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Frio

sexta-feira, 06 de agosto de 2021

is que o céu cinza se viu azul de novo. A serração sumiu, a neblina dissipou, o frio encolheu e o astro rei foi tomando seu lugar. Retomando, na verdade. O sol às vezes se esconde, em que pese a paisagem exuberante de inverno. E quanto frio tem feito.

Querendo ou não, há de se ter em mente que os dias cinzas virão. E passarão. Os dias frios estão. E passarão. E podem não ter correlação com o tempo lá fora. O mundo não para se estamos tristes. Dia e noite continuam se revezando no espetáculo da vida. Somos nós que temos e perdemos a capacidade de apreciarmos o show.

is que o céu cinza se viu azul de novo. A serração sumiu, a neblina dissipou, o frio encolheu e o astro rei foi tomando seu lugar. Retomando, na verdade. O sol às vezes se esconde, em que pese a paisagem exuberante de inverno. E quanto frio tem feito.

Querendo ou não, há de se ter em mente que os dias cinzas virão. E passarão. Os dias frios estão. E passarão. E podem não ter correlação com o tempo lá fora. O mundo não para se estamos tristes. Dia e noite continuam se revezando no espetáculo da vida. Somos nós que temos e perdemos a capacidade de apreciarmos o show.

Realmente todas as fases da vida em alguma medida fazem jus à essa roupagem de ciclos de que se vestem. Não há como negar. Algumas fases mais parecem lições, há diálogos que parecem aulas, trocas regadas de aprendizados. Conversas em dias cinzas têm seu poder, é verdade. Dia desses falávamos sobre o tempo, sobre cronologia e necessidade de percebermos que as fases, boas ou ruins, passam, e que a maturidade aos poucos nos acalma à medida em que acalenta a afobação de termos nossos problemas resolvidos “para ontem”, como num passe de mágica que não existe.

Na verdade, seria um tanto interessante assimilarmos que até mesmo a paisagem lá fora é relativa ao nosso sentir, tem a ver com a nossa forma de enxergar o dia, ainda que o tempo esteja chuvoso ou ensolarado para todos e os relógios avancem na mesma cadência para todo mundo. Aliás, essa relação com essas duas concepções de tempo me fascina.

Se estamos bem, junto de quem amamos, com saúde plena, lazer em dia, estado de espírito de alegria, é mais comum desejarmos que o tempo passe devagar, quando não sonhamos que ele pare de vez naquele momento. Almejamos que coisas boas tenham duração maior e que a felicidade se perpetue no tempo. Ao contrário, nos momentos de tristeza, doença, agonia, solidão, o correr do relógio é que passa a ser a utopia almejada. De alguma maneira, nessas horas, ao torcermos para que o tempo passe rápido, demonstramos ser sabedores de que os ciclos existem e que as dores também são passageiras.

Por mais que queiramos acelerar e desacelerar, a verdade é que o tempo não muda e sim a nossa percepção sobre ele. Sobre tudo. Sobretudo. O céu cinza lá está, mas dependendo do nosso olhar, saberemos apreciar, gostaremos do bucolismo e até sentiremos saudade. Enxergar a vida com cor é, na verdade, uma questão sobre o olhar, de dentro para fora, de percepção e reflexo do próprio estado de espírito. Pode estar frio lá fora e aqui dentro, o coração quentinho.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A revolução do open banking

sexta-feira, 06 de agosto de 2021

Estamos presenciando o início de uma mudança na formação do sistema financeiro capaz de revolucionar a relação entre instituições financeiras e seus clientes. O nome da ferramenta responsável pela mudança? Open banking!

Estamos presenciando o início de uma mudança na formação do sistema financeiro capaz de revolucionar a relação entre instituições financeiras e seus clientes. O nome da ferramenta responsável pela mudança? Open banking!

Em desenvolvimento pelo Banco Central, a plataforma pretende democratizar o acesso a serviços financeiros e promover maior competitividade entre instituições financeiras. Com a possibilidade de interconexão entre as informações do cliente, diferentes instituições (e novos modelos de negócio que surjam com o advento desta tecnologia) podem oferecer serviços mais personalizados e o consumidor terá a autonomia de – em uma única tela – optar pela opção com maior “custo x benefício” de acordo com a sua concepção para a melhor solução de um determinado problema.

Contudo, quando falamos em compartilhamento de dados e demais informações de clientes o assunto torna-se bastante delicado. De acordo com a definição do próprio Banco Central, o open banking “é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo BC.” Reforçando a definição, repare como é o cliente o responsável pela autorização do compartilhamento desse conteúdo; é ele quem decide quais e por quanto tempo as informações serão disponibilizadas a determinadas instituições – também definidas pelo consumidor, que passa a ser o dono dos próprios dados.

É uma concepção completamente diferente do que já vemos hoje com o sistema financeiro, mas precisamos nos antecipar à novidade e compreender o que virá a ser, de fato, a plataforma de open banking. Portanto, darmos um breve “passo atrás” pode ser importante para o pleno conhecimento. Hoje, não há comunicação acerca do relacionamento do cliente entre diferentes instituições financeiras e, com isso, maior dificuldade no processo competitivo por este consumidor. Essa é uma dor que a nova tecnologia em desenvolvimento pelo Banco Central do Brasil (num movimento global de evolução tecnológica do setor financeiro) pretende solucionar: a criação de um ecossistema financeiro interconectado e com o cliente – e seus dados – no centro dessa relação.

