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Respeito é bom...

sexta-feira, 28 de março de 2025

“Respeito é bom e todo mundo gosta”, diz a frase. Ser respeitado realmente é algo bastante reivindicado. Mas respeitar... bem, aí a coisa muda de figura. Respeitar pessoas é mais do que um ato de educação, de civilidade.  É uma escolha de vida, um princípio essencial para a construção de uma sociedade mais equilibrada. Quando respeitamos o outro, reconhecemos sua individualidade, sua história e seu direito de existir com dignidade. Compreendemos que há espaços a serem respeitados, limites através dos quais não devo forçar a passagem.

“Respeito é bom e todo mundo gosta”, diz a frase. Ser respeitado realmente é algo bastante reivindicado. Mas respeitar... bem, aí a coisa muda de figura. Respeitar pessoas é mais do que um ato de educação, de civilidade.  É uma escolha de vida, um princípio essencial para a construção de uma sociedade mais equilibrada. Quando respeitamos o outro, reconhecemos sua individualidade, sua história e seu direito de existir com dignidade. Compreendemos que há espaços a serem respeitados, limites através dos quais não devo forçar a passagem. O respeito é a base das relações saudáveis e, quando praticado de forma genuína, traz como consequência algo valioso: paz. Eis algo que dinheiro nenhum compra, a verdadeira paz de espírito. E posso apostar que muito deste sentimento advém da consciência tranquila de que a sua forma de existir não fere nem ao outro e nem a si mesmo, a partir do momento em que o respeito pauta suas relações.

Vivemos tempos de intolerância e pressa. No trânsito, no trabalho, nas redes sociais, no âmbito das relações íntimas e privadas, e também com estranhos, no campo individual e coletivo, a falta de respeito se impõe de maneira por vezes abrupta, violenta e, por outras, silenciosa, mas destrutiva. Julgamos antes de conhecer, falamos antes de ouvir, reagimos antes de compreender. Colocamos nosso ego à frente dando importância maior às vontades próprias, custe o que custar. Criamos conflitos desnecessários e nos afastamos uns dos outros. No fundo, ao desrespeitar o próximo, estamos criando muros dentro de nós mesmos. E isso nos afasta da serenidade que tanto buscamos.

Respeitar pessoas não significa concordar com tudo, mas reconhecer que cada um tem sua própria trajetória, seus desafios e sua maneira de ver o mundo. Significa saber o momento de falar e o momento de silenciar, entender que o outro merece consideração mesmo quando suas opiniões e atitudes diferem das nossas. O respeito não exige que sejamos iguais, apenas que sejamos justos.

A paz nasce do respeito. Quando tratamos os outros com consideração, recebemos de volta o mesmo cuidado. Quando evitamos alimentar conflitos desnecessários, libertamo-nos de pesos que não precisamos carregar. Quando aceitamos que cada um faz o melhor que pode dentro das suas possibilidades, deixamos de lado a amargura e encontramos a leveza.

O respeito é uma via de mão dupla. Ele fortalece laços, cria oportunidades de diálogo e torna a vida mais harmoniosa. É ele que nos permite viver em sociedade sem atropelar o espaço do outro. É ele que nos faz crescer como indivíduos. Quem respeita, abre portas. Quem desrespeita, ergue barreiras. E a escolha entre ser ponte ou muro é diária.

Respeitar pessoas é, no fim das contas, respeitar a própria vida. É um ato de amor e consciência. Que possamos escolher essa prática todos os dias. Porque é no respeito que encontramos a verdadeira paz de espírito.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Oportunidade

sexta-feira, 21 de março de 2025

A vida nos oferece oportunidades a todo instante. Algumas chegam de maneira sutil, quase imperceptíveis, outras vêm abruptas, forçando-nos a agir. Nem sempre as reconhecemos de imediato, e muitas vezes só percebemos seu real valor quando já passaram. Mas a verdade é que elas podem estar ali, na espreita, esperando nosso olhar atento, nossa disposição para enxergar além do óbvio. Quantas vezes nos lamentamos por não termos aproveitado uma chance que passou? Quantas vezes, tempos depois, percebemos que aquela porta fechada nos direcionou para um caminho muito melhor?

A vida nos oferece oportunidades a todo instante. Algumas chegam de maneira sutil, quase imperceptíveis, outras vêm abruptas, forçando-nos a agir. Nem sempre as reconhecemos de imediato, e muitas vezes só percebemos seu real valor quando já passaram. Mas a verdade é que elas podem estar ali, na espreita, esperando nosso olhar atento, nossa disposição para enxergar além do óbvio. Quantas vezes nos lamentamos por não termos aproveitado uma chance que passou? Quantas vezes, tempos depois, percebemos que aquela porta fechada nos direcionou para um caminho muito melhor?

