Blog de maxwolosker_18841

A Gaiola das Loucas 2

quarta-feira, 09 de dezembro de 2020

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro é, desde há muito, conhecida como Gaiola das Loucas. Diante dos sucessivos julgamentos espúrios e com segundas intenções, que o atual Supremo Tribunal Federal (STF) vem presenteando a sociedade brasileira, esse codinome também lhe cai muito bem. Os membros de sempre, Levandowscky, Toffolli, Alexandre de Moraes e agora Nunes Marques esquecem diuturnamente que o papel deles é o de salvaguardar a Constituição federal, não de interpretá-la.

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro é, desde há muito, conhecida como Gaiola das Loucas. Diante dos sucessivos julgamentos espúrios e com segundas intenções, que o atual Supremo Tribunal Federal (STF) vem presenteando a sociedade brasileira, esse codinome também lhe cai muito bem. Os membros de sempre, Levandowscky, Toffolli, Alexandre de Moraes e agora Nunes Marques esquecem diuturnamente que o papel deles é o de salvaguardar a Constituição federal, não de interpretá-la.

O parágrafo 4º do artigo 57 afirma que o mandado de presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado é de dois anos, e proíbe a reeleição dentro da mesma legislatura, ao afirmar que está vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. Aliás, Levandowscky já se acostumou a “interpretar” a Carta Magna do país e a jamais respeitá-la. Já foi seguido pelos outros quatro e, agora, foram secundados pelo neófito Nunes, que aprendeu rápido as mazelas daquela que desde há muito deixou de ser “a mais alta corte”, para ser um baú onde não cabem egos, estrelismo e más intenções.

Nunes resolveu inovar e vetou a nova candidatura de Maia, pois esse já tinha uma reeleição (mas esta foi em legislaturas diferentes e considerou-se, que ao substituir Renan Calheiros, afastado da presidência, seu mandato era tampão) e aprovou a de Alcolumbre. Como uma verdadeira Maria vai com as outras, seguiu os quatro mosqueteiros do mal, um novato que já chega com os vícios dos mais antigos. Lamentável.

Daí que o resultado foi de 4,5 votos favoráveis e de 6,5 contrários; esdrúxulo, não, mas é o STF de hoje. Mas, em um atentado ao bom entendimento esses votos favoráveis contrariam, frontalmente a Carta Magna do país. Até posso concordar que se para presidente, governadores e prefeitos a reeleição é possível, o mesmo poderia ser aplicado aos presidentes da Câmara e do Senado. No entanto, isso seria matéria exclusiva do Legislativo, pois para isso ele existe, criar leis e decretos e, se preciso for, alterar através de uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) artigos da Constituição que precisem ser atualizados, para se adequarem aos novos tempos.

É preciso se dar um basta a essa judicialização da política nacional, pois tudo vai parar no STF, que passa a exercer um poder que não lhe é delegado. Aliás, esses membros que, de maneira contumaz, exaram votos estapafúrdios, deveriam se lembrar de que não foram eleitos pelo povo e sim indicados por presidentes, na contramão do processo democrático que prega o voto universal. A maioria não seria eleita, pois a sociedade abomina o fato de simples advogados usarem togas, como se magistrados o fossem. Estão usurpando o papel de juízes, que para atingirem a magistratura são submetidos a um exame rigoroso, que é um verdadeiro gargalo, pois como diz a Bíblia são “muitos os convidados, mas pouco os escolhidos”.

Precisamos de um feliz ano novo...

Essa é a minha última coluna de 2020, pois como faço todo ano, vou aproveitar para um recesso. O ano foi terrível para todos nós com essa pandemia do coronavírus, que só no Brasil, já matou quase 180 mil cidadãos. É preciso que a população se conscientize, principalmente os jovens, de que as medidas sanitárias, propostas pelas autoridades da área da saúde, são as mais eficientes para diminuir a taxa de contágio, até que a vacinação em massa seja uma realidade.

Hábitos saudáveis de higiene como lavar as mãos com água e sabão várias vezes por dia, principalmente quando se chega da rua, limpar com álcool gel, ou mesmo lavar as compras feitas em lojas, farmácias ou supermercados, evitar aglomerações em recintos fechados, mesmo que bem arejados, manter o distanciamento social apesar de nos ser penível não poder abraçar ou beijar entes queridos, sair de casa só em caso de necessidade ou para atividades físicas que sejam consentidas. O que não pode são bares, boates, espaços para festas cheios, como se nada estivesse acontecendo.

Creio que agora que os jovens também estão sendo, inexoravelmente, contaminados e seus pais, responsáveis e autoridades têm de se incumbir de uma vigilância mais firme, pois são esses mesmos jovens que podem contaminar os mais velhos, aqueles que respeitam as orientações apontadas pelo pessoal da saúde. Não podemos nos esquecer, também, que com as fortes chuvas que caem na cidade, os alagamentos estão à solta e os riscos de deslizamento e desabamento são grandes. Corremos o risco de termos mais vítimas, o que levaria o nosso sistema de saúde ao colapso total.

Um feliz Natal para todos, leitores, colegas do jornal, meus amigos e, principalmente, ao pessoal da linha de frente do combate à pandemia, que se expõem no seu dia a dia, muitas vezes pagando com a própria vida, o dever de minimizar o sofrimento da população.

Que 2021 seja um ano mais ameno com muita paz, muita saúde e menos infortúnios. 

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O Botafogo caminha a passos largos para a segunda divisão

quarta-feira, 02 de dezembro de 2020

Botafoguenses não desanimem, pois tudo é uma questão de referência. Se invertermos a tabela do Campeonato Brasileiro, veremos que o plantel da estrela solitária sai da vice lanterna e passa a ocupar a segunda colocação geral. No entanto, a verdade é que a coisa vai de mal a pior e creio, assim como muitos torcedores do glorioso, que a segundona esse ano é inevitável. Milagres não acontecem a toda hora e os santos têm coisas mais importantes a tratar, do que se preocupar com o destino do Botafogo.

