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Inferno do Som

sábado, 19 de outubro de 2024

Edição de 19 e 20 de outubro de 1974

Pesquisado por Laís Lima (*) 

Manchetes 

Inferno do Som - Em Nova Friburgo, a não ser que sejam tomadas  enérgicas e urgentes providências, muito em breve poderá ser transformada num hospício. Cresce, dia a dia, o número de neuróticos, porque as autoridades municipais não se movimentam para deter o processo crescente de poluição sonora que vem infernizando o aparelho auditivo dos friburguenses e, em consequência, causando-lhe distúrbios psíquicos.

Edição de 19 e 20 de outubro de 1974

Pesquisado por Laís Lima (*) 

Manchetes 

Inferno do Som - Em Nova Friburgo, a não ser que sejam tomadas  enérgicas e urgentes providências, muito em breve poderá ser transformada num hospício. Cresce, dia a dia, o número de neuróticos, porque as autoridades municipais não se movimentam para deter o processo crescente de poluição sonora que vem infernizando o aparelho auditivo dos friburguenses e, em consequência, causando-lhe distúrbios psíquicos.

Assistência técnica - Esteve em Nova Friburgo um técnico do Ministério da Fazenda, buscando dinamizar os programas de assistência técnica do município, com vistas a um inter-relacionamento entre o município e a Subsecretaria de Economia e Finanças do Ministério da Fazenda. O II Plano de Desenvolvimento Nacional determina a reformulação da aplicação dos fundos de participação com vistas ao melhor aproveitamento dessas receitas.

Avenida Roberto Silveira: atropelamento e colisão - A Avenida Roberto Silveira voltou a registrar esta semana mais um atropelamento e uma colisão envolvendo três veículos. Hernandes Monteiro, 27 anos, foi colhido por uma caminhonete do DER, chapa 01-93, dirigida por Américo João. Hernandes foi levado para o Hospital Santo Antônio com fratura de crânio.

Seminário do Lions foi um sucesso - Obteve o maior sucesso o Seminário Leonístico da Região C que abrange os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Guanabara e Espírito Santo, realizado em Nova Friburgo. O seminário, promovido sob os auspícios do Lions Clube de Nova Friburgo, presidido pelo advogado Olavo Leite, teve por objetivo o desenvolvimento de temas leonísticos e contou com a presença de destacadas figuras do Lions Clube do Brasil.

Amigos choram Bebete - Natural de tradicional família de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e radicada em Friburgo desde 1950, faleceu no último domingo, aos 48 anos de idade, a sra. Maria Izabel Massot Castilho, conhecida carinhosamente como Bebete Castilho.

José Sally receberá homenagem na SEF - A diretoria da Sociedade Esportiva Friburguense deverá anunciar, em breve, as solenidades da ligação do transformador, conseguido pelo Darme, através da interferência pessoal do deputado federal José Sally, que receberá, na ocasião, homenagens do clube.

 

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Vitorino Moreira da Costa e Paulo Cezar Vassallo (21); Oberthal Guimarães Freitas e Maria Malheiros (22); João Agrello, Solange Maria Soares da Cunha Gonçalves (23); Mariléa Costa, Diva Thurler Mazzavila Teixeira e Orcalina Moura Leite (24); Trajano de Almeida (25); Abílio de Souza Gomes (26); Leôncio Amado Machado, Maria de Lourdes Coelho Azevedo, Ruth Braga de Mello e a florista Fernandes Cima (27).

(*) estagiária sob supervisão de Henrique Amorim 

 

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Taça pra história

sábado, 19 de outubro de 2024

Friburgo Sporting conquista o título da Copa Noroeste no Sub-15

Friburgo Sporting conquista o título da Copa Noroeste no Sub-15

        Um troféu para se orgulhar e marcar a história do clube e do futebol de base de Nova Friburgo. Em uma partida emocionante, o Friburgo Sporting se sagrou campeão da Copa Noroeste Sub-15, ao vencer o Boa Vista de Miracema por 2 a 0. Os gols da vitória foram marcados por Juan Pablo, que terminou a competição como artilheiro, com 12 gols marcados. Com a vitória, o clube friburguense tornou-se o primeiro time do município a conquistar o título na categoria, marcando seu nome de forma definitiva na competição.
        “A conquista é resultado de muito trabalho, dedicação e talento dos jovens atletas, que demonstraram grande garra e habilidade em campo, superando adversários fortes ao longo de toda a competição. Esse feito inédito destaca o crescimento do futebol de base na cidade e serve como inspiração para futuras gerações”, destacam os dirigentes.
        O título do Friburgo Sporting não se deve apenas ao talento dos jogadores, mas também ao trabalho realizado pela comissão técnica, comandada pelo técnico Fabiano Marques. Sob seu comando, a equipe somou seis vitórias e dois empates, demonstrando um futebol ofensivo e eficiente, com 32 gols marcados e apenas quatro sofridos. O título representa um marco histórico para o clube e para o futebol de base de Nova Friburgo.
        Além do título de artilheiro, Juan Pablo também foi eleito o craque da competição, com 12 gols na Copa Noroeste. Outro destaque do Friburgo Sporting foi o goleiro Lucas Couto, que recebeu o prêmio de melhor goleiro do campeonato. 

