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A VOZ DA SERRA, jornalismo de excelência, abrangente e confiável

terça-feira, 06 de maio de 2025

Quando se fala em Marechal Rondon, muitas vezes, nem levamos em conta o ano em que ele nasceu – 1865. Parece-nos alguém dos tempos atuais, tamanho o seu envolvimento em causas sociais e inovadoras para a sua época.

Quando se fala em Marechal Rondon, muitas vezes, nem levamos em conta o ano em que ele nasceu – 1865. Parece-nos alguém dos tempos atuais, tamanho o seu envolvimento em causas sociais e inovadoras para a sua época.

O Caderno Z, festejando o Dia Nacional da Comunicação, 5 de maio, relembra a história de Rondon, abrindo um leque de informações sobre sua vida. Além das lutas em defesa dos indígenas, ele foi responsável pela criação de linhas telegráficas, integrando regiões do Centro-Oeste e Norte ao Sudeste do Brasil.   Coisa alguma na história da Comunicação aconteceu da noite para o dia, na instantaneidade com que acontecem hoje e “só na primeira metade do século 20, centrais telefônicas foram instaladas em todo o país”.

Lembro-me do tempo em que meu irmão foi viver em São Paulo, em meados da década de 70, e se quiséssemos fazer uma ligação por telefone era preciso ir ao balcão da companhia telefônica e solicitar o serviço. No início dos anos 80, era tão valioso empreendimento que muita gente vendia imóveis para a aquisição de linhas. Quando surgiram o DDD e o DDI, então, foi uma glória. Era possível falar, de casa, com o mundo. E as conquistas vinham rodando, até que os computadores tomaram os espaços das escrivaninhas. Existia até conjunto de capas de plástico para proteger a aparelhagem da poeira. O disquete que armazenava imagens, textos, em torno de 144 mil palavras. E o e-mail, gente, que coisa mágica. O pendrive, a nuvem, as conversas simultâneas, as videochamadas... Tudo chegando sem a menor cerimônia e tanto que se clicamos em algum programa e não abrir, no ato, nossa pressa reclama: “A internet está lenta!”. 

E chegamos no tempo da Inteligência Artificial. Há indicadores de que a IA começou “sua jornada nos anos 1950”, com Alan Turning propondo “máquinas capazes de simular a inteligência humana”. Nós já estamos vivendo com essas inteligências há muito tempo. Em 2025, por exemplo, “espera-se que esses dispositivos não apenas coletem dados, mas interpretem e ajam com base nas informações que recebem em tempo real, trazendo mais inteligência e eficiência  para sistemas conectados”.

No emaranhado das tecnologias, uma questão foi levantada: “Jornalismo lidera arrependimento nos EUA. E no Brasil?” – Entre os dois países, as diferenças e divergências são bem acentuadas e o que pode não ser bom para eles, para nós é fundamental. Como graduação acadêmica, o jornalismo precisa ser considerado na maior relevância, porque é no curso que se abre o leque de conhecimentos que levará os profissionais a discernirem sobre fato, notícia e credibilidade. Antes de tudo, é uma graduação para a formação de uma personalidade consciente de seus deveres, pautada na ética, na imparcialidade, na apuração aprofundada e na publicação transparente dos acontecimentos. Ninguém se arrependa do investimento, porque Jornalismo é lição de vida.

Quanto aos modos de trabalho, os tempos modernos exigem um malabarismo exorbitante para compartilhar respeito, confiança e instantaneidade. Precisamos do jornalismo, sim, para manter nossa mente aberta e formatar o nosso pensamento crítico para que jamais se creia nas inverdades e na tendenciosidade das falsas mídias.

É nessa visão de responsabilidade que abrimos o Jornal A VOZ DA SERRA e temos, perante o seu profissionalismo, motivos de sobra para afirmar que o jornalismo é fonte de saberes, não só noticioso, mas de conhecimentos abrangentes de cultura, arte, saúde, lazer e o que mais contribua para o desenvolvimento das essências humanas. Ufa!

Em “Sociais”, um afetuoso abraço para Maria Nilce, aniversariando nesta terça, 06 de maio. Que linda friburguense que eu considero a poesia em forma de mulher. Adoro vê-la com seu charme, esbanjando o sol do seu carisma. Parabéns!

Falando em ruas, a Praça Getúlio Vargas “ganhará novo paisagismo”. O projeto inclui “preservação histórica do patrimônio tombado”. Aguardemos. E a bomba do momento é uma pergunta: “Onde está o canhão do CNF? Quem souber, com precisão, que responda!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Eternos

terça-feira, 06 de maio de 2025

Marquinhos Galhardo e Bernardo Ribeiro ganham homenagem especial da torcida do Frizão

Dois jogadores nascidos em Nova Friburgo, com carreira de sucesso no Friburguense e diversos outros clubes, foram homenageados e eternizados pela torcida tricolor. Bernardo Ribeiro e Marquinhos Galhardo ganharam bandeiras próprias confeccionadas pela Rasta Tricolor, um dos mais tradicionais movimentos de torcedores organizados do Frizão. As novidades foram apresentadas durante a estreia do clube no Estadual das categorias sub-15 e sub17, no último dia 20 de abril.

Marquinhos Galhardo e Bernardo Ribeiro ganham homenagem especial da torcida do Frizão

Dois jogadores nascidos em Nova Friburgo, com carreira de sucesso no Friburguense e diversos outros clubes, foram homenageados e eternizados pela torcida tricolor. Bernardo Ribeiro e Marquinhos Galhardo ganharam bandeiras próprias confeccionadas pela Rasta Tricolor, um dos mais tradicionais movimentos de torcedores organizados do Frizão. As novidades foram apresentadas durante a estreia do clube no Estadual das categorias sub-15 e sub17, no último dia 20 de abril.

