Blogs

A reconstrução da vida a partir da traição

terça-feira, 05 de novembro de 2024

Estou lendo “Todas as suas perfeições”, de Colleen Hoover, que aborda um delicado e tocante assunto: a reconstrução da vida depois de uma pessoa ser traída pelo companheiro. Certa vez, conheci um casal, pessoas com quem gostávamos de estar, um exemplo de vida a dois. Jorge e Adélia, cujos nomes são fictícios, expressavam felicidade em seus semblantes. Conversando com uma amiga em comum, soube que antes de se conhecerem e ficarem juntos, descobriram que ambos eram traídos (a mulher de Jorge era amante do marido Adélia).

Estou lendo “Todas as suas perfeições”, de Colleen Hoover, que aborda um delicado e tocante assunto: a reconstrução da vida depois de uma pessoa ser traída pelo companheiro. Certa vez, conheci um casal, pessoas com quem gostávamos de estar, um exemplo de vida a dois. Jorge e Adélia, cujos nomes são fictícios, expressavam felicidade em seus semblantes. Conversando com uma amiga em comum, soube que antes de se conhecerem e ficarem juntos, descobriram que ambos eram traídos (a mulher de Jorge era amante do marido Adélia). Quando souberam eles se solidarizaram e compartilharam a dor, fazendo nascer profundo afeto e, a partir desse sentimento, reconstruíram a vida. Casaram-se e tiveram dois filhos.

O belíssimo filme “Destinos Cruzados”, obra do romancista americano Warren Adler, adaptado para o cinema e dirigido por Sydney Pollack, com Harisson Ford e Kristin Scott Thomas, aborda a traição de um homem e de uma mulher e do romance que nasce entre os respectivos cônjuges traídos, que experimentaram juntos a dor e a raiva decorrentes.

Trair é uma decisão pessoal. Quem trai engana e quebra um compromisso. Os motivos são particulares, e não me cabe julgar. Mas o que me traz ao tema é a pessoa que sofre a traição, aquela que padece com a quebra de fidelidade e lealdade do parceiro.  Os impactos na vida de uma pessoa traída podem variar desde um estado de tensão emocional a crises de raiva, da ansiedade ao transtorno do estresse pós-traumático, das dores emocionais à depressão. As reações podem ser diversas e em intensidade diferentes, muitas vezes violentas. Quem vive uma traição pode sofrer um dos piores sentimentos que alguém pode ter.

A traição transforma a vida; os dias não mais serão como antes, mesmo para aqueles que buscam na indiferença o melhor conforto. As dores podem se enraizar na vida a ponto de atrapalhar ou impedir a construção de projetos pessoais ou de novos relacionamentos. O recomeço da caminhada necessita desapegos e determinação para deixar no passado um colar de mágoas.

Enfim, a literatura pode salvar, ao menos amenizar, quando aborda temas delicados como esse. É bom presenciar, através da leitura, as experiências sofridas pelos personagens, bem como as maneiras como convivem com as reviravoltas do destino.

Ah, meu amigo leitor, a vida nos desafia todos os dias de diferentes maneiras e não nos poupa sofrimentos. Mas a gente está neste planeta para aprender a superá-los, não é verdade?

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA é dono de uma credibilidade inabalável

terça-feira, 05 de novembro de 2024

       O Caderno Z, muitas vezes, reflete nos meus ouvidos inquietos os versos de alguma canção. Desta vez, diante de um tema que é tão abrangente, pareço ouvir Lulu Santos cantando: “E a gente vai à luta,/ e conhece a dor, / consideramos justa / toda forma de amor...”. Também posso ouvi-lo cantar: “Nada do que foi será / do jeito que já foi um dia...” e isso porque o nosso tema fala sobre os vários modelos das configurações familiares.

       O Caderno Z, muitas vezes, reflete nos meus ouvidos inquietos os versos de alguma canção. Desta vez, diante de um tema que é tão abrangente, pareço ouvir Lulu Santos cantando: “E a gente vai à luta,/ e conhece a dor, / consideramos justa / toda forma de amor...”. Também posso ouvi-lo cantar: “Nada do que foi será / do jeito que já foi um dia...” e isso porque o nosso tema fala sobre os vários modelos das configurações familiares. Eu diria que as tradições abrem espaço para os conceitos de pluralidade, pois já está sacramentado que “cada família é única, sem precisar seguir padrões”.