Botafoguenses não desanimem, pois tudo é uma questão de referência. Se invertermos a tabela do Campeonato Brasileiro, veremos que o plantel da estrela solitária sai da vice lanterna e passa a ocupar a segunda colocação geral. No entanto, a verdade é que a coisa vai de mal a pior e creio, assim como muitos torcedores do glorioso, que a segundona esse ano é inevitável. Milagres não acontecem a toda hora e os santos têm coisas mais importantes a tratar, do que se preocupar com o destino do Botafogo.

Aliás, é um espanto que ainda haja pessoas, como Durcésio Mello, ou mesmo Walmer Machado que se dispuseram a serem candidatos de um clube com dívida astronômica, próxima de R$ 1 milhão. Ou seja tinham consciência de que herdariam uma massa falida, combalida e desacreditada. Um clube mal administrado há décadas, com presidentes incompetentes, mas implacáveis na sangria de um moribundo prestes a dar o seu último suspiro.

Durcésio é dono de duas empresas no ramo de aeronaves e que funcionam no interior de São Paulo. O trabalho ocupa grande parte do seu tempo, mas o empresário se diz pronto para atender um chamado caso seja eleito. Como o foi, quem sabe sua experiência no ramo da aviação faça o clube alvinegro decolar. Só o tempo dirá. Já Walmer Machado eu conheço, pois é advogado do meu cunhado e é um profissional vitorioso, com uma carreira brilhante e, pelo que entendi de sua entrevista, antes das eleições, disposto a dividi-la com os problemas do Botafogo. Sua vasta clientela agradece a sua não eleição, pois sua vida profissional vai continuar sem maiores contratempos.

No último fim de semana não perdemos pontos, pois não jogamos em função do segundo turno das eleições em grande parte das capitais brasileiras. Em condições normais teríamos mais um empate ou uma derrota, pois o time demonstra a mesmice em todos os jogos. Maior posse de bola, passes sempre para os lados, erros bisonhos, pênaltis infantis, poucas conclusões ao gol, jogadores que parecem entediados, a esperarem o final da temporada para debandarem. Sem falar na má vontade que encontra por parte de um grande número de árbitros que apitam seus jogos.

E haja técnico, estamos já no quinto. Eduardo Barroca é o mais recente, que assume no lugar de Ramón Diaz, argentino que nunca comandou um treino sequer, pois logo após sua contratação sofreu uma intervenção cirúrgica, em Buenos Aires e não tinha previsão para ser liberado. O time era comandado por seu filho, que em três jogos, perdeu todos eles. Aliás, na décima nona colocação soma 20 pontos, com três vitórias, onze empates e oito derrotas. Um desempenho para lá de pífio.

E pensar que o Botafogo já foi um dos grandes times do Brasil, celeiro de craques, cujos nomes se inscrevem no cenário do futebol nacional e internacional. Um clube que, na época áurea do futebol brasileiro, foi um dos que mais contribuiu com jogadores convocados para a seleção brasileira. Quem teve Helênio de Freitas, Garrincha, Didi, Nilton Santos, Paulo César, Gérson, Quarentinha, Manga, Jairzinho, Rogério e tantos outros, não merecia tamanho descaso com os sucessivos dirigentes que passaram por General Severiano.

Um clube que chegou a ter sua sede e seu estádio vendidos, em 1977, para saldar dívidas e teve de se mudar para Marechal Hermes, no subúrbio carioca. Nada contra o bairro, mas, um dos mais tradicionais clubes da zona sul não merecia esse destino. Um clube ladeira a baixo cujo número de sócios votantes na última eleição foi pouco mais de 800 sofredores. Qualquer bloco carnavalesco pequeno, tem mais associados.

Como botafoguense, desde pequenininho, estou descrente e não vejo mais a tão propalada luz ao final do túnel; como aquela música cantada por Nana Caymmi cuja letra diz: “Eu desconfio que o nosso caso está na hora de acabar”, poderíamos parodiar para “Eu desconfio que o Botafogo está na hora de fechar e a estrela solitária vai deixar de brilhar”.

Se cair para a segunda divisão, não volta nunca mais para a elite, o ostracismo será o seu lugar.

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A atual pandemia pode modificar o humor das pessoas

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Confesso que dez meses de pandemia começam a me deixar ansioso, desestimulado e preocupado. Afinal, acostumado a sair, viajar, conversar com os amigos, reuniões científicas com meu grupo da endocrinologia, tudo isso desapareceu com a chegada desse maldito vírus, gestado nos laboratórios suspeitos da China. Para piorar tudo, temos de lidar com as fake news, nos obrigando a filtrar tudo o que lemos ou assistimos na mídia, para evitar acreditar ou difundir notícias sem lastro técnico.

Confesso que dez meses de pandemia começam a me deixar ansioso, desestimulado e preocupado. Afinal, acostumado a sair, viajar, conversar com os amigos, reuniões científicas com meu grupo da endocrinologia, tudo isso desapareceu com a chegada desse maldito vírus, gestado nos laboratórios suspeitos da China. Para piorar tudo, temos de lidar com as fake news, nos obrigando a filtrar tudo o que lemos ou assistimos na mídia, para evitar acreditar ou difundir notícias sem lastro técnico.

Ontem mesmo, recebi uma dessas comunicações, em que uma geneticista da Universidade de São Paulo chamava a atenção para o perigo das vacinas que usam modificações do DNA (código genético) do vírus, modificando sua estrutura e propiciando ao organismo humano a fabricar anticorpos para proteção contra uma possível infecção. Esse relato dizia que havia o risco do aparecimento de doenças autoimunes nos vacinados, assim como a possibilidade de surgirem tumores malignos (câncer), por alterações no código genético das células humanas.

