutam, temem e tremem sozinhas ─ por si e por todos que elas amam.

Mas nessa calamidade composta de todas as calamidades, rezemos também pelas mães russas, muitas das quais têm se manifestado contra a guerra, apesar de reprimidas pelo governo. Pois de que vale para qualquer mãe ganhar uma guerra, conquistar um país e perder um filho?

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O preço da gasolina no Brasil

quarta-feira, 23 de março de 2022

Desde 2016, durante o governo do presidente Michel Temer, o valor cobrado pelos combustíveis no Brasil, seguiu o chamado “preços por paridade internacional” (PPI). De acordo com esse modelo, as refinarias da estatal vendem para as distribuidoras os derivados do petróleo como diesel, gasolina e gás liquefeito a um preço mais ou menos equivalente ao do mercado internacional. Isso porque o preço desses combustíveis acaba sendo definido pela cotação do barril de petróleo e pelo câmbio do dólar.

Desde 2016, durante o governo do presidente Michel Temer, o valor cobrado pelos combustíveis no Brasil, seguiu o chamado “preços por paridade internacional” (PPI). De acordo com esse modelo, as refinarias da estatal vendem para as distribuidoras os derivados do petróleo como diesel, gasolina e gás liquefeito a um preço mais ou menos equivalente ao do mercado internacional. Isso porque o preço desses combustíveis acaba sendo definido pela cotação do barril de petróleo e pelo câmbio do dólar. Assim, estamos atrelados ao valor desses dois referenciais e temos uma gasolina, hoje, sendo vendida, em média, a R$ 8, o litro.

Na Europa, o sistema funciona da mesma maneira, mas como existe uma paridade entre o valor do dólar e do euro, o referencial passa a ser o preço do petróleo internacional. O diferencial, e aí está o nó da questão é que lá, os aumentos são subsequentes, mas quando o barril de petróleo cai de preço, a diminuição do combustível é automática. Assim, se num dia o preço da gasolina está em 1,30 euros, no dia seguinte pode estar em 1,28 ou 1,32 euros dependendo do valor do chamado ouro negro. Esses preços são baseados na última viagem que fiz à França, em 2019. Aqui, quando há aumento do preço internacional do petróleo o preço da gasolina e derivados sobe, mas quando se dá o contrário, o reajuste para baixo inexiste.

Numa entrevista ao canal de televisão Jovem Pan, no Programa Pingo nos Is, o presidente da Petrobras, general Silva e Luna, disse que uma mudança na política de preços dos combustíveis adotados pela empresa, seria como mudar a lei da gravidade. Por ser uma companhia de capital aberto, ela precisa competir com outras empresas. Ele afirmou que depois de um processo de recuperação, em função do estrago nas finanças da empresa, provocados pelos sucessivos governos do PT, a Petrobras voltou a gerar lucros para o governo.

Segundo ele, o que se pode fazer para solucionar a alta dos preços, é o Governo Federal, como maior acionista, utilizar os royalties que recebe, para instituir políticas públicas. Outra solução seria a criação de um fundo, que ficaria a cargo do Congresso Nacional, tipo um subsídio, para minimizar esses aumentos, quando o petróleo e o dólar estivessem muito elevados.

O governo está com um pepino na mão, pois após dois anos de problemas econômicos em função da pandemia, sobrevém a guerra da Ucrânia, que é mais um complicador, em termos de estabilização econômica do país. E o que é pior, como a maior parte do transporte de cargas, no Brasil, está nas rodas do caminhão, e esse é movido a óleo diesel, qualquer aumento no combustível repercute no preço das mercadorias, o que aumenta a inflação.

Sendo a empresa de petróleo uma estatal de capital aberto, onde existem acionistas que empregam capital, visando lucro, tem que se de levar em conta, que o número de acionistas é muito menor do que o número de pessoas atingidas pelo preço dos combustíveis. Assim, seria de se esperar que esses acionistas em momentos pontuais, tivessem seus lucros diminuídos. Afinal, se em contrapartida houvesse um substancial declínio na venda desses combustíveis, por diminuição de consumo, esses lucros também seriam diminuídos. Uma mão lava a outra e no fim todos sairiam no lucro. Ou seja, seria justo que o sacrifício, em momentos de crise, deveria ser dividido por todos.

