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A VOZ DA SERRA, o confiável, o imparcial, a Voz que se quer ouvir...

segunda-feira, 08 de abril de 2024

Nada como iniciar uma viagem dentro da nossa “casa da informação”! Festejar, junto ao Caderno Z, os 79 anos do jornal A VOZ DA SERRA é o mesmo que fazer uma festa para a família, onde os convidados são todos parentes e amigos. E haja espaço para caber uma população que se abastece da credibilidade de um informativo que atravessa suas sete décadas na lisura de sua tradição: legado e fidelidade aos seus propósitos.

Nada como iniciar uma viagem dentro da nossa “casa da informação”! Festejar, junto ao Caderno Z, os 79 anos do jornal A VOZ DA SERRA é o mesmo que fazer uma festa para a família, onde os convidados são todos parentes e amigos. E haja espaço para caber uma população que se abastece da credibilidade de um informativo que atravessa suas sete décadas na lisura de sua tradição: legado e fidelidade aos seus propósitos. Mudaram-se os tempos e a nossa Voz também mudou: ampliou suas edições semanais, mudou alguns padrões de formatação, inseriu cores, criou cadernos de fim de semana, mudou de sede mais de uma vez, mudou de pai para filho e de filho para filha, na travessia de “venturas” – Américo, Laercio e Adriana. Uma trilogia que edifica um legado sólido, porém, aberto ao novo, ao mundo das  possibilidades, desde os modos de trabalho da impressão, da coleta e recepção de dados, das fontes e até na expansão territorial.   

O colunista Max Wolosker definiu bem: “é um senhor longevo, mas com fôlego de um jovem para continuar a manter sua missão maior...”. Dr. Cesar Vasconcellos de Souza destaca: “Manter um jornal ativo por quase oito décadas não é para qualquer um...”. Hoje, em se tratando de comunicar, alguém com um celular e uma rede social se acha no “direito” de transmitir “notícias”, na sensação de que faz o papel de jornalista. Entretanto, esse papel vai além de uma postagem. É preciso trabalho, apuração, responsabilidade e tudo o mais que um jornal, centrado como é a nossa Voz, oferece aos leitores.

Vinicius Gastin, da nova geração, ressalta: “Celeiro de alguns dos maiores jornalistas, o A VOZ DA SERRA se reinventa a cada edição, trazendo consigo todo um peso e um respaldo que amplia a nossa responsabilidade...”. Ele, que há 12 anos, traz o esporte e nos põe “à beira do gramado”, sabe bem dessa importância. Muito marcante é a narrativa de Alex Santos, que começa no encontro do amor da sua vida, há 24 anos, num dia de São Pedro. Seu relato passa pelas páginas do jornal, numa “prosa” deliciosa de se ler, até chegar em dezembro de 2023 com sua coluna “Prosa Sustentável”. Beleza!

“O mais friburguense dos friburguenses” é a definição que Wanderson Nogueira encontrou para definir A VOZ DA SERRA. Em meio a tantas mudanças, "folhear páginas de um jornal continua sendo ritual de quem gosta de ter tinta nos dedos como se o ato pudesse, e pode, capturar mais do que notícias efêmeras, mas notar a história em suas mãos...”. Sim, nós somos esses leitores apaixonados por essa Voz que alcança o mundo.

O Cão Sentado, na charge de Silvério, não deixaria de se estilizar para compor os 79 anos do jornal que esparge os seus anseios de bom friburguense. Comte Bittencourt, Roosevelt Concy e Braulio Rezende ilustram com belas mensagens as comemorações, bem como as manifestações de júbilo dos colunistas Lucas Barros, Robério Canto e Paula Farsoun. As palavras de todos são linhas de ouro que se entrelaçam na justa e merecida comemoração das “Bodas de Café” no mais perfeito enlace com Nova Friburgo.

Meu pai foi quem me apresentou ao jornal. Era comum circular em nossa casa as suas páginas. Mamãe lia cada matéria com todos os pontos e vírgulas. Mais adiante no tempo, papai, já aposentado, saía de casa às terças e quintas para comprar o jornal nosso de cada dia. Quando passou a ser diário, para evitar sair todos os dias, papai fez uma assinatura, em meu nome, para que nunca faltasse a sagrada informação de A VOZ DA SERRA.