Além do próprio desmentido da Universidade de São Paulo sobre a matéria, a própria Lupa, uma agência de fact-checking brasileira emitiu o seguinte comunicado: “Vacinas sobre plataformas de DNA ou RNA não alteram o código genético de células humanas. Na verdade, essa técnica consiste em inserir uma parte dos genes de um determinado patógeno em plasmídeos, molécula de ácido nucléico presente em bactérias. Esses plasmídeos, então, são injetados no corpo humano e entram nas células, onde passam a reproduzir partes do agente causador da doença. Isso produz uma resposta imunológica do organismo. Ou seja: o código genético que é modificado é o de uma molécula de uma bactéria, não o de um ser humano”.

Na realidade, essa técnica de produção de vacinas é recente e não se tem notícia de nenhuma que tenha sido aprovada ainda, para uso em humanos. As vacinas atuais usam o próprio vírus ou bactéria em versão atenuada ou inativada, mas que são capazes de ativar o sistema imunológico humano. Com isso enfatiza-se a responsabilidade da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ao analisar os dados da terceira fase de testes, em andamento no Brasil, seja a Coronavac, seja a de Oxford. É importante, também, enfatizar que o tempo de testagem desses medicamentos é muito curto, pois a maioria das vacinas existentes, no mundo, levaram quatro ou mais anos até terem seu uso disseminado sem restrições. Mas, o mundo tem pressa em voltar à normalidade.

Ao que parece, a vacina, na realidade será a única forma válida de proteção da humanidade contra o coronavírus, pois da mesma maneira que o HIV, não existe um tratamento específico que consiga eliminá-lo. Quando muito se atenua os sintomas ou interrompe-se o seu ciclo, mas ele está lá, pronto a causar estragos, quando da suspensão da medicação. Daí a pressa para que se descubra uma imunização eficaz e capaz de aliviar a pressão sobre a população mundial. Mas, a pressa, na maioria das vezes, é inimiga da perfeição.

A grande realidade é que ninguém aguenta mais ficar em casa, restrito a saídas ocasionais e mesmo assim para compras necessárias ou resolver problemas inadiáveis. O fim da vida em sociedade, do convívio com os amigos, de viagens ou passeios para tornar a rotina menos penível. É claro que se as pessoas fossem mais comedidas, o isolamento social poderia ser mais suave, mas basta passar todas as noites pela Rua Monte Líbano, aqui em Friburgo, para vermos como esse comedimento é jogado às traças. Ainda mais num povo como o nosso, em que o calor humano faz parte do dia a dia do brasileiro.

E, é esse mesmo isolamento, com restrições às coisas que me são importantes, que começam a afetar meu psiquismo e começam a me deixar nesse estado de ansiedade.

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Não é Johnny Mathis, mas é Johnny Maycon

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Trata-se apenas de uma comparação, pois o primeiro um cantor famoso na década de 1960, tem muito a ver com a carreira meteórica do prefeito eleito, em Nova Friburgo, no último domingo, 15. O cantor lançou seu primeiro álbum, nos Estados Unidos, no ano de 1956 e em 1957, após sua aparição no show de Ed Sulivan, ficou célebre e sua carreira deslanchou, aos 32 anos de idade.

Trata-se apenas de uma comparação, pois o primeiro um cantor famoso na década de 1960, tem muito a ver com a carreira meteórica do prefeito eleito, em Nova Friburgo, no último domingo, 15. O cantor lançou seu primeiro álbum, nos Estados Unidos, no ano de 1956 e em 1957, após sua aparição no show de Ed Sulivan, ficou célebre e sua carreira deslanchou, aos 32 anos de idade.

Johnny Maycon (Partido Republicanos) é o novo prefeito de Nova Friburgo. A confirmação se deu às 22h50 do último domingo, após quase seis horas de muita tensão e expectativa decorrentes de um processo de apuração e divulgação sensivelmente mais lento do que em eleições anteriores.  Johnny tem 35 anos e é engenheiro mecânico formado pela Uerj. Ele foi eleito em 2016 como vereador e cumpre o primeiro mandato no Legislativo. Portanto, em pouquíssimo tempo atinge o mais alto grau da política friburguense e, consolida uma tendência atual que é a de sacudir o bolor de velhos caciques e apostar no sangue novo, não comprometido ainda com o que a de pior na política brasileira.

No Facebook colhi algumas informações como a de que como vereador, Johnny foi presidente da Comissão Especial que reformulou a Lei Orgânica do Município após quase três décadas. Foi presidente da CPI que apontou fraude e superfaturamento superior a R$ 1 milhão na prestação do serviço de alimentação do Hospital Municipal Raul Sertã. Realizou inúmeras denúncias de corrupção da gestão pública municipal tendo por duas vezes culminado em operações da PF. Apresentou vários projetos que visam combater o sistema, gerar benefícios à população e dar transparência aos atos da administração pública municipal.

Aliás, é o que se espera de todo homem público, seja qual o cargo que ocupar. É também membro da Igreja do Evangelho Quadrangular onde exerceu o cargo de secretário regional de Missões e coordenador regional de Jovens; foi ordenado pastor e é professor do Instituto Teológico.

Não resta a menor dúvida de que, em princípio, o novo prefeito tem tudo para acertar e, quem sabe, dar a essa cidade um chefe de governo que há muito tempo não vemos sentado na cadeira principal do Palácio Barão de Nova Friburgo. O único senão, opinião minha e que posso mudar se me mostrarem que estou errado, é que no meu ponto de vista, não se mistura religião com política, pois ambos são diametralmente opostos, já que a primeira trata dos aspectos espirituais do ser humano e a segunda, lida com a materialidade da vida terrena. Mas, é claro quem uma pessoa inteligente e que esteja imbuída de prestar um bom serviço à comunidade, saberá separar com transparência uma coisa da outra.

Johnny eu não lhe conheço, mas desejo que ao ser empossado prefeito de Nova Friburgo, para o quatriênio 2021-2024, você seja um diferencial na vida política de nossa cidade, pois pior do que a atual administração, uma das mais desastradas dos últimos tempos, acredito que a sua não será. Renato Bravo foi hors concours, basta ver o índice de rejeição que os eleitores lhe reservaram, com seus pífios 3.540 votos, 3,70% do total, abaixo dos nulos que foram 3,87%.