Não podemos esquecer, também, que na realidade, a Petrobras recebe apenas R$ 2,30 por litro (esse é o valor da gasolina, na refinaria, dito pelo general Silva e Luna). O restante são encargos, o pior deles o IPI, o Imposto sobre Produtos Industrializados. Recentemente o Congresso votou uma lei que equaliza, em todo Brasil, o valor do IPI, e num valor bem mais baixo que o atual. Aliás, seu custo é que nem o “samba do afro-brasileiro ensandecido” (anteriormente conhecido como samba do crioulo doido), pois gera preços muito disparatados, como no Acre em que o litro da gasolina custa o equivalente a R$ 11. Isso, certamente, vai contribuir para uma diminuição no preço dos combustíveis.

No entanto, governadores insatisfeitos com a perda de receita estadual, já pensam em recorrer ao STF, para que mais uma vez, esse se intrometa em assuntos que não lhe dizem respeito. Seria mais uma afronta à autonomia dos três poderes, caso a consulta seja aceita e o IPI volte aos valores iniciais.

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A VOZ DA SERRA é o provocador das nossas emoções!

terça-feira, 22 de março de 2022

Mais um Outono caindo nas graças da natureza! No Caderno Z do último fim de semana, as folhas caem no gosto de nossos leitores, no colorido exuberante das fotos de Henrique Pinheiro. De início, Ana Borges nos abre o leque de conhecimentos, no assunto da vez: “é o outono, época de colheita, com seus frutos típicos, bem maduros. Seu nome, aliás, vem do latim e significa, justamente, ‘amadurecer’...”. O saber nos amadurece e, em nós, a natureza é um processo de adaptação aos ciclos naturais. Para mim, o grande desafio é sentir os dias ficando menores. Contudo, as estrelas chegam mais cedo.

Mais um Outono caindo nas graças da natureza! No Caderno Z do último fim de semana, as folhas caem no gosto de nossos leitores, no colorido exuberante das fotos de Henrique Pinheiro. De início, Ana Borges nos abre o leque de conhecimentos, no assunto da vez: “é o outono, época de colheita, com seus frutos típicos, bem maduros. Seu nome, aliás, vem do latim e significa, justamente, ‘amadurecer’...”. O saber nos amadurece e, em nós, a natureza é um processo de adaptação aos ciclos naturais. Para mim, o grande desafio é sentir os dias ficando menores. Contudo, as estrelas chegam mais cedo. “As temperaturas tendem a ser mais amenas”, mas, em nossa cidade, é preciso revirar gavetas, porque o frio nunca se atrasa.

Os estudos meteorológicos indicam que o La Niña terminará no decorrer do outono. Porém, é cedo ainda para especulações sobre a vinda do El Niño e, por essa razão, o serviço de previsões do tempo recomenda “cautela com a tomada de decisão”. Nova Friburgo, entre tantos bons motivos, é um convite diário para o espetáculo ao ar livre. Sob o nosso céu aberto, de azul intenso, os passeios, caminhadas e escaladas são roteiros imperdíveis. As flores brincam na dança da estação e as frutas se esmeram em doçuras para o nosso deleite. Os caquis se esborracham de tão maduros e docinhos. Quem resiste?

Bem-vinda seja a nova estação e, como bem enfatiza Wanderson Nogueira, no maravilhoso texto Flores de outono, “cabe o bom conselho de viver intensamente cada uma delas. O mais interessante é que aprenderemos a gostar de aspectos que não notávamos e sentiremos saudades de cotidianos que aproveitamos menos do que deveríamos. Se percebêssemos enquanto a mágica acontece, nosso talento contemplativo nos visitaria mais... Por mais diversos que sejam os desenhos que as nuvens fazem nunca se repetirão com as mesmas curvas e traços.” Que lindo!

Seguindo a viagem literária, “Há 50 Anos", em 18 de março de 1972 fora inaugurado o conjunto habitacional Bom Pastor, na Vila Amélia. Uma novidade e tanto, que até o então governador do Estado do Rio de Janeiro, Raymundo Padilha, compareceu ao evento. Outro grande passo era a implantação dos orelhões pelo centro da cidade. Começava o tempo das fichas, o que era um grande avanço para a época! Caiu a ficha?

Quem está de idade nova é o André Gomes e foi destaque na coluna Sociais pelo seu aniversário comemorado no último sábado, 19. Muito querido pelos friburguenses, André se destaca, percorrendo com sua vassoura mágica, as calçadas da Avenida Alberto Braune, conquistando amizades. E para ele, ofereço aqui uma trova: “André: Deixa a rua tão limpinha / de um modo extraordinário / que se a rua fosse minha / eu dobrava o seu salário!”

