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Retrospectiva: Friburguense

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Tricolor da Serra faz time competitivo, mas esbarra em lesões e empates

        A partir desta sexta-feira, 20, A VOZ DA SERRA vai recordar alguns momentos marcantes do esporte de Nova Friburgo durante o ano de 2024. Seja nos gramados, quadras, tatames, piscinas, dentre outras tantas praças esportivas, os atletas e equipes da cidade fizeram bonito mais uma vez, eternizando os próprios nomes e levando o município a lugares de destaque, até mesmo internacional.

Tricolor da Serra faz time competitivo, mas esbarra em lesões e empates

        A partir desta sexta-feira, 20, A VOZ DA SERRA vai recordar alguns momentos marcantes do esporte de Nova Friburgo durante o ano de 2024. Seja nos gramados, quadras, tatames, piscinas, dentre outras tantas praças esportivas, os atletas e equipes da cidade fizeram bonito mais uma vez, eternizando os próprios nomes e levando o município a lugares de destaque, até mesmo internacional.

        Uma das principais instituições de Nova Friburgo, o Friburguense é o primeiro tema desta série. Para voltar a figurar entre os principais clubes do estado do Rio de Janeiro, na primeira divisão, há degraus para subir, e o primeiro deles, seria o acesso para a Série A2 do Campeonato Carioca.

        O elenco montado pelo clube para este ano levava a crer que seria possível. E, de fato, a possibilidade era real. Contudo, o futebol está longe de ser uma ciência exata, resolvida por teoria, e a parte prática apresenta algumas armadilhas. No caso do Frizão, as muitas lesões e o excesso de empates foram dois grandes obstáculos no caminho para o alcance deste objetivo.

        Ao contrário de 2023, todo o processo foi bem conduzido pela direção de futebol do clube. O estádio Eduardo Guinle e outros espaços receberam uma série de melhorias. O técnico Gerson Andreotti e boa parte da base do ano passado também foram mantidos, somando-se à contratação de reforços. Após a derrota para o Pérolas Negras em casa, no jogo de estreia, e a vitória fora de casa contra o Paduano, mesmo com todas as adversidades daquela partida, além do jogo contra o Serrano, em casa, se apresentavam como oportunidades para embalar de vez. Porém, o primeiro dos dois empates em casa frustrou os planos.
        Na rodada seguinte, a derrota para o São Cristóvão colocou o percurso em xeque, e a vitória em casa, contra o Artsul, era fundamental. A recuperação, diante de um dos clubes que subiram para a A2, veio com o triunfo por 2 a 0. Mesmo com os empates com o Belford Roxo, fora de casa, e com o São Gonçalo, no Eduardo Guinle, o Frizão chegou à rodada final dependendo apenas de si. O 1 a 1 com o Nova Cidade, somado à vitória do Pérolas Negras, pôs fim ao sonho tricolor.

        Ao todo foram duas vitórias, quatro empates e duas derrotas. Andreotti quase não conseguiu repetir as escalações, e num campeonato de tiro curto, nem sempre as recuperações acontecem em tempo adequado. O Frizão encerrou a sua participação na Série B1 estadual na quinta colocação, com 10 pontos conquistados.

        Em 2025, o time profissional só voltará a campo no segundo semestre, quando terá novamente a terceira divisão do futebol carioca como principal competição a ser disputada.

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    Andreotti esteve à frente do Friburguense em mais uma temporada, neste ano de 2024 (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Lesões e muitos empates atrapalharam os planos de brigar até o final de acesso à Série A2 do Rio (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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Evolução constante

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Nova Friburgo Futebol Clube aprova previsão orçamentária para 2025

        Com melhorias, novos investimentos e manutenções no horizonte, o Nova Friburgo Futebol Clube já tem planejados e mapeados todos os seus recursos previstos para o próximo ano. O Conselho Deliberativo aprovou, por unanimidade, a Previsão Orçamentária para 2025, desenvolvida pela gestão do presidente Luiz Fernando Bachini. A reunião aconteceu na noite de segunda-feira, 16, na sede social, no Centro.

Nova Friburgo Futebol Clube aprova previsão orçamentária para 2025

        Com melhorias, novos investimentos e manutenções no horizonte, o Nova Friburgo Futebol Clube já tem planejados e mapeados todos os seus recursos previstos para o próximo ano. O Conselho Deliberativo aprovou, por unanimidade, a Previsão Orçamentária para 2025, desenvolvida pela gestão do presidente Luiz Fernando Bachini. A reunião aconteceu na noite de segunda-feira, 16, na sede social, no Centro.

        A atividade foi conduzida pelo presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Arnaldo Bravo Berbert, e contou ainda com a presença de convidados e representantes do Conselho Deliberativo e Diretor. A mesa do evento foi formada pelo presidente do Conselho Diretor Luiz Fernando Bachini; pelo presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Arnaldo Bravo Berbert, o Juca; pelo tesoureiro Evandro Nicoliello e por Eduardo Valentim, membro do Conselho Deliberativo.

        A previsão orçamentária recebeu parecer favorável dos membros do Conselho Fiscal, que é formado por Rômulo Amêndola, Ézio Marques e Alair Lourenço.

        “O Bachini sempre nos apresenta um trabalho de excelência no nosso clube. Neste ano que está terminando, tivemos muitas melhorias. Quero parabenizar o empenho e a dedicação dos membros do Conselho Diretor,” destacou o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Arnaldo Bravo Berbert.