Sua missão não será fácil, pois há muito a fazer numa cidade esburacada, mal conservada, mal iluminada, com um funcionalismo mal remunerado, jogada às traças, mesmo. O pior é que como 2020 foi um ano terrível, em que muitos empresários faliram e muitas lojas fecharam suas portas, a arrecadação será menor, mas os encargos continuarão e haja criatividade para honrá-los.

Não fui seu eleitor, mas como friburguense de coração torço para que a sua administração seja um diferencial e deixe claro que a renovação na política, seja aonde for, é uma questão de sobrevivência e de arejamento para uma classe que ano a ano perde a confiança dos eleitores. Mesmo se levarmos em conta a pandemia atual, o índice de abstenção e de votos nulos, da eleição que se finda, no estado do Rio de Janeiro, foi uma das maiores dos últimos tempos.

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O Detran continua prestando um desserviço à população e sua privatização é urgente

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Mais uma semana se passou e o Detran-RJ continua prestando um desserviço à população, sem fornecer os serviços básicos para o qual ele existe, tais como transferência de propriedade de veículos, primeiro emplacamento de automotivos zero quilometro, expedição de carteiras de motorista vencidas etc. Talvez o grande problema é que a escolha de seu presidente seja indicação da Assembleia Legislativa do estado, um poder pútrido e que contamina todos os órgãos que ficam sobre a sua jurisdição. Aliás, é por isso que ela, a assembleia, não abre mão dessa prerrogativa.

Mais uma semana se passou e o Detran-RJ continua prestando um desserviço à população, sem fornecer os serviços básicos para o qual ele existe, tais como transferência de propriedade de veículos, primeiro emplacamento de automotivos zero quilometro, expedição de carteiras de motorista vencidas etc. Talvez o grande problema é que a escolha de seu presidente seja indicação da Assembleia Legislativa do estado, um poder pútrido e que contamina todos os órgãos que ficam sobre a sua jurisdição. Aliás, é por isso que ela, a assembleia, não abre mão dessa prerrogativa.

Acho que está mais do que na hora da população do estado fazer um abaixo assinado pedindo a privatização do Detran e de todos os órgãos que dependem de indicação política. Creio que não adianta muito tentar cooptar o Ministério Público estadual, pois seus componentes têm outros assuntos mais sérios a tratar, do que zelar pelo bom desempenho da administração do estado, diga-se de passagem uma obrigação desse MP.

É muito difícil sobreviver num estado onde os direitos da população são jogados no lixo. Esses sujeitos que foram eleitos ou assumiram suas cadeiras à custa da compra de votos, muito comum no regime democrático, esquecem-se dos seus deveres mais básicos que é o de prover qualidade de vida adequada à população. Na maioria das vezes, o que esses senhores fazem é dar prejuízo ao contribuinte que paga impostos para sustentar esse bando de parasitas.

Se o contribuinte tem o adesivo denominado onda livre ou similar, ao vender ou adquirir um carro seja usado ou zero, tem que retirar o adesivo existente em seu para-brisa e colocar um novo, adquirido junto ao fornecedor. Acontece que se o veículo não está emplacado, esse serviço fica inoperante e, se já se é usuário daqueles que cobram uma taxa de manutenção, paga-se duas vezes pela mesma operação, pois passa a ser obrigatório parar nas cabines e pagar o pedágio.

Motorista desse maldito Estado do Rio de Janeiro, mal feito por mal feito, locupletemo-nos todos. Assim, se você vai adquirir um carro zero, contate um despachante em qualquer estado que já esteja funcionando, aqueles em que as “negociações” com o fabricante de placas não está dependendo do famoso pró labore. Com isso, ele vai lhe fornecer um endereço na cidade em questão, aquele que vai constar na nota fiscal do veículo e, enviando tudo pelo correio, você recebe a placa, o DPVAT e o DUT, em uma semana. Os estados mais próximos daqui de Nova Friburgo são o de Minas Gerais e do Espírito Santo. Não posso mais recorrer a esse estratagema, pois já dei entrada na documentação, no Detran-RJ e agora fica impossível desistir, pois o pagamento já foi efetuado. Eu mesmo já fiz isso uma vez e foi tranquilo. Rodei com uma placa do Espírito Santo até o dia que o outro caça níquel do Detran, que era a vistoria obrigatória, fosse extinto.

O transtorno que essa avacalhação nos proporciona é que estamos sujeitos a sermos parados nas várias patrulhas rodoviárias ou blitz que são montadas nas estradas. Mesmo que tenhamos a nota fiscal da compra do veículo, o policial que estiver de plantão pode criar caso, pois na realidade, é uma irregularidade, uma vez que o documento oficial de propriedade do veículo está faltando, assim como a placa de identificação do carro, caminhão ou seja lá o que for. Haja constrangimento. A mesma coisa acontece com quem está com a carteira de motorista vencida.

O Detran, aliás, o seu presidente, esquece que o seu salário é pago pelo contribuinte e, que não é nenhum favor prestar um bom serviço à população, é uma obrigação. Fosse esse maldito órgão uma instituição privada, tenho certeza de que seus serviços seriam de muito melhor qualidade. É urgente uma intervenção federal no Rio de Janeiro e uma privatização urgente dos serviços básicos, excetuando a saúde, a educação e a segurança pública, esses deveres constitucionais do estado. Mas o que esperar de um estado que tem cinco - eu disse cinco - governadores às voltas com a Justiça, além de um presidente da Assembleia Legislativa também sob investigação?

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O Detran não pode ser sério

quarta-feira, 04 de novembro de 2020

Há pelo menos 15 dias que não se consegue agendar transferências de propriedade de veículos, fazer o licenciamento anual ou emplacamento de carros novos. Segundo explicações colhidas entre pessoas que lá trabalham, não foi renovado o contrato com a fábrica de placas que fazia o serviço e, até agora, não foi fechado um novo convênio. O resultado é a dor de cabeça que isso causa aos proprietários de veículos, sem falar nos prejuízos monetários.