O segundo episódio da série de reportagens "2 anos de pandemia", muito bem apresentado pela brilhante jornalista, Adriana Oliveira, nos trouxe mais narrativas do transcurso da pandemia em 2020. Lendo os relatos, parece que nos passa um filme de apreensões na lembrança. Pode ser que alguém tenha se esquecido de que em julho do ano em destaque, fora anunciado, oficialmente, pelo "então secretário estadual de Saúde, Alex Bousquet, que Nova Friburgo ficaria sem hospital de campanha". E toda a sua estrutura montada na Avenida Roberto Silveira se transformou no "elefante branco" da charge de Silvério. E era um desfile de bandeiras, um sobe e desce de cores no mastro das incertezas. E nossa cidade “chegou a 200 mortos às vésperas do Natal”, um dado humano, irreparável e triste.

Sonhando ainda com dias melhores, há um alento para este ano com o Carnaval de Maio. Serão quatro dias de festa na cidade com a culminância dos festejos dos 204 anos de Nova Friburgo. A expectativa para o “Carnaval Fora de Época”, por si só, costura as nossas fantasias e borda de paetês os sonhos de que, no mês das mães e das noivas, teremos o melhor presente que possamos almejar – a alegria carnavalesca. O figurino da moda outono/inverno, na charge de Silvério, nos anima. Tomara que o veranico de maio venha nos visitar e nos permita vestir as fantasias, sejam elas de cetim ou de retalhos de sonhos que sobraram das nossas esperanças. Vale sonhar, pessoal!

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Curtindo nos States

terça-feira, 22 de março de 2022

Curtindo nos States

O simpático e querido empresário do ramo farmacêutico Marcus Antonio Lutterbach Dalbuone, que há alguns anos deixou a vizinha Cantagalo e se destacou em Nova Friburgo, encontra-se curtindo merecidas férias.

Marcus e a esposa Andréa estão fazendo um giro especial por Nova York. O passeio se estenderá até o próximo dia 30. Que beleza! Abraços e bons divertimento, amigos!

Roosevelt, honoris causa

Curtindo nos States

O simpático e querido empresário do ramo farmacêutico Marcus Antonio Lutterbach Dalbuone, que há alguns anos deixou a vizinha Cantagalo e se destacou em Nova Friburgo, encontra-se curtindo merecidas férias.

Marcus e a esposa Andréa estão fazendo um giro especial por Nova York. O passeio se estenderá até o próximo dia 30. Que beleza! Abraços e bons divertimento, amigos!

Roosevelt, honoris causa

O conhecido e admirado Roosevelt Serafim Concy, advogado,  atual presidente do Nova Friburgo Country Clube e diretor executivo da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf) é sempre merecedor de homenagens e cumprimentos, ainda mais agora, por ter sido condecorado recentemente com o  título e medalha Doutor Honoris Causa. A honraria foi concedida  pela Instituição de Ensino Superior Iscecap.

A cerimônia ocorreu no último dia 12 na sede da LBV, a Legião da Boa Vontade, em Brasília, seguindo tradicional ritual da Universidade de Coimbra em Portugal, desde que passou a existir há 700 anos.

Aniversários em família

No último sábado, 19, a linda menina Sara Costa Milani e sua mãe Cristiane, vistas na foto, comemoraram mais um aniversário. Por isso, esta coluna se associando aos avós da Sara, o casal Linete e Luiz Carlos, bem como ao pai da Sara e marido da Cristiane, Fabrício, e os tios e irmãos Viviane e Luiz Carlos, incluindo também os avós paternos Lili e Edmo e a bisavô Áurea, desejam um mundo de felicidades para a Sarinha e sua mamãe querida. Parabéns!

Rio Expo Food

Hoje, 22, diversos empresários do ramo de supermercados, mercearias, hotéis, panificadoras e outros estabelecimentos similares, estão engajados num compromisso à parte que não se restringe as suas atividades normais de trabalho.

É que como ocorre anualmente, começou ontem, 21, e vai até amanhã, 23, mais uma edição do evento Super Rio Expo Food, dedicado ao varejo do setor alimentício. A realização é da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro e reúne profissionais, executivos e fornecedores para supermercados, hotéis, restaurantes, bares, padarias, confeitarias e lojas de conveniência.

Durante o evento, os participantes, muitos deles aqui de Nova Friburgo, têm a oportunidade de fazer novos contatos, compartilhar experiências e conhecer as últimas novidades na indústria de alimentos e bebidas e equipamentos do Brasil.

Aniversariou no sábado

Nossas congratulações com votos de feliz aniversário ao simpático Marcelo Fernandes Motta, na foto junto à esposa Denise e filho Leonardo de Assis Fonseca Motta.

Isso, porque o Marcelo que foi gerente da ANS - Agência Nacional de Saúde e é genro do amigo Maurílio de Assis Fonseca, aniversariou no último sábado, 19, também para satisfação dos demais familiares e muitos amigos.