Dentre as soluções propostas merecem destaque os comparadores de serviços e tarifas, com a possibilidade de (novamente, em uma única tela) transparência na relação entre custo e benefício para o cliente; os softwares de aconselhamento financeiro e planejamento familiar, promovendo maior eficiência da gestão de orçamento doméstico; serviços de iniciação de pagamento, como é o caso das transações bancárias através do WhatsApp (sim, já é uma conquista do open banking); e, também, a criação de um marketplace de crédito, fomentando a competição entre instituições por juros mais baixos.

Essas novas funcionalidades só puderam surgir por conta da evolução das tecnologias de comunicação e isso proporcionou um grande avanço desta plataforma: a portabilidade de relacionamento, assim as instituições autorizadas por você e pelo BC podem trocar essas informações e facilitar a contratação de diferentes produtos emitidos por diferentes companhias.

O projeto é ambicioso e tem tudo para mudar a forma de organização do sistema financeiro. Elaborado para ser implementado em quatro etapas; a primeira já foi concluída e outras duas estão planejadas para serem entregues ainda em agosto, mas o objetivo é finalizar o projeto até 15 de dezembro deste ano de 2021. É a partir desta data (se nada for adiado) que consumidores de serviços e produtos financeiros poderão ter acesso pleno a todas as atividades que compõem o sistema. Esteja atendo, pois as novidades não param. Precisamos estudar muito. Sempre!

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LGBTfobia é crime!

quinta-feira, 05 de agosto de 2021

Realidade brasileira

Começo a coluna desta semana com o seguinte questionamento: Você sabe quantas pessoas gays (lésbicas, trans, bi’s etc) morrem no Brasil por dia devido ao preconceito?

Uma pessoa a cada 20 horas foi morta no Brasil, de forma violenta, segundo dados coletados de uma pesquisa realizada pelo Grupo Gay da Bahia, importante fonte de fiscalização e apoio às causas LBGTQI+, em 2018.

Realidade brasileira

Começo a coluna desta semana com o seguinte questionamento: Você sabe quantas pessoas gays (lésbicas, trans, bi’s etc) morrem no Brasil por dia devido ao preconceito?

Uma pessoa a cada 20 horas foi morta no Brasil, de forma violenta, segundo dados coletados de uma pesquisa realizada pelo Grupo Gay da Bahia, importante fonte de fiscalização e apoio às causas LBGTQI+, em 2018.

No total, 420 pessoas morreram de modo hostil em um único ano, seja por arma de fogo, espancamento, pauladas ou suicídio. Segundo a pesquisa do mesmo orgão, os dados da violência contra LGBTQIA+, em 2010 ocorreram 130 homicídios, enquanto poucos anos depois, em 2017, esse dado já computava 445 mortes durante a vigência deste mesmo ciclo anteriormente apurado, ou seja, um aumento de 242%.

Essa realidade no Brasil é a que ceifa a vida de muitas pessoas, deixando famílias desamparadas, cicatrizes nos rostos das vítimas e sequelas permanentes na alma de quem é acometido por esse tipo de violência que não deveria sequer existir.

Em 2019, no Brasil, a LGBTfobia foi considerada crime através de uma polêmica decisão envolvendo grupos religiosos, as duas casas do Legislativo e o Superior Tribunal Federal. Dessa forma, através do julgamento da Ação Direta de Insconsticuionalidade por Omissão (ADO nº 26) e do mandado de injunção 4.733, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) entenderam que a homofobia é um crime análogo ao de racismo, sendo assim, passível de processo criminal e até prisão.

Novas perspectivas e reflexões

Nesse sentido, sabe-se que homossexualidade não se trata de perversão humana, mas sim, de uma preferência individual de cada pessoa, exprimida por meio da sua expressão de sexo, gênero, sexualidade e amor. Muitos podem questionar e dizer que se trata de uma escolha e eu lhes perguntarei: “Em que dia da sua vida você escolheu ser heterossexual?”.

Eu posso escolher muitas coisas na minha vida, seja o meu almoço num domingo de sol, a roupa que irei vestir no dia de amanhã, a cor do meu próximo carro. Agora, o que realmente se gosta, não dá para escolher. Você gosta e pronto! Amor não se explica, amor se sente!

Ao passo que a sociedade transcorre com o passar dos anos, vivemos uma evolução social que nos permite questionar situações que anteriormente eram cotidianas e habituais.

Um grande exemplo disso se dá pela gama de direitos cedido às mulheres nos tempos atuais, dadas as discrepâncias sociais, que foram incorporadas recentemente. Seria impensável em tempos antigos que mulheres possuíssem deveres e direitos em parâmetros de equidade aos homens, como: poder estudar, poder votar, poder dizer “não” para uma relação sexual com o marido, poder ser independente civilmente e financeiramente etc.

O mesmo, seria impensável aos afro-descendentes, que nos anos de 1500 até 13 de maio de 1888, eram escravizados como mercadorias, das formas mais cruéis e horrendas que esse mundo já pode imaginar, dentro de navios negreiros em que muitos preferiam perder a vida do que viver o resto dela como escravo. 

Caso uma pessoa dos anos 1500 pudesse viajar no tempo aos dias atuais, certamente, seria de grande espanto que pessoas negras, pardas e ameríndias, possam andar livremente na rua, que usufruam de liberdade religiosa e intelectual, que possam ter um trabalho e adquirirem bens.

Esperamos que daqui a alguns anos, toda sociedade consiga olhar para trás e perceber que 420 pessoas mortas em um ano, de forma violenta, por possuírem liberdade sexual e de gênero soe como um absurdo, Assim como a escravidão e a violência contra a mulher soam nos dias atuais (ou deveriam soar).

Respeito é essencial! Vamos viver menos ódio e mais amor! Homofobia é coisa do passado e é crime!

