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O príncipe sensato

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Comentavam os apóstolos, entre si, qual a conduta mais aconselhável diante do Todo Poderoso, quando o Mestre narrou com brandura:

Comentavam os apóstolos, entre si, qual a conduta mais aconselhável diante do Todo Poderoso, quando o Mestre narrou com brandura:

— “Certo rei, senhor de imensos domínios, desejando engrandecer o espírito dos filhos para conferir-lhes herança condigna, conduziu-os a extenso vale verdoengo e rico de seu enorme império e confiou a cada um determinada fazenda, que deviam preservar e enriquecer pelo trabalho incessante. O pai desejava deles a coroa da compreensão, do amor e da sabedoria, somente conquistável através da educação e do serviço; e, como devia utilizar material transitório, deu-lhes tempo marcado para as construções que lhes seriam indispensáveis, mais tarde, aos serviços de elevação. Assim procedia, porque o vale era sujeito a modificações e chegaria um momento em que arrasadora tempestade visitaria a região guardando-se em segurança apenas aqueles que houvessem erguido forte reduto. Assim que o soberano se retirou, os filhos jovens, seguidos pelas numerosas tribos que os acompanhavam, descansaram, longamente, deslumbrados com a beleza das planícies banhadas de sol. Quando se levantaram para a tarefa, entraram em compridas conversações, com respeito às leis de solidariedade, justiça e defesa, cada qual a exigir especiais deferências dos outros. Quase ninguém cuidava da aplicação dos regulamentos estabelecidos pelo governo central. Os príncipes e seus afeiçoados, em maioria, por questões de conforto pessoal, esmeravam-se em procurar recursos sutis com que pudessem sonegar, sem escândalos visíveis entre si, os princípios a que haviam jurado obediência e respeito. E tentando enganar o magnânimo pai, por meio da bajulação, ao invés de honrá-lo com o trabalho sadio, internaram-se em complicadas contendas, em torno de problemas íntimos do soberano.”

Gastaram anos a fio, discutindo-lhe a apresentação pessoal. Insistiam alguns que ele revelava no rosto a brancura do lírio, enquanto outros perseveravam em proclamar-lhe a cor bronzeada, idêntica à de muitos cativos de Sídon. Muitos afirmavam que ele possuía um corpo de gigante e não poucos exigiam fosse ele um anjo coroado de estrela.

Ao passo que as rixas verbais se multiplicavam, o tempo ia-se esgotando e os insetos destruidores, infinitamente reproduzidos, invadiram as terras, aniquilando grande parte dos recursos preciosos. Detritos desceram de serras próximas e fizeram compacto acervo de monturo naquelas regiões, enquanto os príncipes levianos, inteiramente distraídos das obrigações fundamentais que lhes cabiam, se engalfinhavam, a todo instante, a propósito de ninharias.

Houve, porém, um filho bem-avisado que anotou os decretos paternais e cumpriu-os. Jamais esqueceu os conselhos do rei e, quanto lhe era possível, os estendia aos companheiros mais próximos. Utilizou grande número de horas que as leis vigentes lhe concediam ao repouso e construiu sólido abrigo que lhe garantiria a tranqüilidade no futuro, semeando beleza e alegria em toda a fazenda que o genitor lhe cedera por empréstimo. E assim, quando a tormenta surgiu, renovadora e violenta, o príncipe sensato que amara o monarca e servira-o, desvelado e carinhoso, estendendo-lhe as lições libertadoras, pela fraternidade pura, e cumprindo-lhe a vontade justa e bondosa, pelo trabalho de cada dia, com as aflições construtivas da alma e com o suor do rosto, foi naturalmente amparado num santuário de paz e segurança que os seus irmãos discutidores não encontraram.

Doce silêncio pairou na sala singela...

Decorridos alguns minutos, o mestre fixou os olhos lúcidos na pequena assembléia e concluiu:

— Quem muito analisa, sem espírito de serviço, pode viciar-se facilmente nos abusos da palavra, mas ninguém se arrependerá de haver ensinado o bem e trabalhado com as próprias forças em nome do pai celestial, no bendito caminho da vida.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

 

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Tendência

terça-feira, 16 de junho de 2020

Para pensar:
"Numa só semente de trigo há mais vida do que num montão de feno.”
Khalil Gibran

Para refletir:
“O amor não age com interesses; o egoísmo é falta de amor. O amor vive de dar e perdoar e o egoísmo vive de tomar e esquecer."
Sathya Sai Baba

Tendência

Para pensar:
"Numa só semente de trigo há mais vida do que num montão de feno.”
Khalil Gibran

Para refletir:
“O amor não age com interesses; o egoísmo é falta de amor. O amor vive de dar e perdoar e o egoísmo vive de tomar e esquecer."
Sathya Sai Baba

Tendência

Em nossa edição do último fim de semana a coluna manifestou seu entendimento de que o Judiciário deve começar em breve a sinalizar alguma margem para flexibilização da quarentena, mas limitações de tempo e espaço não permitiram desenhar, naquela altura, uma mapa um pouco mais preciso do que já está se passando.

Hoje, com mais calma, podemos ampliar um pouco mais.

Exemplo

Um exemplo que parece ser relevante diz respeito ao pagamento de pensões alimentícias.

Neste momento o Judiciário tem em mãos um grande abacaxi para descascar, uma vez que muitos pais perderam o emprego ou a renda em decorrência da paralisação econômica, e subitamente se viram sem condições de honrar os pagamentos.

Todos sabemos que esse é o tipo de situação que frequentemente acaba redundando em reclusão, mas é evidente que em muitos dos casos relacionados à Covid isso não seria nem justo nem eficiente para resolver o problema.

E então, o que fazer?

Pior dos cenários

Parece evidente, a essa altura, que falhas cruciais, antes e durante o período de isolamento, condenaram o Brasil ao pior dos cenários.

O histórico de desvios e péssimas administrações nas três esferas de governo não permitiram o necessário acúmulo de gordura econômica para o enfrentamento adequado de um problema de tal magnitude, de modo que, desde o início, o Governo Federal se declarou incapaz de (ou indisposto a) financiar o isolamento que todos sabiam ser necessário.

Oportunidade perdida

A defesa de tal posicionamento, todavia, se deu de maneira absolutamente controversa, para dizer o mínimo, recorrendo ao negacionismo científico, a desrespeitos públicos a recomendações de especialistas, e ao acirramento da polarização.

Em resumo: perdemos uma oportunidade única de retomada do diálogo ou, que fosse, de direcionarmos as divergências a uma disputa producente em torno de qual grupo seria capaz de dar os melhores exemplos.

