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Ainda mais do mesmo

sexta-feira, 18 de março de 2022

[Não se assuste, talvez você realmente já tenha lido esse texto. Foi a forma que eu encontrei de fortalecer, ainda mais, o que fora dito em 11 de fevereiro. Afinal, estamos vivendo ainda mais do mesmo. Portanto, é hora de dominar o assunto.]

[Não se assuste, talvez você realmente já tenha lido esse texto. Foi a forma que eu encontrei de fortalecer, ainda mais, o que fora dito em 11 de fevereiro. Afinal, estamos vivendo ainda mais do mesmo. Portanto, é hora de dominar o assunto.]

A vida financeira corre sempre pelos mesmos caminhos, mas por sermos movidos pela emoção, trazemos sempre um pouco mais de aventura ao rotineiro. Digo isso, pois hoje vamos falar sobre política monetária; na última quarta-feira, vimos mais um aumento –o nono consecutivo, chegando a 11,75% a.a. – de juros e é hora de voltar a praticar a realidade que fora exercida,quando nossa Selic via seus últimos momentos aos patamares de dois dígitos. Mas, então, se é mais do mesmo, porque tanta gente ainda não sabe como aplicar as estratégias socioeconômicas ao contexto financeiro pessoal? É esse o tema do texto.

Antes de mais nada, e serve como forma de relembrar o que já estudamos por aqui, vamos entender os conceitos por trás das metas de juros e inflação parachegarmos ao nosso objetivo: adequar o planejamento financeiro pessoal aos diferentes momentos econômicos de um país (e, até mesmo, realidades internacionais). Calculados através de complexas fórmulas matemáticas e muita pesquisa, as metas de inflação e juros balizam as estratégias das mais diversas políticas econômicas de uma nação e podemos sintetizar os dois possíveis cenários a termos específicos (e, pra variar, em inglês, como a maioria dos economistas gostam de rebuscar, de maneira quase desnecessária, o vocabulário técnico): hawkish e dovish.

Uma simples tradução, portanto, não seria capaz de elucidar seus significados, já que hawk significa falcão e, dove, pomba – em inglês. Pois vamos, então, aos conceitos. O termo hawkish refere-se a posturas maisinclinadas a juros altos e grande preocupação com inflação. Ao passo que Dovish representa cenários voltados a juros baixos e pequena preocupação inflacionária. Como exercício, antes de ir ao próximo parágrafo pare e reflita: qual postura o Banco Centralestá tomando neste momento em relação a sua política monetária?

Parou? Refletiu? Pois bem, depois de mais decinco anos adotando postura dovish – já que vemos a Selic caindo desde 2016 –, chegamos a patamares recordes de juros com a Selic em 2,0% a.a. até que surgisse a necessidade de subidas significativas nesta taxa. Portanto, respondendo à minha pergunta, desde março de 2021 o BC impõe postura hawkish a suas decisões de estratégia monetária e econômica.

Reparou que agora eu associei estratégias econômicas ao contexto monetário? Chegamos onde eu queria! Pode parecer pouco relevante, mas os números que você acompanha no jornal têm impactos realmente muito fortes na sua realidade. Vou tentar simplificar ainda mais.

Postura hawkish

Juros altos, dinheiro caro e maior custo com dívidas públicas. Aqui, investidores optam por títulos públicos e bancários, devido a alta remuneração associada a pouco risco. Portanto, com pouco incentivo a crédito, consumo e investimento em setores produtivos observamos o baixo crescimento econômico.

Por outro lado, é momento de atrair capital estrangeiro!

Se você precisa recorrer a crédito, este não é o melhor momento; analise de maneira bastante criteriosa.

Postura dovish

Juros baixos, dinheiro barato e menor custo com dívidas públicas. Neste cenário, investidores precisam se expor ao risco dos mercados de capitais para alcançar rentabilidades mais expressivas. Isso incentiva os setores produtivos e possibilita maior crescimento econômico.

Com relação aos investimentos estrangeiros, este cenário pode desincentivar (ou tornar mais pontual) a entrada de capital.

Por fim, precisando de crédito, aqui você pode encontrar boas oportunidades.

É importante compreender como a dinâmica econômica (e monetária) pode ser relevantepara o planejamento de suas estratégias pessoais e, até mesmo, empresariais.

Espero ter ajudado!

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Eu também acredito na rapaziada

sexta-feira, 18 de março de 2022

Diante de um enorme desafio sem precedentes, questionou-se a um jovem se ele iria encará-lo, ao que ele respondeu de forma óbvia que sim. Ele não era de se curvar às barreiras. Havia aprendido que ser forte também é uma questão de treinamento, de aprimoramento. Habitava nele uma força interior que impulsionava a energia para a execução e a transposição de qualquer obstáculo.

Diante de um enorme desafio sem precedentes, questionou-se a um jovem se ele iria encará-lo, ao que ele respondeu de forma óbvia que sim. Ele não era de se curvar às barreiras. Havia aprendido que ser forte também é uma questão de treinamento, de aprimoramento. Habitava nele uma força interior que impulsionava a energia para a execução e a transposição de qualquer obstáculo.

Tem gente que olha para o céu e agradece quando as oportunidades surgem ainda que venham acompanhadas de dedicação extrema, de trabalho árduo. Gente que acolhe uma missão e por ela se transforma no melhor que pode ser. Gente que não se acomoda, que encara, vai à luta, mesmo diante das dificuldades e da desconfiança dos outros, das indagações constantes sobre se é ou não capaz de dar conta do que está por vir. É claro que ele é capaz. Ele acredita nisso e faz acontecer.