       Sendo o amor o elemento primordial para unir pessoas, o que pode haver de mais bonito? Só mesmo uma relação saudável, harmoniosa, focada na naturalidade dos relacionamentos. “Dois pais, duas mães, mãe solo” - numa formação familiar o que conta é a responsabilidade para assumir as condições escolhidas, como tudo na vida exige de nós esse comportamento.  A professora da Unicamp/SP, Joice Vieira, explica que é “mais fácil dar possibilidades para refletirem sobre as pessoas que convivem em seu dia a dia do que definirem seu ciclo familiar pela ausência de alguma figura”. O mais importante é gerar referências “sejam pais biológicos, adotivos, avós ou outras pessoas...”.

       Na “construção de um futuro sólido”, um novo tempo deverá surgir, em especial, para as mães solo que precisam se multiplicar em mil tarefas e buscam “novos modelos de suporte, tanto no âmbito público quanto privado”, como “flexibilidade de horários, subsídios para creches e programas de desenvolvimento e reinserção, entre outras demandas para viabilizar uma vida profissional plena”.

       Num futuro ainda sonhado, há de chegar o tempo em que não haverá mais necessidade de se explicar as razões de como as famílias se formaram. A discriminação e o “estigma social” se perderão no túnel de um tempo, quando o amor será o senhor de todas as prioridades e escolhas humanas.

       Se de um lado, o futuro é promissor, a modernidade tem trazido em sua bagagem avanços que nem sempre são totalmente adequados. É o caso das substâncias utilizadas em cosméticos que podem adiantar a puberdade das meninas. A reportagem da estagiária Lais Lima alerta sobre o fator de risco de doenças, pois “quanto mais cedo uma menina entra na puberdade, mais chances de desenvolver doenças na fase adulta”.

       Outra preocupação é o implante de chips da beleza, o que já levou a Anvisa a suspender a venda, comercialização e propaganda do produto. Liz Tamone, no Especial para A VOZ DA SERRA, trouxe considerações do endocrinologista, doutor Márcio Fernando Lamblet, que alerta: “É preciso ter uma ciência robusta que assegure doses, efeitos colaterais, vantagens e desvantagens de qualquer medicação” e acrescenta: “o maior problema é que se perdeu o controle sobre a quantidade de implantes e os tipos de hormônios usados”. A decisão da Anvisa busca ainda por “intervenções comprovadas”.

       O esporte em Nova Friburgo sempre esteve em alta e, para nosso orgulho, vamos sediar as finais do Campeonato Brasileiro de Seleções de Basquete. Começando na segunda-feira, 4, até o próximo domingo, 11, as partidas acontecerão nos ginásios do Nova Friburgo Country Clube, no Sesc e no Colégio Nossa Senhora das Dores. Outro motivo de orgulho é a vitória de Campito que conquistou o Campeonato Estadual Individual de Pastilha 2024. A taça é nossa, como bem frisou Vinicius Gastin.

       Que tal uma feijoada vegana, uma moqueca de banana-da-terra ou uma coxinha de jaca? O mês onze começou com o Dia Mundial do Vegano – 1º de novembro. Já tivemos o Dia de Finados, quando a saudade fala ainda mais alto em nossos corações. A charge de Silvério chora o “finado” Centro de Arte. No dia 15, a Proclamação da República, e o Dia da Consciência Negra, na quarta-feira, 20. São datas relevantes na história do Brasil. Bom saber que o comércio está autorizado a funcionar nos feriados, pois comércio é vida, é comunicação, é gente circulando e movimentando a cidade. E nosso comércio é lindo e é turismo também. Feliz novembro para Nova Friburgo!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Grandes esperanças na Prefeitura de Friburgo

sábado, 02 de novembro de 2024

Edição de 2 e 3 de novembro de 1974

Manchetes 

Edição de 2 e 3 de novembro de 1974

Manchetes 

Grandes Esperanças - O prefeito Amâncio Azevedo reuniu os funcionários da prefeitura na última semana. O motivo da reunião foi a punição de um servidor que, em seu carro, trazia uma discreta propaganda de um candidato, que não era do MDB, portanto era da Arena, um partido que não é da simpatia do nosso prefeito. Por razões óbvias. Diga-se, de passagem, que o servidor foi punido por intermédio de Roberto Pinto (secretário geral da prefeitura) e que, ao que tudo indica, tentou agradar ou interpretar a vontade e o pensamento do prefeito Amâncio Azevedo.

