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Estragos pelas chuvas poderiam ter sido minimizados, revela especialista

sexta-feira, 29 de março de 2024

Com o fim das chuvas de verão, cidades do Estado do Rio de Janeiro, como Petrópolis, Teresópolis, Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo registraram alagamentos, deslizamentos e formação de crateras em rodovias por causa do aumento do volume de água registrado nesses locais desde o último fim de semana. Eventos desse tipo são recorrentes nas estações chuvosas no país, especialmente na nossa região, que é extremamente acidentada e recebe um volume alto de precipitação.

Com o fim das chuvas de verão, cidades do Estado do Rio de Janeiro, como Petrópolis, Teresópolis, Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo registraram alagamentos, deslizamentos e formação de crateras em rodovias por causa do aumento do volume de água registrado nesses locais desde o último fim de semana. Eventos desse tipo são recorrentes nas estações chuvosas no país, especialmente na nossa região, que é extremamente acidentada e recebe um volume alto de precipitação. Entre 2021 e 2022, ocorreram recentes tragédias na Bahia e em Minas Gerais, nos trazendo as tristes lembranças de um amargo passado não tão distante nos pensamentos.

Desastres pelo Brasil

Segundo documento publicado em 2022 pelo Ministério do Desenvolvimento Regional junto com outros órgãos e instituições, o Brasil teve de 1991 a 2020 cerca de 63 mil ocorrências de desastres em quase todos os seus municípios (5.568), causados por chuvas intensas, estiagens, vendavais, erosões, ondas de frio, entre outros.

Os desastres são classificados dessa forma quando registram perdas humanas, materiais, econômicas ou ambientais por causa de um evento natural, segundo o documento. Em quase 30 anos, os 63 mil desastres registrados no Brasil resultaram, em diversos impactos que mudam e muito a vida de gente como a gente.

Nestes últimos 30 anos, o documento nos revela importantes números. Em número aproximados, 4.307* mortes (há contradições*),  7,8 milhões de pessoas desabrigadas e desalojadas, três milhões de habitações destruídas ou danificadas, R$ 18,3 bilhões em prejuízos ao ano para pagar os danos materiais.

Desastres desse tipo ocorrem há décadas no Brasil, principalmente na época das chuvas de verão, por causa de problemas crônicos ligados à falta de planejamento urbano, habitação, saneamento e infraestrutura criados no momento da formação das cidades do país, além da falta de políticas de prevenção e do crescente desmatamento.

Chuvas em 2024 e estragos pela cidade

No último fim de semana, o anúncio das intensas chuvas em todo o estado nos fez reviver o estranho e preocupante sentimento de medo gerado pelas tragédias que ocorreram em 2011. Apesar dos 13 anos passados daquela fatídica madrugada do dia 12 de janeiro, a ferida não foi cicatrizada.

Felizmente, o volume de chuva na nossa cidade foi menor do que o esperado, o que diminuiu os danos na nossa cidade. Apesar disso, não saímos ileso do que parecia ser mais um fim de semana preocupante na vida de quem vive nas áreas de risco de desabamento e de alagamento.

Na tarde da última terça-feira, 26, o tráfego foi interrompido em diversos locais da cidade. Próximo ao Hospital Unimed, na Chácara do Paraíso, a queda de uma árvore. Em Macaé de Cima, duas barreiras interditaram o trânsito e dificultaram o acesso de moradores à região.

Além disso, outros seis pequenos deslizamentos: um na RJ-142 (entre Lumiar e São Pedro da Serra), em Mury, na estrada de Boa Esperança, no Cônego, Cascatinha e Granja do Céu. Felizmente, não houve a ocorrência maiores desastres ou mortes. E caso a chuva que tivesse caído em nossa região fosse a prevista, em volume maior, a situação seria mais grave?

O especialista fala

Tragédias com deslizamentos de terra, árvores e inundações podem ser prevenidas e até evitadas em regiões como a nossa, é o que explica o consultor ambiental de instituições internacionais, biólogo, professor universitário e diretor da empresa H2C Gestão ambiental, Geraldo Eysink.

“O que todas as cidades têm em comum é a falta de planejamento para prevenção de desastres naturais. Atualmente, existem tecnologias capazes de sobrevoar uma determinada região e escanear toda a área. Todas as construções e a vegetação são retiradas digitalmente, reproduzindo a topografia do local – com uma precisão de 3cm - para o estudo dos relevos e prevenções de tragédias.”, explica o biólogo.

Geraldo também falou nos prejuízos econômicos, tanto por causa das perdas materiais causadas pelos desastres quanto pela paralisação da atividade econômica. “As chuvas de verão são inevitáveis. Quando se soma a isso a falta de investimento e de uma política de prevenção, viram tragédias anunciadas”, disse.

Apesar de serem consideradas cada vez mais importantes no contexto da mudança climática, as políticas de prevenção de desastres naturais recebem pouco investimento dos gestores públicos, apesar de serem economicamente mais viáveis ao município. Afinal, o que é melhor: prevenir ou remediar?

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Se querem nos matar em vida, prometemos não morrer

sexta-feira, 29 de março de 2024

Não. Não vou ficar aqui preenchendo linhas que tomem o seu tempo falando sobre o significado da Páscoa, os sentimentos que traz, o quanto podemos nos inspirar nessa data tão significativa para nossas vidas e relações. Também não vou repetir aquilo que dizem na missa, nos púlpitos de fé ou mesmo nos artigos de jornal. Você sabe o que representa a Páscoa. Cristão ou não, crescemos ouvindo sobre o calvário, a traição, a crucificação e a ressurreição.