Casa de palha

Como resultado, fizemos um isolamento cheio de furos que não rendeu os frutos sanitários necessários, mas manifestou todos os seus efeitos colaterais sobre uma economia que não foi devidamente protegida.

Agora, começamos a retomar as atividades econômicas não porque o problema já foi devidamente superado, mas porque não parece mais haver meios para sustentar esse tipo de mobilização em meio ao cenário de esgotamento e descrença em que estamos mergulhados.

Infelizmente, o coronavírus encontrou o Brasil em meio a sintomas severos de alguma doença autoimune.

Pesquisa confiável

Felizmente, por outro lado, também há notícias boas, e elas nascem dos mananciais que jamais nos abandonaram.

Ricardo Fabbri, professor permanente de Engenharia da Computação do Instituto Politécnico da Uerj em Nova Friburgo, informa a coluna a respeito da elaboração de “um guia confiável a respeito de imunidade, resultado de uma extensa revisão bibliográfica junto a imunologistas e médicos, incluindo vitaminas, alimentos e pequenas medidas seguras que possam ajudar a reduzir as chances e o tempo de infecção pelo novo coronavírus.”

Aspas

“Escrevi o artigo com apoio de médicos e imunologistas. Mas, como não sou médico, me limitei a suplementos seguros e não falo de remédios de uso restrito. Participo de grupos emergenciais de pesquisa em Covid-19 da Uerj/UFF e UFRJ, e estamos continuamente submetendo projetos de pesquisa sobre imunologia computacional ao CNPq, Capes e Faperj.”

Método

“Para o guia fiz um levantamento em todos os papers da Nature, Cell, The Lancet e outras revistas centrais que saíram desde o início da pandemia, e recortei referências a esses suplementos. A primeira página foi escrita para ser útil a toda a população, e logo abaixo dela há os links para o meu Research ID  (Orcid) e o DOI para que não pareça fake news.

Compartilhei o artigo com alguns especialistas em detectar fake news e obtive impressão positiva. Tudo que é citado na primeira página é justificado com referências. Desta forma, não emiti opinião de saúde, apenas repasso, como um repórter.”

Raridade

Ricardo esclarece ainda que eventuais opiniões ou informações de menor confiabilidade aparecem discriminadas em cinza claro nas justificativas.

O guia pode ser visto através do seguinte D.O.I. (Digital Object Identifier): https://doi.org/10.5281/zenodo.3880105 .

Em meio a um volume tão grande de informações falsas ou duvidosas, ter entre nós pesquisadores sérios é como encontrar água fresca no meio do deserto.

Por falar nisso...

Ivan Napoleão, também professor titular do precioso IPRJ, é o solicitante de um projeto conjunto dos campi da Uerj e da UFF em Nova Friburgo que acaba de vencer edital emergencial da Faperj voltado a financiar pesquisas com potencial para combater os efeitos da Covid-19.

Em essência, o projeto trata da “evolução da indústria da moda, metal-mecânica e universidades de Nova Friburgo para o desenvolvimento e produção de EPIs e equipamentos odonto-médico-hospitalar no enfrentamento da Covid-19”.

Criatividade

Em meio aos obstáculos que se apresentam a todos nós nestes dias desafiadores, a criatividade para se reinventar parece uma característica crucial para a superação da crise econômica cujos efeitos apenas estamos começando a experimentar.

A esse respeito a coluna registra um exemplo bastante interessante, envolvendo o friburguense Victor Malhard Sayão.

Mais exemplos

Analista de sistemas, com atuação em TI e diversos cursos de especialização, Victor investiu os recursos de uma rescisão trabalhista na montagem de uma empresa, vejam só, de higienização e impermeabilização de estofados atuando por delivery, atendendo a lares, empresas e até mesmo veículos em nossa região.

O colunista torce para que o empreendimento dê certo, e abre espaço para registrar outros exemplos de criatividade que possam servir de estímulo a nossos empreendedores.

Certamente, precisaremos de muitas histórias como esta nos próximos anos.

Sem pressa

Hoje tem sessão na Câmara Municipal, e a ordem do dia traz a mesma dinâmica que tem marcado o mandato atual: enquanto os vereadores Isaque Demani e Cascão apresentam dois requerimentos de informação (a respeito do cumprimento da lei municipal 4.099/12 e das ações efetivadas pela Subsecretaria do Bem Estar Animal (Subea); e sobre a reforma do Centro Cultural César Guinle – antiga rodoviária urbana, respectivamente), o Executivo Municipal apresenta também dois requerimentos de dilação de prazo para envio de respostas a requerimentos aprovados anteriormente, propostos respectivamente por Johnny Maycon e Professor Pierre.

Insatisfatório

A rigor, tem sido sempre assim.

O plenário aprova os requerimentos, mas não conserva a unidade no momento de cobrar respostas satisfatórias, e dentro do prazo.

Toda essa dinâmica por vezes parece ganhar ares de encenação, e o resultado está longe de ser satisfatório ou demonstrar verdadeiro compromisso com a transparência.

Mais respostas

Pouco após o fechamento da edição do último fim de semana a coluna recebeu mais respostas ao desafio, enviadas por Manoel Pinto de Faria, Gilberto Éboli, Igor dos Santos e Lauro Éboli.

A eles os parabéns, e o agradecimento pela parceria de sempre.

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O jornal A VOZ DA SERRA é um excelente parceiro de viagens!

terça-feira, 16 de junho de 2020

O último sábado, 13, além de ter sido dedicado a Santo Antônio, foi o Dia Nacional do Turista e o Caderno Z nos garantiu uma excelente viagem a bordo de suas páginas, sempre atraentes. A VOZ DA SERRA é um roteiro especial, por onde começei a viagem sem botar os pés fora de casa. O setor turístico, também abalado pela crise do coronavírus, indica: “A pandemia vai passar; o turismo não”. Ouço dizer que o turismo nas calçadas da Alberto Braune está intenso. Talvez muita gente esteja agora conhecendo os encantos da cidade. Pode ser isso, uma sede inconsequente de andar na rua.

O último sábado, 13, além de ter sido dedicado a Santo Antônio, foi o Dia Nacional do Turista e o Caderno Z nos garantiu uma excelente viagem a bordo de suas páginas, sempre atraentes. A VOZ DA SERRA é um roteiro especial, por onde começei a viagem sem botar os pés fora de casa. O setor turístico, também abalado pela crise do coronavírus, indica: “A pandemia vai passar; o turismo não”. Ouço dizer que o turismo nas calçadas da Alberto Braune está intenso. Talvez muita gente esteja agora conhecendo os encantos da cidade. Pode ser isso, uma sede inconsequente de andar na rua.

