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sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Torneio interno de Kata Hien Kan é promovido no Roqueano Clube

Uma iniciativa para coroar o trabalho feito durante semanas, transformando vidas e descobrindo novos talentos nos universos das artes marciais. O Torneio Interno de Kata Hien Kan foi realizado pelo Projeto Solução no último domingo, 20, no Roqueano Social Clube, em Olaria.

O evento contou com 62 participantes, reunindo crianças de Nova Friburgo, Bom Jardim e do Rio de Janeiro, que foram divididos por categoria de idade e faixa.

Torneio interno de Kata Hien Kan é promovido no Roqueano Clube

Uma iniciativa para coroar o trabalho feito durante semanas, transformando vidas e descobrindo novos talentos nos universos das artes marciais. O Torneio Interno de Kata Hien Kan foi realizado pelo Projeto Solução no último domingo, 20, no Roqueano Social Clube, em Olaria.

O evento contou com 62 participantes, reunindo crianças de Nova Friburgo, Bom Jardim e do Rio de Janeiro, que foram divididos por categoria de idade e faixa.

A ação foi realizada com o objetivo principal de proporcionar aos jovens a oportunidade de participar de um evento de competição esportiva e de conhecer praticantes de karatê de outras academias, motivando assim uma maior integração. O torneio buscou também avaliar o nível técnico dos alunos, e com isso, incentivá-los a treinar mais para buscar a evolução técnica.

“Um torneio de base como esse estimula os jovens a participar campeonatos maiores no futuro, proporcionando a possível descoberta de novos talentos do esporte”, destacam os organizadores.

Além dos benefícios esportivos, a prática do karatê estimula na formação do caráter ao ensinar respeito aos demais atletas, a disciplina, dentro e fora do dojo, o saber perder e ganhar, e conter o espírito de agressão. São valores da filosofia da arte marcial que os jovens irão levar para a vida toda.

“A nossa pasta entende que é importante apoiar projetos como esse, pelo ponto de vista educacional e disciplinar, mantendo o jovem longe das drogas e da violência. Nós apoiamos essas iniciativas através de subvenções, também em clubes como o Roqueano. Faremos tudo ao nosso alcance para que esse tipo de projeto aconteça cada vez mais. O nosso momento esportivo, em especial nas artes marciais, é muito próspero. Nesse sentido, apoiamos projetos sociais, e também criamos em 2023, o Bolsa Atleta, para ajudar diretamente ao atleta”, pontua João Victor Duarte, secretário de Esportes de Nova Friburgo.

Responsável pelas aulas e principal organizador do evento, o Shihan Sidi Gobbi é 6º Dan pela Confederação Brasileira de Karatê, e ensina a modalidade há 40 anos. Filho de Kyoshi Benedito Nelson, 1º faixa preta brasileiro, ele reforça a importância da prática para a transformação social da garotada.

“O esporte é muito importante para trazer saúde e movimento para as crianças, nesse mundo cada vez mais digital. Fora a questão da educação, que está contida dentro desses universos das artes marciais. O esporte faz essa integração, reunindo pessoas de várias classes sociais. E dentro dessas pequenas competições, podem surgir grandes campeões. Em Nova Friburgo temos duas opções que oferecem o Karatê: o Projeto Solução, às terças e quintas-feiras, das 15h às 17h, no Roqueano, de forma gratuita, ou na Acquafitness, nos mesmos dias, a partir de 18h. A idade mínima para começar é de sete anos”, resume o Shihan Sidi Gobbi.

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    A participação feminina também foi destaque durante o evento no Roqueano. (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Shihan Sidi Gobbi exaltou a prática do karatê, destacando os seus benefícios esportivos e sociais. (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    O torneio contou com premiação e outras atrações: dezenas de crianças participaram. (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    O Rio de Janeiro volta a ter um representante na Série B do Campeonato Brasileiro. E, desta vez, não por conta da queda de um dos grandes clubes do Estado. O Volta Redonda sagrou-se campeão da Série C do Campeonato Brasileiro. O time fluminense derrotou o Athletic por 2 a 0, no sábado, 19, pelo jogo de volta da final, na Arena Sicredi, em São João Del-Rei. Como já havia vencido por 1 a 0 na ida, o Tricolor de Aço garantiu o título da competição nacional, de forma inédita. Os gols do Voltaço foram marcados por PK e Bruno Santos. Além de Volta Redonda e Athletic, Ferroviária-SP e Remo-PA subiram de divisão e jogarão a Série B, em 2025. (Foto: Pamela Torres)

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Mosaico

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

A vida é um mosaico de experiências, onde cada peça, cada cor, representa momentos de alegria, tristeza, desafios e superações. A jornada é repleta de obstáculos, e a verdadeira essência da humanidade reside na capacidade de se reerguer, mesmo quando as circunstâncias parecem insuperáveis. Superação não é apenas um ato de coragem; é um processo transformador que nos molda, nos ensina e nos prepara para novos horizontes.