“Gostaríamos de agradecer ao nosso amigo Misael Souza que nos proporcionou a oportunidade de poder realizar essa homenagem, e ao nosso amigo Rafael Galhardo, por abraçar a nossa ideia e nos ajudar a realizar essa pequena homenagem. Nunca nos esqueceremos de vocês. O início da nossa torcida se deve muito a vocês, que abraçaram muito nossa torcida na época quando surgimos. Vocês são ídolos eternizados”, resume a direção da torcida, em postagem na rede social.

A homenagem também foi apreciada, curtida e celebrada por amigos e familiares dos jogadores, falecidos nos anos de 2013 e 2016. “Parabéns a essa torcida tão linda. Muito obrigado por essa linda homenagem ao meu amado filho Marquinho, que amava esse clube e essa torcida. Saudade eterna do meu filho, e que Deus abençoe vocês a cada dia. Meu muito obrigada pelo carinho e por essa homenagem tão linda”, escreveu Zizi Galhardo, mãe de Marquinhos.

“Parabéns e muito obrigado pela homenagem com o meu irmão. Uma história que ninguém apaga”, resumiu o irmão Rafael Galhardo, também atleta profissional de futebol, com passagens por Flamengo, Vasco, Santos, Grêmio, Bahia, dentre outros clubes.

“Obrigada pela linda homenagem para o meu irmão Bernardo. Para sempre lembrado”, comentou Najila Salim, irmã de Bernardo.

Marquinhos Galhardo morreu após sofrer acidente de carro na BR-356 no ano de 2013, na altura de Retiro do Muriaé, distrito de Itaperuna, cidade do norte do Rio de Janeiro. O jogador tinha 22 anos e saiu de Nova Friburgo com destino a Tombos (MG), onde morava. Marquinhos passava o fim de semana de folga com o irmão Rafael e o restante dos familiares em Santos, litoral paulista. O jogador nasceu e foi criado em Nova Friburgo e foi revelado nas categorias de base da equipe, tendo se destacado nos últimos anos, antes de ser emprestado para a Tombense.

Já Bernardo Ribeiro defendia o Friburguense quando morreu, em 2016, durante uma partida de futebol amador na cidade de Recreio, na Zona da Mata de Minas Gerais. O jogador de 26 anos, que havia disputado o Campeonato Carioca daquele ano pelo Frizão, sofreu um mal súbito dentro de campo, chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu. No Estadual jogou nove partidas, na campanha que culminou com o rebaixamento da equipe de Nova Friburgo para a Série B.

O jogador foi formado nas categorias de base do Flamengo e fez parte da geração de Renato Augusto, Erick Flores e companhia. Antes de se profissionalizar, se transferiu para a Albânia e fez toda sua carreira fora do Brasil. Bernardo atuou, também, na Itália, Finlândia e Austrália antes de retornar ao Brasil para defender o Inter de Lages.

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    Bernardo atuou pelo Friburguense em uma das últimas participações do clube na elite Estadual (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Marquinhos teve boa passagem pelo Frizão, e assim como Bernardo, foi eternizado pela torcida (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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Alencar quer a Prefeitura de Friburgo

sábado, 03 de maio de 2025

Edições dos dias 3 e 4 de maio de 1975

Manchetes

Edições dos dias 3 e 4 de maio de 1975

Manchetes

MDB já tem: Alencar e Celcyo Folly – Em meio às inúmeras possíveis candidaturas de sucessão à dupla Amâncio Azevedo e Italo Spinelli, uma chapa já se encontra formada por disputar a Prefeitura de Nova Friburgo: a do vereador Alencar Pires Barroso e do também, (embora afastado) vereador Celcyo Folly. O primeiro é candidato a prefeito e o segundo compõe a chapa, candidatando-se como vice-prefeito. Segundo pesquisa da nossa reportagem, reina grande euforia no MDB com a possibilidade de ser lançada a dobrinha Alencar-Celcyo Folly.

Geraldão condenado a seis meses de prisão – Conhecido como o maníaco das Braunes por haver esfaqueado diversas pessoas e mobilizando policiais na sua captura, Geraldo Alves Queiroz, o “Geraldão”, foi condenado a seis meses de detenção e dois meses de prisão simples. Geraldão vai aguardar o julgamento de mais três processos em que está incurso, por haver esfaqueado diversas pessoas nas Braunes.

Ponto final – O médico João Hélio Rocha concedeu esta semana uma entrevista à Rádio Nova Friburgo, através do sr. Aloysio de Moura, quando explicou as circunstâncias do médico José Augusto não ter atendido a uma paciente e esta ter denunciado o fato à emissora local. João Hélio Rocha, falando em nome da entidade máxima dos médicos de Friburgo, explicou as dificuldades que movem a profissão médica quando enfrentam muitos temperamentos e emoções por parte do paciente, que muitos, não compreendem a estrutura em que estão assentados e redigidos.

Centro de Estudos denuncia desmatamento - O diretor executivo do Centro de Estudos e Conservação da Natureza de Nova Friburgo, professor Rosalvo Magalhães, enviou uma carta ao governador Faria Lima, denunciando o desmatamento de diversas áreas do município. Ele afirma que esse desmatamento está colocando em risco todo o sistema ecológico e a proteção dos mananciais de água e região. O fato constituiu uma séria ameaça à vazão fluvial e a normalidade do abastecimento de água à população.