Dá a sensação de que pessoas com esse perfil de enfrentamento e superação trazem em seu DNA a marca da coragem, apesar de todo medo pelo novo, pela missão grandiosa que pode estar por vir. Seria bom se os jovens fossem incentivados e encorajados a darem o melhor de si para vencerem a si mesmo e aos desafios impostos pela vida.

Podem ser grandiosas oportunidades de crescimento e evolução, instrumentos úteis à formação de uma sociedade em que superar desafios pessoais em prol de um objetivo, de um projeto, de um trabalho seja valorizado. Não é questão de retorno financeiro. Não apenas. É questão também de repercussão social. De ser exemplo para outras pessoas que continuam investindo sua energia e acreditando que vencer obstáculos pode ser uma forma eloquente de crescimento pessoal e profissional. Ser jovem que ensina jovem; que acredita em jovem; que aprende com jovem; que compartilha com jovem. Ser jovem que vai encarar sim, o que der e vier, com dignidade e hombridade. É disso que estou falando.

Nas palavras de Martin Luther King, temos um bom conselho: “Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.” Que esse jovem corajoso que vai vencer o mundo – o seu mundo, tenha força e sabedoria para investir o mais nobre de si na construção de algo melhor.

Há que se endossar cada palavra e concordar com Gonzaguinha quando pronunciou a bela canção que diz assim: “Eu acredito é na rapaziada/ que segue em frente e segura o rojão/ eu ponho fé é na fé da moçada/ que não foge da fera e enfrenta o leão. Eu vou à luta com essa juventude/Que não corre da raia a troco de nada/Eu vou no bloco dessa mocidade/Que não tá na saudade e constrói a manhã desejada.”

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A tesoura da censura

sexta-feira, 18 de março de 2022

A história da censura acompanha a humanidade desde o passado até o presente, apesar dos muitos direitos garantidos em pleno século 21. À grosso modo, “censura” se define como uma ação de restrição de conteúdo ou mesmo de circulação de alguma mensagem, seja artística, jornalística etc, e geralmente atrelada à justificativa de proteção de um grupo ou indivíduo.

A história da censura acompanha a humanidade desde o passado até o presente, apesar dos muitos direitos garantidos em pleno século 21. À grosso modo, “censura” se define como uma ação de restrição de conteúdo ou mesmo de circulação de alguma mensagem, seja artística, jornalística etc, e geralmente atrelada à justificativa de proteção de um grupo ou indivíduo.

Os históricos e clamados direitos à liberdade de expressão, artística e jornalística foram, sem dúvida alguma, um dos marcos mais importantes da história moderna brasileira, uma vez que censurado em diversos momentos históricos conturbados.

Durante a vigência dos “anos de chumbo”, houve a criação do Ato Institucional nº 5, medida mais dura da ditadura militar, que implementou a censura no Brasil, época de muitas torturas, prisões, exílios, restrições artística e mortes. Contudo, com o fim do regime militar, nossa lei maior a assegurou uma gama de direitos fundamentais, para que a democracia fosse nossa principal fonte para o progresso.

Em um ato de repercussão nacional, a Prefeitura de Nova Friburgo foi acusada de censurar obras artísticas, com representações de corpos femininos, em evento no Dia Internacional da Mulher. A artista visual Elis Pinto, relatou ter sido instruída a retirar de exposição obras antes da visita do prefeito.

Bom, fato é que o corpo nu é um dos retratos mais antigos em obras de arte, desde a época das cavernas, passando por toda história da arte e que chegou a resistir até nas épocas mais sombrias da Idade Média. Muitas das obras mais famosas da história da humanidade, apesar de possuírem o nu, são reconhecidas pela sua grandeza nos museus, igrejas e exposições de arte por todo mundo como: A Vênus de Milo (século 2 a.C.)Laocoonte e seus filhos (entre os séculos 1a.C. e 1 d.C.)O nascimento de Vênus de Botticelli (1484); David de Michelangelo (1501)As três graças de Rafael (1504); Olympia de Manet (1863); Nu deitado de Amedeo Modigliani (1917). 

 A própria pintura ultra conhecida “A Criação de Adão”, obra de Michelangelo foi feita no teto da Capela Sistina e que possuem um valor histórico tão importante que podem ser facilmente encontradas em livros escolares brasileiros. Nesse sentido, qual deveria ser a baliza do que pode e o que não pode?

A Constituição, berço das leis do nosso país, definiu como direito fundamental a livre expressão intelectual e artística, independentemente de censura. A arte possui o seu papel fundamental para evolução da sociedade e em todos os momentos históricos, teve sua participação, mesmo que censurada pelas polêmicas e pelo choque, mas que possibilitaram o crescimento da humanidade em seu senso crítico.

Recentemente, um caso ficou muito famoso no Brasil: o filme “Como ser o pior aluno da escola” foi censurado, após o vilão da trama, de forma caricaturizada, assediar verbalmente menores de idade. A história ganhou uma repercussão gigantesca e dividiu as pessoas, principalmente, politicamente.

Devemos levar em conta, que um filme internacional, que não mencionarei o nome em respeito aos menores de idade que leêm essa coluna, que choca com cenas fortes de pedofilia, necrofilia e abusos sexuais, é permitido no Brasil, com a classificação etária de 18 anos. Então, devemos nos perguntar, qual a régua para medir a censura? A proteção do menor de idade ou a ideologia política de quem não comunga com sua cartilha?

