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quarta-feira, 23 de abril de 2025

Prova válida por Brasileiro e Latino-Americano de Rally Raid é finalizada

Prova válida por Brasileiro e Latino-Americano de Rally Raid é finalizada

A equipe Honda Racing fez a festa na chegada do Rally RN 1500, em São Miguel do Gostoso (RN), prova válida como primeira etapa do Campeonato Brasileiro e segunda do Latino-Americano de Rally Raid. Após quatro dias de disputas, o time comandado por Dário Júlio garantiu vitória na classificação geral das motos, com Martin Duplessis, além do segundo, terceiro e quarto lugares da tabela, ocupados por Bruno Crivilin, Romain Dumontier e Tiago Wernersbach, respectivamente. Para completar o domínio, o time conquistou as três categorias que participou: Moto 1 (Duplessis), Moto 2 (Crivilin) e Moto 3 (Wenersbach).

Para o argentino Duplessis, atual bicampeão latino-americano, uma emoção especial por se tratar de seu primeiro triunfo na classificação geral em provas no Brasil. ​Depois de superar dificuldades no início, ele conseguiu manter ritmo forte e constante para comemorar no final da 27ª edição da prova.

"Estou muito feliz, fizemos um grande trabalho, todos na equipe começamos fortes a temporada e isso é muito importante. Foi uma prova difícil. Neste último dia, com as dunas, eu me senti bem, a moto esteve perfeita e o time fez um grande trabalho", destacou.

Também inscrito na Moto 1, Romain Dumontier estreou com a segunda posição na categoria e a terceira na geral. Para o francês, o RN 1500 serviu como adaptação ao equipamento e às características dos ralis brasileiros.

"A prova foi bem interessante e o clima no time é ótimo. Tive problemas nessa última etapa com o equipamento de navegação, foi uma pena, porque isso me impediu de brigar pela vitória."

Bruno Crivilin não precisou de muito tempo para mostrar seu potencial. Fazendo os primeiros quilômetros de competição nos ralis, ele venceu duas etapas na geral, foi segundo colocado nos resultados acumulados entre todas as motos e venceu na classe Moto 2.

"Estou bem feliz, nesse último dia tive a experiência de abrir a prova e andei pela primeira vez nas dunas, entendi como navegar nelas e consegui ser rápido. Ganhei dois dias seguidos, venci minha categoria e estou liderando a geral do Campeonato Brasileiro", disse o capixaba, 12 vezes campeão brasileiro de Enduro. A modalidade, aliás, volta a ser seu foco nos próximos dias, com a segunda prova da temporada.

O Rally RN 1500 teve início na cidade de Gravatá (PE), e também passou por caminhos da Paraíba, além do Rio Grande do Norte. Os pilotos percorreram o total de 1.188 km, 953 deles de trechos cronometrados. O próximo desafio do campeonato é o Rally Minas Brasil, em Araxá (MG), de 15 a 17 de maio.

 

Calendário - Campeonato Brasileiro de Rally Raid 2025

15 a 17/5 - Rally Minas Brasil

14 a 19/6 - Rally Jalapão

26/7 a 3/8 - Sertões

23 a 27/09 - Rally Tocantins

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    Calendário do Brasileiro de Rally Raid ainda prevê mais quatro etapas (Fotos: RaphaRodrigues)

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    Etapa também contou ponto para o ranking do campeonato latino-americano (Fotos: RaphaRodrigues)

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA é um presente... presente no dia a dia...

quarta-feira, 23 de abril de 2025

         Se o Coelhinho passou de acordo com as expectativas da população chocólatra, em especial, das crianças, não temos como avaliar. No entanto, vale desejar que ele tenha deixado no coração de cada um de nós, a verdadeira mensagem da Páscoa, a Paz de Cristo. O Caderno Z ressaltou: “Tempo de celebração, de estimular a imaginação das crianças e de fortalecer os laços familiares”. Esse tempo pode se estender durante o ano, afinal, os laços familiares são essenciais na formação da personalidade infantil.

         Se o Coelhinho passou de acordo com as expectativas da população chocólatra, em especial, das crianças, não temos como avaliar. No entanto, vale desejar que ele tenha deixado no coração de cada um de nós, a verdadeira mensagem da Páscoa, a Paz de Cristo. O Caderno Z ressaltou: “Tempo de celebração, de estimular a imaginação das crianças e de fortalecer os laços familiares”. Esse tempo pode se estender durante o ano, afinal, os laços familiares são essenciais na formação da personalidade infantil. A tradição cristã acentua a importância do ovo na Páscoa devido ao seu simbolismo de fertilidade mediante o ciclo da vida. A diversidade dos festejos pelo mundo não interfere na cultura geral, pois cada país tem suas histórias, lendas e costumes. O modo não importa e, sim, a ação.

         Seja lá qual for o costume, o Brasil se especializou em produzir ovos de chocolate e quem resiste? O “Z” trouxe até receitas caseiras que dão água na boca. Já pensou em “ovo de colher recheado com pudim”? Apelar para a criatividade é uma forma de fugir da carestia dos ovos. A charge de Silvério ilustra bem a saia justa em que nos metemos na hora de escolher o que comprar. Cada vez está mais reduzido o tamanho dos ovos para presentear. A alta dos preços do cacau tem culpa em grande parte. Mesmo assim, o coelhinho é como bom velhinho no Natal – ninguém fica sem uma surpresa.

         O chocolate sempre foi o pivô de muitas conversas. Quem gosta, adora; quem não gosta, detesta. Conheço pessoas que não consomem chocolate de espécie alguma, o que sempre me intrigou. Até crianças já conheci que não curtem nem caixa de bombom. Os anúncios, as vitrines das confeitarias, tudo onde haja uma tentadora porção de chocolate cria desejos incontroláveis. É como assistir ao filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate” e não ter chocolate em casa. Ninguém cometa essa imprudência. Não Rola!