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É possível aprender a ser feliz?

quinta-feira, 05 de agosto de 2021

Estar vivo é maravilhoso! Pense nisto por um instante. Imagine se você morresse exatamente agora. Que perda, não é? A vida é maravilhosa mesmo com sofrimentos inevitáveis. Mudando nossa visão dos sofrimentos ao olhá-los sob um ângulo maior da existência, muda muita coisa, inclusive a própria experiência do sofrimento. Há sofrimentos evitáveis. Podemos aprender a não cair neles, e construir felicidade. Como é isso?

Estar vivo é maravilhoso! Pense nisto por um instante. Imagine se você morresse exatamente agora. Que perda, não é? A vida é maravilhosa mesmo com sofrimentos inevitáveis. Mudando nossa visão dos sofrimentos ao olhá-los sob um ângulo maior da existência, muda muita coisa, inclusive a própria experiência do sofrimento. Há sofrimentos evitáveis. Podemos aprender a não cair neles, e construir felicidade. Como é isso?

Você pode aprender a desenvolver uma visão otimista da vida, não no sentido de fingir que não há problemas, ou ignorar problemas sociais e políticos que nos afetam diretamente. Você pode desenvolver um viver útil, com ações positivas, mesmo que pequenas, no seu círculo social, e isto produz gratificação que gera felicidade, fortalece sua imunidade, causa paz interior. Podemos aprender a viver melhor. E são estas pessoas que desenvolvem uma visão mais otimista da vida e do viver, que adoecem menos, e se adoecem, se recuperam mais rápido, necessitam de menos medicação, menos hospitalização, seu corpo funciona melhor porque sua mente ajuda.

Primeiro de tudo não coloque sua fonte de felicidade em coisas passageiras, como a estética de seu corpo, as emoções, a energia sexual, aquisições materiais, nem coloque-a num outro ser humano. As pessoas que nos amam, não conseguem expressar afeto necessariamente como queremos, da mesma maneira o tempo todo, sentindo igualzinho cada momento. Nem nós conseguimos isto, não é? Amar produz felicidade, mas este amor tem que ser altruísta, não egoísta, se não ele não funciona na produção da felicidade.

Dr. Frederico Demetrio, psiquiatra e doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP), em interessante artigo denominado “A Importância da Felicidade”, diz que as pessoas que têm falta de “felicidade estrutural” podem aprender a buscar a felicidade, e ela não está “aí fora”, mas depende do seu modo de pensar, de lidar com os sentimentos, e de agir, e não na satisfação de desejos, que pode ser algo superficial e fugaz.

Ele descreve virtudes a serem cultivadas sendo componentes da felicidade, como: sabedoria e conhecimento (criatividade, curiosidade, mente aberta); coragem (autenticidade, bravura, persistência, entusiasmo); humanidade (gentileza, amor, inteligência emocional); justiça (imparcialidade, liderança, trabalhar como parte de uma equipe); temperança (modéstia, prudência, equilíbrio); transcendência (gratidão, esperança, humor e crença religiosa).

De uns anos para cá tem surgido ênfase a chamada “Psicologia Positiva” como fator de saúde mental e física. Ela envolve, por exemplo, incentivar o paciente a exercer gratidão, visitando pessoas que o ajudam e falar diretamente a elas. Tem que ver com fazer uma lista de coisas boas que têm ocorrido em sua vida, escrevendo num papel, desde algo simples, até algo mais complexo, e concentrar-se no positivo. Também envolve exercer bondade com qualquer pessoa, evitar criticar as pessoas e a si mesmo, detectando as qualidades e falando delas. Tem que ver com confiar mais em suas capacidades de lidar com situações difíceis e nas que Deus concede.

Assim, quando você se defrontar com situações desafiadoras, evite dizer: “Eu não consigo!”, mas diga “Eu não consigo, ainda!” E não só pense positivo, mas pratique algo positivo. Pensou em ajudar alguém? Ajude! Mesmo que seja com uma palavra. E preste atenção porque todos os dias temos oportunidade de ajudar outra pessoa.

Estas coisas devem ser feitas constantemente para terem efeito sobre nossa saúde e produzir felicidade. É bom que tais atitudes positivas passem a ser algo em nosso estilo de vida e não algo isolado aqui e ali. Uma pessoa feliz de dentro para fora é útil na família, na comunidade e na sociedade. E felicidade tem muito que ver com servir, ajudar, sem conflitos de interesses, mas voluntariamente.

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Bichos à solta

quarta-feira, 04 de agosto de 2021

Bichos à solta
Com o frio intenso, os animais da nossa fauna estão mais à solta e os flagrantes têm sido cada vez mais constantes. Nos últimos dias foram flagrados uma onça-parda (puma concolor), o nascimento livre de uma anta reintroduzida na natureza e uma lontra.

Bichos à solta
Com o frio intenso, os animais da nossa fauna estão mais à solta e os flagrantes têm sido cada vez mais constantes. Nos últimos dias foram flagrados uma onça-parda (puma concolor), o nascimento livre de uma anta reintroduzida na natureza e uma lontra.

Lontra do bengalas
A lontra desperta a curiosidade de quem passa pelas margens do Rio Bengalas, próximo à Rua Duque de Caxias. O animal, considerado arredio, no entanto, não se espanta com os olhares curiosos. No Bengalas, tem sido cada vez mais corriqueira a presença de patos silvestres, ou seja, não domesticados, garças e antas.

Puma
Já no Parque dos Três Picos, o flagrante mais emocionante foi a presença de uma onça-parda. Segundo maior felino do continente americano, a espécie tem baixa população e, naturalmente, está ameaçada pelo avanço da ação humana no habitat natural.