 

Brilho no tatame

Jovem Laiza Silva se destaca em etapas do Circuito Hajime de Judô

Uma pequena notável, que vai ganhando espaço de destaque quando veste o kimono e entra no tatame. A atleta Laiza larentes Silva, de Nova Friburgo, participou recentemente de quatro etapas do Circuito Hajime de Judô, realizado no Rio de Janeiro, e teve um desempenho notável. Nas duas primeiras etapas, competindo na categoria de 57 kg, a jovem judoca conquistou medalhas de ouro, prata e bronze com atuações que renderam inúmeros elogios.

Na terceira etapa, também na categoria de 57 kg, Laiza decidiu experimentar uma nova estratégia e, embora não tenha conseguido o ouro, trouxe para casa a medalha de bronze. Para a última etapa, ela optou por descer de categoria, competindo no 52 kg, um desafio que envolveu um rigoroso processo de perda de peso.

Apesar das dificuldades enfrentadas, Laiza competiu com bravura. Embora não tenha conquistado o ouro nesta etapa final, ela voltou para casa com a medalha de prata, premiando o seu esforço e dedicação.

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    Momento de celebração da taça: título entra para a história do futebol de base friburguense (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Friburgo Sporting confirma a sua curva de crescimento no cenário do desporto municipal (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    A jovem Laiza se destaca e desponta como promessa do judô de Nova Friburgo (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Com pódios em sequência, a judoca coleciona medalhas no Circuito Hajime (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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Cultura do Cancelamento

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Nos últimos anos, a expressão "cultura do cancelamento" tornou-se cada vez mais presente em nossas conversas, especialmente nas redes sociais. Inicialmente vista como uma forma de responsabilizar indivíduos por comportamentos considerados inaceitáveis, a prática levanta questões profundas sobre ética, justiça e liberdade de expressão. Afinal, podemos “cancelar” alguém? A cultura do cancelamento se manifesta quando uma pessoa, normalmente uma figura pública, é alvo de críticas e boicotes, muitas vezes em resposta a declarações ou ações consideradas ofensivas.

Nos últimos anos, a expressão "cultura do cancelamento" tornou-se cada vez mais presente em nossas conversas, especialmente nas redes sociais. Inicialmente vista como uma forma de responsabilizar indivíduos por comportamentos considerados inaceitáveis, a prática levanta questões profundas sobre ética, justiça e liberdade de expressão. Afinal, podemos “cancelar” alguém? A cultura do cancelamento se manifesta quando uma pessoa, normalmente uma figura pública, é alvo de críticas e boicotes, muitas vezes em resposta a declarações ou ações consideradas ofensivas. As redes sociais, com sua velocidade e alcance, amplificam esse fenômeno, permitindo que a indignação se espalhe como fogo em palha seca. Em um ambiente onde a opinião pública pode ser rapidamente formada e compartilhada, é fácil esquecer que por trás de cada tweet ou post existem seres humanos, com histórias e contextos únicos. O argumento a favor do cancelamento geralmente se baseia na ideia de que ele atua como um mecanismo de justiça social. Quando figuras públicas fazem comentários racistas, sexistas ou homofóbicos, muitos veem o cancelamento como uma forma de responsabilizá-las e promover mudanças. No entanto, essa abordagem simplista ignora a complexidade das situações e as consequências que podem advir de um julgamento apressado. Cancelamentos, muitas vezes, resultam em perdas significativas: empregos, oportunidades, relacionamento e, em casos extremos, a saúde mental dos indivíduos. Pessoas que se veem “canceladas” podem enfrentar campanhas de ódio, ameaças e até mesmo o isolamento social. É fundamental ponderar: a prática do cancelamento realmente promove algum grau de justiça ou apenas perpetua um ciclo de violência virtual? Além disso, a cultura do cancelamento tende a ser seletiva. O que é considerado ofensivo varia de pessoa para pessoa e de contexto para contexto. Um comentário que pode parecer inofensivo para alguns pode ser devastador para outros. Essa subjetividade gera um campo fértil para a hipocrisia, onde muitos que se sentem no direito de cancelar outros podem ter suas próprias falhas ignoradas. Afinal, quem define o que deve ser cancelado e quem merece uma segunda chance? É preciso também considerar o papel da educação. Em vez de simplesmente cancelar, seguir uma onda irresponsável e corrida promovida nas redes, por que não promover diálogos construtivos? As reflexões e as trocas de ideias podem ser ferramentas poderosas para transformar comportamentos e ampliar a compreensão. Corroborar com práticas de “cancelamento” de alguém pode proporcionar uma sensação imediata e estranha de satisfação, ou mesmo uma noção de que é o certo a ser feito, mas o verdadeiro progresso social geralmente se dá através do entendimento e da empatia. Além disso, é essencial refletir sobre como essa dinâmica afeta nossa sociedade como um todo. Em um ambiente onde o medo de ser cancelado predomina, a autocensura pode se tornar um reflexo da cultura do medo. As pessoas podem hesitar em compartilhar opiniões ou se expor a discussões, temendo represálias. Isso não apenas limita a liberdade de expressão, mas também empobrece o debate público. No fim das contas, a cultura do cancelamento nos desafia a encontrar um equilíbrio entre responsabilização e compaixão. Precisamos de um espaço onde possamos discutir nossas diferenças de forma saudável, sem o temor constante de um julgamento sumário. Ao invés de simplesmente cancelar, que possamos nos engajar em diálogos que promovam a compreensão, a cura e, talvez, a mudança. A responsabilidade de moldar essa conversa recai sobre todos nós. Que possamos buscar um caminho que valorize a aprendizagem e o crescimento, em vez da condenação e do silenciamento. Afinal, todos nós estamos em constante evolução e, em última análise, todos merecemos a chance de aprender com nossos erros.