Acompanhando as gerações, tornou-se parte da família, o confiável, o imparcial, a voz de todos, a voz que se quer ouvir. Quando me tornei colunista, em 2014, meu pai não estava mais no plano terreno para dizer: “Minha filha, você está que tá!”. E meu novo livro, o “2012”, surge em destaque na página 8, com foto de Thiago Lima. O “brinco de ouro” na orelha do livro é de autoria de  Ana Borges. Ela sintetizou a obra na mais linda metáfora: “Uma perfeita tradução da mistura de uma flor-de-lis com um jatobá”. Grata! De minha trova, estampada no Caderno Z, bastam dois versos: “Sempre mais A VOZ DA SERRA, muito mais A Voz do povo”! Feliz Bodas de Café com Nova Friburgo!

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Escuridão em Varginha

segunda-feira, 08 de abril de 2024

“No dia 5 de janeiro fiz pessoalmente à prefeitura, um pedido para troca de lâmpadas queimadas no poste da Rua Anna Sartoli Catarcione, em frente ao número 284, no bairro Varginha, e até hoje não atenderam ao pedido. A taxa de iluminação pública, no entanto, vem sendo cobrada normalmente todos os meses na minha conta de luz. É direito, e principalmente obrigação de todo cidadão exigir a prestação do serviço que é pago. Na verdade, o que  estamos pagando hoje em Nova Friburgo é ‘taxa de escuridão pública’.

“No dia 5 de janeiro fiz pessoalmente à prefeitura, um pedido para troca de lâmpadas queimadas no poste da Rua Anna Sartoli Catarcione, em frente ao número 284, no bairro Varginha, e até hoje não atenderam ao pedido. A taxa de iluminação pública, no entanto, vem sendo cobrada normalmente todos os meses na minha conta de luz. É direito, e principalmente obrigação de todo cidadão exigir a prestação do serviço que é pago. Na verdade, o que  estamos pagando hoje em Nova Friburgo é ‘taxa de escuridão pública’. Todas as vezes que cobro a prestação do Serviço, a informação é sempre a mesma: ‘Estamos fazendo uma licitação para contratar uma empresa que irá assumir o serviço. É uma vergonha!”

José Augusto Amaral

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O arrependimento e a escova de dentes

segunda-feira, 08 de abril de 2024

O modo como construímos a vida é decorrente das decisões que tomamos. Decidimos desde o momento em que acordamos e colocamos os pés no chão, se o direito ou o esquerdo, até deitarmos a cabeça no travesseiro à noite. Não damos um passo sem decidir, dado que somos seres de juízo com autoridade sobre nós mesmos. Essa é uma consciência que vamos construindo ao longo da vida, desde quando aprendemos a expressar o sim e o não. Simples assim?

O modo como construímos a vida é decorrente das decisões que tomamos. Decidimos desde o momento em que acordamos e colocamos os pés no chão, se o direito ou o esquerdo, até deitarmos a cabeça no travesseiro à noite. Não damos um passo sem decidir, dado que somos seres de juízo com autoridade sobre nós mesmos. Essa é uma consciência que vamos construindo ao longo da vida, desde quando aprendemos a expressar o sim e o não. Simples assim? De certo que não.  Se, por um lado, o medo de errar influencia a decisão que pretendemos tomar e no modo como fazê-la, principalmente quando o arrependimento pincela as sensações, por outro, as decisões impulsivas podem nos criar verdadeiras emboscadas. Aprender a tomar decisões é a maior e mais longa escola que podemos cursar.

Estou lendo o livro “A Biblioteca da Meia-Noite”, do romancista e jornalista inglês Matt Haig. Uma história de ficção fantástica em que a protagonista, uma mulher de 35 anos depressiva e com pensamentos suicidas, abandona vários projetos que ela mesma criou. A cada dia a impressão de fracasso e inutilidade vai crescendo em suas sensações, até que pensa em dar um fim à sua existência quando seu gato morre atropelado porque ela havia deixado a porta aberta. Naquele estágio de dúvida entre a vida e a morte, vê-se numa biblioteca, onde há livros que contam histórias sobre as opções que abandonara e de como seriam realizadas. 

É um livro impactante posto que a leitura nos faz refletir sobre as decisões que tomamos. De repente seguimos um rumo e abandonamos outro. Sabemos o que nos aconteceu em consequência do que decidimos, mas desconhecemos o que teria acontecido se houvesse outra opção. Em “A Biblioteca da Meia-Noite”, a personagem vai relembrando o que não viveu. A cada desistência é tomada de arrependimentos, como ter deixado a natação. Então, recebendo a atenção de uma bibliotecária, vai percorrendo os desafiadores caminhos que poderia ter percorrido, o que poderia ter conquistado ou perdido, os embates que teria de enfrentar, as felicidades e tristezas. Os encontros e desencontros.