         Mas... uma iguaria tão deliciosa assim, será que pode ser prejudicial à saúde?  “Rico em oxidante, o chocolate amargo é o mais indicado, pois ajuda a combater radicais livres, reduzindo o risco de doenças crônicas”. Outra coisa boa: “Melhora o funcionamento do coração, reduzindo a pressão arterial”. E tem mais – melhora o humor porque “estimula a produção de endorfinas e serotonina, combatendo até a depressão”.

         Em contrapartida, ninguém se iluda, pois consumido, exageradamente, sendo um alimento muito calórico pode contribuir para o ganho de peso, principalmente, em idosos. No mais, é usar com moderação, assim como tudo na vida.

         A boa saúde requer vigilância constante. A exemplo, o consumo abusivo de álcool pode trazer sérias consequências. A Universidade de São Paulo fez estudo inédito e revelou “uma ligação preocupante entre o consumo excessivo de álcool e danos cerebrais associados à demência”.  Em sua matéria, Liz Tamane abrange tópicos importantes e ressalta que o álcool ainda é visto com muito romantismo pela sociedade e muitas pessoas não percebem os riscos do uso frequente, “mesmo que em doses consideradas normais”.

         Nossa viagem literária está parecendo um guia para o bem-estar. Também, pudera! A VOZ DA SERRA é detentor de um conteúdo de interesse coletivo e diversificado no que tange à saúde dos leitores. Ana Borges nos trouxe uma reportagem que, provavelmente, é uma novidade para muita gente: “Como o estresse pode ser um aliado no desenvolvimento pessoal”. Será que alguém já pensou nisso? Quem poderia imaginar que uma situação tão rejeitada e combatida até com remédios, pode ser útil na vida da gente? Justo esse lobo mau que consome o equilíbrio e a paz das pessoas!

         Essa novidade veio por intermédio de um estudo do psicólogo americano Mark Travers que descobriu tal fenômeno, pois o estresse é uma força favorável para a nossa motivação, muitas vezes, nos obrigando a agir. Talvez tenhamos feito isso sem consciência de que a força que estava por trás de uma ação efetuada era, justamente, o estresse. O “paradoxo do estresse”, entre ser positivo ou não, depende de nós e precisa ser lembrado quando estivermos tensos. Valeu, Ana Borges, elucidou o assunto! 

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A última homilia do Papa Francisco no Domingo de Páscoa

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Nosso querido Papa Francisco fez a sua Páscoa na manhã da última segunda-feira, 21, mergulhado na luz da Páscoa de Cristo!

Rezemos, agradecidos a Deus pela sua vida de amor cristão, humildade e misericórdia e tão rica missão, com tantos frutos para a Igreja e para o mundo.

Transcrevemos aqui a homilia que Francisco escreveu para a celebração do Domingo de Páscoa.

“A noite está chegando ao fim e já começam a despontar os primeiros raios da aurora, quando as mulheres saem para o túmulo de Jesus. Caminham com passo incerto, olhar perdido e o coração

Nosso querido Papa Francisco fez a sua Páscoa na manhã da última segunda-feira, 21, mergulhado na luz da Páscoa de Cristo!

Rezemos, agradecidos a Deus pela sua vida de amor cristão, humildade e misericórdia e tão rica missão, com tantos frutos para a Igreja e para o mundo.

Transcrevemos aqui a homilia que Francisco escreveu para a celebração do Domingo de Páscoa.

“A noite está chegando ao fim e já começam a despontar os primeiros raios da aurora, quando as mulheres saem para o túmulo de Jesus. Caminham com passo incerto, olhar perdido e o coração

dilacerado de dor por aquela morte que lhes arrebatou o Amado. Mas tendo chegado lá, ao ver o túmulo vazio, invertem o rumo, mudam de estrada; abandonam o sepulcro e correm para anunciar

aos discípulos um percurso novo: Jesus ressuscitou e os espera na Galileia. Na vida destas mulheres, aconteceu a Páscoa, que significa passagem: de fato. Passam do caminho triste rumo ao

túmulo para uma corrida jubilosa até aos discípulos, a fim de lhes dizer não só que o Senhor ressuscitou, mas que há uma meta a alcançar imediatamente, a Galileia.

O encontro com o Ressuscitado é lá. O renascimento dos discípulos, a ressurreição do seu coração passa pela Galileia. Entremos também nós neste caminho dos discípulos, que vai do túmulo à Galileia. As mulheres — diz o Evangelho — “foram ao túmulo” (Mt 28,1). Pensam que Jesus se encontra no lugar da morte, e que tudo tenha acabado para sempre. Às vezes acontece-nos, também a nós, pensar que a alegria do encontro com Jesus pertence ao passado, enquanto aquilo que o presente nos dá a conhecer são sobretudo túmulos selados: os túmulos das nossas desilusões, amarguras e desconfianças, os túmulos do “não há mais nada a fazer”, “as coisas não vão mudar nunca”, “melhor aproveitar o dia a dia” porque “do amanhã não sabemos nada”.

Também nós, se fomos provados na dor, oprimidos pela tristeza, humilhados pelo pecado, amargurados por algum fracasso ou pressionados por alguma preocupação, experimentamos o gosto amargo do cansaço e vimos a alegria apagar-se no coração.

Às vezes notamos simplesmente o peso de levar adiante a vida cotidiana, cansados de arriscar pessoalmente contra uma espécie de “muro de borracha” de um mundo onde parecem prevalecer sempre as leis do mais astuto e do mais forte. Outras vezes sentimo-nos impotentes e desanimados perante o poder do mal, os conflitos que dilaceram as relações, as lógicas baseadas no cálculo e na indiferença que parecem governar a sociedade, o câncer da corrupção — e há tanta — a propagação da injustiça, os ventos gélidos da guerra.

Mais ainda, talvez nos tenhamos confrontado com a morte, ao roubar-nos a doce presença dos nossos queridos ou tocar-nos pela doença ou nas calamidades, e facilmente caímos como vítimas da desilusão. Assim, por estas ou outras situações — cada um de nós conhece as suas —, os nossos caminhos detêm-se perante túmulos e nós ficamos imóveis chorando e lamentando-nos, repetindo, sozinhos e impotentes, os nossos “porquês”. Aquela cadeia de “porquês” ...

