Blog de paulafarsoun_25873

Faixa Amarela

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Em meio a uma reunião, pautas completas, conversas a todo vapor e eis que um abismo se abre na mente que parece vazia de tudo e cheia de nada. Acontece. Um encontro muito esperado, tantos sentimentos por dizer, muita coisa a partilhar, e eis que as palavras somem e os pensamentos embaralham, como resultado, um nada a dizer. Acontece. Uma aula a ser dada, pontos relevantes a ser enfatizados, tudo preparado. E eis que na hora, não se lembra de nada. Dá "um branco". Um lapso. Acontece. Faz parte da vida.

Em meio a uma reunião, pautas completas, conversas a todo vapor e eis que um abismo se abre na mente que parece vazia de tudo e cheia de nada. Acontece. Um encontro muito esperado, tantos sentimentos por dizer, muita coisa a partilhar, e eis que as palavras somem e os pensamentos embaralham, como resultado, um nada a dizer. Acontece. Uma aula a ser dada, pontos relevantes a ser enfatizados, tudo preparado. E eis que na hora, não se lembra de nada. Dá "um branco". Um lapso. Acontece. Faz parte da vida.

Passando pelo corredor do ônibus, a mochila esbarra na bolsa de outro passageiro, aquela situação constrangedora. Cai a carteira, derruba o celular, se ajeita, respira e segue viagem. Quem nunca passou por isso? O garçom, equilibrando a bandeja do restaurante, copos, pratos, talheres, garrafas, se descuida e deixa cair tudo no chão. Acontece. Aquele furo dado, pessoas confundidas, abraço no amigo errado, a frase fora de hora, o papel entregue por engano. Coisas assim, tão cotidianas e às vezes embaraçosas, acontecem o tempo todo. Por mais desagradáveis que sejam e algumas vezes poderiam ter sido evitadas, acontecem.

Comigo não é rara a vivência de embaraços desse tipo. Mas ultimamente, algo que vem sobressaindo em situações assim é a reação desproporcional de muitas pessoas a esses acontecimentos do dia a dia. Que somos seres reativos, sabemos. No entanto, há reações que a olhos nus parecem exageradas. Como se a barra de equilíbrio mudasse de lado. Um esbarrão sem querer no meio de uma rua cheia de gente pode resultar em gritos descompensados. Xingamentos. Uma brincadeira fora de hora pode ser estopim para o fim de uma "amizade". Um pisar em falso pode render uma agressão.

Penso que às vezes falta leveza. Complacência. Há um peso nos semblantes, ira nos olhares. Impaciência no ar.  Espíritos armados, prontos para uma resistência a qualquer movimento tido por fora da curva. Frases atravessadas, impregnadas de raiva. Uma hora vem uma reação destemperada. Um grito. Às vezes, até um tiro. Infelizmente. Coisas cotidianas têm se transformado em ameaças à paz e ao bom convívio. É como se cada um de nós estivesse por trás de uma faixa amarela, da qual não se pode aproximar sob pena de se atritar com quem por ela se protege.

A autopreservação é necessária. Mas parece que nos esquecemos de decodificar os limites da tolerância, do respeito e da boa convivência. Pode parecer exagero, mas creio que devemos estar atentos às coisas simples desse cotidiano que se apresenta cheio de nuances e pessoas imperfeitas convivendo nesse mistério da vida, compartilhando um lugar comum no Planeta Terra, com missões nem sempre claras. Separar o joio do trigo. Entender que essa gente estabanada, sem jeito, que deixa o objeto cair, que troca nomes sem querer, que tem lapsos de memória em uma reunião, pode ser apenas gente que corre o tempo todo, que convive com uma sobrecarga de afazeres ou simplesmente anda cambaleando por aí.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Começos

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025

Já é fevereiro. Pouco parece que ainda mês passado começou o ano. Pés descalços. Ondas puladas. Uvas digeridas. Abraços dados. Energia renovada. Compartilhada. Promessas feitas. Ou refeitas. Desejo do novo. Retrospectiva passada a limpo. Projetos para investir. Gente para atrair. Gente para deixar ir. Consciência do dinheiro a mais gasto. Lembrança das contas extras que estão por vir. Horóscopo lido. Vídeos de astrologia assistidos. Até simpatia teve. Opa, é o ano da serpente! Verão no trópico. Calor intenso. Chuva na mesma proporção. Temperatura alta. Fotos postadas.

Já é fevereiro. Pouco parece que ainda mês passado começou o ano. Pés descalços. Ondas puladas. Uvas digeridas. Abraços dados. Energia renovada. Compartilhada. Promessas feitas. Ou refeitas. Desejo do novo. Retrospectiva passada a limpo. Projetos para investir. Gente para atrair. Gente para deixar ir. Consciência do dinheiro a mais gasto. Lembrança das contas extras que estão por vir. Horóscopo lido. Vídeos de astrologia assistidos. Até simpatia teve. Opa, é o ano da serpente! Verão no trópico. Calor intenso. Chuva na mesma proporção. Temperatura alta. Fotos postadas. Alegria compartilhada. Vontade de lazer batendo à porta quase que de maneira incessante. O sal grosso ainda escorrendo pelo ralo. Tudo novo de novo. Exceto para alguns.