Tenho o hábito de imaginar que o que não vivi teria sido melhor face às dificuldades que enfrento em decorrência de uma decisão que tomei. É uma fantasia e tanto habitar no Jardim do Éden!

O pensamento budista engrandece as relações de causa e efeito. Tudo o que fazemos gera consequências, às vezes quase infinitas, por assim dizer. O acaso existe, não há quem duvide. Entretanto, uma decisão leva a outra e a outra e assim por diante. A inteligência é fundamental na construção do nosso destino. Contudo, meu amigo leitor, a intuição não pode ser negligenciada, enquanto capacidade de pressentir ou prever uma situação futura, sem o conhecimento da causa e do efeito com maior profundidade.

Uma decisão bem tomada acarreta consequências desejáveis. Mas as impensadas e mal avaliadas podem problematizar a vida. Aliás, decidimos para evitar problemas ou resolvê-los. 

Por que escovamos os dentes? 

Um arrependimento pode se arrastar por um bom tempo, talvez pela vida inteira. É como uma condenação que nos sentencia ao pesar. Há situações em que podemos voltar atrás e decidir novamente, mas outras, infelizmente não.

Por outro lado, o arrependimento é uma forma da gente aprender com o erro. É aí que está o pulo do gato. O bom jogador guarda o erro como a carta de virada do jogo e sabe usar a criatividade em cada jogada. 

 Ah, ia esquecendo de lembrar que a escova de dentes macia não fere as gengivas.

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Adiada a festa da fusão dos clubes Esperança e Conselheiro

sábado, 06 de abril de 2024

Edição de 6 e 7 de abril de 1974 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Edição de 6 e 7 de abril de 1974 

Pesquisado por Thiago Lima

 

Manchetes 

Festa da Fusão ficou para amanhã - Transferida do último dia 24 de março, em virtude das fortes chuvas, a festa da fusão entre o Esperança e o Conselheiro está marcada para este 7 de abril de 1974, com início previsto para às 8h, com a celebração de missa campal. Na programação, assinatura oficial da fusão, torneio início de “dentes de leite”, com a participação do Esperança, Friburgo, Serrano, Fluminense, Grêmio e Filó, pela manhã, e os encontros de veteranos do Esperança X Conselheiro, e Seleção Friburguense X Esperança, à tarde, formam o restante do programa elaborado para marcar este grande acontecimento esportivo de Nova Friburgo.

 

Colégio Nova Friburgo inova na educação - O Colégio Nova Friburgo - Fundação Getúlio Vargas - dentro do que preceitua a Reforma do Ensino e orientado pelo seu tradicional espírito de pioneirismo na educação, introduziu este ano em seu currículo, nas turmas de 7ª e 8ª séries do curso fundamental, o Curso de Artes Dramáticas, com três aulas semanais. O chefe das seções de Artes e Audiovisuais do eficiente educandário do Parque da Cascata, o professor Mario Castillo é o responsável pela ministração do curso de Artes Dramáticas que muito sucesso vem fazendo entre os jovens estudantes da Fundação. 

 

Bento Convicto: “Ganho com 8 mil” - Discordando de uma observação deste jornal, relativa à matéria que publicamos na edição passada, o vereador Bento Ferreira declarou estar convicto de sua vitória como candidato à deputado estadual em novembro próximo, concorrendo pelo MDB, numa lista tríplice da qual fazem parte o vereador Alencar Pires Barroso e o deputado Waldyr Rodrigues Costa.  

 

Quem resolve os problemas de Carlinhos? - Sem pai e com a mãe internada no Hospital Santo Antônio, vítima de hepatite, Carlos Pinheiro Sátiro, está apelando para uma boa alma para tentar conseguir duas coisas que são seus maiores sonhos de menino engraxate, um pequeno “Capitão de Areia”, com pouco mais de 10 anos. Carlinhos deseja ardentemente uma bicicleta que lhe evitará uma longa caminhada diária de Furnas até Conselheiro Paulino e um emprego, na função de “boy”, garoto de recados e até de limpeza. 