Maçonaria em alta

A maçonaria friburguense estará ainda mais em alta na noite desta quinta-feira, 24.

É que a Augusta e Respeitável Loja Simbólica Professor Oscar Argolo, que tem seu templo próximo a Via Expressa em Olaria, estará realizando sessão solene para formalizar a entrega da Comenda da Ordem do Mérito de Dom Pedro I a um dos seus membros e mais antigos maçons da região, José Joaquim de Souza.

Afim de abrilhantar e tornar o acontecimento ainda mais marcante, estarão presentes o grão mestre estadual do GOB-RJ (Grande Oriente do Brasil no Rio de Janeiro), Aíldo Carolino, e o Grande Primaz do Rito Brasileiro, Nei Inocêncio dos Santos.

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A verdade vos tornará livres

terça-feira, 22 de março de 2022

Diante de uma sociedade cada vez mais influenciada e polarizada por notícias falsas e discursos de ódio, faz-se oportuno partilhar a atualidade da mensagem do Papa Francisco para o 52° Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 13 de maio de 2018, com o lema " A verdade vos tornará livres (Jo 8,32) - Fake news e Jornalismo da paz", a qual dividimos em dez pontos:

1. "A comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão", afirma o Papa. Exalta a capacidade humana de expressão, compartilhamento e construção de sua própria memória.

Diante de uma sociedade cada vez mais influenciada e polarizada por notícias falsas e discursos de ódio, faz-se oportuno partilhar a atualidade da mensagem do Papa Francisco para o 52° Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 13 de maio de 2018, com o lema " A verdade vos tornará livres (Jo 8,32) - Fake news e Jornalismo da paz", a qual dividimos em dez pontos:

1. "A comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão", afirma o Papa. Exalta a capacidade humana de expressão, compartilhamento e construção de sua própria memória.

2. Porém, o egoísmo é um sentimento destrutivo, capaz de distorcer a comunicação e a verdade, em prol de um bem individual ou de um grupo.

3. Um tema a ser refletido são as "fake news" - as notícias falsas, que são "notícias" verossímeis - aquilo que parece intuitivamente verdadeiro, mas não é. São capazes de chamar a atenção dos leitores e receptores, usando estereótipos e preconceitos generalizados. Exploram emoções como ansiedade, desprezo, ira e frustração e se difundem, em sua maioria, nas redes sociais, onde ganham visibilidade e tornam seus danos irreparáveis.

4. As notícias falsas, segundo o Pontífice, visam objetivos prefixados - como influenciar opções políticas e favorecer lucros econômicos. Geram ambientes digitais de confronto, de descrédito do outro, que passa a ser visto como um inimigo. Uma demonização que pode fomentar conflitos. Devem ser erradicadas em uma corrente de conscientização das pessoas que interagem com este conteúdo.

5. O drama da desinformação gera intolerância, arrogância e ódio e as fake news seguem a "lógica da serpente", como na narração do pecado original, como figura de confusão e tentação para o homem e para a mulher. "Este episódio bíblico revela assim um fato essencial para o nosso tema: nenhuma desinformação é inofensiva; antes, pelo contrário, fiar-se naquilo que é falso produz consequências nefastas. Mesmo uma distorção da verdade aparentemente leve pode ter efeitos perigosos".

6. Comunicar a verdade: O Papa Francisco manifesta o desejo de uma contribuição para a prevenção da difusão destas notícias falsas e para a redescoberta do valor da profissão jornalística e da responsabilidade pessoal de cada um na comunicação da verdade." O antídoto mais radical ao vírus da falsidade é deixar-se purificar pela verdade". Considera louváveis as iniciativas que ensinam os homens e mulheres como avaliar o conteúdo comunicativo e a não serem divulgadores inconscientes de desinformação, mas atores de seu desvendamento. Valoriza também as iniciativas institucionais e jurídicas neste objetivo.

7. O homem descobre sempre mais a verdade quando a experimenta em si mesmo como fidelidade e fiabilidade de quem o ama. "O melhor antídoto contra as falsidades não são as estratégias, mas as pessoas que, livres da ambição, estão prontas a ouvir e, através da fadiga de um diálogo sincero, deixam emergir a verdade; pessoas que, atraídas pelo bem, se mostram responsáveis no uso da linguagem", explicita o Vigário de Cristo.