Educação faz concurso – A Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro prometeu que ao final de semana serão conhecidas as normas do concurso que habilitará três mil novos professores contratados. O exame que deverá ser realizado em maio próximo para cada região. Nos municípios em que não há faculdades serão aceitos os títulos obtidos em cursos de nível médio, como o normal e de estudos adicionais. Naqueles que possuem cursos superiores, de curta duração, serão exigidos diplomas de conclusão.

Editorial - “Anotemos na agenda histórica da cidade o dia 23 de abril de 1975. Neste dia a Câmara Municipal aprovou em discussão final a deliberação 901/75, de autoria do vereador Geraldo Pinheiro, que proíbe o licenciamento de carros volantes e consequentemente propaganda – volante em Nova Friburgo. A Câmara Municipal, por muito que tenha errado na atual legislatura, redimiu-se aprovando esta importante deliberação.

Pílulas

Durante o ano de 1974, a Prefeitura de Nova Friburgo atrasou o pagamento de seus funcionários. O atraso variou de 15 até 30 dias. Fontes oficiais justificaram, por diversas vezes, essa demora por se tratar de “final de exercício” e que a prefeitura estava em regime de “contratação de despesas”, dando a entender que naturalmente logo nos primeiros meses de 1975 o funcionalismo iria receber seus parcos vencimentos em dia.

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversário de: Yonara Pereira (5); Maria Nilce, Gilberto Vassalo e Alice Cúrio (6); Maria da Glória Ventura e Heber Alves (7); Libaneza Namem e Sérgio Martins (8); Edgard José (9); Humberto Neto (10);  Carlos Jayme e Rosa Ferez (11); Ernesto Afonso e Deborah Braune (12).

  • Pesquisa da estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim

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Na tela

sábado, 03 de maio de 2025

Documentário recorda a história do extinto Friburgo Futebol Clube

Documentário recorda a história do extinto Friburgo Futebol Clube

Histórias que serão para sempre lembradas, e agora estão eternizadas através de personagens que ajudaram a escrever boa parte delas. Durante o evento comemorativo dos 111 anos do extinto Friburgo Futebol Clube, o Departamento de Comunicação produziu o documentário “Friburgo Futebol Clube: Tempo de Glórias”. Foram realizadas entrevistas com 32 personalidades, contando a história da equipe rubro. A produção, com pouco mais de uma hora de duração, está disponível no canal do Nova Friburgo Futebol Clube, no youtube.

“A produção deste documentário começou no início de 2025. Nossa intenção foi entrevistar personalidades representativas, que fizeram história e marcaram uma época de glórias no Friburgo Futebol Clube”, salienta o vice-presidente de Comunicação, Edson Roberto Tavares.

O documentário contou pesquisa e produção de Edson Roberto Tavares, enquanto o jornalista Rafael Seabra foi o responsável pelo roteiro, imagens e edição. As muitas imagens históricas exibidas fazem parte de arquivos pessoais e do Nova Friburgo Futebol Clube.

“Estamos comemorando os 111 anos do Friburgo Futebol Clube, a primeira equipe da cidade. Com muita alegria, recebemos inúmeros ex-atletas do Friburgo e convidados, até de outras agremiações, para celebrar esse momento. Que outros eventos aconteçam para valorizarmos o futebol da cidade”, celebra o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Arnaldo Bravo Berbert.

Durante o evento, foram entregues diplomas a todos participantes do documentário: Alexandre Santos, Antônio Carlos Dutra, Ari Costa, Cândido Ramadinha, Carlos Alberto de Carvalho, Carlos Antônio Maduro, Carlos Arnaldo Bravo Berbert, Clóvis da Costa Freitas (Catita), Evaldo Freitas, Evandro Nicoliello, Fátima Zarif, Gualter Moraes (Titiu), Humberto Fontão, Joacir Cipriano, Joel Duarte, José Carlos Ruiz, José Palmeira dos Santos, José Tadeu Costa, Licínio José da Silva, Luciano Cariello, Lúcio Bardason, Luiz Fernando Freitas, Manoel Faria, Márcio Andrade, Marília Soares, Mário Osvaldo, Ostwaldo Dantas, Paulo César Carpi, Paulo Vitor de Oliveira, Rougles Rapizo, Renato Costa, Roberto Braga, Sérgio Saippa e Vinicius Gastin.

“Queremos muito agradecer a todos os participantes do documentário, cujas histórias contaram o passado do nosso esporte friburguense”, finalizou o presidente do Conselho Diretor, Luiz Fernando Bachini.

Um pouco da história

No início do século 20, estudantes de várias partes do país migraram para Nova Friburgo e trouxeram na bagagem um objeto ainda desconhecido pela maioria dos brasileiros: a bola de futebol. O esporte, hoje paixão nacional, ainda engatinhava no país, mas não demorou a conquistar os friburguenses. Os moradores do bairro Vilage passaram a frequentar o Colégio Anchieta e as tradicionais “peladas” foram disputadas no campo da escola. Estes foram os primeiros registros de esporte na cidade.

A brincadeira tomou proporções maiores e acompanhou o iminente crescimento do futebol no estado. As famílias Sertã, Spinelli e Van Erven estreitaram as relações e passaram a organizar os jogos. No dia 26 de abril de 1914, uma reunião no Hotel Salusse fundou oficialmente o Friburgo Futebol Clube, alterando o nome Friburguense F.C., utilizado até então por aquele grupo de jogadores. O primeiro time do Friburgo F.C. foi formado por Euclides, Américo Pillotto, Vadinho (Conrado Van-Erven), Tião Joaquim (João Elias), Chaquité Valente, Vitório Spinelli, Fernando, Vitório Pillotto e Félix.