 

Martin chega e é recepcionado - Com recepção em sessão solene na Academia Friburguense de Letras, inicia-se uma série de homenagens que a cidade de Nova Friburgo prestará ao professor Martin Nicoulin, um suíço-francês, autor da alentada obra “La Genése de Nova Friburgo”, que trata do início da fundação do nosso município. 

 

Ventura é o nosso guia - Neste domingo, 7 de abril de 1974, o 29º da nossa existência, A VOZ DA SERRA marcha na mesma posição. Firme e de acordo com os padrões estabelecidos. Das tradições à seguir. Das diretrizes traçadas. Diretrizes que nos foram traçadas por Américo Ventura Filho; defesa dos melhores interesses da comunidade friburguense. Defesa intransigente das melhores reivindicações do povo e da cidade.  

 

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Sônia Cristina, Alfredo de Almeida Chagas e Sada Romélia Felga (7); Elias Caputo e Hebe El-Jaick (8); Geraldo de Almeida Ventura e Elza Côrtes Cúrio (9); Ezídio da Silva Assis e Rejane Lafayete (10); César Guinle, Reny Dessant, Maria Ângela Abicalil e Tânia Lugon (11); Afrânio Veiga do Valle, Jayme Segal, Manoel Carneiro de Menezes e Yolanda Meconi de Souza (12); Laura Milheiro de Freitas, Edith Pinheiro de Faria e Luiza Maria Motta (13).

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Reta final

sábado, 06 de abril de 2024

Finais dos Jogos Universitários Brasileiros neste sábado em Recife

Finais dos Jogos Universitários Brasileiros neste sábado em Recife

Recife, a capital de Pernambuco, recebe desde a última segunda-feira, 1º, a primeira edição de 2024 dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), competição que reúne mais de mil estudantes de 33 instituições de ensino superior de 16 estados do Brasil e que disputam partidas de futebol, Fut 7, Rugby 7 e X2 (nova modalidade que reúne apenas dois jogadores de linha e um goleiro). Na quarta-feira, 3, foram definidas as equipes classificadas para as quartas de final da maior parte das modalidades. As finais são disputadas neste sábado, 6.

Segundo o presidente da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), Luciano Cabral, a primeira edição do evento neste ano está sendo usada “para desenvolver e dar mais visibilidade a alguns projetos que impactam diretamente o fomento do esporte universitário e algumas políticas”.

A CBDU realiza uma ação focada na igualdade de gênero, passando a oferecer em 2023 hospedagem no JUBs Futebol, Fut 7, Rugby e X2 para todos os times femininos. Já as equipes masculinas têm apenas direito ao benefício caso também inscrevam o time feminino na mesma modalidade. O evento é realizado dentro de comunidades da cidade, em campos revitalizados pela Prefeitura de Recife, que realiza o evento em conjunto com a CBDU.

“Colocamos o JUBs em arenas, em campos, perto das comunidades nas quais existe desfavorecimento social. O objetivo é que jovens, crianças, aqueles que ainda não estão na faixa etária universitária, ou mesmo na idade universitária, possam acompanhar os jogos, possam conviver com os atletas, tenham a oportunidade de ver que existe uma possibilidade de alcançar o curso superior, uma formação, por serem atletas”, declarou Luciano Cabral.

Os JUBs são abertos e gratuitos ao público. Além disso é possível acompanhar a transmissão pelo canal no YouTube da CBDU.

 

Remarcado
 

Partida do Estadual de Futmesa adiada para o dia 14

Com o duelo entre Nova Friburgo e Olaria adiado devido às chuvas, a segunda rodada do Campeonato Estadual de Equipes 2024, categoria Dadinho, agitou a cidade do Rio de Janeiro. Pelo Grupo A, se enfrentaram Humaitá 3 x 25 América, Grajaú Tênis Clube 12 x 10 São Cristóvão, Vasco da Gama 16 x 10 Light e River 15 x 11 Botafogo.

No Grupo B, os resultados foram Lafume 5 x 22 Flamengo, Fluminense 19 x 9 Duque de Caxias e Piedade 13 x 16 Liga Fonte. Os confrontos acirraram a briga por posições visando as finais das séries ouro, prata, bronze e extra da competição.

A terceira rodada do Estadual, marcada para o próximo domingo, 14, terá os seguintes jogos: América x Botafogo, River x Light, São Cristóvão x Vasco da Gama, Humaitá x Grajaú, Flamengo x Liga Fonte, Duque de Caxias x Piedade, Nova Friburgo x Fluminense e Olaria x Lafume.