Não. Não vou ficar aqui preenchendo linhas que tomem o seu tempo falando sobre o significado da Páscoa, os sentimentos que traz, o quanto podemos nos inspirar nessa data tão significativa para nossas vidas e relações. Também não vou repetir aquilo que dizem na missa, nos púlpitos de fé ou mesmo nos artigos de jornal. Você sabe o que representa a Páscoa. Cristão ou não, crescemos ouvindo sobre o calvário, a traição, a crucificação e a ressurreição.

A boa nova para a boa nova é que precisamos nos tocar, de uma vez por todas, que não basta teimar apenas em fé. Passou do tempo de arregaçar as mangas e fazer diferente para obter resultados diferentes. A não ser que haja plena satisfação com o que aí está. 

Certamente, satisfeitos estão aqueles que usurpam o poder, governam para seus egos e umbigos, se aproveitam da crença ingênua de mulheres e homens de bem, falando em nome de Deus. Falam - estes — em nome de qual Deus? O Deus criador de tudo ou o deus capital, do dinheiro, da ganância, da manipulação? Há o Deus da vida, mas há o deus destes que dizem ser intercessores e se guiam pelo poder pelo poder para causar benesses a si e aos seus, mas a todos os outros entregam miséria, fome e morte.

Diante de nossos olhos, em nome do bem, fazem o mal. Quem planta preconceito jamais verá colheita de amor. E, sabem disso e o fazem deliberadamente. Crucificam Jesus Cristo mais uma vez. Todos os dias. Caçam direitos e se dão privilégios. Nos matam e nos roubam o paraíso que deveria e pode ser aqui.

Mas o objetivo desta reflexão não é falar sobre fé ou crença e não se atreve a debater religião. Espiritualidade? Há ateus que têm mais sensibilidade do que pseudos sacerdotes e pastores. Talvez, ainda que bastante superficialmente, esta reflexão se apegue à história, mas não necessariamente sobre a cronologia da humanidade. 

Audácia alguma é falar sobre o hoje, sobre os fatos que estamos escrevendo há pouco e o que queremos do amanhã. Pois é isso que importa.

Se querem nos matar em vida, prometemos não morrer. E é daí que estas linhas tentam convocar a falar sobre esse viver junto e perto. Sobre como compartilhamos nossas ruas, bairros e cidades, nossos lugares. 

Que não admitimos crianças nas ruas, sem creche e escola. Queremos que nossos jovens possam empunhar violões e saxofones, ao invés de fuzis. Que não queremos ver nossos familiares e vizinhos adoecerem. Queremos um envelhecimento saudável, ao invés de frequentar filas de hospital. Que não queremos esperar horas e horas por um ônibus. Queremos levar o menor tempo possível para chegar em casa, ao invés de ter cerceado o direito de passar mais instantes com nossos amores. Que não queremos ver nossas casas serem levadas pelas chuvas e nossa paz carregada pelo medo. Queremos deixar de herança para as próximas gerações uma cidade verde, sustentável.  

De que adianta reclamar, constatar que a saúde não vai bem, que o trânsito não flui, que a crise na educação é uma construção sorrateiramente planejada se não alimentar a si mesmo de um verdadeiro desejo de mudança? Renovação. 

Renovação é saber também que se merece mais, muito mais, que todos nós podemos mais, porque a cidade pode muito mais. Nova Friburgo está com saudade de ser Nova Friburgo. Nova Friburgo precisa se reconhecer Nova Friburgo. Cheia de potenciais, pronta para entregar à sua gente a grandeza que tem para prosperar.                   

Todos estamos no mesmo jogo, sobre o mesmo campo. Quem está parado, também joga. Quem não se importa com quem está ao lado também se deixa violar. Deixar tudo como está, não pode nos servir mais, se o que nos é essencial não chega. Basta de se contentar com a mediocridade, de se fazer cego e no barulho das festas não perceber os que adoecem e morrem. Isso é tão cruel quanto cruéis são aqueles que produzem a mediocridade, a dor e a morte. Até quando?

De nada adianta a Páscoa, de nada conhecer a história, de nada adianta se dizer cristão se a dor alheia não incomoda. Que cidadania é essa que exclui? Que indignação é essa de ocasião, sua ocasião individual? Se importar apenas consigo mesmo e lavar as mãos para os que sofrem, padecem, que são perseguidos? 

Páscoa para quem? Espero que para você!

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Nova chance

quarta-feira, 27 de março de 2024

Bolsa Atleta Federal inscreve candidatos ao benefício

Mais uma oportunidade para os atletas de todo o Brasil. O edital do Programa Bolsa Atleta 2024 foi publicado no Diário Oficial da União do último dia 15. O documento lista critérios para a concessão do benefício e aponta os prazos previstos para o processo. As inscrições já foram abertas e vão até a próxima segunda-feira, 1º de abril. A lista de contemplados está prevista para ser publicada entre os dias 10 e 17 de junho.

Bolsa Atleta Federal inscreve candidatos ao benefício

Mais uma oportunidade para os atletas de todo o Brasil. O edital do Programa Bolsa Atleta 2024 foi publicado no Diário Oficial da União do último dia 15. O documento lista critérios para a concessão do benefício e aponta os prazos previstos para o processo. As inscrições já foram abertas e vão até a próxima segunda-feira, 1º de abril. A lista de contemplados está prevista para ser publicada entre os dias 10 e 17 de junho.