A vida é um mosaico de experiências, onde cada peça, cada cor, representa momentos de alegria, tristeza, desafios e superações. A jornada é repleta de obstáculos, e a verdadeira essência da humanidade reside na capacidade de se reerguer, mesmo quando as circunstâncias parecem insuperáveis. Superação não é apenas um ato de coragem; é um processo transformador que nos molda, nos ensina e nos prepara para novos horizontes.

Imagine uma planta que brota em meio às fendas de uma calçada. Esse pequeno ser, apesar das adversidades, busca a luz, a água e, com resiliência, se ergue. Assim como essa planta, muitos de nós enfrentamos dificuldades que nos parecem intransponíveis. Perdas, doenças, crises financeiras ou emocionais são parte do caminho. No entanto, é na adversidade que descobrimos a força que reside dentro de nós.

A superação faz parte de uma jornada contínua da vida. Não se resume a um ato isolado e nem é o destino. Aprender a lidar com a dor é um dos maiores desafios, mas é também uma das maiores lições que podemos ter. O sofrimento, embora difícil, pode nos ensinar sobre compaixão, empatia e a importância das conexões humanas.

Histórias de superação são frequentemente contadas em livros, filmes e palestras inspiradoras. Elas nos lembram que não estamos sozinhos em nossa luta. Pense em figuras como Nelson Mandela, que passou anos encarcerado, mas emergiu como um símbolo de paz e resistência. Ou Malala Yousafzai, que, após um atentado, dedicou sua vida à luta pela educação das meninas em todo o mundo. Essas narrativas nos mostram que a superação é possível e que cada um de nós tem um papel a desempenhar na construção de um futuro mais esperançoso.

Contudo, é essencial entender que a superação não implica em ignorar a dor ou os sentimentos negativos. O primeiro passo para se erguer é reconhecer e aceitar a situação. É preciso dar voz ao que sentimos, permitir-se chorar, lamentar e, eventualmente, encontrar o caminho para a cura. Ignorar a dor pode levar a uma estagnação emocional, enquanto enfrentá-la é o que nos permite seguir em frente.

O apoio da comunidade e das pessoas ao nosso redor é fundamental nesse processo. Às vezes, a superação é um esforço coletivo. Amigos, familiares ou grupos de apoio podem oferecer a mão que precisamos para nos levantar. A vulnerabilidade de compartilhar nossas lutas é, paradoxalmente, uma fonte de força. Ao nos abrirmos para os outros, encontramos empatia e compreensão, e percebemos que nossas experiências, embora únicas, ressoam com a vida de muitos.

Não nos esqueçamos, pois, que somos indivíduos, únicos, embora a vida gregária seja elementar para moldar quem somos. Comparar nossa jornada com a de outras pessoas pode ser desanimador. O que pode parecer uma pequena vitória para alguém pode ser um grande feito para outra pessoa. A superação é uma experiência íntima e pessoal, e devemos honrar nossos próprios progressos, independentemente de quão pequenos eles possam parecer.

Em última análise, a superação nos ensina que a vida é feita de ciclos. Assim como a noite cede lugar ao dia, nossos momentos de dor podem se transformar em momentos de alegria. Cada desafio traz consigo uma oportunidade de crescimento e aprendizado. Ao olharmos para trás, percebemos que as dificuldades que enfrentamos moldaram nosso caráter e nos tornaram mais fortes.

Portanto, ao enfrentarmos os altos e baixos da vida, lembremo-nos de que a superação é possível. Em cada queda, há uma lição; em cada desafio, uma oportunidade. Que possamos sempre encontrar a coragem de nos reerguer e a sabedoria para ajudar outros em suas jornadas. Juntos, construímos uma tapeçaria rica em histórias de resiliência, amor e superação.

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Alerta

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Secretaria da Mulher se une a times do Rio na prevenção à violência contra mulheres

Secretaria da Mulher se une a times do Rio na prevenção à violência contra mulheres

Com cinco títulos mundiais, o Brasil é um dos países que mais forma atletas no mundo, sobretudo pela existência dos times de base, que já sabem desde o início que não basta treinar somente o físico. Formar atletas conscientes e seguros de quem são também faz a diferença. Por isso, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria da Mulher e os times Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo, firmaram parcerias para levar aos atletas das categorias de base palestras do Serviço de Educação e Responsabilização do Homem (SerH), vinculado à secretaria.

“O SerH é um programa que tem como objetivo a efetivação da Lei Maria da Penha em sua integralidade, trazendo os homens para este movimento, que deve ser coletivo, de prevenção e enfrentamento às violências contra meninas e mulheres. Estamos muito felizes por termos esses novos parceiros, conscientes de seus papéis na sociedade e na formação de seus atletas”, afirma a secretária estadual da Mulher, Heloisa Aguiar.

Nas conversas com os jogadores, foi mostrado como o uso da violência é prejudicial para todos os envolvidos, além de incentivar que os homens estejam lado a lado das mulheres, como aliados, atuando de forma respeitosa. Para o coordenador do SerH, Paulo Sarcon, para prevenir a violência contra a mulher, é preciso alcançar os jovens. Nesse caso, estar nos Centros de Treinamento se torna um importante caminho para levar essa mensagem.

