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Passaporte da vacina

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Passaporte da vacina

Passaporte da vacina
Com a alegria de constatar nenhuma morte e leitos completamente zerados por Covid-19, nos últimos dias, a prudência deixou de ser a máscara e passou a ser o passaporte da vacina, dentro do lema “Eu te protejo, você me protege”. Assim a Uerj, em norma interna válida para todo o estado, é um dos primeiros locais de Nova Friburgo a exigir o passaporte para entrar em suas dependências. A regra vai começar a valer a partir de 1º de dezembro. Quem não tiver tomado a vacina, estará impedido de entrar na Uerj, que funciona em um dos espaços da Fábrica Filó.

Desobrigação do uso de máscara
Em Nova Friburgo, diferente da capital e de várias cidades fluminenses e brasileiras, a prefeitura faz um silêncio ensurdecedor sobre adotar a medida e não dá qualquer indício de que a fará. Também não dá nenhuma pista de que abortará a medida, tardiamente adotada, que aplica multa para quem não estiver usando máscara.

Capital liberou
O Governo do Estado do Rio já liberou a não obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços abertos e sem aglomerações. Mas cabe a cada município decidir sobre a liberação. A capital foi a primeira liberar. Mesmo com a liberação, nas ruas do Rio de Janeiro, a maioria das pessoas continua usando máscaras nos espaços abertos. O fato é que a liberação não proíbe quem quer usar a proteção que se tornou um hábito já muito comum, mesmo antes da pandemia, em países como o Japão, por exemplo.

Por enquanto, nem ensaio
Em suma, os números de Covid-19 em brutal queda com o avanço da vacinação permitem uma flexibilização que caminha para a volta de uma normalidade, em que se discute o fim da obrigatoriedade das máscaras, desde que haja a exigência do passaporte da vacina. Tramita na Câmara de Vereadores, um projeto de lei que exige o passaporte de vacina para entrar em locais fechados. No entanto, por parte do comando da municipalidade, por enquanto, nem fim da obrigatoriedade da máscara, tampouco passaporte da vacina.

Atraso no sistema diminui...
Conforme A VOZ DA SERRA noticiou em sua edição de ontem, 9, segundo a Prefeitura de Nova Friburgo, 80% da população foi imunizada com a primeira dose e pelo menos 67% com a segunda dose. O que mostra elevado número de pessoas que estão voltando para tomar a segunda dose. Ainda que o comprovante em papel valha como passaporte de vacina para a adoção da medida no município, um dos empecilhos - além dos ideológicos - pode estar no atraso da colocação da comprovação no sistema online da plataforma do Sistema Único de Saúde (SUS).

Mas continua
Atraso esse que já foi bem pior. Segundo dados da plataforma SUS, 10% das vacinas de primeira dose que a prefeitura diz ter aplicado, ainda não estão no sistema, ou seja, aproximadamente 15 mil. Já para segunda dose, o número é mais elevado e chega a 32% das vacinas aplicadas não cadastradas, ou seja, 37 mil doses.

Veículos zero
A fila para conseguir comprar um veículo zero, direto da fábrica, no Brasil está chegando aos 300 dias. A espera varia de acordo com o modelo de veículo, mas a média nacional chegou a absurdos 180 dias. O problema afeta também as concessionárias locais que tem usado da tradição e prestígio para diminuir o prazo ao máximo para os friburguenses. O desarranjo na cadeia produtiva de automotivos, por conta do fechamento de fábricas no ápice da pandemia é um dos motivos desse atraso.

Hora de vender o usado?
Com isso, o preço do carro usado disparou e não é incomum vender por um preço maior do que comprou. A venda de usados disparou com aumento de 55% em comparação ao ano passado. Por conta da crise dos chips, escassez do produto no mercado, houve uma diminuição de 21,3% na produção de veículos em comparação de setembro deste ano com o mesmo mês no ano passado.

Fechará as portas
O Casarão de Minas, depois de 17 anos de atividade, vai encerrar as suas atividades. O bar e restaurante, na Praça Getúlio Vargas, que começou com a proposta de ser um armazém anuncia o seu fechamento para janeiro de 2022. O anúncio, feito nas redes sociais, pelos proprietários Patrícia e Fernando Aragão, no entanto, pede que seja uma despedida leve e divertida, como sempre foi a história do estabelecimento.

Vai deixar saudade
Prestes a atingir a maioridade, ficará certa nostalgia de um espaço que fez história. Dos bailes de carnaval aos pratos que só se encontra lá, como a cestinha de provolone com torresmo e linguiça mineira. Ainda que bastante copiado, é inconfundível o filé com gorgonzola do Casarão. Sem contar a batata rosti nas suas variações de recheios. Para além do cardápio, o atendimento sempre solícito, uma marca da gestão do espaço.          

O adeus a Cesar Namer
A família de Cesar Namer, proprietário do famoso restaurante Arroz com Feijão, pretende cumprir um último pedido do ente: jogar as suas cinzas no canteiro em frente ao restaurante, no início da Avenida Alberto Braune. O corpo foi cremado, como também era vontade dele, na última sexta-feira, 6, após um velório com a presença de centenas de pessoas que se revezaram na despedida. 

Cinzas na presença de amigos
Mas não e só espalhar as cinzas na cidade que mais amava pela família e amigos. Cesar também pediu que todos fossem com a camisa do Fluminense. Com a ressalva, devidamente discutida em vida, de que também permitiria camisas do América-MG e do Friburguense, suas outras paixões. A família vai marcar a homenagem que caracteriza muito quem foi Cesar Namer: um apaixonado, bem-humorado e piadista incorrigíveis.

Palavreando
“A vida e o tempo são as grandes engrenagens dessa fábrica de saudade. Uma lágrima escapole para temperar o sorriso de quem sabe que foi feliz. Felicidade produz saudade, tanto quanto o amor”.