        O presidente do Conselho Diretor, Luiz Fernando Bachini, comentou sobre a reunião. “Estamos planejando a continuidade do trabalho para melhorias do nosso clube,” finalizou.

        Dentre essas melhorias, observadas durante as últimas gestões de Bachini, estão as várias reformas na sede social do clube e os avanços das obras de ampliação de modernização do Centro de Treinamento do Nova Friburgo Futebol Clube, localizado no distrito de Conselheiro Paulino.

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    Carlos Berbert, o Juca, destaca o “trabalho de excelência para o clube”, feito pela atual gestão (Foto: Rafael Seabra / NFFC)

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    O presidente Bachini projeta mais avanços para o clube durante o ano de 2025 (Foto: Rafael Seabra / NFFC)

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    Conselheiros acompanharam e votaram os rumos orçamentários do Nova Friburgo para o próximo ano (Foto: Rafael Seabra / NFFC)

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O Imposto do Pecado: o preço por uma mordida na árvore proibida

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Sabe aquele chocolate que você compra escondido porque “prometeu” que ia cortar o açúcar? Ou aquela cervejinha gelada depois do expediente que, de tão boa, parece até um pecado? Pois é, meu caro pecador moderno, o governo também está de olho nos seus prazeres culposos e criou algo que pode ser resumido como a penitência financeira dos seus pequenos “deslizes”: o famoso Imposto do Pecado ou Imposto Seletivo (IS).

Sabe aquele chocolate que você compra escondido porque “prometeu” que ia cortar o açúcar? Ou aquela cervejinha gelada depois do expediente que, de tão boa, parece até um pecado? Pois é, meu caro pecador moderno, o governo também está de olho nos seus prazeres culposos e criou algo que pode ser resumido como a penitência financeira dos seus pequenos “deslizes”: o famoso Imposto do Pecado ou Imposto Seletivo (IS).

O IS terá incidência sobre itens considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente, com o objetivo de desincentivar o consumo. Essa sobretaxa é a nova queridinha do governo após a aprovação do projeto de regulamentação da reforma tributária no plenário da Câmara dos Deputados. Agora, o texto segue para a sanção presidencial, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prontinho para dar a canetada.

Entre os itens que farão parte do "menu" do Imposto do Pecado, estão:

 

Veículos, embarcações e aeronaves

Os "pecados motorizados" estão na lista porque são grandes emissores de poluentes que prejudicam o meio ambiente e a saúde humana. O imposto incidirá sobre veículos automotores, como automóveis e veículos comerciais leves. E não pense que os carros elétricos escaparam: eles também estão na dança!

 

Cigarros e produtos fumígenos

Nada mais clássico do que taxar cigarros. Além de substituir as alíquotas adicionais que já existem, a justificativa é clara: cigarros fazem mal à saúde e ao bolso (de quem consome e de quem paga o SUS). Portanto, dar uma “pitada” deverá sair mais caro ao bolso dos fumantes.

 

Bebidas alcoólicas

Em pleno verão, más notícias para quem gosta de beber. Aqui, a taxacão será dupla: uma alíquota por quantidade de álcool e outra adicional. E não adianta chorar na cerveja (que também será tributada). A intenção é frear os excessos — mas com moderação no copo e no imposto. Se é que existe moderação no imposto.

 

Refrigerantes e bebidas açucaradas

Você achava que só o álcool ia entrar na mira do imposto? Errado! Refrigerantes e bebidas açucaradas também foram incluídos na lista como forma de combater obesidade e diabetes. A Câmara recuperou a incidência sobre esses produtos, mesmo após uma tentativa de exclusão pelos senadores.

 

Minério de ferro, petróleo e gás natural

Nessa categoria, o alvo é a extração de recursos não renováveis. Apesar disso, o texto prevê alíquota zero para o gás natural destinado a processos industriais, aliviando um pouco o impacto no setor produtivo e nos produtos que recebemos em casa.

 

Apostas esportivas e jogos de azar

Os apostadores também serão lembrados na hora da tributacão. Além de perder dinheiro para as casas de apostas, você também perderá dinheiro para o estado. O IS incidirá sobre apostas esportivas, bets e outros produtos correlatos, com a justificativa de desencorajar o hábito (ou talvez o azar).

 

Exceções ao pecado

Mas calma, nem tudo será taxado! Não que sejamos nós os beneficiários, contudo o projeto prevê exceções, como caminhões e veículos usados pelas Forças Armadas ou órgãos de segurança pública. Infelizmente, os muitos auxílios recebidos pelos nossos políticos e servidores do alto escalão também ficaram fora. Afinal, até no "pecado" o governo dá um desconto quando é para si mesmo.

 

Dois pesos, duas medidas

Se o objetivo é promover saúde e proteger o meio ambiente, por que tão polêmico? Para os defensores, é uma forma eficiente de reduzir consumo nocivo e, de quebra, arrecadar para investimentos em áreas prioritárias.

No entanto, por outro lado, a inclusão do IS pode penalizar as classes mais baixas, que já sofrem com orçamentos apertados e dependem de produtos mais baratos (e menos saudáveis), pagando, portanto, mais caro por estes produtos.