O próprio Charles Chaplin, teve seu filme “O Ditador”, em que fazia uma crítica aos regimes facistas e nazistas, censurado no Brasil durante a Era Vargas. A justificativa era que o filme continha um teor “comunista” e “ultrajante para as forças militares”. Hoje, é um clássico da história cinematográfica.

É muito importante que as tesouras da censura não tenham esse poder cerceador que emerge cada dia mais. Pode haver um balizamento de idade do que pode ser assistido em determinada idade? Deve. Assim como aconteceu, na última quarta-feira, 16, com o filme brasileiro que havia sido recém censurado. O cerceamento artístico é muito perigoso e sua prática não traz nenhuma boa lembrança na história da humanidade.

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Consequências psicológicas do trauma e Justiça

quinta-feira, 17 de março de 2022

Sofremos com a guerra Rússia-Ucrânia. Entristece ver a crueldade. Ninguém ganha numa guerra, mesmo tendo um vencedor. Agressores numa guerra podem ser pessoas assustadas, com medo de serem vítimas de ataques e como defesa, atacam. Disfarçam o medo praticando poder cruel.

Sofremos com a guerra Rússia-Ucrânia. Entristece ver a crueldade. Ninguém ganha numa guerra, mesmo tendo um vencedor. Agressores numa guerra podem ser pessoas assustadas, com medo de serem vítimas de ataques e como defesa, atacam. Disfarçam o medo praticando poder cruel.

Vivemos traumas no dia a dia. Notícias de violência social, corrupção generalizada que prejudica a população, enchentes, desabamentos, assaltos, fraudes, maldade, seca destruindo plantações, incêndio florestal, terremotos, ganância material, ideologias de gênero perturbando as crianças, tudo isso e mais causam traumas.

O Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) define trauma como uma experiência pessoal direta de um evento que envolve morte real ou lesão grave ou outra ameaça à integridade física de si mesmo ou de uma outra que você testemunha. Ou seja, trauma é algo que você experimenta pessoalmente, vê acontecer ou fica sabendo que ocorreu com alguém que você ama.

A grande maioria das pessoas terá pelo menos uma experiência traumática em sua vida, mas nem todos respondem de igual forma. Estudos tentam entender por que pessoas que vivem o mesmo trauma respondem de maneira diferente.

Muitas vezes um trauma nos leva a mudar a vida drasticamente. O propósito da existência muda, alguns seguem carreiras num serviço filantrópico, passam a educar seus filhos de nova maneira, desenvolvem uma fé, se tornam mais misericordiosos e altruístas.

Por outro lado, pessoas após um trauma desenvolvem o Transtorno de Estresse Pós-Traumático com sintomas variados como já descrevi aqui em outro artigo. Por exemplo, a pandemia da Covid-19 produziu muito deste tipo de estresse nos pacientes afetados pela doença assim como em profissionais lidando com ela.

Em sociedade podemos viver com traumas agudos e crônicos. É bem diferente a repercussão sobre nossa saúde mental viver um episódio traumático ou viver constantemente com trauma crônico. É comum perder-se a esperança vivendo trauma crônico e especialmente na família e na sociedade via a política corrupta.

Quando uma pessoa vive um estado crônico de estresse o corpo dela pode entrar em desconexão, desligamento e depressão, diferente do que ocorre num trauma agudo quando surge ansiedade, pesadelos, lembranças dolorosas, imagens trágicas.

As guerras acabam, mas não significa que o trauma obrigatoriamente acabe. A cura do trauma é uma jornada. Muitas vezes é um processo para toda a vida, num nível pessoal, familiar, comunitário, quanto num aspecto amplo da sociedade.

Pessoas vítimas de traumas precisam de ajuda para aprenderem a desabafar suas dores, medos, tristezas e revolta. Também podem aprender a lidar melhor com seus sentimentos, com sintomas como insônia, ansiedade e a raiva.

Pensa-se que uma forma de tratar traumas sociais é com a justiça. Se alguém matou um parente seu num assalto, e o criminoso foi preso e condenado, isto significa que foi feito justiça? E a vida da pessoa que morreu? Qual a justiça para ela? Que justiça seria justiça plena? Prender um criminoso satisfaz o anseio de justiça? E se o condenado roubou a população anos à fio no seu cargo político e com a corrupção praticada muitas pessoas morreram, por exemplo, porque foi desviado dinheiro que seria usado na construção de hospitais públicos?

O que queremos dizer com justiça? Uma maneira importante de chegar a isso é perguntar às próprias comunidades e indivíduos. O que a justiça significa para eles? O que a construção da paz significa para eles? E para você?

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Fim de um tempo

quarta-feira, 16 de março de 2022

Fim de um tempo
Encerra as suas atividades nos próximos dias a última grande papelaria e livraria genuinamente friburguense. A Arabesco está fechando as portas e para acelerar o processo está fazendo uma queima de estoque que atraiu muitos clientes com descontos que fazem os produtos ficaram até abaixo do preço de custo. O fechamento da Arabesco significa o fim da última grande livraria do município.

Fim de um tempo
Encerra as suas atividades nos próximos dias a última grande papelaria e livraria genuinamente friburguense. A Arabesco está fechando as portas e para acelerar o processo está fazendo uma queima de estoque que atraiu muitos clientes com descontos que fazem os produtos ficaram até abaixo do preço de custo. O fechamento da Arabesco significa o fim da última grande livraria do município.

Apenas uma livraria
Agora, Nova Friburgo conta apenas com uma loja com foco na venda de livros, localizada na Rua Monsenhor José Antônio Teixeira, a antiga Rua São João. O destino do grande imóvel que abrigou por muitos anos a Arabesco já tem destino certo. Será uma padaria. A Dona Emília, que já tem um empreendimento na Rua Monte Líbano, terá uma segunda loja. Se se perde uma papelaria/livraria na principal avenida da cidade, haverá a volta de uma padaria.