Em 1930, o Friburgo conquistou o primeiro título e formou um dos grandes times de sua história, que seria tetracampeão naquela década. Em um dos momentos mais marcantes, a equipe recebeu o Vasco no estádio Raul Sertã. Nos primeiros anos da década de 1940, o domínio foi “esperancista”.

A partir de 1945, o Friburgo reagiu e formou um grande time em 1949, comandado por Larry e Paulo Banana. O hexacampeonato, conquistado entre 1946 e 1954, foi o prenúncio de um feito histórico no ano de 1960: o Friburgo foi campeão em todas as categorias e passou a pensar no profissionalismo.

O time vermelho e branco disputou alguns jogos em torneios profissionais, mas o clube não acompanhou o novo momento vivido pelo futebol na década de 1970. As fusões mudaram os rumos do esporte na cidade.

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    Convidados e participantes o documentário marcaram presença no evento de lançamento do filme (Rafael Seabra)

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    Muitos dos que viveram a época participaram e se emocionaram com a produção(Rafael Seabra)

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    O documentário completo, apresentado no evento, está disponível no youtube(Rafael Seabra)

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Você consegue ter esperança olhando o mundo?

quinta-feira, 01 de maio de 2025

É difícil olhar os sistemas políticos e empresariais carregados de corrupção e maldade. Dói saber que certas instituições privadas, governamentais e até do campo científico funcionam com pessoas cheias de conflitos de interesses pessoais e com ideologias destrutivas. Está vindo grande angústia entre as nações. Algumas já a vivem e quem deseja justiça e verdade, sofre.

É difícil olhar os sistemas políticos e empresariais carregados de corrupção e maldade. Dói saber que certas instituições privadas, governamentais e até do campo científico funcionam com pessoas cheias de conflitos de interesses pessoais e com ideologias destrutivas. Está vindo grande angústia entre as nações. Algumas já a vivem e quem deseja justiça e verdade, sofre.

No final do século 19 surgiu a sensação de que o progresso humano despontaria de modo que teríamos paz e crescimento social. A Exposição de Paris ou Exposição Universal, uma feira mundial em Paris, na França, entre 14 de abril e 12 de novembro de 1900 celebrou as conquistas do século 19 e anunciava o desenvolvimento para o século 20. A ideia era que, com avanços tecnológicos e científicos, muitos problemas humanos seriam resolvidos.

Mas, de 1914 a 1918 a primeira guerra mundial destruiu tais sonhos e no século 20 mais de 200 milhões de pessoas morreram em guerras. O setor tecnológico avança, e a decadência moral também. Martin Luther King Jr. disse: “Temos mísseis teleguiados, mas pessoas desnorteadas.” Algumas delas governam cidades, Estados e países. Se você não é insensível à justiça social, isso assusta, não é?

Charles Darwin, Karl Marx e outros pensadores do século 19 tentaram convencer o povo de que a humanidade progredia biológica e socialmente. Mesmo admitindo que a humanidade melhorou em alguns aspectos, em tratamentos de doenças, tecnologia da informação, comunicação virtual, vislumbrando o futuro próximo do mundo, analisando como agem governantes corruptos e cruéis, não dá para ter uma visão otimista, de paz, segurança e prosperidade. Fala-se disso, por exemplo, no Fórum Econômico Mundial, mas sendo propaganda falsa de paz, porque a ideia é tirar a liberdade humana de escolha, criando a nova ordem mundial.

Nabucodonosor foi rei de Babilônia e sonhou com uma estátua com cabeça de ouro, peitos e braços de prata, quadris e coxas de bronze, pernas de ferro e os pés com mistura de ferro e barro. Babilônia foi o império áureo, a cabeça de ouro da estátua, durando de 626 até 539 antes de Cristo (aC). Depois veio outro império, o Medo-Persa de 539 até 331 aC. Em seguida veio a Grécia de 331 até 168 aC. Depois veio o Império Romano que dominou o mundo de 168 aC até 476 depois de Cristo. O sonho, descrito no livro de Daniel, capítulo 2, no Antigo Testamento na Bíblia, foi dado a Nabucodonosor uns 600 anos antes de Cristo e descreveu os impérios mundiais que surgiram após Babilônia. A História seguiu exatamente assim.

Vivemos clara decadência nos valores morais, com corrupção aumentada, violência, vida superficial materialista, dependência química, aumento da depressão (prevista ser a doença número 1 do mundo em 2030 pela OMS), distorções da verdade praticadas por igrejas que visam lucro material em vez de defesa da piedade ou que colocam a tradição acima da verdade revelada.

Babilônia afundou e acabou porque em sua prosperidade deixou de lado a verdade, a justiça e atribuiu sua glória à realização humana. O Império Medo-Persa desmoronou por rejeitar os princípios da justiça e compaixão, predominando, como hoje em muitos países, a maldade, a corrupção e a perseguição contra quem faz o bem. Os reinos que se seguiram na história mundial foram ainda mais vis e corruptos, afundando da escala de valor moral.

Mas o sonho de Nabucodonosor não terminou com a descrição dos impérios que surgiriam no mundo, como de fato surgiram. No final do sonho havia uma pedra vindo de encontro aos pés da estátua, esmiuçando os reinos representados por eles (países atuais). Essa pedra é um novo reino, justo, compassivo, sem corrupção, sem maldade, que assumirá o governo mundial e não será destruído. Essa é a única esperança para quem quer que o bem governe para sempre. Aliás, cultivar a atitude mental de esperança ajuda a prevenir e a tratar o estado mental depressivo.