Ao contrário, as mulheres na Páscoa não ficam paralisadas diante de um túmulo, mas — diz o Evangelho — “afastando-se rapidamente do sepulcro. cheias de temor e grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos” (28, 8) Levam a notícia que mudará para sempre a vida e a história: Cristo ressuscitou! (28, 6). E, ao mesmo tempo guardam e transmitem a recomendação do Senhor, o seu convite aos discípulos, ou seja, que partam para a Galileia, porque lá o verão (cf.28. 7) Mas, irmãos e irmãs, perguntamo-nos hoje: que significa ir para a Galileia? Duas coisas: a primeira, sair da clausura do Cenáculo partindo para a região habitada pelos gentios (cf Mt 4, 15).

Sair do escondimento para se abrir à missão, escapar do medo para caminhar rumo ao futuro. A segunda — e isto é maravilhoso —. voltar às origens, porque precisamente na Galileia é que tudo começara. Lá o Senhor encontrará e chamará pela primeira vez os discípulos. Portanto, ir para a Galileia e voltar à graça primordial, é readquirir a memória que regenera a esperança, a “memória do futuro” com que fomos marcados pelo Ressuscitado.”

Fonte: Liturgia Semana Santa 2025 - CNBB

 

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O Brasil não é para amadores

quarta-feira, 23 de abril de 2025

O Brasil é mesmo um país sui generis, difícil de ser entendido por nós nativos, imagine para quem não  está acostumado com suas particularidades. No carnaval, nos damos ao luxo de pararmos por quatro dias e meio, pois apesar de segunda feira não ser feriado, foi taxado de ponto facultativo, o que na prática significa mais um dia de folga. A famosa mardi gras, do francês terça feira gorda, na realidade marca o último banquete antes do início da quaresma, sendo comemorada na Luisiana, nos Estados Unidos, assim como em alguns outros países, como a Colômbia, o Canadá, a Itália.

O Brasil é mesmo um país sui generis, difícil de ser entendido por nós nativos, imagine para quem não  está acostumado com suas particularidades. No carnaval, nos damos ao luxo de pararmos por quatro dias e meio, pois apesar de segunda feira não ser feriado, foi taxado de ponto facultativo, o que na prática significa mais um dia de folga. A famosa mardi gras, do francês terça feira gorda, na realidade marca o último banquete antes do início da quaresma, sendo comemorada na Luisiana, nos Estados Unidos, assim como em alguns outros países, como a Colômbia, o Canadá, a Itália. Mas, em outras partes do mundo essa festa popular acontece em meses distintos, não necessariamente entre os meses de fevereiro e março. No entanto, esses países não ficam tantos dias parados

Nesse ano de 2025, além das festas de momo tivemos mais um feriadão, começando na sexta feira da paixão e estendendo-se até o 21 de abril, dia dedicado a Tiradentes, o mártir da independência. Como o dia santo caiu no dia 18 de abril, o país parou por mais quatro dias, sendo que no estado do Rio de Janeiro, dia 23, uma quarta feira, também foi feriado, pois se comemora o dia de São Jorge. Assim de sexta a quarta feira a população do Rio se entregou ao gostoso dolce far niente, uma expressão que retrata a arte de desfrutar o ócio. Claro está que o prefeito do Rio decretou ponto facultativo no dia 22 de abril, uma terça feira, para não prejudicar o lazer da população. Praia e circo, é disso que o povo gosta.

Como tudo na vida há um lado bom e um lado ruim. Para a rede hoteleira, bares e restaurantes a felicidade foi geral. Em Friburgo a previsão é de oitenta e cinco por cento de ocupação dos hotéis, em Cabo Frio foi de cem por cento. No entanto, o comércio em geral e as indústrias em particular têm um prejuízo muito grande, pois deixam de vender ou produzir e arrecadar. Como estamos no final do mês, os encargos e salários necessitam serem pagos e o dinheiro não entra nesse período. Tudo bem que temos os shoppings com um número de lojas variados; só que nessas épocas quem mais fatura é a praça da alimentação; ninguém está preocupado com compras.

Em Cabo Frio, acostumado com o turismo de baixa renda, aquele que aluga uma casa de quarto e sala para mais de dez pesssoas, a situação é sempre complicada. O número de turistas é desproporcional ao que a cidade aguenta, o trânsito fica uma loucura, engarrafamentos constantes, com mostras de falta de educação e civilidade, falta de locais para estacionamento o que acarreta um caos total. A sujeira se acumula, pois o serviço de limpeza não dá conta do trabalho e esse tipo de turista tem algo a ver com a família dos suínos. Aliás, o atual prefeito tentou colocar ordem no caos, aumentando as taxas de ocupação pelos ônibus de turismo, a exemplo de que é feito em cidades com turismo de qualidade, como Campos do Jordão e Gramado. Foi impedido por um desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, provavelmente socialista, que alegou inconstitucionalidade e revogou o decreto municipal. Mais uma vez, a cidade está um horror. A população que mora, paga impostos e vê os seus direitos desrespeitados que se dane. Mas, o desembargadorzinho deve estar satisfeito. A diversão é para todos, não importa a classe social.

Na realidade, Dr. Serginho, prefeito de Cabo Frio, está tentando por ordem na balbúrdia que se instala em Cabo Frio, durante os grandes feriados. Mas, infelizmente, anos de baderna e populismo não se conserta do dia para a noite, é um trabalho a longuíssimo prazo. O choque de ordem da prefeitura começou com a proibição de aparelhos de som nas praias e um novo ordenamento na distribuição das barracas de aluguel, que antes impedia que o banhista comum instalasse a sua. Mas, a má educação do turista dá margem a outras aberrações como jogar lixo nas calçadas e na praia, estacionar de maneira irregular, às vezes em fila dupla ou, simplesmente, não respeitar o alinhamento da calçada. A falta de educação e civilidade se acentua nos períodos de férias ou grandes feriados, pois ao viajar deixa-se a educação, se é que a tem, em casa.