 

 

Foto da galeria
Já é tradição a participação de músicos de Nova Friburgo nos realities shows musicais da Globo, da franquia The Voice. Nesta temporada, quem foi selecionado para a audição diante dos jurados foi Lucas Martins, de 24 anos. Ele se apresentou com a música de Jorge Vercilo, “Final Feliz”. Apesar da boa performance, as cadeiras de Carlinhos Brown, Lulu Santos, Claudia Leitte e Iza não viraram para o friburguense. Michel Teló - na função de técnico da repescagem (novidade desta temporada) - também não salvou o talento local. Chegar à fase da audição às cegas certamente já é uma vitória. Lucas se apresenta em eventos e bares da cidade e região.
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Brasília, última etapa da viagem

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Nossa estadia, na capital federal, foi muito boa passamos bons momentos com nossos dois filhos que aqui moram e, na última segunda-feira, 8, iniciamos nosso retorno para Nova Friburgo. Seguindo a experiência de muitas pessoas, já nos utilizamos desse estratagema, na Europa, decidimos optar por uma locação pelo AirBnb, em que se aluga um apartamento ou flat, por uma quantia mais em conta que um hotel, ou uma locadora tradicional. Infelizmente, dessa vez, o ditado de meu saudoso avô foi uma realidade. Muitas vezes o barato sai caro.

Nossa estadia, na capital federal, foi muito boa passamos bons momentos com nossos dois filhos que aqui moram e, na última segunda-feira, 8, iniciamos nosso retorno para Nova Friburgo. Seguindo a experiência de muitas pessoas, já nos utilizamos desse estratagema, na Europa, decidimos optar por uma locação pelo AirBnb, em que se aluga um apartamento ou flat, por uma quantia mais em conta que um hotel, ou uma locadora tradicional. Infelizmente, dessa vez, o ditado de meu saudoso avô foi uma realidade. Muitas vezes o barato sai caro.

Entrei no site do AirBnb e escolhi uma locação no hotel flat Saint Moritz, no SHN (setor hoteleiro norte). É bem central e em frente ao shopping Conjunto Nacional, o primeiro estabelecimento desse gênero, em Brasília; aliás, foi modernizado e não fica nada a dever aos bons shoppings do Rio de Janeiro. Mas, infelizmente, o estúdio que aluguei foi um problema sério. Avisei para o proprietário que chegaria entre 11h e meio-dia do dia 30 de outubro; perguntei-lhe se a cozinha estava equipada, se tinha roupa de cama e banho, se tínhamos acesso à garagem e que deixasse a senha da internet, para que pudéssemos nos conectar.

Quando procurei a portaria do hotel fui informado de que a responsável pela limpeza tinha acabado de chegar e que a chave do flat estava com ela, que deveríamos esperar ela acabar. Disseram-me, também, que o proprietário não tinha disponibilizado a garagem. O problema é que ele não me deixou um telefone de contato, como é usual na Europa e só se comunicava comigo pelo e-mail. Sem poder usar o notebook, tive de recorrer ao celular e não há nada pior do que comunicação por e-mail, via telefone.

Fui obrigado a pedir ajuda ao funcionário do hotel, que me deu o telefone de uma outra proprietária acostumada a alugar sua garagem e paguei um aluguel correspondente aos dez dias de minha estadia. Ou seja, paguei por uma coisa a que tinha direito se meu locador tivesse feito, corretamente, o seu dever de casa. Depois de meia hora de espera, conseguimos subir com nossa bagagem para o apartamento 605.

Só que nossos problemas ainda não haviam terminado, pois a meia sola da limpeza foi horrível e tivemos de sair para comprar pano de chão e detergente. O lençol disponibilizado pelo proprietário era curto e não havia outro para cobrir nem uma manta, se a temperatura caísse durante a noite. Como ficaríamos por dez dias, deveria ter sido entregue um jogo de toalhas e lençóis suplementares, ou me avisassem que deveria trazer comigo, o que não teria sido problema, por estarmos de carro. Tive de pedir emprestado à minha nora.

O ar refrigerado, quando posto em funcionamento começou a pingar, o que me obrigou a colocar um recipiente de plástico para coletar a água; quando outro pingo apareceu, o jeito foi usar uma panela. Para terminar, a geladeira estava entupida de gelo, com suco derramado em seu interior. Após desligada, ficou a tarde toda descongelando. Felizmente, não houve dano no motor e após ser limpa, nos serviu a contento.

Na realidade, a conclusão a que cheguei foi que o meu locador delegou a uma companhia de limpeza o trabalho que deveria ser dele, o de supervisionar os serviços de manutenção. O mínimo que se exige de quem se mete nesse tipo de empreendimento, é de estar presente na entrega das chaves ou delegar esse ato a uma pessoa responsável. Outra coisa importante é marcar a entrada do próximo locatário apenas após uma limpeza de fato, ter sido concluída. Se quem me antecedeu saiu às 11h, eu deveria ter sido avisado que só poderia chegar depois das 16h.

Eu e minha esposa ficamos dez dias no apartamento e não vai ser uma limpeza de meia hora que vai resolver o problema, mesmo que sejamos cuidadosos. O próximo locatário que se cuide. Como já disse o local é muito bom, tínhamos a nossa disposição a piscina e a academia de ginástica do hotel; isso sem falar que ficamos bem perto de nossos filhos. Nossa primeira viagem longa, pós-pandemia, foi muito agradável e a apesar de nossa experiência com o AirBnb, em terras tupiniquins, não ter sido um mar de rosas, vale uma segunda tentativa.

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A VOZ DA SERRA é a voz de Nova Friburgo para o mundo!

terça-feira, 09 de novembro de 2021

O Caderno Z do último fim de semana me trouxe lembrança de papai que, sem ser um arquiteto, adorava observar as cidades em suas peculiaridades. A formação do povo, a distribuição das ruas, as facilidades de transporte, coisa alguma escapava ao seu olhar atento. A arquiteta e urbanista, Núbia Gremion, conversou com Ana Borges e, em seus depoimentos, com sua vasta abrangência profissional, explicou: “Arquitetura e urbanismo são atos que preveem o que acontecerá  em cinco, dez, 50 anos.