 8. Jornalismo de paz: o Papa direciona a mensagem aos jornalistas que, segundo ele, são obrigados por profissão a ser responsáveis ao informar. Como guardiães das notícias, não desempenham apenas uma profissão, mas uma verdadeira e própria missão, "tem o dever de lembrar que no centro da notícia não estão a velocidade em comunicá-la, nem o impacto sobre a audiência, mas as pessoas. Informar é formar; é lidar com a vida das pessoas. Por isso, a precisão das fontes e a custódia da comunicação são verdadeiros e próprios processos de desenvolvimento do bem que geram confiança e abrem vias de comunhão e de paz".

9. Francisco convidou os profissionais de comunicação a promover um jornalismo de paz que não negue a existência de problemas graves, mas que, pelo contrário, não use de fingimentos, seja hostil às falsidades, a slogans sensacionais e a declarações bombásticas. Um jornalismo a serviço das pessoas que não se limite a queimar notícias, mas que se comprometa na busca das causas reais dos conflitos, favorecendo a compreensão das raízes e empenhado em indicar soluções e alternativas.

10.Termina com uma oração inspirada na oração franciscana da paz: "Senhor, fazei de nós instrumentos da vossa paz. Fazei-nos reconhecer o mal que se insinua em uma comunicação que não cria comunhão" (trecho da oração final da mensagem).

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é chanceler da Diocese de Nova Friburgo. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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Mais uma livraria que fecha as portas

segunda-feira, 21 de março de 2022

“Tudo muda, nada é para sempre”. Esta foi a frase que brotou no meu
pensamento quando soube que a Papelaria Arabesco irá fechar as portas em
breve. Durante anos a Arabesco, também livraria, nos ofereceu bons livros.
Inclusive os que escrevi foram por ela acolhidos e expostos cuidadosamente
em suas estantes.
Tudo se transforma neste mundo dinâmico. Quando um lugar de livros é
fechado, surgem tristeza e vazios carregados de lembranças. Certamente,
esse lugar de comércio será substituído por outro; soube que será uma
padaria, a Dona Emília.

“Tudo muda, nada é para sempre”. Esta foi a frase que brotou no meu
pensamento quando soube que a Papelaria Arabesco irá fechar as portas em
breve. Durante anos a Arabesco, também livraria, nos ofereceu bons livros.
Inclusive os que escrevi foram por ela acolhidos e expostos cuidadosamente
em suas estantes.
Tudo se transforma neste mundo dinâmico. Quando um lugar de livros é
fechado, surgem tristeza e vazios carregados de lembranças. Certamente,
esse lugar de comércio será substituído por outro; soube que será uma
padaria, a Dona Emília.
Engraçado que quando ando na Avenida Alberto Braune, a Arabesco me
é constantemente uma referência de lugar. Ou seja, antes ou depois, do
mesmo lado ou do outro da rua. Mas por que a Arabesco assim me parece?
Volta e meia pergunto aos meus botões, um tanto quanto intrigada. Agora,
escrevendo, consigo compreender os motivos: ela guarda algo que me atrai,
alimenta minha mente e espírito. Querendo saber dos meus livros, entrava lá e
acabava me perdendo em tantos outros, em diversos estilos literários. Não
resta dúvida que sempre me foi agradável ver minha obra exposta na parte
infanto-juvenil. Como a Arabesco sabia me fazer sentir acolhida e importante!
Vou guardá-la na lembrança de forma carinhosa e saudosa.
Desconheço os motivos da decisão de fechá-la. Pode haver sérias razões
e pessoais. Porém também sei que o mundo virtual está repleto de livros a
oferecer aos leitores. Eu, inclusive, uso com frequência o e-book; a cada dia
estou mais adaptada à leitura na tela. Aliás, já tinha lido artigos a respeito do
crescimento das bibliotecas e livrarias virtuais, que teriam potenciais para
preencher as necessidades dos leitores. Talvez porque ofereçam mais
praticidade aos usuários, principalmente os de idade escolar, seja para adquirir
livros, seja para guardá-los. Os livros virtuais, sem peso e volume, devem ser
considerados. Cada e-book comporta muitas estantes de livros.

A Arabesco é aquela loja simpática, aberta aos amantes de papelaria,
como eu, e aos leitores. É um lugar movimentado, com aquele cheiro de livro.
Ah, meus amigos, o livro tem um cheiro que vicia. Há leitores que abrem um
livro e põe-se a cheirá-lo. Confesso que cultivo tal hábito inexplicavelmente
prazeroso.
Quando ligo meu e-book não sinto nenhum cheiro, apenas vejo as
palavras surgirem no brilho da tela. Ora pois, seu uso e manuseio são frios,
rotineiros e nada atraentes. De fato, os textos me dizem o mesmo que os do
livro de papel, mas ainda não criei um hábito que me enterneça. Tenho
esperanças de que vou descobrir.
Pois bem, a vida é assim, segue seus rumos sem fazer consultas ou
perguntas; acontece e surpreende. Bom que aproveitei a Arabesco.
Aliás, a gente tem que desfrutar o que tem nas mãos porque, de repente,
antes do nascer do sol...