Que se consiga, em Cabo Frio, ordenar o turismo, impedindo uma ocupação desordenada e em números desproporcionais ao que a cidade aguenta, as fossas ao final da temporada que o digam. Nova Friburgo não fica atrás, pois o grosso dos turistas que desembarcam em nossa cidade não é diferente da região praiana.

Turismo com qualidade é muito melhor que turismo de massa e, financeiramente, é melhor para todos, comerciantes e moradores.

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Algumas notícias

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Uma senhora famosa vai se casar ─ pela sétima ou oitava vez, se não me engano. Isso no papel, sem contar as tentativas que não chegaram ao cartório. Marido ela tem encontrado com facilidade, difícil é a escolha do vestido de noiva. Nenhum dos modelos apresentados desta vez obteve a sua aprovação, e o estilista que a atende nessas circunstâncias não está conseguindo criar uma obra de arte à altura do acontecimento, posto que o tal acontecimento tem se repetido com demasiada frequência.  

Uma senhora famosa vai se casar ─ pela sétima ou oitava vez, se não me engano. Isso no papel, sem contar as tentativas que não chegaram ao cartório. Marido ela tem encontrado com facilidade, difícil é a escolha do vestido de noiva. Nenhum dos modelos apresentados desta vez obteve a sua aprovação, e o estilista que a atende nessas circunstâncias não está conseguindo criar uma obra de arte à altura do acontecimento, posto que o tal acontecimento tem se repetido com demasiada frequência.  

Creio que, não sendo possível trocar de estilista, a melhor solução seria trocar de marido. Com duas vantagens: enquanto o costureiro (sem querer ofender) estiver botando cabeça, agulhas e tesouras para funcionar, ela estará disponível para iniciar um novo romance e conquistar outro coração, com o qual poderá brilhar mais uma vez (mas não a última) vestida de branco, cor da pureza. Quanto ao noivo descartado... bem, ele que vá procurar um par de chinelo velho para seu pé cansado.

Uma empresa está criando modelos gêmeos para desfiles e campanhas publicitárias. Já explico: ao invés da mesma bela mulher exibir seus encantos em diferentes lugares, ou posar para várias fotos, ela será substituída por cópias suas, criadas pela inteligência artificial. Gisele Bündchen, por exemplo, embora tão linda, não possui o dom da ubiquidade, e só pode estar em um lugar de cada vez. Mais prático seria ter muitas Giseles Bündchens, presentes no mesmo instante no Rio de Janeiro, Nova York, Hanói e Copenhage e onde mais se queira vê-la, aplaudi-la e comprar o que ela anuncia e valoriza. Às vezes nem precisamos do que compramos, mas resistir à beleza feminina, ainda que clonada, quem há de?

Os modelos estão animados com a venda da imagem, o que os livrará de inúmeras viagens, de passarelas infindáveis, cansativas sessões de fotografia. Uma vez só e, quase sem sair de casa, continuarão encantando o mundo inteiro. Como nada é perfeito, fotógrafos e outros profissionais do ramo publicitário estão arrancando os cabelos de preocupação com a diminuição das oportunidades de trabalho. Que se há de fazer? Às vezes um perde e outro ganha, às vezes só um ganha e muitos perdem. Se assim é no mundo dos mortais, que dirá no mundo das estrelas. Que venham as múltiplas Giseles Bündchens!

Descoberta a identidade de Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield. Talvez você nunca tenha ouvido falar nele, mas é o nome que consta de muitos documentos no Estado de São Paulo, onde esse senhor foi juiz por mais de 40 anos. Parece coisa de novela de espionagem, pois na realidade o Meritíssimo chama-se José Eduardo Franco dos Reis. Por quatro décadas, ele manteve diluída sua verdadeira identidade, julgando haver mais nobreza em ser inglês do que brasileiro, em ser filho de Richard Lancelot Canterbury Caterham Wickfield e Anna Marie Dubois Vincent Wickfield, como consta de seus documentos, do que de seu José e de dona Vitalina, seus verdadeiros pais.

No mundo paralelo de Edward Albert/José Eduardo, todos os seus antepassados viveram em palácios na Inglaterra, e não em casas modestas, na cidade paulista de Águas da Prata. Ou seja: é melhor ser londrino do que água-pratense. Com o pomposo nome britânico, estudou, fez concurso, tornou-se juiz, ocupou cargos no judiciário e se aposentou. No entanto, não teve a sorte de ser eternamente igual a Clark Kent, que consegue ser ao mesmo tempo o Super-Homem; ou a Bruce Wayne que, quando necessário, transforma-se em Batman. Edward foi tirar segunda via da carteira de identidade e aí, como dizem os brasileiros “deu ruim” (inglês jamais diria tamanha vulgaridade). Do alto de sua vitoriosa carreira de magistrado, o brasileiríssimo Zé Eduardo foi apanhado num vulgar exame de impressão digital. Assim é, se lhe parece, diria Shakespeare. E a Zé Eduardo parecia melhor ser concidadão do Rei Charles do que de Jeca Tatu. Enfim, noblesse oblige. 

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Voejando sobre a vida do friburguense

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Depois de escrever a coluna passada sobre a riqueza imperceptível contida em cinco minutos, inspirada pelo livro “O Idiota”, de Dostoiévski, fiquei divagando antes de dormir, durante aquela hora em que conversamos com os anjos, com nosso presente, passado e futuro, até que uma ideia veio me instigar: a eternidade! Existe?! Se existe, como será? Que conceito abstrato! Entre exclamações e indagações, cheguei a uma conclusão, a mais simples e óbvia, a mais inquestionável por mim. Talvez os físicos, filósofos ou religiosos possam dar outros esclarecimentos e interpretações.