O Imposto do Pecado é um lembrete de que não existe almoço (ou lanche, ou bebida) de graça. Se você vai cometer um "pecadinho" moderno, melhor preparar o bolso. Mas não se preocupe: ainda podemos curtir nossos pequenos prazeres. A diferença é que, agora, eles vêm com uma etiqueta de preço um pouco mais salgada… e com uma pitada de perda de poder de compra do brasileiro.

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O doutor disse ...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Saúde tem muito que ver com a pessoa tomar a iniciativa de fazer algo que contribua para o bom funcionamento do seu corpo e da sua mente. Por exemplo, um bom psicólogo e um psiquiatra que atua também com psicoterapia, devem colocar nas mãos do paciente ferramentas para ele praticar no dia a dia para a recuperação do problema emocional. Isso é diferente do profissional que se coloca numa posição de curador e é diferente do paciente que deposita inteiramente no profissional a cura que precisa.

Saúde tem muito que ver com a pessoa tomar a iniciativa de fazer algo que contribua para o bom funcionamento do seu corpo e da sua mente. Por exemplo, um bom psicólogo e um psiquiatra que atua também com psicoterapia, devem colocar nas mãos do paciente ferramentas para ele praticar no dia a dia para a recuperação do problema emocional. Isso é diferente do profissional que se coloca numa posição de curador e é diferente do paciente que deposita inteiramente no profissional a cura que precisa.

Não me refiro a situações de saúde cuja principal atuação para a recuperação do bem estar do paciente está nas mãos do médico, como, por exemplo, a realização de uma cirurgia necessária. Nesse caso, o médico é a principal fonte de busca de recuperação da saúde, mesmo sendo o próprio organismo que faz o restante, como cicatrizar a abertura cirúrgica e mesmo ativar aspectos fisiológicos num órgão para a melhora da saúde.

Não é raro pessoas que baseiam o tratamento de qualquer enfermidade que possuam, no uso de medicamentos sintéticos, ficando numa dependência exagerada do médico quanto à prescrição de medicações, em vez de entenderem que elas têm uma parte a executar no processo de recuperação da saúde.

Por exemplo, uma pessoa com diabetes tipo 2, não dependente de insulina, cuja causa tem muito que ver com estilo de vida, pode ficar pensando que a solução é o uso de drogas para diabetes. Mas, o que esta pessoa faz sem ser tomar o medicamento? Algumas não fazem nada mais, enquanto que, no caso do diabetes, é provável que possa melhorar, e até ficarem curadas, caso apliquem em sua vida práticas saudáveis, como atividades físicas aeróbicas ao ar livre de preferência, dieta vegetariana, redução ao máximo ou eliminação do consumo de gordura de origem animal, eliminação do açúcar, redução do estresse. Tomar o medicamento para diabetes sem praticar mudanças no estilo de vida como estas que citei, faz com que a pessoa fique dependente de remédio e daí dizem: “O doutor disse que preciso desse remédio!”, como se fosse a única coisa a fazer no tratamento dessa enfermidade. Isso é comum em pessoas que gostam de tomar remédios.

O mesmo acontece quanto a sofrimentos mentais, como depressão, crise de pânico, entre outros. Tecnicamente, na maioria dos casos de sofrimentos emocionais, o medicamento, se realmente necessário, é o número dois no tratamento. O número um é a psicoeducação que é aprender a lidar com os pensamentos e sentimentos para que eles sejam saudáveis, realistas, não distorcidos, nem pessimistas e agressivos. Tomar medicação “controlada” psiquiátrica sem agir para mudar a forma não saudável de pensar e sentir, adia a cura e mascara o problema.

Quanto mais uma pessoa supervaloriza o uso de medicamentos sintéticos ou não, para a recuperação de sua saúde, sem se interessar em fazer mudanças positivas em seu estilo de vida alimentar e outros cuidados com seu corpo e mente, e quanto mais for atendida por médicos com visão reduzida do ser humano, mais provável é que fique dependente do profissional e da medicação para a recuperação de sua saúde. O profissional iluminado entende o que o Pai da Medicina, Hipócrates (460-370 a.C) disse, quando declarou que: “É mais importante conhecer a pessoa que tem a doença do que a doença que a pessoa tem.”

O paciente iluminado pode seguir a instrução correta do médico quanto ao uso de medicação, mas escolhe praticar em sua vida princípios de saúde já comprovados pela ciência como benéficos, como dieta vegetariana, prática de exercícios físicos aeróbicos, uso de água pura longe das refeições, exposição adequada à luz solar, eliminar cafeína, álcool, tabaco, entre outros produtos, respirar ar puro, dormir

cedo, de 7 a 9 horas por noite em ambiente escuro, e desenvolver a espiritualidade.

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Medicina nuclear em Friburgo é uma realidade

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

A medicina nuclear em nossa cidade está, há quatro anos, sob a responsabilidade do médico Gustavo Barbirato. Ele nasceu em Niterói, mas veio para Friburgo com seis meses de idade. Aqui fez o primeiro e segundo graus no Colégio Anchieta, de onde saiu para a faculdade de medicina de Teresópolis. Foi residente em Cardiologia, na Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro e residente em medicina nuclear, no Pró-Cardíaco, também na capital fluminense. Atualmente, chefia o setor da medicina nuclear na Exâmina, já tendo trabalhado no Rio e em Brasília.