O Caderno Z do último fim de semana me trouxe lembrança de papai que, sem ser um arquiteto, adorava observar as cidades em suas peculiaridades. A formação do povo, a distribuição das ruas, as facilidades de transporte, coisa alguma escapava ao seu olhar atento. A arquiteta e urbanista, Núbia Gremion, conversou com Ana Borges e, em seus depoimentos, com sua vasta abrangência profissional, explicou: “Arquitetura e urbanismo são atos que preveem o que acontecerá  em cinco, dez, 50 anos. ´Entender um povo e uma época é unir diferentes necessidades e desejos a um senso estético em consonância com a cultura a qual se responde”. No seu entender, “são formas muito poéticas de se educar e estruturar nações”.

 Acompanhando seus depoimentos, aprendemos que arquitetar e urbanizar lugares é muito mais do que pensar o presente ou corrigir o passado. É um ato de amor e de muita sensibilidade para edificar um futuro sustentável. Coisa alguma deve ser pensada apenas para o momento presente. Uma cidade bem planejada oferece qualidade de vida adequada e torna-se aprazível no seu cotidiano. Palmas, a capital de Tocantins, merece mesmo muitas palmas pelo seu traçado “em quadrículas para otimizar as funções da cidade” e está concebida para “abrigar até um milhão de pessoas”. O Brasil tem outras cidades bem planejadas, mas, com “praias” de água doce e bem longe do mar, palmas para Palmas!

 Elogiável a foto de Henrique Pinheiro com um panorama das avenidas margeando o Rio Bengalas. Nossa cidade também é linda, embora clame por muitas melhorais. Como destacou Wanderson Nogueira, “não é um parque dentro de uma cidade, é uma cidade dentro de um parque...”. O Caderno Z, festejando o Dia Mundial do Urbanismo, 8 de novembro, edifica mais uma edição exemplar na arquitetura dos conhecimentos. Sorte nossa termos em A VOZ DA SERRA uma equipe que se doa na busca de temas para enriquecermos nossas leituras de fim de semana. Bom demais!

O Novembro Azul é um toque na prevenção do câncer de próstata e, em Nova Friburgo, a Secretaria Municipal de Saúde vai realizar ações especiais  de prevenção ao diabetes, incorporando o movimento “Novembro Diabetes Azul”. A escolha do mês de novembro abraça as celebrações do dia 14, Dia Mundial do Diabetes”. Na charge de Silvério, o Cão Sentado, sempre de máscara, se vestiu de azul, alertando para os cuidados.

Pode parecer incrível que nestes tempos de penúria financeira, alguém possa abandonar veículos nas ruas. Entretanto, tanto é possível, que já foi sancionada, pelo prefeito Johnny Maycon, uma lei que regula a remoção de veículos que apresentem sinais de abandono. Os donos, que não cuidam de seus pertences, que se cuidem! Falando em veículos, incrível também é a necessidade de instalação de três quebra-molas na Vila Maestro José Paulo Silva – uma pequena travessa bem em frente ao Extra. O que espanta não é a obra em si, mas a razão de sua urgência estabelecida pela imprudência dos condutores que circulam em “velocidade desproporcional”. Educação zero!

Que seja bem-vinda a futura Biblioteca Internacional Machado de Assis! Na belíssima foto de Henrique Pinheiro, os portões já estão abertos para a passagem dos sonhos e expectativas da “arquitetura futurista”, no projeto ousado para a Praça do Suspiro. Como destaca o secretário da Casa Civil, Pierre Moraes – “De toda crise surgem oportunidades, e Nova Friburgo precisa renascer a partir de tudo que viveu...”. Vamos torcer!

O projeto “Arp de Portas Abertas” em sua segunda edição segue encantando e abrindo mais oportunidades para conhecimentos, aprendizados e muito lazer. Marcando o primeiro fim de semana de novembro, o projeto dispõe de oficinas, palestras, shows, muita música e entretenimento para todas as idades. E tudo, a céu aberto, na beleza do local. Conhecer a nova utilização do espaço com mais de 100 empresas instaladas, podendo respirar a energia boa que flui de seus prédios, das suas ruas, por onde Nova Friburgo começou a se desenvolver e fez história, são também atrativos do projeto. Os corações mais sensíveis se emocionam diante da exuberância do Espaço Arp. É lindo!

 

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O programa número 1.000 do Modesto

terça-feira, 09 de novembro de 2021

Na última sexta-feira, 5, o conhecido José Modesto Arouca teve uma noite de glórias, alegrias e emoções especiais.

Na última sexta-feira, 5, o conhecido José Modesto Arouca teve uma noite de glórias, alegrias e emoções especiais.

É que na oportunidade, foi ao ar pela TV Zoom, conforme mostra o registro fotográfico, a milésima edição do programa "Pensando Nova Friburgo".que já recebeu em quase 20 anos da atração, 589 convidados. A atração teve uma novidade: o Modesto trocou de papéis e em vez de entrevistar, foi o entrevistado pelo jornalista Fernando Moraes. Com muito carinho, emoção e alegrias, Modesto contou toda a história desde o inicio do programa, assim como foram lembrados e revividos em VTs alguns momentos e participantes especiais ao longo dos tempos, como o prefeito Johnny Maycon, os ex-prefeitos Renato Bravo, Rogério Cabral, Dermeval Barbosa Moreira e também os saudosos Paulo Azevedo e Heródoto Bento de Mello.

Outros representativos nomes friburguenses que passaram pelo Pensando Nova Friburgo até sua edição 1.000 também foram lembrados, como José Eduardo Valentim, Olney Botelho, Jorge Carvalho, Marcelo Braune, Wilson Witzel e muitos outros.