Volta de uma padaria
A última padaria da Alberto Braune foi na esquina com a Oliveira Botelho. Mas o empreendimento não durou muito tempo. Há algumas décadas, a Alberto Braune tinha muitas padarias. A última de longa data talvez tenha sido a icônica Casa Branca. O ramo de panificação mudou muito ao longo dos últimos anos. Por isso, a Dona Emília da Alberto Braune seguirá o mesmo estilo da Monte Líbano. Focada em lanches e na tendência gourmet.

Fim da Alquimia
Por falar no fechamento da Arabesco, outra tradicional loja que está encerrando as atividades é a Alquimia. Atualmente no shopping Cadima, a loja de presentes criativos, embalagens e cartões está baixando as portas após 40 anos de atividades ininterruptas. O comércio foi marcante na cidade, especialmente, na fase em que funcionava na Rua Ariosto Bento de Mello.

Adeus festivo
Para encerrar as atividades também houve queima de estoque, com descontos que deixaram os produtos a preço de custo. Em poucos dias quase tudo se esgotou. A loja deve permanecer aberta até praticamente zerar os produtos. Ainda não há destino para a loja que fica próxima à Praça de Alimentação do shopping. O motivo do encerramento das atividades foi a aposentadoria da proprietária.           

Adversário definido
O Friburguense já tem definido seu adversário da estreia na segundona que começa no fim de abril. O Tricolor da Serra estreará diante do rebaixado da elite deste ano, o Volta Redonda. O time da Cidade de Aço é o clube do interior que mais vezes disputou o Campeonato Carioca. A última vez em que tinha sido rebaixado no Estadual foi em 2003. Naquela ocasião, disputando a segundona no mesmo ano (como agora), não conseguiu o acesso. Naquela época subiam dois. Agora é apenas um. O Volta Redonda, no entanto, garantiu o retorno no ano seguinte e não mais caiu.

Complicado ou não
Diferentemente de 2003, o Volta Redonda vem de ótimas temporadas. Foi campeão invicto do Brasileiro da Série D em 2016, e, desde então se manteve na Série C. Um complicador é que a Série C do Brasileiro começa no dia 9 de abril e a competição, ainda que esteja toda programada para ocorrer aos fins de semana, tem viagens longas, principalmente ao norte e nordeste do país. Como as datas coincidem com a segundona carioca, deverá haver várias mudanças na tabela para encaixar as partidas do Volta Redonda.

Difícil retorno
Fato curioso é que os últimos dois times que subiram conseguiram se manter na elite: Nova Iguaçu e Audax. O Macaé que caiu em 2021 não conseguiu o acesso. Lembrando que em 2021 ainda houve a fase preliminar, quase uma disputa de elite da segundona. Apenas o Nova Iguaçu conseguiu avançar à fase principal. Os demais foram para a nova segundona. O Nova Iguaçu não caiu e o Macaé acabou rebaixado, não conseguindo o retorno.

Clubes tradicionais
Além do próprio Friburguense, a segundona está forte, com times que tradicionalmente disputaram nos últimos anos a elite, como América, Americano, Cabofriense, Macaé e o recém-chegado Volta Redonda. Sem contar o retorno do Olaria que ascendeu da terceirona. Ninguém ousa cravar favoritos, mas certamente o peso financeiro para investimento – pesa. Algo que traz uma dificuldade a mais para o Friburguense que não tem boas perspectivas nesse fator.             

Pleito
Apenas um time ascenderá à elite. Mas há forte pressão para mudanças no Carioca para 2023. A própria Federação acena com essa possibilidade sob o argumento de que o Estatuto do Torcedor obriga a manutenção da fórmula por pelo menos dois anos. A atual fórmula completa esse ciclo em 2022. A pressão é para que haja dois rebaixados e dois times subindo. Já a perspectiva de aumento no número de clubes na elite de 12 para 16 ainda é vista com ceticismo.

Dois sobem, dois caem
Mas como no futebol do Rio de Janeiro tudo pode acontecer, toda a atenção é pouca. Assim, se não for o campeão desse ano, garantindo passaporte para a elite, não seria surpresa os quatro primeiros da segundona subirem, em caso de aumento de 12 para 16 participantes. Há calendário para isso, com alterações no sistema de semifinais. Mas tudo isso ainda está no campo das hipóteses. Mudança bastante viável é a queda de dois para a subida de dois a partir do ano que vem, com efeitos em 2024. 

Palavreando
“O combustível da alma e a razão da felicidade é o amor. Justo, digno, ético, coerente é o amor. Mas o que faz o amor não é nem a justiça, a dignidade, a ética ou a coerência. O que faz o amor é a busca por ser justo, digno, ético, coerente, bom.”.

 

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    Ensaios a todo vapor para o carnaval de maio de Nova Friburgo. Alunão, Imperatriz e Vilage iniciaram os ensaios regulares, aos domingos. Já a Unidos da Saudade faz seus ensaios, tradicionalmente, às quintas-feiras à noite. As quatro escolas de samba estão com inscrições para fantasias para as alas de comunidade

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Carta ao Pai

quarta-feira, 16 de março de 2022

No último dia 8 os colegas ginasianos da turma de 1965, do Colégio São Bento, perderam seu grande amigo Alfredo Guarischi, uma das referências da cirurgia oncológica no Rio de janeiro e, sem modéstia, no Brasil. Compartilho nesta coluna uma mensagem escrita por sua filha, também médica, Jéssica Guarischi, uma emocionante despedida do pai.