A medicina nuclear em nossa cidade está, há quatro anos, sob a responsabilidade do médico Gustavo Barbirato. Ele nasceu em Niterói, mas veio para Friburgo com seis meses de idade. Aqui fez o primeiro e segundo graus no Colégio Anchieta, de onde saiu para a faculdade de medicina de Teresópolis. Foi residente em Cardiologia, na Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro e residente em medicina nuclear, no Pró-Cardíaco, também na capital fluminense. Atualmente, chefia o setor da medicina nuclear na Exâmina, já tendo trabalhado no Rio e em Brasília. Como diz o ditado, o bom cabrito à casa volta. E ele nos concedeu uma entrevista para falar de sua especialidade e da sua importância dentro da medicina diagnóstica e curativa.

Segundo ele a medicina nuclear (MN) é uma especialidade médica que usa substâncias radioativas, através de radioisótopos que são elementos radioativos, sozinhos ou atrelados a alguma molécula (radiofármacos) para fazer diagnósticos de uma maneira mais fisiológica. Isso é feito através da captação por gama câmeras, que avaliam a função de um órgão, a sua fisiologia, diferentemente da radiologia que nos dá um diagnóstico mais estático, anatômico. Para entendermos melhor, no caso de morte cerebral, a MN por não mostrar áreas captantes atesta a sua não funcionalidade ao contrário da ressonância magnética ou da tomografia computadorizada que mostram apenas a integridade física do órgão. Ela é usada também para tratamentos, em casos mais específicos, como tumores, doenças da tireoide, etc. Os elementos radioativos mais utilizados são o Tecnécio, o Iodo, o Tálio, o Lutécio e outros.

Perguntamos ao Gustavo se o uso dessas substâncias radioativas acarretariam danos à saúde e ele nos falou que a quantidade utilizada para diagnóstico é muito pequena não sendo suficiente para causar transtornos ao órgão examinado. Tanto é assim, que a equipe que trabalha diretamente com os pacientes, não apresenta positividade no dosímetro que é obrigada a usar pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Nos disse ainda que a meia vida de alguns elementos, como o tecnécio, é muito pequena, de apenas seis horas, quer dizer após seis horas de injetado ou deglutido, permanece apenas 50% do que foi absorvido e após 24 horas ele, praticamente, não se encontra mais no organismo. Nos casos de tratamento, como por exemplo do hipertireoidismo, que requerem doses maiores, nunca elas ultrapassam o recomendado e, aí, os pacientes são orientados a evitarem contato com outras pessoas. Isso porque a meia vida do iodo radioativo usado nesses casos, é maior.

Sabemos também dos casos de câncer que surgiram após a explosão da bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki, no Japão e do acidente nuclear em Chernobil, na Ucrânia. Mas aqui, também, segundo Gustavo, a radiação à qual os seres humanos foram expostos era muito grande causando riscos à saúde. No caso da MN as quantidades são mínimas, o suficiente para a realização do exame.

De acordo com Barbirato, esses elementos são seguros, podendo ser usados por crianças e idosos e, também, nas gestantes. Claro que em determinadas situações como no caso da tireoide, é importante precaução, por que o órgão do feto vai captar também o material radioativo. Por isso, no caso de ablação da glândula pelo iodo radioativo ter que ser muito bem ponderado. Ou deixar para o pós-parto ou utilizar outro método. Mas, por exemplo, uma grávida com TEP (tromboembolismo pulmonar) que não pode ser submetida a uma angiotomografia (a exposição ao raio X é muito grande), a perfusão com radioisótopo não teria problemas. Gustavo citou já ter feito exames em pacientes com mais de 90 anos, sem problema algum. Assim como, em recém natos, com história de refluxo vesico ureteral, o exame é realizado sem contraindicações.

Outro ponto abordado foi o uso concomitante do radioisótopo com alguns medicamentos. Por exemplo no caso da tireoide e dos rins existem medicamentos que podem prejudicar o exame, daí todo um protocolo, que já existe, para evitar esse tipo de interferência. Muitas vezes o tratamento tem de ser modificado, com a utilização de outras drogas que não causem problemas de competição ou somação com o radiofármaco.

Com relação ao tratamento, foram citados aqueles para tumores da tireoide, do hipertireoidismo, de tumores de próstata e dos ossos. Inclusive temos um termo que foi criado recentemente, o teranóstico, que vem a ser o seguinte: injeta-se a quantidade de radioisótopo para extirpação do tumor e segue-se o desenvolver da regressão da lesão com os marcadores próprios. Isso é muito comum em tumores de próstata e tumores neuroendócrinos, onde é possível se acompanhar a evolução, com a ausência da captação que mostra o desaparecimento da área comprometida. É importante ressaltar que no caso dos tumores neuroendócrinos, a sobrevida que era de no máximo dois anos e meio se expandiu com o uso do lutécio, caso essa célula tumoral tenha afinidade com a lesão.

Nova Friburgo está preparada para vários exames da MN, mas nem todos principalmente aqueles que exigem aparelhos mais sofisticados, em função do alto custo. Nos falta, também, quartos terapêuticos para aqueles casos em que a dosagem de radioisótopo tenha de ser maior, normalmente acima de 50 milicuries (Curie é a unidade de medida da radioatividade), ou locais para uma radiologia intervencionista, como no caso do tratamento de tumores hepáticos. Aliás, a MN é mais difundida nos grandes centros, no Brasil mais nas regiões sul e sudeste, com menos clínicas nas demais, apesar de que nos últimos quatro anos esse número cresceu mais de 50%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear. Não é muito comum clínicas em cidades menores e, na realidade, somos privilegiados em contar com tal serviço.