Mas, sabemos que, como num dominó, uma pedra mexida, e pronto, lá se tomba toda uma estrutura. E o Turismo não ficaria de fora desse tombo. O fato incontestável é que a pandemia abriu caminhos pelo mundo e fechou fronteiras. Como bem disse Júlio Cesar Matos Henrique, presidente/fundador da Associação de Cicerones e Guias de Turismo de Nova Friburgo, “perdemos nossa essência, descobrimos outros atrativos, agora nos falta reinventarmos o potencial que temos”.

Essa reinvenção vale para tudo e para todos nós. Enquanto Sandra Ferro, da agência Flybourg e Ana Claudia Balsa, da Genebra Turismo, aguardam dias melhores para a retomada das atividades turísticas, o jeito é seguir firme, resolvendo as demandas emergenciais. Seguindo Wanderson Nogueira, “o importante é ter o coração perto para acumular no cérebro tudo o que realmente nos alegra e aniquila depressão e ansiedade”.

Se uns setores vão mal, outros reagem e descobrem novos modos de superação. Flávio Stern, proprietário do restaurante Trilhas do Araçari, observa que a quarentena trouxe uma preocupação maior com a alimentação e as pessoas procuram os orgânicos até para reforçar a imunidade. Ana Carolina Ribeiro, agricultora orgânica, alerta: “A natureza é uma forma de inteligência que o homem ainda não compreende”.

O tema ainda ganhou uma página dupla, lindamente colorida, reunindo produtores de orgânicos. Muita sensibilidade para que possamos entender os benefícios da alimentação natural. Marcelo Meirelles, que mudou seu estilo de vida, passou de designer de moda para agricultor, está feliz da vida no sítio da família. Ele e a companheira tiveram o primeiro filho, em agosto de 2019, “ele com 56 e ela com 43 anos”. Marcelo ressalta: “A sociedade se habituou a tomar remédio pra tudo, quando na verdade os remédios sãos os nossos alimentos”. Parece que perdemos o fio condutor da cura natural.

Em “Sociais”, só geminianos queridos aniversariando: Meu primo Juca Berbert, Girlan Guilland, meu amigo que rima com Aldebaran, Adriana Oliveira, musa linda de todos os tempos e Ana Paula, a musa de Fernando Moreira. O time dos natalícios em junho é forte mesmo e parabéns a todos com votos de muitas felicidades.

“Há 50 anos”, a venda do leite em saquinho parecia não ir adiante na cidade, que se tornaria “campo livre” para “qualquer produtor” que quisesse colocar seu produto aqui, desde que houvesse qualidade nos padrões exigidos pelo Governo Federal. As notícias para o ano 2020 serão bem outras: “Nova Friburgo recebe 29 respiradores”, aumento de casos e mortes por Covid-19, flexibilização,  aglomerações “de turistas sem máscaras” em Lumiar. Penso que vamos deixar uma pauta bem pesada. Contudo, também será destaque – “Nova Friburgo tem mais de 40 mil pessoas idosas”. Que beleza!

Em “Massimo”, a máxima de Denis Diderot é um convite para a reflexão: “O que é a virtude? É, seja qual for o aspecto pela qual a encaremos, um sacrifício de nós mesmos”. Atualmente, então, virtude pode ser o sacrifício de seguir as medidas restritivas para conter a pandemia; o sacrifício de usar máscara, de manter distanciamento, de evitar aglomerações, de sair de casa somente quando de extrema urgência. Virtude também pode ser respeitar o momento de tantas perdas humanas e pensar nas famílias com suas dores. Virtude seria também um minuto de silêncio, diário,  pensando na própria vida e na vida do seu semelhante! O “sacrifício” dessas virtudes pode ajudar a conter a pandemia!

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Sete décadas de união

terça-feira, 16 de junho de 2020

A tradicional família Thurler celebra uma data extremamente marcante e rara nos dias de hoje: os 70 anos de feliz união matrimonial que o casal da foto, Sebastião Donato Thurler & Maria Daudt Thurler completa amanhã, 17, para total felicidade de seus oitos filhos, genros, noras, netos e bisnetos.

Ao casal Donato e Maria, com imensa satisfação da coluna e também de todos os parentes e amigos, enviamos os mais carinhosos e especiais parabéns pela celebração das Bodas de Vinho, uma estupenda marca do amor eterno que os une.

Trio aniversariando

A tradicional família Thurler celebra uma data extremamente marcante e rara nos dias de hoje: os 70 anos de feliz união matrimonial que o casal da foto, Sebastião Donato Thurler & Maria Daudt Thurler completa amanhã, 17, para total felicidade de seus oitos filhos, genros, noras, netos e bisnetos.

Ao casal Donato e Maria, com imensa satisfação da coluna e também de todos os parentes e amigos, enviamos os mais carinhosos e especiais parabéns pela celebração das Bodas de Vinho, uma estupenda marca do amor eterno que os une.

Trio aniversariando

Ao longo desta semana, três amigos queridos do colunista vão somar mais um ano de vida: na quinta-feira, 18, os parabéns vão para o gentleman Renildes Roberto Reis; na sexta-feira, 19, será a vez de um dos dedicados advogados da Prefeitura de Nova Friburgo, dr. Rodrigo Lima Carvalho e no sábado, 20, quem vai assoprar as velas do bolo de aniversário será o conceituado advogado, dr. José Cosme Madeira.

Em dose tripla de felicidades, satisfações e alegrias, parabéns aos aniversariantes.

Vivas para a Sueli

 No último domingo, 14, mesmo em meio ao isolamento social em virtude da pandemia, a querida amiga Sueli Narazeth Baiense Rodrigues, celebrou mais um ano de vida.

 Aí na foto, a Sueli aparece junto ao marido Alberto Robson, ao qual nos juntamos para felicita-la com votos de felicidades como ela merece.

Simples assim, ou não?

Com a flexibilização prestes a se tornar realidade e de forma ordenada para que não venhamos a estar submetidos a mais riscos quanto ao coronavírus, fica claro mais uma vez, que a população, empresários e comerciantes, fazem aquilo que as autoridades não têm conseguido.

Sem condições de oferecer mais leitos e melhor estrutura de saúde pública, nem mesmo os testes em massa... assim com as coisas voltando ao normal, as indústrias, empresários e comerciantes se organizam para submeter seus funcionários aos testes de Covid-19, aferições da temperatura corporal e uso obrigatório de máscaras e aplicações de álcool em gel.