“Fizemos um diálogo sobre o processo de construção da masculinidade e como nós aprendemos a ser homens, sendo sempre pautados, por conta do machismo, a afirmar a masculinidade por meio da violência. Esses processos não são naturais, eles são aprendidos. Dessa forma, é possível que os homens aprendam a ter um comportamento não violento”, explica Paulo.

O treinador do sub-17, Eduardo Zuma, destaca que, além da preparação física, é necessário trazer diálogos importantes, como o exercício das masculinidades para a formação do caráter. “O desempenho faz parte da carreira deles, mas, antes de jogar futebol, os atletas são pessoas que precisam se formar dentro e fora de campo. Acredito que a prevenção é o melhor remédio para tudo. Assim como prevenimos lesões físicas, também podemos prevenir problemas nos relacionamentos, para que eles se conscientizem e tomem boas decisões”, afirma Zuma.

O SerH é um programa que visa a garantia da efetivação da Lei Maria da Penha na sua integralidade, trazendo os homens para este movimento, que deve ser coletivo, de prevenção e enfrentamento às violências contra meninas e mulheres, a partir de três eixos de ação: responsabilização, prevenção às violências e promoção do cuidado.

O eixo de promoção do cuidado visa que o homem esteja lado a lado das mulheres, como aliados, em campanhas de conscientização e mobilização, como a campanha do Laço Branco, no Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, e outros.

O programa também estimula que os municípios implantem a metodologia dos grupos reflexivos para homens, recurso previsto na Lei Maria da Penha, além de promover capacitação técnica para os profissionais que atuarão como facilitadores.

No eixo da responsabilização, são previstos grupos reflexivos nas unidades prisionais a partir de um Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria da Mulher e a Secretaria de Administração Penitenciária.

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    Palestras reuniram atletas das categorias de base dos grandes clubes do Rio (Divulgação Governo do Estado RJ)

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    SerH visa a garantia da efetivação da Lei Maria da Penha na sua integralidade (Divulgação Governo do Estado RJ)

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Seguro desemprego em risco?

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Quando precisamos equilibrar nossas contas, há duas maneiras didáticas e bem delineadas para se fazer isso: ganhando mais ou gastando menos. Ao contrário do que pensem, não há uma formula mágica que nos permita enriquecer do dia para noite. Caso não adotemos uma destas alternativas, a nossa conta fechará no vermelho.

Quando precisamos equilibrar nossas contas, há duas maneiras didáticas e bem delineadas para se fazer isso: ganhando mais ou gastando menos. Ao contrário do que pensem, não há uma formula mágica que nos permita enriquecer do dia para noite. Caso não adotemos uma destas alternativas, a nossa conta fechará no vermelho.

Em se tratando da mesma teoria aplicada a patamares maiores, como um governo, a ideia é a mesma: arrecada-se mais ou gasta-se menos. Descobriram que se gasta muito com os desempregados no Brasil.  O seguro-desemprego atualmente paga o valor de R$ 45 bilhões aos desempregados em todo o país.

 

Possíveis cortes

Este deveria ser motivo de orgulho, não? É esse dinheiro que socorre o orçamento de milhões de pessoas quando perdem seus empregos. É o que eu penso, afinal gasta-se com tanta besteira nesse Estado. Questiono-me se realmente o peso das contas da União está com quem possivelmente não ganhará um único real no próximo mês.

No entanto, a revisão das regras do seguro-desemprego é uma das alternativas estudadas pela equipe econômica para apertar os cintos e conter os gastos do governo. Um pacote de medidas deve ser apresentado, depois do segundo turno das eleições municipais, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Uma outra corrente defende uma mescla entre o fim do seguro-desemprego para as faixas salariais mais altas e o desconto da multa do FGTS para os grupos com rendimentos intermediários. Em tese, a nova proposta atingiria só trabalhadores que ganhavam mais de quatro salários mínimos (R$ 5.648).

Num exemplo hipotético, um trabalhador “milionário” demitido sem justa causa, recebe R$ 6.900 por conta da multa sobre seu FGTS, pagos pelo seu ex-empregador – fora as demais verbas rescisórias. Recebe também, cinco parcelas de seguro desemprego, no valor de R$ 2.300, pagos pelo governo, no total de R$11.500.

De forma resumida, o desempregado perceberia para si um total R$ 18.400 ao longo de cinco meses, sendo parte pelo governo e parte pelo ex-empregador. No entanto, o governo pretende surfar e conseguir alguns descontos para o pagamento ao desempregado.

Com o projeto da equipe econômica, este desempregado ficaria só com duas parcelas do seguro-desemprego. O valor recebido a título da multa de 40% sob o FGTS depositado (R$ 6.900) seria subtraído da responsabilidade do governo em pagar o seguro desemprego (R$ 11.500). Nesse sentido, o desempregado receberia apenas R$ 4.600 do governo.

Com a mágica, o governo economizaria R$ 5,6 bilhões por ano. A mágica em cima dos desempregados vem sendo cozinhada pela equipe econômica e depende da aprovação do presidente da República. É difícil que prospere, mas abre os olhos de todos. Toda vez que o governo pensa em morder o andar de cima, fracassa, mas quando pretende morder o andar de baixo, consegue.