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Cesar Vasconcellos de Souza

www.youtube.com/claramentent

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Desafio no Sul

quinta-feira, 01 de maio de 2025

Com atletas da AFFM, Rio busca novos títulos nacionais no futmesa

Com atletas da AFFM / Friburguense, os botonistas do Rio de Janeiro vão encarar mais um grande desafio. Representado por uma delegação composta por 28 atletas, sendo cinco do Tricolor da Serra, o estado será um dos destaques do 35º Campeonato Brasileiro Individual de Futebol de Mesa, que acontece a partir desta quinta-feira, 1º, e segue até o próximo domingo, 04 de maio, na capital gaúcha.

Com atletas da AFFM, Rio busca novos títulos nacionais no futmesa

Com atletas da AFFM / Friburguense, os botonistas do Rio de Janeiro vão encarar mais um grande desafio. Representado por uma delegação composta por 28 atletas, sendo cinco do Tricolor da Serra, o estado será um dos destaques do 35º Campeonato Brasileiro Individual de Futebol de Mesa, que acontece a partir desta quinta-feira, 1º, e segue até o próximo domingo, 04 de maio, na capital gaúcha.

A competição, na regra 12 toques, é disputada no Clube Sogipa (Sociedade de Ginástica Porto Alegre), em Porto Alegre (RS). O evento é organizado pela Federação Gaúcha de Futebol de Mesa (FGFM), com chancela da Confederação Brasileira de Futebol de Mesa (CBFM).

O torneio reúne 233 atletas, sendo 122 na categoria Adulto (principal), 96 na Master (48+) e 15 na Sub-18. Participam jogadores de 13 estados (Alagoas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), além do Distrito Federal. Há representantes de clubes tradicionais como o Friburguense, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco, América, Petropolitano, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Internacional, Londrina, Sport, Atlético-GO e Avaí.

Na categoria Adulto, o Friburguense será representado por Hiago, Lucas Boa Morte, Pirica, Thiel. Já na Master, o Tricolor contará com Marcio Pires. O América tem a maior delegação do Rio de Janeiro, com seis atletas, enquanto Vasco da Gama e Friburguense contam com cinco representantes cada. Flamengo e Fluminense levaram quatro atletas, o Petropolitano três e, o Botafogo, um representante.

A competição tem transmissão ao vivo pelo canal Mundo Botonista, no YouTube, veículo oficial do 35º Campeonato Brasileiro Individual de Futebol de Mesa.

TRAJETÓRIA

O Rio de Janeiro já conquistou 26 títulos brasileiros individuais ao longo da história. Pelo Vasco da Gama, o friburguense Marcus Vinicius, atualmente no Fluminense, foi vice-campeão adulto nas duas últimas edições, em 2023 e em 2024. O último título do estado nessa categoria veio com Victor Heremann (Vasco da Gama), em 2018, em Londrina. Hoje, ele defende o São Paulo. Na categoria Master, o último campeão do Rio é Armando (Flamengo), vencedor em 2022, no estádio do Morumbi, em São Paulo, e que busca repetir o feito este ano.

O Vasco da Gama é o único clube do Brasil com conquistas nacionais em todas as categorias: Sub-15, Sub-18, Adulto e Master. O Friburguense acumula uma conquista recente, em 2015, na categoria Sub-18, com Vinícius Esteves.

  • Foto da galeria

    Jogo recente contra a equipe do River, em Nova Friburgo: botonistas em preparação (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

  • Foto da galeria

    Sede da AFFM segue recebendo atletas e fãs do tradicional futebol de mesa (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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Precisamos falar sobre o silêncio: o suicídio em Nova Friburgo

quinta-feira, 01 de maio de 2025

Falar sobre suicídio ainda causa desconforto e é um tabu muito grande na sociedade. Em muitas famílias, esse é um tema que permanece escondido, como se o silêncio fosse uma forma de proteção. Mas o silêncio, em vez de acolher, afasta. E o que não se fala, infelizmente não se trata.

Falar sobre suicídio ainda causa desconforto e é um tabu muito grande na sociedade. Em muitas famílias, esse é um tema que permanece escondido, como se o silêncio fosse uma forma de proteção. Mas o silêncio, em vez de acolher, afasta. E o que não se fala, infelizmente não se trata.

Em Nova Friburgo, o número de suicídios tem aumentado, especialmente entre jovens e idosos. Cada caso representa uma vida interrompida, uma dor que talvez pudesse ter sido evitada, sem que ninguém tenha culpa sobre o resultado. O mais alarmante é que na maior parte das vezes, muitos desses sofrimentos passam despercebidos, acontecendo no silêncio de quem está ao nosso lado.

Jovens, adultos e idosos

A solidão é um ponto em comum entre esses extremos da vida. Jovens enfrentam pressões constantes — sobre futuro, aparência, desempenho. Já os idosos, muitas vezes, sentem-se esquecidos, como se tivessem sido deixados à margem. Ambos podem se sentir invisíveis em cenários repletos de pessoas.

A pandemia da Covid-19 agravou esse cenário também aos adultos. O isolamento social, as perdas familiares, a instabilidade econômica e o medo do futuro deixaram marcas emocionais profundas. Mesmo com a volta à “normalidade”, muitos seguem lutando em silêncio. O trauma não desaparece com decretos.

Trata-se de uma questão de saúde pública. Ignorar isso é manter o problema onde ele já está: escondido. Precisamos de campanhas permanentes, e não apenas ações pontuais em setembro. A prevenção começa com informação, escuta e acesso ao cuidado psicológico contínuo.