Anta
O animal foi filmado em dois pontos, na parte baixa e na parte alta do Complexo Caledônia. Também no Parque dos Três Picos, mas em Cachoeiras de Macacu, foi motivo de grande emoção a captação de imagens do bebê anta Flora, animal reintegrado ao seu habitat.

Sucesso da reintegração
O nascimento do filhote de anta representa a confirmação de que o processo de recuperação da reserva ecológica é um caso de sucesso na recomposição da Mata Atlântica. O filhote recebeu o nome de Júpiter. É o 1º nascimento comprovado das antas reintroduzidas na natureza em 2018, vindas do Parque Ecológico Klabin, no Paraná.

Restrição de horário
Com o avanço da vacinação e a liberação de quase tudo, segue gerando muitas reclamações a restrição de horário imposta pela prefeitura à bares e restaurantes, em Nova Friburgo. É de acordo que não se sirva pessoas em pé e tenha o distanciamento entre mesas. Mas empresários do setor alegam ser grande prejuízo a obrigação de fechar às 23h.

Perseguição?
Como muitos bares são restaurantes, com alguns tendo até adicionado o alvará de restaurante durante a pandemia, alguns donos de restaurantes avaliam que acabaram inseridos numa possível perseguição às atividades dos bares. Na linguagem popular: “estão pagando o pato”.

Volta gradual
Enquanto em Nova Friburgo não há qualquer ensaio de uma mudança de posição da prefeitura quanto a restrição de horário, a cidade do Rio planeja para 2 de setembro a volta gradual do público aos estádios de futebol e boates. São Paulo, antes, a partir do próximo dia 18, acaba com as restrições de funcionamento de uma série de atividades.       

Suas digitais
Comprar dados biométricos é o novo negócio da Amazon. A gigante está pagando dez dólares pela coleta da palma da mão de seus usuários. Por enquanto, a compra só é feita em lojas físicas da empresa. O dinheiro fica para comprar qualquer produto com eles.

Grande negócio
Os dados biométricos são uma das únicas maneiras pelas quais empresas e governos podem rastrear uma pessoa eternamente. Você pode mudar seu nome, seu rosto, mas não a palma da sua mão. Com crescimento de crimes cibernéticos e frequentes ataques hackers a grandes empresas, o prejuízo pode ser maior que o retorno pela concessão da sua mão.

Friburguense
Uma semana inteira para trabalhar. Como o Friburguense só estreia na Copa Rio a partir da segunda fase, o técnico Cadão, depois de muito tempo, tem a semana inteira para treinar a equipe. Dos participantes da segundona, apenas Friburguense, Macaé e Cabofriense não atuam no meio de semana. Daí a explicação para que a semifinal do 1º turno contra o Audax só possa ser realizada após a última rodada do 2º turno.

Copa Rio
O Audax joga pela Copa Rio contra o Sampaio Corrêa, hoje, 4. A Ferj entendeu que não cabia marcar a semifinal antes do término do 1º turno, uma vez que mais da metade dos times poderá encerrar a temporada com o fim do 2º turno, pois não se classificaram e no máximo teriam a próxima quarta-feira, 11, caso sejam eliminados também da Copa Rio.

Sem chances de 1º lugar
Por falar em classificação, todos os seis jogos da última rodada interferem na disputa, ainda que três times não têm mais chance de classificação ou rebaixamento e dois times já tenham garantido a vaga nas semifinais (Gonçalense e Audax). O eliminado Macaé recebe o classificado Gonçalense, no entanto o time de São Gonçalo briga para garantir o 1º lugar do grupo, o que lhe dá enorme vantagem na semifinal: jogar em casa e pelo empate.  

Matemática da classificação
Se o Friburguense não pode mais alcançar o Gonçalense e nem o 1º lugar do grupo, vale a briga pela vaga nas semifinais. O Tricolor da Serra tem que vencer o Maricá, fora de casa, e torcer para que o Artsul não vença, em Saquerema, o eliminado Sampaio Corrêa. Caso o Friburguense empate, se classifica desde que o Artsul seja derrotado no seu confronto. 

Rebaixamento
Na disputa do descenso, Angra dos Reis e Duque de Caxias brigam para não cair, com vantagem de um ponto para o time da Baixada. O Angra recebe a eliminada Cabofriense e o Duque de Caxias sai para enfrentar o América, que por sua vez, tem remotas chances de classificação. O América precisa vencer, torcer para a derrota do Maricá diante do Friburguense e ainda tirar uma diferença de cinco gols de saldo.

Palavreando
“Não somos perfeitos. Ninguém é! Reconhecer nossas falhas é essencial para nos aperfeiçoarmos sem a ganância da inexistente perfeição. Enfrentar nossos medos para espantar nossos fantasmas, sabendo que é bom que alguns fiquem por um tempo para nos conceder o direito de humanidade. É necessária igual coragem para abraçar o sobrenatural. Afinal, essa força que nos intriga é a mesma que uns chamam de sorte e outros de azar”.