Depois de escrever a coluna passada sobre a riqueza imperceptível contida em cinco minutos, inspirada pelo livro “O Idiota”, de Dostoiévski, fiquei divagando antes de dormir, durante aquela hora em que conversamos com os anjos, com nosso presente, passado e futuro, até que uma ideia veio me instigar: a eternidade! Existe?! Se existe, como será? Que conceito abstrato! Entre exclamações e indagações, cheguei a uma conclusão, a mais simples e óbvia, a mais inquestionável por mim. Talvez os físicos, filósofos ou religiosos possam dar outros esclarecimentos e interpretações. A eternidade está no presente. Sim. Exatamente no instante em que estamos vivendo, interagindo com tudo e com todos, em que nosso corpo está funcionando para que possamos estar em movimento; em que a mente interpreta o que vivemos; em que os afetos reagem a nós, a tudo e a todos; e em que as vontades dão um toque especial aos modos de estar e fazer.

Estão nos menores detalhes a essência dos fatos que podem ser percebidos num piscar de olhos. Apenas um relance é suficiente para nossos canais perceptivos captarem a realidade, os afetos, os interesses, as intenções. É nessa fração de segundos que a totalidade se revela sem pudor. Nua e crua. São constatações que podem interferir nos rumos que damos à nossa vida.

Aí, pensei o que a vida do friburguense, meu povo querido, me diria? Ah!, a Praça Presidente Getúlio Vargas, por onde todos passam, me confessaria alguns segredos dos seus instantes. Ali a vida acontece todos os dias. Fazendo e refazendo sua rotina, o friburguense caminha com passos diferentes para construir sua vida, carrega suas mochilas, bolsas e sacolas, passa nos bancos, conversa com pessoas com o sotaque friburguense, sua marca registrada. A cada instante, a eternidade se faz cumprir na vida das pessoas. Como também dos animais; dos cachorros, que fazem da rua as suas casas ou que vêm de longe comer a ração que os lojistas deixam em suas portas; ou dos pássaros que voam de árvore em árvore e pousam nos bancos da praça como se fossem seus poleiros.

A sabedoria de Vinícius se revela em seus poemas: “Mas que seja infinito enquanto dure”.

A vida corre em Friburgo com largueza preenchida pela vontade de viver e sobreviver. O povo é forte. Trabalha! Trabalha e cuida da família, realizando tarefas domésticas, cumprindo responsabilidades no trabalho, empreendendo. Cuidando de si. Adquirindo saberes e experiências.

Sem a agitação dos grandes centros, o Friburguense tem vida movimentada. Acorda cedo, posto que o sol serrano não deixa a cama esquentar o corpo demais. E a vida vai acontecendo com o passar das horas em eternidades diversificadas e constantes; vêm e vão. Entre o passado e o futuro, o presente é estreito, pequeno demais, ínfimo. Mas é eterno. Ninguém o segura nas mãos, é como água que escapa pelos dedos. A fotografia, o jornalismo, o cinema, o teatro e a literatura fazem de tudo para guardar o presente. Mas ele, ao ser registrado, torna-se irreal; só pode ser observado e interpretado. Apenas quem vive o próprio instante é que o percebe na concretude do acontecer. É individual.

E o friburguense vive as suas eternidades. Sim, gosta do chão em que pisa, aprecia suas montanhas a cada olhar, sente suas águas em cada banho e come seus frutos nas refeições do dia. Guarda o orgulho de ser de Nova Friburgo. Cada um trilha seus caminhos passo a passo, olha em uma direção própria. Mas todos abraçam a cidade.

Peço a Cecília Meireles para finalizar esta coluna:

Eu canto porque o instante existe

E a minha vida está completa.

Não sou alegre nem sou triste:

sou poeta.

(1939)

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Reflexão de Sexta

sexta-feira, 18 de abril de 2025

“De tanto pensar tudo, não consigo pensar em nada”. “Penso tanto que não tenho tempo para pensar”. “Minha mente está cheia, porém está um tanto vazia”. “Tudo sei, mas não sei de nada”. São sensações do momento. Não minhas (não apenas). De muita gente. As coisas estão profundamente rasas. Inteiramente partidas. Constantemente voláteis. Densamente esparsas. Apertadas de tão largas. Entupidas de nada. Estamos vivendo tempos contraditórios. A começar pela mente.

“De tanto pensar tudo, não consigo pensar em nada”. “Penso tanto que não tenho tempo para pensar”. “Minha mente está cheia, porém está um tanto vazia”. “Tudo sei, mas não sei de nada”. São sensações do momento. Não minhas (não apenas). De muita gente. As coisas estão profundamente rasas. Inteiramente partidas. Constantemente voláteis. Densamente esparsas. Apertadas de tão largas. Entupidas de nada. Estamos vivendo tempos contraditórios. A começar pela mente.

Muito pensamento desencontrado, influenciado, maculado, desnorteado, desencadeado, acumulado, precipitado, acelerado. Muita informação na mente. Muita inutilidade disputando espaço e atenção com o que verdadeiramente importa. Um cabo de guerra que está difícil de ser equilibrado pelo lado da essência da vida. Do que é útil. Do que acrescenta. Do que ensina. Do que compartilha coisas boas. Do amor.

Talvez meditar nunca tenha sido prática tão aconselhada entre pessoas que se querem bem e recomendada por profissionais das mais diversas áreas. E por leigos que tudo sabem. E por praticantes que sabem muito do assunto. E por quem não pratica mas simpatiza. E por quem não simpatiza nem pratica, mas acha legal. Que acha legal e não consegue praticar. Pelo que vive de aparência e finge que acha legal e que pratica. Pelo que tenta e não consegue. Pelo que gosta e pelo que não gosta.  Por quem tem recomendação médica. Ou terapêutica. Ou religiosa. Ou nada disso, ou tudo isso.

Por que? As pessoas estão sem tempo de pensar em nada. De viver o tempo presente. De conseguir alguns instantes da vida, ou do dia, para centrarem-se em si mesmas. Para lembrarem-se que respiram. Entra ar. Sai ar. Quase ninguém nota. Até que chegue a próxima virose, a gripe, a bronquite, a asma, a falta de ar. É verdade, precisamos respirar. Dar valor ao ar precioso que circula por nossos pulmões. Ar da vida.