A agenda com todas as páginas em branco recebem os primeiros traçados. Já é possível prever que dentro de alguns dias o carretel de compromissos terá sido desfeito de forma impiedosa e não haverá espaço livre a preencher. O tempo que a renovação dá a sensação de trazer, se esvai quando a rotina ressurge sem cautela e relembra que o reinício é presságio de que vai começar tudo de novo.  Ótima notícia quando tudo vai bem. E pensando de forma positiva, pode ser grande estímulo para decisões de mudanças também (se há algo especial que os primeiros dias do ano trazem consigo são essa esperança e otimismo quase desmedidos que costumeiramente são mitigados no decorrer dos demais).

Coisas incríveis já ocorreram quando a decisão foi tomada nos primeiros dias do ano em construção. Já li sobre isso. Várias biografias dão conta de que projeções e concretizações de mudanças reais de vida foram decididas nessa época.  Tudo começa a partir de um pequeno protótipo e dificilmente realizações grandiosas não são precedidas de decisão e esforço. O que eu quero de novo? O que almejo manter? O que não merece mais ser fomentado em minha vida?

Janeiro foi longo. IPVA pra pagar, material escolar pra comprar, cartão de crédito de dezembro pra arcar. Teve de tudo um pouco. E restou a perspectiva de que é necessário programar para não passar perrengue.

Planejamento é tão extraordinário quanto a inevitável atuação do “acaso”. Quanto ao imponderável, intransponível, imprevisível e que independe de nossa vontade, nada como resilir e superar. Mas no tocante a tudo mais, é importante o deixar fluir com algum direcionamento da vontade de fazer acontecer.

“Autorresponsabilidade”. Assumir para si a parcela necessária do que acontece na vida. Sem culpar o outro, o mundo, a crise. Sem partilhar o ônus do insucesso com um universo de elementos. Grandes vitórias são precedidas de muita persistência, incremento fundamental dessa consciência de que se eu quero, eu posso, corro atrás e consequentemente, consigo. Sejamos leais com o nosso querer. E justos com a aceitação dos resultados. Muito do que está por vir começa justamente na primeira letra traçada na agenda em branco do ano novo. E este texto não é sobre réveillon.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Mais do mesmo

sábado, 01 de fevereiro de 2025

Vou tocar num tema que para muitos é “mais do mesmo” ou “chover no molhado”. Pode até ser. Mas segue sendo rotina para muita gente: o enfrentamento do desafio do equilíbrio entre vida profissional e pessoal no mundo de hoje. Como se fossem duas vidas, quando na verdade, somos uma pessoa só. Somos um todo. E conciliar as múltiplas vertentes dos seres complexos que somos poderia ser simples, mas não é.

Vou tocar num tema que para muitos é “mais do mesmo” ou “chover no molhado”. Pode até ser. Mas segue sendo rotina para muita gente: o enfrentamento do desafio do equilíbrio entre vida profissional e pessoal no mundo de hoje. Como se fossem duas vidas, quando na verdade, somos uma pessoa só. Somos um todo. E conciliar as múltiplas vertentes dos seres complexos que somos poderia ser simples, mas não é.

O viver hoje é muito mais conectado e dinâmico, multitarefas, informação para todo lado, conexões diversas, demandas materiais latentes e emocionais ainda mais. Encontrar o equilíbrio entre trabalho e todo o resto, se tornou uma das maiores tarefas do ser humano contemporâneo. Se, por um lado, a tecnologia trouxe imensos avanços e comodidades, por outro, ela também ampliou os desafios para quem busca harmonizar essas duas esferas da vida. Noto que a ideia de estar disponível para o trabalho a qualquer hora do dia ou da noite se tornou uma realidade para muitas pessoas, levando a um cenário de sobrecarga e, muitas vezes, desgaste emocional.

Em conjunto com essa disponibilidade 24 horas por dia, sete dias por semana, vem um pacote profundo e confuso de sentimentos. Conectividade full time, incapacidade de dizer “não” que corrobora uma dificuldade latente em impor limites, medo da escassez, comparação com as outras pessoas, impotência e complexo de inferioridade são alguns dos reflexos mais notórios.

Quando falamos em equilibrar essas “duas vidas”, a profissional e a pessoal, uma questão que surge é justamente a definição do que realmente significa estar em equilíbrio. É relativo. Não existe uma fórmula única. Para uns, o equilíbrio pode ser ter a capacidade de desligar-se do trabalho ao final do expediente e aproveitar momentos de lazer com a família. Para outros, pode ser a flexibilidade de escolher quando e onde trabalhar, sem comprometer a produtividade ou a qualidade de vida. A verdade é que, em uma sociedade que valoriza tanto o desempenho e a produtividade, a busca incessante pelo “equilíbrio perfeito” muitas vezes se transforma em uma pressão adicional.