No entanto, no meio de tantas análises, uma em especial, chama  atenção. Nesse bloco de “bilionários trabalhadores” (que ganham até R$ 2.824), estão apenas 23% dos beneficiários do seguro-desemprego, representando o custo de R$ 15 bilhões. Apenas 0,66% deles ganhavam acima de dez salários mínimos.

Na prática, isso significa que um grupo está recebendo uma parcela maior do total de gastos do que sua representatividade em relação à quantidade de segurados. Em linhas gerais, quem recebe salários mais altos e possui mais condições de ser manter, vem concentrando os maiores valores pagos pelo Estado.

Já diria George Orwell, em seu livro A Revolução dos Bichos: “Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros”. Em meio aos supersalários de servidores públicos do Estado, auxílios para todo lado e penduricalhos dentro dos governos, é lamentável que a ideia de começar por quem mais precisa seja a alternativa pensada pela equipe econômica

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A verdade pode curar sua mente

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Nossa mente é enganosa. No mais profundo dela existe uma mistura de verdade e mentira. Saúde mental é um progressivo buscar ser verdadeiro consigo mesmo. Numa ficha (uma moeda) norte-americana dos AA – Alcoólicos Anônimos, dada aos membros do grupo por conquistas sobre evitar o primeiro gole, tem a frase: “Para que seu próprio eu seja verdadeiro”. Você é verdadeiro consigo mesmo?

Nossa mente é enganosa. No mais profundo dela existe uma mistura de verdade e mentira. Saúde mental é um progressivo buscar ser verdadeiro consigo mesmo. Numa ficha (uma moeda) norte-americana dos AA – Alcoólicos Anônimos, dada aos membros do grupo por conquistas sobre evitar o primeiro gole, tem a frase: “Para que seu próprio eu seja verdadeiro”. Você é verdadeiro consigo mesmo?

A verdade pode nos libertar do que nos prende em ansiedade, medo, culpa, tristeza, remorso, vergonha. Não é a verdade da tradição, mas da essência dela mesma. Se coloca muita tradição humana acima da pureza da verdade. Mas só existe cura na verdade, do corpo (biológica), da mente (psicológica), do espiritual (transcendental).

A psicoterapia é um procedimento praticado por psicólogo ou psiquiatra formado e treinado em atendimento psicológico, onde se usa diálogo técnico em busca da compreensão da verdade que produz o sofrimento mental que levou a pessoa ao atendimento.

Geralmente as verdades que causam dor mental (tristeza, medo, angústia, vergonha, insegurança, pânico, entre outros tipos) estão mais no campo da mente inconsciente do que da consciente. Por isso, pessoas cultas ou não, num atendimento psicológico dizem: “Não sei por que estou sofrendo isso!” Por que não sabe? Porque a verdade está ainda na mente inconsciente.

Por isso, especialmente na técnica de psicoterapia chamada “psicoterapia de base analítica” a meta principal, além de oferecer acolhimento, empatia, não julgamento, o profissional vai procurar ajudar o cliente a ver como trazer a verdade que está no inconsciente dele para a compreensão consciente na ideia de que conhecendo a verdade sobre seus sofrimentos, se dá grande passo para a liberdade dos mesmos.

Mas existe um requisito básico para que a saúde mental surja: querer conhecer sua verdade pessoal. Isso significa ir acabando com suas mentiras, seus autoenganos, sua ignorância sobre si. É incrível como que homens e mulheres de poder na sociedade procuram uma forma de acusar injustamente os que são do bem por não desejarem a verdade, permanecendo na mentira por causa dos benefícios mundanos da corrupção.

A cura de uma nação, Estado, Município, igreja, sociedade secreta, de certas empresas cheias de conflitos de interesses com poderes sociais, só se dá através da procura, admissão e decisão de praticar a verdade mesmo perdendo fama, dinheiro, poder.

Será que vale à pena ganhar tudo, menos a verdade? Nós, seres humanos, somos os animais que mais enganam a si mesmos e mais ferem as leis naturais, seja pela comida não nutritiva, consumo de bebidas tóxicas, abuso do corpo, obsessão pelo poder econômico, fissura por romance e sexo, acúmulo material egocêntrico, competição, mentira na execução do poder público, fora outras lesões. A Natureza não destrói a si mesma a não ser que seres humanos perturbem o funcionamento ecológico. Mesmo assim, o que ela faz é tentar preservar a vida. Quando você quiser, pesquise sobre a diferença entre morte por necrose e morte por apoptose. A primeira é doentia e visa só destruir. A segunda existe para tentar preservar o que for possível para a vida.

A verdade vencerá independente dos que exercem o poder para acabar com ela ou distorcê-la. Ela anda tropeçando em tribunais, em gabinetes políticos, em comissões de denominações religiosas que fogem da verdade e adotam a tradição como suprema, e na mente humana dominada pelo erro. Nada destrói a verdade. Por isso é importante que a tenhamos em nosso ser, relacionamentos, caráter. Se você quer a verdade e a busca diariamente para aplicá-la na vida, ela vai mostrando suas mentiras favorecendo que seu próprio eu vá passando a ser verdadeiro. Esse é o caminho da cura mental.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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A VOZ DA SERRA é festivo, abrangente e responsável

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

         O Caderno Z é um diário das datas importantes do nosso calendário. A exemplo, em 20 de outubro festeja-se o Dia Mundial de Combate ao Bullying e a edição deste terceiro fim de semana do mês 10, nos trouxe matérias que deixam o nosso discernimento estarrecido. Se eu fosse cantar uma canção, certamente, seria “João e Maria”, de Chico Buarque: “no tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido...”.