Há pelo menos 15 dias que não se consegue agendar transferências de propriedade de veículos, fazer o licenciamento anual ou emplacamento de carros novos. Segundo explicações colhidas entre pessoas que lá trabalham, não foi renovado o contrato com a fábrica de placas que fazia o serviço e, até agora, não foi fechado um novo convênio. O resultado é a dor de cabeça que isso causa aos proprietários de veículos, sem falar nos prejuízos monetários.

No caso de aquisição de um veículo novo, quem tem convênio com o programa “onda livre” não pode regularizar o serviço, pois para isso é necessário que o carro esteja emplacado. Em consequência, paga-se duas vezes pelo serviço: a mensalidade mais o pagamento do pedágio, quando se transita por estradas privatizadas. Além do mais, é muito arriscado sair do estado apesar das informações de que com a nota fiscal do novo veículo e do protocolo de solicitação do serviço, junto ao Detran, pode-se transitar pelas estradas de outros estados, federais ou não. O problema é que ninguém tem culpa da esculhambação que tomou conta do Rio de Janeiro, nos últimos 30 anos, e a probabilidade de se ter o veículo aprendido pelo controle, nas estradas, é real. Os outros estados já realizam esse serviço, pelo menos o de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Na realidade fui muito ingênuo e coloquei na nota fiscal do meu carro meu endereço de Nova Friburgo e dei entrada no Detran com o pedido de emplacamento. Se tivesse acionado um despachante nos estados que citei, teriam me mandado um endereço, que sairia na minha nota fiscal e eu já estaria com a placa e a documentação regularizada. Fui querer ser cumpridor dos deveres de cidadão e me dei muito mal. Ser honesto no Rio de Janeiro de hoje é uma grande burrice.

A informação que se recebe é que não há previsão para restabelecimento do serviço, ou seja, nada de transferências, nada de emplacamentos, por tempo indeterminado. Ao que parece a questão é a seguinte: desde que o governador, ou seria ex, entregou a escolha do diretor do órgão máximo do trânsito do estado para a Assembleia Legislativa, já estamos no quinto indicado. Se cada um que passa a ocupar o gabinete do chefe se dá ao direito de escolher uma nova fábrica de placas, aonde iremos parar ou será que temos tantos fabricantes no mercado? Ou existem outros motivos?

Na Europa e, creio que nos Estados Unidos também, a placa é do dono do veículo, ou seja, quando ele adquire um novo ou usado, a placa continua a mesma, passa de um veículo para outro. Aliás, é por isso que na França, quando se compra carros, o emplacamento e a documentação são feitos no próprio local da compra. Ela é, então, enviada para o órgão regulador da circulação de veículos pela própria agência; com isso diminui-se a burocracia e o molha mão, tão característico no nosso estado.

Fazer qualquer serviço, no Detran, sem o auxílio de um despachante é uma batalha encarniçada, que só se consegue depois de muita luta. Nada contra os despachantes, pois eu mesmo não abro mão do meu, mas o final feliz deveria ser igualitário.

Lembro-me, quando ainda havia vistoria anual por aqui e em outros estados já tinha sido abolida, emplaquei um carro no Espírito Santo. Mandei a nota fiscal e a minha documentação para um despachante e, em uma semana, estava recebendo pelos Correios placas e o DPVAT. Simples, não? Tenho um amigo que trocou de carro na mesma época que eu, e já está com tudo regularizado, podendo inclusive viajar para fora do estado, com seu veículo. Simples, não?

Maldito estado, onde a corrupção é a tônica e seguindo a máxima de Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. Porque fui nascer logo aqui? Ao invés de ser sofredor, torcendo pelo Botafogo, poderia ser Internacional ou Grêmio, São Paulo ou Santos e muitos outros clubes vencedores espalhados por esse Brasil.

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O imbróglio da vacina chinesa

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

O que as pessoas que não suportam o presidente brasileiro ainda não entenderam é que ele não é nenhum inconsequente. Quando Bolsonaro fala, o que a princípio pode parecer não ter nexo, mais tarde será comprovado ter algum fundo de verdade. Isso ficou evidente com a questão da quarentena horizontal, ou seja, de toda a população confinada, pois ela até hoje não é unanimidade e muitos cientistas defendem a quarentena vertical, aquela restrita a idosos, crianças e pessoas de risco. O mesmo se aplica à indicação de Kássio Nunes para a vaga de Celso de Melo, no STF.

O que as pessoas que não suportam o presidente brasileiro ainda não entenderam é que ele não é nenhum inconsequente. Quando Bolsonaro fala, o que a princípio pode parecer não ter nexo, mais tarde será comprovado ter algum fundo de verdade. Isso ficou evidente com a questão da quarentena horizontal, ou seja, de toda a população confinada, pois ela até hoje não é unanimidade e muitos cientistas defendem a quarentena vertical, aquela restrita a idosos, crianças e pessoas de risco. O mesmo se aplica à indicação de Kássio Nunes para a vaga de Celso de Melo, no STF. Se fosse um nome não alinhado com o senado, provavelmente seria barrado e o presidente seria ridicularizado pela derrota no senado. Mais um menos um, no quadro atual do STF, não vai fazer muita diferença.

Essa introdução vem a propósito do imbróglio sobre a vacina chinesa. Que o governador engomadinho de São Paulo é candidato à presidência da República nas próximas eleições, ninguém duvida. Daí, que os seus passos são muito mais eleitoreiros do que técnicos ou embasados pelo bom senso. O anúncio da colocação de um poderoso imunizante contra a Covid-19, produzida em seu estado, é um senhor cabo eleitoral.