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Inaugurado o conjunto Bom Pastor

sábado, 19 de março de 2022

Edição de 18 e 19 de março de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

Edição de 18 e 19 de março de 1972
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

  • Conjunto Bom Pastor - Inauguração do conjunto habitacional da Vila Amélia será neste 18 de março com direito a solenidade que terá a presença do ministro do Interior, general Costa Cavalcante e o governador do Estado do Rio de Janeiro, Raymundo Padilha. 
  • Nova Friburgo já tem telefones públicos - Ficha neles! A cidade, enfim, ganha um presente muito útil trazido pela CTB, a Companhia Telefônica Brasileira. Friburguenses, façam uso dos orelhões espalhados pelo centro da cidade.      
  • Governo em ação - A Prefeitura de Friburgo cumprindo um programa de comemorações por mais um aniversário da Revolução, inaugura as escolas Bairro Aprazível, no Vale dos Pinheiros; Espírito Santo, no bairro Olaria, e Praça da Bandeira, em frente ao quartel da Polícia Militar. 
  • Leões rugem nas serras - Friburgo terá durante quatro dias da segunda quinzena de abril, mais de dois mil leões, rugindo nas serras, com as suas domadoras, na reunião distrital do “Lions Clube”. A diretoria é composta pelo presidente, João Luiz Aguilera Campos; diretor social, Elias Antonio Yunes; diretores, Ênio Cabral, Adolfo Brill e Manoel Carneiro de Menezes. Os convencionais farão palestras, passeios, visita ao prefeito, percorrendo os pontos turísticos. A direção local promoverá festividades, tais como: desfiles, apresentação de corais em praça pública, etc. 
  • “Pega Fogo” o Legislativo Friburguense - O "Pega Fogo” na Câmara Municipal de nossa terra até que foi “legal" pois o "escalpelamento" foi geral. O negócio esquentou, mas no fundo, os representantes do povo cumpriram uma missão sagrada qual seja a de defender a já depauperada bolsa do povo. Desta vez, sim, os delegados da população disseram para que estavam no Legislativo. Parabéns!  

Pílulas:

  • Outra matéria bomba foi a do parecer, inclusive da auditoria a respeito do momentoso assunto das contas do Hospital Santo Antônio - Santa Casa. Ouvimos os mais desencontrados comentários sobre grande relatório publicado, cujo conteúdo total não tivemos a oportunidade de conhecer. Só sabemos que a exposição é assinada pelo conceituado advogado Dr. Sebastião Pinheiro, o que, por si só garante cunho de absoluta seriedade e autenticidade. 
  • A política friburguense esteve calma e sem novidades na semana que se finda. Afora uns estertores de desespero pela antevisão de derrota eleitoral, a “coisa” vai sendo devidamente arrumada. Os grupos em grande atividade vão caminhando para o grande embate das urnas do vindouro 15 de novembro. São visíveis os esvaziamentos de lideranças espúrias, enquanto os autênticos homens públicos sentem fortalecimento nas suas respectivas posições. É a roda da política que está sempre a girar, jogando para o chão e para espatifar-se inautênticos os aproveitadores, os vaidosos, os que fazem profissão das funções públicas, os que vivem de astúcias eleitoreiras! 
  • Conforme nossa nota da passada semana, a “quente” matéria somente esquentou porque “dormiram” os órgãos de assistência aos municípios, um dos quais sentenciou que os mandatos eram de dois anos, depois sentenciou que era de um ano e finalmente recomendou a observação de parecer de um grande jurista pátrio, cujo parecer faz lembrar a anedota do anel de ouro do português: às vezes é de ouro e às vezes não o é.  