         O Caderno Z é um diário das datas importantes do nosso calendário. A exemplo, em 20 de outubro festeja-se o Dia Mundial de Combate ao Bullying e a edição deste terceiro fim de semana do mês 10, nos trouxe matérias que deixam o nosso discernimento estarrecido. Se eu fosse cantar uma canção, certamente, seria “João e Maria”, de Chico Buarque: “no tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido...”.

         Desconheço tamanha maldade nos meus tempos de criança. Ou será que não tínhamos informação suficiente sobre esses episódios grotescos? O fato é que os tempos mudaram e tornou-se uma prática de proporções tão intensas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.811/2024, que inclui os crimes de bullying e cyberbullying no Código Penal e transforma crimes previstos no Estatuto da Criança do Adolescente.

         A psicopedagoga Sônia das Graças Frossard trabalha há 28 anos na rede municipal de Nova Friburgo e destaca: “Dentro de nossa rotina de trabalho, projetos e planejamentos são realizadas conversas, palestras, exibição de vídeos que abordem o tema e envolvam toda a comunidade escolar, pois acreditamos na parceria Família x Escola”. Mais do que um festejo, a data é motivo de relevância no sentido de conscientizar sobre os malefícios dos ataques de tentativas de inferiorizar alguém. Essa prática pode causar impactos na autoestima das crianças e jovens, muitas vezes, vulneráveis aos conceitos alheios. Assim, passa a ser fundamental combater esse tipo de comportamento contrário a tudo o que se quer de bom para os ambientes escolares e demais espaços de socialização dos seres humanos. A Associação Brasileira de Psiquiatria lançou em 2022 a campanha “Delete essa ideia”, justamente, com esse objetivo. Parabéns, Caderno Z, por nos trazer temas que nos dão até a chance para sermos pessoas melhores e conscientes, não só dos nossos direitos, mas, especialmente, dos nossos deveres de cidadania.

         Atitude cidadã é o que se vê sempre na charge de Silvério. É o modo de se saber tudo, mesmo antes de se ler a matéria. A exemplo, só de observar os Três Picos em agonia, chorosos perante uma serra, os cortes ferem a nossa sensibilidade com os ataques clandestinos no entorno do conjunto montanhoso do precioso Parque Estadual dos Três Picos. Em denúncia anônima, agentes da 5ª Unidade de Polícia Ambiental flagraram a derrubada de árvores nativas da Mata Atlântica em uma área de 500 metros, aproximadamente, e ainda constataram uma construção de alvenaria no local.

         Outra data importante – 19 de outubro, Dia do Cinema Brasileiro, uma efeméride que festeja a arte cinematográfica do nosso país. A matéria de Liz Tamane trouxe um panorama do surgimento da primeira filmagem realizada no Brasil em 1896, com destaque, inclusive, de algumas dicas de filmes “imperdíveis” da cinematografia nacional. E agora me lembrei do Cinema Eldorado, dos anos dourados em Nova Friburgo, que formava um trio com o Cine São José e o Marabá, todos no centro da cidade. O Eldorado, cor-de-rosa, de uma arquitetura ímpar, o Marabá, com sua imponente fachada e o São José, mais moderninho, no térreo do Edifício São José, cuja galeria era ponto de encontro dos cinéfilos. Bem se vê que a sétima arte envolve passado, presente e futuro!

         E falando em arte, Liz Tamane também fez uma especial matéria sobre “a poesia na era digital”. O tema me lembrou meus pais que recortavam sonetos publicados em jornais para trocarem seus afetos. E foi num desses, do poeta Guilherme de Almeida, que o namoro deles se tornou em noivado e, depois, em casamento na década de 50. A era digital veio facilitar a produção poética e abriu espaço para o que, bem antes, seria da “elite literária”. É certo, como diz Tamane, que há quem critique o surgimento de uma poesia mais superficial, de frases curtas e de efeito, que buscam obter o máximo de curtidas nas plataformas onde são postadas. Contudo, mesmo na superficialidade, muita coisa pode ser absorvida, apreciada e compartilhada, pois, como disse Mário Quintana, “fora da poesia não há salvação”. Parabéns, Liz Tamane, pela brilhante matéria! 

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CNBB 72 anos: evangelizar sempre

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Os 72 anos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, celebrados no ultimo dia 14 de outubro, foram marcados por uma missa, presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquatro, e concelebrada pelos bispos auxiliares de Brasília, dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB, dom Antônio Aparecido de Marcos Filho e dom Denilson Geraldo. Também concelebraram os padres assessores das Comissões da Conferência, do ordinariado militar e da nunciatura. Os frades do Santuário São Francisco de Assis animaram os cantos da celebração.