Nem fraqueza e nem falta de fé: saúde

É importante entender que o suicídio não é um ato de fraqueza, nem de falta de fé. Trata-se, quase sempre, de um sofrimento emocional intenso, que precisa ser acolhido com empatia. Reduzir esse sofrimento a “drama” ou “frescura” é não enxergar o problema real.

Nova Friburgo conta com o trabalho importante do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e de profissionais da rede pública que atuam com dedicação. Mas o número de atendimentos ainda não dá conta da demanda. Muito não tem o acesso como gostariam por uma consulta. Outros desistem no meio do caminho. Isso precisa mudar.

Também há iniciativas nas escolas que buscam conversar sobre saúde mental com os alunos. Esse tipo de educação emocional é essencial desde cedo. Ensinar a reconhecer e lidar com os próprios sentimentos pode salvar vidas. E ajuda a formar adultos mais saudáveis, é o que explica a psicóloga Julia Gonzaga Silva, especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e em Neurociência e Educação:

“Muita gente chega ao limite acreditando que precisa aguentar sozinho, quando, na verdade, poderia ter sido acolhida muito antes. E isso vale para adultos e também para os pequenos. Crianças sentem tristeza profunda, medo intenso e angústias difíceis de nomear. A psicoterapia é um espaço onde tanto adultos quanto crianças podem elaborar dores, entender emoções e encontrar novos caminhos. Falar, ser ouvido e se sentir compreendido pode transformar o percurso da vida, e quanto antes esse cuidado começa, maiores as chances de prevenir o agravamento do sofrimento”, explica Júlia.

Por fim, não se pode deixar de discutir a prevenção da depressão a partir de um ponto de vista clínico. Muitas pessoas não realizam exames de rotina e desconhecem seus níveis de vitaminas essenciais. Deficiências de nutrientes como B12, D3, B6 — entre outros ligados diretamente à saúde mental — podem contribuir para o desenvolvimento ou agravamento do quadro depressivo.

Busque sempre ajuda

Quem enfrenta esse tipo de dor, muitas vezes não quer morrer — quer parar de sofrer. Mostrar que existe ajuda, que existe tratamento e que existe esperança pode ser um divisor de águas. Nenhum sofrimento dura para sempre, mesmo que pareça. Há saída, há vida depois da dor.

O Centro de Valorização da Vida (CVV), por exemplo, oferece apoio emocional 24 horas por dia, no telefone 188. O atendimento é sigiloso, gratuito e feito por voluntários treinados. Pode parecer pouco, mas uma conversa pode interromper o ciclo do desespero. Às vezes, salva uma vida.

Se você está passando por um momento difícil, saiba que você não está sozinho. Buscar ajuda não é sinal de fraqueza. É ato de coragem. Falar é um começo. E um começo pode ser tudo o que você precisa agora. Sua vida importa. Sempre vai importar, por mais que pense ao contrário.

Falar sobre suicídio não incentiva ninguém a cometê-lo. Falar salva. Porque quando abrimos espaço para escuta e acolhimento, diminuímos a dor de quem pensa em desistir. E se existe algo mais forte do que a dor, é a certeza de que alguém se importa. Vamos juntos romper o silêncio.

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Um encontro de família

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Encontro de famílias unidas é uma coisa saudável, proveitosa e enriquecedora para todos aqueles que têm a oportunidade de participar. Foi o que aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de abril, na cidade de Simão Pereira, estado de Minas Gerais, onde fica localizado o hotel Fazenda Minas Real. Para situar o meu leitor, na BR-040 que liga os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, encontra-se Comendador Levy Gasparian, ainda em terras fluminenses; ao atravessar a ponte entramos no município de Simão Pereira, já Minas Gerais. Nesse hotel, foi realizado o congraçamento da família Zauli-Machado.

Encontro de famílias unidas é uma coisa saudável, proveitosa e enriquecedora para todos aqueles que têm a oportunidade de participar. Foi o que aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de abril, na cidade de Simão Pereira, estado de Minas Gerais, onde fica localizado o hotel Fazenda Minas Real. Para situar o meu leitor, na BR-040 que liga os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, encontra-se Comendador Levy Gasparian, ainda em terras fluminenses; ao atravessar a ponte entramos no município de Simão Pereira, já Minas Gerais. Nesse hotel, foi realizado o congraçamento da família Zauli-Machado. Zauli de origem italiana, dos meus bisavós Domenico Zauli e Beatrice Solaroli e Machado, de origem portuguesa, dos meus bisavós Arthur de Oliveira Machado e Theolinda de Castro Monteiro Machado.

Se considerarmos Domenico e Beatrice que chegaram ao Brasil em 1897, (aliás ele tinha mais um irmão, Giuseppe Zauli e ambos se radicaram em Belo Horizonte, sendo uma das levas de fundadores (em 1900) da atual capital mineira), podemos considerá-los como a primeira geração da família, no Brasil. Assim como Arthur e Theolinda como a primeira geração dos Machados. Odilon Machado e Dirce Zauli, ao se casarem deram origem à primeira geração dos Zauli Machado e, a reunião congregou componentes da terceira, quarta e quinta gerações, já que não resta mais ninguém da segunda geração, sendo a última representante a minha mãe que faleceu em agosto de 2021.