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Oportunidade

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Ministério do Esporte lança 1ª edição do Concurso do Minuto para o Esporte

        O Ministério do Esporte (MEsp) tem como responsabilidade promover o desenvolvimento do esporte no país, incentivando a participação da população e contribuindo para a formação de uma cultura esportiva sólida, com a competência legal de formular e implementar políticas públicas relacionadas ao esporte. Nesse contexto, o órgão promove a 1ª edição do Concurso do Minuto para o Esporte (CME).

Ministério do Esporte lança 1ª edição do Concurso do Minuto para o Esporte

        O Ministério do Esporte (MEsp) tem como responsabilidade promover o desenvolvimento do esporte no país, incentivando a participação da população e contribuindo para a formação de uma cultura esportiva sólida, com a competência legal de formular e implementar políticas públicas relacionadas ao esporte. Nesse contexto, o órgão promove a 1ª edição do Concurso do Minuto para o Esporte (CME).

A meta é promover o esporte de forma inovadora, envolvendo a sociedade de maneira ativa e criativa, além de colocar em prática a promoção da participação social, de forma a alcançar os seguintes objetivos: fomento ao diálogo e participação pública, com a criação de um canal de comunicação direto entre o ministério e a sociedade, permitindo a interação e o compartilhamento de ideias; e ampliação da conscientização sobre o esporte, com a oferta de oportunidade de transmitir mensagens educativas e de conscientização sobre a importância do esporte na saúde, na integração social e no desenvolvimento pessoal.

O cenário atual revela uma crescente busca por atividades que incentivem a interação e a participação social, tendo em vista que o Ministério do Esporte é uma pasta recente, mas de grande apelo popular. O Concurso se alinha a essa necessidade, trazendo a oportunidade de engajamento, identificação e conscientização junto à população e de promoção do esporte de maneira moderna e acessível.

"O Concurso é uma iniciativa que busca aproximar o Ministério do Esporte do cidadão, promovendo não apenas seu engajamento ao evento em si, mas, em especial, uma oportunidade para reflexão e conscientização das pessoas sobre a relevância e o impacto do esporte em suas vidas. Assim, o CME é também um importante meio para que o MEsp possa ter um retorno legítimo e autêntico de anseios, expectativas e compreensão da sociedade sobre o esporte e, possivelmente, sobre as políticas públicas relacionadas", afirma o ouvidor do Ministério, Aureliano Vogado.

CATEGORIAS

As categorias abrangem três dimensões com potencial de suscitar a sensibilização, a conscientização e a reflexão na sociedade sobre os temas envolvidos. Espera-se que os participantes possam se autoidentificar com os temas ou apontar situações em seus ambientes e assim trazer exemplos, por meio dos vídeos, que possam servir de motivação para mudanças para um indivíduo, para uma entidade, para a sociedade de forma geral.

A primeira categoria é Esporte e Saúde - Temática “Como o Esporte mudou a minha vida”. Ela trata da importância da saúde física e mental dos atletas e praticantes de atividades físicas. Os vídeos podem abordar tópicos como treinamento adequado, prevenção de lesões, nutrição, bem-estar emocional e outros aspectos que influenciam a saúde das pessoas por meio do esporte. Aqui cabem, também, vídeos que tratam de superação.

Já a categoria Esporte e Sociedade - Temática “O Impacto do Futebol Feminino no Brasil” permite que os participantes explorem uma variedade de tópicos que envolvem o esporte em relação à sociedade. Isso pode incluir a questão da igualdade de gênero, o papel do esporte no empoderamento das mulheres, o impacto social do esporte, a inclusão de pessoas com deficiência e outros temas relevantes.

Por fim, a categoria Esporte e Integridade - Temática “Jogo Limpo” categoria destaca a importância dos valores éticos no esporte em geral. Os vídeos relacionados aqui podem abordar temas como fair play, combate ao doping, respeito aos árbitros, jogadores, torcidas, conduta dos torcedores, não-manipulação de resultados, crimes do esporte e crimes no esporte, além de iniciativas que promovam a integridade e a honestidade no esporte, entre outros.

PRODUÇÕES DIVERSIFICADAS

A expectativa do órgão nessa primeira edição é um bom engajamento e participação da sociedade em geral, bem como coletar informações, impressões, entendimentos desses atores em relação às temáticas do concurso. Isso pode trazer insumos para melhoria das políticas capitaneadas pelo Ministério e da comunicação/interação do MEsp com a sociedade. O formulário para inscrição estará disponível no dia 28 de outubro.