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    Mais de mil estudantes disputam partidas de futebol, Fut 7, Rugby 7 e X2 (Foto: Divulgação)

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    Nova Friburgo teve jogo adiado no final de março, por conta das previsões de chuva (Foto: Rafael Seabra)

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O mais friburguense dos friburguenses

sábado, 06 de abril de 2024

Há quem diga que não voltam mais aqueles tempos de Maria Fumaça subindo a serra, cortando a avenida principal da cidade, atravessando a estação Rio Grande. Vão dizer que se foram aqueles tempos de cinemas… Eldorado, Marabá, São José, Leal.  

Há quem diga que não voltam mais aqueles tempos de Maria Fumaça subindo a serra, cortando a avenida principal da cidade, atravessando a estação Rio Grande. Vão dizer que se foram aqueles tempos de cinemas… Eldorado, Marabá, São José, Leal.  

Haverá razão em dizer que já não temos e nem teremos os tantos campos de futebol, onde jogavam Esperança, Friburgo, Fluminense, Serrano, Conselheiro. Quantos craques desfilando talentos, de Paulo Banana a Miguel Ruiz, de Cabrita a Decache. Jogadores que viravam dirigentes e diretores líderes por natureza, Osvaldo Zarife, Laercio Ventura, Bachini. Se for falar de basquete, faltariam linhas, se for relembrar os Jogos dos Industriários então, faltariam páginas.  

Será apenas nostalgia os dias de comícios enormes dos Azevedistas e dos Bento de Mello. Registram-se os grandes nomes do PSD e da UDN. A força dos sindicatos perante a pujança de nossas indústrias. Quem viveu, nunca mais viverá as cenas das grandes fábricas, onde aos milhares entravam logo cedo e ao fim da tarde saíam pelos grandes portões da Filó, da Arp, da Ypú. 

Um enxame de gente que fazia compras parceladas de forma informal nos ambulantes que se aglomeravam nas ruas próximas às fábricas e vendiam de tudo, de doces a roupas, brinquedos e até material escolar.   

Livraria e em outra loja a Papelaria Simões. Eletrodomésticos na Yunes, Louback Magazine, Galeria Universal. Persiste firmemente a Gazzoni. Roupas nas Lojas Nader, na Francesa, A Vantajosa. Lojas Diegues… Das antigas, a Casa Libaneza, assim como a centenária Camisaria Friburgo resistem aos grandes conglomerados que invadiram também a cidade. A Bota Preta, na esquina da Oliveira Botelho, a Beto Calçados. Sonhos doces na Casa Branca, a São Jorge virou Superpão. Materiais de Construção na Miele, onde até hoje as pessoas usam como referência para o ponto de ônibus próximo ao extinto Cavalo Preto.  

Mas será mais do que trovas todas essas saudades de uma Nova Friburgo que ficou na memória e que terá saudades até aqueles que não viveram os tempos dos bailes do Xadrez, das festas do vinho e do chope do Country. 

O que todos, no entanto, podem seguramente dizer desses tempos de alvoradas é a certeza de que uma voz segue a reverberar e fazer mais do que ecos do ontem e do hoje para o futuro — A Voz da Serra. O maior biógrafo desta princesinha da serra, onde mora na fonte formosa a saudade, o ciúme e o amor. 

A saudade, o ciúme e o amor fazem parte da nossa gene coletiva, cujos DNAs são também transmitidos por A Voz da Serra. Testemunha dos feitos de seus filhos famosos e anônimos, eternizados por suas páginas em crônicas, notícias e artigos que resistem à ideia de ser apenas digital. Folhear páginas de um jornal seguem sendo ritual de quem gosta de ter tinta nos dedos como se o ato pudesse, e pode, capturar mais do que notícias efêmeras, mas notar a história em suas mãos. 

Em tempos que tentam impedir o amanhã, desrespeitam o passado que nos trouxe até aqui em nomes de personalismos narcisistas próximos de outras psicopatias, A Voz da Serra é suspiro de que as instituições sobrevivem aos ataques sorrateiros de gente passageira. 

O trem passou, as camisas dos grandes jogos de futebol que pelos nossos campos desfilavam ficaram apenas nas conversas de pai para filho. Lojas fecharam, novas indústrias surgiram e outras se reinventaram. Políticos vêm e vão, amigos e colegas de trabalho já não brilham mais aqui e cintilam no céu como guias para nossos enfrentamentos e encantamentos. 