Dias de comemorações

Entre as datas comemorativas desta semana, amanhã, 17, é o “Dia do Funcionário Público aposentado”; na quinta-feira, 18, é o “Dia do Químico” e o “Dia da Imigração Japonesa” e na sexta-feira, 19, é o “Dia do Cinema Brasileiro”. Por fim, no sábado 20, “Dia do Revendedor” e “Dia do Vigilante”. Parabéns para todas essas classes.

Com nova idade

Felicitações ao conhecido Gabriel Domingos, colega da imprensa esportiva e grande goleiro que marcou época no futebol do passado, atuando por diversos clubes e também a seleção friburguense.

Ontem, 15, o querido Gabriel completou seu 82° aniversário. Parabéns com louvor e os nossos sinceros votos de saúde e paz.

  • Foto da galeria

    Setenta anos de casados (CASAL SR. SEBASTIÃO DONATO THURLER E DONA MARIA D. THURLER)

  • Foto da galeria

    Vivas para a Sueli (ROBSON COM SUA ESPOSA SUELI, ANIVERSARIANTE)

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Caixas de medo

segunda-feira, 15 de junho de 2020

 

Nestes tempos de pandemia, certa madrugada, lá pelas 3 horas, fui
tomada por um medo indefinido, sei lá de quê. Tentei encontrar em minha volta
um motivo que pudesse me causar tal sensação. Nada havia. Um diálogo entre
o escuro e uma gata, contido no livro de Mia Couto, então, O Gato e o Escuro,
editado pelo Grupo Companhia das Letras, em 2008, guiou minhas reflexões a
respeito. Ah, como a literatura infantil guarda sabedoria.

 

Nestes tempos de pandemia, certa madrugada, lá pelas 3 horas, fui
tomada por um medo indefinido, sei lá de quê. Tentei encontrar em minha volta
um motivo que pudesse me causar tal sensação. Nada havia. Um diálogo entre
o escuro e uma gata, contido no livro de Mia Couto, então, O Gato e o Escuro,
editado pelo Grupo Companhia das Letras, em 2008, guiou minhas reflexões a
respeito. Ah, como a literatura infantil guarda sabedoria.

— Dentro de cada um há o seu escuro. E
nesse escuro só mora quem lá inventamos.
— Não estou claro, Dona Gata.
— Não é você que mete medo. Somos nós que
enchemos o escuro com nossos medos.

Ao estarmos mais aquietados, podemos encontrar tempo de abrir nossas
caixas de medo para compreendê-los. Para cuidar deles. Tratá-los, para
melhor dizer.

***

Num piscar de olhos, a pessoa é tomada por um estado emocional ante
uma situação que possa lhe fazer mal. Ou coloque em risco sua integridade
física, emocional e moral. O medo, assim, toma conta de alguém como um
invasor que assola os pensamentos, arrepia o corpo e dá um nó cego na alma.
Há sempre motivos, mas a maioria é aumentado nos meandros do imaginário.
Ah, como ele é competente para acabar com a alegria e a sensação de bem-
estar! Se na cozinha, na rua ou no trabalho, é um indesejável companheiro que
finca o pé ao lado de alguém e faz questão de assustar. Pressionar. Restringir.
Às vezes, não se sabe ao certo o que ele anuncia. Muitas vezes, pode
embrulhar traições, ser feito de abandonos e perdas. Ser resultante de
agressões, físicas ou não. O certo é que sempre revela uma ameaça. Além do
mais, as caixas de medo podem até juntar todos os buracos negros que foram

feitos ao longo da vida, que geram uma sensação descomunal de temor e
desamparo. Nossas costas não são largas o suficiente para dissipá-los, e, na
maior parte, nos curvamos ante aos tantos espantos que provocam. Dele
podemos nos tornar escravos com enorme facilidade.
Não é preciso ter noite fria, nem madrugada escura para o medo surgir,
que sempre traz um presságio, daqueles que contraria a vontade que se tem
de estar tranquilo. Mesmo se fraco ou falso, mesmo se poderoso ou amargo, o
medo não tem hora, nem lugar para nos encruar. É sedento e empombado
como a dor de dente. Sequestra nossa mente, espalha-se poderosamente por
todos os pensamentos e abandona-nos à solidão. O medo se alimenta da
reclusão e gosta de ser guardado em segredos. Quem está sob o estado de
temor vive numa angústia que transpassa o coração, às vezes por um longo
tempo, quiçá a vida inteira. Quem o tem, conhece bem a sua maldade.
Quem o sente precisa de alento, mas nunca deve ser considerado como
um pobre coitado. É preciso enfrentá-lo!, com coragem e determinação. É
verdade, este sentimento tem eficiência para inibir a inteligência e a
criatividade. Entretanto, se aceito e entendido, quem o domina é capaz de
reunir condições para superar os desafios nele contidos. Para tornar-se pessoa
liberta e feliz.
Sim, senhor! O tempo que a pandemia nos oferece pode nos ser
produtivo!

***

Eu tenho medo de unha encravada, pois conheço a imensidão desta dor!
Mas confesso que não gosto dos fantasmas vivos, que sabem roubar a
esperança com maestria e mentem com a cara mais lavada deste mundo, que
possuem mais crueldade do que qualquer bondade. São tão assustadores que
escondem os piores malfeitos atrás de sorrisos sedutores.
E o maior dos medos, o da morte. Querem saber? Não me preocupo com
a minha morte, mas não quero perder as pessoas que amo. Nem meus
cachorros e minhas borboletas.

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Áudio de WhatsApp

sábado, 13 de junho de 2020

O intestino é o nosso segundo cérebro, por isso é tão importante o que comemos. Foi o que li e concluí de uma entrevista com uma nutricionista especialista no efeito que os alimentos causam, inclusive, depressão e ansiedade. Contrariando os estudos, chocolate e queijos me causam imensa felicidade. Mas sim, eu acredito na força da tese de que somos aquilo que nos alimentamos. Mas sim, sou um indisciplinado. 

O intestino é o nosso segundo cérebro, por isso é tão importante o que comemos. Foi o que li e concluí de uma entrevista com uma nutricionista especialista no efeito que os alimentos causam, inclusive, depressão e ansiedade. Contrariando os estudos, chocolate e queijos me causam imensa felicidade. Mas sim, eu acredito na força da tese de que somos aquilo que nos alimentamos. Mas sim, sou um indisciplinado. 