A vacina chinesa Coronavac, uma dentre as quatro produzidas na China, ainda está na terceira fase de testes, portanto sem o aval da Anvisa, para uso em massa na população brasileira. Por isso é prematuro qualquer posicionamento a respeito. No entanto, existem dúvidas quanto a sua segurança, pois em setembro uma pesquisa com voluntários, na China, mostrou que 5,36% das pessoas que participaram do estudo teste, tiveram efeitos adversos. O próprio Instituto Butantã informou que cerca de 35% dos voluntários sofreu algum tipo de efeito adverso. Como na China, a maior parte se deveu a dores no local da aplicação e a dores de cabeça. Mas, segundo Dimas Covas, presidente do Instituto, há relatos de mialgias, fadiga e calafrios, se bem que abaixo de 5% dos testados.

No caso da vacina da poliomielite, segundo a OMS, a proporção de paralisia em função da vacina é da ordem de um caso para 3,2 milhões de doses. Esse número se reduz de um para 250, no caso de infectados pela doença, os não vacinados. Ou seja, uma margem de segurança bem segura.

De qualquer maneira a vacina depende ainda da avaliação dos testes, o que leva tempo, para ser declarada apta para o uso em humanos e liberada para consumo. Agora, uma doença que apareceu no final de 2019, ainda não totalmente decifrada no que diz respeito à sintomatologia e manifestações, em fase de estudos quanto a um tratamento eficaz e, o porquê de determinadas pessoas expostas ao vírus não contraí-la e outras sim, ainda engatinha na sua total compreensão. Daí querer que uma vacina surja em pouco mais de seis meses de estudos, é querer demais. Acho que ainda temos muito tempo pela frente antes que ela seja anunciada como eficaz e segura para a população mundial.

Ninguém me tira da cabeça que a atual pandemia foi cuidadosamente tramada dentro do “Kremelin” chinês, com o intuito de desestabilizar a economia mundial, principalmente, a do ocidente. E conseguiram. Curiosamente, com o caos mundial instalado, a China já tinha milhares de EPIs e de respiradores para serem vendidos numa proporção nunca antes vista e, pasmem, já tinha estudos, pelo menos quatro, visando à fabricação de uma vacina específica para a nova doença. Estranho, não?

É estranho, também que o The New York Times e o Le Monde não falem nada sobre as vacinas produzidas na China. Mais estranha ainda é essa matéria publicada na folhadapolitica.com: “Para atender a demanda do mercado chinês, a Shenzen Kangtai vai assegurar uma capacidade de produção anual até o final de 2020 de pelo menos 100 milhões de doses do imunizante experimental AZD1222, que a AstraZeneca desenvolveu com pesquisadores da Universidade de Oxford, da Inglaterra. Como parte do contrato, a companhia asiática precisa ter capacidade de produzir, no mínimo, 200 milhões de doses até o fim de 2021”. 

Muita água ainda vai rolar até que se dê início a uma vacinação em massa da população mundial, até que a Anvisa, no Brasil, e seus similares no mundo inteiro, assinem a liberação dessa ou dessas vacinas que possam resultar na erradicação dessa praga do primeiro quarto do século 21. Mas, eu, particularmente, me recuso a tomar uma vacina produzida nas terras de Confúncio. Entre a do Instituto Oswaldo Cruz e a do Butantã, fico com a primeira. Nos dias de hoje qualquer produto “made in Chine” é um risco muito grande.

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Salve o 18 de outubro, Dia do Médico!

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

No último domingo, 18, foi comemorado o Dia do Médico, dedicado àquele que direcionou sua vida, ao longo de vários anos de estudo, para cuidar, orientar e, o que é mais importante, salvar a vida do seu semelhante. E para exercer bem a profissão, tem necessidade de continuar a se atualizar todos os dias, uma vez que as descobertas, novas técnicas de diagnósticos, novos tratamentos surgem com a velocidade de um raio. Quem não acompanha essa evolução, fica pelo caminho.

No último domingo, 18, foi comemorado o Dia do Médico, dedicado àquele que direcionou sua vida, ao longo de vários anos de estudo, para cuidar, orientar e, o que é mais importante, salvar a vida do seu semelhante. E para exercer bem a profissão, tem necessidade de continuar a se atualizar todos os dias, uma vez que as descobertas, novas técnicas de diagnósticos, novos tratamentos surgem com a velocidade de um raio. Quem não acompanha essa evolução, fica pelo caminho.

Mas, esse ano de 2020 tem um significado muito especial para a humanidade como um todo e para a classe médica, em especial. A pandemia da Covid-19, iniciada oficialmente em fevereiro, exigiu dos serviços de saúde e dos médicos mais do que dedicação, pois as incansáveis horas de labuta, seja nos ambulatórios, nas enfermarias ou nas UTIs, exigiu de todos um trabalho sobre humano, uma verdadeira devoção. E, o que é o mais triste, muitos pagaram com a própria vida o esforço diário em mitigar o sofrimento do seu semelhante.

Desde o início da pandemia do coronavírus, 244 médicos brasileiros morreram em decorrência dela, aponta o Sindicato dos Médicos de São Paulo. O primeiro óbito aconteceu no dia 22 de março, e o último, em 2 de setembro. Entre as vítimas, a grande maioria (88%) é de homens, e entre eles se encontram quatro de Nova Friburgo, sendo que um faleceu dia 16 e o último em 19 de setembro, o que eleva os números de São Paulo para 246.

Talvez, muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas se nossas “otoridades” fossem mais conscientes, menos corruptas e menos chegadas aos holofotes, pois as condições de trabalho disponibilizadas a médicos e paramédicos sempre deixaram a desejar. A doença era nova, seu tratamento desconhecido, não havia vacina disponível, mas ao contrário da pandemia da gripe espanhola onde as condições sanitárias e de higiene eram precárias, em pleno século 21 o ambiente era completamente diferente. Não só os EPIs (equipamentos de proteção individual) como os métodos de esterilização de instrumentos e higiene pessoal amplamente conhecidos e podendo ser disponibilizados, desde que o poder público tivesse esse propósito. Não foi o que ocorreu, pois em muitos lugares, principalmente na rede pública de saúde, muitos profissionais arriscaram sua vida com equipamentos precários.