E mais… 

  • Vereadores não se ajustaram aos acintosos aumentos tarifários de telefone e da água… 
  • Edital de convocação para a fundação da Unimed Nova Friburgo… 
  • Ano de profícuas realizações do Nova Friburgo Country Clube… 

 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Edêsio Alves, Odilon Humberto Spinelli e José Bizzotto (19); Maria José Braga, Dalvacy do Rêgo, José Gonçalves Bertão, Juvenal Goulart e Gamaliel Borges Pinheiro (20); Maria Odette Heringer, Flora Sertã, Maria Lessa Ventura, José Carlos Jardim e Maria José Jardim (21); Valéria de Iracê e João Batista Spinelli (22); Aracy Cúrio, Arlindo Angelino, José Dutra da Costa e Gisele Passenato (23);  Richard Ihns (24); Elvirinha Gandur e Neuza Ruiz (25).
Foto da galeria
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Flores de outono

sábado, 19 de março de 2022
Foto de capa
(Foto: Freepik)

Flores de outono sobrevivem ao inverno, reavivam na primavera e se despedem no verão para renascerem de novo. Pudera todos os amores serem assim: vindouros no inverno, apaixonados na primavera e reinventados em todos os verões. Os amores têm muito que aprender com as flores, e nós, com as estações. 

As flores despedaçam, pois sua natureza é frágil. Não porque nasçam para voar a qualquer vento, mas porque são filhas do cuidado e sua beleza reside na capacidade resiliente de voar e se plantar em terreno de fértil imaginação para suas cores. 

Flores de outono sobrevivem ao inverno, reavivam na primavera e se despedem no verão para renascerem de novo. Pudera todos os amores serem assim: vindouros no inverno, apaixonados na primavera e reinventados em todos os verões. Os amores têm muito que aprender com as flores, e nós, com as estações. 

As flores despedaçam, pois sua natureza é frágil. Não porque nasçam para voar a qualquer vento, mas porque são filhas do cuidado e sua beleza reside na capacidade resiliente de voar e se plantar em terreno de fértil imaginação para suas cores. 

As estações mudam para cumprir o ciclo da vida, nunca estática e sempre dinâmica. Nem amiga ou inimiga da volatilidade, apenas adaptativa à complexidade que é insistir para garantir a existência. 

Em tempos artífices em que frutas são possíveis em qualquer estação, flores e amores seguem, no entanto, o rito poético de, ainda que pecar, não transgredir o sentido de suas razões de serem como são. 

E somos como somos: viajantes no tempo que nos cabe. Ao não saber a quantidade de cada estação que teremos, cabe o bom conselho de viver intensamente cada uma delas. O mais interessante é que aprenderemos a gostar de aspectos que não notávamos e sentiremos saudades de cotidianos que aproveitamos menos do que deveríamos. Se percebêssemos enquanto a mágica acontece, nosso talento contemplativo nos visitaria mais... Por mais diversos que sejam os desenhos que as nuvens fazem nunca se repetirão com as mesmas curvas e traços.  

Choraremos sempre diferente, ainda que por motivos semelhantes. Porque a lágrima da primavera futura já acumula a experiência do choro do outono passado. A vida só sabe seguir para frente, ainda que nem sempre em frente. 

Saberemos então sermos folhas que secam no chão para alimentar raízes que logo serão novas árvores. Sermos água que corre nos carnavais do verão para cristalizar no gelo do frio que atenta à ausência do calor. 

Sermos cores variadas que salpicam as paisagens para, quem sabe, sermos fotografia que se aprecia nos salões das grandes exposições. Talvez aí se possa fazer entendimento que boas fotos necessitam de luz. Desse brilho que só os olhos podem ter. Dessa alegria e agonia de ser efêmero, tanto quanto memória. 

Poeiras de estrelas não causam alergia a quem ousa respirá-las. Céus de inverno também. Mas as flores de outono são teimosas, pois driblam a finitude de tudo na sina da reinvenção para além de sua própria estação. 

Afinal, flores de outono sobrevivem ao inverno, reavivam na primavera e se despedem no verão para renascerem de novo.

 

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Prêmio Nacional de Educação

sexta-feira, 18 de março de 2022

Prêmio Nacional de Educação
Ex-aluno do Polo Cecierj/Cederj de Nova Friburgo é um dos 12 finalistas do Prêmio Professor Transformador. O pedagogo Carlos Henrique Patrício concorre na categoria Ensino Fundamental I, com o seu projeto intitulado: “Escola Humanizada – Acolher, Escutar e Pertencer”. O reconhecido concurso do Instituto Significare selecionou à etapa final 350 trabalhos, ente os quais do ex-aluno do polo Nova Friburgo.

Prêmio Nacional de Educação
Ex-aluno do Polo Cecierj/Cederj de Nova Friburgo é um dos 12 finalistas do Prêmio Professor Transformador. O pedagogo Carlos Henrique Patrício concorre na categoria Ensino Fundamental I, com o seu projeto intitulado: “Escola Humanizada – Acolher, Escutar e Pertencer”. O reconhecido concurso do Instituto Significare selecionou à etapa final 350 trabalhos, ente os quais do ex-aluno do polo Nova Friburgo.