O cérebro em si... Se para o segundo cérebro (o intestino), o que comemos é tão determinante, para o primeiro (o cérebro mesmo), me parece ser muito importante aquilo que vemos, ouvimos, guardamos. E, acumulamos muito lixo, tanto quanto consumimos muitas meias verdades que na frente formam exército de verdades inteiras, absolutas e autoritárias. No mundo virtual, há preocupação com o lixo que entope as nuvens dos mais gigantes servidores. Nós, como coletividade e indivíduos, também estamos assim: carregados de acúmulos que tomam espaço na nossa massa cinzenta, que sobrecarregada, já não processa tudo como deveria.

Há poucos dias, um amigo - grande amigo mesmo, desses que não são amigos só pela longa data de convivência, mas de ser padrinho de casamento, de contar segredos e tal -  me enviou um áudio de sete minutos e dezesseis segundos no WhatsApp. Quem envia áudio com mais de trinta segundos nesses aplicativos deveria ser castigado. Exatamente sete minutos e dezesseis segundos. Não foi de dezesseis segundos. Foram sete minutos adicionados aos dezesseis segundos. O áudio com vários minutos mais os dezesseis segundo ficou lá. Me encarando com o avatar do meu amigo. Saudade de ouvir a voz desse cara – pensei. Saudade da mesa de bar com ele. Como sabem, eu não consigo beber sozinho. Beber cerveja me obriga companhia. Já até tentei tendo o Vasco como meu amigo. O Vasco de hoje só é amigo dos adversários. Não dou dois goles na dourada. Foi assim que concluí que estou longe de ser alcoólatra. Mas isso é papo para outra hora. Voltando ao áudio de sete minutos e dezesseis segundos do meu amigo... Conversa esperando para ser ouvida. Meu amigo, ainda que em foto, ali me encarando. Cerveja na geladeira. Pimba! (Alguém além do seu avô ainda fala pimba?). É isso! Vou para a mesa de bar imaginária com meu amigo aqui do sofá mesmo. Será melhor que o episódio da série que ainda faltam doze episódios.

O caminho curto até a geladeira me faz refletir que você só ouve áudio tão longo assim se for realmente de alguém que seja muito amigo. Ou da sua mãe. Ainda que você saiba que sua mãe não vai enviar um WhatsApp. Mães sempre ligam. Pelo telefone. Quando não te visitam só para perguntar: “meu filho, tá tudo bem? Por que não me atendeu? Te liguei várias vezes”. Saudade da época do telefone fixo. Nenhuma, no entanto, das contas altíssimas. Antes mesmo de escolher entre Barão ou Ranz considero: “quem sou eu que não posso tirar tempo para um amigo?”. Nesse mundo líquido, como diria (imagino que diria) o autor do célebre livro, escutar áudio de mais de um minuto é ato de empatia, de amor, de pertencimento... Parar o tempo para o que realmente importa.

Não seja enxerido para saber o que tinha no áudio de sete minutos e dezesseis segundos. Virou mais áudios e mais áudios, chamada em vídeo no dia seguinte e até essa despretensiosa crônica que era para ser sobre o tempo e nossa relação com o afeto. Nada como passar o tempo com quem a gente gosta, ainda que na distância atenuada por fibra óptica. O importante é ter o coração perto para acumular no cérebro tudo o que realmente nos alegra e aniquila depressão e ansiedade. Quanto ao segundo cérebro? Fiquei impressionado com a quantidade de artigos e estudos sobre a relação de alimentos com saúde mental. Com cerveja, que só bebo na companhia de amigos, vou cuidando da saúde da minha alma. Um queijinho e um chocolate também vão bem! Agora, vou escutar o áudio de cinco minutos e trinta e quatro segundos da minha irmã.

 

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Conte-me a verdade

sábado, 13 de junho de 2020

“ - Conte-me a verdade, mas se possível, fale com palavras suaves para que não perca meu lampejo de esperança.” Assim pediu o senhor ao neto que chegara à sua casa com informações recentes sobre economia, política e saúde pública. O neto, pôs-se a pensar sobre estranho pedido do avô, afinal, como contar-lhe a verdade sobre o mundo de forma a nutrir alguma esperança? Ele não sabia fazê-lo. Não estava preparado.

“ - Conte-me a verdade, mas se possível, fale com palavras suaves para que não perca meu lampejo de esperança.” Assim pediu o senhor ao neto que chegara à sua casa com informações recentes sobre economia, política e saúde pública. O neto, pôs-se a pensar sobre estranho pedido do avô, afinal, como contar-lhe a verdade sobre o mundo de forma a nutrir alguma esperança? Ele não sabia fazê-lo. Não estava preparado.

Infelizmente, o neto crescera em um contexto em que a tecnologia é o caminho das verdades postas, não se acostumou a pensar em fontes de informação, sequer havia até aquele momento pensando sobre quem seriam as mentes e as mãos a escrever todo aquele conteúdo que ele consumia pelas telas. Não sabia, também, contar os fatos que chegavam até ele de uma forma leve. Ele não foi ensinado sobre ser sincero e gentil ao mesmo tempo. Cresceu ouvindo dizer que o bonito é “falar as coisas na cara, doa a quem doer”. E pasme, sem saber, orgulhoso, empregava sua franqueza sem ao menos saber se trazia verdades.

Também não aprimorou, o jovem, a nutrir esperança. Nem a dele, nem a de ninguém. Entendeu que mesmo o que era esperança ele não sabia, senão o significado vazio da palavra. Pobre jovem, aprendeu pouco sobre coisas tão importantes.

Constatando que o neto seria incapaz de trazer informações verdadeiras sobre tais assuntos e contar-lhe de forma gentil sobre o mundo, sem perder o afeto e a esperança em sua fala, o avô preferiu dialogar pouco com ele. Preferia apenas tomar o chá, ler o jornal e observar a natureza, como forma de afastar dele não o neto, mas a avalanche de dados desencontrados que ele gostava de despejar todos os dias ao chegar em casa. E o fazia até animado, agitado, com uma certa empolgação, deixando o avô por vezes até preocupado.

Dentro de si, além das preocupações com o mundo, com a saúde, com a família , temia pela geração daqueles jovens que pouco liam, pouco acessavam a arte, pouco refletiam, pouco dialogavam. Temeu por crescerem sem esperança. Temeu por não ser uma questão do seu neto e sim de uma geração inteira.

Em vista do seu amor pelo jovem, utilizou das boas técnicas antigas usadas por sua avó com ele décadas antes. Criou o momento deles. Só os dois. Com calma. Polindo a paciência de ambos. Pôs-se a sentar todos os dias com o jovem.  Dialogar. Propôs-se a abrir sua mente para entender esses novos conceitos dessa nova geração. Aprendeu um bocado de coisas. E ensinou ainda mais. Os bate-papos entre eles trouxeram para aquela casa muito mais que aprendizados para ambos. Trouxeram o foco no que é essencial, a presença, a partilha, a construção de memórias afetivas, o entendimento e a evolução de ambos.