Oportunidade não é apenas aquele momento grandioso que muda tudo. Aquela porta que uma terceira pessoa escancara à sua frente e te convida a entrar. Às vezes, ela se apresenta nas pequenas coisas: no convite inesperado, na conversa aparentemente banal, no erro que nos ensina. Cada instante carrega em si a possibilidade de um novo começo, de uma nova escolha, de uma nova versão de nós mesmos. Mas, para enxergar isso, é preciso estar aberto. É preciso querer. E, principalmente, é preciso aprender a identificar a oportunidade quando ela ainda parece disfarçada de rotina, de acaso ou até mesmo de fracasso.

Curioso como passamos tanto tempo esperando por uma grande oportunidade, sem perceber que a vida já nos oferece várias diariamente. Não enxergamos porque estamos ocupados demais desejando algo extraordinário, sem notar que o extraordinário, muitas vezes, se constrói no ordinário, no que fazemos repetidamente, no que parece pequeno, mas que, aos poucos, transforma tudo. Oportunidade não é só um evento isolado, mas um conjunto de pequenas escolhas que tomamos todos os dias. É o que decidimos aprender, é a forma como encaramos os desafios, é a atitude que temos diante dos obstáculos.

Muitas oportunidades chegam disfarçadas de desafios. Quantas vezes uma situação difícil se revelou uma chance de crescer? Quantas vezes um "não" nos impulsionou a encontrar um caminho melhor? A verdade é que oportunidades nem sempre são fáceis. Algumas exigem coragem. Exigem que deixemos para trás o que é confortável para abraçar o que é novo e incerto. Mas e se for justamente essa incerteza que nos leva ao que sempre buscamos? E se for o medo do desconhecido que nos impede de enxergar o que está além da nossa zona de conforto? Aceitar a mudança e aprender a confiar no processo é fundamental para aproveitar as oportunidades que surgem.

Há também as oportunidades que criamos. Porque nem sempre elas chegam até nós. Às vezes, é preciso ir até elas. É preciso ousar, arriscar, sair do roteiro. Esperar que algo aconteça sem fazer nada para que aconteça é como esperar que um livro seja escrito sem nunca tocar na caneta. É preciso ação. Oportunidade não é só algo que se encontra, é algo que se constrói. E construir oportunidades exige esforço, disciplina e persistência.

Muitas vezes, as maiores conquistas vêm de anos de dedicação silenciosa, de pequenas tentativas, de ajustes de rota, de recomeços que não parecem gloriosos, mas que, no longo prazo, fazem toda a diferença.

Oportunidades podem vir disfarçadas de um caminho inesperado, de uma reviravolta, de uma simples decisão. Quantas histórias de sucesso começaram com um desvio de percurso? Quantas pessoas encontraram sua verdadeira vocação por acaso, depois de um erro, uma demissão, uma mudança forçada? A vida tem maneiras curiosas de nos guiar para onde devemos estar, e aprender a confiar nesse fluxo pode tornar o caminho mais leve.

Então, talvez o grande segredo seja aprender a olhar para a vida com a curiosidade de quem busca, com a coragem de quem se arrisca e com a paciência de quem entende que nem tudo acontece no nosso tempo, mas sim no tempo certo. Oportunidade não é sorte. É movimento. E quem se move, mais cedo ou mais tarde, encontra o que procura. A grande pergunta não é se a oportunidade vai surgir, mas sim: estaremos prontos para reconhecê-la e agarrá-la quando ela aparecer?

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Viajantes dos livros

sexta-feira, 14 de março de 2025

O livro se abre e, de repente, um universo inteiro nos engole. O tempo desacelera, as preocupações se dissipam e nos encontramos ali, entre palavras, ideias, vidas que não são nossas, mas que, de alguma forma, nos pertencem. Só quem já se perdeu entre páginas sabe o afago que um bom texto pode proporcionar. A leitura é um refúgio, um convite a sentir, a pensar e, principalmente, a existir de outras maneiras.

O livro se abre e, de repente, um universo inteiro nos engole. O tempo desacelera, as preocupações se dissipam e nos encontramos ali, entre palavras, ideias, vidas que não são nossas, mas que, de alguma forma, nos pertencem. Só quem já se perdeu entre páginas sabe o afago que um bom texto pode proporcionar. A leitura é um refúgio, um convite a sentir, a pensar e, principalmente, a existir de outras maneiras.

