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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Ele resolveu investir em si mesmo. Pensou sobre como começar. Resolveu, então, traçar o ponto de partida a começar por suas reflexões. Quis pensar na estratégia. Tentou entender-se. Inevitável. Autoconhecer-se antes de tudo. Como se diz, para quem sequer sabe aonde chegar, qualquer lugar pode ser o destino. Ele queria caminhos. Mergulhou, então, no universo quase desconhecido de saber mais sobre o que deveria saber. Atentou-se em buscar o que queria fazer. Esbarrou no desconhecimento sobre quem ele era. Enganou-se por subestimar a profundidade de seus anseios.

Ele resolveu investir em si mesmo. Pensou sobre como começar. Resolveu, então, traçar o ponto de partida a começar por suas reflexões. Quis pensar na estratégia. Tentou entender-se. Inevitável. Autoconhecer-se antes de tudo. Como se diz, para quem sequer sabe aonde chegar, qualquer lugar pode ser o destino. Ele queria caminhos. Mergulhou, então, no universo quase desconhecido de saber mais sobre o que deveria saber. Atentou-se em buscar o que queria fazer. Esbarrou no desconhecimento sobre quem ele era. Enganou-se por subestimar a profundidade de seus anseios.

Certo estava de prosseguir. Por instante sentiu-se em um beco sem saída, percurso sem volta. Mas decidiu se conhecer melhor, afinal, seria ele próprio o destinatário de todo o investimento projetado, não poderia apostar todas as fichas no desconhecido. Não queria ser a “zebra” da própria vida. Estava disposto a afundar, se preciso fosse. Resistiria de toda forma. Estava esperançoso por descobrir as asas imaginárias que o possibilitassem voar. Já amava o voo (tanto quanto a metáfora).

Nesse processo, como investidor, percebeu que seus lucros seriam maiores se cuidasse muito bem do seu principal patrimônio, a que apelidou de templo. Referia-se à sua própria saúde. Ao seu corpo físico, mental, espiritual. Concluiu que a mola mestra da máquina, sua mente, estava mal da engrenagem. Enferrujada, em mal estado de funcionamento. Seria ela o início do processo. Começou a aplicar em seus cuidados. O retorno foi rápido. Estava certo de seu propósito e prosseguiu. O equilíbrio pretendido passava pela reforma interior e exterior. Mãos à obra. Logo percebeu que deveria concentrar em si os esforços da reforma, pois só ele se empenharia no nível desejado e conhecia bem o projeto.

Feliz com o resultado, templo em equilíbrio, resolveu transmutar seu olhar sobre o mundo e sobre o outro. Fomentou práticas altruístas e quanto mais útil ao bem do próximo se tornava, mais se deparava com uma sensação até então inédita, que começou a desconfiar que fosse a tal felicidade. Ao olhar-se no espelho, o semblante ranzinza cedia espaço para um sorriso leve que despertava até uma vontade estranha de continuar sorrindo.

Decidiu incrementar suas habilidades. Investir em conhecimento, aprimorar suas habilidades mais técnicas, ler bons livros, priorizar contatos com pessoas a quem admirava. Foi certeiro. O retorno veio à galope. E quanto mais cuidava do seu templo e desenvolvia suas habilidades, mais satisfeito estava por ter feito um bom negócio.  Mudou até seu conceito de riqueza. Sentiu-se detentor de um super poder, voltou a acreditar em si, enxergou seu potencial e percebeu-se habitante de um belo templo, cujas energias sentia-se de longe. Renasceu. Foi o melhor investimento de sua vida.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Crédito consciente

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Todo excesso pode ser prejudicial; nas finanças a regra continua valendo. Saber recorrer ao crédito de forma saudável é fundamental para manter sua qualidade de vida e conquistar seus objetivos. Um bom planejamento é capaz de te proporcionar isso, mas existem alguns pontos a serem analisados antes de assumir uma dívida (evite o plural).

Todo excesso pode ser prejudicial; nas finanças a regra continua valendo. Saber recorrer ao crédito de forma saudável é fundamental para manter sua qualidade de vida e conquistar seus objetivos. Um bom planejamento é capaz de te proporcionar isso, mas existem alguns pontos a serem analisados antes de assumir uma dívida (evite o plural).

 Entretanto, há uma considerável diferença entre dívidas programadas e emergenciais. Portanto, ambas precisam ser planejadas para manter – ou tentar restaurar – a saúde das suas finanças. Contudo, toda urgência encarece a solução. Dívidas emergenciais não dão abertura para um planejamento completo e costumam ser uma alternativa imediata; por isso, pesquise o mercado de crédito e assuma a responsabilidade da dívida mais barata para seu bolso. Procure identificar dois itens importantes nesta pesquisa: a simulação de parcelas e o CET (Custo Efetivo Total – valor percentual, de fato, arcado pelo cliente sobre o capital recorrido). Lembre-se: é para evitar essas urgências que existe a reserva de emergência e você precisa começar a construir a sua o quanto antes.

(A propósito, falaremos sobre como você pode criar a sua reserva de emergências ainda em 2021.) Por outro lado, dívidas programadas podem – e precisam – ter um planejamento completo para evitar futuros problemas. Para facilitar a compreensão, vou separar a explicação em tópicos e definir todos os pontos a serem analisados antes de assinar seu contrato com a instituição financeira.