O programa foi ao vivo, com quase duas horas, praticamente o dobro do que é apresentando habitualmente nas noites de sextas-feiras às 21h. Quem não assistiu e deseja ver este programa histórico do Modesto Arouca, basta acessar  www.youtube.com/watch?v=6M9-zlz0c8I

E vamos que vamos!

No último fim de semana, principalmente na noite de sexta-feira, 5,  quem passou pelas proximidades das casas de festas de nossa cidade, assim como diversos bares e restaurantes, mesmo sem precisar entrar, pode constatar a grande quantidade de veículos estacionados e muita gente no interior desses estabelecimentos, o que é mais uma prova de que as coisas estão voltando aos velhos tempos.

Além de muita gente ter abandonado as máscara, constata-se que os jovens estão realmente ávidos para tirar os atrasos das festas e eventos.

Voltou quente!

Ainda no contexto da nota anterior, homens e mulheres que adoram ume bom forró, curtiram momentos alegres no último domingo, 7.

É que depois de bom tempo paralisado, o clube Botafoguinho, da Chácara do Paraíso, retomou as domingueiras de forró, agora com o talento de Cristiane Moura.

Presenças sempre agradáveis

O suíço Marcel Auguste Schuwey, na foto em companhia da querida esposa brasileira Ana Carolina Caetano Mesquita, com frequência vem a Nova Friburgo, assim se dividindo entre a Suíça e o Brasil.

Em mais uma período por aqui, para contatos e convívios com muitos amigos, além também de implementar belíssimas ações sociais no município de Santa Maria Madalena, o casal permanecerá entre nós até o dia 7 de dezembro, quando retorna a Suíça para os festejos de Natal e fim de ano.

Parceria da Jurema

O Bloco da Jurema, conhecido e admirado também por conta do carnaval friburguense por sua essência social de arrecadar lacres de latinhas de cervejas e refrigerantes para aquisição de cadeiras de rodas e de banhos, para servir instituições e pessoas necessitadas, está fechando mais uma bela parceria, desta vez com o Cadima Shopping, para em sua praça de alimentação ajudar a coletar os lacres de latinhas numa grande tulipa.

Dia do hoteleiro

Parabéns a todos que atuam no segmento de hotéis em nossa cidade pelo transcurso do seu dia, hoje, 9.

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“Sempre tereis pobres entre vós” (Mc 14, 7)

terça-feira, 09 de novembro de 2021

No próximo domingo, 14, a Igreja Católica celebrará a quinta edição do Dia Mundial dos Pobres. No artigo desta semana trazemos um resumo da mensagem do santo padre, o Papa Francisco. Refletindo sobre o versículo “Sempre tereis pobres entre vós” (Mc 14, 7), Francisco, relembra o gesto da mulher que invade a refeição em casa de Simão e derrama sobre a cabeça de Jesus um vaso de alabastro cheio de perfume precioso. Gesto que suscitou grande estupefação e deu origem a duas interpretações diversas.

No próximo domingo, 14, a Igreja Católica celebrará a quinta edição do Dia Mundial dos Pobres. No artigo desta semana trazemos um resumo da mensagem do santo padre, o Papa Francisco. Refletindo sobre o versículo “Sempre tereis pobres entre vós” (Mc 14, 7), Francisco, relembra o gesto da mulher que invade a refeição em casa de Simão e derrama sobre a cabeça de Jesus um vaso de alabastro cheio de perfume precioso. Gesto que suscitou grande estupefação e deu origem a duas interpretações diversas. A primeira referente à indignação de alguns dos presentes, incluindo os discípulos, e a segunda, referente à interpretação de Jesus sobre o fato.

Destaca o pontífice que “Jesus recorda-lhes que ele é o primeiro pobre, o mais pobre entre os pobres, porque os representa a todos. E é também em nome dos pobres, das pessoas abandonadas, marginalizadas e discriminadas que o filho de Deus aceita o gesto daquela mulher. Esta, com a sua sensibilidade feminina, demonstra ser a única que compreendeu o estado de espírito do Senhor. [...] As mulheres, tantas vezes discriminadas e mantidas ao largo dos postos de responsabilidade, nas páginas do Evangelho são, pelo contrário, protagonistas na história da revelação”.

O Papa Francisco repete com insistência, a mensagem que os pobres são os verdadeiros evangelizadores, pois levam ao mundo o Cristo em suas tribulações e indigências, nas condições, por vezes desumanas, em que são obrigados a viver.

Relembrando a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, instrui que “o nosso compromisso não consiste exclusivamente em ações ou em programas de promoção e assistência; aquilo que o Espírito põe em movimento não é um excesso de ativismo, mas primariamente uma atenção prestada ao outro, considerando-o como um só consigo mesmo. Esta atenção amiga é o início duma verdadeira preocupação pela sua pessoa e, a partir dela, desejo de procurar efetivamente o seu bem” (198-199).

Assim, no discurso, legitima que os pobres não são pessoas “externas” à comunidade, mas irmãos e irmãs cujo sofrimento se partilha, para abrandar o seu mal e a marginalização, a fim de lhes ser devolvida a dignidade perdida e garantida a necessária inclusão social.

Seguir Jesus comporta uma mudança de mentalidade a esse propósito, ou seja, acolher o desafio da partilha e da comparticipação. Tornar-se seu discípulo implica a opção de não acumular tesouros na terra, que dão a ilusão duma segurança em realidade frágil e efêmera; ao contrário, requer disponibilidade para se libertar de todos os vínculos que impedem de alcançar a verdadeira felicidade e bem-aventurança, para reconhecer aquilo que é duradouro e que nada e ninguém pode destruir (cf. Mt 6, 19-20).

Francisco nos lembra que no ato de dar esmolas corremos o risco de gratificar aquele que dá e humilhar aquele que recebe, enquanto a partilha reforça a solidariedade e cria as premissas necessárias para se alcançar a justiça.