 

Foto da galeria
Mais uma foto icônica do talentoso fotógrafo João Luccas. Ele tem feito verdadeiras obras de arte com seu olhar poético para as paisagens de Nova Friburgo. Nas redes sociais, João Luccas compartilhou que há muito tempo planejava e desejava essa foto dos Três Picos. Conseguiu! Nas redes dele é possível conferir demais obras, verdadeiramente únicas
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O problema causado por certas situações

quarta-feira, 04 de agosto de 2021

A princípio pensei ser brincadeira e de mau gosto, mas ao continuar a ler a notícia vi que não, era a pura realidade. Um dos membros do STF (Supremo Tribunal Federal), mais especificamente, a ministra Rosa Weber, resolveu acatar o mandado de segurança (MS 38.097) impetrado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), reclamando de 265 bloqueios feitos por autoridades públicas, em suas contas do Twitter, para impedir o acesso as suas postagens, atingindo 133 jornalistas, no geral. (Jornal da Cidade On-Line segunda feira 2 de agosto).

A princípio pensei ser brincadeira e de mau gosto, mas ao continuar a ler a notícia vi que não, era a pura realidade. Um dos membros do STF (Supremo Tribunal Federal), mais especificamente, a ministra Rosa Weber, resolveu acatar o mandado de segurança (MS 38.097) impetrado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), reclamando de 265 bloqueios feitos por autoridades públicas, em suas contas do Twitter, para impedir o acesso as suas postagens, atingindo 133 jornalistas, no geral. (Jornal da Cidade On-Line segunda feira 2 de agosto).

Na realidade, esse ato da dra. Rosa Weber tem como objetivo o presidente Jair Bolsonaro que bloqueou, em sua conta oficial, 71 jornalistas. Tanto é assim, que ela em seu despacho diz: ”Notifique-se a autoridade impetrada para que preste informações, no prazo de dez dias, como providência prévia ao exame do pedido de liminar”. Essa liminar encaminhada ao Palácio do Planalto refere-se ao mandato de segurança (MS 38.097) solicitado pela Abraji.

Pois bem, várias considerações devem ser feitas, pois a notificação em pauta é completamente descabida. O Twitter de Jair Bolsonaro, pessoa física, é de sua total responsabilidade e ingerência, podendo ele bloquear quem ele quiser e bem entender sem ter que dar satisfações a quem quer que seja. Em se tratando do Twitter oficial da presidência da República, aí sim ele deve ser universal e sem qualquer tipo de restrição, pois é mais um canal de comunicação oficial. Aliás, para prestação de contas, divulgação de agenda ou de notícias e ações realizadas ou previstas pelo Governo Federal, as assessorias de imprensa ou as secretarias de comunicação do Palácio do Planalto, dos ministérios ou demais órgãos do governo são os canais mais indicados.

Além disso, é público e notório que atazanar a vida do presidente é o esporte preferido de muitas personalidades da capital federal e quem mais tiver tempo livre para criar empecilhos no dia a dia do chefe da nação. Nunca, jamais, um presidente do Brasil foi tão perseguido como Bolsonaro. Na época da Redentora (antes que me critiquem, essa era a alcunha pejorativa com a qual o grande jornalista Stanislaw Ponte Preta se referia à revolução de 1964) muitos dos críticos de hoje não azucrinariam os generais presidentes, porque havia sempre retaliação por parte do Planalto.

O deputado federal Alencar Furtado foi cassado pelo AI-5, durante o mandato de Ernesto Geisel, em 1977, por críticas ao próprio ato institucional, ao custo de vida, ao arrocho salarial e ao “desaparecimento” de oposicionistas sabidamente mortos por agentes da repressão. Felizmente, nos tempos de hoje as críticas são livres, mas também não precisa exagerar.

O papel do STF é o de salvaguardar a Constituição Federal e fazer com que ela seja respeitada. Aliás, nessa mesma carta magna existe um artigo que diz serem os três poderes da nação independentes, sem interferências de um sobre o outro, salvo se a Constituição for desrespeitada. Não cabe ao STF ser porta voz de políticos ou instituições, distribuindo habeas corpus e mandatos de segurança a torto e a direito, sem ao menos observar o conteúdo de alguns deles, diga-se de passagem, o atual.

No meu e-mail, twitter e whatsApp mando eu, sem ter que dar satisfação a quem quer que seja, a não ser que eu ofenda, discrimine ou ameace o meu semelhante.  Tenho, também, o direito de bloquear quem eu quiser, sem por isso ser admoestado por quem quer que seja.

A judicialização da política brasileira não é benéfica para ninguém. Dá ao STF um papel que ele não tem, já que governar é papel do Executivo e o presidente Bolsonaro tem mais o que fazer do que ficar respondendo a questionamentos judiciais descabidos. Deixa deputados e senadores mal acostumados ao abandonarem as negociações políticas em prol de mandatos de segurança. Acarreta uma insegurança institucional com reflexos na economia do país.

Já se divisa em Brasília um novo processo contra Jair Bolsonaro, por criticar e desconfiar das urnas eletrônicas atuais, quando ele disse ter provas de que elas podem ser violadas. Se o presidente da República não conseguir demonstrar o que afirmou, aí sim estaríamos diante de uma fake news e caberia uma investigação e, possível punição, desde que essa investigação se pautasse na seriedade que tal fato exige.

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AVS é um presente para o nosso dia a dia!

terça-feira, 03 de agosto de 2021

O frio deste ano não está economizando baixas temperaturas e o Caderno Z do último fim de semana nos trouxe um festival de sugestões para quebrar o gelo. Entre o verdadeiro e o fake news, a boa notícia é que no estado do Rio de Janeiro não há risco de cair neve, embora ainda possamos ter geadas nos próximos dias. Para “derreter os corações”, a melhor dica é degustar uma boa pedida de fondue, comida típica suíça, que combina bem não só com carnes e frutas, mas com a nossa descendência dos imigrantes suíços.