  • Contexto Profissional: analise a segurança da sua fonte de renda e defina uma estratégia caso a renda sofra alterações – sejam elas positivas ou negativas.
  • Contexto Financeiro: aqui, deixo um questionamento simples: agora é o melhor momento para se comprometer com uma dívida?
  • Estudar o Produto de Crédito: este ponto é fundamental para a decisão correta. Defina qual produto recorrer e estude o contrato de diferentes instituições financeiras para identificar a melhor opção para o seu bolso. Taxa de juros, custo efetivo total, possibilidades de quitação e amortização e as circunstâncias em caso de inadimplência são pontos essenciais a serem analisados.

            É grande a responsabilidade de assumir dívidas e o planejamento ainda não acabou: chegou a hora de escolher qual o produto de crédito mais condizente com as suas necessidades.

  • Financiamento: o modelo de crédito direcionado a alguma atividade específica (automóveis, imóveis, maquinário de empresas) torna o crédito mais barato devido a segurança da instituição financeira em receber a garantia em caso de inadimplência.
  • Empréstimo Pessoal: o crédito para uso livre tem seu preço e costumam encarecer o produto. Portanto, fique atento, pois o crédito pessoal também apresenta diferentes possibilidades e há alternativas de encontrar produtos com taxas de juros menores, como os consignados.
  • Cartão de Crédito: o crédito para uso imediato precisa estar em constante comunhão com o seu orçamento. Este pode ser um ótimo produto caso seja usado com consciência; portanto, evite parcelar tudo o que aparecer pela frente.
  • Cheque Especial: este é o produto de crédito mais utilizado pela população brasileira e, por coincidência ou não, também é o mais caro. A recomendação aqui, é utilizá-lo apenas com a certeza da quitação em poucos dias.

            Viver em equilíbrio com suas finanças não é tarefa fácil, mas a Educação Financeira está aí para te auxiliar a tomar as melhores decisões. Portanto, use-as a seu favor.

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O Hotel São Paulo e o tempo das soirées

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Desde o final do século 19, os hotéis eram espaços de sociabilidade dos friburguenses e veranistas. Era nos hotéis que se realizavam os saraus, as soirées, as folias de carnaval e onde se dançavam quadrilhas, valsas, polcas e mazurcas. Neste fim de século se destacavam o Hotel Salusse do francês Guillaume Marius Salusse, o Hotel Central do italiano Carlos Éboli e hoje Colégio Nossa Senhora das Dores, e o Hotel Leuenroth dos irmãos Friedrich e Paul Leuenroth, mercenários alemães do Batalhão de Estrangeiros.

Desde o final do século 19, os hotéis eram espaços de sociabilidade dos friburguenses e veranistas. Era nos hotéis que se realizavam os saraus, as soirées, as folias de carnaval e onde se dançavam quadrilhas, valsas, polcas e mazurcas. Neste fim de século se destacavam o Hotel Salusse do francês Guillaume Marius Salusse, o Hotel Central do italiano Carlos Éboli e hoje Colégio Nossa Senhora das Dores, e o Hotel Leuenroth dos irmãos Friedrich e Paul Leuenroth, mercenários alemães do Batalhão de Estrangeiros.

Foi no Hotel Leuenroth que o Imperador D. Pedro II esteve em 1874 acompanhado da princesa Izabel e de sua dama de companhia a Condessa de Barral, amante do imperador. A princesa Izabel fazia um tratamento à base de hidroterapia no Instituto Sanitário Hidroterápico. Seria mais natural que ficassem hospedados no Hotel Central, anexo ao instituto, todavia se hospedaram no Hotel Leuenroth. De acordo com o livro de Alcindo Sodré “Abrindo um cofre”, na troca de correspondência entre D. Pedro II e a Condessa de Barral ele escreveu: “...Porém creia que olho sempre com imensas saudades para os quartinhos do anexo do Hotel Leuenroth...”.

Já o escritor Machado de Assis esteve hospedado no Hotel Salusse e deixou este registro: “Oh! bons e saudosos bailes do salão Salusse! Convivas desse tempo, onde ides vós?” O Hotel Salusse era o que promovia as soirées mais badaladas na cidade no século 19. Já no século seguinte das quadrilhas, valsas, polcas e mazurcas passa-se para o jazz, tango, ragtime, fox-trot, one-step e músicas havaianas. No Hotel Salusse era obrigatório para os homens o uso do smoking ou do terno de linho branco. Este hotel foi vendido à família de imigrantes italianos, os Spinelli, que no local construíram um edifício em estilo art déco.

O cassino que funcionava no Hotel Salusse foi transferido para o outro lado da Praça Getúlio Vargas, no Hotel Cassino Turista. Foi adquirido pelo sr. Velasco, turista espanhol que costumava veranear em Nova Friburgo. Além da hotelaria e do cassino havia bailes de gala e orquestras do Rio de Janeiro se apresentavam a miúde neste local. Com a proibição do jogo de azar em 1945, o Hotel Cassino Turista adota o nome de Hotel Central funcionando apenas como estabelecimento hoteleiro. Anos depois deu lugar ao edifício Galeria União na esquina da Rua Ernesto Brasílio com a Praça Getúlio Vargas.