Os 72 anos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, celebrados no ultimo dia 14 de outubro, foram marcados por uma missa, presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquatro, e concelebrada pelos bispos auxiliares de Brasília, dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB, dom Antônio Aparecido de Marcos Filho e dom Denilson Geraldo. Também concelebraram os padres assessores das Comissões da Conferência, do ordinariado militar e da nunciatura. Os frades do Santuário São Francisco de Assis animaram os cantos da celebração.

Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Goiânia e primeiro vice-presidente da CNBB, em razão de saúde não pode celebrar como estava previsto, mas trechos de sua homilia, escrita especialmente para a celebração, foram lidos pelo secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoespers. A homilia destacou inicialmente a alegria de ter o que agradecer – os 72 anos da CNBB – em torno da mesa da Eucaristia. “Tudo aqui tem a ver com a fé em nosso Senhor Jesus Cristo”, refletiu.

Apóstolos Suos

A homilia destacou um trecho do que diz a Carta Apostólica de São João Paulo II, de maio de 1998, sobre o sentido de uma conferência episcopal: “Instituição permanente, como agrupamento dos Bispos de uma nação ou determinado território, que exercem em conjunto certas funções pastorais a favor dos fieis do seu território, a fim de promoverem o maior bem que a Igreja oferece aos homens, sobretudo por formas e métodos de apostolado convenientemente ajustados às circunstâncias do tempo e do lugar, nos termos do direito”.

Dom Ricardo destacou que tal compreensão se verifica na história da CNBB. “Hoje estamos aqui na sede da CNBB para agradecer os 72 anos de história desta que é uma das mais antigas e maiores conferências de bispos do mundo. O sonho de comunhão, participação e missão tem uma longa trajetória da Igreja no Brasil. Foi antes mesmo do Concílio Vaticano II, com o empenho de dom Helder Câmara, que foi criada com sede no Rio de Janeiro, então capital federal, a CNBB em 14 de outubro de 1952”, ressaltou.

De acordo com o texto da homilia, desde então a evangelização proposta pela Igreja Católica no Brasil tornou-se cada vez mais um projeto eclesial articulado, organizado, planejado e avaliado com o zelo apostólico das centenas de bispos que serviram e servem ao povo brasileiro.

Igreja sinodal

“Evitando qualquer sombra de orgulho, não é exagero afirmar que a Igreja no Brasil antecipou nas estruturas de sua Conferência Episcopal alguns dos principais traços de uma Igreja sinodal. Os encontros, as assembleias, os estudos, as análises, as conversações, os debates… sempre estiveram presentes como passos em busca de uma palavra sólida que animassem as comunidades, seus membros e servidores”, destacou um trecho.

Na homilia também foi destacado a história de planejamento da ação evangelizadora que remonta ao Plano de Emergência, ou o primeiro Plano de Pastoral da Igreja do Brasil, elaborado no início dos anos 1960 em resposta ao pedido do Papa São João XXIII. “Desde então, os bispos brasileiros nunca deixaram de se encontrar e, entre suas atividades, de propor de tempos em tempos, novas e atualizadas diretrizes evangelizadoras”.

Em outro trecho, foi ressaltado que o mandato de evangelizar permanece sempre como a palavra de ordem da CNBB, como está descrito em seu objetivo geral. Dom Ricardo reforçou na homilia que a CNBB é um organismo composto por bispos, mas que sempre pode contar com inúmeros colaboradores: homens e mulheres, padres e religiosas, leigos e leigas, que na comunhão da mesma fé se somaram aos bispos para ver a Igreja do Brasil realizar sua missão de evangelizar.

Ao final da celebração, o Núncio Apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquatro, destacou o fato de dom Jaime ter assumido a presidência do Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho, o Celam, o que representa a importância da Igreja no Brasil para a América Latina e também para a Igreja de Roma, com sua recente nomeação como cardeal.

“Devemos todos trabalhar juntos para que a Igreja, corpo de Cristo, se fortaleça cada vez mais também com a doação da Igreja no Brasil”, disse.

Fonte: CNBB

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Quero me encontrar com Deus!

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Eita, que livro instigante!  Ao ler os contos de Eliane França, reunidos no livro “Sobre o dorso das fêmeas”, Editora Penalux, 2021, fiquei tocada. Parece que uma bandeja de perguntas passou pela minha frente, oferecendo não sei lá quantas questões, me fazendo pensar tanto que embalaram meu sono e me trouxeram sonhos agitados.

Eita, que livro instigante!  Ao ler os contos de Eliane França, reunidos no livro “Sobre o dorso das fêmeas”, Editora Penalux, 2021, fiquei tocada. Parece que uma bandeja de perguntas passou pela minha frente, oferecendo não sei lá quantas questões, me fazendo pensar tanto que embalaram meu sono e me trouxeram sonhos agitados.

Num dos contos, a “Experiência”, a personagem, viúva e idosa, sentada numa cadeira, esperando os filhos para um almoço, vê Deus. As frases vão tecendo o momento, misturando o contato do Divino com a expectativa da chegada da família, o seu momento existencial, o cheiro da comida. Suas desesperanças e solidão, os filhos, a nora pérfida, a roupa apertada pelos quilos a mais. Tudo se junta, porém nada se compara com a grandeza de ver Deus.