Deveríamos assimilar que equilíbrio não é uma linha reta e constante. Ele é flexível, adaptável e depende das circunstâncias de cada fase da vida. Pode ser que em alguns momentos da carreira a dedicação ao trabalho precise ser maior, como em períodos de grandes desafios ou de crescimento profissional. Em outros, a prioridade pode ser a saúde mental ou o tempo com a família, um bem cada vez mais raro no cotidiano acelerado de hoje. Fato é que para quase todo mundo, uma vida equilibrada é um sonho difícil de ser alcançado.

A facilidade de estar sempre conectado é uma faca de dois gumes. Ela pode nos manter ativos, informados, conectados e facilitar trabalho, comunicação, informação. Mas também diminui as fronteiras entre vida profissional e pessoal. Embaralha tudo. Nos aproxima de recortes das vidas dos outros pelas redes sociais e por vezes nos afasta de quem está ao nosso lado e das nossas próprias conexões verdadeiras. Nos permite trabalhar em outros horários, ao mesmo tempo em que a dinâmica de respostas rápidas a e-mails a qualquer hora, nos levam à sensação de que o trabalho nunca termina são comuns entre quem vive essa conectividade.

É aqui que entra a importância do autoconhecimento e da capacidade de estabelecer limites claros. Reconhecer os próprios limites é um passo essencial para alcançar o equilíbrio. Muitas vezes, é necessário aprender a dizer “não” ou a delegar tarefas, seja no trabalho ou em casa. A sobrecarga de responsabilidades, sem a devida divisão ou priorização, pode gerar uma sensação de que estamos falhando em todas as áreas da vida, o que é um equívoco.

Aprender a identificar quando estamos sobrecarregados, tanto física quanto emocionalmente, é essencial para evitar o desgaste. Quando somos capazes de nos ouvir e reconhecer que precisamos de descanso ou de um tempo para si, a probabilidade de mantermos um equilíbrio saudável aumenta consideravelmente. Isso envolve desde o descanso adequado até a prática de atividades que nos proporcionem prazer e relaxamento, como hobbies, exercício físico ou simplesmente um tempo para a solitude.

As demandas da vida moderna, com seus altos e baixos, exigem flexibilidade, planejamento e uma dose considerável de autoconhecimento. No fim das contas, o que realmente importa é saber que, no cotidiano acelerado, a saúde mental e o tempo com quem amamos são tão importantes quanto qualquer meta profissional. A busca pelo equilíbrio não é sobre alcançar um estado ideal e fixo, mas sobre conseguir fazer ajustes contínuos para que a vida siga fluindo de forma mais leve e saudável. Quem alcançar – bravo!, estará diante da concretização do sonho moderno.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Jardim de afetos

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

A prosa começa com o grande Rubem Alves: “Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles...”

Algo grandioso pode acontecer quando a empatia nasce. E cresce. Desenvolve. Engrandece. Uma energia tão imponente e que não sabe a força que tem. Transforma, reequilibra, renova. A sintonia se faz. E daí pode surgir o afeto. Os afetos.

A prosa começa com o grande Rubem Alves: “Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardins por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles...”

Algo grandioso pode acontecer quando a empatia nasce. E cresce. Desenvolve. Engrandece. Uma energia tão imponente e que não sabe a força que tem. Transforma, reequilibra, renova. A sintonia se faz. E daí pode surgir o afeto. Os afetos.

É mais simples que afetos se desenvolvam em ambientes em que as pessoas de certa forma existem para amar umas as outras, como no seio de uma família. É igualmente menos remota a hipótese de fomentarmos afetos em meio às amizades que vão se formando. Há várias formas, várias nuances desse sentimento.

Chama atenção o despertar de um sentimento coletivo de bem querer e então como não poderia deixar de ser, entrego-me às reflexões. De onde vem o carinho coletivo, a reciprocidade, a confiança crescente? Do sorriso, da vontade de que tudo dê certo, do empenho em construir boas relações, da sinceridade? Vem de tudo isso, eu concluo.

E então, se a fórmula vem empiricamente sendo comprovada como infalível, pois os afetos são construídos de maneira tão sensível e honesta, por que não espalhar isso de alguma forma? A dificuldade, penso, vem da origem. A essência pode estar maculada. As dificuldades cotidianas tantas vezes escondem o melhor sorriso. O cansaço passa a ser obstáculo para a energia que impregna o esforço.

Nos últimos tempos, em que pese a volumosa gama de exceções, polimos a alma de esperança quando percebemos um tentando ajudar o outro, salvar o outro. Pois é. Pasme. Acontece. Essa gente boa que se preocupa com os outros, que olha para os lados, que se move em direção ao bem coletivo, existe. Volta e meia o mundo se volta a uma corrente de energia pura, torcida sincera pelo bem daquelas pessoas que dá gosto de ver e de sentir. E mais do que isso, pessoas que saem de sua zona de conforto, que se movem, vertem sua energia, seus recursos, seu tempo e seu amor para ajudar alguém. Empatia generalizada. Espécie rara e lindo de viver. No peito que chama pelas afeições, cresce a esperança na humanidade.