E quem lembra que tem olhos até que a vista embace de tanto fixar o olhar nas telas dos computadores e dos smartphones? Olhos que são o portal do corpo que habitamos para o mundo externo. Eles mesmos. Os que podem contemplar. Apreciar. Admirar. Ver a natureza. Ver as pessoas. Ver o tempo. Ver o belo. Ver a vida. Esses mesmos, que deixamos embaçar com o excesso de tudo para o que não paramos de olhar.

Boca e voz para falar coisas boas. Quem se lembra que tem voz que não seja apenas para protestar e discutir política?  E brigar? E bater boca sem chegar a lugar nenhum? Que não se restrinja a falar da vida alheia, reclamar reclamar, reclamar.

Tanta gente perecendo sem se dar conta. A vida nos foi dada, o momento presente é o maior presente, um corpo humano para nossa alma habitar está aqui e agora, clamando pela devida atenção aos seus verdadeiros propósitos de existir. Estamos empregando nossa energia vital naquilo que é substancial?

O estado natural das coisas talvez seja mais simples. Está tudo tão complexo. Tão desconexo. Basta avaliarmos nossa existência pelo nosso próprio olhar, mas como se fôssemos uma terceira pessoa, que nos ama e é imparcial, avaliando o que temos feito de nossas vidas, do que temos recheado nossos pensamentos, do valor que damos ao ar que respiramos, de como utilizamos as palavras para impactar em alguma coisa útil no mundo, do que estamos fazendo com nosso tempo, de como estamos cuidando, sobretudo, dos nossos sentimentos.

Não fomos criados em uma realidade paralela. Não estamos no Planeta Terra sozinhos. Somos bilhões de seres vivos consumindo, interagindo, construindo, destruindo, plantando, colhendo, pensando, amando, odiando, movimentando energia. Saber viver de forma civilizada, no século 21, me parece uma realidade que já devia estar superada. Já era para termos aprendido a viver (e conviver) com respeito, civilidade, compaixão, cooperação e empatia. Mas não sabemos de nada, apesar de acharmos que sabemos de tudo. Vai ver está tudo na mais perfeita ordem. Ou não.

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Magic de volta

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Marlon Moraes recoloca as luvas, e é atração de nova franquia de MMA

Um dos grandes expoentes do esporte friburguense nos últimos anos, que rompeu as fronteiras do Brasil para ganhar o mundo, está de volta. Marlon Moraes será um dos participantes da Global Fight League, uma nova franquia que anunciou, recentemente, os cards de suas duas primeiras edições. Ambas acontecerão em Los Angeles, nos dias 24 e 25 de maio, e terão ao todo 31 lutas.

Marlon Moraes recoloca as luvas, e é atração de nova franquia de MMA

Um dos grandes expoentes do esporte friburguense nos últimos anos, que rompeu as fronteiras do Brasil para ganhar o mundo, está de volta. Marlon Moraes será um dos participantes da Global Fight League, uma nova franquia que anunciou, recentemente, os cards de suas duas primeiras edições. Ambas acontecerão em Los Angeles, nos dias 24 e 25 de maio, e terão ao todo 31 lutas.

Além de contar com muitos nomes conhecidos, o show irá reeditar alguns combates históricos, como Renan Barão contra Urijah Faber, e Anthony Pettis encarando Ben Henderson. Outros veteranos e ex-campeões do UFC, Bellator e PFL estarão em ação, como Holly Holm, Tony Ferguson, Alexander Gustafsson, e Thiago Marreta e Marlon Moraes.

O lutador de Nova Friburgo terá Ray Borg como adversário no evento. Moraes havia decidido pela aposentadoria do MMA em 2023, após a derrota por nocaute para Gabriel Braga, ainda no primeiro round da PFL 4. Ele já o havia feito após sua última luta no UFC, em 2022, mas logo assinou com a PFL.

Nascido em Nova Friburgo e radicado nos EUA, Moraes encerrou a carreira com 23 vitórias, 13 derrotas e um empate em 37 lutas profissionais. Numa delas, disputou o cinturão dos galos (até 61kg) do UFC, em junho de 2019, quando foi nocauteado por Henry Cejudo no terceiro round.

 

A Global Fight League

A Global Fight League promete movimentar o cenário mundial dos eventos de MMA. Além da contratação de veteranos renomados, com passagens pelas grandes organizações da modalidade, a nova liga propõe um formato de disputa diferente dos demais. Ao todo, seis equipes (Nova Iorque, São Paulo, Dubai, Los Angeles, Londres e Miami) vão disputar a temporada regular e inaugural da GFL – cada uma será composta por 20 lutadores, sendo dois representando cada uma das 10 categorias de peso (sete masculinas e três femininas).

Os times – seis no total – foram formados através de um ‘draft’, processo de escolha de atletas pelas equipes de forma intercalada, assim como acontece nos principais esportes americanos. De forma similar ao que acontece na PFL, a Global Fight League vai utilizar um sistema de pontuação ao longo de sua temporada regular.

Se o profissional vencer a luta por via rápida (finalização ou nocaute), ganha quatro pontos para o seu respectivo time. O atleta que vencer por decisão receberá três pontos. O empate vale dois pontos. Já o lutador que for derrotado por decisão soma um ponto. Quem perder pela via rápida, não pontua. Sendo assim, as quatro equipes com a maior pontuação na primeira fase avançam para a semifinal.