Concluindo, recorda as palavras de São João Crisóstomo: “Quem é generoso não deve pedir contas do comportamento, mas somente melhorar a condição de pobreza e satisfazer a necessidade. O pobre só tem uma defesa: a sua pobreza e a condição de necessidade em que se encontra. Não lhe peças mais nada; mesmo que fosse o homem mais malvado do mundo, se lhe vier a faltar o alimento necessário, libertemo-lo da fome. (…) O homem misericordioso é um porto para quem está em necessidade: o porto acolhe e liberta do perigo todos os náufragos, sejam eles malfeitores, bons ou como forem. Aos que se encontram em perigo, o porto acolhe-os, coloca-os em segurança dentro da sua enseada. Também tu, portanto, quando vês por terra um homem que sofreu o naufrágio da pobreza, não o julgues, nem lhe peças conta do seu comportamento, mas liberta-o da desventura” (Discursos sobre o pobre Lázaro, II, 5).

Fonte: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/poveri/documents/20210613-messaggio-v-giornatamondiale-poveri-2021.html

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Do filho ao pai

segunda-feira, 08 de novembro de 2021

A relação entre pais e filhos atrai olhares da psicanálise, da sociologia, da
filosofia, da genética. Da literatura. Guimarães Rosa compõe um ponto de vista
psicológico dessa relação no conto “A Terceira Margem do Rio”, contido no livro
“Primeiras estórias”. Muito bem trazida pelas mãos de um escritor que vai quase além
da alma. Com personagens tão imperfeitos quanto os viventes, mostra o esforço de
um filho para compreender a decisão do pai, que ruma seu destino para o rio e vai

A relação entre pais e filhos atrai olhares da psicanálise, da sociologia, da
filosofia, da genética. Da literatura. Guimarães Rosa compõe um ponto de vista
psicológico dessa relação no conto “A Terceira Margem do Rio”, contido no livro
“Primeiras estórias”. Muito bem trazida pelas mãos de um escritor que vai quase além
da alma. Com personagens tão imperfeitos quanto os viventes, mostra o esforço de
um filho para compreender a decisão do pai, que ruma seu destino para o rio e vai
navegar numa pequena canoa. Indo e vindo. Tempos a fio. Tão certo da sua escolha,
não titubeia, faz questão de não acenar para a família que se posta nas margens
quando passa, vagando solitário sobre as águas, em completa dependência do clima,
da correnteza, da vida e da morte dos seres que a natureza acolhe naquele lugar.
Se por um ato de liberdade, de solidão, de tristeza ou de ninguém entender os
motivos, aquele homem, chefe de família, vai para além das margens e, sobre as
águas, passa seus dias. Como humano ou fantasma. E ele, como filho e como qualquer
filho, precisa compreender os motivos do pai para conseguir ser ele próprio ou mesmo
para ser o filho daquele estranho pai. Ou até para ser alguém que o pai nunca fora. E
aquele velho homem de barbas e unhas crescidas, burlando as regras máximas da
paternidade, busca o afastamento, o isolamento, a animalização.
Do filho ao pai há uma relação vertical afetiva de baixo para cima. Por mais que
seja insensata a percepção deste mais novo para aquele que está num patamar de
liderança, de ser idealizado e de transmitir padrões de comportamento, o amor filial,
se ferido ou não, permanece como pano de fundo. Os filhos trazem seus pais, com ou
sem zelo, como referenciais de vida. Inconscientemente ou não. É preciso interpretar a
figura paterna.
Ao longo do conto, o filho apela pelo retorno do pai. Um desejo que traça seu
destino. Sem realizá-lo, opta por permanecer na margem do rio apenas para saber
quem é aquele, seu progenitor. Se louco ou não, é o pai que tem, quem o fez e
engendrou-o como gente, de saber fazer isso e aquilo!

Por que um pai, por razões explicáveis ou não, pode deixar de querer seu filho?
Guimarães Rosa não cansa de dizer em suas palavras divinas, nesse intrigante conto,
que os pais podem causar dores nos filhos. E eles, os filhos, podem fazer vidas
esdrúxulas para conseguirem um olhar. Um voltar. Tudo pode ser em vão. Posto que
não existem tantos filhos que fazem vidas sem sentido autêntico, prostrados em
margens? Arqueados em esquinas?
Esse conto é difícil de ler, de entender, de tê-lo nas mãos. Entretanto encontra
consistência em tantas realidades deste mundo perverso. Os pais deveriam lê-lo.
Conversar entre si a respeito. Pensar no significado de ser pai. De ser homem. De ser
mistério.

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Uma cidade dentro de um parque

sábado, 06 de novembro de 2021

Não é um parque dentro de uma cidade, é uma cidade dentro de um parque. De tal modo que Nova Friburgo pode, como qualquer outra cidade, ter tudo que o homem pode construir. A engenharia, de fato, pode fazer coisas incríveis. Mas Nova Friburgo tem algo que só Deus pode constituir: uma natureza exuberante, com verdes de vários tons abraçados por montanhas. Um belo vale com um rio no meio, cujas águas deslizam mansas. Essas águas cristalinas que fazem véus em suas cascatas antes de cortarem a cidade.

Não é um parque dentro de uma cidade, é uma cidade dentro de um parque. De tal modo que Nova Friburgo pode, como qualquer outra cidade, ter tudo que o homem pode construir. A engenharia, de fato, pode fazer coisas incríveis. Mas Nova Friburgo tem algo que só Deus pode constituir: uma natureza exuberante, com verdes de vários tons abraçados por montanhas. Um belo vale com um rio no meio, cujas águas deslizam mansas. Essas águas cristalinas que fazem véus em suas cascatas antes de cortarem a cidade.

Nova Friburgo é mesmo única. E ainda que relegada há algum tempo por gestões trágicas, ultrapassadas, sem visão – segue determinada, ainda que sonhando mais do que realizando. Mas se há sonho, há esperança. 

O protagonismo friburguense vem sendo roubado dos friburguenses por pseudos friburguenses de bem. Os moralistas, geralmente, são pouco talentosos e bastante limitados. Passarão. Ainda que deixem lastro de estragos. O pior, são os estragos culturais, pois esses levam tempo para serem refeitos. 