Em tempos acelerados, onde tudo parece transitório e descartável, a leitura nos ensina a arte da permanência. Um bom livro não passa, ele fica. Cria raízes em nossa memória, amplia horizontes, provoca reflexões. E se observarmos bem, até mesmo os silêncios entre as palavras têm o poder de falar. Aliás, a leitura ensina a escutar, e quem lê bem aprende a ouvir melhor.

Mas não nos enganemos: ler não é apenas um ato de contemplação. É também, e talvez sobretudo, um exercício de transformação. Um livro pode mudar uma vida. Um parágrafo pode revolucionar uma ideia. Uma frase pode iluminar um dia inteiro. E quantas vezes não fomos arrebatados por uma história, por um pensamento que parecia feito sob medida para nós? A leitura nos veste e nos despe. Faz com que descubramos mais sobre nós mesmos e sobre o mundo.

Falemos de perspectivas. Um mesmo livro lido em diferentes momentos da vida pode trazer ensinamentos completamente novos. A literatura cresce conosco, se molda às nossas vivências. O mesmo trecho que um dia passou despercebido pode, anos depois, se tornar um abraço em palavras. E assim seguimos, voltando a páginas queridas, relendo trechos como quem revisita lembranças queridas.

E por falar em lembranças, quem não guarda na memória a emoção do primeiro livro? O primeiro encontro com personagens que pareciam amigos, o cheiro das páginas novas (ou antigas), a sensação de entrar em um mundo inédito. A leitura é, para muitos, uma herança afetiva, um legado que atravessa gerações. É um vínculo com quem fomos, com quem somos e com quem ainda seremos.

No entanto, é preciso lembrar que o hábito da leitura precisa ser cultivado. Num mundo de distrações constantes, onde as telas competem ferozmente pela nossa atenção, reservar tempo para um livro é um ato de resistência. Mas que resistência mais prazerosa! Sentar-se num canto tranquilo, abrir um livro e permitir-se essa pausa necessária. Quem lê, carrega consigo não apenas histórias, mas sabedoria, empatia, liberdade.

Afinal, a leitura nos torna viajantes sem precisar sair do lugar. Nos faz voar sem asas, sonhar sem fechar os olhos, aprender sem que pareça um esforço. Ler é ter o privilégio de viver muitas vidas dentro da nossa. E se “voar” fosse um verbo aplicável à leitura, eu diria, sem hesitar: estou voando. E você?

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Quem fica

sexta-feira, 07 de março de 2025

A vida tem um jeito peculiar de nos surpreender. Às vezes, parece que estamos seguindo um roteiro seguro, com tudo sob controle, até que, de repente, o imprevisível nos sacode. Como um vento forte que muda a direção da vela, somos lançados em novas rotas, algumas desejadas, outras inevitáveis. É nesses momentos que descobrimos o que realmente importa: quem está ao nosso lado na hora H.

A vida tem um jeito peculiar de nos surpreender. Às vezes, parece que estamos seguindo um roteiro seguro, com tudo sob controle, até que, de repente, o imprevisível nos sacode. Como um vento forte que muda a direção da vela, somos lançados em novas rotas, algumas desejadas, outras inevitáveis. É nesses momentos que descobrimos o que realmente importa: quem está ao nosso lado na hora H.

O tempo ensina que, apesar das incertezas, nunca estamos totalmente sozinhos. Há aqueles que chegam sem precisar ser chamados, que seguram nossas mãos sem hesitação, que nos oferecem abrigo mesmo quando não temos nada a oferecer em troca. São esses laços invisíveis que fazem toda a diferença. A força do coletivo, do afeto compartilhado, do amor traduzido em presença.

Nos dias difíceis, vibrar na frequência do bem é uma escolha poderosa. O desconhecido pode assustar, as quedas podem doer, mas há sempre um abraço que acalma, uma palavra que orienta, um gesto que fortalece. O presente é nosso único domínio, e nele devemos construir as pontes que nos sustentam. O futuro, sempre incerto, se molda conforme as sementes que plantamos.

A riqueza da vida não está nos bens acumulados, mas nos afetos que cultivamos. No olhar que acolhe, na mão que apoia, na simplicidade de um “estou aqui”. A verdadeira segurança está na rede de amor que nos cerca, nas conexões sinceras que nos lembram que, mesmo nos dias mais turbulentos, há corações dispostos a nos guiar de volta ao equilíbrio.