 

GFL Los Angeles - 24 de maio de 2025

CARD COMPLETO

Urijah Faber (LA) vs. Renan Barão (SP)

Anthony Pettis (MIA) vs. Benson Henderson (LON)

Holly Holm (NY) vs. Julia Budd (LON)

Chad Mendes (LA) vs. Maike Linhares (SP)

Derek Brunson (DUB) vs. Omari Akhmedov (DUB)

Sage Northcutt (LA) vs. Lucas Martins (SP)

Marlon Moraes (MIA) vs. Ray Borg (LA)

Aspen Ladd (LA) vs. Alejandra Lara (SP)

Robelis Despaigne (MIA) vs. Todd Duffee (DUB)

Cat Zingano (MIA) vs. Alexa Conners (DUB)

Neiman Gracie (NY) vs. Danny Roberts (LON)

Jessica Penne (LA) vs. Joice Mara (SP)

Charles Rosa (MIA) vs. Khumoyun Tukhtamuradov (DUB)

Marisa Messer-Belenchia (NY) vs. Kelly Staddon (LON)

Gleison Tibau (MIA) vs. Alex Cowboy (SP)

 

2 fotos – legendas:

1- Moraes é uma das grandes atrações da nova franquia, que traz uma proposta diferente no mundo da luta

2- A luta contra José Aldo foi um dos momentos marcantes na carreira de Moraes

  • Foto da galeria

    Moraes é uma das grandes atrações da nova franquia, que traz uma proposta diferente no mundo da luta (Imagem: Rede Social Marlon Moraes)

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    A luta contra José Aldo foi um dos momentos marcantes na carreira de Moraes (Imagem: Stephen R. Sylvanie USA TODAY Sports)

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Amâncio de Azevedo quer mais dinheiro

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Edição dos dias 19 e 20 de abril de 1975

Prefeito pediu autorização à Câmara para contrair empréstimo de 540 milhões de cruzeiros 

Manchetes

Edição dos dias 19 e 20 de abril de 1975

Prefeito pediu autorização à Câmara para contrair empréstimo de 540 milhões de cruzeiros 

Manchetes

Amâncio quer mais dinheiro – O prefeito de Friburgo, Amâncio de Azevedo, não nos permite um “relax”, sequer um descanso nas críticas à sua administração. Realiza uma coisa boa, mas continua, e já é uma rotina, fazer tudo o mais, muito mal. Nesta semana apuramos mais uma mensagem do prefeito tramitando pela Câmara Municipal. Na mensagem, Amâncio solicita mais uma vez, o que também já é rotina, uma nova licença da Câmara para contrair um novo empréstimo, desta vez na ordem de 540 milhões de cruzeiros (usamos cruzeiros velhos que é para ficar bem patente como o nosso imposto está sendo duplicado à longo prazo).

Homenagem incompleta – Há quase um ano, numa homenagem mais que merecida, mudava-se o nome da Praça D. João VI, para Praça Dr. Dermeval Barbosa Moreira. Era uma homenagem que se impunha: O dr. Dermeval Barbosa Moreira foi um dos maiores friburguenses de todos os tempos. Mas até hoje, a municipalidade não se lembrou de mudar as placas e setas indicativas que indiquem que aquela praça se chama Praça Dr. Dermeval Barbosa Moreira.

Taça do Colonizador – Mais de uma centena de bolonistas de todo Brasil já se encontram na cidade para a disputa VII Taça do Colonizador, uma promoção do Nova Friburgo Country Clube. Os bolonistas, que estão em Friburgo, representam dez clubes brasileiros de maior expressão no esporte de bolão. Com a inauguração, em 1969, das mais modernas pistas de bolão, essa modalidade começou a crescer em Friburgo e ganhar expressão estadual e nacional. A Sociedade Esportiva Friburguense e o próprio Nova Friburgo Country Clube defendem Friburgo na disputa.

Professor. Amaury: Mais um friburguense na fusão do Rio com a Guanabara – Um dos raros friburguenses que passaram a fazer parte da estrutura do novo Estado do Rio de Janeiro depois da fusão com a Guanabara, o professor Amaury Pereira Muniz teve seu nome confirmado no novo Conselho de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Falando à nossa reportagem o professor Amaury disse “se sentir feliz com sua confirmação no Conselho Estadual de Educação, principalmente por ser mais um friburguense e fluminense a participar de tão importante órgão”.

Ano 30: Ora essa – Os acontecimentos desenrolados nesta cidade, nesses últimos dias, provocados por incontinência de linguagem de “A Paz” deram motivo aos maiores e mais variados comentários nas rodas dos cafés. Em tais comentários, em geral, diz-se que membros da oposição pretendem lançar sobre o prefeito da cidade a culpa como fomentador da justa revolta do operariado friburguense, diante da afronta inominável. O único ato praticado pelo prefeito foi de estar presente ao comício.

Comandante Braz – Segundo informou a gerência da Fábrica Filó, mas uma importante aquisição foi feita por aquela indústria como a contratação do comandante Braz para a Gerência Geral de vendas da região Centro-Norte. O comandante Braz tomará posse ao seu cargo no dia 1º de maio deste 1975.

Pílulas 

Aumento do funcionalismo municipal - Saiu, enfim, o aumento do funcionalismo público municipal. O prefeito Amâncio de Azevedo, através do boletim informativo da municipalidade transmitido pela Rádio Sociedade de Friburgo, ele deu publicidade ao reajuste e preparou as justificativas para o fracasso de sua administração, afirmando que para poder conceder o aumento terá que paralisar “obras” em curso pela cidade. O curioso é que no governo que antecedeu o atual, foram concedidos dois aumentos de 20% cada, além de benefícios, como transformação de quinquênio ou triênio, onerando muito mais a folha de pagamento do pessoal, em apenas dois anos.

Aniversário de 30 anos de A VOZ DA SERRA: mensagens de Zuenir e Dalva Ventura - A repercussão dos artigos especiais publicados por ocasião da nossa edição especial do aniversário de 30 anos de circulação do jornal, transcorridos neste 7 de abril de 1975, principalmente o assinado pelo jornalista internacional Zuenir Ventura é mais que merecida. Deixando de lado a modéstia, os artigos do nosso 30º ano, gabaritaram o nosso jornal e se tornaram pequenas amostras dos sempre capazes Zuenir e Dalva Ventura, jornalistas de primeira linha.

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversário de: Mariana Cúrio, Júpiter José Nicolau, Aryosaldo Ventura, Anna Pinel e Walter Saldanha (21); Waldir Schuabb, Maria Levorato, José Afonso, Renato Vieira e Marilda Mesquita (22); Benedito Pedro Mastrângelo e Mônica Cariello (23); Max Paulo, Antônio Vazilotta e Olga Villa (24); Nelson Oliveira (25); Matilde Carpenter, Horácio Cortez e Kátia (26).