Rubem Alves tem razão. Todo jardim começa com um sonho de amor.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

O mês doze

sexta-feira, 06 de dezembro de 2024

Chegamos em dezembro. Vivemos e sobrevivemos a mais um ano e o que mais tenho ouvido nos últimos dias se refere à sensação de velocidade com que o tempo está passando... uns desejando que o ano difícil termine logo, outros lamentando que está correndo demais. É como se o inconsciente coletivo na realidade estivesse consciente de que precisamos de um pouco mais de calma e que a vida não para mesmo não, como diz a música.

Chegamos em dezembro. Vivemos e sobrevivemos a mais um ano e o que mais tenho ouvido nos últimos dias se refere à sensação de velocidade com que o tempo está passando... uns desejando que o ano difícil termine logo, outros lamentando que está correndo demais. É como se o inconsciente coletivo na realidade estivesse consciente de que precisamos de um pouco mais de calma e que a vida não para mesmo não, como diz a música.

Juntamente com o último mês do ano, se aproxima não só o desfecho de mais um ciclo com a perspectiva da chegada do novo, como também aflora o espírito de fraternidade. É tempo de celebrar, de confraternizar, reunir amigos e familiares, repensar o ano que está se encerrando e projetar os desejos do ciclo vindouro.

Época boa para refletir sobre o que pode ser melhorado, sobre os planos frustrados, sobre a forma de realizar sonhos. Tempo em que a emoção aflora. Tanta gente feliz pelos reencontros. Tanta gente grata pelo saldo positivo do ano. Tanta gente sentindo saudade. Tanta gente sentindo solidão. Tanta gente sentindo falta de alguma coisa, sentindo pesar por algo que poderia ter sido e não foi...

Enfocando esse ângulo, aproveitar os eventos de final de ano para renovar os sentimentos de fraternidade universal pode ser considerado um dos grandes trunfos desse mês. Compartilhar abraços, risadas, copos, lembranças, piadas. Compartilhar dores, amores, propósitos de vida. Compartilhar fé. Compartilhar a vida e acima de tudo, amor.

Se o tempo parece galopar e se as relações humanas são tão valiosas, aproveitar o final de ano para fomentar a interação com quem compartilhamos a rotina, o ambiente, a família, a vida, pode ser uma oportunidade enriquecedora que tantas vezes não priorizamos durante o ano inteiro, e que aliás, muitas vezes acumulamos propositadamente para gastar de uma vez só, agora.

É tempo de refletir sobre o que a vida tem de mais humano para oferecer, que são justamente as relações entre os homens, de criatura para criatura. Tempo de perdão, harmonia, companheirismo, cooperação, paciência, superação, cuidado, afeto, união, altruísmo, cortesia, bondade, amor.

Acredito que a vibração com que encerramos um ciclo pode ser determinante para a estreia do ciclo vindouro, que se renova com a passagem do ano. Estamos justamente nesse período, com a oportunidade de fazer a transição com gratidão, apesar dos pesares, escolhendo os sentimentos, pensamentos e ações que desejamos priorizar, para nós e para toda a Humanidade.

Que as luzes de Natal que já começam a enfeitar e brilhar nos lares e nas ruas, nos convidem a iluminar a nós mesmos e ao próximo, com o que de mais bonito possamos oferecer. É tempo de luz. Não por ser dezembro...mas o espírito natalino tem a magia de nos aproximar do que verdadeiramente importa como essência. Desejamos a todos um feliz e próspero dezembro, lembrando que a difusão do amor e do espírito fraterno são atemporais.

Fecho a coluna de hoje com um trecho escrito por Ana Jácomo, cujas palavras dizem o bastante: "Não é preciso agendar, entrar em fila, contar com a sorte, acordar cedo para pegar senha: a possibilidade de recomeço está disponível o tempo todo, na maior parte dos casos. Não tem mistério, ela vem embrulhada com o papel bonito de cada instante novo, essa página em branco que olha pra gente sem ter a mínima ideia do que escolheremos escrever nas suas linhas. O que é preciso mesmo é coragem para abrir o presente".

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Novas gerações e as perspectivas do mercado de trabalho

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

O mercado de trabalho, como um organismo vivo, está em constante evolução, moldado por transformações econômicas, sociais, históricas, culturais e tecnológicas. À medida que novas gerações entram nesse cenário, enfrentam inúmeros desafios, alguns deles inéditos, mas também encontram oportunidades que, para seus predecessores, eram praticamente inimagináveis.