Mas A Voz da Serra ficou, sendo o mais friburguense dos friburguenses, um resistente há 79 anos nos dando o privilégio de coexistir.

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Bola rolando

quinta-feira, 04 de abril de 2024

Copa Rural reúne seis equipes de Nova Friburgo e região

        Uma das mais tradicionais e disputadas competições do futebol amador de Nova Friburgo, a Copa Rural já tem bola rolando para a edição de 2024. Bragantino, Estrela do Mar, São Pedro, Macaé de Cima, Mônaco e Santo Antônio são as equipes participantes, em busca de mais uma importante taça para as respectivas galerias de troféus. Assim como em edições anteriores, o campeonato é disputado em turno e returno, com jogos em várias localidades, movimentando também as economias e espaços esportivos da região.

Copa Rural reúne seis equipes de Nova Friburgo e região

        Uma das mais tradicionais e disputadas competições do futebol amador de Nova Friburgo, a Copa Rural já tem bola rolando para a edição de 2024. Bragantino, Estrela do Mar, São Pedro, Macaé de Cima, Mônaco e Santo Antônio são as equipes participantes, em busca de mais uma importante taça para as respectivas galerias de troféus. Assim como em edições anteriores, o campeonato é disputado em turno e returno, com jogos em várias localidades, movimentando também as economias e espaços esportivos da região.

        Na primeira rodada, realizada no último dia 3 de março, o São Pedro foi até Bom Jardim e goleou o Bragantino por 7 a 0. Outro destaque foi a vitória do Estrela do Mar, jogando em casa, por 3 a 0, diante do Macaé de Cima. O Santo Antônio também fez três pontos ao derrotar o Mônaco por 2 a 0, jogando como visitante, em Vargem Alta.

        No fim de semana seguinte, o São Pedro voltou a golear, desta vez em casa e fazendo o Mônaco como vítima: 5 a 1. O Santo Antônio também chegou aos seis pontos, ao derrotar, em seus domínios, o Estrela do Mar, pelo placar de 2 a 1. O Macaé de Cima se recuperou da derrota na estreia e bateu o Bragantino por 4 a 3. Na terceira rodada, um dos mais aguardados jogos terminou empatado. Estrela do Mar e São Pedro fizeram o clássico do sétimo distrito, e ficaram no 3 a 3, no estádio do Estrela. O Macaé de Cima bateu o Santo Antonio por 3 a 2, e mesmo placar da vitória do Mônaco, fora de casa, sobre o Bragantino.

        Mantendo a invencibilidade, na quarta rodada, o São Pedro venceu o Macaé de Cima por 3 a 1 diante de sua torcida, enquanto o Santo Antônio aplicou 3 a 0 sobre o Bragantino. No outro confronto, o Estrela do Mar foi até Vargem Alta e bateu o Mônaco por 3 a 1. A rodada cinco foi realizada no último domingo de Páscoa, 31, e o São Pedro venceu o Macaé de Cima por 3 a 1. Já o Estrela do Mar repetiu o placar diante do Mônaco, enquanto o Santo Antônio bateu o Bragantino por 3 a 0.

        A partir deste domingo, 7, terá início o returno da competição. O São Pedro recebe o Bragantino, enquanto o Santo Antônio duela com o Mônaco, em casa. O Estrela do Mar vai até Macaé de Cima para enfrentar os donos da casa. Todas as partidas acontecem às 13h30.

 

Tabela do returno (jogos às 13h30)

 

07/04 – 6ª rodada

São Pedro x Bragantino

Santo Antônio x Mônaco

Macaé de Cima x Estrela do Mar

 

14/04 – 7ª rodada

Mônaco x São Pedro

Estrela do Mar x Santo Antônio

Bragantino x Macaé de Cima

 

21/04 – 8ª rodada

São Pedro x Estrela do Mar

Mônaco x Bragantino

Santo Antônio x Macaé de Cima

 

28/04 – 9ª rodada

Macaé de Cima x São Pedro

Bragantino x Santo Antônio

Estrela do Mar x Mônaco

 

05/05 – 10ª rodada

Santo Antônio x São Pedro

Bragantino x Estrela do Mar

Macaé de Cima x Mônaco

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    Estrela do Mar é uma das tradicionais equipes que participam da Copa Rural (Foto: Divulgação)