Samba sorteia ordem para o Carnaval 1975 - Foi sorteada na Prefeitura Municipal de Nova Friburgo a ordem de entrada das escolas de samba, no desfile da Avenida Alberto Braune para o próximo ano. Ao sorteio compareceram representantes de todas as agremiações carnavalescas da cidade. A ordem oficial é a seguinte: 

1: Império de Olaria 

2: Unidos da Saudade 

3: Unidos do Terreirão 

4: Alunos do Samba 

5: Vilage no Samba 

6: Acadêmicos das Braunes

Alencar ganha elogios - O vereador Alencar Barroso, atual presidente da Câmara Municipal, candidato pelo MDB e deputado federal, recebeu uma carta do também candidato Roberto Saturnino Braga, que agradeceu a recepção que teve quando de sua visita a nossa cidade. 

Outubro teve balanço - Eis os números computados por este jornal referente aos registos no trânsito, hospital e polícia no mês de outubro:

  • Agressões: 33
  • Internados por agressão: 12
  • Atropelados: 24
  • Internaçõs por atropelamentos: 15
  • Colisões: 28
  • Vítimas: 32
  • Vítimas Internadas: 6
  • Suicídios: 3
  • Roubos de carros: 2
  • Afogamentos: 4
  • Assassinatos: 2

Paróquia tem celebração - Coordenada pelo Bispo D. Clemente Isnard, vai começar no dia 8 de dezembro, na Paróquia de São João Batista, a celebração comunitária do ano santo. A celebração visa unir todos os católicos no reencontro com a sua igreja ao mesmo tempo em que são feitas orações pela paz Mundial.

Funcionários homenageiam Padilha - O governador do Estado do Rio de Janeiro, Raymundo Padilha, foi homenageado em Petrópolis, pela classe dos agentes fiscais e fiscais de renda do Estado do Rio. Em seu discurso de agradecimento, Padilha afirmou que cumpriu o dever, e que termina o seu governo, revivendo a intimidade de sua consciência de homem público e de cristão e que ela não a acusa de ter faltado aos deveres de justiça.

Uma vítima por dia em Friburgo - O trânsito em Nova Friburgo está fazendo uma vítima por dia. As últimas vítimas registradas na cidade são: Maria Goretti Chiapin Barbosa, 11 anos, filha de Sebastião Barbosa e Clair Chiapin, residente em Olaria. Ela foi atendida com escoriações no Posto de Urgência.

 

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Angela Maria (4); Bernardo Nunes Pinto (5); Manoel Henriques Villarinho, Lucy Lamy de Souza, Sysley de Souza, Joaquim Mário de Azevedo e Rita Silva Nicolau (6); Jair Castro Nunes e Demerval Moreira (7); Cláudio Moreira da Costa, Sebastião da Silva Mattos, Jofre Martins da Costa e Lília Beatriz Moraes (8); José Mauro (9); Katarina Brehem, Maria Kátia Vianna, Gildásio Stork Coutinho, Fátima Sardou, Hélio José Pereira e Lécio Polo (10).

  • Estagiária sob supervisão de Henrique Amorim 

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A taça é nossa

sábado, 02 de novembro de 2024

Campito, da AFFM Friburguense, conquista o Campeonato Estadual individual de Pastilha 2024

Uma temporada recheada de conquistas, marcando de forma especial o ano em que a AFFM Friburguense comemora os seus 40 anos de fundação. O Campeonato Estadual Individual de Pastilha 2024, organizado pela Fefumerj, chegou ao fim, e o Tricolor da Serra conquistou a competição pela oitava vez na história, e pelo segundo ano consecutivo, através do atleta Campito. O Frizão passa a ser o maior campeão isolado no individual da regra, na categoria adulto.

Campito, da AFFM Friburguense, conquista o Campeonato Estadual individual de Pastilha 2024

Uma temporada recheada de conquistas, marcando de forma especial o ano em que a AFFM Friburguense comemora os seus 40 anos de fundação. O Campeonato Estadual Individual de Pastilha 2024, organizado pela Fefumerj, chegou ao fim, e o Tricolor da Serra conquistou a competição pela oitava vez na história, e pelo segundo ano consecutivo, através do atleta Campito. O Frizão passa a ser o maior campeão isolado no individual da regra, na categoria adulto.