No último dia 8 os colegas ginasianos da turma de 1965, do Colégio São Bento, perderam seu grande amigo Alfredo Guarischi, uma das referências da cirurgia oncológica no Rio de janeiro e, sem modéstia, no Brasil. Compartilho nesta coluna uma mensagem escrita por sua filha, também médica, Jéssica Guarischi, uma emocionante despedida do pai.

“Tudo começou com um caderno que resolvi comprar, escolhi a capa do Super-homem, pois sempre foi e será a maneira como te vejo. Queria escrever a jornada de sua internação contando todos os seus momentos de superação e de alguma maneira conversar com você através dele. Não esperava que o último capítulo seria escrito por mim. Ele estava ali, para você ler, reler e quem sabe, publicar um livro. Sempre achei que haveria mais um capítulo da sua história. Continuo acreditando porque nada se encerra por aqui.

Quem diria que você, nascido na Ribeira (Ilha do Governador, no Rio) em 23 de setembro de 1950 iria alcançar voos tão altos quanto a figura mítica de Ícaro. Como bom aluno do São Bento, sempre dedicado e com um livro na mão, começou sua vida médica na UFRJ, lá é sua casa onde até hoje permanece como professor voluntário pela gratidão de anos de conhecimento adquiridos. No primeiro dia de aula foi todo de branco com jaleco de manga curta recebendo o apelido de pipoqueiro.

Quantos residentes acolheu na sua equipe cirúrgica, recém-formados, mas que você viu o potencial e o mesmo brilho no olhar que sempre carregou. Foi rigoroso, mas incondicionalmente generoso; foram muitos que aprenderam e sofreram com você. Pai, professores temos muitos, mestres somente alguns. Considere-se um MESTRE.

Seguiu aprendendo e evoluindo em tantos outros hospitais, Moncorvo Filho, Souza Aguiar onde descobriu sua paixão pelo trauma, Hospital da Lagoa, Miguel Couto, Inca onde fundou um serviço. Dos particulares: São Lucas, Pro cardíaco, Samaritano, Hospital do Câncer e Rede D’or se consagrou e foi abraçado pela rede levando um dos seus maiores projetos: capacitar profissionais para lidar com adversidades, entender o que são não conformidades, identificar o erro e mostrar que o verdadeiro trabalho depende de uma EQUIPE multidisciplinar, cada profissional é importante no ato de cuidar do paciente. Como você já me falou “Filha, o paciente tem a cara de quem o cuida“.

No trabalho na polícia, você desaguou seu espirito de combate que adquiriu nos anos de trauma, mas foi além: você humanizou as relações.  Participou da invasão do Complexo do Alemão e ali você virou um combatente. “Ninguém fica para trás” e “Força e honra“ lemas que aprendeu com eles e aplicava na sua vida.

Na escrita, encontrou a voz que muitas vezes estava engasgada em sua garganta. Aprendemos muito com seus textos; quando solicitadas, eu e Simone fazíamos as revisões com carinho, porque sempre entendemos que aquilo também era uma maneira de permitir o aprendizado dos demais. Pai você é um artista.

Sua capacidade de humanizar questões tão sensíveis vai além de sua habilidade técnica. A maneira que sempre tratou seus pacientes, suas consultas duravam três, às vezes quatro horas. Sempre saindo do atendimento sabendo e conhecendo-os a fundo.  Nome da mãe, nome do pai, suas angústias e frustrações, seus anseios e principalmente seus medos. Pai, saiba que isso é um dom: o dom de ouvir.

Você pode ter certeza que muitos daqueles viraram seus amigos. Você resgatou famílias despedaçadas, trouxe acolhimento e cuidou de cada membro que também estava sofrendo pelo ente querido. Você sempre me falou: “Não existe o melhor médico do mundo, o que existe é o melhor médico para aquele paciente”, “Você não está tratando uma doença, você está tratando uma pessoa que tem família, lembre-se disso” e “Nunca tire a esperança de um paciente. Ali você tira a sua vida“.

Você conferia de maneira xiita cada exame, prescrições, ligava para patologistas para discutir os casos, corria para o hospital de madrugada para reavaliar pacientes de maneira canina. Pai, isso é compromisso.

Quando resolvi ser médica a primeira frase que me disse foi: “Medicina é compromisso, não quero médico medíocre na família”. Tenho tantas lembranças com você, você não imagina...

Em 2019 quando eu era R1 (Residência 1), no Dia dos Pais, estava de plantão. Sabia que não poderia estar contigo, mas lá foi você até o Pedro Ernesto, me acompanhar na visita aos MEUS pacientes e celebrar o SEU dia. Não me esqueço da frase: “Esse foi o melhor dia dos pais que tive”. Pai, foi através de pequenos exemplos seus que aprendi o que é amar o que fazemos. Inquieto, incansável, briguento e por muitos, incompreendido, mas sempre ético, firme, honesto.  Todas as brigas se tornaram pequenas depois que conheci e reconheci quem era o Dr. ALFREDO GUARISCHI, o meu PAI. Você me ensinou que vencer é nunca desistir. Vencer é lutar.