A exemplo de outros certames de vídeos, produções de todos os gêneros serão aceitas: ficção, clipe, publicidade, animação, (auto) biografia, documentário etc., desde que respeitadas as condições do regulamento e que seja abordado um dos temas. Os vídeos devem ter classificação livre, e não podem apresentar conteúdo que comprometa a imagem e dignidade de menores de idade, conforme as diretrizes da Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Os vídeos produzidos deverão ser obrigatoriamente inéditos e originais. Conforme descrito no edital, todos os vídeos inscritos deverão obedecer a diretrizes referentes a uso de imagem, direitos autorais, não apresentação de materiais obscenos, difamatórios, de cunho eleitoral, sexual, religioso ou político, ameaçadores, sexistas, racistas ou etnicamente ofensivos, ou que violem as leis vigentes no país. Dúvidas podem ser encaminhadas pelo e-mail ouvidoriamesp@esporte.gov.br ou pelo Disque Esporte (0800 942 9100).

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Concurso do Minuto para o Esporte prevê participações em três categorias (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)
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Casas de apostas podem ser proibidas no Brasil

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

As casas de apostas invadiram o Brasil. É praticamente impossível ligar o televisor ou acessar a internet nos tempos atuais e não se deparar com um anúncio de uma bet prometendo dinheiro fácil e “entretenimento responsável” para quem deseja ganhar um troco a mais fazendo uma “fezinha”.

O Brasil é um prato cheio para essas empresas. Primeiro, por conta da cultura da “fezinha”, que toma conta do brasileiro. Seja nas loterias, no popular jogo do bicho ou até mesmo na aposta entre amigos. O sonho de conseguir enriquecer facilmente preenche os sonhos dos brasileiros.

As casas de apostas invadiram o Brasil. É praticamente impossível ligar o televisor ou acessar a internet nos tempos atuais e não se deparar com um anúncio de uma bet prometendo dinheiro fácil e “entretenimento responsável” para quem deseja ganhar um troco a mais fazendo uma “fezinha”.

O Brasil é um prato cheio para essas empresas. Primeiro, por conta da cultura da “fezinha”, que toma conta do brasileiro. Seja nas loterias, no popular jogo do bicho ou até mesmo na aposta entre amigos. O sonho de conseguir enriquecer facilmente preenche os sonhos dos brasileiros.

Em meio ao crescente sucesso das apostas entre os brasileiros, com lucros em alta, escândalos em campeonatos esportivos e prisões de celebridades envolvidas, as plataformas de apostas enfrentam sanções governamentais em busca de regulamentação. Embora as apostas sejam legalizadas no país, elas devem seguir uma série de regras rigorosas.

Regulamentação: tentativas em vão

Na última semana, os muitos sites de apostas que não constam na lista autorizada pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda começaram a ser bloqueados, em sites e operações bancárias, em âmbito nacional pela agência reguladora, a Anatel.  

Ou seja, somente os sites que estão na lista positiva do Ministério da Fazenda terão permissão para operar nacionalmente no Brasil, até dezembro. Atualmente, são 96 empresas com respectivamente 210 bets aptas a permanecer no ar até o fim deste ano.

Embora o governo tenha tomado medidas para bloquear os sites de apostas ilegais no país, a operação conduzida pelo Executivo não tem sido totalmente eficaz. A Anatel tem notificado as operadoras de telefonia e internet sobre os sites que o Ministério da Fazenda solicita derrubar.

No entanto, as plataformas irregulares estão criando páginas com endereços quase idênticos aos bloqueados, mudando apenas alguns caracteres. Em alguns casos, novos sites foram lançados no mesmo dia em que a Anatel divulgou uma lista com mais de dois mil sites de apostas ilegais que deveriam ser bloqueados.

Possível proibição no país

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), mencionou a possibilidade de vetar as casas de apostas no Brasil, caso a regulamentação do setor não traga os resultados esperados. Com isso, até mesmo as apostas legalizadas poderiam ser proibidas no país.

“Se o resultado da legalização das apostas não for positivo, elas devem ser proibidas”, afirmou Alckmin em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite da última segunda-feira, 14. Ele também expressou grande preocupação com o aumento do vício em jogos entre os brasileiros.

Gastos exorbitantes

De acordo com levantamento divulgado pelo BC, os brasileiros gastaram cerca de R$ 20 bilhões por mês com as bets entre janeiro e agosto de 2024. Ao todo, aproximadamente 24 milhões de pessoas fizeram pelo menos um Pix para as empresas de apostas online nos oito primeiros meses deste ano.

Um outro dado extremamente preocupante é que apenas em agosto, a estimativa é a de que cinco milhões de pessoas que pertencem a famílias beneficiárias do Bolsa Família enviaram R$ 3 bilhões às empresas de apostas online, utilizando o Pix. A média de valores gastos por pessoa foi de R$ 100.

O crescimento vertiginoso das bets e seus efeitos deletérios para parte da população não tem sido um problema exclusivamente brasileiro.  Outros países vêm registrando fenômeno semelhante e, em diferentes ritmos, debatendo e adotando regras mais rigorosas.

Hoje as bets são legalizadas em 38 dos 50 estados do Estados Unidos. Uma estimativa do banco Goldman Sachs apontou que, apenas em outubro de 2023, os americanos desembolsaram mais de US$ 1 bilhão em apostas esportivas online - e a projeção é o setor seguir crescendo até alcançar US$ 45 bilhões por ano.