O mercado de trabalho, como um organismo vivo, está em constante evolução, moldado por transformações econômicas, sociais, históricas, culturais e tecnológicas. À medida que novas gerações entram nesse cenário, enfrentam inúmeros desafios, alguns deles inéditos, mas também encontram oportunidades que, para seus predecessores, eram praticamente inimagináveis. O que pode parecer um cenário tumultuado e desafiador para muitos jovens profissionais, na verdade, é um campo fértil para conquistas significativas, onde o equilíbrio entre os obstáculos e as vitórias define a trajetória de uma geração que busca não apenas o sucesso, mas também um sentido profundo em seu trabalho.

Inegavelmente, nos novos tempos o mercado de trabalho está profundamente influenciado pela revolução digital. O avanço das tecnologias de informação e comunicação transformou radicalmente a forma como muitas empresas funcionam e como as pessoas interagem com seus empregos. Automação, inteligência artificial, teletrabalho e a digitalização de processos são apenas alguns exemplos dessas mudanças. Com isso, surgiram novas profissões e também a necessidade de constante adaptação, aprendizado e requalificação.

Para as novas gerações, esse cenário é tanto uma vantagem quanto um baita desafio. Por um lado, a tecnologia abre portas para possibilidades antes impensáveis, como o trabalho remoto, a economia de gigas e a conexão imediata com qualquer parte do mundo. Por outro lado, exige deles uma capacidade adaptativa e um nível de especialização que, muitas vezes, não é oferecido pelos sistemas educacionais tradicionais. Em um mundo onde a inovação e a disrupção acontecem em ciclos rápidos, as exigências do mercado de trabalho podem ser avassaladoras para quem não está preparado.

Percebo que o mercado competitivo exige cada vez mais especialização e competências multidisciplinares. A proatividade e a capacidade de se comunicar, de trabalhar em equipe, de se adaptar rapidamente a novos contextos, e, principalmente, de aprender de forma contínua e autônoma, se tornaram requisitos fundamentais para se manter relevante no mercado.

A pressão para alcançar sucesso em um tempo mais curto também se tornou um desafio psicológico crescente, até porque, a própria percepção do que é sucesso é completamente subjetiva e depende da percepção de mundo de cada um. Contudo, ao olharmos pelo aspecto da repercussão financeira em contrapartida ao trabalho,  podemos dizer que é condição quase unânime que os profissionais buscam por reconhecimento, boa remuneração e associação da rotina laboral a uma possibilidade de alcançar qualidade de vida.

Embora os desafios enfrentados pelas novas gerações no mercado de trabalho sejam consideráveis, as conquistas são igualmente notáveis. A grande diferença é que as vitórias dessa geração não estão apenas ligadas ao sucesso material ou à ascensão social, mas também ao empoderamento pessoal e à criação de um novo tipo de vínculo com o trabalho, que coloca em evidência a importância de conciliar ambição profissional com realização pessoal.

No entanto, é importante que as empresas, os educadores e as políticas públicas se atentem para os pontos críticos que ainda precisam ser trabalhados. A educação de qualidade e o acesso à capacitação contínua são fundamentais para garantir que os profissionais de amanhã estejam preparados para um mercado de trabalho que exige conhecimento especializado e habilidades práticas.

Da mesma forma, é necessário que se criem condições estruturais que favoreçam a inserção de jovens no mercado, como programas de estágio, mentorias e políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo e à inovação. As empresas, por sua vez, também devem se esforçar para criar ambientes mais inclusivos, diversos, com mais possibilidades de crescimento e valorização para os profissionais, sem que isso importe em supressão de direitos e precarização do trabalho. Eis os desafios que seguem vivos nos tempos modernos.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Desacelera

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

       O conceito de "tempo" se transformou em uma moeda preciosa, e o relógio, um tirano implacável. As agendas lotadas, a busca incessante por produtividade e a constante sensação de estar correndo contra o tempo tornaram-se características quase onipresentes do nosso cotidiano. A ideia de desacelerar, por mais simples que pareça, passou a ser vista como um luxo – ou, em muitos casos, uma utopia distante.

       O conceito de "tempo" se transformou em uma moeda preciosa, e o relógio, um tirano implacável. As agendas lotadas, a busca incessante por produtividade e a constante sensação de estar correndo contra o tempo tornaram-se características quase onipresentes do nosso cotidiano. A ideia de desacelerar, por mais simples que pareça, passou a ser vista como um luxo – ou, em muitos casos, uma utopia distante.

Sinto que estamos sendo mais exigidos do que nunca. A tecnologia nos conecta instantaneamente, mas também nos mantém em um estado constante de alerta. O telefone, que deveria ser uma ferramenta de comunicação, virou um dispositivo multifuncional que exige respostas rápidas, que nos lembra de compromissos, de e-mails não lidos e de notificações de todas as redes sociais. Nossa mente às vezes parece uma agenda lotada desorganizada tentando encontrar espaço e energia para a execução de tudo. Acontece com vocês?

O excesso de informações nos invade a cada minuto, enquanto tentamos, sem sucesso, acompanhar as expectativas que nos são impostas, seja no trabalho, nas relações sociais ou até mesmo nas redes digitais. Mas o que está por trás dessa correria? E como ela tem afetado nossa saúde mental e física? O impacto é profundo e vai muito além do cansaço físico que sentimos no final do dia.