Do outro lado, o do paciente, equipamentos importantes como os respiradores, foram superfaturados, muitos comprados de maneira inadequada, criminosa até, mas o bolso desses políticos inescrupulosos encheu-se do vil metal. Um desperdício sem limites para o aproveitamento de poucos, em detrimento dos que realmente necessitavam. E o que é pior, com uma suprema corte vendida, nem a ela se pode recorrer, pois a indústria dos habeas corpus, naquela casa está a pleno vapor.

Diz a história que antes de se converter ao cristianismo e ser batizado por São Paulo, Lucas, que havia estudado medicina em Antioquia, exercia a profissão por onde passava, o que o levou a ser chamado de médico em citações bíblicas. São Lucas foi um dos seguidores de Jesus, acompanhando-o enquanto realizava curas e milagres, histórias que retratou em seu evangelho.

 Foi em homenagem a esse santo médico que a data de seu nascimento, 18 de outubro, foi consagrada como o dia do médico em vários países, como Bélgica, Espanha, Itália, Polônia, Portugal e Brasil. “Curar quando possível; aliviar quando necessário; consolar sempre”. Essa famosa frase de Hipócrates, considerado o “pai da medicina”, reflete o sentimento no coração de todos que escolheram como profissão trazer a saúde de volta para a vida das pessoas.

Assim, neste 18 de outubro, dedicado a você médico, num ano especial, como já foi dito, que exigiu muito trabalho, dedicação e sacrifício seja com a própria vida, seja pelo afastamento prolongado da família, tenho certeza que todos os brasileiros em geral e os friburguenses, em especial, principalmente aqueles que se recuperaram de tão nefasta doença, rezaram uma oração e disseram um muito obrigado.

Parabéns pelo seu dia, meus amigos e colegas e que continuem a exercer essa tão nobre profissão com o desvelo com que sempre o fizeram.

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Vacina contra a Covid-19: A pressa pode comprometer sua eficácia?

quarta-feira, 07 de outubro de 2020

Muito se tem falado sobre vacinas, sobre a resistência de certas pessoas a serem vacinadas e, principalmente, sobre a corrida em busca de uma vacina eficaz contra a Covid-19. Aliás, essa seria a maneira mais rápida de deter a atual pandemia e coloca-la no mesmo nível das doenças que outrora assolaram a humanidade (sarampo, varíola, coqueluche, paralisia infantil, tuberculose etc.) e hoje se encontram “domesticadas” ou erradicadas, na maioria dos países onde é adotada a vacinação em massa.

Muito se tem falado sobre vacinas, sobre a resistência de certas pessoas a serem vacinadas e, principalmente, sobre a corrida em busca de uma vacina eficaz contra a Covid-19. Aliás, essa seria a maneira mais rápida de deter a atual pandemia e coloca-la no mesmo nível das doenças que outrora assolaram a humanidade (sarampo, varíola, coqueluche, paralisia infantil, tuberculose etc.) e hoje se encontram “domesticadas” ou erradicadas, na maioria dos países onde é adotada a vacinação em massa.

Na França, país onde o movimento anti vacinação é muito grande (41% dos franceses estimam que as vacinas não são seguras), houve uma série de manifestações quando, em 2018 o governo passou de três para 11 as vacinas obrigatórias nas crianças entre três e 18 meses de vida; mesmo com as evidências de que naquele país, em regiões onde a resistência a essas medidas de saúde pública é muito grande. Por exemplo, a Agência Regional de Saúde do departamento da Nouvelle Aquitaine, mostrou que de 2.567 casos de rubéola confirmados, desde 2018, mais de noventa por cento dos infectados ou tinham recebido doses insuficientes ou nenhuma, da vacina anti rubéola.

Vacinar, portanto, é uma importante ferramenta de saúde pública e as dúvidas que possam existir na população devem ser esclarecidas, com convicção, para evitar fake news e convencer a todos, da necessidade da prevenção de doenças erradicadas, para que elas não voltem mais, como foi a recente crise de sarampo, no Brasil. Ela foi resultado da entrada maciça de imigrantes vindos da Venezuela, país onde não existe um programa de vacinação em massa. Devemos lembrar que também entre nós, tem havido resistência da população contra os programas de vacinação, e isso, talvez, explique o número elevado dos casos de sarampo que surgiu entre nós, naquele episódio.

Mais importante é o uso da vacinação em massa, para prevenção de novas ondas de infecção pelo coronavírus, responsável pela atual pandemia com 35.179.573 casos, até agora, e 1.037.340 óbitos no mundo inteiro. Mas, a pergunta que todos fazemos é com relação a sua segurança, em face da rapidez com que ela está sendo apresentada ao mundo.

O biólogo e professor de virologia do departamento de microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), Paolo Zanotto, explicou que o desenvolvimento clínico da vacina é um processo de três fases: "Durante a fase 1, um pequeno grupo de pessoas recebe a vacina experimental; na fase 2, o estudo clínico é expandido e a vacina é dada a pessoas que têm características, como idade e saúde física, semelhantes àquelas para quais a nova vacina está sendo destinada; e na fase 3 a vacina é ministrada a milhares de pessoas testadas com eficácia e segurança", disse.

De acordo com ele, é possível encurtar o tempo de duração deste processo de fases de testes, mas há um problema que quando se encurta muito esses ciclos de desenvolvimento, gera uma estimativa não muito boa de segurança da vacina e outros parâmetros.

A vacina de Oxford e a SinoVac, da China, já estão sendo testadas em voluntários no Brasil em ensaios clínicos na fase 3, que é a última etapa antes de registrá-las junto às autoridades regulatórias. No entanto, é preciso que se atinja a chamada imunidade de rebanho, em que 60% a 70% da população já tenha sido infectada, consiga eliminar o vírus, mas tenha uma resposta anti córpica boa contra o vírus. E essa imunização pode ser conseguida pelo uso de vacinas profiláticas. Daí a necessidade do encurtamento desse tempo.