Diversas pesquisas já demonstraram que jovens e pessoas de baixa renda são mais vulneráveis aos impactos negativos das apostas em sua saúde financeira. Amplamente promovido nas redes sociais, com a narrativa de que seria uma oportunidade para aumentar a renda, uma solução rápida para problemas financeiros.

Isso ocorre em grande parte devido à presença massiva que as plataformas de apostas conquistaram. Atualmente, 15 dos 20 clubes de futebol da primeira divisão têm as apostas como uma constante no esporte mais popular do Brasil. Além disso, os próprios campeonatos de futebol foram patrocinados por essas empresas de apostas.

Aliás, a tendência é que essa enxurrada de casa de apostas mude cada vez mais a forma como enxergamos o mundo. Até mesmo, jogadores de futebol, com salários milionários estão envolvidos em denúncias de esquemas de manipulação no noticiário esportivo (vide o caso de Lucas Paquetá no West Ham, da Inglaterra).

As facilidades tecnológicas de hoje tornam tudo mais rápido, prático e muito mais difícil de controlar. Somado ao desejo de ganhar dinheiro fácil e à intensa publicidade nos setores mais influentes do país, as empresas de apostas esportivas têm gerado situações delicadas na sociedade. A grande questão é: proibir, regulamentar ou dar liberdade para que as pessoas decidam?

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Eu também tenho isso

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Assim como não conseguimos enxergar certas partes de nosso próprio corpo sem o auxílio de um espelho, da mesma forma não temos uma visão de algumas características de nosso eu, de nossa maneira de ser como pessoa, sem procurar obter melhor discernimento pessoal ou aprimorar o autoconhecimento.

Assim como não conseguimos enxergar certas partes de nosso próprio corpo sem o auxílio de um espelho, da mesma forma não temos uma visão de algumas características de nosso eu, de nossa maneira de ser como pessoa, sem procurar obter melhor discernimento pessoal ou aprimorar o autoconhecimento.

Isso é importante porque muito do que acontece em nossos relacionamentos na família, com amigos, no trabalho, depende de termos ou não uma visão consciente de como funcionamos nesses relacionamentos. Você pode com frequência provocar ou facilitar a presença de tensão, tristeza, aversão, isolamento, irritabilidade com certas pessoas justamente porque não percebendo características desagradáveis em seu próprio comportamento, age de forma a provocar estes problemas em seus relacionamentos.

Se você quer obter compreensão de si mesmo, o primeiro passo é admitir que precisa melhorar sua autopercepção para ter consciência de que forma você funciona que favorece o surgimento de brigas, discussões e afastamento das pessoas. Pode até estar acontecendo um paradoxo em sua vida hoje, que é você querer estar próxima de indivíduos importantes em sua vida, e se queixar de que eles se afastam de você, sendo que isso pode estar acontecendo por causa de condutas suas que são desagradáveis nesses relacionamentos. Falta, então, discernimento do que você faz ou diz que produzem afastamento das pessoas.

O ponto que quero enfatizar é que mais frequentemente do que gostaríamos, possuímos características ruins parecidas em algum nível com as que pessoas que criticamos em nosso coração, também possuem. Isso é comum acontecer em relacionamentos conjugais, entre pais e filhos, mães e filhos, filhos e seus pais.

Pode ser que o filho com quem você tem mais dificuldade de relacionamento é aquele que tem algumas características de comportamento parecidas com as suas. Você, então, vê no filho ou na filha, no esposo ou na esposa, no pai e na mãe, um comportamento que desagrada e não vê em si mesmo. Isso é um problema porque se você não enxerga que tem este ou aquele jeito de ser que seu parente tem e que você o critica por isso, fica injusto criticá-lo, cria estresse e perturba a harmonia familiar.

Por outro lado, quando começamos a perceber que também temos algumas características ansiosas, depressivas, nervosas, controladoras, mentirosas, agressivas, impacientes ou outra qualquer que a outra pessoa com quem nos relacionamos de perto tem, podemos cobrar menos, pegar leve, perdoar mais, e agir com mais compaixão com ela e com a gente mesmo. E, claro, lutar conscientemente e de forma intencional para vencermos aquele defeito de caráter que agora começa a ficar mais claro para nós mesmos e que só víamos no outro.

Como consequência desse processo de amadurecimento por decisão consciente individual de pensar e refletir sobre como funcionamos, vai ficando mais claro para nós que também temos o que criticávamos na outra pessoa como se só ela tivesse aquela característica comportamental ruim.

Certa vez Jesus Cristo deu uma explicação sobre isso quando falou que podemos ver e criticar a existência de um cisco no olho de outra pessoa e não enxergar o palito no nosso olho (ver Mateus 7:1-5).

A qualidade de vida em nossos relacionamentos pode melhorar bastante na medida em que conseguimos aumentar o discernimento de nós mesmos, de nosso comportamento e abandonamos os erros de nossa conduta que vão ficando conscientes para nós, substituindo-as por atitudes e jeito de falar que promovem a aproximação agradável das pessoas em nosso convívio com elas. Comece com você.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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No pódio

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

AFFM / Friburguense conquista medalhas em etapa

Estadual Individual 12 Toques de Futmesa

A AFFM / Friburguense segue escrevendo os capítulos do livro 2024 nas competições em que participa. A sede do Botafogo Futmesa foi o palco da emocionante 7ª Etapa do Campeonato Estadual Individual da Regra 12 Toques, categoria adulto, organizada pela Federação de Futebol de Mesa do Estado do Rio de Janeiro (Fefumerj).