Éramos 48 primos (parecia até uma colônia libanesa, onde todos são primos) dos 76 aos 4 anos de idade, reunidos durante três dias, matando saudades, se conhecendo, interagindo dia e noite, pois o hotel, ao estar localizado a 6 quilômetros de Levy Gasparian e 15 quilômetros de Simão Pereira, é muito inclusivo. A cidade grande mais próxima é Juiz de Fora que fica a 33 quilômetros do hotel. Assim, tomava-se café da manhã, almoçava-se, lanchava-se e jantava-se em família, entremeado pelo bate papo e cerveja. Como o sol não esteve presente de maneira assídua, só as crianças aproveitaram a piscina e a jacuzzi, pois essas não sentem frio. Mas, não faltaram as caminhadas, os passeios a cavalo e de charrete. O hotel é acolhedor, faz questão de receber bem os seus hóspedes, pois sabe que um dia eles voltam.

Na realidade, esse encontro resgatou e fortaleceu os laços da família, pois, que eu me lembre, houve um em 2023, que reuniu os dois ramos dos Zaulis, e outro um ano depois, quando minha mãe completou 80 anos, restrito aos Zauli Machado, na cidade de Juiz de Fora. Pelo adiantado da idade da turma da terceira geração dos Zauli Machado, todos com mais de 65 anos, optamos por manter esses encontros, a partir de agora, a cada dois anos, pois a probabilidade de perdermos primos, por causa da idade, é grande.    No entanto, com esse período mais curto, vai sendo sedimentado nos mais novos a noção de família e da importância de se ter um referencial. A família, claro que falamos das bem alicerçadas e estruturadas, é a base da sociedade e é por isso que os regimes autoritários tendem sempre a destruir esse núcleo familiar. É dessa estrutura que nascem os conceitos de educação, honestidade, boa convivência que são a base de um povo progressista, que rege os destinos de um país. A família é a célula mater de um país desenvolvido, pois moldando o caráter e a índole dos seus componentes, dá-se um passo importante para a formação de cidadãos honestos, responsáveis, trabalhadores cujo exemplo se propaga de geração em geração. Desestruturar e apequenar um país passa por enfraquecer ou aniquilar a família, pois isso faz com que as pessoas percam o seu objetivo, sua razão de viver.

É importante trazer as crianças e os jovens para o convívio familiar, pois num mundo que se isola cada vez mais, em função da internet e suas redes sociais, onde o objeto (celulares, tablets e notebooks) substitui a relação inter-humana, esse convívio é como uma luz no final do túnel. Ver adultos, jovens e crianças numa interação saudável como foi o encontro da família Zauli-Machado, não tem preço. Cabe a nós, os mais velhos, manter essa chama acesa, pois aos poucos os mais jovens vão pegando o bastão e, seguramente, serão os organizadores de futuros encontros.

Foi um final de semana muito agradável, que seja repetido por muitos e muitos anos, para orgulho de seu Odilon e dona Dirce, os fundadores dos Zauli-Machados.

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No papel

quarta-feira, 30 de abril de 2025

Mestre friburguense, Junior Santos fala sobre livro: “Vivo o jiu-jítsu há 30 anos”

Muitas histórias vividas, experiências acumuladas e lições para ensinar ao longo de três décadas. Uma das referências do jiu-jítsu de Nova Friburgo, o mestre Junior Santos está preparando o lançamento de um livro, exatamente para reunir alguns desses roteiros vividos ao longo de 30 anos.

Mestre friburguense, Junior Santos fala sobre livro: “Vivo o jiu-jítsu há 30 anos”

Muitas histórias vividas, experiências acumuladas e lições para ensinar ao longo de três décadas. Uma das referências do jiu-jítsu de Nova Friburgo, o mestre Junior Santos está preparando o lançamento de um livro, exatamente para reunir alguns desses roteiros vividos ao longo de 30 anos.

“Todos nós sabemos que a cidade de Nova Friburgo é um grande celeiro de campeões, quando se fala de artes marciais, especificamente o jiu-jítsu. Seguindo essa linha de raciocínio, existe uma galera das antigas que pavimentou a estrada para os mais novos que estão chegando. Esses, os "precursores", muitos deles continuam na ativa, seja competindo ou lecionando”, analisa.

Esse é exatamente o caso do professor Junior Santos, Friburguense, que há mais de 20 anos ganhou o mundo e espalha a arte por onde passa. Vivendo intensamente a modalidade e o mundo das lutas, ele e o irmão (também faixa preta 3°), professor Alan Santos (responsável pelo Dojô JSABJJ - Mury RJ), resolveram fazer o lançamento do livro, em edição comemorativa à marca. Segundo o mestre, este é um sonho de muitos anos.

“O objetivo do livro é alertar essa nova geração que está vindo, com força total, e que pretende viver da arte marcial, em especial o jiu-jítsu, no Brasil ou no exterior. Alerto para que não caiam em armadilhas que se encontram disfarçadas” , antecipa.

A primeira edição a ser lançada será "Paris", relatando as histórias vividas na Cidade Luz. A ideia é que, a cada edição do livro, uma história vivenciada naquele determinado país seja contada.

“Em vários momentos de nossas jornadas, nos deparamos com momentos complicados e muitas vezes surreais. Enfim, são relatos verídicos, sempre envolvendo o jiu-jítsu, vivenciados por mim em várias partes desse nosso enorme e maravilhoso mundo”, finaliza Junior Santos.