No entanto, com a chegada do Hospital do Câncer em nossa cidade, a tendência é uma expansão dessa especialidade, pois um hospital oncológico necessita de um serviço de MN próprio ou próximo a ele. De acordo com Gustavo, a Oncologia junto com a Cardiologia ainda são o carro chefe da MN, sem falar na Ortopedia já que os maiores causadores de metástases ósseas são os tumores de próstata, mama, pulmão e tireoide.

Para encerrar o dr. Gustavo Barbirato tranquiliza a população dizendo que o risco de contaminação pelos radioisótopos não existe, que as intervenções seja no campo do diagnóstico seja da terapêutica são com doses necessárias, sem causar riscos para a saúde do paciente. As clínicas são monitoradas pelo CNEN e pelo Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) para que o nível de segurança seja sempre elevado.

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Opções não faltam

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Rede brasileira de trilhas inclui mais de 10 mil quilômetros

Rede brasileira de trilhas inclui mais de 10 mil quilômetros

       As trilhas são uma atividade prazerosa para os amantes da natureza. É uma forma democrática, saudável e, muitas vezes gratuita, de lazer, que pode incluir trajetos de poucos metros a caminhos que se estendem por centenas de quilômetros. Nova Friburgo conta com inúmeras opções para conectar o esporte com a natureza.
       “Essa opção de turismo oferece aos visitantes oportunidades únicas de explorar a diversidade natural e cultural do país de maneira sustentável. Além de vivenciar a biodiversidade, as trilhas ainda contribuem com a economia local, promovem a conservação ambiental e fomentam o respeito pelas comunidades locais”, disse o ministro do Turismo, Celso Sabino, ao participar do 2º Congresso Brasileiro de Trilhas, em Niterói (RJ).
       Um boletim com a atualização mais recente da rede foi lançado durante o evento. Algumas das trilhas no país são tão longas que, para percorrê-las, um dia não basta. Em 2018, os ministérios do Turismo e do Meio Ambiente se uniram para criar a Rede Trilhas - Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade - com o objetivo de promover os caminhos como instrumento de conservação da biodiversidade e conectividade de paisagens, e de geração de emprego e renda no entorno das trilhas.
       Desde então, vários percursos foram incorporados à rede, que inclui trilhas regionais, ou seja, aquelas que precisam de pelo menos um pernoite, para serem completadas, e nacionais, aquelas que precisam de 28 dias de caminhada, para serem percorridas.
       Atualmente, existem mais de 30 trilhas cadastradas na rede, somando cerca de 10 mil quilômetros de trajetos que cortam 51 unidades de conservação, em 20 unidades da federação e 220 municípios. Algumas são específicas para caminhadas, outras para bicicletas, enquanto a maioria pode ser feita a pé, a cavalo ou de bicicleta.

       Há trilhas para todos os gostos, variando desde a pequena “Caminhos de Rio das Ostras”, de 30 km, que pode ser feita em apenas dois dias de caminhada, no Rio de Janeiro, até a gigantesca “Transmantiqueira”, que se estende por 1.200 km, passando por São Paulo, Rio e Minas, e que leva 70 dias para ser concluída. Parte das trilhas, com mapas e informações sobre elas, podem ser consultadas no site Etrilhas. 

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Rede Trilhas busca promover os caminhos como instrumento de conservação e conectividade (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)
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O Jubileu do Ano Santo de 2025

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Às portas do início de mais um Ano Santo – o Jubileu de 2025 – proclamado pelo Papa Francisco para a Igreja no mundo inteiro, apresentamos este subsídio para ajudar todo o Povo de Deus em nossa Diocese a vivenciar e celebrar com esperança este tempo de graça à luz do significado e história do Jubileu na vida da Igreja; a indicação de sete igrejas paroquiais em nossa diocese para a peregrinação durante o ano santo e para receber a indulgência plenária; e a explicação da Cruz que permanecerá durante o ano jubilar no presbitério da Catedral.

Às portas do início de mais um Ano Santo – o Jubileu de 2025 – proclamado pelo Papa Francisco para a Igreja no mundo inteiro, apresentamos este subsídio para ajudar todo o Povo de Deus em nossa Diocese a vivenciar e celebrar com esperança este tempo de graça à luz do significado e história do Jubileu na vida da Igreja; a indicação de sete igrejas paroquiais em nossa diocese para a peregrinação durante o ano santo e para receber a indulgência plenária; e a explicação da Cruz que permanecerá durante o ano jubilar no presbitério da Catedral.

No próximo dia 29, todos os presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas, estão vivamente convocados e convidados a celebrar a abertura diocesana do ano jubilar, com início às 15h, no Colégio N.S. das Dores, com a missa presidida pelo nosso bispo D. Luiz Antônio Lopes Ricci.

 

O Jubileu

O “Jubileu” é o nome de um ano particular: deriva do instrumento que se usava para indicar o seu início; trata-se do yobel, o chifre do carneiro, cujo som anuncia o Dia da Expiação (Yom Kippur). Esta festa recorre a cada ano, mas assume um significado especial quando coincide com o início do ano jubilar.