Com maestria, Eliane França, pergunta à personagem, de certo para nós, os leitores: Como Ele é. Sem interrogação, exclamação ou outra pontuação, ela termina o texto, deixando-nos de boca aberta, com a questão caindo pelos lábios.

Lido no Clube de Leitura Vivências, em grupo, organizado por Márcia Lobosco, o livro causou reboliços; ficou todo mundo intrigado. Quando o encontro acabou, a pergunta cresceu em mim. Quando era criança, via Deus nos quadros e nas imagens das igrejas, uma figura grande e forte, que até me causava medo e inquietude. Curiosa, fui criando diferentes imagens em função do que me diziam e daquilo que via. Tinha a certeza, apenas, que Ele era uma entidade a quem tínhamos de respeitar e conversar nas orações antes de dormir. Até que, certa vez, escrevendo esta coluna, tive a convicção de que se olhasse para a natureza encontraria Deus. Suspirei fundo, aliviada.

Ao ler Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço, tive a noção de que a religião é uma forma de compreendermos a vida em sua plenitude e finitude porque temos um grande enigma que nos ronda com justeza absoluta: vamos morrer! Terminar, acabar, desaparecer. Esse fato me encrenca, me assola e desassossega. Gostaria de ser eterna. Mas sou humana. Vou findar.

Sem cuidados ou pudor, o texto apresenta a desafiadora pergunta na última frase do conto. A autora é daquelas que olha para o leitor e determina: você decide o que vai acontecer. Como a literatura nos oferece sabedoria e nos salva em cada texto, conceder ao leitor tal direito é um modo de nos amadurecer para a vida, posto que temos que decidir de instante a instante.

Como é Deus. A pergunta persiste mesmo sem sinal de interrogação. Gosto de rezar o Pai Nosso, de olhar para o céu e ver a força do universo, de me deitar e me entregar ao sono. De olhar para minha filha. E escutar a voz da minha mãe. De ver a natureza. De ter amigos. De escutar o latido dos meus cachorros. De dar milho aos passarinhos.  De saber que todos estão vivos. Será Deus isso tudo?

Meus pensamentos encontram afinidade com o poema de Leandro Gomes de Barros (1865-1918), poeta de literatura de cordel brasileiro, considerado por Carlos Drummond de Andrade o “Rei da Poesia do Sertão”.

Se eu conversasse com Deus

Iria lhe perguntar

Por que é que sofremos tanto

Quando viemos para cá?

Que dívida é essa

Que a gente tem que morrer para pagar?

 

Perguntaria também

Como é que Ele é feito

Que não dorme, que não come

E assim vive satisfeito

Por que foi que Ele não fez

A gente do mesmo jeito?

 

Por que existem uns felizes

E outros que sofrem tanto?

Nascemos do mesmo jeito,

Moramos no mesmo canto.

Quem foi temperar o choro

E acabou salgando o pranto?

 

Agora, mais do que nunca, quero me encontrar com Deus.

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Investimento

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

COB vai distribuir R$ 265 milhões para confederações em primeiro ano do novo ciclo olímpico

Um incentivo importante que pode refletir no desempenho dos brasileiros nas próximas Olimpíadas, em Los Angeles. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou que vai destinar o montante de R$ 265 milhões para investimento em projetos das Confederações Brasileiras Olímpicas em 2025. A quantia indica um recorde desde a criação da Lei das Loterias (antiga lei Agnelo/Piva), em 2001, e um aumento de 17,8% em referência ao ano passado.

COB vai distribuir R$ 265 milhões para confederações em primeiro ano do novo ciclo olímpico

Um incentivo importante que pode refletir no desempenho dos brasileiros nas próximas Olimpíadas, em Los Angeles. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou que vai destinar o montante de R$ 265 milhões para investimento em projetos das Confederações Brasileiras Olímpicas em 2025. A quantia indica um recorde desde a criação da Lei das Loterias (antiga lei Agnelo/Piva), em 2001, e um aumento de 17,8% em referência ao ano passado.

A proposta de distribuição de recursos e o orçamento final para o primeiro ano do ciclo olímpico ainda passará por aprovação do Conselho de Administração de Assembleia do COB. A definição está prevista para dezembro deste ano. São considerados 13 critérios, sendo 11 de caráter esportivo e dois relacionados à gestão. A Lei 13.756/18 destina ao COB cerca de 1,7% do resultado da arrecadação bruta dos concursos de prognósticos e da loteria federal.

"Graças à política de austeridade da entidade e aos recursos assegurados por meio da Lei das Loterias, o COB vem investindo no esporte olímpico de forma contínua e crescente. Nunca o Comitê Olímpico do Brasil investiu tanto em esportes como agora. Desde 2017, o recurso para as modalidades aumentou todos os anos", disse o presidente do COB, Paulo Wanderley.

Em relação às cinco novas modalidades do Programa Olímpico, a entidade adotará o mesmo critério de ciclos anteriores, com as confederações recebendo no primeiro ano os valores do piso da distribuição, sendo metade do piso descentralizado e a outra metade aplicada pelo COB prioritariamente na modalidade, conforme planejamento e potencial de classificação para Los Angeles 2028.