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    Completando 30 anos de jiu-jítsu, Mestre Junior Santos vai compartilhar as experiências e vivências. (Divulgação Vinicius Gastin)

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    Primeira edição, de outras que virão, irá relatar o que foi vivido na cidade de Paris. (Divulgação Vinicius Gastin)

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    Cantagalo prepara a XLII edição da tradicional Passeata das Bicicletas. Realizado todos os anos no Dia do Trabalhador (1º de maio), o evento anual comemora o trabalho e a cultura local e costuma reunir centenas de ciclistas. Na programação, um percurso com música e animação, com início na rodoviária municipal e término na Fazenda da Aldeia. Para se inscrever, basta procurar a Biblioteca Municipal Acácio Ferreira Dias, localizada no centro da cidade, até esta quarta-feira, 30 de abril, das 9h às 17h. É pedida a doação de um quilo de alimento não perecível para garantir a vaga no evento esportivo. (Divulgação)

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Reuso de água: uma solução sustentável para o futuro do planeta

terça-feira, 29 de abril de 2025

Opa! Tudo verde? Bora para mais uma Prosa Sustentável!

O reuso de água é uma prática cada vez mais essencial em um mundo que enfrenta escassez hídrica crescente. Consiste em reaproveitar a água de diferentes fontes para usos específicos, reduzindo o desperdício e a dependência de recursos naturais. Essa abordagem é fundamental para enfrentar a crise hídrica global e promover a sustentabilidade.

Opa! Tudo verde? Bora para mais uma Prosa Sustentável!

O reuso de água é uma prática cada vez mais essencial em um mundo que enfrenta escassez hídrica crescente. Consiste em reaproveitar a água de diferentes fontes para usos específicos, reduzindo o desperdício e a dependência de recursos naturais. Essa abordagem é fundamental para enfrentar a crise hídrica global e promover a sustentabilidade.

O consumo de água é alarmante. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o uso global de água aumentou seis vezes nos últimos 100 anos e continua crescendo cerca de 1% ao ano. No Brasil, a agricultura consome aproximadamente 70% da água disponível, enquanto o consumo doméstico representa 10%. Globalmente, quase dois bilhões de pessoas enfrentam falta de acesso à água potável.

Como reutilizar água em casa

No ambiente doméstico, diversas práticas simples podem ajudar no reuso de água:

  1. Reutilização da água da máquina de lavar: A água do enxague pode ser usada para limpar pisos.
  2. Aproveitamento da água da chuva: Coletar água em cisternas ou baldes para usos não potáveis, como lavar carros e irrigar jardins.
  3. Reuso de água do banho: Instalar sistemas para captar a água do chuveiro e utilizá-la na descarga.
  4. Cozinha sustentável: A água usada para lavar alimentos pode irrigar plantas.

O exemplo de São Paulo com o reuso industrial

São Paulo tem se destacado com o projeto Aquapolo, um marco na gestão sustentável de recursos hídricos no Brasil. Localizado na região do ABC paulista, o projeto é o maior empreendimento de produção de água de reuso para fins industriais da América Latina e um dos maiores do mundo. Ele utiliza água proveniente de esgotos tratados na Estação de Tratamento de Esgotos ABC da Sabesp, que passa por processos adicionais de purificação antes de ser destinada às indústrias da região. Esse sistema inovador atende principalmente ao Polo Petroquímico do ABC, um dos maiores complexos industriais do país, contribuindo significativamente para a redução do consumo de água potável por essas empresas. 

O impacto do Aquapolo vai além do atendimento às demandas industriais. Ele alivia a pressão sobre o sistema hídrico convencional, permitindo que mais água potável seja direcionada para o consumo doméstico e outras necessidades essenciais da população. Além disso, o projeto desempenha um papel educador ao demonstrar a viabilidade do reuso em larga escala, inspirando outras cidades e setores a adotarem soluções semelhantes.

 

Plano de ação para coleta de água da chuva

Objetivo: Instalar um sistema doméstico de coleta de água da chuva.

  1. Análise e planejamento: Avaliar a área do telhado e calcular o potencial de coleta.
  2. Instalação de calhas: Garantir que estejam limpas e direcionadas para um reservatório.
  3. Reservatório adequado: Usar cisternas com tampa para evitar contaminações e proliferação de mosquitos.
  4. Filtro inicial: Colocar um sistema para remover folhas e detritos da água captada.
  5. Manutenção: Limpar regularmente as calhas e o reservatório.
  6. Uso consciente: Destinar a água para fins como irrigação, limpeza e descargas.

Os benefícios do reuso de água são amplos, englobando impactos ambientais e sociais que transformam a relação da sociedade com esse recurso essencial. Ambientalmente, a prática reduz a extração de água de rios e aquíferos, preservando ecossistemas naturais. Além disso, ao captar e reutilizar a água da chuva, contribui para a redução de enchentes e minimiza a sobrecarga nos sistemas de esgoto, evitando desperdícios e poluição. Socialmente, o reuso promove a conscientização sobre o consumo responsável, gera economia nas contas de água e fortalece a segurança hídrica, especialmente em regiões onde o abastecimento é crítico. 

Israel é um exemplo de liderança mundial no reuso de água, reutilizando impressionantes 90% de suas águas residuais. Esse resultado é fruto de tecnologias avançadas, como sistemas de dessalinização e irrigação por gotejamento, que permitem o uso eficiente e sustentável da água. O sucesso também se deve a políticas públicas que priorizam a gestão hídrica, garantindo que cada gota seja utilizada com o máximo de aproveitamento. Essa combinação de inovação e governança posiciona o país como uma referência global em sustentabilidade hídrica. 

O reuso de água é mais do que uma solução prática; é uma necessidade urgente diante da escassez hídrica que afeta o mundo. Quando governos, empresas e cidadãos adotam medidas concretas de reuso, estão contribuindo diretamente para a construção de um futuro mais sustentável e resiliente para todos.

Saudações sustentáveis e tudo verde sempre!

Foto da galeria
(Foto: Freepik)
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