Perder identidade é a maior crueldade que se pode cometer contra um povo. O desrespeito e o descompromisso com a história causam feridas que dificilmente se fecham. Quando há cura, levam muito tempo para cicatrizarem. Assim, o que nos conecta como friburguenses não é o sangue. O que nos conecta como cidade são nossas instituições e a natureza que compartilhamos. São as lembranças que trazemos e preservamos e nossos filhos tornam a fazer, e, ao criarem apreço - mantêm.    

Cuidar da história e da natureza é primordial, inclusive, para o futuro econômico. Ter desleixo com o que o passado construiu é nos jogar na vala da desmemória e fazer a cidade perder valor como um todo. Óbvio que o novo sempre vem, mas porque o velho o traz na corcunda. Não há por que desassociar o moderno do tradicional. As inovações são tão bem-vindas quanto é bem quisto o respeito à biografia coletiva que escrevemos, seja nos campos de futebol, nas paredes das instituições, nas partituras das bandas musicais, nas pontes ou nos paralelepípedos. Só preservar, talvez, seja pouco. Reconstruir é premissa boa.    

Da mesma forma é ultrapassada a percepção que tenta separar ecologia de economia. A economia é dependente e a nova ordem faz ser ainda mais intrínseca a relação sustentabilidade e economia. É uma exigência do mercado, pois o mercado sabe que para sobreviver é necessária uma revisão, já em curso, dessa nossa relação com o planeta. Aliás, sustentabilidade já é pouco. Regenerar é preciso. O futuro pertencerá às cidades sustentáveis, que apostam na regeneração de suas matas e fontes, que investem em energias renováveis, se planejam como ambientalmente corretas e cuidam das pessoas. Inclusive de suas ecologias mentais.  

Eu quero e deve ser um desejo de todos que Nova Friburgo seja de futuro. Mas para esse querer ser verdadeiro e permanente é preciso gerar cultura e se reconhecer nessa missão. 

Pelos que ocupam o poder, estamos consideravelmente atrasados. Mas a força do nosso povo é mesmo surreal. Apesar, destes que aí estão, há vontades acontecendo quase que por instinto ou mesmo engajamento de alguns setores. Que cause catarse e se espalhe. Por isso, olhar para nossa história é convite irrecusável. Para se inspirar. O nosso DNA é de pioneirismo e não podemos perder isso de vista. Abraçar esse futuro é também gerar riqueza para uma cidade que, infelizmente, vem empobrecendo.

O mais difícil temos: uma cidade dentro de um parque e história. O mais fácil podemos: derrotar esses ultrapassados que agridem nossas memórias e identidades. O futuro é verde e precisamos plantar esse futuro imediatamente.               

 

Foto da galeria
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Correios deixam a desejar

sábado, 06 de novembro de 2021

Edição de 06 e 07 de novembro de 1971
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

Edição de 06 e 07 de novembro de 1971
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

  • Correios deixam a desejar: Já não é realizada mais a entrega de correspondências aos domingos em Nova Friburgo. No último Dia de Finados, (terça-feira, 2,) também não foram distribuídos jornais, cartas em nossa cidade. O mesmo aconteceu na quinta-feira, 4 (dia da inauguração dos melhoramentos na agência postal local). Não é preciso comentários! 
  • Kaufmann e o genro Luiz Mastrangelo Netto: Quando Deus criou o mundo devia estar… Esta mão que antes deslizava ágil e destra sobre a tela, criando prodígios de formas, de cores e de assuntos, é a mesma que agora mal treme com a minha, na angústia de quem quer dizer alguma coisa e não pode. Morreu Arthur Kaufmann, em 25 de setembro de 1971, no Hospital São Lucas. Kaufmann, sob sete palmos no cemitério São João Batista, vive hoje a terra de Friburgo, a mesma de onde brotou Guignard. O cemitério é pobre, há muito mármore, certa pompa fúnebre, mas falta-lhe árvores, sombras. À beira do túmulo não podem ser plantados o carvalho da Alemanha ou o cedro de Israel, mas espaço há-de haver para a roseira de Conselheiro. 
  • Professor Amaury, novo imortal: Recentemente eleito, tomará posse na Academia Friburguense de Letras no próximo 15 de novembro, indo ocupar a cadeira patrocinada por José Veríssimo, o ilustrado mestre dr. Amaury Pereira Muniz, dirigente máximo da Fundação Educacional de Friburgo e da Fundação Getúlio Vargas - Colégio Nova Friburgo. Homens como o professor Amaury dignificam realmente uma coletividade. Está de parabéns a nossa Academia de Letras.  
  • Professor Luiz de Gonzaga Malheiros representou o governador: Para representar o governador do Estado do Rio de Janeiro, Raymundo Padilha, na solenidade de instalação da Universidade Serra dos Órgãos, esteve em nossa cidade, o ilustrado professor Malheiros, nosso conterrâneo e que há alguns anos preside o Conselho de Educação do Estado do Rio, que como se sabe é o órgão decisivo no que respeita ao controle do ensino de todos os graus na terra fluminense. 
  • Ficha de inscrição partidária: A executiva municipal do MDB fornecerá as diretrizes a respeito das fichas partidárias entregues ao presidente Álvaro de Almeida, pelo Juizo Eleitoral. 