As categorias participantes são: Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpica/Paralimpica/Surdolímpica. Pela primeira vez, atletas gestantes e puérperas, atletas surdos e guias e auxiliares do esporte paralímpico poderão se inscrever para receber o benefício.

Além de estabelecer critérios e procedimentos para concessão do benefício, suspensão e cancelamento de bolsas, o edital lista formas e prazos para a inscrição dos interessados na obtenção e prestação de contas dos recursos financeiros recebidos e dos resultados esportivos propostos e alcançados pelos atletas.

O governo brasileiro mantém, desde 2005, um dos maiores programas de patrocínio individual de atletas no mundo. O público beneficiário são atletas de alto desempenho que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais de sua modalidade.

O programa garante condições mínimas para que se dediquem, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento e a competições locais, sul-americanas, panamericanas, mundiais, olímpicas e paralímpicas.

 

Em Nova Friburgo

Em relação ao Programa Bolsa Atleta de Nova Friburgo, a prefeitura, através da Secretaria Municipal de Esportes, realizou recentemente a entrega dos certificados aos contemplados. No primeiro edital do projeto, 27 atletas estão incluídos no recebimento de recursos para desenvolverem seus trabalhos e representarem Nova Friburgo em competições estaduais, nacionais e internacionais.

Durante a cerimônia, os atletas também receberam orientações sobre como realizar a prestação de contas dos recursos recebidos. Estiveram presentes no evento o prefeito Johnny Maycon; o secretário de Esportes, João Victor Duarte e a presidente do Conselho Municipal de Esportes, Irene Blanck, além de representantes do Poder Legislativo.

Os classificados no Bolsa Atleta fazem parte de três categorias diferentes. Serão concedidas 12 bolsas para o nível estadual, no valor R$ 3 mil. Nomes como o do piloto Douglas Schumacker e do lutador Kauã Fonseca estão entre os beneficiados. Outras 12 são destinadas para atletas de nível nacional, de R$ 4.200, contemplando atletas como o lutador Gilberto Frossard e o ciclista Bruno Baeta. Há ainda duas bolsas correspondentes ao nível internacional, no valor de R$ 5.400 cada. Larissa Helena da Conceição e o lutador Pedro Henrique Dugin são os beneficiados com os valores deste último nível.

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    Bolsa Alteta Federal é dividido em categorias diversas e recebe inscrições até o próximo mês (Foto: Divulgação)

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    Contemplados pelo Bolsa Atleta de Nova Friburgo já receberam os certificados (Foto: Divulgação)

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Tristeza saudável e doentia

quarta-feira, 27 de março de 2024

É normal ficar triste quando ocorrem situações importantes de perda em nossa vida, como a morte de uma pessoa querida, a demissão de um emprego num momento difícil para a família, o descobrimento de uma atitude infiel no casamento, o diagnóstico de uma doença grave, etc. Há tristeza para a vida e tristeza para a morte.

É normal ficar triste quando ocorrem situações importantes de perda em nossa vida, como a morte de uma pessoa querida, a demissão de um emprego num momento difícil para a família, o descobrimento de uma atitude infiel no casamento, o diagnóstico de uma doença grave, etc. Há tristeza para a vida e tristeza para a morte.

A tristeza pode ser um motivador a nos ajudar a pensar na causa dela. E pensar é um caminho de solução deste sentimento desagradável. Para sair de uma tristeza existe um tempo apropriado que pode ser diferente para cada pessoa mesmo que a causa da perda tenha sido a mesma.

Por exemplo, se você está triste porque morreu um parente querido, o tempo que será necessário para você se recuperar desta tristeza poderá ser maior ou menor do que o tempo que outra pessoa precisará. Isto porque um evento estressor atinge cada pessoa de maneira diferente porque o vínculo afetivo dela com a outra pode ser diferente, a sensibilidade dela pode ser maior ou menor, os recursos internos mentais para lidar com dores da vida podem ser melhor estruturados ou não.

Quando uma tristeza surge em sua vida, você pode lidar com ela de forma construtiva ou destrutiva. As tristezas não vêm para nos afundar. Elas são consequências de nossas escolhas ou de fatos sobre os quais não temos controle. A tristeza surge porque algo desagradável ocorreu em nossa vida e que para nós tem um valor emocional. Talvez para outra pessoa não tenha o mesmo valor afetivo.

A tristeza é uma reação, um sintoma de algum problema que nos atingiu. Quando cometemos algum ato ruim, maldoso, corrupto, quando agredimos uma pessoa verbalmente, quando enganamos os outros, quando nos deixamos levar por nosso egoísmo inato, quando o orgulho e a prepotência sobe à cabeça e machucamos as pessoas, tudo isto produz tristeza em nós.

Você pode negar a tristeza porque ao praticar um ato corrupto, maldoso, agressivo, levou vantagens, seja subindo numa posição hierárquica no trabalho, ou acumulando dinheiro ilicitamente. Os corruptos reprimem a tristeza e se gabam de serem “espertos”. E reprimir é um mecanismo de defesa psicológica que leva a pessoa a não perceber que ela tem o sentimento que ela reprime. Quem não sente tristeza, remorso, arrependimento após praticar algum crime, muito provavelmente tem o que antigamente era chamado de “psicopatia” e agora leva o nome de “transtorno de personalidade”.