AFFM / Friburguense conquista medalhas em etapa

Estadual Individual 12 Toques de Futmesa

A AFFM / Friburguense segue escrevendo os capítulos do livro 2024 nas competições em que participa. A sede do Botafogo Futmesa foi o palco da emocionante 7ª Etapa do Campeonato Estadual Individual da Regra 12 Toques, categoria adulto, organizada pela Federação de Futebol de Mesa do Estado do Rio de Janeiro (Fefumerj).

O evento trouxe grandes disputas e alto nível técnico, consolidando o Vasco da Gama como o grande destaque do dia. Porém, cabe uma menção especial ao Tricolor da Serra.
Felipinho, do Vasco, conquistou o título da etapa, coroando uma campanha impecável. Rhaniery, também do Vasco, ficou com o vice-campeonato, reforçando o domínio cruz-maltino na competição. O pódio foi completado por Alessandro, do Fluminense, e Hiago, do Friburguense, que garantiram o terceiro e o quarto lugares, respectivamente.
Na Série Prata, destinada aos jogadores que não avançaram da primeira fase, a vitória ficou com Igor Quintaes, do Vasco, que mostrou grande perseverança para conquistar o título. Bira, do América, ficou com o vice, enquanto Thiel, do Friburguense, e Hiego, do América, ocuparam a terceira e quarta colocações.
Já na Terceira Divisão, Dudu Costa, do Flamengo, sagrou-se campeão, seguido por seu companheiro de equipe, Bruno Machado, que ficou com o segundo lugar. Vitinho, do União, garantiu o terceiro lugar, completando o pódio.
A última etapa do campeonato - Taça Cidade Maravilhosa -, está marcada para o dia 1º de dezembro, prometendo mais uma rodada de grandes emoções e a definição dos campeões da temporada.

Reunião e definições

Foi realizada recentemente uma reunião da Diretoria Geral da Fefumerj, com as seguintes presenças: Claudio Pinho (Presidente); representando a regra Pastilha, Bruno Mestre (Vice Geral); a regra Três Toques, Marcos Moysés (Comissão Star Games), Renato Oliveira (Vice Dadinho), Robson Marfa (Vice Regra 1 Toque), Rafael Marques (Diretor Retrô), Rômulo Violante (Mídias Sociais) e Hércules (Diretor Técnico sectorball / regras internacionais).

Entre as decisões tomadas na reunião, está, por exemplo, a aprovação do valor da anuidade Fefumerj Geral para a temporada 2025, sendo mantido o valor atualmente praticado de R$ 60, até 31 de janeiro, passando para R$ 75 após essa data. Foram aprovados ainda os aportes financeiros para as regras Pastilha e 3 Toques, no valor de R$ 1.000,00.

Segundo a Federação, havendo condições financeiras, o mesmo valor será repassado para as regras 1 Toque, 12 Toques e Dadinho, ainda em 2025.
 

Resultados da 7ª Etapa – Regra 12 Toques:

Primeira Divisão (Série Ouro):
Campeão: Felipinho (Vasco da Gama)
Vice: Rhaniery (Vasco da Gama)
3º lugar: Alessandro (Fluminense)
4º lugar: Hiago (Friburguense)

Segunda Divisão (Série Prata):
Campeão: Igor Quintaes (Vasco da Gama)
Vice: Bira (América)
3º lugar: Thiel (Friburguense)
4º lugar: Hiego (América)

Terceira Divisão (Série Bronze):
Campeão: Dudu Costa (Flamengo)
Vice: Bruno Machado (Flamengo)
3º lugar: Vitinho (União)

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    AFFM / Friburguense teve no pódio na 1ª Divisão, representado por Hiago (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Thiel foi mais um botonista tricolor a se destacar na etapa (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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A mãe, a pátria e a língua

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Zombamos do que somos, depreciamos o que temos

Perguntei a um amigo estrangeiro se, depois de tantos anos vivendo no

Brasil, ele ainda se lembrava da língua natal. A resposta foi ao mesmo tempo

sentida, poética e verdadeira. “Há três coisas de que nunca nos esquecemos”,

disse ele, “a mãe, a pátria e a língua”.

O que se pode dizer sobre as mães que ainda não tenha sido dito, por

poetas, filósofos, religiosos e quem mais se disponha a pensar por um segundo

que seja na própria vida? Como alguém pode contar sua história sem começar

Zombamos do que somos, depreciamos o que temos

Perguntei a um amigo estrangeiro se, depois de tantos anos vivendo no

Brasil, ele ainda se lembrava da língua natal. A resposta foi ao mesmo tempo

sentida, poética e verdadeira. “Há três coisas de que nunca nos esquecemos”,

disse ele, “a mãe, a pátria e a língua”.

O que se pode dizer sobre as mães que ainda não tenha sido dito, por

poetas, filósofos, religiosos e quem mais se disponha a pensar por um segundo

que seja na própria vida? Como alguém pode contar sua história sem começar

pelo começo? E acaso não é a mãe o começo de tudo? E o fim também:

reparem nas visitas aos presídios: o sujeito matou, roubou, violentou, enfim, é

um monstro do qual ninguém quer saber. Mas lá está a mãe, que foi levar pasta de dente e sabonete para o seu menino. Às vezes leva uma arma, um celular, um bilhete do crime dentro do sanduíche. Faz sentido, porque coração de mãe sempre tem amor, mas nem sempre tem juízo.