A busca por resultados imediatos e a sensação de que sempre precisamos fazer mais têm gerado, para muitos, um ciclo de ansiedade e estresse. Quase não há espaço para a contemplação, para a pausa ou, pior ainda, para o descanso genuíno... a não ser que nos conscientizemos e priorizemos nosso precioso tempo para essas coisas que igualmente importam.

O efeito da pressa em nosso corpo e mente, podem ser nocivos. A sensação de estresse crônico, alimentado pela correria e pela sobrecarga de tarefas, podem ter efeitos devastadores. A pressão por cumprir prazos e alcançar metas também tem um reflexo direto nas relações pessoais. Quando estamos o tempo todo correndo de um compromisso para o outro, há pouco espaço para estar presente de fato para os outros. O "tempo de qualidade" que tanto se preza hoje em dia, na prática, vira um conceito abstrato, e o que deveria ser um momento de conexão se torna apenas mais um item a ser cumprido na lista.

Além disso, a correria contribui para o isolamento. Muitas vezes, o excesso de tarefas nos afasta de nossas redes de apoio, porque sentimos que não temos "tempo" para nos encontrar com amigos, fazer uma atividade social ou simplesmente relaxar. A tecnologia, que em teoria deveria aproximar as pessoas, pode se tornar um fator de distanciamento, à medida que nos tornamos mais focados na tela do que nos outros ao nosso redor.

A boa notícia é que é possível dar um passo atrás e reverter esse quadro. O primeiro passo é reconhecer que o tempo é, de fato, o nosso recurso precioso, e, por isso, precisamos aprender a geri-lo de maneira mais consciente e equilibrada. Em vez de se deixar levar pela pressão de ser constantemente produtivo, podemos adotar a prática que nos convida a desacelerar e a focar no que realmente importa: o agora.

É possível, inclusive, encontrar prazer na monotarefa e na simples experiência de estar presente – seja no trabalho, em uma refeição, em uma conversa ou mesmo em um momento de lazer. O tempo, quando administrado de maneira mais consciente, não se torna um inimigo, mas um aliado. Ao desacelerarmos, não apenas aumentamos nossa produtividade, mas também recuperamos a capacidade de viver de maneira plena.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Ser escada

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

É inegável que somos seres gregários, vivendo e convivendo em sociedade, partes de um organismo coletivo, mas dotados de individualidade, necessidades, desejos, desafios vontade própria. Mas para além desse fato óbvio, também identificamos que em tempos de incerteza e desafios, quando o individualismo parece tomar conta da sociedade, é fundamental que nos lembremos de algo essencial à nossa humanidade: a importância de ajudar uns aos outros.

É inegável que somos seres gregários, vivendo e convivendo em sociedade, partes de um organismo coletivo, mas dotados de individualidade, necessidades, desejos, desafios vontade própria. Mas para além desse fato óbvio, também identificamos que em tempos de incerteza e desafios, quando o individualismo parece tomar conta da sociedade, é fundamental que nos lembremos de algo essencial à nossa humanidade: a importância de ajudar uns aos outros.

A generosidade e o espírito de cooperação são forças transformadoras, capazes de criar laços mais fortes entre os indivíduos, de impactar, transformar, mudar o rumo das coisas e por vezes, move montanhas, com toda força da metáfora. Aliás, por falarem metáfora, tem uma e que gosto muito porque de certa forma fala sobre a vida e o que acontece em nossas relações interpessoais. Acho lindo quando compreendemos que todos os dias, damos passos, e quando evoluímos, subimos degraus de uma escadinha longínqua, de tamanho indefinido, mas subimos. Cansa, doi, desanima, mas se nos dedicamos a subir, em passos largos ou lentos, subimos. E conforme subimos, temos chance de sermos escada na vida de outras pessoas com as quais convivemos e facilitar seus caminhos. E isso é incrível.

Acho uma pena que o sentimento egoísmo às vezes faça com que as pessoas subam sozinhas, esqueçam-se que não estão sós, que podem contribuir com as outras, não enxerguem para além delas. Acho, no entanto, a coisa mais linda, quando nos dispomos a facilitar caminhos, nos predispomos a subir de mãos dadas, somarmos força nos desafios. Quando falamos em "ser escada", evocamos uma imagem simples, mas profunda. Uma escada não espera reconhecimento; ela existe para apoiar, para elevar, para oferecer uma estrutura sólida que permita a outros alcançarem lugares mais altos. Não se trata de uma metáfora vazia, mas de uma prática diária de generosidade, em que nos colocamos à disposição para ajudar sem esperar algo em troca.

A generosidade como base da convivência humana é uma disposição para oferecer parte de si mesmo — seja tempo, atenção, carinho, cuidado, recursos— com o objetivo de melhorar a vida de outra pessoa. Muitas vezes, esses gestos podem ser invisíveis, discretos, mas são eles que constroem as redes de solidariedade que sustentam uma comunidade. E a satisfação pessoal que disso advém é incalculável.