O menino aprendeu sobre esperança. E sobre o falar sincero e gentil, com a percepção verdadeira sobre o estado de espírito do interlocutor. E o avô, pasme, aprendeu até a mexer nas redes sociais e interagir com pessoas. Reencontrou velhos amigos e ria da barriga doer relembrando casos antigos pela internet.  E seguiram, juntos, após esse pontapé que nasceu da percepção, reflexão e vontade de uma frase que continha ao mesmo tempo, verdade, gentileza e esperança.

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Continua a polêmica da venda do leite em saquinho plástico e alimentos sobem mais de 6%

sábado, 13 de junho de 2020

Edição de 13 e 14 de junho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchete:

Edição de 13 e 14 de junho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchete:

  • A polêmica do leite em saquinho - Embora não tenhamos recebido nenhum esclarecimento da prefeitura e nem sabido de qualquer  notícia oficial a respeito, estamos cientes que o prefeito Amâncio Azevedo, não só não concordou com a sofreguidão com que estava sendo a dificuldade do povo com a venda do leite empacotado, como ainda manteve a situação existente, qual seja a de não criar e nem deixar privilegiados fornecedores. Assim, Friburgo torna-se campo livre para que qualquer produtor ou revendedor possa colocá-lo aqui, desde que o mesmo seja de primeira qualidade e nos padrões exigidos pelo Governo Federal.
  • Alimentos já subiram 6,19% - O índice do custo de vida atingiu 6,19%, contra 3,10% verificado no mesmo período do ano passado, segundo levantamento feito pelos técnicos do Departamento de Planejamento da Sunab, que apuraram, ainda, um reajuste, de 0,2% durante o mês de maio passado. 
  • Copa do Mundo - O quadro brasileiro, invicto nas oitavas da Copa da Mundo, inicia sua jornada para as quartas de finais, preliando com o forte esquadrão peruano. Três vitórias consecutivas ao jogar contra a Tchecoslováquia, Inglaterra e Romênia deram aos brasileiros a primeira colocação na chave inicial.
  • Água - Continua em ritmo acelerado as obras do novo sistema de abastecimento de água de Friburgo. Mais de três bilhões de cruzeiros antigos serão investidos pelo prefeito Amâncio Azevedo para proporcionar aos friburguenses água de qualidade e em quantidade suficiente, pelo menos, até o ano 2000.
  • Transportes intermunicipais e interestaduais - Estamos cansados de reclamar da morosidade, dos desgastes dos veículos, da falta de atenção com os passageiros, do não cumprimento dos horários, e enfim, da situação caótica em que se encontram os transportes coletivos, de e para Friburgo, por parte das concessionárias. Não se compreende que os setores aos quais compete a fiscalização do problema continuem de braços cruzados. Insistimos para que haja a fiscalização dos regulamentos. A coisa está chegando ao limite máximo da paciência dos usuários, verdadeiros calhambeques são postos a trafegar e o resultado são os constantes enguiços, quebras de peças, desajustes, etc. 
  • Mérito Tamandaré - No dia 11, comemorativo da Batalha do Riachuelo, em cerimônia na Escola Naval, foi agraciado com a medalha "Mérito Tamandaré ", ingressando na Ordem do Mérito Naval, o dr. Paulo José Dutra de Castro, diretor de ensino industrial, do Ministério da Educação e Cultura.  

Pílulas

  • Aqueles dois indecentes cavaletes colocados em frente ao edifício do fórum para marcar privatividade de estacionamento para viaturas de autoridades, o que não é previsto no Código do Trânsito, é um retrato do comodismo permitindo-se irregularidades e infrações cometidas por quem tem obrigação de cumprir, antes de todos. Várias vezes apontamos esse absurdo inconcebível que dá a impressão aos que nos visitam que Friburgo virou aldeia, fazenda abandonada ou terra em que qualquer um faz o que quer. Lamentável.
  • A moçada está esperneando porque o prefeito Amâncio Azevedo vai levar a efeito outra grande iniciativa: estação rodoviária, ao lado da atual sede da prefeitura. Deixa a turminha esbravejar. Afinal, o choro é livre. A caravana passa, incólume  

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Mary Silva (14); Guy Dutra da Costa, Simone Dutra da Costa, Maria June de Castro Nunes e Gilson Burchardt (15); Elias Nami, Pedro Rodrigues, Lucas Bohrer e Ludgero José da Silva (16); Nacyra Jabour e Renato Luiz Penna Lopes (17); Sandra Maria Torres, Atys Luiz Madureira e Cláudio Parca (19).

 

Foto da galeria
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Finalmente!

sábado, 13 de junho de 2020

Para pensar:

"A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.”

Aristóteles

Para refletir:

“O que é a virtude? É, seja qual o aspecto pela qual a encaremos, um sacrifício de nós próprios."

Denis Diderot

Finalmente!

A sexta-feira, 12, começou com boas notícias, como convém ao dia que no Brasil é dedicado aos namorados.

Para pensar:

"A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.”

Aristóteles

Para refletir:

“O que é a virtude? É, seja qual o aspecto pela qual a encaremos, um sacrifício de nós próprios."

Denis Diderot

Finalmente!

A sexta-feira, 12, começou com boas notícias, como convém ao dia que no Brasil é dedicado aos namorados.

Logo pela manhã os aguardados 29 ventiladores mecânicos (respiradores) finalmente foram entregues à Secretaria Municipal de Saúde, aumentando de maneira significativa nossa estrutura imediata de enfrentamento à Covid-19, e, mais do que isso, lançando as bases para a tão necessária ampliação no número de leitos de CTI, para quando a pandemia passar.

Visão geral

Bom, mas o leitor não vem aqui para ser informado sobre aquilo que já sabe, correto?

Sigamos, portanto, para informações complementares, que nos ajudam a ter uma visão mais ampla a respeito do que de fato está acontecendo, e de quais são as evoluções mais prováveis deste quadro.

Distribuição

Os 29 respiradores já se encontram no Hospital Raul Sertã.

O médico André Furtado, que coordena os CTIs da unidade, explica que o espaço que atualmente compreende oito leitos de tratamento intensivo reservados para a Covid-19 será transformado numa unidade semi-intensiva, uma vez que nem todos os pacientes Covid necessitam de cuidados intensivos.