O que você faz com a tristeza? Se ela ocorre por erros seus cometidos por problemas de caráter, como ganância material, ou descontrole emocional, e o leva a refletir sobre as atitudes ruins que praticou, e se arrepende verdadeiramente, esta tristeza foi válida para ajudá-lo a corrigir seus problemas de comportamento. É a tristeza para a vida porque se trata de uma tristeza bem vinda que o ajudou a refletir, se arrepender e fazer as devidas correções, reparações e restituições. Como saber se o arrependimento foi genuíno? Quem se arrepende de verdade não mais comete o mesmo erro e sai da negação.

Negação é a recusa de aceitar uma verdade em sua vida, em seu corpo, em seu comportamento, em sua consciência. Se você usa a negação para fugir da verdade, não se arrepende dos atos ruins e reprime a tristeza, esta se torna uma tristeza para a morte. A verdade pode fugir por sua escolha da sua consciência, mas não do organismo. Muitos sofrem doenças psicossomáticas porque machucaram a verdade em sua consciência, fugindo dela, e isto provocou uma disfunção no corpo.

Existe na fisiologia humana leis fixas. Qualquer doença é uma tentativa do corpo-mente procurar o reequilíbrio. Algum problema o atingiu e o organismo procura restabelecer a verdade fisiológica. Se a pessoa continua transgredindo alguma lei que regula o funcionamento do corpo e mente, a doença segue e pode se tornar crônica e levar à morte. A doença física psicossomática é a tristeza do corpo e no corpo.

Muitos recuperam sua saúde física e mental quando vivem a tristeza para a vida. Ou seja, se arrependem dos erros, param de praticá-los, pedem perdão, perdoam a si mesmos também, fazem reparações e restituições. Esta é tristeza que conduz à saúde e vida.

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Cesar Vasconcellos de Souza

www.doutorcesar.com

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Valorização

terça-feira, 26 de março de 2024

Secretaria estadual de Cultura inicia cadastramento de grupos de capoeira

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro (Secec RJ) iniciou o cadastramento dos grupos de capoeira atuantes nos 92 municípios fluminenses. Será a primeira vez que a capoeira – considerada bem cultural imaterial do Brasil desde 2008 – será catalogada no Estado do Rio. A iniciativa é da Secec e terá como executor o Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac), incluindo aí o ofício de mestre de capoeira e as rodas de capoeira.

Secretaria estadual de Cultura inicia cadastramento de grupos de capoeira

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro (Secec RJ) iniciou o cadastramento dos grupos de capoeira atuantes nos 92 municípios fluminenses. Será a primeira vez que a capoeira – considerada bem cultural imaterial do Brasil desde 2008 – será catalogada no Estado do Rio. A iniciativa é da Secec e terá como executor o Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac), incluindo aí o ofício de mestre de capoeira e as rodas de capoeira.

O formulário está disponível para acesso pela internet. Para concluir o cadastro, os capoeiristas devem enviar documentos comprobatórios para o e-mail capoeira@inepac.rj.gov.br. Segundo a Secec, a meta é levantar informações para a construção de políticas públicas e garantir a salvaguarda dos bens culturais relacionados à prática.

"A ação demonstra que estamos atentos à gestão compartilhada que concorre a todos os entes quando se trata da salvaguarda do patrimônio cultural imaterial. A roda de capoeira e o ofício de mestra e mestre de capoeira são bens culturais de todos os cidadãos brasileiros, incluindo todos que habitam os 92 municípios do Estado do Rio e nós devemos cumprir o papel de garantir que tais bens sejam protegidos”, disse a diretora do Inepac, Ana Cristina Carvalho.

O cadastro servirá para que o Inepac e a Secec RJ tenham um banco de informações sobre capoeiristas para definir as melhores ações para sua promoção e valorização. Nova Friburgo possui diversas associações grupos de capoeira com anos de atuação, à exemplo dos Nativos da Serra, Centro Cultural Arte e Luta, Barravento, dentre outras. Não é raro andar pelas ruas e ter a oportunidade de apreciar as famosas rodas, nas feiras, ruas e locais diversos.     

 

A capoeira

Os primeiros registros da palavra capoeira datam do início do século 19. A luta foi desenvolvida de maneira distintas em cidades portuárias do Brasil Império, como o Rio, Salvador e Recife e era realizada, em sua grande maioria, por escravizados africanos de origem banto e, com algumas exceções, também por membros do Exército e da polícia.

Por muito tempo, a capoeira sofreu preconceito e foi considerada uma luta violenta, sendo alvo de repressão policial e coibida em âmbito legal. Foram necessárias décadas de desconstrução e conscientização para, a partir de 1930 e 1940, a prática começar a se livrar, aos poucos, desse estigma, passando a ser reconhecida como um saber genuinamente brasileiro.

A Roda de Capoeira e o Ofício de Mestre e Mestra de Capoeira foram registrados como bens culturais imateriais do Brasil em 2008, por indicação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão do Ministério da Cultura (MinC).

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    Rodas de capoeira, comuns em Nova Friburgo, sempre atraem olhares atentos de populares (Foto: Divulgação)

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    Mestres e associações do município têm história no esporte e são responsáveis por incentivar a capoeira (Foto: Divulgação)

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O trânsito em Friburgo se tornou insano

terça-feira, 26 de março de 2024

Vários fatores explicam esse fenômeno, não se podendo afirmar ser um mais importante que o outro ou outros. É claro que o aumento do material rodante associado a uma malha viária que pouco evoluiu, contribui em muito com essa insanidade. Além do mais, o aumento constante do número de motocicletas, que também se enquadra no material rodante, é outro fator a aumentar o caos nosso de cada dia.