Não poderíamos deixar de citar o Hotel Engert de Carl Friedrich Engert, situado na Rua Alberto Braune. Carl Engert casou-se com Emilie Leuenroth e se tornou também proprietário do Hotel Leuenroth. Outra história semelhante ao do sr. Velasco foi a de dois casais de espanhóis que vieram veranear em Nova Friburgo e acabaram adquirindo em 1944 o Hotel São Paulo, de Francisco Carneiro. Outrora chamado de Magnífico Hotel o seu estilo neoclássico faz justiça a este nome.

Os espanhóis Dolores Laso Iglesias casada com Valenzoela e Flora Laso Iglesias casada com José Belmonte se encantaram com o clima e a beleza da então pacata e patriarcal Nova Friburgo. Dolores e Flora eram irmãs inseparáveis e sempre moraram juntas. Juntamente com os maridos administraram o Hotel São Paulo durante décadas, residindo em suas instalações.

Porém os dois casais de espanhóis não puderam desfrutar da belle époque dos hotéis da cidade. Os clubes de serviço começam a surgir nas décadas de 1940 e 1950 como o Clube do Xadrez, a Sociedade Esportiva Friburguense, o Clube dos 50 e o Country Club substituindo os hotéis nos bailes e carnavais. Conversei com Rosa Maria Moelas Laso, atual gerente e uma das proprietárias do Hotel São Paulo. Seu pai José Gómez Laso, natural da Galícia, era casado com Maria de Los Angeles Salvador Muelas. Mudou-se para Nova Friburgo na década de 1950 trabalhando em uma loja de armas e posteriormente possuiu uma leiteria. Quando as tias estavam bem idosas veio trabalhar no hotel se tornando o herdeiro com o falecimento de ambas já que nenhum dos casais teve filhos.

Percorrendo suas instalações podemos ver preciosidades como uma parede propositalmente descascada para mostrar os tijolos da antiga olaria do Cônego. As malas das irmãs Laso Iglesias, um rádio antigo, a máquina de costura, uma charmosa cabine telefônica e outros objetos estão expostos para que o hóspede desfrute de um agradável ambiente do passado. O Hotel São Paulo é o único preservado do período em que os hotéis, além da hotelaria, eram espaço de sociabilidade para animadas soirées e carnavais.   

  • Foto da galeria

    Hotel São Paulo, outrora Magnífico Hotel

  • Foto da galeria

    José Gómez Laso e Maria de Los Angeles Salvador Muelas

  • Foto da galeria

    Os espanhóis Dolores, Valenzoela, Flora e José Belmonte

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Será que você é mesmo diferente de quem você julga?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Algumas pessoas são duras, ríspidas, autoritárias. Parecem um cacto, expondo os espinhos, os quais, na verdade, servem como defesa, nesta planta e nestas pessoas. Devemos julgá-las? Quem não tem este temperamento, é melhor que elas? O nome “cacto” surgiu há cerca de 300 anos antes de Cristo com o grego Teofrastus. Em seu trabalho Historia Plantarum, ele associa o nome cacto à plantas com fortes espinhos. Todos os cactos florescem, e certas espécies só dão flores após os 80 anos de idade. Depois da primeira floração, todo ano, na mesma época, as flores reaparecem.

Algumas pessoas são duras, ríspidas, autoritárias. Parecem um cacto, expondo os espinhos, os quais, na verdade, servem como defesa, nesta planta e nestas pessoas. Devemos julgá-las? Quem não tem este temperamento, é melhor que elas? O nome “cacto” surgiu há cerca de 300 anos antes de Cristo com o grego Teofrastus. Em seu trabalho Historia Plantarum, ele associa o nome cacto à plantas com fortes espinhos. Todos os cactos florescem, e certas espécies só dão flores após os 80 anos de idade. Depois da primeira floração, todo ano, na mesma época, as flores reaparecem.

Algumas espécies dão frutos comestíveis como o cacto mexicano Opuntia Ficus-indica, que produz o figo-da-índia. Apesar de 92% de sua estrutura ser água, a presença do cacto indica sempre solo pobre e seco. Um dia Jesus disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados.” Mateus 7:1 e 2. Muitos acham ter superior discernimento e assim criticam os motivos das pessoas. Com nossa mente finita e limitada não podemos ler a mente das pessoas. Nossa tendência é julgar pelas aparências e, então, podemos cometer graves erros. Somos imperfeitos, por isso não estamos qualificados para o julgamento de outros.

Os que tendem a criticar e tentam corrigir os outros, frequentemente possuem faltas que podem ser inconscientes para eles mesmos, faltas estas que podem ser piores do que aquelas que eles condenam nas pessoas. Será melhor evitarmos colocar o foco das conversas sobre faltas dos outros pois isto cria uma disposição infeliz.

Já que não podemos ler a mente das pessoas, é melhor não atribuir a elas motivos errados. Nem todos tiveram boa educação. Alguns vieram de lares quebrantados por abusos variados, gerando crianças duras, defensivas, autoritárias, como cactos cheio de espinhos, brotando palavras ríspidas facilmente. Quando crianças talvez copiaram este modelo de algum adulto que exercia forte influência sobre elas. E/ou aprenderam a ter “espinhos” para se defenderem dos abusos reais e do medo deles. Daí, os espinhos passaram a ser parte de seu ser.