O frio deste ano não está economizando baixas temperaturas e o Caderno Z do último fim de semana nos trouxe um festival de sugestões para quebrar o gelo. Entre o verdadeiro e o fake news, a boa notícia é que no estado do Rio de Janeiro não há risco de cair neve, embora ainda possamos ter geadas nos próximos dias. Para “derreter os corações”, a melhor dica é degustar uma boa pedida de fondue, comida típica suíça, que combina bem não só com carnes e frutas, mas com a nossa descendência dos imigrantes suíços. A novidade é o fondue com carne de avestruz e no restaurante Bräun & Bräun essa iguaria se tornou especial. Interessante é saber que o avestruz “chega a se apaixonar perdidamente pelo seu criador” e olha para ele “com olhar de paixão mesmo”. Mas... e na hora de abater?

Enfim, “queijos, vinhos e friozinho” formam o triângulo perfeito. Porém, esse trio requer conhecimentos, pois é “necessário que o vinho realce o sabor do queijo, criando a mistura de sabores ideal”. Outra boa indicação é apelar para o calorzinho de uma lareira. O uso de lenhas de reflorestamento e ecológicas é bem adequado aos apelos da sustentabilidade. Já Wanderson Nogueira combinou “vinho, vela, lareira e romance”: “O vinho pode vinagrar,  toda vela tem como destino findar, o fogo queima... e os romances são definidos mais pela permissão que nos damos ao encantamento do que pelo encantamento em si...”. As sugestões e o frio estão aí. As escolhas são nossas!

Por outro lado, o frio dói em quem não tem os recursos para o aquecimento. Com termômetros marcando 2 graus, eu penso que o verão é mais camarada, pois, quem não tem piscina e sofisticações, um bom banho de mangueira no quintal resolve o calor. O que tem abrandado a friagem de quem vive ao relento são as campanhas que continuam fervorosas. Graças ao empenho de voluntários, do poder público, de instituições sociais, de A VOZ DA SERRA, os donativos são entregues a quem precisa.

Em “Sociais”, quantos ilustres queridos aniversariando: Paula Farsoun,  Wanderson Nogueira e Thiago Lima. Abraços e votos de muita paz e saúde a todos. Joel de Sá Martins é destaque também, relembrando os 45 anos do show que o saudoso cantor Teixeirinha fez em Nova Friburgo, reunindo duas mil pessoas.

Já em “Esportes”, Vinicius Gastin destacou os 40 anos do Grupo Silvana Gym/Inec, lembrando um pouco de sua trajetória, que já tem uma pré-classificação para vaga no FIG Gala da Gymnaestrada Mundial 2023, em Amsterdam, na Holanda. Que beleza! Mas não para por ai, pois a jovem Mylena Andrade, balconista de uma lanchonete, agora modelo, já tem foto na versão colaborativa da Vogue Itália digital. A jovem albina pretende usar a nova carreira para desenvolver projeto social sobre o albinismo. Sucesso!

Em “Há 50 Anos”, ainda em 1971 a Faol dava explicações sobre os investimentos para melhor atender as demandas do povo e as implicações no aumento da passagem para CR$ 0,30. Depois de muitos debates, a tarifa ficou em CR$ 0,25. Agora, em 2021, o transporte público continua em questão e, como diziam os antigos, “são outros quinhentos”! O pedágio da RJ-116 já custa  R$ 7 para carros de passeio. Demais veículos têm outros valores. Mas, e os “gatos” nas ligações de luz, água, internet e TV a cabo? Muito cuidado, pessoal. A caça aos gatos já começou e a ligação clandestina é crime!

Enquanto a indústria “criou mil empregos” em Nova Friburgo neste ano, há desemprego por falta de mão de obra qualificada no setor de costura. O isolamento social também é responsável pela defasagem, já que muitas profissionais abandonaram seus empregos para o trabalho informal em casa, com facções próprias. A tendência é a retomada do crescimento com o futuro controle da pandemia e as escolas retornando, aos poucos. Em compensação, o Dia dos Pais se aproxima e o comércio do Estado do Rio de Janeiro está otimista com a venda de presentes. Em Nova Friburgo é grande a expectativa. Contudo, que ninguém se esqueça de que amor, carinho e atenção não têm preço e estão no dia a dia de todos nós.  Felicidades aos papais do mundo inteiro!

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Casório em Portugal

terça-feira, 03 de agosto de 2021

Casório em Portugal

 A última quinta-feira, 29 de julho, foi especial e inesquecível para os queridos Agentil e Elizabeth da Silveira Rabelo e seus familiares. Isso, porque o filho do casal, Victor se uniu em matrimônio com a portuguesa Catarina, durante cerimônia religiosa realizada numa bela igreja da localidade de Antas, na cidade do Porto, seguindo-se depois concorrida recepção na Quinta do Rio, também naquela cidade de Portugal.

Casório em Portugal

 A última quinta-feira, 29 de julho, foi especial e inesquecível para os queridos Agentil e Elizabeth da Silveira Rabelo e seus familiares. Isso, porque o filho do casal, Victor se uniu em matrimônio com a portuguesa Catarina, durante cerimônia religiosa realizada numa bela igreja da localidade de Antas, na cidade do Porto, seguindo-se depois concorrida recepção na Quinta do Rio, também naquela cidade de Portugal.

No registro fotográfico, vemos os noivos Catarina e Victor com seus pais, respectivamente, Maria Cláudia e Nuno Vieira Novo e Elizabeth e Agentil Ferreira Rabelo.

Parabéns com votos de felicidades ao casal, com cumprimentos à parte e em dose dupla, ao Victor que no dia do casamento também aniversariou juntamente com a mãe Beth.