Mãe só uma, porque mais de uma ninguém aguenta, dizem os piadistas.

Mas, na verdade, para que precisaríamos de duas ou três, se, como me disse

uma conhecida, uma só mãe cuida de dez filhos, embora dez filhos nem

sempre cuidem da mãe.

...................

Ao que se sabe, o brasileiro é o único povo que gosta de falar mal de si

mesmo. Podemos criticar os outros, mas para zoar e ridicularizar não

precisamos sair daqui. Tem até uma anedota mais ou menos assim: fizeram

uma pesquisa internacional com a seguinte pergunta: “Responda

honestamente, por que sobra comida em alguns países, enquanto o resto do

mundo passa fome”? Não foi possível chegar a uma conclusão porque: a) os

africanos não sabiam o que era comida; b) os europeus não sabiam o que era

fome; c) os americanos não sabiam o que era o resto do mundo; d) os

brasileiros não sabiam o que era honestamente.

Zombamos do que somos, depreciamos o que temos. Quando no

estrangeiro, no entanto, parodiando Tom Jobim, acabamos por concluir que lá

fora é ótimo, mas é uma porcaria; aqui é uma porcaria, mas é ótimo.

........................

Dizemos que nosso idioma é muito difícil. Difícil para quem? Para os

alemães? Os chineses? Pode ser que o basco seja pior, tanto que se diz que,

quando Deus quis castigar o diabo, obrigou-o estudar basco por sete anos. Os

brasileiros desde criancinha falam português sem problema, e todo mundo se

entende. O que se pode dizer com alguma verdade é que a gramática “oficial”

da língua português é complicada.

Recentemente li um artigo sobre estrangeiros que vieram ao Brasil e se

apaixonaram pelo país e, espantoso, pelo idioma. Alguns depoimentos (*):

Mathew Shirts, americano: “A facilidade com que se brinca com a língua

portuguesa e sua musicalidade é admirável”. Yan Liang, chinesa: “No

português, falamos e a pessoa escreve mais fácil. A sonoridade encanta, além

de a gramática ser muito mais rica”.

Para o alemão Rolf Udo Zelmanowics a palavra “estacionamento” é a palavra mais bonita da nossa língua: “É só repetir bem devagar, saboreando cada sílaba, para perceber a sonoridade”. Se eles podem aprendê-la e gostar dela, tendo-a conhecido já adultos, por que não nós, que já nascemos com ela em nossos ouvidos, e “mãe” foi a primeira palavra que pronunciamos?

*Citados na revista Língua Portuguesa, ano 1, número 9, 2006.

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Por que os banheiros públicos são tão sujos?

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Esse é um tema que sempre tive vontade de abordar, mas sempre evitei. No entanto, é uma constatação. Os sanitários públicos, tanto os femininos ou masculinos, não importa, a imundície é a mesma. Aliás, pelos comentários da minha esposa, os do sexo oposto são ainda mais sujos. Seja em restaurantes, bares, cinemas ou teatros, aeroportos ou estações rodoviárias ou ferroviárias, a sujeira nos banheiros públicos é a mesma.

Esse é um tema que sempre tive vontade de abordar, mas sempre evitei. No entanto, é uma constatação. Os sanitários públicos, tanto os femininos ou masculinos, não importa, a imundície é a mesma. Aliás, pelos comentários da minha esposa, os do sexo oposto são ainda mais sujos. Seja em restaurantes, bares, cinemas ou teatros, aeroportos ou estações rodoviárias ou ferroviárias, a sujeira nos banheiros públicos é a mesma. E não é uma questão de classe social, pois da última vez que viajamos, utilizamos a sala vip do aeroporto de Brasília e o comentário da Oneli, ao sair do toilette, foi o de que ele estava imundo.

Será que na casa das pessoas se dá o mesmo desleixo, ou estamos diante daquela constatação de que o que é público não é para ser conservado? No caso dos homens é raro encontrar um vaso sanitário em que a descarga tenha sido acionada após o seu uso, o que deixa um odor fedido muito forte; o mesmo se dá com os mictórios que não têm descarga automática. Aliás, um outro problema desses utensílios é a falta de uma altura padronizada; para pessoas baixas como eu, muitas vezes seria necessária uma escadinha para acertar no alvo corretamente.

Em locais mais movimentados, existe um contingente maior de empregados que se ocupam da conservação desses locais, mas basta um intervalo maior para que a imundice impere. Claro está, como já citei, que no Brasil, pelo fato de ser público é para não ser conservado, mas me parece que o que acontece mesmo é a falta de educação do povo. Basta ver a sujeira que impera nas ruas, calçadas, praias e locais públicos das cidades brasileiras, principalmente do Rio de Janeiro para cima. É como se tivéssemos dois brasis, de São Paulo para baixo, onde a colonização mais europeia moldou o “modus vivendi” da população, a educação do povo é uma; do Rio de Janeiro para cima, com raras exceções, sai de baixo. O problema é que, como na Europa, a chegada de gente de fora está fazendo a diferença, para pior.