Se o amor habita em nosso coração, os sentimentos e palavras serão amáveis para com as pessoas que (ainda) não sabem ser amáveis e dóceis, talvez porque ainda não percebem seus espinhos, não sabem abaixar a guarda e dialogar com serenidade. Talvez nosso amor para com elas seja o único caminho e remédio para que elas possam dar flor, ou seja, serem dóceis.

Comparar nós mesmos com qualquer pessoa não é sabedoria. Se você exige dos outros uma perfeição que você mesmo não possui, não é injusto? Não cria tensão no relacionamento? Muitas vezes julgamos as pessoas por erros que também cometemos ou por comportamentos que também possuímos, só que ainda não percebemos ou disfarçamos.

Nosso caráter é revelado pela maneira como tratamos os outros. Aquele que não sabe que não sabe, pensa que sabe. São os cegados pela malignidade os mais propensos a criticar e condenar. E podem possuir uma rebeldia maldosa em seu caráter. Lembre-se: a sentença que você passar para outros, estará sendo passada sobre você mesmo. Lembre-se também de que aqueles com quem você lida tem sensibilidades tão afiadas quanto as suas. Uma palavra amável, uma mão ajudadora, um braço sobre os ombros com compaixão, podem salvar estes “cactos” da ruína.

Demonstre misericórdia, bondade, simplicidade, paciência, perdão, e amor para com estas pessoas rudes. Algumas não conseguirão florescer nem mesmo depois de 80 anos porque não se interessam por isto, deixando sempre e somente os espinhos à vista e machucando a todos constantemente. Então, temos que nos proteger delas.

Outras aprenderão a abandonar seus espinhos e usar defesas mais adequadas ao se sentirem ameaçadas. Florescerão! Elas precisam de consciência (percepção) e escolha de comportamento melhor, como todos nós. Reflita seriamente sobre este pensamento: “Primeiro de tudo, olhe-se a si mesmo. Depois … olhe-se de novo.”

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Os espíritos influenciam os nossos pensamentos e atos?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Para admitir a influência dos espíritos é necessário aceitar a ideia de que há espíritos e que estes sobrevivem à morte do corpo físico. A dúvida relativa à existência dos espíritos tem como causa principal a ignorância acerca da sua verdadeira natureza. […] Seja qual for a ideia que se faça dos espíritos, a crença neles necessariamente se baseia na existência de um princípio inteligente fora da matéria.

Para admitir a influência dos espíritos é necessário aceitar a ideia de que há espíritos e que estes sobrevivem à morte do corpo físico. A dúvida relativa à existência dos espíritos tem como causa principal a ignorância acerca da sua verdadeira natureza. […] Seja qual for a ideia que se faça dos espíritos, a crença neles necessariamente se baseia na existência de um princípio inteligente fora da matéria.

Na verdade, os espíritos exercem grande influência nos acontecimentos da vida. Essa influência pode ser oculta (sutil) ou claramente percebida. Pode ser boa ou má, fugaz ou duradoura. Não é nada miraculoso ou sobrenatural. Imaginamos erroneamente que a ação dos espíritos só se deva manifestar por fenômenos extraordinários. Gostaríamos que nos viessem ajudar por meio de milagres e sempre os representamos armados de uma varinha mágica. Mas não é assim, razão por que nos parece oculta a sua intervenção e muito natural o que se faz com o concurso deles.

Assim, por exemplo, eles provocarão o encontro de duas pessoas, que julgarão encontrar-se por acaso; inspirarão a alguém a ideia de passar por tal lugar; chamarão sua atenção para determinado ponto, se isso levar ao resultado que desejam, de tal modo que o homem, acreditando seguir apenas o próprio impulso, conserva sempre o seu livre-arbítrio.

 A influência dos espíritos é ocorrência comum, garantida pelos princípios da sintonia mental, pois “(…) é no mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão de espírito a espírito”, ensina Emmanuel. Contudo, antes de ser estabelecida a sintonia entre duas mentes, ocorre os processos de afinidade intelectual ou moral, ou ambas, pois “o homem permanece envolto em largo oceano de pensamentos, nutrindo-se de substância mental, em grande proporção. Toda criatura absorve, sem perceber, a influência alheia nos recursos imponderáveis que lhe equilibram a existência. E, mais, acrescenta o benfeitor:

 "A mente, em qualquer plano, emite e recebe, dá e recolhe, renovando-se constantemente para o alto destino que lhe compete atingir. Estamos assimilando correntes mentais, de maneira permanente. De modo imperceptível, ingerimos pensamentos, a cada instante, projetando, em torno de nossa individualidade, as forças que acalentamos em nós mesmos. […] Somos afetados pelas vibrações de paisagens, pessoas e coisas que cercam. Se nos confiamos às impressões alheias de enfermidade e amargura, apressadamente se nos altera o “tônus mental”, inclinando-nos à franca receptividade de moléstias indefiníveis. Se nos devotamos ao convívio com pessoas operosas e dinâmicas, encontramos valioso sustentáculo aos nossos propósitos de trabalho e realização. (…).

Referências: “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec e “O Livro dos Médiuns”, de Francisco Cândido Xavier.