  • Foto da galeria

    Sempre forte, São Pedro permanece invicto na edição deste ano da competição (Foto: Divulgação)

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Mudança

quinta-feira, 04 de abril de 2024

Aquele frio na barriga, palpitação, pensamentos voando, respiração mais curta. Nessa hora, bate uma agitação interna, por vezes um excesso de empolgação. Quem está prestes a chegar é a “mudança”. Mudança em algo da vida, por vezes, vem de surpresa, chega mostrando a que veio, imponente, avassaladora. Outras vezes, chega de mansinho, vai se acomodando, conquistando espaço, se esparramando pelo sofá da vida e quando menos percebemos, nos deparamos com ela e encaramos sua presença. Mas nem só de surpresa chegam as mudanças. De certo, muitas mandam notificação prévia.

Aquele frio na barriga, palpitação, pensamentos voando, respiração mais curta. Nessa hora, bate uma agitação interna, por vezes um excesso de empolgação. Quem está prestes a chegar é a “mudança”. Mudança em algo da vida, por vezes, vem de surpresa, chega mostrando a que veio, imponente, avassaladora. Outras vezes, chega de mansinho, vai se acomodando, conquistando espaço, se esparramando pelo sofá da vida e quando menos percebemos, nos deparamos com ela e encaramos sua presença. Mas nem só de surpresa chegam as mudanças. De certo, muitas mandam notificação prévia. Ou são planejadas, desejadas, perseguidas.

As mudanças vêm. Simplesmente vêm. Quando não somos nós quem a promovemos, de uma forma ou de outra, parece que dão seu jeito de chegarem até nós. São insistentes. Surpreendentes. Podem chegar em silêncio, fazendo pouco ruído e impactando pouco nosso cotidiano. Ou podem chegar feito furacão, remexendo todas as estruturas e bagunçando tudo por onde passa.

Mudar faz parte da natureza humana. Mudanças internas são quase que orgânicas e necessárias. Eu de ontem não sou igual a eu de hoje. Não tem como ser. Quantos pensamentos novos já experienciei, quantas vivências, quantas decisões precisei tomar, quantos cursos fiz para me aprimorar, quanto amor partilhei, quanto me conheci, me desafiei, trabalhei. Mudanças são bem-vindas. São o sinal de que a vida pujante nos convida para escolhermos os rumos a tomar o tempo todo. Mudar para melhor. Escolher que seja para melhor. Como se essa escolha pudesse direcionar os rumos dos ventos e coubesse a nós cuidar das velas e preservar a nau.

Sinto que essa habilidade incrível que o mero existir demanda de nós, de superar sempre, de enfrentar todos os dias, de conviver, aprimorar, respeitar, ser melhor, fazer mais – ou o mínimo, nos torna super-heróis ou super heroínas de nós mesmos. Não sei vocês, mas eu quando me deparo com a adversidade e sinto-me forte para enfrentá-la, olho para trás e percebo o tanto que já evoluí. Porque se um dia mudar era sofrer, hoje mudar é crescer. E as mudanças são bem-vindas quando sabemos extrair delas o que de melhor elas podem oferecer: nossa evolução, nossa força, nosso autoconhecimento.

Quando descobri que eu posso promover boas mudanças dentro de mim, em minha vida e na de pessoas e também trazer as que não posso escolher para meu lado como aliadas em meu processo de evolução, deixei de temê-las. E por assim dizer, entendi que sem elas o frio na barriga provocado pelas variantes da vida poderia não me mover. E que o movimento é bom, principalmente o que ocorre de dentro pra fora da gente.

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Planejamento sucessório: desafios e estratégias para preservar seu legado

quinta-feira, 04 de abril de 2024

A sucessão patrimonial é um processo que transcende gerações, desafiando famílias e empresas a equilibrar a continuidade de seu legado com a adaptação às mudanças do mundo em constante evolução. É um tema que vai muito além da simples transição de ativos financeiros e propriedades. Trata-se de assegurar que os valores, visões e conquistas acumulados ao longo dos anos sejam transmitidos de forma eficaz e preservados para as gerações futuras.

A sucessão patrimonial é um processo que transcende gerações, desafiando famílias e empresas a equilibrar a continuidade de seu legado com a adaptação às mudanças do mundo em constante evolução. É um tema que vai muito além da simples transição de ativos financeiros e propriedades. Trata-se de assegurar que os valores, visões e conquistas acumulados ao longo dos anos sejam transmitidos de forma eficaz e preservados para as gerações futuras.