Pílulas:

  • Com a simplicidade, mas com a presença do mundo oficial e pessoas que de fato e realmente se interessam pelos magnos assuntos da nossa comunidade, foi criada e instalada em nossa cidade a Universidade Serra dos Órgãos, entidade que superintenderá o ensino superior e técnico-profissional na zona geoeconômica, cujo principal vértice é Nova Friburgo.  
  • A Universidade Serra dos Órgãos reunirá para um objetivo comum as fundações educacionais de Friburgo, Teresópolis, a Fundação Getúlio Vargas - Colégio Nova Friburgo e a Faculdade de Filosofia das Dorotéias, formando-se assim um poderoso e equilibrado órgão de educação, com estabelecimentos de ensino nesta região e após estudos das garantias reais de perfeito funcionamento, especialmente no que se refere a um corpo de professores da mais alta capacidade. 
  • O ilustre e querido professor Luiz Gonzaga Malheiros produziu o mais erudito, o mais substancial discurso na solenidade de criação da Universidade Serra dos Órgãos. além de mestre emérito, o mencionado professor é o presidente do conselho estadual do ensino e uma das mais brilhantes figuras do magistério nacional. Friburguense nato e que realmente ama a sua terra natal, o professor Malheiros jamais poderia estar ausente em tão importante momento da "Suíça Brasileira” pois agora sim, está aberto o caminho, a grande clareira de Friburgo, Cidade Universitária. 
  • Mais uma vez queremos lembrar aos que simplesmente estão contra aos gigantescos passos que o prefeito Feliciano Costa está dando no caminho do ensino superior do nosso município, uma verdade crua: o nosso povo, vai cobrar (e de que forma?) de modo total e absoluto, seja em termos sociais, políticos e de todas as maneiras, os tributos das inconsequências, das obstinações, da politicagem, etc. etc. etc. dos que não justificarem perfeitamente seus gestos, seus atos, suas maquinações e até suas criminosas omissões. 
  • E falando em omissões, detestável será aquela moldada na covardia, no jogo de interesses da politiquice ou dos “porta-vozes” escondidinhos dos homens públicos anestesiados por um espírito de oposição que nada edifica, que só destrói, inapelavelmente. A grande verdade que vai superar, todas as incompreensões assim como as jogadas do timinho do contra: vamos ter ensino superior, vamos ter ensino técnico-profissional, vamos ter, enfim, de fato, verdadeiramente, Friburgo, Cidade Universitária. Quem quiser que fique zangadinho… 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Lucy Lamy (6); Jair de Castro Nunes, Demerval Moreira e Nila Nara Barros (7); Cláudio Moreira da Costa, Sebastião Martins da Silva Mattos, Jofre Martins da Costa e Lilia Beatriz Moraes e Souza (8); José Mauro (9); Gildásio Storck, Fátima Sardou e Rubens Falcão (10); Martinho Barros, Paulo César Vassalo, Leilah Braune, Liana Ventura, Adhemar Araújo, Esmeralda Guedes Izolda Braune e Jayra de Castro Nunes (11); e Anália Queiroz Costa (12). 

 

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Adeus, Cesar

sexta-feira, 05 de novembro de 2021

Adeus, Cesar
Que Cesar Namer, proprietário do famoso restaurante Arroz com Feijão, no início da Avenida Alberto Braune, era querido, isso não é novidade. Mas ele era mais querido que se supunha. A sua passagem gerou manifestações de carinho que há muito não se viam em Nova Friburgo. Sem dúvida, o velório mais cheio dos últimos tempos, para ofertar à família e sua memória uma última homenagem.

Adeus, Cesar
Que Cesar Namer, proprietário do famoso restaurante Arroz com Feijão, no início da Avenida Alberto Braune, era querido, isso não é novidade. Mas ele era mais querido que se supunha. A sua passagem gerou manifestações de carinho que há muito não se viam em Nova Friburgo. Sem dúvida, o velório mais cheio dos últimos tempos, para ofertar à família e sua memória uma última homenagem.

Da família
Cesar Loyola de Oliveira Namer nos deixou aos 73 anos. Ele fez parte do cotidiano da cidade. E com sua alegria contagiante fez todos sentirem como se tivessem perdido alguém muito próximo. Para o comerciário que ia ao seu restaurante, um amigo. Para um estudante do ensino médio, um avô. Para um apaixonado por futebol, o torcedor mais carismático do seu Fluminense. Por ser mineiro, ele também era torcedor do América-MG. Por ser friburguense por alma, torcia para o Friburguense mesmo quando o adversário era o seu Fluminense. Para um aluno de odontologia, um pai. Sim, Ele era próximo de todos.

O solidário
Em vida, Cesar teve o privilégio de receber muitas homenagens que ele, orgulhosamente, exibia nas paredes do seu restaurante. Desde souvenires do Fluzão a placas de agradecimento pelos almoços grátis, pelo patrocínio a um atleta ou artista. Cesar era solidário. A VOZ DA SERRA mesmo, sabendo da sua importância, já publicou reportagem de página inteira sobre Cesar. E tornou a destacá-lo quando agraciado com a cidadania fluminense. Porque como maior biógrafo e testemunha da história de Nova Friburgo, A VOZ DA SERRA não deixou de contar e eternizar, em vida, esse personagem marcante do nosso cotidiano.    

O cuidador
Por conta da pandemia e por consciência de quem cuida do outro e pensa no coletivo, ele tirou quase todos os “troféus” das prateleiras e paredes. Despercebido da atitude, perguntei, com certa ingenuidade até, perguntei a ele recentemente: “Ué, cadê todos os quadros, presentes, camisas?” Ele respondeu: “Por causa da pandemia, temos que cuidar de tudo, não oferecer o mínimo risco. Fazer a nossa parte”.

O carismático
Mineiro de Carangola, foi agraciado com o título de cidadão friburguense. Eu tive a honra de lhe conceder, com aprovação unânime da Alerj, o título de cidadão fluminense. Os únicos quadros que ele não desistiu de tirar da parede foram os títulos de cidadão friburguense e fluminense. Com carisma único, conquistava a todos com suas piadas prontas, com a brincadeira da moeda na hora do troco ou com sua paixão por Nova Friburgo. 

O louco por Nova Friburgo
Ele contava que queria conhecer a praia. Na rodoviária, viu um ônibus para Nova Friburgo. Revelava que decidiu: “antes de ir para Itumbiara-GO vou conhecer essa cidade, aí”. Entrou no ônibus e nunca mais saiu de Nova Friburgo, mesmo que aqui não tivesse praia. “Não conheço nada no mundo mais bonito que Nova Friburgo”. Essa paixão contagiante, esse amor pela cidade e pelas pessoas dessa cidade estavam presentes também em atitudes práticas.