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 63 ANOS

Fundado em 13/10/1957

Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ

E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br

Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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A VOZ DA SERRA garante a apoteose da informação!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Quando a televisão começou a se popularizar, alguns diziam: “Agora o rádio vai perder a vez!”. Realmente foi uma previsão naufragada pelas ondas médias e curtas do aparelhinho falante. Festejando o Dia Mundial do Rádio, último 13 de fevereiro, o Caderno Z do fim de semana passado, entre outros destaques, deu voz para uma história singular – os 75 anos da nossa Rádio Nova Friburgo, agora operando em frequência modulada. Ainda pequena, eu já sabia sintonizar a, então, Rádio Sociedade de Friburgo, a “Rádio Cipó Sempre Amiga” como era costume ser chamada antigamente.

Quando a televisão começou a se popularizar, alguns diziam: “Agora o rádio vai perder a vez!”. Realmente foi uma previsão naufragada pelas ondas médias e curtas do aparelhinho falante. Festejando o Dia Mundial do Rádio, último 13 de fevereiro, o Caderno Z do fim de semana passado, entre outros destaques, deu voz para uma história singular – os 75 anos da nossa Rádio Nova Friburgo, agora operando em frequência modulada. Ainda pequena, eu já sabia sintonizar a, então, Rádio Sociedade de Friburgo, a “Rádio Cipó Sempre Amiga” como era costume ser chamada antigamente. Eu me sinto feliz, pois tenho a honra de ser produtora e apresentadora do programa mais antigo que “ainda está no ar” naquela emissora, ou seja, o programa da União Brasileira de Trovadores, criado a partir dos Jogos Florais, no início da década de 1960.

Atuar no rádio é uma sensação sem igual, porque “tocar” o coração do ouvinte é a magia do radialismo. E o ouvinte é fiel, amigo, e se torna um fã incondicional!    Essa fidelidade acompanha Ernani Huguenin e Pedro Osmar. Ernani, por exemplo, com o seu bordão “não perca pela hora” não perde a hora e sempre sente saudades de sua “Nadinha”, a saudosa esposa Nádia Huguenin. Saudades que são nossas também. Pedro, que vivenciou todos os estágios do radialismo, destaca: “Para quem é apaixonado por rádio, como eu, foi um avanço pitoresco. Hoje podemos dizer que temos em Nova Friburgo uma das dez rádios mais modernas do Brasil”.

São muitos nomes a destacar, em especial, a nova geração dos locutores, como Vinicius Gastin, Gabriela Bini, Guto Soares e Fernando Moreira, agora no esporte. E o “Professor Pardal”, Carlos Reis, há mais de 50 anos colocando “a rádio no ar”. Que pessoa singular! Outro querido, operador de áudio, Rogério Dias, “meu editor na pandemia”, pessoa de bondade intensa. Salve a “Emissora das Montanhas” que ganhou o mundo!

Em março, a Rádio Sucesso FM completa 40 anos. No depoimento de sua diretora Hilda Teixeira Soares, sentimos o quanto o amor pode romper os desafios. Hilda ressalta que cumpriu sua missão com “sucesso”. A ela, ao seu filho Igor e a toda equipe, desde já, um feliz Jubileu de Esmeralda e parabéns pela história de sucesso!

É hora de deixar o “Z” e adentrarmos no cotidiano da pandemia. A Prefeitura de Nova Friburgo, anunciou na última sexta-feira, 12, que subiu para 9.799 o número total de casos confirmados de Covid-19, com aumento de 46 novos casos em um dia e um total de 289 mortes. No mesmo boletim, informou que há outros 30 pacientes com suspeita da doença, e destes, 19 estão em casa aguardando o resultado dos exames; seis estão internados e cinco óbitos continuam em investigação. E, mesmo assim, continuamos em bandeira amarela, sinalizando “pouco risco de contágio”. Eu não entendo essa métrica.

A injúria sofrida pela vereadora Maiara Felício demonstra como ainda há pessoas carecendo de uma reforma geral em seus procedimentos. Infelizmente, essa parcela mínima de indivíduos inconsequentes ainda consegue espaço para manifestar sua ignorância e desserviço à sociedade. Que a punição para atos dessa natureza seja um antídoto eficaz contra o veneno da estupidez das mentes franzinas.

O vice-prefeito Serginho, em entrevista concedida por e-mail ao jornal, destacou que para uma boa gestão é preciso “ter as pessoas certas em cada lugar”. Com disposição para o trabalho, Serginho demonstra que não medirá esforços para que a cidade melhore em todos os setores, “sem mágica ou varinha de condão”, é claro.

Mas... e o Carnaval sem carnaval? A bordo de uma pandemia que naufragou os sonhos e as esperanças,  o mês de fevereiro, este ano, perdeu o deslumbre da apoteose carnavalesca. A causa, mais do que compreensível, nem por isso deixou de ser um baque no calendário friburguense. O jornal trouxe figuras representativas do reinando de Momo e todas manifestando pesar pela suspensão dos festejos. Contudo, há um consenso de que não poderia ser diferente. Assim, nos resta vestir a fantasia de que tempos melhores virão, usando os adereços: máscara, álcool em gel, água e sabão, para o desfile do “Bloco do Eu Sozinho”, sem aglomerações. O silêncio de hoje há de ser os festejos do amanhã!