Na vulnerabilidade, aprendemos sobre generosidade. Sobre como, nos momentos em que temos pouco a oferecer, recebemos o que há de mais valioso: a presença. E talvez essa seja a mensagem maior da vida, o recado silencioso do universo. O amor que semeamos retorna. O cuidado que ofertamos ecoa. As mãos que estendemos um dia nos alcançarão.

Na hora H, o que faz diferença não é o acaso, mas os laços. Porque, no fim das contas, é isso que nos mantém de pé. O resto é apenas cenário, pano de fundo para a peça da existência, onde os verdadeiros protagonistas são aqueles que escolhem ficar e amar, apesar de tudo.

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Alegria, alegria

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Pesquisa de campo: quem gosta de carnaval? Levante a mão aquele que consegue não se contagiar com a energia que paira sobre nós nessa época do ano. Não há como negar, fica uma euforia no ar. Se pararmos para observar atentamente até mesmo o tal “pré-carnaval”, perceberemos que mesmo esses dias que antecedem a folia são mais agitados, mais coloridos. Parece que as pessoas estão mais afobadas, o trânsito um tanto mais confuso e há até aqueles que emendam o feriadão, quando não resolvem ainda começar efetivamente o ano tão-somente após a folia.

Pesquisa de campo: quem gosta de carnaval? Levante a mão aquele que consegue não se contagiar com a energia que paira sobre nós nessa época do ano. Não há como negar, fica uma euforia no ar. Se pararmos para observar atentamente até mesmo o tal “pré-carnaval”, perceberemos que mesmo esses dias que antecedem a folia são mais agitados, mais coloridos. Parece que as pessoas estão mais afobadas, o trânsito um tanto mais confuso e há até aqueles que emendam o feriadão, quando não resolvem ainda começar efetivamente o ano tão-somente após a folia.

A arte contagia. É lindo de viver! Há pessoas que trabalham todos os seus dias em nome dela. Mas não consigo conceber que a manifestação cultural brasileira tenha vindo com o propósito de resetar o ano, como tanta gente insiste em fazer. Carnaval não é réveillon, mas ainda assim só depois dele é que muitas coisas voltam a acontecer. Ou começam. Divisor de águas, ou melhor, de ano. É isso que ele é? Contamos dias para a sua chegada, acumulamos projetos, planos, roteiros e mesmo horas de sono para quitarmos no “feriadão”. Eu mesma ando sonhando e somando quantas horas conseguirei quitar na cota do descanso por ocasião do carnaval.

Fato é que o povo se diverte, espairece, esquece por algum tempo de suas mazelas e de alguma maneira vive sua catarse existencial. É tempo em que todo mundo pode ser amigo de todo mundo, que há mais braços envolvidos em abraços, mais sorrisos largos e brilhos no olhar, músicas por toda parte, uma alegria genuína teima em brotar, quem quer se veste de palhaço ou qualquer fantasia, há oportunidade para extravasar e alguns ainda ganham seus dias de desocupação. Ô, que alegria.

Nem tudo são flores, entretanto. Nesses dias de folia, há muita gente frustrada, assistindo de posições não privilegiadas a folia alheia. Há gente sobrecarregada de trabalho. Os limites do respeito por vezes são esquecidos e infelizmente os casos de assédio contra mulheres são ainda mais frequentes. Da mesma forma, posso presumir pelo empirismo que muitos condutores dirigem dominados pelo efeito do álcool, pondo em risco suas vidas e submetendo o risco real aos outros. Sem contar a sujeira nas ruas. As brigas. A violência. O assédio. O consumo de drogas. Acontece, infelizmente.

No carnaval, por vezes, refletimos também a educação que não temos. A infraestrutura que não temos. O espírito coletivo que não temos. O respeito pelo próximo que obviamente deveríamos ter, que não temos enquanto sociedade. Infelizmente. Não há como escapar. Não habitamos um planeta diferente esses dias. Continuamos sendo parte do que somos todo santo dia, ainda que inebriados pelos dons da folia.

Mas para quê pensar sobre isso agora? Afinal, é carnaval. Alegria, alegria...

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Por que não facilitamos as coisas?

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Abaixemos o dedo e não a cabeça. Guardemos em bom lugar nossos dedos apontados para os outros. Mania essa nossa de julgarmos a tudo e a todos o tempo todo. Não nos ensinaram que não devemos julgar, levantar falsos testemunhos? Não aprendemos a lição? Diz a lenda que se apontarmos os dedos para as estrelas, nascerá verruga em suas pontas. Já ouviram antes? Vai ver essa era uma daquelas estórias dos antigos para ensinar de alguma maneira que devemos tratar os outros com humildade e principalmente respeito. Repito, lição de todo sai: tratar a todos com respeito e humildade.