Vários fatores explicam esse fenômeno, não se podendo afirmar ser um mais importante que o outro ou outros. É claro que o aumento do material rodante associado a uma malha viária que pouco evoluiu, contribui em muito com essa insanidade. Além do mais, o aumento constante do número de motocicletas, que também se enquadra no material rodante, é outro fator a aumentar o caos nosso de cada dia.

Não sei se a má educação no trânsito espelha o grau aumentado da nossa falta de educação geral, o que para mim é uma constatação, mas, creio ser a argamassa para essa insanidade. E, como a maioria dos nossos motoristas são crias das auto-escolas, essas têm um papel importante na balbúrdia em que se transformou rodar pelas ruas e avenidas da cidade. Aliás, isso não é só aqui, pois o que vemos por aí, pelo menos nas principais cidades do Estado do Rio, é uma loucura.

Fazendo parte de uma coletividade, nós motoristas deveríamos atentar para certos hábitos que precisam ser ensinados e corrigidos nas auto-escolas. Por exemplo, freio é um coadjuvante nos equipamentos que compõem um automóvel, mas, hoje em dia, tornou-se um pesadelo para quem está atrás de outro veículo. Não importa qual a situação, maquinalmente coloca-se o pé no freio. Muitas vezes, o simples tirar o pé do acelerador é suficiente para reduzir a velocidade do carro, principalmente, dentro das cidades onde a velocidade máxima não deveria ser superior a 60 km por hora.

Engavetamentos muitas vezes ocorrem, por que, de repente, o condutor da frente, sem a menor necessidade pisa no freio e provoca uma reação em cadeia. E aí surge um outro problema que é o de não se respeitar uma distância mínima entre dois carros. Na baixa velocidade há tempo para se remediar o inevitável, mas acima dos 60 km por hora uma batida é quase inevitável. E, o que é pior, muitas vezes um motorista precavido deixa um espaço seguro a sua frente, que logo será preenchido por um apressadinho. Quem tem pressa, na hora do rush, que saia bem mais cedo de casa.

Outro problema sério é quando o motorista, próximo a uma esquina resolve parar para decidir que caminho seguir, com esse simples ato pode desencadear batidas em série, causar engarrafamentos, prejudicar a travessia dos pedestres. Esquece o princípio básico de que o direito de uma pessoa termina quando começa o de outrem. Além de infringir um conceito básico das leis de trânsito que é parar na via pública, a não ser em caso de pane.

Aliás, conhecimento das leis de trânsito é um outro tópico que deveria ser ensinado nas auto-escolas. Circular em baixa velocidade na faixa da esquerda, não respeitar os sinais de trânsito e as faixas de pedestres, andar na contra mão, ultrapassar pela direita, desrespeitar o sinal vermelho, trocar de faixa repentinamente e sem sinalizar e, o que é mais grave, sem observar com atenção se a pista do lado está livre, não respeitar as setas. Se um condutor sinaliza que vai dobrar à direita ou à esquerda, quem está atrás ou a uma certa distância, ao lado, ao invés de acelerar, deveria deixar a passagem livre. Todos esses tópicos fazem parte das leis do trânsito e teriam de ser aplicadas no dia a dia.

A falta de uma boa conduta por parte dos motoristas é flagrante, principalmente entre os motoqueiros, motivo maior da insanidade geral. Virou hábito circular, em alta velocidade, pelos corredores, para escapar dos engarrafamentos, não respeitar setas de sinalização, circular em alta velocidade, ultrapassar entre o meio fio e o automóvel, seja na esquerda ou na direita, fazer ultrapassagens perigosas, tirando fino de carros, caminhões e ônibus. Esquecem que a lataria de uma moto é o corpo do próprio condutor e que o automóvel é o veículo a ser respeitado e não o contrário. São maiores, mais pesados e existem em maior número.

A falta de um poder público eficiente e competente, também contribui para esse caos geral. Não se tem, em Friburgo, um sistema de transporte público eficiente, o que obriga muitas vezes o uso do carro desnecessariamente. Uma pessoa que saia da Cascatinha ou do Cônego para ir à Olaria, para resolver problemas simples como ir ao banco, a um médico ou dentista, ou fazer compras em farmácias, sapatarias ou lojas de roupas, ou vai a pé ou de carro, pois o ônibus custa a passar. Desses bairros citados, para o centro da cidade é o mesmo problema. Não existe um horário certo para a passagem dos coletivos e muitas vezes eles são insuficientes. A desculpa é de que circulam vazios, mas o fazem justamente pela falta de credibilidade que acarretam.

O poder público também pouco faz, a não ser assistir de camarote, para tentar solucionar o grande engarrafamento que tomou conta da cidade. O Paissandu é o maior exemplo, pois está ali desde que foram abertos os bairros de Olaria, Parque São Clemente, Cônego e Cascatinha e nunca existiu um projeto para resolver aquele nó. O que é pior, tal fato se agrava de ano para ano. Moro em Friburgo há 47 anos, no início, sem via expressa levava-se dez minutos para se deslocar do Cônego ao Centro. Hoje, com via expressa, é, no mínimo meia hora. E a distância é a mesma. Sem falar na Avenida Roberto Silveira, que liga Duas Pedras até Conselheiro Paulino e é passagem obrigatória para quem se dirige para cidades vizinhas, como Bom jardim, Cordeiro, Cantagalo e o norte do estado.