Dessa forma, dos R$ 265 milhões que serão repassados diretamente às Confederações, cerca de R$ 17,9 milhões deverão ser encaminhados especialmente para projetos de preparação de atletas e equipes de Beisebol/Softbol, Críquete, Flag Football, Lacrosse e Squash.

Diante dessa política de investimentos, a estimativa é que mais de 85% da verba das loterias seja alocada diretamente em ações esportivas. A liberação de recursos para novos projetos está sempre condicionada à prestação e também à aprovação das contas dos projetos que já foram desenvolvidos. Ainda este ano, a entidade anunciará a estimativa de arrecadação total da Lei das Loterias, que inclui além dos recursos ordinários, o orçamento para projetos extraordinários para a preparação das modalidades esportivas.

Além dos valores das loterias assegurados por lei, o esporte olímpico tem garantido para o novo ciclo olímpico um aporte da Caixa e das Loterias Caixa de R$ 160 milhões, no maior patrocínio da história do COB.

Foto da galeria
Paulo Wanderley, presidente do Comitê Olímpico do Bra-sil, celebra o aumento dos repasses (Foto: Divulgação COB)
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O Botafogo conseguirá ganhar os dois títulos que disputa?

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Como torcedor fanático que sou, acredito que é possível levantar as taças do campeonato brasileiro e da Libertadores da América, versão 2024.

Como torcedor fanático que sou, acredito que é possível levantar as taças do campeonato brasileiro e da Libertadores da América, versão 2024.

        São duas competições difíceis, principalmente o brasileirão, mas em relação ao ano passado a distância entre o primeiro colocado, no caso o Fogão e o segundo, no caso o Palmeiras, é de apenas um ponto. Acontece que os dois ainda se enfrentam na antepenúltima rodada e tem-se pela frente mais oito rodadas. Ao contrário do ano passado em que o Botafogo chegou a colocar quatorze pontos na frente do segundo colocado, esse ano a diferença está mais apertada e o time alvinegro adora colocar sua torcida em permanente angústia, mesmo tendo time que sobra no campeonato. Aliás, hoje, Botafogo e Palmeiras são indiscutivelmente os melhores times do Brasil.

        Quanto à Libertadores da América não acredito que o Penharol tenha condições de eliminar o Fogão, apesar de que em futebol tudo seja possível, mas classificando-se para uma eventual final, estamos arriscados a ter de enfrentar o Racing, em Buenos Aires e aí, vira uma caixinha de surpresas. Time por time sou mais o do Botafogo, mas a pressão da torcida no estádio de Avellaneda é muito grande e haja concentração e coração. Se for o Atlético Mineiro o classificado, a outra semifinal é entre o Atlético e o Racing, o fator torcida deixa de existir, pois serão dois times brasileiros jogando em solo argentino, local da partida escolhido pela Conmebol (entidade máxima do futebol sul-americano). Nesse caso, o fator campo não existiria já que seria o chamado campo neutro. A rivalidade entre atlético e Botafogo existe, mas não creio no mesmo nível de Argentina e Brasil.

        Nessa quarta-feira, às 21h30, no estádio Nilton Santos no Rio, com todos os ingressos já vendidos, ou seja, com casa cheia, o Fogão inicia sua caminhada em direção a um título inédito, ou seja, campeão das américas. Tem de vencer e com um placar elástico, mesmo sabendo que o Penharol vai jogar fechado e fazendo cera, pois sua intenção, certamente, será levar a decisão para Montevidéu, onde o apoio de sua torcida será muito importante. Para eles, um empate no Rio seria a
glória.

        O que me preocupa é a dificuldade que o time da estrela solitária tem para furar bloqueios, haja visto o último jogo contra o Criciúma, de Santa Catarina. Com um Maracanã lotado, conseguiu furar a retranca do adversário aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, mas sofreu o empate, numa desatenção, aos quatro minutos da prorrogação. Deixou escapar três valiosos pontos o que fez o Palmeiras ficar a apenas um ponto da liderança.

        De qualquer maneira o torcedor alvinegro tem motivos para acreditar em títulos e sonhar alto, afinal o time atual é muito superior ao do ano passado e, o mais importante, tem reservas, em todas as posições. Reservas que seriam titulares em qualquer time grande da principal divisão do campeonato brasileiro, o que é importante num calendário desumano como o nosso, que obriga os times a jogarem, praticamente, a cada três dias. A sorte de nossos jogadores, menos aqueles que são convocados para as respectivas seleções, é que a Fifa dá dez dias de interrupção no calendário nacional; como são pelo menos três, isso alivia um pouco o desgaste.

        O desejo da imensa torcida alvinegra é que o time esteja inspirado na quarta feira, que possa ganhar bem do seu adversário, deixando encaminhada a classificação para a grande final. Serão dois jogos, com intervalo de uma semana entre um e outro e, assim esperamos que nossos jogadores ponham o coração na ponta das chuteiras. Estaremos em orações para todos os santos para que tenhamos um final feliz. Amém.

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