Encontramos uma primeira ideia na Bíblia: o ano jubilar tinha que ser convocado a cada 50 anos, já que era o ano “extra”, a mais, que se vivia cada sete semanas de anos (cf. Lv 25,8-13). Ainda que fosse difícil de realizar, foi proposto como ocasião para restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a criação, e implicava a remissão de dívidas, a restituição de terrenos arrendados e o repouso da terra. Citando o profeta Isaías, o evangelho de Lucas descreve desta forma também a missão de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19; cf. Is 61,1- 2).

Estas palavras de Jesus tornaram-se também ações de libertação e de conversão no quotidiano dos seus encontros e das suas relações. Bonifácio VIII em 1300 proclamou o primeiro Jubileu, também chamado de “Ano Santo”, porque é um tempo no qual se experimenta que a santidade de Deus nos transforma. A sua frequência mudou ao longo do tempo: no início era a cada 100 anos; passou para 50 anos em 1343 com Clemente VI e para 25 em 1470 com Paulo II. Também há jubileus “extraordinários”: por exemplo, em 1933 Pio XI quis recordar o aniversário da Redenção e em 2015 o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia.

A forma de celebrar estes anos também foi diferente: na sua origem, fazia-se a visita às Basílicas romanas de São Pedro e São Paulo, portanto uma peregrinação, mais tarde foram-se acrescentando outros sinais, como a Porta Santa. Ao participar no Ano Santo, vive-se a indulgência plenária.

 

Como chegar às sete igrejas da Diocese para a Peregrinação

Vicariato Sede: Catedral São João Batista e Paróquia Sant’ana de Japuíba, em Cachoeiras de Macacu; Vicariato Norte: Paróquia São José de Leonissa, em Itaocara, e Santuário do Santíssimo Sacramento, em Cantagalo; Vicariato Litoral: Paróquias N.S. da Conceição, em Rio das Ostras; N.S. de Fátima, em Macaé, e N.S. da Glória, em Carapebus.

 

As Indulgências

A indulgência é uma manifestação concreta da misericórdia de Deus, que transcende os limites da justiça humana e as transforma. Este tesouro de graça tornou-se história em Jesus e nos santos: olhando para esses exemplos, e vivendo em comunhão com eles, a esperança de perdão e para a própria jornada de santidade se fortalece e se torna certeza. A indulgência permite libertar o coração do fardo do pecado, para que a reparação devida possa ser dada em total liberdade.

Concretamente, essa experiência de misericórdia passa por algumas ações espirituais que são indicadas pelo Papa. Aqueles que, por doença ou não, não podem se tornar peregrinos, no entanto, são convidados a participar do movimento espiritual que acompanha este ano, oferecendo seu sofrimento e seu cotidiano e participando da celebração eucarística. Disponível em: https://www.iubilaeum2025.va/pt/giubileo-2025/segni-delgiubileo/indulgenza.html

“De fato, a indulgência permite-nos descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus. Não é por acaso que, na antiguidade, o termo «misericórdia» era cambiável com o de «indulgência», precisamente porque pretende exprimir a plenitude do perdão de Deus que não conhece limites. O sacramento da Penitência assegura-nos que Deus apaga os nossos pecados. Vêm à mente, com toda a sua carga de consolação, estas palavras do Salmo: “É Ele quem perdoa as tuas culpas e cura todas as tuas enfermidades. É Ele quem resgata a tua vida do túmulo e te enche de graça e de ternura. (…) O Senhor é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de amor. (…)” (Spes non Confundit n. 23)

 

Condições para lucrar a indulgência plenária

Os fiéis que visitarem as Igrejas designadas deverão participar de uma das seguintes práticas: Santa Missa, Celebração da Palavra de Deus, Liturgia das Horas (Ofício de Leituras, Laudes ou Vésperas), Via-Sacra, Rosário Mariano, Hino Akathistos, Celebração penitencial, concluída com a confissão individual. Além disso, a indulgência também pode ser obtida pelos fiéis que, durante visita individual ou em grupo às igrejas jubilares, dediquem tempo à Adoração Eucarística e à Meditação, encerrando com a oração do Pai-Nosso, a Profissão de Fé e invocações à Virgem Maria, Mãe de Deus.

 

Fiéis impossibilitados de participar presencialmente

Àqueles que, por motivos graves, não puderem participar presencialmente das celebrações ou peregrinações – idosos, enfermos, pessoas em reclusão ou aqueles que cuidam continuamente de doentes –, será concedida a indulgência plenária ao unirem-se espiritualmente aos fiéis presentes, e comunhão Eucarística, rezando segundo as intenções do Papa. Para isso, devem acompanhar as transmissões das celebrações pelos meios de comunicação e, em seus locais de permanência (capelas, hospitais ou prisões), rezar o Pai-Nosso, a Profissão de Fé e outras orações voltadas às intenções do Ano Santo, oferecendo seus sofrimentos e dificuldades a Deus.