 Educação no trânsito e governos competentes, talvez, sejam a nossa salvação. Mas, atualmente é querer demais.

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Até que enfim, a capina

terça-feira, 26 de março de 2024

“Demorou, mas após inúmeros apelos de moradores, a pracinha na esquina das ruas Joaquim José da Silva e Carlos da Silveira Carneiro, no bairro Cascatinha, foi, enfim, capinada. O espaço estava há meses totalmente coberto pelo mato que encobria até o meio-fio. Quem mora por ali ou passa pelo local se assustava com a altura do mato e até perdemos a conta da quantidade de reclamações feita à prefeitura e a Subprefeitura de Olaria, Cônego e Cascatinha. Quando as equipes chegaram para a tão esperada limpeza foram recebidas com aplausos.

“Demorou, mas após inúmeros apelos de moradores, a pracinha na esquina das ruas Joaquim José da Silva e Carlos da Silveira Carneiro, no bairro Cascatinha, foi, enfim, capinada. O espaço estava há meses totalmente coberto pelo mato que encobria até o meio-fio. Quem mora por ali ou passa pelo local se assustava com a altura do mato e até perdemos a conta da quantidade de reclamações feita à prefeitura e a Subprefeitura de Olaria, Cônego e Cascatinha. Quando as equipes chegaram para a tão esperada limpeza foram recebidas com aplausos. Tomara que a prefeitura não nos abandone de novo e faça também limpeza em outros espaços que precisam de cuidado como o prédio e o entorno do antigo Sase, em Olaria.” 

Moradores do bairro Cascatinha 

Potenciais focos do mosquito da dengue 

“Em tempos de aumento considerável dos casos de dengue em todo o Brasil, as campanhas massivas sobre a necessidade de evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti, que causa a dengue, parece que não têm sido suficientes. Ao passar nesta semana pela via expressa, constatei que veículos permanecem abandonados em um terreno às margens da pista, facilitando a proliferação do mosquito e também de outros insetos e roedores. É preciso que a fiscalização da prefeitura aja com rigor para impedir novos casos dessa doença, mesmo com as chuvas recentes.”

Anderson Caetano

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A VOZ DA SERRA é o néctar da informação friburguense

segunda-feira, 25 de março de 2024

Já pensou percorrer dentro do nosso país, uma trilha de 4.500 quilômetros, onde o roteiro começa no Rio de Janeiro indo até o Rio Grande do Sul? Isso é mais uma prova da extensão do Brasil que, não sem razão, é chamado de “gigante pela própria natureza”, nos versos do Hino Nacional. O Caderno Z nos trouxe a façanha de Julieta Santamaria, uma argentina que está em terras brasileiras há um ano. Por seu interesse pelo “mundo das trilhas”, a jovem portenha, de 25 anos, soube da existência do Caminho da Mata Atlântica e resolveu encarar o desafio que começou há mais de 15 dias.

Já pensou percorrer dentro do nosso país, uma trilha de 4.500 quilômetros, onde o roteiro começa no Rio de Janeiro indo até o Rio Grande do Sul? Isso é mais uma prova da extensão do Brasil que, não sem razão, é chamado de “gigante pela própria natureza”, nos versos do Hino Nacional. O Caderno Z nos trouxe a façanha de Julieta Santamaria, uma argentina que está em terras brasileiras há um ano. Por seu interesse pelo “mundo das trilhas”, a jovem portenha, de 25 anos, soube da existência do Caminho da Mata Atlântica e resolveu encarar o desafio que começou há mais de 15 dias.

Julieta conta o que a impulsionou para a jornada: “tem muitas coisas que gostaria de aprender. Nesse mundo é difícil ver uma mulher viajando sozinha, pelas coisas que acontecem, mas hoje, com as redes sociais, acho maneiro que outras mulheres possam perceber que também podem viajar, seguir seus sonhos, independentemente de quais sejam...”. O percurso passa em 132 municípios, cinco estados e duas macrorregiões. 

Para a trilheira, a travessia, que já tem mais de 900 km de sinalização, é também “uma forma de gerar um interesse nas pessoas sobre o fato de preservar o meio em que se vive, que sem ele não poderíamos ter a vida que temos”. E completa: “gosto muito de viajar, conhecer pessoas, trocar ideias, ouvir as histórias. E fazer essa caminhada me permite tudo isso e seguir acreditando na bondade das pessoas”.

Essa bondade que Julieta afirma está dentro dela, a partir de seu olhar atento para o seu entorno. Não há dúvidas de que as pessoas que se aventuram em longas jornadas em contato com a natureza, saindo dos holofotes urbanos para as luzes naturais, elas encontram uma paz de espírito e uma visão de mundo melhor. Seguir a jovem no Instagram - @Julisantta - há de ser uma experiência prazerosa e enriquecedora para todos. É um modo de usufruir de algo bom que não temos no dia a dia, afinal, é preciso ter coragem, oportunidade e desprendimento, numa entrega total com o mestre interior, aquele que nos guia por onde forem os nossos caminhos. Sucesso, moça! Dê notícias.

A charge de Silvério colocou o Cão Sentado de orelha em pé e as chuvas previstas para o fim de semana vieram até brandas, em Nova Friburgo. Sem relâmpagos, sem aquela ventania costumeira que bate portas e arranca telhados, a chuva veio de mansinho, dando tempo a quem precisava se proteger. Ninguém pense que o serviço de meteorologia “falhou”. Pelo contrário, a prevenção vale muitas vidas. Entretanto, há que se rever as condições do Rio Bengalas que, mesmo com a chuva rápida e silenciosa, o rio triplicou o volume das águas. Sinal de vigilância constante. E o frio, também previsto, colocou as manguinhas e os cobertores de fora. Foi um verdadeiro baque na temperatura.