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Quaresma: nossa faxina anual e a Campanha da Fraternidade

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

A Quaresma é tempo de graça, revisão de vida e conversão que a Igreja anualmente nos oferece. Anselm Grün define a Quaresma como uma “faxina anual do corpo e da alma”. Trata-se, segundo ele, “de purificação, de uma limpeza geral da nossa casa, pensando em tudo o que podemos doar ou jogar fora”. Na faxina, além de se desfazer de tudo aquilo que nos atrapalha, temos a oportunidade de encontrar e reencontrar fatos e lembranças importantes que fizeram parte de nossa vida e ficaram esquecidas no tempo.

A Quaresma é tempo de graça, revisão de vida e conversão que a Igreja anualmente nos oferece. Anselm Grün define a Quaresma como uma “faxina anual do corpo e da alma”. Trata-se, segundo ele, “de purificação, de uma limpeza geral da nossa casa, pensando em tudo o que podemos doar ou jogar fora”. Na faxina, além de se desfazer de tudo aquilo que nos atrapalha, temos a oportunidade de encontrar e reencontrar fatos e lembranças importantes que fizeram parte de nossa vida e ficaram esquecidas no tempo.

A Quaresma é um retiro que nos introduz nessa corajosa aventura de entrarmos em contato com nós mesmos, avaliando como está a nossa relação com Deus, com o próximo, com as coisas e bens. É um itinerário que permite reconhecer e acolher com sinceridade os próprios limites e pedir a Deus a força para superá-los de modo gradativo e constante. O convite para a faxina geral é uma ocasião para reorganizar a nossa casa, transformando-a num ambiente saudável, acolhedor, de contentamento e realização pessoal. Trata-se de renascer para uma vida nova, mais leve e simplificada.

Ambiente “limpo” é ambiente saudável. Saúde interior, espiritual e moral é também saúde física! Penso que esta casa seja a nossa vida interior, que define o nosso modo de ser e agir, e precisa de revisão anual, mensal, semanal e diária. Esta é a proposta de Cristo: entrar com ele no deserto, enfrentar as tentações e renascer para uma vida nova.

No Brasil, há décadas, o percurso quaresmal da Igreja Católica é acompanhado por um tema que favorece a reflexão e a conversão, proposto pela Campanha da Fraternidade. Como o próprio nome diz, trata-se de algo que favoreça a fraternidade entre os seres humanos, tendo consciência de que tudo o que fazemos por amor a Cristo e com amor, favorece e promove a vida do semelhante. Resgatar o conceito de fraternidade é um imperativo, sobretudo numa realidade marcada pela “tentação” da divisão, intolerância, desrespeito, individualismo e indiferença. Fraternidade significa viver como irmãos e irmãs, buscando a unidade na diversidade.

Hoje, mais do que antes, diante de tantas tensões e agressões, precisamos resgatar o conceito de fraternidade. Afinal, “somos todos irmãos” (Papa Francisco). Por essa razão, a Quaresma nos propõe três práticas: esmola, oração e jejum. Esmola ou caridade, diz respeito à relação com o próximo: família, colegas de trabalho, amigos, inimigos, os que pensam de modo diferente de nós, os pobres, vulneráveis e necessitados.

Já a oração acentua a importância de se ter uma constante e saudável relação com Deus, Senhor de nossa vida e de nossa história. O jejum procura melhorar a relação consigo mesmo, por meio de uma vida pautada pelo equilíbrio e temperança, sem excessos. Trata-se de um tripé que, quando bem vivenciado, oferece as condições para que sejamos melhores e cheguemos à festa da Páscoa com um coração renovado, mais humano e fraterno. É o que chamamos de conversão, mudança no modo de pensar, agir e ser.

Neste ano, a Campanha da Fraternidade será ecumênica, com o tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”, e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade”. O objetivo geral é “um convite às comunidades de fé e pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para superar as polarizações e violências através do diálogo amoroso, testemunhando a unidade na diversidade”.

Desejo a todos e todas um profícuo tempo de faxina quaresmal e desejo sincero de conversão, com respeito e vivência concreta do tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica: “Cristo é a nossa Paz”. Para que a Quaresma seja um tempo de graça (kairótico) é necessário que seja também um tempo kenótico (esvaziamento) de tudo o que prejudica o diálogo e a unidade. Com minha benção e gratidão, unidos no amor de Cristo,

Dom Luiz Antonio Lopes Ricci é bispo diocesano de Nova Friburgo. 

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A música carnavalesca esbanja literatura

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Não é porque estamos em tempos de pandemia que o carnaval vai se encolher pelas frestas da cidade como um refugiado, que procura pequenos espaços para eclodir em vida. Ah, o carnaval é solene! Triunfa nas ruas como uma festa popular que inunda cidades do planeta há séculos. No Brasil, chegou nos tempos coloniais e se enraizou. Entretanto, neste ano de 2021, como forma de preservar a saúde, o carnaval vai vibrar no brasileiro de outras formas, já que seu coração bate no ritmo do bumbo. Mesmo os que não brincam nos blocos, mas cantarolam, movimentando os pés ou as mãos ao som do samba. 

Não é porque estamos em tempos de pandemia que o carnaval vai se encolher pelas frestas da cidade como um refugiado, que procura pequenos espaços para eclodir em vida. Ah, o carnaval é solene! Triunfa nas ruas como uma festa popular que inunda cidades do planeta há séculos. No Brasil, chegou nos tempos coloniais e se enraizou. Entretanto, neste ano de 2021, como forma de preservar a saúde, o carnaval vai vibrar no brasileiro de outras formas, já que seu coração bate no ritmo do bumbo. Mesmo os que não brincam nos blocos, mas cantarolam, movimentando os pés ou as mãos ao som do samba. 