  • Pesquisa da estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim

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80 anos de A VOZ DA SERRA - O jornal que narra as nossas histórias

quinta-feira, 17 de abril de 2025

(Coluna publicada no dia 10 de abril de 2025)

E lá vem ele de novo. O jornal que já acorda com a cidade e que, ao longo de oito décadas, tem visto Nova Friburgo, a Região Serrana e o Rio de Janeiro se transformarem tantas vezes que poderia, tranquilamente, escrever uma novela. E que o faria bem, porque ele é bom nisso: contar histórias.

(Coluna publicada no dia 10 de abril de 2025)

E lá vem ele de novo. O jornal que já acorda com a cidade e que, ao longo de oito décadas, tem visto Nova Friburgo, a Região Serrana e o Rio de Janeiro se transformarem tantas vezes que poderia, tranquilamente, escrever uma novela. E que o faria bem, porque ele é bom nisso: contar histórias.

Mas não qualquer história, não. Ele narra as nossas. As de quem atravessa uma rua com o olhar atento ao dia que nasce e também ao que o sol não pode tocar. A história não apenas dos nascidos, vividos ou falecidos em Nova Friburgo, mas também, as dos apaixonados por essa cidade.

A Voz da Serra não é um jornal qualquer. Se fosse, não teria chegado até aqui, com 80 anos nas costas e uma história que mistura chuva e sol, tragédia e vitória, silêncio e grito. Porque, para o bom jornalismo, não há hora de descanso. Ele está sempre ali, à espreita, com a caneta em punho, ou quem sabe o computador, pronto para registrar o que nos une e o que nos separa. O que faz o peito apertar e o sorriso se abrir.

É engraçado pensar que, há 80 anos, o jornal começou com o simples desejo de conversar com a cidade. Era um tempo de papéis e máquinas de escrever, onde a tinta ainda tinha cheiro e os jornalistas eram heróis de uma rotina quase mítica. A Voz da Serra então veio, com sua promessa de contar o que ninguém mais via ou queria contar.

E foi assim, com suas páginas convidativas e com cheiro de café da manhã, que o jornal se enraizou na cidade. Tornando-se mais do que um veículo de comunicação: a janela que os friburguenses olharam por anos, enquanto o mundo passava à nossa porta. O mundo... como ele muda, né?

De vez em quando, o jornal olhava para o céu e via as estrelas, mas também via as nuvens pesadas, e era preciso levantar-se, se erguer, ir atrás de uma resposta. Talvez tenha sido esse o seu maior feito: o de se manter de pé mesmo quando as enchentes arrastavam tudo e as ruas estavam alagadas, quando a política parecia distante e o futuro parecia um eterno ponto de interrogação.

E o jornal, teimoso, se manteve firme. Porque ele sabia que a vida não é só feita de pedras e poeira, mas também de flores e risos. Por mais que o cenário às vezes se tornasse sombrio, ele não podia, em hipótese alguma, virar as costas para a cidade que o nutria, que o alimentava com seus fatos, suas histórias, seus amores e desamores.

Claro, não foi sempre fácil. Em tempos de censura, quando a palavra “liberdade” parecia uma estranha em um dicionário de palavras proibidas, A Voz da Serra deu seu jeito. Como quem fala baixo, mas com firmeza. Como quem olha nos olhos, sem medo de ser quem é. Aquele que opera com “resiliência e coragem” assim como um trabalhador com a dose forte de café matinal.

E o tempo foi passando, como o rio que atravessa a cidade, tomando seu caminho, mas deixando algo de bom para trás. Entrou na era digital, como todo mundo, mas sem perder seu jeitinho de ser. De falar com o povo, de contar as histórias de quem, apesar de tudo, ainda caminha pela rua, olha o céu e se preocupa com o amanhã.

Virou não apenas uma página virtual, mas um meio de manter a chama acesa. Porque, sejamos francos, o jornalismo é, em última instância, uma chama. Às vezes, fraca, quase apagando. Mas, se bem alimentada, nunca se apaga totalmente, dando transparência e luz em meio a tempos sombrios.

Hoje, ao olhar para trás, o que podemos ver? Um rio de história, de luta, de alegrias e perdas. De gente que viveu e se foi, de histórias que passaram, mas que o jornal teve o privilégio de contar. São 80 anos, não 80 minutos. Foram várias páginas quase que diárias durante 80 anos. Não é pouca coisa.

O jornal viu a cidade mudar, viu o Rio de Janeiro crescer e, de certa forma, ele também cresceu com elas. Porque é isso que ele faz, ele se adapta, se molda, se reinventa. E quando a era digital chegou, ele se abriu para ela como quem recebe uma visita antiga: de braços abertos, mas com aquele olhar desconfiado, que só quem tem anos de estrada, em ser um dos jornais impressos mais antigos do estado, consegue manter.

Mas, ao fim e ao cabo, o que importa é que o jornal, com toda sua rotina, com todas as suas notícias que tanto nos emocionam, vai continuar sendo aquilo que sempre foi: a voz de quem sente e vive a cidade, mas também a voz de quem escuta, sem pressa, as histórias que ela tem a contar.

E se há algo que este jornal aprendeu ao longo de suas décadas, é que o mundo não precisa de mais barulho. Ele precisa é de alguém que saiba escutá-lo, e depois contar a história. Com carinho. Com atenção. E, por que não, com um pouco de poesia, assim como o fez com grandes nomes nas edições do Caderno Z.

Por isso, aos 80 anos, A Voz da Serra não é só um jornal. É uma memória. E é também um convite. Um convite para olharmos à nossa volta e não esquecer o que está à nossa porta. E, como sempre fez, vai continuar a contar, sem pressa, as histórias que realmente importam. Continuando a ser nosso amigo fiel que está ali, na esquina, pronto para contar a nossa história, sempre com um sorriso e, claro, com a voz que nunca se cala.

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