Paralelamente, uma nova central de tratamento intensivo, agora com dez leitos, será aberta a partir da chegada destes aparelhos.

Capacidade

Na tarde desta sexta-feira, 12, a taxa de ocupação dos leitos de CTI para Covid era de 50%.

Caso esta demanda venha a crescer para além da capacidade que já está sendo ampliada em 25%, passa a haver a possibilidade de retorno dos oito leitos semi-intensivos para a condição de intensivos, e ainda a abertura de outros cinco, até a capacidade máxima atual de 23 leitos.

Além das instalações na nova CTI Covid, também serão substituídos respiradores em outros setores do hospital.

Próximos passos

Na próxima segunda-feira, 15, um técnico da empresa Interqualite subirá a serra para retirar os aparelhos das caixas e realizar a instalação nos setores necessários.

A abertura e a instalação só podem ser realizadas por pessoal credenciado, para a preservação da garantia.

A rede pública municipal já dispõe de um profissional qualificado através de curso pela empresa fornecedora, capaz de operá-los após as instalações.

Qualidade

Ainda de acordo com André Furtado, a chegada dos novos aparelhos não terá impactos apenas sobre a quantidade de leitos disponíveis, mas também sobre a qualidade do serviço oferecido.

Aspas

“Nós temos aprendido muita coisa desde que essa pandemia começou. Atualmente está claro que não existe um remédio único para combater o coronavírus, é preciso individualizar o tratamento para cada paciente, de acordo com suas particularidades. Por isso é necessário oferecer o máximo de ferramentas contra a doença, a fim de que os profissionais possam usar a ferramenta certa no momento certo. Com os ventiladores acontece o mesmo. Eles já existem há muito tempo, mas os mais modernos, como estes que acabam de chegar, oferecem mais ferramentas para ajudar a ventilar corretamente. Através deles, certamente nossos pacientes críticos terão melhores chances de sobrevivência.”

Histórico (1)

A coluna também conversou com Marcelo Braune, secretário de Saúde e vice-prefeito, que relembrou várias fases desta história.

“Nós assumimos a gestão no fim de junho de 2019 e logo detectamos diversas necessidades, entre elas a de adquirir novos respiradores. Muito antes da Covid surgir a gente já estava pensando equipar a rede com eles, e havia a verba para isso, das emendas destinadas pelo deputado Júlio Lopes. No fim do ano esse processo de aquisição já estava licitado, com o empenho feito. Mas quando chegou o momento de realizar a entrega, nos disseram de que o Ministério da Saúde estaria confiscando todos os respiradores.”

Histórico (2)

“Pouco depois voltaram atrás, e aqui eu preciso elogiar o trabalho da Procuradoria do Município, que realizou todos os procedimentos de notificação, exigiu explicações, informou que se os aparelhos não fossem entregues seria adotado procedimento judicial, e de fato as medidas foram tomadas. O juiz Fernando Gonçalves enviou o caso para a Vara Cível, o promotor de Justiça Hédel Nara Ramos entendeu a importância da matéria e fez um parecer sem demora alguma, o juiz agiu da mesma forma e deu a sentença. A empresa não recorreu, apenas tentou justificar, mas o juiz manteve seu posicionamento.”

Histórico (3)

“Por fim a empresa alegou que o prazo para a entrega seria de 60 dias após emissão do empenho. Isso nos levaria ao dia 11 de junho, mas como era feriado a entrega ficou para esta sexta-feira, 12, e aconteceu pela manhã. É importante observar também que o custo desses aparelhos acabou ficando muito abaixo dos valores praticados atualmente, justamente porque a compra se deu antes do aumento da procura decorrente da Covid-19. Por tudo isso eu agradeço a toda a equipe que trabalhou por isso. Aos subsecretários; à toda a parte burocrática; à PGM; ao gabinete do prefeito, destacando o trabalho de Leonardo Braz Penna; ao juiz Fernando Gonçalves; ao promotor Hédel; e ao ex-subsecretário Éder Carpi (Ceará), que enquanto esteve na secretaria foi peça importantíssima para essa aquisição.

Parênteses

A chegada nos respiradores é aquilo que no meio político costuma ser tratado como um “filho bonito”, do qual todo mundo quer ser pai.

Há, inclusive, vereador que fez enormes estragos enquanto atuou na Saúde, querendo agora sua fatia de popularidade.

Cá entre nós, se não vier a ser preso por tudo o que fez, já deverá se dar por satisfeito.

Vistoria

A chegada dos respiradores coincidiu com a realização de uma longa vistoria conjunta no Raul Sertã, que também na manhã de sexta-feira reuniu representações do Ministério Público e da Defensoria Pública.

De acordo com o cirurgião José Cláudio Alonso, diretor-médico do HMRS, os representantes do Judiciário “ficaram satisfeitos, vistoriaram várias áreas, consideraram a dinâmica satisfatória, e encontraram uma realidade diferente daquela que imaginavam”.

Tendência (1)

A coluna colheu também outros depoimentos na mesma linha, e a informação de que a capacidade já existente permite que o número de leitos de CTI para Covid-19 possa subir dos oito atuais para até 23, e ainda contar com leitos da rede particular - tudo isso sem levar em conta o hospital de campanha, que neste momento corre o risco de se tornar mais um escândalo em nossa esfera estadual - a coluna só pode concluir que existe, neste momento, uma tendência bem identificada de que o Judiciário venha a considerar alguma margem para flexibilização da quarentena em nossa cidade já nos próximos dias.

Tendência (2)

Naturalmente, espera-se que qualquer passo nesse sentido acentue o aumento no número de casos, mas não restam dúvidas de que, no contexto atual, existe margem estrutural para uma carga maior de atendimentos.

Evidentemente o debate segue aberto e aquecido, e vale frisar que até o momento não existe nenhum posicionamento oficial a esse respeito.

Mas a coluna pode assegurar que tendência de flexibilização nas próximas semanas está bem identificada.

Respeito

Alguns leitores criticaram a coluna por não ter dado a devida ênfase ao estado de saúde da abnegada cuidadora Valéria Lima, ao enfatizar a necessidade de que nossa sociedade assuma sua responsabilidade coletiva em relação aos animais.

Se foi o que pareceu, então a coluna se desculpa.

Sabíamos, aqui, que o estado de Valéria é infelizmente grave enquanto estas linhas estão sendo escritas, mas também que ela está recebendo o suporte possível num dos hospitais de nossa cidade.

Reconhecimento

Evidentemente é triste demais que alguém tão especial, alguém capaz de doar a si mesma em níveis tão elevados, não tenha, nesse momento, condições de fazer aquilo que move os espíritos mais elevados: cuidar dos outros.