Quem diria que chegaríamos no tempo em que ouvir música é só uma questão de “streaming”? Somos dos tempos do vinil, quando existia a Casa Edson, a mais moderna em artigos musicais, inclusive. Era o tempo também de sintonizar a Rádio Mundial e ligar o gravador para “salvar”, na fita k7, as nossas preferências. Depois veio o CD, quase desbancando o vinil, seguido pelo pendrive, outra espécie de avanço. O Brasil, graças ao impulso do streaming, está em 9º lugar no ranking fonográfico, pela tecnologia de transmissão de dados pela internet, em especial, de áudio e vídeo, sem a necessidade de baixar os conteúdos. No ranking das músicas mais acessadas, em 2º lugar está “Nosso Quadro”, com Ana Castela, a mais acessada por minha neta Júlia, 8 anos de esperteza.

O Restaurante Trilhas do Araçari, em Mury, dá um banho de originalidade com a sua proposta de despertar a consciência sustentável. Vale a pena conhecer a magia desse lugar que oferece alimentação natural e uma série de eventos, todos focados “em experiências incríveis”, que vão além da gastronomia vegetariana. Uma boa oportunidade será visitar o espaço nos dias 29 e 30 de março, das 11h às 17h e curtir o evento “Edição Páscoa”.  Tem até exposição de vários artistas da região com produtos sustentáveis e artesanais. E o visitante pode participar do “colha e pague”. Vamos lá!

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Semana Santa: quem tem medo da cruz?

segunda-feira, 25 de março de 2024

Entramos na Semana Santa. Neste final de Quaresma, façamos uma profunda reflexão-preparação espiritual.

Quem tem medo da cruz? Resposta: todos nós. Não fomos feitos para a cruz. Fomos gerados para a luz, para a vida. A cruz assombra, assusta, frustra, entristece. Faz fenecer todo sonho, o brilho dos olhos, a paz do coração. Faz perecer o voo, o projeto da ave, agora amarrada e sangrada. A cruz é terrível. É o nada travestido de dor, o vazio do abandono, o frio do desmonte existencial.

Entramos na Semana Santa. Neste final de Quaresma, façamos uma profunda reflexão-preparação espiritual.

Quem tem medo da cruz? Resposta: todos nós. Não fomos feitos para a cruz. Fomos gerados para a luz, para a vida. A cruz assombra, assusta, frustra, entristece. Faz fenecer todo sonho, o brilho dos olhos, a paz do coração. Faz perecer o voo, o projeto da ave, agora amarrada e sangrada. A cruz é terrível. É o nada travestido de dor, o vazio do abandono, o frio do desmonte existencial.

Quem tem medo da cruz? Todo ser sensato tem. Mas a pergunta é outra: quem ou o que venceria o Amor? O que ou quem derrotaria a Luz? E a Luz e o Amor têm nome - Jesus, o Homem-Deus Salvador. Não que a cruz não pese ou não doa. Mas, a presença do seu Amor é mais forte do que a morte! O que é a dor do parto em relação à infinita alegria do filho-fruto? O que é a dor do sofrimento terreno perante a alegria estrondeante da eternidade que já pulsa e vibra dentro de nós?

Cristo venceu a cruz, porque era todo Amor. Ele sabia que o Pai não o deixaria. Até por um momento de solidão estremeceu e oscilou na segurança. Mas seu espírito estava entregue. Ele era plena comunhão de Amor e de Luz com o seu Pai. E o Espírito estava com Ele. Ele atravessou o deserto da fome e da sede, do calor e do vento gélido. Ele perseverou fiel na dureza das tentações. Sempre nos nossos momentos de fraqueza aparecem as portas largas do fácil e do mal. É mais cômodo jogar a toalha. É mais prático também mais covarde abandonar o navio, a luta, a causa. Perder os princípios, compactuar com a mentira. Fazer o jogo, vender a alma, ganhar tesouros, curtir o egoísmo-prazer. Adorar o poder, garimpar o dinheiro. É o movimento-alucinação do mundo, do nosso mundo roleta russa. Salve-se quem puder!

Ao contrário, o Mestre sustentou a caridade com a fibra do despojamento e da humildade, com a força divina da constância. A estabilidade do Bem, sem máscara, sem terceiras intenções, sem hipocrisia, sem autopromoção. A generosidade sempre pronta daquele que tinha no cotidiano de cada dever-missão o tempero do sentido maior do coração: a felicidade do outro, o crescimento do irmão-amigo, a salvação da amiga-irmã. A cruz só prevalece quando não temos a Luz e o sentido! Quando possuímos um porquê, então fazemos a oferenda, entregamos o sacrifício. Cada dor é doação, é oferta. É "por eles" que caminhamos. É "por eles" que sofremos. É "por eles" que não desistimos e enfrentamos tudo e não cedemos à infidelidade. É "por eles", gratuitamente, já nos dispensando do "obrigado" e da necessidade lógica da gratidão e do retorno. Como é o Amor de Cristo, puro e gratuito, só para que todos nós nos libertássemos. E isso já é uma imensa felicidade!