Fonte: Coordenação Pastoral Diocesana

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A VOZ DA SERRA é completo: informação, cultura e lazer

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

O calendário não poderia deixar de ter um dia especial, dedicado ao Dia do Jardineiro, 15 de dezembro. E o Caderno Z, atento ao que se passa ao redor das comemorações, não deixaria a data passar em brancas nuvens. De minha parte, louvo as mãos fervorosas desses profissionais que se dedicam a cuidar dos jardins alheios como se fossem os seus. Estendo essa homenagem também ao meu jardineiro, o Carlão, que cuida de nossa propriedade há mais de 40 anos, com capricho e boa vontade para que o “Jardim da Lis” faça sucesso nas minhas postagens do Facebook.

O calendário não poderia deixar de ter um dia especial, dedicado ao Dia do Jardineiro, 15 de dezembro. E o Caderno Z, atento ao que se passa ao redor das comemorações, não deixaria a data passar em brancas nuvens. De minha parte, louvo as mãos fervorosas desses profissionais que se dedicam a cuidar dos jardins alheios como se fossem os seus. Estendo essa homenagem também ao meu jardineiro, o Carlão, que cuida de nossa propriedade há mais de 40 anos, com capricho e boa vontade para que o “Jardim da Lis” faça sucesso nas minhas postagens do Facebook.

Cabe cantar O Cio da Terra – “trabalhar a terra, conhecer os desejos da terra...”. Conhecer também os desejos das plantas, pois já me aconteceu de observar uma planta “caidinha” em determinado local e, entendendo o seu recado, trocá-la de lugar e, em pouco tempo, vê-la feliz e revigorada. Mais do que uma ocupação, a jardinagem tem sido fonte de estudos sobre a sua importância na saúde física e mental dos humanos, como “redução do estresse, isolamento, depressão, promovendo o fortalecimento do sistema imunológico”. Os cientistas descobriram que a “jardinagem é um antidepressivo natural que pode ter um poderoso efeito de redefinição em nossas mentes e corpos”.

Um pouco mais complexa e abrangente é a arte do paisagismo que vai além da jardinagem. “É uma técnica que se concentra na concepção e criação de áreas verdes, bem elaboradas, em espaços públicos e privados, e envolve uma série de aspectos que vão além da simples escolha das plantas e flores. Requer uma análise do terreno, a escolha dos elementos decorativos com espaços para lazer e convivências...”.

Mas, que tal um “banho de floresta, um shinrin yoku”? A terapia surgiu no Japão, quando o governo japonês percebeu a necessidade de conectar as pessoas com um banho da natureza, com o objetivo de reduzir os níveis de ansiedade, depressão e estresse. Em Nova Friburgo nem é necessário se ausentar do contexto urbano. Aliás, muita gente já faz isso sem que tenha pensado em “banho de floresta”. Não sendo possível se afastar para um banho de imersão total junto aos “efeitos dos óleos essenciais e dos odores emitidos pelas árvores, não desanime, porque até um “banho de quintal” pode fazer maravilhas para o seu astral.

Faltando poucos dias para o término da primavera, em coisa alguma nos surpreende a chegada o verão, já que estudos apontam o ano de 2024 como o “mais quente da história”, superando o de 2023. O último relatório do Observatório Copernicus “mostra que estamos cada vez mais em um caminho rumo ao caos climático”.  Aqui para nós, bichos da serra, as altas temperaturas têm sido um verdadeiro sufoco. Os extremos e as discrepâncias do clima afetam também as chuvas, e as águas que não rolam ativam a proliferação do Aedes aegypti. O Cão Sentado, na charge de Silvério, recepciona Papai Noel com um alerta para o cuidado com a água parada.

O Disque Idoso, no primeiro mês de funcionamento, já promoveu mais de mil atendimentos. As principais queixas são sobre denúncias de violência, conflitos com vizinhos e dúvidas sobre direitos da pessoa idosa. O governador Claudio Castro está confiante no canal que visa garantir os direitos dos 60 + “de modo multidisciplinar e humanizado”. É boa a ideia do canal, embora seja triste saber que isso seja necessário para proteger o idoso, quando essa proteção deveria ser mais do que natural e voluntária.

Justamente, nesta terça-feira, 17, festejamos o aniversário da querida Mária Ventura, a moça bonita que tem um lindo nome. Colega de trabalho no setor administrativo financeiro do jornal, querida por todos, Mária é a personificação da simpatia e das gentilezas. Parabéns e votos de muita saúde e felicidades.

Atenção, botafoguenses e simpatizantes do “Fogão”: a carreata do Botafogo foi adiada para o próximo domingo, 22. Concentração às 10h na Via Expressa; saída às 11h para percorrer ruas da cidade. Em seguida, confraternização em uma choperia na Praça do Suspiro. Vai ter promoção de cerveja para quem estiver com a camisa do Glorioso! Oh, Glória!

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A mais nobre das palavras

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

O nome é a mais nobre das palavras por traduzir uma identidade, identificar uma personalidade e contar uma história.

Ao fazer literatura, experimentamos situações que emergem do quotidiano, as quais passam despercebidas por serem comuns. E não são! São as mais importantes, mas não a consideramos desta forma sempre que lidamos com ela. O nome. Mesmo possuindo valor inestimável, quantas vezes alguém pergunta meu nome e eu respondo até sem pensar: Tereza. Em quantas situações não considerei, como deveria, o valor do meu nome para minha história de vida? E o de outras pessoas?

O nome é a mais nobre das palavras por traduzir uma identidade, identificar uma personalidade e contar uma história.