E você lutou, lutou muito pelos seus valores, pela sua ética, pelos pacientes, pela sua felicidade em ser médico e pela sua vida. A cavalaria branca entrou pela porta da frente deu tudo de si, o impossível foi feito. Pai, você foi tratado pelos melhores, por aqueles que ESCOLHEU com carinho e sobretudo DIGNIDADE. Hoje, eu perdi meu grande mestre, professor, meu amigo, meu amado pai. Você deixará um vazio e dor em todos aqueles que tocou a vida e alma. Sua perda é irreparável. Seguirei COM SEU LEGADO honrando sua trajetória e ancestralidade. EU SOU UMA GUARISCHI.

Me acompanhe, voe e voe alto , nos acompanhe aqui. Meu Guerreiro, vá e vença. EU TE AMO PAPAI”. Por sua eterna samurai Jessica Guarischi.

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A VOZ DA SERRA, o gigante friburguense!

terça-feira, 15 de março de 2022

O Caderno Z trouxe um tema que faz parte da minha vida desde os primórdios da infância, ou seja, os livros. Meus pais nos cercavam de livros por todos os lados e o gosto foi passando para as demais gerações. Tanto, que minha filha caçula, por volta de seus 8 anos, quando saíamos de uma casa de amigos, fez o comentário: “Mãe, que casa esquisita! Eu não vi um livro lá!”. Era estranho mesmo para nós uma casa sem livros. Mais recente, no domingo de Carnaval, recebi uma visita que veio acompanhada de uma menina de 9 anos.

O Caderno Z trouxe um tema que faz parte da minha vida desde os primórdios da infância, ou seja, os livros. Meus pais nos cercavam de livros por todos os lados e o gosto foi passando para as demais gerações. Tanto, que minha filha caçula, por volta de seus 8 anos, quando saíamos de uma casa de amigos, fez o comentário: “Mãe, que casa esquisita! Eu não vi um livro lá!”. Era estranho mesmo para nós uma casa sem livros. Mais recente, no domingo de Carnaval, recebi uma visita que veio acompanhada de uma menina de 9 anos. Quando a menina entrou, passou os olhos pelos cômodos, e perguntou: “Isso aqui é uma casa ou uma biblioteca?”. Assim, do modo que a menina se encantou, nosso olhar diante de uma biblioteca é de reverência e deslumbramento.

A escritora Mafalda Milhões, com milhões de motivos, definiu bem o que é uma biblioteca: “Uma casa onde cabe toda gente”. Ler os livros é bom, imagina doá-los, pois, “a doação de livros é uma forma de compartilhar conhecimentos...”. Afinal, “livro parado na estante não faz novo leitor”. A excelente notícia que o “Z” do último fim de semana nos trouxe é a reabertura da Biblioteca Municipal Margarida Liguori. Fechada ao público desde o início da pandemia, o acervo com 25 mil itens já está disponível para o público, das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira.

O bibliotecário Hiago Torres, coordenador do espaço, contou sobre a trajetória até a reabertura: “Os livros são seres vivos, sofrem com o tempo, e nosso acervo sofreu com a poeira acumulada nesses últimos dois anos”. Como era necessária uma higienização rigorosa, Hiago explicou que foram usados “os mais avançados protocolos de segurança” para garantir um retorno seguro e ressaltou: “A leitura é a porta de entrada para formar não só o estudante, mas o cidadão”. Que beleza!

Wanderson Nogueira, que sempre toca a alma da gente, tocou num tema que tem muito a ver comigo: “O cronista”, pois é o que eu tento ser. E destaco o que ele disse na coluna Palavreando: “O cronista é esse ser encantado pela confusão, inclusive, das que faz no próprio peito. Observador, mas também partícipe. Não é um personagem, mas sendo, é real. Não mente tanto quanto um poeta, mas enquanto poeta mente para si mesmo, sem qualquer desprezo pela verdade. É fé na humanidade, gosto pelo amor e amor pelas paixões...”.

O novo decreto do prefeito Johnny Maycon agora liberou o uso de máscaras em locais abertos. De minha parte, vou continuar usando as minhas, até porque não foi por obrigação de um decreto que passei a usá-las. Foi por minha conscientização e assim será quando eu me sentir confortavelmente segura para guardá-las. São minhas joias!

Em “Sociais”, aniversariando nesta terça-feira, 15, o querido Antônio Silvério, nosso chargista, que tão bem traduz, nos sentimentos do Cão Sentado, os nossos anseios, facilitando o entendimento das mais variadas situações, sejam elas daqui ou do mundo. E o Cão Sentado, desta vez, nos convida para a grande vigília em prol da paz mundial. Em especial, nos chama às orações pelo fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

A brilhante reportagem de Adriana Oliveira nos conduziu não apenas ao trabalho de retrospectiva dos fatos a partir de 13 de março de 2020. A matéria nos levou a repensar o quanto tentamos nos adaptar às dificuldades impostas pela pandemia do coronavírus. É uma viagem ao passado, ainda tão perto, que não pode ficar nas brumas do esquecimento. As nossas dores e as dores do mundo foram as mesmas e isso nos colocou entre nossos iguais. Fizemos a diferença quando pensamos além de nós. O 1º resultado positivo, em 27 de março, foi o suficiente para negativar o saldo das nossas intolerâncias.

Enquanto o comércio, as escolas e repartições fecharam, abriram-se as portas dos corações para a solidariedade. A pandemia, com seus horrores, também nos trouxe boas lições de companheirismo e de amor ao próximo.  E A VOZ DA SERRA tem sido o veículo seguro com linha direta: passado – presente – futuro, num percurso que ultrapassa 10.500 edições impressas, deixando as melhores impressões na vida de todos nós. É a Voz, confiável, de Nova Friburgo que alcança o mundo. Que orgulho!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Chegou para encantar

terça-feira, 15 de março de 2022

Chegou para encantar

Nesta semana, a querida Val Guimarães, uma das eficientes funcionárias da secretaria do Nova Friburgo Country Clube está vivendo, com muito amor e carinho, momentos de felicidades a mil pela chegada de alguém muito especial.