Formação de excelência
O resultado será anunciado na Feira de Educação e Tecnologia Bett Brasil 2022, que acontece entre os dias 10 e 13 de maio. Carlos atua como docente da rede pública de ensino desde 2005, quando concluiu o curso Normal. No Cecierj/Cederj se graduou em Licenciatura em Pedagogia, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), finalizando o curso em 2016. O polo local está entusiasmado com as conquistas de seu ex-aluno e vem divulgando em suas redes mais essa possibilidade de conquista.

Outros prêmios
O pedagogo formado em Nova Friburgo, já havia conquistado, em 2018, o prêmio Professores do Brasil, do MEC. Em 2019, recebeu a premiação Gestão Escolar, devido a sua atuação na rede pública municipal de Magé. Em 2020, foi agraciado com a menção de reconhecimento pela rede Conectando Saberes, pelo seu projeto “Reconstruindo o Contexto de Experiências”. Em 2021, recebeu o Prêmio Paulo Freire conferido pela Alerj.

Parlamento Juvenil
O Parlamento Juvenil sobe a serra e realiza hoje, 18, em Nova Friburgo, a capacitação dos eleitos do Centro-Norte fluminense. Após todo o rito eleitoral e de uma capacitação online, os jovens da rede estadual de ensino, entre 14 e 18 anos, se encontrarão pela primeira vez com a coordenação do projeto e entre eles mesmos. Será um dia inteiro de atividades no Instituto de Educação de Nova Friburgo (Ienf).

Região representada
De Nova Friburgo, os eleitos foram: Gabriela Soares (Ienf) e Felipe Gabriel Knupp (Rei Alberto I). Antes de Nova Friburgo, a caravana passou por Maricá, com os municípios da divisão regional da Secretaria estadual de Educação (Seeduc) das Baixadas Litorâneas e Petrópolis pela regional Serrana I. Na semana que vem, o projeto passará pela capital, Volta Redonda, Vassouras, Itaperuna e Campos, respectivamente. A edição em si do Parlamento Juvenil, com a semana parlamentar, está prevista para 22 a 28 de maio.

Shows e eventos em alta
Mais dois grandes shows estão confirmados para Nova Friburgo. Zé Ramalho se apresentará no Nova Friburgo Country Clube no dia 16 de abril. O evento era para ter acontecido em abril de 2020, mas com a pandemia precisou ser remarcado. Dois anos depois, a espera está próxima do fim. Já no carnaval de maio, haverá o evento ‘Serra Sunset’ e já confirmou como atração principal, dia 15, os cantores Dilsinho e Ferrugem. Por falar em eventos remarcados, a tradicional festa Booze que ocorreria no fim de semana que estourou a pandemia pela primeira vez, ocorre neste sábado, 19.

De volta
Fernando Bonan está de volta ao comando do esporte da Rádio Nova Friburgo FM. O Juventude da Serra iniciou na emissora, quando ainda era AM, na década de 80. Após quase 40 anos na emissora das montanhas, teve um breve hiato que chegou ao fim. No próximo dia 28, uma segunda-feira, Bonan reestreia o Friburgo Esportes, às 18h05. As transmissões dos jogos de futebol, tão marcantes, retornam em breve e com todo o vapor no Brasileirão.

Explode coração
Considerado o maior gol do rádio esportivo do Brasil, Bonan teve passagem pela Rádio Globo, e à época, conciliou a jornada com a Rádio Friburgo. A volta do programa, assim como as transmissões de futebol, misturam nostalgia da época de ouro do rádio esportivo, assim como inovação de quem sabe se reinventar.

AM para FM
A Rádio Nova Friburgo mudou de dial no ano passado, saindo do canal 660 AM para o 107,5 FM. Com a necessidade de abertura para frequência de celulares, o Governo Federal abriu a possibilidade de as emissoras AM migrarem para o FM. Mudança de equipamentos e torre foram um dos passos que tiveram que ser dados pela direção da emissora para garantir som de qualidade e sintonia ampliada.

Golaço
Com mais de 75 anos de atividades ininterruptas, a Nova Friburgo FM, vem mesclando tradição com novas caras e tecnologia que garante sinal de qualidade no radinho e outras possibilidades por aplicativo de streeming e redes sociais. A volta das transmissões esportivas com seu mais marcante narrador é, em dúvida, um golaço!

Palavreando
“Flores de outono sobrevivem ao inverno, reavivam na primavera e se despedem no verão para renascerem de novo. Pudera todos os amores ser assim: vindouros no inverno, apaixonados na primavera e reinventados em todos os verões”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

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