O dono de uma legião de fãs
Talvez, isso explique a legião de amigos de todas as idades. Talvez esse jeito único dele resulte nesse choro coletivo de uma cidade inteira e de tantos outros que aqui viveram e estão em outros municípios e se sentiam apadrinhados por ele. A dor se torna ainda maior pelo inesperado. Passou ileso pela pandemia. Um infarto nos tirou de forma repentina o mais friburguense dos brasileiros. É difícil pensar em arroz com feijão sem o Cesar, não só no restaurante, mas no prato que nomeia o estabelecimento. É difícil pensar em simplicidade mais apaixonante do que a dele.

Vai deixar muita saudade
Assim, peço licença e desculpas ao leitor por escrever de forma tão pessoal. A notícia por muitas das vezes nos impacta e se torna impossível se desassociar dela. Mexe, entristece. Dói. A saudade já é presente. Cesar fará muita falta ao mesmo passo que, certamente, há que se agradecer por ter tido nessa cidade alguém como ele. Que sorte a nossa dele ter vindo, sem planejar, parar aqui. Que privilégio ter almoçado lá, ter tido por ele sorrisos arrancados, ter tido conversas de futuro. À viúva Lúcia Helena Peres Valente, um abraço do tamanho de nossas montanhas. A todos os demais, me incluo com os colegas de A VOZ DA SERRA, com o choro de quem testemunhou uma biografia que não se vê com facilidade.

Ano de muitos adeuses
2021 tem sido mesmo um ano cruel com Nova Friburgo. Desde Seu Lauro (o mais antigo barbeiro de Nova Friburgo) ao Cesar. Muitos bons friburguenses de nascença ou não que partiram ou pela Covid-19 ou por outras enfermidades e fatalidades. Pudera, a estatística confirma: nunca morreu tanta gente no município como nos últimos meses. Só que atrás de números, há pessoas, histórias, famílias, vizinhos e amigos.

Dados cruéis
Em 2021, Nova Friburgo tem o maior número de falecidos da sua história e pela primeira vez, deve fechar o ano com mais óbitos do que nascimentos. Há poucas semanas de terminar o ano, somam-se 1.991 mortes. O ano passado inteiro foram 1.848 óbitos. O número de nascidos dificilmente vai superar o ano passado que teve 2.115 nascimentos. Neste ano, temos até agora 1.691 nascidos. Saldo de menos 300 friburguenses. Mesmo no ano da tragédia climática (2011), o número de mortes foi menor do que neste ano, superando apenas o ano de 2020: 1.876. Em 2011 também teve mais nascidos (2.262), fazendo com que o saldo não fosse negativo (+ 386). 

Palavreando
“Não é um parque dentro de uma cidade, é uma cidade dentro de um parque. De tal modo que Nova Friburgo pode, como qualquer outra cidade, ter tudo que o homem pode construir. A engenharia, de fato, pode fazer coisas incríveis. Mas Nova Friburgo tem algo que só Deus pode constituir: uma natureza exuberante, com verdes de vários tons abraçados por montanhas”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

 

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Borboletar

sexta-feira, 05 de novembro de 2021

O tema, metamorfose. A metáfora, as borboletas. O sentimento, transformação. Sobre as borboletas ... que seres especiais - e lindos! Jamais ví uma borboleta sem beleza. Não me recordo de alguma vez ter olhado para uma delas sem admirá-la. Desde o seu nascimento, as borboletas estão fadadas a sofrerem uma completa metamorfose para se transformarem no que são. A vida delas começa com o ovo, passando pela etapa da larva (lagarta), até a formação da crisálida e finalmente a saída da borboleta de seu interior. Não é à toa que a borboleta é tida por muitos como símbolo da transformação.

O tema, metamorfose. A metáfora, as borboletas. O sentimento, transformação. Sobre as borboletas ... que seres especiais - e lindos! Jamais ví uma borboleta sem beleza. Não me recordo de alguma vez ter olhado para uma delas sem admirá-la. Desde o seu nascimento, as borboletas estão fadadas a sofrerem uma completa metamorfose para se transformarem no que são. A vida delas começa com o ovo, passando pela etapa da larva (lagarta), até a formação da crisálida e finalmente a saída da borboleta de seu interior. Não é à toa que a borboleta é tida por muitos como símbolo da transformação.

E aí eu pergunto: será que existe alguém que não está passando por alguma transformação em seu interior? Em sua vida? Gosto de observar a natureza e nela buscar respostas dentro de mim. Esse processo por que passam as borboletas pode ser um bom exemplo a ser apreciado. Metamorfoses, de certa forma, parecem ser típicas também dos seres humanos, sejam de que forma forem. Se “borboletar” fosse um verbo, eu pediria licença poética para conjugá-lo em primeira pessoa e no gerúndio, do tipo: “eu estou borboletando”. E muito! Quem não está?

Na verdade, acho que não é questão de opção. Quando pensamos ter alcançado o patamar de cima, o passo à frente, vem a vida e nos mostra que a próxima fase já está por vir, que não dá para parar de subir, que a escada é longa e que não temos ideia do nível em que estamos. Só sabemos que temos que ser fortes, resistentes, resilientes e prosseguir. Depois de certa etapa, adquirimos também a consciência de que se não houver transformação de conceitos, de visão, de adaptação, de sentimentos, de preparação, não chegaremos lá. E não adianta ficarmos parados fingindo que não estamos entendendo a necessidade do movimento, porque a metamorfose simplesmente acontece.

Em meio a esse processo e ciente de que a ordem é de dentro para fora, nesse momento envolta por um casulo, apelo para alguma lógica da natureza, convencendo-me de que cada estágio agrega beleza e libertação, de modo que é melhor acolher com gratidão, pela borboleta que existe em mim. Como bem escreveu Rubem Alves, “não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses.”

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