De acordo com Jon Andrus, especialista em epidemiologia e imunização da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, que foi vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), as altas taxas de transmissão comunitária do vírus, como acontece no Brasil, estão entre os principais critérios para poder testar uma vacina. Ele afirma, também: "Certamente, é necessária uma situação em que haja uma forte prevalência de uma enfermidade para poder provar a sua eficácia. Mas penso que no Brasil há uma tempestade quase perfeita para os ensaios, porque além da alta prevalência da Covid-19, o país tem uma longa história de excelência em saúde pública, com instituições de pesquisas reconhecidas mundialmente, como a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) no Rio de Janeiro e o Instituto Butantã, em São Paulo, que há décadas realizam pesquisas e ensaios", afirma o especialista.

Baseado na experiência e seriedade desses dois institutos é que podemos ter confiança de que os testes estão sendo bem avaliados e que em muito breve, estaremos promovendo uma campanha de vacinação em massa contra a Covid-19, entre nós. 

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Mais uma vez a saúde de Friburgo em evidência, negativamente

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Corroborando o que disse na minha coluna da semana passada, a mamata é muito boa, para a existência de 16 postulantes à vaga de prefeito, no Palácio Barão de Nova Friburgo. O descaso com o dinheiro público, o assalto aos cofres da Secretaria Municipal de Saúde, que gere o bem estar da população, aquela mais carente, que só tem o Sistema Único de Saúde (SUS) como tábua de salvação, é um acinte. A trama é feita muito antes do “ungido” ao cargo mais importante da cidade assumir seu posto.

Corroborando o que disse na minha coluna da semana passada, a mamata é muito boa, para a existência de 16 postulantes à vaga de prefeito, no Palácio Barão de Nova Friburgo. O descaso com o dinheiro público, o assalto aos cofres da Secretaria Municipal de Saúde, que gere o bem estar da população, aquela mais carente, que só tem o Sistema Único de Saúde (SUS) como tábua de salvação, é um acinte. A trama é feita muito antes do “ungido” ao cargo mais importante da cidade assumir seu posto.

 A VOZ DA SERRA em sua edição do último fim de semana noticiou: Apontado como “chefe de esquema”, ex-secretário de Governo teve bens apreendidos. Trata-se de Bruno Villas Boas, que segundo relata a reportagem, “os auditores constataram ilícitos na contratação de empresas fornecedoras de medicamentos, com superfaturamento da ordem de R$ 680 mil de uma amostra analisada de R$ 1,34 milhão. Os fatos investigados são relativos à possível ocorrência de corrupção ativa e passiva, fraude ao caráter competitivo da licitação e peculato”.

O mais grave de tudo é que tal ato ilícito foi tramado antes da posse do atual prefeito, durante a famosa transição, que mais parece um acerto de contas entre o governo que sai e aquele que entra. No caso presente, já existia uma portaria que regulamentaria as compras de medicamentos feitas pela Secretaria de Saúde, conforme informou a reportagem: “Apurações futuras iriam indicar que a determinação do governo no sentido de levar adiante a adesão à Ata de Registro de Preços de Duque de Caxias, em desfavor ao processo licitatório 1077/16, que já se encontrava publicamente apto para o devido seguimento desde 9 de novembro de 2016, foi fator decisivo para o pedido de exoneração do ex-secretário Rodrigo Romito Gonçalves, juntamente a outros fatores que, no futuro, iriam redundar inclusive em CPI”.

Essa ata de preços dispensa licitações escancarando as portas para os ilícitos. Aliás, não me levem a mal, mas Ata de Registro de Preços de Duque de Caxias, não deveria ser levada em consideração. O Estado do Rio de Janeiro não é sério e, muito menos, os municípios da Baixada Fluminense.

O Rio de Janeiro chafurda num lamaçal de corrupção, haja visto termos quatro ex-governadores às voltas com a Justiça, um presidiário confesso e outros três em prisão domiciliar. Some-se a isso o atual governador Wilson Witzel, em processo de impeachment e seu vice, na berlinda, vítima de delações premiadas de Edmar Santos, ex-secretário de saúde do estado. Aliás, falou em falcatruas, as secretarias de saúde, seja municipal ou estadual, estão sempre em evidência. Aqueles que querem agir com honestidade, lisura e seriedade, são obrigados a pedirem para sair, seja por ameaças contra a própria vida ou de algum membro da família, ou por não suportarem a pressão imposta por prefeitos e governadores.

No caso de Friburgo, um dos vereadores que denunciou a tramoia engendrada na Secretaria de Saúde, foi o Professor Pierre, que inclusive teve seu automóvel perfurado por um objeto perfurante, que poderia ser uma bala disparada por uma arma de fogo. Na época de tal atentado, Pierre foi ridicularizado, seus detratores querendo fazer acreditar que ele estava querendo aparecer. Naquela época, o atual processo corria em segredo de Justiça.

Se o Ministério Público investigar a fundo, outros casos que são comentados na cidade, poderiam vir à tona, tendo o Hospital Raul Sertã, como epicentro. O problema é conseguir provas dessas ilicitudes.

Portanto, estamos num mato sem cachorro, pois a escolha do próximo prefeito e vereadores é de suma importância para os destinos da cidade. Se antes de entrar já tramam contra o erário, quando estão por cima da carne seca, sai de baixo. Essa é tônica desse maldito estado, pois a história é a mesma em vários municípios, auxiliados por uma legislação calhorda e eivada de más intenções. No Rio, Eduardo Paes e Marcelo Crivella são candidatos a prefeito, mas contra ambos pesam suspeições de maus feitos; em Teresópolis, Mário Tricano que já foi cassado uma vez, afastado na última legislação, volta como candidato; em Friburgo, um prefeito que em nada contribuiu para a melhoria da qualidade de vida do cidadão, corre o risco de ser reeleito.

Acorde eleitor, deixe de ser joguete nas mãos de espertalhões e exerça seu direito de eleitor de maneira digna e sábia. Não seja leviano.

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