Abaixemos o dedo e não a cabeça. Guardemos em bom lugar nossos dedos apontados para os outros. Mania essa nossa de julgarmos a tudo e a todos o tempo todo. Não nos ensinaram que não devemos julgar, levantar falsos testemunhos? Não aprendemos a lição? Diz a lenda que se apontarmos os dedos para as estrelas, nascerá verruga em suas pontas. Já ouviram antes? Vai ver essa era uma daquelas estórias dos antigos para ensinar de alguma maneira que devemos tratar os outros com humildade e principalmente respeito. Repito, lição de todo sai: tratar a todos com respeito e humildade. Preceito básico civilizatório e da boa convivência. Os dedos apontados abrem alas para o tom imponente, para o ar inquisidor, para o olhar repressivo e a mente julgadora. São essas as nossas “verrugas” de comportamento que deveriam ser repensadas.

Desconheço qualquer pessoa que sinta contentamento e prazer de conviver com quem tem essa sombra do tal “dedo estendido” em suas ações. Eu, pelo menos, acho um tanto desagradável o convívio com os julgadores de plantão, com os cobradores de comportamento. Gostaria inclusive de processar uma resposta padrão que saísse automaticamente e corajosamente de cunho informativo para dizer que “não estão na minha pele”. É tão mais fácil julgar o outro e cobrar dele um comportamento compatível com os pensamentos e convicções que não lhe pertencem a imaginar-se no lugar dele ou simplesmente o deixá-lo em paz, respeitando-o. Tão mais cômodo enrijecer o tom, reclamar, falar mal, levantar a voz, fazer chantagens de cunho emocional, medir a postura alheia com a sua régua. Mas isso não é legal, devo dizer.

Esses dedos levantados pela sociedade constantemente e incessantemente podem fazer mal. Principalmente a quem os levanta. Sinto vontade de dizer: descansem as mãos, relaxem as mentes, cuidem de fazer a sua parte e respeitem as escolhas alheias que não fazem mal a ninguém. E mais, cabeças erguidas. Essas sim levantadas. Os olhos precisam mirar adiante, vislumbrar o horizonte. Cabeças ao alto. Não por soberba nem tampouco por superioridade. Mas por autoestima, por respeito às individualidades, por honra. E se tiverem que se abaixar, que seja pela nobreza da humildade e não por medo das cobranças externas e do julgamento alheio.

O contexto social, político, econômico e de todas as ordens já se apresenta desafiador por demais. Difícil demais. Sobreviver dignamente tem sido um empenho e tanto e até mesmo um privilégio. Por que não facilitarmos as coisas com uma convivência gentil e não hostil?  Respeitosa e não arrogante. Que acolhe e não repele. Em que os dedos em riste cedem espaço para abraços. Um mundo ideal, é verdade. Talvez utópico, sim. Mas acredito, possível. De menos umbigo e mais coração.

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Faixa Amarela

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Em meio a uma reunião, pautas completas, conversas a todo vapor e eis que um abismo se abre na mente que parece vazia de tudo e cheia de nada. Acontece. Um encontro muito esperado, tantos sentimentos por dizer, muita coisa a partilhar, e eis que as palavras somem e os pensamentos embaralham, como resultado, um nada a dizer. Acontece. Uma aula a ser dada, pontos relevantes a ser enfatizados, tudo preparado. E eis que na hora, não se lembra de nada. Dá "um branco". Um lapso. Acontece. Faz parte da vida.

Em meio a uma reunião, pautas completas, conversas a todo vapor e eis que um abismo se abre na mente que parece vazia de tudo e cheia de nada. Acontece. Um encontro muito esperado, tantos sentimentos por dizer, muita coisa a partilhar, e eis que as palavras somem e os pensamentos embaralham, como resultado, um nada a dizer. Acontece. Uma aula a ser dada, pontos relevantes a ser enfatizados, tudo preparado. E eis que na hora, não se lembra de nada. Dá "um branco". Um lapso. Acontece. Faz parte da vida.

Passando pelo corredor do ônibus, a mochila esbarra na bolsa de outro passageiro, aquela situação constrangedora. Cai a carteira, derruba o celular, se ajeita, respira e segue viagem. Quem nunca passou por isso? O garçom, equilibrando a bandeja do restaurante, copos, pratos, talheres, garrafas, se descuida e deixa cair tudo no chão. Acontece. Aquele furo dado, pessoas confundidas, abraço no amigo errado, a frase fora de hora, o papel entregue por engano. Coisas assim, tão cotidianas e às vezes embaraçosas, acontecem o tempo todo. Por mais desagradáveis que sejam e algumas vezes poderiam ter sido evitadas, acontecem.