É que para elevar a querida Val ao maravilhoso status de avó, chegou o garotão Heitor (foto), motivo também de imensas felicidades para a mãe Bárbara e o pai Wirley Custódio. Parabéns a agora “Valvó” e todos os demais familiares com desejos de um mundo de felicidades para o super Heitor.

Chegou para encantar

Nesta semana, a querida Val Guimarães, uma das eficientes funcionárias da secretaria do Nova Friburgo Country Clube está vivendo, com muito amor e carinho, momentos de felicidades a mil pela chegada de alguém muito especial.

É que para elevar a querida Val ao maravilhoso status de avó, chegou o garotão Heitor (foto), motivo também de imensas felicidades para a mãe Bárbara e o pai Wirley Custódio. Parabéns a agora “Valvó” e todos os demais familiares com desejos de um mundo de felicidades para o super Heitor.

Posse amanhã

 Amanhã, 16, às 14h30 em sua sede, no Edifício Rotary na Rua Augusto Spinelli, a Casa da Amizade das Senhoras dos Rotarianos de Nova Friburgo empossará a sua nova presidente.

A conhecida Soraya Campos Babo assumirá o comando da entidade no biênio 2021/2022 sucedendo a também querida Maria José Costa.

Com nova idade

O sempre simpático Álvaro Moreira da Costa (foto) conhecido de muita em nossa cidade e que já foi, há poucos anos, governador do Lions Clube, completou 73 anos no último domingo, 13.

Para marcar bem a ocasião, como ele bem merece, houve um concorrido almoço e churrasco em um belo local próximo a sua residência, no bairro Varginha, inclusive com música ao vivo a cargo do cantor Wilson Bizar. Parabéns com renovados votos de congratulações ao querido Álvaro.

A sexta da Luciana

Na próxima sexta-feira, 18, quem estará dividindo seu dia entre suas atividades pessoais e as profissionais, especialmente as apresentações dos programas Toda Manha, na TV Zoom, e Atual, no SBT Interior, é a querida Luciana Ferraz.

Antecipadamente, enviamos congratulações e os votos sinceros de saúde e felicidades à aniversariante.

Parabéns, Cruz!

Ainda em tempo de satisfação, enviamos nosso abraço de congratulações e cumprimentos pela nova idade ao ex-vereador e que marcou época também em nossa cidade como presidente da Câmara Municipal, Alexandre Cruz, atualmente secretário de Saúde de Macaé.

Na última sexta-feira, 11, o admirado Alexandre Cruz somou mais um ano de experiência na vida. Parabéns!

Vivas ao Solimar

No último domingo, 13, o boa praça Solimar Santos (foto), que comanda o bar junto a sede da Associação de Moradores do Parque Residencial Maria Teresa, comemorou com a participação de familiares e amigos, muitos dos quais do seu época do passado no futebol friburguense, seus 71 anos, somados hoje, 15.

A celebração contou com almoço e churrasco para grande alegria do querido Solimar. Parabéns com votos de saúde e felicidades. 

Petrópolis ano 179

O belo município de Petrópolis, que junto a Teresópolis e a nossa Nova Friburgo forma o maravilhoso tripé da região serrana do Estado do Rio, infelizmente não tem muito o que comemorar amanhã, 16, dia em que completa 179 anos de fundação.

Devido a tragédia da tempestade que hoje, 15, faz um mês, não há clima para festividades. Mesmo assim, parabenizamos a Cidade Imperial manifestando o desejo que a recuperação de tamanhos estragos causados pela forte enxurrada ocorra rapidamente.   

Mais do Zezinho

Nossos parabéns também ao atuante vereador friburguense José Sebastião Rabelo, o Zezinho do Caminhão. Isso, porque ontem, 14, ele completou seu 59° aniversário.

Literalmente para o simpático Zezinho, um caminhão de felicidades e mais sucessos.

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A experiência Tabor

terça-feira, 15 de março de 2022

A liturgia do segundo domingo da Quaresma, último dia 13, nos apresenta o episódio do Monte Tabor. Jesus que sobe à montanha com seus discípulos – Pedro, Tiago e João – e ali se transfigura diante deles. Certamente, aquela experiência daquele dia marcou a vida dos três discípulos. Nenhum destes havia experimentado algo tão grandioso. A manifestação da glória divina não só apontou para a realidade da pessoa de Jesus, mas também inundou o coração daqueles homens temerosos.

A liturgia do segundo domingo da Quaresma, último dia 13, nos apresenta o episódio do Monte Tabor. Jesus que sobe à montanha com seus discípulos – Pedro, Tiago e João – e ali se transfigura diante deles. Certamente, aquela experiência daquele dia marcou a vida dos três discípulos. Nenhum destes havia experimentado algo tão grandioso. A manifestação da glória divina não só apontou para a realidade da pessoa de Jesus, mas também inundou o coração daqueles homens temerosos.

Pedro, o mais impetuoso, deixa transbordar o sentimento de gozo e exclama: “Senhor, é bom estarmos aqui, façamos três tendas...” (Lc 9,33). Ele queria prolongar aquela situação mística e prazerosa. Contudo, o mesmo discípulo após a experiência da Ressurreição e de Pentecostes compreende que suas palavras eram vazias de sentido. Pois, o que realmente importa não é estar ali ou aqui, mas é estar sempre na presença de Deus, em qual parte, realidade ou situação. Encontrar o Cristo por de trás de qualquer situação, e mais, ser a sua presença!