Quando ajudamos alguém, seja através de uma ação concreta ou de um simples gesto de empatia, não estamos apenas beneficiando o outro, mas também enriquecendo nossa própria vida. O ato de ajudar traz consigo um sentimento de pertencimento, de conexão e de propósito. Ao elevarmos os outros, criamos um ambiente em que todos podem crescer e se desenvolver, o que fortalece a coletividade.

Nesses tempos, a competição parece ser o motor do progresso. No entanto, as grandes conquistas raramente foram frutos do esforço de um único indivíduo, mas do trabalho coletivo, da colaboração e da ajuda mútua. Se pensarmos nas revoluções sociais, nas inovações tecnológicas ou mesmo nas pequenas vitórias do cotidiano, veremos que, em todos esses momentos, alguém foi escada para que outros pudessem subir.

A ajuda mútua não tem cunho material. Não apenas. O bem querer genuíno é bastante poderoso e ele se manifesta também através de uma escuta atenta, um ombro amigo, uma palavra de incentivo nos momentos de desânimo. Essas ações, aparentemente simples, têm um impacto profundo na vida das pessoas. Basta ver que diante de uma catástrofe, pandemoa, crise, quando o isolamento e a angústia se espalham, a solidariedade é um bálsamo, uma luz que nos guia pela escuridão. No final das contas é tudo sobre pessoas.

Quando nos dispomos a ajudar, não estamos apenas tornando o mundo mais justo para os outros, mas também criando um espaço onde podemos ser ajudados. Somos, de fato, interdependentes. Em uma sociedade onde a solidariedade reina, todos têm a chance de prosperar. É essa rede de apoio mútuo que constrói uma base sólida para o bem-estar de todos. Penso que podemos, enquanto sociedade, reverter a lógica de competição e egoísmo em favor de uma verdadeira cooperação.

Em um mundo onde as dificuldades são muitas, onde as desigualdades são profundas e onde o egoísmo frequentemente se apresenta como uma solução, a verdadeira transformação social vem de nossas ações cotidianas de generosidade, ajuda mútua e companheirismo. Somos todos escadas uns para os outros, e é através de nossas mãos estendidas que podemos alcançar novos horizontes, mais justos e humanos.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Paradoxo da liberdade

sexta-feira, 08 de novembro de 2024

Em um mundo cada vez mais voltado para a produtividade, a eficiência e a constante busca pelo sucesso, o conceito de felicidade parece, para muitos, estar entrelaçado com a ideia de liberdade. Ser feliz, afinal, é ter liberdade: liberdade para escolher, para ser quem se é, para agir sem amarras. Mas, se pensarmos bem, será que a felicidade e a liberdade são, de fato, os objetivos que pensamos que são? Ou será que nossa busca incessante por essas duas coisas está, paradoxalmente, nos aprisionando ainda mais?

Em um mundo cada vez mais voltado para a produtividade, a eficiência e a constante busca pelo sucesso, o conceito de felicidade parece, para muitos, estar entrelaçado com a ideia de liberdade. Ser feliz, afinal, é ter liberdade: liberdade para escolher, para ser quem se é, para agir sem amarras. Mas, se pensarmos bem, será que a felicidade e a liberdade são, de fato, os objetivos que pensamos que são? Ou será que nossa busca incessante por essas duas coisas está, paradoxalmente, nos aprisionando ainda mais?

Nosso primeiro equívoco costuma ser a ideia de que felicidade é um estado permanente. Estamos acostumados a associá-la a momentos de prazer contínuo, a uma linha de chegada em que, uma vez atingida, podemos descansar e usufruir dessa condição para o resto de nossas vidas. Mas felicidade, se a olharmos com mais atenção, não é um ponto fixo no horizonte, mas uma experiência momentânea, muitas vezes efêmera, que se renova a cada instante. A verdadeira felicidade não está no "ter" ou no "chegar", mas no "ser" e no "viver" intensamente cada etapa da jornada.

É aqui que entra a liberdade. No sentido mais básico, liberdade é a capacidade de agir de acordo com a própria vontade, sem restrições externas ou internas, é assumir ser quem se é. E ponto. A liberdade não é apenas a capacidade de agir conforme nosso desejo imediato, mas a capacidade de escolher nossas limitações de forma consciente. A verdadeira liberdade é a liberdade de escolher as cadeias que nos definem — seja uma profissão, um propósito, uma relação ou um estilo de vida. Sem essas escolhas, sem um compromisso com algo que seja genuinamente importante para nós, nossa liberdade vira um terreno fértil para a confusão, a dispersão e, em última instância, a frustração.

Nesse ponto, os dois conceitos começam a se entrelaçar. A liberdade que nos leva à felicidade não é aquela de seguir todos os nossos impulsos momentâneos, mas sim aquela que vem da autodeterminação e do autoconhecimento. Quando somos livres para escolher os caminhos que ressoam com nossos valores mais profundos, sem pressões externas ou internas, a felicidade não é mais um objetivo distante, mas uma experiência contínua, ancorada nas escolhas que fazemos.