Não sou advogado, não sou contador, mas como educador financeiro – e especialista em investimentos – tenho a obrigação de tocar no assunto e trazer uma visão básica sobre o tema com algumas possibilidades do que pode ser encarado como alternativas no processo de sucessão patrimonial.

 

Testamento: Este está entre as formas mais conhecidas de sucessão patrimonial, mas é a estratégia mais custosa. O testamento pode parecer simples pela praticidade em concretizar suas vontades de distribuição de bens, mas entra em processo de inventário, incide ITCMD (Imposto de transmissão causa mortis e doação), honorários advocatícios e custos de cartório.

Doação em vida: Estratégia para antecipação de herança, a doação em vida contempla – basicamente – duas diferentes possibilidades. A primeira (a doação de fato) permite a transferência de bens para o herdeiro dentro de algumas limitações: o doador precisará manter recursos em seu nome para garantir sua subsistência e deve respeitar a parte da herança que cabe aos herdeiros necessários. A segunda alternativa, por sua vez, é chamada de doação com reserva de uso fruto: permite a doação em vida para os herdeiros, mas somente será exercida após a morte do doador.

Holding familiar: Trata-se de uma estrutura de pessoa jurídica utilizada para gerenciar e proteger o patrimônio familiar. Ela pode ser composta por diversas empresas e ativos financeiros, e sua criação pode proporcionar benefícios como proteção contra credores, continuidade nos negócios da família e benefícios fiscais.

Seguro de vida: Os seguros de vida apresentam algumas características imprescindíveis para o planejamento de sucessão. Por serem impenhoráveis, não ficam reféns de bloqueios judiciais; por serem isentos de tributação, não tem custos de imposto de renda e ITCMD.

Previdência Privada: podendo se enquadrar, também, na classe de seguros privados, aqui há um portfólio de ativos compondo os investimentos do capital alocado. Portanto, além de pensar em sucessão, é importante avaliar as estratégias e performance do gestor – além de custos como taxas de administração e carregamento, por exemplo. Contudo, as principais vantagens sucessórias da previdência privada são a isenção de ITCMD e a dispensa de inventários.

 

Combinadas e adaptadas de acordo com as necessidades e objetivos específicos de cada família, estas ferramentas podem simplificar grandes burocracias em um momento tão delicado quanto o de ver alguém partir. O contexto já vai incluir o luto de perder um familiar, não precisamos deixar a situação ainda mais complicada.

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Braunes sem manutenção

quinta-feira, 04 de abril de 2024

“A Rua Diana, no bairro Braunes, recentemente foi contemplada pela operação tapa-buracos da prefeitura, mas de nada adiantou. Crateras já surgiram na via novamente, como esta da foto. Mais uma vez o dinheiro público foi-se pelo ralo, pois essa e tantas outras ruas não suportam mais maquiagens. É preciso um asfaltamento bem feito em toda a sua extensão e não apenas remendos pontuais. Na Rua Vereador Ned Torres, perto dali, a lâmpada do poste em frente ao número 85 continua queimada, mesmo com uma infinidade de protocolos de reclamação no setor de iluminação pública da prefeitura.

“A Rua Diana, no bairro Braunes, recentemente foi contemplada pela operação tapa-buracos da prefeitura, mas de nada adiantou. Crateras já surgiram na via novamente, como esta da foto. Mais uma vez o dinheiro público foi-se pelo ralo, pois essa e tantas outras ruas não suportam mais maquiagens. É preciso um asfaltamento bem feito em toda a sua extensão e não apenas remendos pontuais. Na Rua Vereador Ned Torres, perto dali, a lâmpada do poste em frente ao número 85 continua queimada, mesmo com uma infinidade de protocolos de reclamação no setor de iluminação pública da prefeitura. Uma vergonha!”   

Antônio Carlos Pereira 

 

Abandono em Lumiar 

“A via conhecida no distrito de Lumiar como Estrada da Repetidora consta nos cadastros da prefeitura como rua pavimentada há mais de 40 anos, mas, na verdade, ela nunca recebeu qualquer pavimentação e está um abandono só, cheia de buracos. abandonado, não tem asfalto, possui crateras na pista. Um perigo para quem se arrisca a passar por ela. Alô, prefeitura!”  

Guilherme Liberato

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