Amanhã, centenário de vida

Amanhã, 4, a senhora Nadir Duarte Martins (foto), vai celebrar, com imenso orgulho 100 anos de vida. A aniversariante é mãe de Maria do Carmo, Altiva, Almira, Sônia, Selma, Sueli, Sirlei e Almir (in memoriam) e em sua bonita, trajetória de vida constituiu uma numerosa família, hoje composta também por genros, noras, 13 netos e 13 bisnetos.

Mineira da cidade de Recreio, mas que há mais de 40 anos reside em Nova Friburgo, a vovó Nadir vai receber os parabéns de forma virtual, por causa da pandemia, a partir das 18h.

À querida Sra. Nadir Duarte Martins nossos carinhosos parabéns que bem sabemos, são também dos familiares e muitos amigos, com votos de saúde, paz, alegrias, felicidades e tudo de bom.

Tributo a Beirute

Amanhã, 4, completa-se um ano que Beirute, capital do Líbano, foi parcialmente destruída por uma imensa explosão em seu porto.

A superação daquele maravilhoso povo após tão dolorosa ocasião que entristeceu libaneses e muita gente pelo mundo, será motivo de homenagem organizada pelo Consulado Geral do Líbano no Rio de Janeiro que preparou um tributo especial às 20h30 que poderá ser acompanhado virtualmentes através do YouTube.

Bernardo com nova idade

O último sábado, 31 de julho, foi um dia de alegrias a mais e muito especiais na residência dos empresários da construção civil, Rodrigo e Luana.

Nesta data, o filho do casal, Bernardo Lima de Souza França Silva, na foto dando aquela força ao nosso Friburguense A.C. com sua nova camisa, completou 14 anos. Parabéns e felicidades!

Eleição libanesa

Integrantes da colônia libanesa em Nova Friburgo terão um compromisso importante na próxima segunda-feira, 9.

Neste dia, a partir das 17h, acontecerá a assembleia geral, para além de tratar importantes assuntos, eleger e empossar a nova diretoria da Associação Cultural Libanesa Friburguense.

Formatura e aniversário

Com grande carinho compartilhado por familiares e amigos, cumprimentamos em dose dupla de satisfação a querida professora Carla Maria de Almeida Santos Machado (foto), que desenvolve há anos um belíssimo trabalho social voltado para a educação de crianças carentes no bairro Rui Sanglard.

No último dia 15 de julho, a Carla recebeu as congratulações merecidas por conta da sua formatura e colação de grau com licenciatura em Matemática pela Faculdade Uninove. No último sábado, 31 de julho, teve mais parabéns para a Carla. Agora pelo seu aniversário. Ela merece todo o carinho por sua bonita trajetória de vida e profissional na área da educação.

Vivas ao Olney

Enviamos um abraço especial de congratulações ao conhecido empresário friburguense, Olney Ribeiro Botelho, pelo transcurso de seu aniversário natalício ocorrido no último domingo, 1º. Parabéns!

Contagens regressivas

No próximo sábado, 7, estarão faltando exatos 1.000 dias para o bicentenário da Imigração Alemã em Nova Friburgo, ocasião que marcou a chegada em nossa cidade de 342 colonos.

Outro detalhe também, a nível de curiosidade envolvendo ocasiões especiais, é que no próximo dia 7 de setembro a Independência do Brasil estará completando 199 anos.

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Vocação à família

terça-feira, 03 de agosto de 2021

Tradicionalmente a Igreja Católica no Brasil celebra o mês de agosto como o Mês das Vocações. O objetivo desta prática é separar um tempo durante o ano para a reflexão e conscientização das comunidades acerca da sua responsabilidade e importância no processo vocacional de cada pessoa. Assim, em cada domingo deste mês, celebra-se uma forma de vocação específica.

Tradicionalmente a Igreja Católica no Brasil celebra o mês de agosto como o Mês das Vocações. O objetivo desta prática é separar um tempo durante o ano para a reflexão e conscientização das comunidades acerca da sua responsabilidade e importância no processo vocacional de cada pessoa. Assim, em cada domingo deste mês, celebra-se uma forma de vocação específica.

Ao contrário do que muitos podem pensar, quando a Igreja reflete sobre o tema da vocação, ela não se restringe somente à vocação religiosa e sacerdotal. O que pouco se conhece é que a Igreja reconhece e incentiva como vocação fundamental a vocação leiga, principalmente no exercício da missão sacerdotal.

A célula base da sociedade é a família. E é nela que se forma o indivíduo que com seu agir construirá o futuro. Todo sacerdote, todo religioso, toda religiosa, todo consagrado, todo pai, toda mãe, todo profissional da Saúde e da Educação, infinitamente todos os agentes sociais foram formados no seio de uma família, e dela receberam os valores que reproduzem no mundo. O seio familiar é a base para a construção da nossa identidade, valores e vocações. Nela damos os primeiros passos de vida em comunidade e, sobretudo, nela nos deparamos com as principais questões que vão formar quem somos.

O Diretório Pastoral Familiar da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – 79, esclarece que homem e mulher são chamados a viver a comunhão de amor à imagem de Deus-Trindade impressa no ser humano desde a sua criação. Aí está a razão fundamental de sua dignidade. Este diretório pontua ainda que o matrimônio, desde a criação do homem e da mulher, é um projeto de Deus, obra predileta nesse seu projeto de amor. Não é criação humana, nem do Estado, nem da Igreja. Está constitutivamente ligado à essência do homem e da mulher, para o bem pessoal e da comunidade.