No entanto, nossa sociedade moderna parece oferecer uma visão de felicidade que se aproxima mais de um produto consumível do que de uma experiência vivencial. Buscamos a felicidade como quem compra algo em uma prateleira de supermercado: rápido, fácil e imediato. As redes sociais, com seus filtros perfeitos e suas vitórias parciais, alimentam a ilusão de que a felicidade é uma conquista visível e pública, ao alcance de qualquer um disposto a se esforçar. E, ao mesmo tempo, impõem uma definição de liberdade que é, na verdade, uma forma disfarçada de escravidão: a necessidade de estar sempre disponível, sempre conectado, sempre agradando aos outros.

A verdadeira liberdade, no entanto, muitas vezes está em se desconectar dessas expectativas externas. Ela reside na coragem de se afastar do que não ressoa com a nossa verdade interior, de dizer não quando necessário, de priorizar o que realmente importa e de se permitir errar, aprender e crescer sem pressões.

Mas há algo ainda mais profundo e menos reconhecido nessa busca pela felicidade e pela liberdade. Ela não se refere apenas à liberdade externa, mas também à liberdade interna: a liberdade de ser quem realmente somos, sem as máscaras que usamos para agradar, sem os medos que nos paralisam, sem as crenças limitantes que nos aprisionam. Essa liberdade interior é a chave para a felicidade duradoura, porque ela nos permite viver de forma autêntica e plena, com todas as imperfeições que isso implica.

Quando somos capazes de olhar para dentro e questionar nossas próprias verdades, os preconceitos e as limitações que carregamos, começamos a viver com mais leveza. A verdadeira felicidade, então, não é a ausência de dificuldades ou desafios, mas a capacidade de lidar com eles de maneira consciente, com um senso de propósito e de paz interior. O que liberta, portanto, é o entendimento de que a felicidade não é um destino fixo, mas uma escolha constante, uma prática diária de ser, agir e viver com autenticidade.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Sete anos com a palavra

sexta-feira, 01 de novembro de 2024

Hoje, esta coluna tem um quê especial e peço licença para me dirigir a toda a equipe do Jornal A Voz da Serra e a todos os leitores que me acompanham por aqui. Sou pura gratidão por toda atenção dispendida, todas as sextas-feiras, todas as semanas, há sete anos. Esta semana celebro mais um marco significativo, pois completamos sete anos da coluna "Com a Palavra". Ao longo desse tempo, tivemos a oportunidade de explorar uma diversidade de temas que compõem a rica tapeçaria da nossa sociedade.

Hoje, esta coluna tem um quê especial e peço licença para me dirigir a toda a equipe do Jornal A Voz da Serra e a todos os leitores que me acompanham por aqui. Sou pura gratidão por toda atenção dispendida, todas as sextas-feiras, todas as semanas, há sete anos. Esta semana celebro mais um marco significativo, pois completamos sete anos da coluna "Com a Palavra". Ao longo desse tempo, tivemos a oportunidade de explorar uma diversidade de temas que compõem a rica tapeçaria da nossa sociedade.

Sempre tive intuito de proporcionar um ambiente leve que importasse em verdade e alívio para as pessoas. Que trouxesse leveza, conexão, empatia. Cada texto trazido à coluna é um convite à reflexão e eu sigo reafirmando o papel da imprensa como agente de transformação social.

Sete anos atrás, quando esta coluna foi lançada, o mundo era um lugar diferente. As redes sociais estavam em plena ascensão, e a necessidade de um espaço dedicado à reflexão sincera sobre temas do cotidiano se tornava, para mim, cada vez mais evidente. Em meio a tantas informações, o propósito era claro: oferecer um local onde as pessoas pudessem se conectar com seu lado mais humano.

Cada artigo, cada opinião, cada história trazida para esta coluna fez parte de uma conversa maior. Agradeço a todos que contribuíram de alguma forma, a toda equipe do Jornal que faz a engrenagem girar todos os dias com maestria e a todos os leitores que dedicam um pouquinho do seu tempo para se conectarem com essas palavras que escrevo com todo carinho e humildade. Vocês foram essenciais para moldar a voz da coluna e motivar a continuidade do que expresso por aqui.

Acredito que as palavras têm poder. Elas podem inspirar, provocar e, muitas vezes, transformar. Confio que o diálogo é vital. É na troca de ideias que encontramos caminhos, compreendemos diferentes perspectivas e, quem sabe, chegamos a soluções para os desafios que enfrentamos.

Olhando para o futuro, tenho a certeza de que a jornada continua. Convido cada um de vocês a se juntar a nós, trazendo suas perspectivas e histórias, pois a coluna é, acima de tudo, um reflexo da nossa sociedade. Que esse intuito se protraia no tempo e siga somando. E multiplicando.

Obrigada por fazerem parte da história de "Com a Palavra". Que possamos continuar a escrever juntos, um artigo de cada vez.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.