Comigo não é rara a vivência de embaraços desse tipo. Mas ultimamente, algo que vem sobressaindo em situações assim é a reação desproporcional de muitas pessoas a esses acontecimentos do dia a dia. Que somos seres reativos, sabemos. No entanto, há reações que a olhos nus parecem exageradas. Como se a barra de equilíbrio mudasse de lado. Um esbarrão sem querer no meio de uma rua cheia de gente pode resultar em gritos descompensados. Xingamentos. Uma brincadeira fora de hora pode ser estopim para o fim de uma "amizade". Um pisar em falso pode render uma agressão.

Penso que às vezes falta leveza. Complacência. Há um peso nos semblantes, ira nos olhares. Impaciência no ar.  Espíritos armados, prontos para uma resistência a qualquer movimento tido por fora da curva. Frases atravessadas, impregnadas de raiva. Uma hora vem uma reação destemperada. Um grito. Às vezes, até um tiro. Infelizmente. Coisas cotidianas têm se transformado em ameaças à paz e ao bom convívio. É como se cada um de nós estivesse por trás de uma faixa amarela, da qual não se pode aproximar sob pena de se atritar com quem por ela se protege.

A autopreservação é necessária. Mas parece que nos esquecemos de decodificar os limites da tolerância, do respeito e da boa convivência. Pode parecer exagero, mas creio que devemos estar atentos às coisas simples desse cotidiano que se apresenta cheio de nuances e pessoas imperfeitas convivendo nesse mistério da vida, compartilhando um lugar comum no Planeta Terra, com missões nem sempre claras. Separar o joio do trigo. Entender que essa gente estabanada, sem jeito, que deixa o objeto cair, que troca nomes sem querer, que tem lapsos de memória em uma reunião, pode ser apenas gente que corre o tempo todo, que convive com uma sobrecarga de afazeres ou simplesmente anda cambaleando por aí.

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Começos

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025

Já é fevereiro. Pouco parece que ainda mês passado começou o ano. Pés descalços. Ondas puladas. Uvas digeridas. Abraços dados. Energia renovada. Compartilhada. Promessas feitas. Ou refeitas. Desejo do novo. Retrospectiva passada a limpo. Projetos para investir. Gente para atrair. Gente para deixar ir. Consciência do dinheiro a mais gasto. Lembrança das contas extras que estão por vir. Horóscopo lido. Vídeos de astrologia assistidos. Até simpatia teve. Opa, é o ano da serpente! Verão no trópico. Calor intenso. Chuva na mesma proporção. Temperatura alta. Fotos postadas.

Já é fevereiro. Pouco parece que ainda mês passado começou o ano. Pés descalços. Ondas puladas. Uvas digeridas. Abraços dados. Energia renovada. Compartilhada. Promessas feitas. Ou refeitas. Desejo do novo. Retrospectiva passada a limpo. Projetos para investir. Gente para atrair. Gente para deixar ir. Consciência do dinheiro a mais gasto. Lembrança das contas extras que estão por vir. Horóscopo lido. Vídeos de astrologia assistidos. Até simpatia teve. Opa, é o ano da serpente! Verão no trópico. Calor intenso. Chuva na mesma proporção. Temperatura alta. Fotos postadas. Alegria compartilhada. Vontade de lazer batendo à porta quase que de maneira incessante. O sal grosso ainda escorrendo pelo ralo. Tudo novo de novo. Exceto para alguns.

A agenda com todas as páginas em branco recebem os primeiros traçados. Já é possível prever que dentro de alguns dias o carretel de compromissos terá sido desfeito de forma impiedosa e não haverá espaço livre a preencher. O tempo que a renovação dá a sensação de trazer, se esvai quando a rotina ressurge sem cautela e relembra que o reinício é presságio de que vai começar tudo de novo.  Ótima notícia quando tudo vai bem. E pensando de forma positiva, pode ser grande estímulo para decisões de mudanças também (se há algo especial que os primeiros dias do ano trazem consigo são essa esperança e otimismo quase desmedidos que costumeiramente são mitigados no decorrer dos demais).

Coisas incríveis já ocorreram quando a decisão foi tomada nos primeiros dias do ano em construção. Já li sobre isso. Várias biografias dão conta de que projeções e concretizações de mudanças reais de vida foram decididas nessa época.  Tudo começa a partir de um pequeno protótipo e dificilmente realizações grandiosas não são precedidas de decisão e esforço. O que eu quero de novo? O que almejo manter? O que não merece mais ser fomentado em minha vida?