O espírito carnavalesco vai além da liberdade, do prazer e do gingado. Pousa como um colibri na inspiração dos autores das letras de carnaval, que buscam no quotidiano do povo e na história motivos para criarem poemas que vão se eternizar nas melodias. O samba é um símbolo relevante do carnaval, que surgiu na cidade do Rio de Janeiro, no Estácio. O primeiro samba gravado no Brasil foi Pelo Telefone, em 1917, cuja letra foi criada por Mauro de Almeida. Até hoje é cantado nos cortejos e blocos carnavalescos.

O chefe da polícia

Pelo telefone

Mandou me avisar

Que com alegria

Não se questione

Para brincar

Os desfiles de escolas de samba são puxados pelo samba-enredo, de modo que todos os integrantes seguem cantando, dançando e interpretando um tema, dando estilo e alegria ao desfile. São poesias que contam histórias, fazem reverência às personalidades que construíram ou ainda constroem a vida de um lugar. Que mostram fatos culturais que influenciam modos de ser e de fazer de um povo. Enfim, é uma construção literária que envolve pesquisa, ritmo musical e, acima de tudo, o amor ao carnaval.

O Clube Vivências, organizado por Márcia Lobosco, está brindando este carnaval com a leitura de sambas-enredos, lidos e interpretados pelas participantes. Além de ser um momento delicioso, ao lê-los e escutá-los diariamente percebemos a beleza dos seus versos, a mensagem que engrandece a vida, as pessoas e o lugar. Ela nos faz a cada interpretação beber a expressão carnavalesca numa das mais alegres fontes literárias.

 

Samba-enredo da Mangueira 1986

Caymmi Mostra ao Mundo o que a Bahia e a Mangueira Têm

 

Tem xim-xim e acarajé

Tamborim e samba no pé

 

Mangueira vê nos céus dos orixás

O horizonte rosa no verde do mar

A alvorada veste a fantasia

Pra exalar Caymmi e a velha Bahia ô ô ô

Quanto esplendor

Nas igrejas soam hinos de louvor

E pelos terreiros de magia

O ecoar anuncia o novo dia

Nessa terra fascinante

A capoeira foi morar

 

O mundo se encanta

O mundo se encanta

Com as cantigas que fazem sonhar

Com as cantigas que fazem sonhar

 

Lua cheia

Leva a jangada pro mar

Oh! sereia

Como é belo teu cantar

Das estrelas

A mais linda está no gantois

Mangueira berço do samba

Caymmi a inspiração

Que mora no meu coração

Bahia terra sagrada

Iemanjá, Iansã

Mangueira super campeã

 

Para finalizar, deixo a deliciosa poesia da marchinha de carnaval, Máscara Negra, de Zé Keti.

Tanto riso, oh quanta alegria

Mais de mil palhaços no salão

Arlequim está chorando pelo amor da

Colombina

No meio da multidão

 

Foi bom te ver outra vez

Tá fazendo um ano

Foi no carnaval que passou

Eu sou aquele pierrô

Que te abraçou

Que te beijou, meu amor

Na mesma máscara negra

Que te esconde o teu rosto

Eu quero matar a saudade

Vou beijar-te agora

Não me leve a mal

Hoje é carnaval

 

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Carnaval 71 deve atrair mais de 40 mil turistas a Friburgo

sábado, 13 de fevereiro de 2021

Edição de 13 e 14 de fevereiro de 1971
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

Edição de 13 e 14 de fevereiro de 1971
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

  • Prefeitura, clubes, escolas de samba e blocos - Todos unidos formam uma possante vanguarda para o grande êxito do carnaval friburguense. Tudo indica que o reinado de Momo carreará mais de 40 mil turistas, batendo todos os recordes de público nos animados festejos carnavalescos.
  • Xadrez, Sociedade e Country, as grandes peças do carnaval; escolas de samba e blocos, os grandes sacrificados - O Clube de Xadrez, a Sociedade Esportiva Friburguense e o Nova Friburgo Country Clube representam, de fato, as grandes peças do  carnaval interno. A contribuição desses clubes é notável, já que no resto, geralmente não há muito o que destacar, embora os clubes modestos cumpram uma missão importante junto às classes menos favorecidas. Outro motivo de fundamental importância para o prestígio dos animados carnavais são as escolas de samba, os ranchos e os blocos, mantidos por foliões sustentados à duras penas por modestas contribuições e quase sempre por migalhas da administração municipal insensível ao sacrifício e idealismo de uns dedicados grupos. 
  • Carnaval no Country Clube - Entusiasmo total de todos os diretores do Nova Friburgo Country Clube no sentido de promover o maior carnaval friburguense de todos os tempos com o tema “Primavera de Cores”. Espera-se 20 mil pessoas nos quatro dias de momo. O presidente do Country, Walter Soares da Cunha está otimista com o êxito do evento, já que mesas e camarotes esgotaram-se rapidamente.
  • Jubileu de Ouro - A Sociedade Esportiva Friburguense, através de seu presidente Dalton Carestiato, convida as autoridades militares, civis e eclesiásticas, assim como aos associados, imprensa e integrantes de qualquer categoria da mesma organização, para a inauguração das novas instalações: vestiários, banhos turco e sauna em sua sede à Avenida Galdino do Valle.  