Assim como Pedro, nós queremos prolongar em nossa vida os momentos felizes e prazerosos. No entanto, a vida presente é cercada de situações que nos roubam os momentos de tranquilidade. Convivemos todos os instantes com a inquietação temerosa de perder o que temos ou o que somos. Assim, traduzimos nossa esperança e nossas ações voltadas apenas para as coisas contingentes deste mundo.

O Tempo Quaresmal nos impele a viver na cotidianidade de nossa vida, a experiência do Tabor. Não podemos esquecer, nem ignorar as inúmeras situações de morte que enfrentamos todos os dias. Ao contrário, precisamos conquistar um olhar mais atento às dores do mundo em que vivemos e, com a força que emana de nossa experiência com Deus, mudar as cruéis e violentas realidades que a humanidade enfrenta.

O Papa Francisco, ao refletir sobre o relato do Monte Tabor, destaca que “no final da admirável experiência da Transfiguração, os discípulos desceram do monte com os olhos e o coração transfigurados pelo encontro com o Senhor. E nos motiva: “É o percurso que podemos realizar também nós. A redescoberta cada vez mais viva de Jesus não constitui um fim em si, mas induz-nos a ‘descer do monte’, restaurados pela força do Espírito divino, para decidir novos passos de conversão e para testemunhar constantemente a caridade, como lei de vida diária. Transformados pela presença de Cristo e pelo fervor da sua palavra, seremos sinal concreto do amor vivificador de Deus por todos os nossos irmãos, sobretudo por quem sofre, por quantos se encontram na solidão e no abandono, pelos doentes e pela multidão de homens e mulheres que, em diversas partes do mundo, são humilhados pela injustiça, pela prepotência e pela violência” (Angelus, 6 ago. 2017).

A experiência do Tabor nos ensina que é preciso descer da montanha com a força que vem da experiência de Transfiguração, presente também em nossa vida de fé, e não nos deixar vencer pelas provações, incompreensões, perseguições, calúnias e dores. As dificuldades da vida precisam ser abraçadas com a certeza da verdade e a garantia da vitória que vence o mundo, a nossa fé! (cf. 1Jo 5,4).

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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Cada mulher é um lado da dobra da folha de papel

segunda-feira, 14 de março de 2022

Hoje, vou escrever sobre a mulher. Não especialmente a respeito da literatura. Se bem que todo ser vivo é pura literatura ao reunir e misturar as histórias de diversas entidades que possam constituí-lo, como a da criatura, do sujeito, da pessoa e a do indivíduo. Todo e qualquer ser é o mais completo protagonista, é contundente narrador dos fatos experimentados. O mais dramático, inusitado e cômico personagem das cenas vividas.

Hoje, vou escrever sobre a mulher. Não especialmente a respeito da literatura. Se bem que todo ser vivo é pura literatura ao reunir e misturar as histórias de diversas entidades que possam constituí-lo, como a da criatura, do sujeito, da pessoa e a do indivíduo. Todo e qualquer ser é o mais completo protagonista, é contundente narrador dos fatos experimentados. O mais dramático, inusitado e cômico personagem das cenas vividas.

Para mim, sob o ponto de vista feminino, é fácil escrever sobre a mulher. Talvez pelo masculino seja mais difícil. Ah, a mulher! A intuição exala como um gás natural na sua alma, que a faz mover-se vida afora, a usar palavras que fluem com agudeza. Sua percepção tem nuances subjetivas, que lhe permite notar os mais significativos detalhes. Daí a beleza do ser fêmea, que tem um modo de tocar as situações com delicadeza, mesmo tendo o poder da rudeza fortalecido em suas veias.

Neste momento, o Planeta Terra está em sofrimento, causado por uma guerra decidida por titãs, em que o povo, apenas o povo, é cruelmente sacrificado. Ao acompanhar as mulheres que fogem da Ucrânia, carregando uma vida inteira dentro de poucas sacolas, levando seus filhos e animais para um lugar diferente, indo em direção a um futuro desconhecido é, sem dúvida, um dos grandes espantos que senti. A coragem de seus passos emanam incomparável resiliência. Ao vê-las, como sinto orgulho de ser mulher! 

Nas cenas que vi na tela da televisão, aqui do Brasil, país distante do Leste da Europa, me foram impactantes. Dolorosas. A cada mulher que via caminhar em direção ao incógnito e ao obscuro, tinha vontade de abraçar e acolher todas aquelas que deixavam para trás suas histórias. Ao vê-las, as palavras de Saint Exupéry, escritas em “Terra dos Homens”, me envolveram. “Não há como substituir um velho companheiro. Nada vale o tesouro de tantas recordações comuns, de tantos momentos difíceis vividos juntos, tantas desavenças e reconciliações, tantas emoções compartilhadas. Não se reconstroem essas amizades. É inútil plantar um carvalho na esperança de poder, em breve, se abrigar sob sua sombra.”. 

O que será do futuro da Ucrânia com a ausência de suas grandes amigas, as mulheres, que fizeram a história daquele lugar acontecer, dando-lhe constituição e identidade? Cada mulher é um lado da dobra de uma folha de papel. 

Diariamente, eu, mulher, admiro as que passam por mim ou as que estão ao meu lado. Eu as consagro como deusas que germinam o nascimento e o recomeço de tantos amanhãs. 

Que as ucranianas possam dar continuidade aos seus destinos e inaugurem novos momentos a serem construídos.

 

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