Janeiro foi longo. IPVA pra pagar, material escolar pra comprar, cartão de crédito de dezembro pra arcar. Teve de tudo um pouco. E restou a perspectiva de que é necessário programar para não passar perrengue.

Planejamento é tão extraordinário quanto a inevitável atuação do “acaso”. Quanto ao imponderável, intransponível, imprevisível e que independe de nossa vontade, nada como resilir e superar. Mas no tocante a tudo mais, é importante o deixar fluir com algum direcionamento da vontade de fazer acontecer.

“Autorresponsabilidade”. Assumir para si a parcela necessária do que acontece na vida. Sem culpar o outro, o mundo, a crise. Sem partilhar o ônus do insucesso com um universo de elementos. Grandes vitórias são precedidas de muita persistência, incremento fundamental dessa consciência de que se eu quero, eu posso, corro atrás e consequentemente, consigo. Sejamos leais com o nosso querer. E justos com a aceitação dos resultados. Muito do que está por vir começa justamente na primeira letra traçada na agenda em branco do ano novo. E este texto não é sobre réveillon.

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Mais do mesmo

sábado, 01 de fevereiro de 2025

Vou tocar num tema que para muitos é “mais do mesmo” ou “chover no molhado”. Pode até ser. Mas segue sendo rotina para muita gente: o enfrentamento do desafio do equilíbrio entre vida profissional e pessoal no mundo de hoje. Como se fossem duas vidas, quando na verdade, somos uma pessoa só. Somos um todo. E conciliar as múltiplas vertentes dos seres complexos que somos poderia ser simples, mas não é.

Vou tocar num tema que para muitos é “mais do mesmo” ou “chover no molhado”. Pode até ser. Mas segue sendo rotina para muita gente: o enfrentamento do desafio do equilíbrio entre vida profissional e pessoal no mundo de hoje. Como se fossem duas vidas, quando na verdade, somos uma pessoa só. Somos um todo. E conciliar as múltiplas vertentes dos seres complexos que somos poderia ser simples, mas não é.

O viver hoje é muito mais conectado e dinâmico, multitarefas, informação para todo lado, conexões diversas, demandas materiais latentes e emocionais ainda mais. Encontrar o equilíbrio entre trabalho e todo o resto, se tornou uma das maiores tarefas do ser humano contemporâneo. Se, por um lado, a tecnologia trouxe imensos avanços e comodidades, por outro, ela também ampliou os desafios para quem busca harmonizar essas duas esferas da vida. Noto que a ideia de estar disponível para o trabalho a qualquer hora do dia ou da noite se tornou uma realidade para muitas pessoas, levando a um cenário de sobrecarga e, muitas vezes, desgaste emocional.

Em conjunto com essa disponibilidade 24 horas por dia, sete dias por semana, vem um pacote profundo e confuso de sentimentos. Conectividade full time, incapacidade de dizer “não” que corrobora uma dificuldade latente em impor limites, medo da escassez, comparação com as outras pessoas, impotência e complexo de inferioridade são alguns dos reflexos mais notórios.

Quando falamos em equilibrar essas “duas vidas”, a profissional e a pessoal, uma questão que surge é justamente a definição do que realmente significa estar em equilíbrio. É relativo. Não existe uma fórmula única. Para uns, o equilíbrio pode ser ter a capacidade de desligar-se do trabalho ao final do expediente e aproveitar momentos de lazer com a família. Para outros, pode ser a flexibilidade de escolher quando e onde trabalhar, sem comprometer a produtividade ou a qualidade de vida. A verdade é que, em uma sociedade que valoriza tanto o desempenho e a produtividade, a busca incessante pelo “equilíbrio perfeito” muitas vezes se transforma em uma pressão adicional.

Deveríamos assimilar que equilíbrio não é uma linha reta e constante. Ele é flexível, adaptável e depende das circunstâncias de cada fase da vida. Pode ser que em alguns momentos da carreira a dedicação ao trabalho precise ser maior, como em períodos de grandes desafios ou de crescimento profissional. Em outros, a prioridade pode ser a saúde mental ou o tempo com a família, um bem cada vez mais raro no cotidiano acelerado de hoje. Fato é que para quase todo mundo, uma vida equilibrada é um sonho difícil de ser alcançado.