Em nossas casas, pelo menos deveria ser assim, sempre que terminamos uma necessidade fisiológica, seja o número um ou o dois, dar a descarga no vaso sanitário é um ato reflexo. E, na maioria das vezes, lavamos nossas mãos, pois isto é uma questão de higiene. O problema é que muitos, principalmente em banheiros públicos, saem sem o fazê-lo e, talvez, por isso, não apertem a descarga para não sujarem às mãos. Não devemos nos esquecer que ao acionarmos a válvula de despejo, o vaso sanitário deverá estar com a tampa abaixada, pois uma névoa de vírus e bactérias se espalha pelo ambiente e permanece por um tempo nas superfícies, em especial no próprio vaso, o que aumenta o risco de contaminação.

Ao contrário do que se imagina, a forma mais comum de contaminação por doenças em banheiros compartilhados não é sentando-se no vaso e, sim, através da via fecal-oral. “Vamos supor que você encostou na parede onde outra pessoa com as mãos sujas de fezes também encostou. Depois, você não higieniza corretamente as mãos e acaba levando-as à boca. Dessa forma, pode acabar se contaminando”, explica a dra. Marianna Bezerra, infectologista em São Paulo. A infecção pela hepatite A acontece principalmente dessa forma, assim como vírus e bactérias intestinais que podem causar vômito, diarreia e dor abdominal.

Sentar-se em bancas públicas não é um bom negócio a não ser que haja uma necessidade premente. Caso isso seja necessário, seque o vaso com papel higiênico e se não houver o papel proteja a tampa, cubra a mesma com papel higiênico. Mas, nunca se esqueça de lavar as mãos, quando terminar.

Nós, brasileiros, deveríamos mudar nossa visão de mundo e lembrarmos sempre de que um povo educado é mais saudável, higiênico e bem vindo, mas que o que é público é de todos e deve ser conservado como se fosse nosso.

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Capital do skate

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Competição mundial de skate retorna ao Rio de Janeiro

Competição mundial de skate retorna ao Rio de Janeiro

Depois do sucesso no último ano, o Estado do Rio de Janeiro será novamente palco de uma das maiores celebrações do skate mundial, com a realização do STU Pro Tour Rio 2024, que ocorre até o próximo domingo, 20, na Praça Duó, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense, com apoio do Governo do Estado por meio da Lei estadual de Incentivo ao Esporte. Considerado um dos principais eventos de skate do mundo, o STU Pro Tour promete reunir alguns dos melhores skatistas da atualidade, tanto nacionais quanto internacionais, em uma competição que celebra a evolução e a diversidade do esporte.

“Receber o STU Open Rio é uma grande honra para o Estado do Rio, reforçando a capital como um polo de esportes urbanos e de inovação. O evento não só celebra o skate, mas também promove a cultura urbana em todas as suas formas, unindo esportistas, artistas e o público em uma experiência única. É um exemplo de como o esporte pode transformar e conectar comunidades”, disse o secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani.

Atuais campeões mundiais, Rayssa Leal (Street), Augusto Akio, o Japinha, Raicca Ventura (Park) e Gui Khury (Vertical) estarão em ação no STU Pro Tour Rio para animar ainda mais os fãs do esporte. Depois de uma temporada em que o foco era total na corrida olímpica rumo aos Jogos de Paris 2024, onde conquistou a medalha de bronze, Rayssa Leal disputará sua primeira competição em solo brasileiro do ano no Rio, o que a deixa ainda mais motivada.

“Estou muito feliz em voltar a competir no Brasil, ainda mais no STU do Rio, onde fui muito feliz nos últimos anos. A vibe é incrível, o visual é lindo, o público torce demais e é sempre um campeonato de alto nível. Sempre é bom estar com os amigos na nossa casa”, disse Rayssa, atual tricampeã do STU Open Rio.

Organizado pela Plataforma STU, que tem sido essencial no crescimento do skate global, o evento vai além das manobras radicais. Nesta edição, o STU Pro Tour também se firma como um festival completo de cultura urbana, trazendo shows, exposições de arte, moda, e uma variada oferta de comida de rua, garantindo entretenimento para todos os públicos.

“Sempre foi um desejo nosso levar a experiência completa que o STU entrega para o mundo. O Rio de Janeiro, palco de momentos épicos em nossa história, será a cidade anfitriã do lançamento do STU Pro Tour, que ganha vida para levar o skateboarding para uma posição ainda mais relevante no cenário esportivo mundial”, afirmou Diogo Castelão, idealizador e fundador do STU.

O destaque desta edição fica por conta da grande final do STU On Tour, um campeonato híbrido que combina etapas online e presenciais, e que culminará na decisão ao vivo durante o evento.  Com apoio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, o evento não só impulsiona o esporte no estado, mas também fortalece a conexão entre o público e a cultura do skate, mostrando sua força e relevância no cenário esportivo e cultural global.

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    Modalidade em franco crescimento e já vitorioso nas Olimpíadas, o skate é atração até domingo (Foto: Fylipe Telheiro / Secretaria Estadual de Esporte e Lazer)

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    Em busca do tetra, Rayssa Leal é uma das estrelas presentes à mais uma edição do evento no Rio (Foto: Fylipe Telheiro / Secretaria Estadual de Esporte e Lazer)

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