Acentua também que as duas finalidades do matrimônio previstas na Bíblia são: de um lado, a realização plena de cada um, homem e mulher, tanto na sua dimensão corpóreo-sexual quanto na sua realidade afetiva e espiritual; e, de outro, a geração e educação dos filhos (cf. n. 45-71). Quanto à tarefa formativa dos filhos, o diretório ressalta que o pai e a mãe devem assumir o compromisso mútuo e complementar, numa pedagogia que junta a firmeza e disciplina do homem e a ternura e amabilidade da mulher. Por isso, “O pai não pode descuidar seus deveres de educador com a desculpa de que sua função é trabalhar para sustentar a casa ou de que tarefa da educação dos filhos é responsabilidade da mãe ou de algum parente” (n.128).

Na exortação apostólica Amoris Laetitia, sobre o amor na família, o Papa Francisco, atento às necessidades e urgências das famílias no mundo contemporâneo, propõe à humanidade apreciar os dons do matrimônio e da família e a manter um amor forte e cheio de valores como a generosidade, o compromisso, a fidelidade e a paciência; e encoraja todos a serem sinais de misericórdia e proximidade para a vida familiar (cf. n. 5).

Deste modo, ao iniciar o mês das vocações, busquemos dar o devido destaque e valor à vocação familiar, a qual todos somos chamados à cultivar e proteger com afinco e devoção.

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior, assessor diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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A nobreza da ternura

segunda-feira, 02 de agosto de 2021

Ao ler o romance “O Lugar do Outro, de Janimary Guerra PeccI, nossa escritora friburguense, fui transportada aos bancos da universidade quando me especializava em Orientação Educacional, finalizando o curso de Pedagogia. Um dos suportes teóricos da formação foi a obra de Karl Rogers, psicólogo americano, que escreveu a respeito do processo terapêutico centrado na pessoa. Mantive seu livro, “Tornar-se Pessoa”, por um longo tempo sob meus olhos, uma vez que além de estudá-lo, fiquei sensibilizada com suas ideias.

Ao ler o romance “O Lugar do Outro, de Janimary Guerra PeccI, nossa escritora friburguense, fui transportada aos bancos da universidade quando me especializava em Orientação Educacional, finalizando o curso de Pedagogia. Um dos suportes teóricos da formação foi a obra de Karl Rogers, psicólogo americano, que escreveu a respeito do processo terapêutico centrado na pessoa. Mantive seu livro, “Tornar-se Pessoa”, por um longo tempo sob meus olhos, uma vez que além de estudá-lo, fiquei sensibilizada com suas ideias. Nessa etapa da minha formação, passei a perceber o outro com maior abertura de sentidos. Ao longo da especialização, que teve duração de dois anos, fizemos incontáveis exercícios que nos facilitaram a desenvolver esse nível de percepção. Ao dialetizar a interação entre a minha pessoa com o outro, percebi o surgimento de um gostoso sentimento decorrente do estar junto num mesmo espaço. 

Janimary apresenta como base do seu pensamento a história de Ana, sua personagem, que, além de tímida, sofre bullying na escola. Com um forte sofrimento e acanhada, ela se recolhe diante da turma. Ao tecer a trama, a autora, vai mostrando a perversa impostura através da falta de respeito ao outro.

Quando o olhar não ultrapassa os limites pessoais, o ambiente e o outro tornam-se imperceptíveis, a realidade fica limitada ao campo de sentimentos e intenções individuais. A pessoa que se mantém centrada em si mesma, olha ao seu redor, porém não vê nada além do seu egocêntrico querer. Com cegueira existencial, não capta com sensibilidade os fatos e pouco toma consciência dos acontecimentos em seus meandros e da presença do outro em seus pormenores. É um olhar simplista, incapaz de observar detalhes, uma vez que a pobreza de afeto restringe os modos de conviver e interagir com respeito, solidariedade e inteligência afetiva. Num grupo imaturo, apenas uma pessoa com tais características é capaz de enfraquecer e comprometer as relações interpessoais.

O bullying é um ato de emboscada que, inesperadamente, quem o pratica golpeia uma outra pessoa para fins fúteis, como autovalorização, divertimento e perversidade. Geralmente quem o recebe é impactado pelo susto e tomado por sentimentos incapacitantes que dominam toda e qualquer reação. O bullying deixa marcas nocivas, às vezes dilacerantes, que impedem que a pessoa seja quem ela é em sua plenitude.

A falta de reação ao bullying pode vir a aumentar sua ocorrência. Por sorte, hoje, é considerado um ato maléfico. Criminoso. 

Noutro dia conversei com uma amiga que me contou sua história de vida. Ela, irmã mais velha de cinco filhos, sentiu a necessidade de proteger sua mãe e irmãos menores quando seu pai se ausentou de casa. Sentindo a obrigação de defendê-los, descobriu que quando alguém vinha com “graça” para cima deles, ela, com inteligência, respondia da mesma forma e quem ficava se sentindo mal era esse alguém que não se “engraçava” mais.

Eu já fui mais boba e sofri, em vários momentos da minha vida, com brincadeiras, comentários e piadas maldosas, o que me embotou bastante. Mas, até hoje, por incrível que pareça, aos 67 anos, ainda estou aprendendo a lidar com essas situações que surgem inesperadamente. Que machucam. Inibem. 

Enfim. Gostei de ler o livro de Janimary e, mais uma vez, constatei que atitudes generosas engrandecem e trazem felicidade. Compadecer-se com as dificuldades de outra pessoa, revela nobreza de alma. A família e a escola devem preservar o altruísmo e a ternura entre os seus. É uma proposta desafiadora que vai exigir um trabalhoso cuidado de fazer com que seus filhos e alunos se tornem pessoas dignas.   

 

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