Pílulas

  • O prefeito de Friburgo, Feliciano Costa, que tomou posse do cargo em leito de hospital, ainda não está perfeitamente curado e em condições de comparecer à prefeitura. A informação que temos é a de que o querido homem público passa bem e está em fase de recuperação.
  • Ainda não foi designado o novo chefe da Assessoria de Imprensa e Divulgação da Prefeitura de Friburgo. Causa espécie que, em tão importante setor, a designação do seu titular seja posta em plano secundário. Aliás, o “grande azar” será da própria administração que tão pouco valor está dando ao grande elo de comunicação envolvido na hipótese. 
  • E a água não jorrou ainda nas torneiras! O que há? O que está acontecendo no serviço de abastecimento do precioso líquido? Nesta complicada história quem continua a “pagar o pato” é o usuário. Alguns usuários, porque outros bem privilegiados continuam sorrindo vendo o líquido jorrar.
  • A felizarda concessionária da ainda inacabada Estação Rodoviária, teve posse de um “aceite” de obras, quando a ajuda faltava muita coisa para ser feita, detalhe que não é lá para brincadeira. Damos inteira razão ao atual governo do município, tornando o pião na unha, determinando que os ônibus voltassem a sua antiga parada é que a firma de referência cumprisse o contrato assinado. Não pode e não deve haver a menor contemplação.

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Lair Ventura Lugon e Gilse Ventura Coutinho (12); José Bassani, Hélia Dias Alves, Maiby Leal e Denise da Costa (14); Juvenal Marques (15); Humberto Chaves e Fernando Augusto Ferreira (16); Adyr Vahia de Abreu e Plínio Sérgio Alonso (17); Sidney de Souza, (18); Clóvis de Jesus (19).

 

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Diz o céu

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

“ – Moça, que céu é esse?” Ouço, paro e, por dois segundos, penso se ela falou comigo. Ao perceber que sim, fico sem resposta. O que tem o céu? Noto que havia me esquecido de olhar para lá. Não poderia descrevê-lo naquele momento. Não saberia fazê-lo. Que descuido o meu. Logo eu que venho tentando centrar no momento presente. Concentrar. Degustar cada oportunidade de apreciar a natureza. Isso, a natureza. O céu e tudo o que tem nele. Eu deveria tê-lo admirado.

“ – Moça, que céu é esse?” Ouço, paro e, por dois segundos, penso se ela falou comigo. Ao perceber que sim, fico sem resposta. O que tem o céu? Noto que havia me esquecido de olhar para lá. Não poderia descrevê-lo naquele momento. Não saberia fazê-lo. Que descuido o meu. Logo eu que venho tentando centrar no momento presente. Concentrar. Degustar cada oportunidade de apreciar a natureza. Isso, a natureza. O céu e tudo o que tem nele. Eu deveria tê-lo admirado.

Logo eu, não saberia quais as cores do céu! Daquele céu. Parei, olhei. O que tinha de diferente lá em cima? Até agora não sei. O céu estava cinza. Com cara de chuva. Se chovesse, eu seria pega desprevenida. Novamente: que descuido o meu. O dia clareou e a noite estava prestes a chegar e eu sequer percebi, nesse interregno de tempo do dia inteiro, se o sol havia aparecido para desejar um lindo dia antes de ser encoberto pelas nuvens pesadas.

Talvez a chuva naquela hora fosse uma boa providência para lavar a alma. Mas nem isso eu podia. A pressa é demais. Rotina que segue. Dor de cabeça dando as caras. Como aos olhos dos atentos, nenhum sinal do propósito perseguido passa despercebido, pude aproveitar a noite extasiada com a presença da frondosa lua cheia. Foi ontem. Foi lindo. Salvou o meu dia.

Amanheceu. Que belo dia. Recomeçou o ciclo. A vida acontece agora. Nova oportunidade. Dessa vez o “bom dia” foi dado pela janela, para frente e para cima. Sem telas. Sem mensagens. Sem cores artificiais. Eram seis da manhã. O céu já dava os sinais. Dia lindo. A vibração é outra. Energia em alta. A xícara de café sobre a bancada da varanda e os olhos focados em tudo o que era verde. Assim começou. Em meio a todas as múltiplas e muitas tarefas, pude perceber o presente que veio do céu. E assim o acompanhei até que o final de tarde nos contemplasse com o céu rosa. Literalmente. Pareceu um presente. Foi um presente. Foi hoje. E está sendo. A lua lá fora espelha a perfeição desse universo infinito e misterioso que não deve deixar de ser notado e contemplado todos os dias.

Tenho a sensação de que se aquela senhora cruzasse pelo meu caminho na rua nesse instante e me fizesse a mesma pergunta, eu saberia descrever o céu azul da manhã, as nuvens que passearam por lá ao meio dia, o entardecer avermelhado e deslumbrante e o exato formato com que a lua brilha nesse instante. Para quem anda atento, todo sinal é uma oportunidade de melhora. Provavelmente, se tivesse a oportunidade, agradeceria pela pergunta cotidiana. Sem querer, mudou meu dia.

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