Ao fazer literatura, experimentamos situações que emergem do quotidiano, as quais passam despercebidas por serem comuns. E não são! São as mais importantes, mas não a consideramos desta forma sempre que lidamos com ela. O nome. Mesmo possuindo valor inestimável, quantas vezes alguém pergunta meu nome e eu respondo até sem pensar: Tereza. Em quantas situações não considerei, como deveria, o valor do meu nome para minha história de vida? E o de outras pessoas?

Quando comecei a escrever “Um cão cheio de ideias”, os personagens foram surgindo durante a construção da história e, repentinamente, como se uma campainha soasse, reconheci a necessidade de nomeá-los. Não foi uma tarefa fácil posto que tinha de encontrar um nome que representasse cada um deles. Veio a mim um forte argumento: sem nome, cada um deles poderia ser um tal, um qualquer ou um ninguém. Como todos tinham uma identidade definida, não poderiam ser reconhecidos como aquele lá. A partir de então, quando vou criar uma história, declaro o nome do protagonista na primeira linha e o dos personagens tão logo surgem no enredo.

O nome é a palavra que vai além da imagem, já que descreve um significado que expressa o que a pessoa é, bem como o que os outros gostariam que fosse. Recebemos um nome ao nascer que podemos considerá-lo como um marco inicial da construção de nossa identidade. Ao dar um nome a um filho, os pais nele colocam afetos, desejos e esperanças. Vivemos em um mundo feito de sentidos. Construímos significados nas relações em que vivemos, o qual sempre é identificado pelo nome.

Quando somos nomeados temos um pretexto para ser alguém que se refere ao nome que recebemos: “Tu és!” A questão é que nem sempre queremos o nome que recebemos porque, ao nos nomearmos, não engrandecemos a pessoa que somos como gostaríamos: “Eu sou!” Todavia, o nome que recebemos na certidão de nascimento delineia um direito a uma personalidade protegida pelo código civil. É a marca que vai nos acompanhar ao longo da vida.

O mesmo acontece com os personagens que foram definidos pelo autor e ganharam eternidade, como Jean Valjean, Dom Quixote e Hamlet, que se tornaram referências pelas suas qualidades e, até hoje, nos oferecem parâmetros de avaliação.

As pessoas, dia a dia, vão desenvolvendo a própria identidade fundamentada no nome, da mesma forma os personagens são construídos a partir do nome que recebem do autor. A cada etapa da história, que seja vivida ou narrada, o nome vai ganhando valor pela sua representatividade decorrente dos registros que a pessoa e o personagem vão deixando nos contextos em que estão inseridos.

A força do nome é dinâmica e vai se transformando, daí a importância de cuidar da palavra que nos nomeia. É a dialética fundamental que nos faz ser o que somos a todos os instantes: pensamento, palavra e ação. 

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Espetáculo

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Grupo Inec/Silvana Gym participa do Gym Brasil 2024

        O grupo Inec/Silvana Gym participou, em Aracaju (AL), do Gym Brasil 2024. O festival de GPT (Ginástica para Todos) contou como seletiva para a próxima Gymnaestrada Mundial, que será realizada em Portugal, no ano de 2027. A equipe de Nova Friburgo foi composta por 37 ginastas, além do professor, José Victor Zebende Fragoso, e os dois técnicos, os professores Eder da Silva Vieira e Silvana Schwartz Noel. O Pantanal foi o tema de mais uma apresentação perfeita e memorável.

Grupo Inec/Silvana Gym participa do Gym Brasil 2024

        O grupo Inec/Silvana Gym participou, em Aracaju (AL), do Gym Brasil 2024. O festival de GPT (Ginástica para Todos) contou como seletiva para a próxima Gymnaestrada Mundial, que será realizada em Portugal, no ano de 2027. A equipe de Nova Friburgo foi composta por 37 ginastas, além do professor, José Victor Zebende Fragoso, e os dois técnicos, os professores Eder da Silva Vieira e Silvana Schwartz Noel. O Pantanal foi o tema de mais uma apresentação perfeita e memorável.

        “A coreografia Pantanal traz uma temática muito importante, que nos últimos anos vem sendo pautada nos mais diversos âmbitos acerca do alerta das queimadas, desmatamentos, comércio e exploração dos animais do bioma. Trazendo em sua composição, ginastas e bailarinos, a coreografia tem uma mescla de dança, elementos ginásticos, como a acrobática e aeróbica, e um trabalho de expressão fácil e corporal. Toda a cena se dá num cenário montado com os próprios adereços que serão utilizados na coreografia, além da composição nos figurinos, dividindo-se entre onças pintadas, galhos, solo e folhas secas do pantanal”, explica Silvana Noel.

        No domingo passado, dia 08, fechando mais uma temporada de muitos momentos marcantes, o grupo Inec/Silvana Gym participou da festa de encerramento da Federação de Ginástica do Estado do Rio de Janeiro, realizada em uma arena da capital fluminense.

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    O sempre espetacular grupo Inec/Silvana Gym esteve presente no Gym Brasil 2024 (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    A competição contou como seletiva para o Gymnaestrada Mundial, do qual o grupo já participou diversas vezes

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    A apresentação do grupo friburguense teve o Pantanal como tema (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    O grupo faz história novamente com participações especiais também no Rio (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Acostumado a representar o Brasil pelo mundo, a equipe de Nova Friburgo fecha mais um ano histórico (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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