Mas tenham a certeza de que foi por conhecer as prioridades de Valéria, e acima de tudo por honrar seu sacrifício, que a coluna manteve o foco em sua causa, sua bandeira, pois certamente ela prefere assim.

Fala, leitora!

“Fiquei indignada com o que vi no dia de Corpus Christi. O trânsito seguindo normalmente, pessoas apressadas fazendo ultrapassagens, e na contramão a pequena procissão com o Santíssimo Sacramento. Uma viatura da Smomu, uns sacerdotes, um seminarista com o microfone rezando, logo atrás um carro com o bispo e o Santíssimo Sacramento. As pessoas indo e vindo, em grande parte alheias ao que se passava. Olhei para aquilo e chorei ao ver a indiferença com que Jesus Eucarístico foi tratado em nossa cidade. Tanta diferença só por que não neste ano não havia os tapetes? Espero, sinceramente, não ver isso novamente enquanto viver. Mando esse depoimento para que as pessoas reflitam a respeito.”

A leitora deixou a critério do colunista divulgar seu nome ou não, e a coluna entendeu que seria melhor preservar sua identidade, para não gerar distrações.

Respostas

Os amigos Marcelo Machado, Rosemarie Künzel, Antônio Lopes, Lourdes Madeira, Ludmila Pereira e Girlan Guilland, além da dupla dinâmica Gilberto e Gerson da Rua General Osório, reconheceram corretamente nosso desafio desta semana.

Como explica Girlan, “o monumento com máscara, desta vez, é o busto do Rei Dom João VI, que na condição de Pai Criador de Nova Friburgo, merece muito mais reverências, cuidados e valorização. Há alguns anos, numa reforma da praça, ele foi deslocado de seu ponto original, onde frequentemente sofre depredações e vandalismos”.

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A decadência dos titulares das nossas instituições

quinta-feira, 11 de junho de 2020

“Após pedir desculpas pela hidroxicloroquina, agora a OMS (Organização Mundial de Saúde) conclui que pacientes com o coronavírus e assintomáticos (a grande maioria) não têm potencial de infectar outras pessoas.

“Após pedir desculpas pela hidroxicloroquina, agora a OMS (Organização Mundial de Saúde) conclui que pacientes com o coronavírus e assintomáticos (a grande maioria) não têm potencial de infectar outras pessoas. Milhões ficaram trancados em casa, perderam seus empregos e afetaram negativamente a economia.” Essas palavras foram ditas pelo presidente  Jair Bolsonaro, mas poderiam ter sido emitidas por qualquer pessoa, ao ser surpreendido com as novas declarações dos três trapalhões da Organização Mundial da Saúde, Maria Von Kerhove diretora dos programas de emergências sanitárias; Tedros Adhanom Ghebreyesus, seu presidente e Michael Ryan, diretor executivo.

Esse posicionamento mostra que o órgão supremo da saúde mundial está mais perdido do que cego em tiroteio, não tem bases científicas para comandar os destinos do mundo numa séria crise de saúde e, na realidade, age de acordo com objetivos não muito claros. Não pode cobrar certas atitudes de seus afiliados se não tem a convicção necessária para sustentar seus argumentos.

Mas, o que vemos nesse primeiro quarto do século 21, é um fenômeno que vem se acentuando com o passar dos tempos. O nível daqueles que detêm postos de comando ou de representação das várias entidades, não têm mais o peso e o valor daqueles do passado. Raríssimas são as exceções, como é o caso da chanceler alemã Ângela Merckel. Com isso assistimos a uma “mediocrização” das instituições, com a consequente banalização de suas atitudes. Pessoas sem preparo para exercerem os cargos que ocupam, colocando em risco a segurança e a vida dos cidadãos.

As economias mundiais sofreram fortes abalos, com seus respectivos PIBs despencando, com todo mundo trancado dentro de casa, sofrendo no caso de americanos e europeus, multas pesadas, se fossem pegos na rua sem um objetivo bem definido; tudo isso por orientação da OMS, pregando que a quarentena horizontal, todos enjaulados, atrasaria o colapso dos hospitais na luta contra a pandemia. Seria a única maneira de garantir vagas em CTIs para todos, pois o ritmo de contágio seria mais lento. Não foi o que se observou nos Estados Unidos, França, Itália, Espanha, Brasil países muito afetados pela pandemia.

Nesse mesmo raciocínio, combateram ativamente o uso da hidroxicloroquina, mesmo com os trabalhos divulgados pelo cientista francês Didier Raoult, do hospital Raymond-Poincaré. Basearam-se no trabalho divulgado pela revista The Lancet, que mostrou ser o fármaco inócuo no tratamento do corona vírus, em função de um estudo levado a cabo em cinco continentes diferentes, com metodologia científica não uniforme.

Quando a Lancet fez o seu mea culpa e reconheceu a nulidade, em termos científicos, daquele estudo, não restou à OMS reconhecer o seu erro e cassar a maldição lançada sobre a cloroquina. Quantas vidas não poderiam ter sido salvas se o tratamento precoce com a “renegada” tivesse sido instituído? A mesma pergunta podemos fazer, após o cândido reconhecimento pela mesma OMS, de que os pacientes assintomáticos não têm o potencial de infectar outras pessoas.

Será que esse pandemônio causado às economias do mundo inteiro era mesmo necessário? A quem interessa esse caos generalizado a nível mundial? Quem a OMS está acobertando? Já foi exaustivamente comentado que a OMS atrasou, em 15 dias, o comunicado do desastre global iniciado na China. O pior é que, posteriormente, a diretora Von Kerhove afirmou que foi mal interpretada, pois o que quis dizer é que não se sabe a real extensão do potencial de contágio dessas pessoas assintomáticas.

Mas, a entidade máxima da saúde mundial não teria chegado a tais disparates se os líderes das potências envolvidas, não tivessem baixado a cabeça para os mandos e desmandos do sr. Tedros e colaboradores. Nesse mês de junho comemorou-se os 76 anos do desembarque das tropas aliadas, na Normandia, em 6 de junho de 1944, talvez uma das maiores operações de guerra dos últimos tempos. Será que os líderes de hoje teriam a determinação, a inteligência e a coragem daquele que estiveram no comando de tal empreendimento? Difícil responder.

Entre nós, basta fazer uma comparação entre os membros do STF e do Congresso Nacional de hoje com os do século passado, para termos consciência de como o nível baixou. Esse rebaixamento não diz respeito somente ao preparo intelectual deles, mas ao posicionamento ético e moral dos mesmos.

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