A facilidade de estar sempre conectado é uma faca de dois gumes. Ela pode nos manter ativos, informados, conectados e facilitar trabalho, comunicação, informação. Mas também diminui as fronteiras entre vida profissional e pessoal. Embaralha tudo. Nos aproxima de recortes das vidas dos outros pelas redes sociais e por vezes nos afasta de quem está ao nosso lado e das nossas próprias conexões verdadeiras. Nos permite trabalhar em outros horários, ao mesmo tempo em que a dinâmica de respostas rápidas a e-mails a qualquer hora, nos levam à sensação de que o trabalho nunca termina são comuns entre quem vive essa conectividade.

É aqui que entra a importância do autoconhecimento e da capacidade de estabelecer limites claros. Reconhecer os próprios limites é um passo essencial para alcançar o equilíbrio. Muitas vezes, é necessário aprender a dizer “não” ou a delegar tarefas, seja no trabalho ou em casa. A sobrecarga de responsabilidades, sem a devida divisão ou priorização, pode gerar uma sensação de que estamos falhando em todas as áreas da vida, o que é um equívoco.

Aprender a identificar quando estamos sobrecarregados, tanto física quanto emocionalmente, é essencial para evitar o desgaste. Quando somos capazes de nos ouvir e reconhecer que precisamos de descanso ou de um tempo para si, a probabilidade de mantermos um equilíbrio saudável aumenta consideravelmente. Isso envolve desde o descanso adequado até a prática de atividades que nos proporcionem prazer e relaxamento, como hobbies, exercício físico ou simplesmente um tempo para a solitude.

As demandas da vida moderna, com seus altos e baixos, exigem flexibilidade, planejamento e uma dose considerável de autoconhecimento. No fim das contas, o que realmente importa é saber que, no cotidiano acelerado, a saúde mental e o tempo com quem amamos são tão importantes quanto qualquer meta profissional. A busca pelo equilíbrio não é sobre alcançar um estado ideal e fixo, mas sobre conseguir fazer ajustes contínuos para que a vida siga fluindo de forma mais leve e saudável. Quem alcançar – bravo!, estará diante da concretização do sonho moderno.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Jardim de afetos

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

A prosa começa com o grande Rubem Alves: “Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles...”

Algo grandioso pode acontecer quando a empatia nasce. E cresce. Desenvolve. Engrandece. Uma energia tão imponente e que não sabe a força que tem. Transforma, reequilibra, renova. A sintonia se faz. E daí pode surgir o afeto. Os afetos.

A prosa começa com o grande Rubem Alves: “Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles...”

Algo grandioso pode acontecer quando a empatia nasce. E cresce. Desenvolve. Engrandece. Uma energia tão imponente e que não sabe a força que tem. Transforma, reequilibra, renova. A sintonia se faz. E daí pode surgir o afeto. Os afetos.

É mais simples que afetos se desenvolvam em ambientes em que as pessoas de certa forma existem para amar umas as outras, como no seio de uma família. É igualmente menos remota a hipótese de fomentarmos afetos em meio às amizades que vão se formando. Há várias formas, várias nuances desse sentimento.

Chama atenção o despertar de um sentimento coletivo de bem querer e então como não poderia deixar de ser, entrego-me às reflexões. De onde vem o carinho coletivo, a reciprocidade, a confiança crescente? Do sorriso, da vontade de que tudo dê certo, do empenho em construir boas relações, da sinceridade? Vem de tudo isso, eu concluo.

E então, se a fórmula vem empiricamente sendo comprovada como infalível, pois os afetos são construídos de maneira tão sensível e honesta, por que não espalhar isso de alguma forma? A dificuldade, penso, vem da origem. A essência pode estar maculada. As dificuldades cotidianas tantas vezes escondem o melhor sorriso. O cansaço passa a ser obstáculo para a energia que impregna o esforço.

Nos últimos tempos, em que pese a volumosa gama de exceções, polimos a alma de esperança quando percebemos um tentando ajudar o outro, salvar o outro. Pois é. Pasme. Acontece. Essa gente boa que se preocupa com os outros, que olha para os lados, que se move em direção ao bem coletivo, existe. Volta e meia o mundo se volta a uma corrente de energia pura, torcida sincera pelo bem daquelas pessoas que dá gosto de ver e de sentir. E mais do que isso, pessoas que saem de sua zona de conforto, que se movem, vertem sua energia, seus recursos, seu tempo e seu amor para ajudar alguém. Empatia generalizada. Espécie rara e lindo de viver. No peito que chama pelas afeições, cresce a esperança na humanidade.

Rubem Alves tem razão. Todo jardim começa com um sonho de amor.

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