Se pudermos plantar a semente e fazer crescer alguém, isto já é um bálsamo de Deus que diz a nós ao ouvido e ao coração: "É por aí! Vai, continua, sê feliz!" Não importa o peso do madeiro, mesmo que diário. Transcenderemos o calvário, os chicotes, as cusparadas, as zombarias, a lança da traição, a sensação de abandono... Não fugiremos da missão, pois o nosso sangue é semente, nossa vida é geradora de tantas vidas e esperanças. Se a cada passo o Amor ilumina, a cruz que era nada, se torna instrumento-caminho do Tudo. O que era fim se transforma em meio. O que aniquilava, agora amadurece e reforça o valor da meta. O muro aparentemente intransponível é, na verdade, somente um obstáculo para o corredor que tem como ideal a coroa de louros da vitória. E assim nos libertamos e corremos no certame que nos é proposto rumo à realização eterna de Deus.

Não queremos ser escravos de ninguém, de nada, nem de nós mesmos. Foi para que fôssemos livres que Cristo nos redimiu, que Ele derramou total e resignadamente seu sangue, vendo em cada dor a nossa liberdade, em cada chicotada, o nosso riso, em cada bofetada, a nossa canção, na coroa de espinhos, a nossa glória. Persevera quem ama. De novo retorna à mente a pergunta: Quem tem medo da cruz? Todos nós temos medo da dor. Mas temos muito mais confiança no Amor que vence o tempo, a força, a mentira e a maldade, porque tem o Poder e a perenidade da Verdade - a única estrada que nos pode dar a vitória-felicidade-ressurreição!

 

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça

Assessor Eclesiástico da Comunicação Institucional

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Unânime

segunda-feira, 25 de março de 2024

Gestão de Bachini tem contas de 2023 aprovadas pelo Nova Friburgo

O Conselho Deliberativo do Nova Friburgo Futebol Clube aprovou, por unanimidade, as contas do exercício 2023 da gestão do presidente do Conselho Diretor, Luiz Fernando Bachini. A reunião aconteceu na noite da última quarta-feira, 20, na Sede Social, no Centro. O mandatário foi reeleito em janeiro deste ano para presidir o biênio 2024-205, emplacando assim o seu nono mandato consecutivo à frente da instituição.

Gestão de Bachini tem contas de 2023 aprovadas pelo Nova Friburgo

O Conselho Deliberativo do Nova Friburgo Futebol Clube aprovou, por unanimidade, as contas do exercício 2023 da gestão do presidente do Conselho Diretor, Luiz Fernando Bachini. A reunião aconteceu na noite da última quarta-feira, 20, na Sede Social, no Centro. O mandatário foi reeleito em janeiro deste ano para presidir o biênio 2024-205, emplacando assim o seu nono mandato consecutivo à frente da instituição.

A mesa diretora do evento foi composta por: Carlos Arnaldo Bravo Berbert (presidente do Conselho Deliberativo); Luiz Fernando Bachini (presidente do Conselho Diretor); José Eduardo Valentim (vice-presidente do Conselho Deliberativo); Jorge Luiz Ribeiro de Carvalho (2º secretário); Ivan Gambini (2º tesoureiro) e José Carlos Siqueira (vice-presidente de Desportos Amadores).

“Em conformidade com o artigo 91, inciso I do Estatuto, examinaram, no desempenho de suas funções, documentos, balanços e demonstrativo de receitas e despesas, bem como relatórios que vieram a construir a prestação de contas para o exercício do ano de 2023 (…) Assim sendo, encontramos tudo em perfeita ordem e boa escrita, não havendo dúvidas quanto aos lançamentos, recomendamos a sua inteira aprovação”, destacou o documento assinado pelos membros do Conselho Fiscal, Rômulo Amêndola, Ezio Marques e Joel Duarte.

Participaram da atividade os membros do Conselho Deliberativo, Fiscal e convidados. “A preocupação ao fazer essa prestação de contas foi apresentar as informações financeiras de forma clara e objetiva. Com elas, nós podemos mostrar o que fizemos ao longo do ano de 2023”, afirmou o presidente de Conselho Diretor, Luiz Fernando Bachini.

O presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Arnaldo Bravo Berbert, elogiou o trabalho realizado pelo Conselho Diretor. “Queremos parabenizar o trabalho desenvolvido pelo presidente do Conselho Diretor, Luiz Fernando Bachini. Ele realiza um brilhante trabalho à frente do nosso clube.”

 

Incentivo

Ministério do Esporte cria Programa Paradesporto Brasil em Rede

O Ministério do Esporte instituiu o Programa Paradesporto Brasil em Rede, por meio de portaria assinada na quinta-feira passad, 21. A iniciativa cria uma rede colaborativa de instituições de ensino superior para ofertar atividades paradesportivas gratuitas a pessoas com deficiência, a partir dos seis anos de idade. O mínimo de 50% das vagas será priorizada para meninas e mulheres.

Entre os principais objetivos do programa, estão a promoção de competições, lazer e inclusão social em todas as regiões; o fomento à produção científica e a capacitação de profissionais para atuar em desenvolvimento e gestão de projetos paradesportivos.

Segundo a pasta, o Brasil é uma das maiores potências paradesportivas do mundo. A portaria entra em vigor no dia 1º de abril.

  • Foto da galeria

    Bachini, indo para o nono mandato à frente do clube, teve as contas do ano passado aprovadas (Foto: Divulgação)

  • Foto da galeria

    Reunião contou com a presença de dirigentes e aprovação de forma unânime (Foto: Divulgação)

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