Esse foi o primeiro título do botonista em competições oficiais da Federação. Rodrigo Campos, mais conhecido no meio botonista como "Campito", assim como o campeão de 2023, Anísio, e os campeões de anos anteriores (Pedro, Pabinho, Christofer, Marquinhos e Pirica), é mais um atleta formado na tradicional escola friburguense de Pastilha.

Depois de quatro etapas, todas vencidas por diferentes atletas (Cleciano, do Vasco; Vinícius, do Friburguense; Quartarone, do Fluminense e Marquinhos, do Vasco), Campito se valeu da regularidade para se sagrar campeão. A quarta e última etapa foi disputada no último sábado, dia 26, na sede do futebol de mesa do Botafogo de Futebol e Regatas. Trinta atletas representaram 11 clubes: Friburguense, Vasco, Fluminense, Humaitá, Olaria, Flamengo, A.A. Light, Grajaú, Botafogo, São Cristóvão e o estreante América, com o atleta Hiêgo. Os competidores foram divididos em quatro grupos de oito, classificando os quatro primeiros para a disputa da Série Ouro e os restantes disputando a Série Prata.

Nas semifinais da Ouro, Marquinhos (Vasco) venceu Cleciano (Vasco) por 4 a 2 e Quartarone (Fluminense) venceu Abel (Vasco) por 6 a 3. Na final, Marquinhos venceu Quartarone por 7 a 2, conquistando o título da etapa de forma invicta - por muito pouco não levou o Campeonato Estadual. Na disputa de terceiro lugar, Abel venceu Cleciano por 3 a 2. Na final de Prata, Marcus (Botafogo) venceu Salac (Fluminense) por 8 a 2.

  • Foto da galeria

    Campito (2º da esq. para a dir.) entra para a história com título estadual (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

  • Foto da galeria

    Com a conquista, AFFM Friburguense se isola como o maior campeão da modalidade (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

  • Foto da galeria

    Cordeiro, Cantagalo e Macuco são os campeões da 20ª edição do Calcário das Escolinhas de Futebol. As finais de todas as categorias da competição, organizada pela Liga Desportiva de Macuco, com chancela da Ferj, foram realizadas, no sábado, 26, no Estádio Dr. Mário Freire Martins, em Macuco. Na decisão da categoria Sub-11, num clássico tradicional da região, Cordeiro goleou Cantagalo, de virada, por 5 a 1, sagrando-se campeão. Na final da categoria Sub-13, novo clássico, mas desta vez o Cantagalo bateu Cordeiro por 1 a 0, faturando a edição 2024. Agora, em novembro, no dia 23, a Liga de Macuco realizará a edição deste ano do Calcário de Escolinhas da categoria Sub-09, no Estádio do Altense Clube, em São Sebastião do Alto. Após as partidas, o presidente da Liga de Macuco e também coordenador da Ferj, na região, Diogo Latini, fez a entrega das premiações com participação dos representantes das equipes presentes no Estádio. (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

No papel

sexta-feira, 01 de novembro de 2024

Lei que institui a prática esportiva eletrônica em Nova Friburgo é aprovada

A Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, em primeira discussão, o projeto de lei, de autoria do vereador Claudio Leandro, que institui a prática esportiva eletrônica em Nova Friburgo. Essas modalidades são as atividades que, fazendo uso de artefatos eletrônicos, caracterizam-se pela competição entre dois ou mais participantes, e individualmente, em um ambiente virtual, no qual são empregadas habilidades e estratégias para alcançar objetivos e obter êxito nos jogos digitais.

Lei que institui a prática esportiva eletrônica em Nova Friburgo é aprovada

A Câmara Municipal aprovou, por unanimidade, em primeira discussão, o projeto de lei, de autoria do vereador Claudio Leandro, que institui a prática esportiva eletrônica em Nova Friburgo. Essas modalidades são as atividades que, fazendo uso de artefatos eletrônicos, caracterizam-se pela competição entre dois ou mais participantes, e individualmente, em um ambiente virtual, no qual são empregadas habilidades e estratégias para alcançar objetivos e obter êxito nos jogos digitais.

Os jogos eletrônicos compreendem todas as formas de entretenimento e competição realizadas por meio de dispositivos, tais como computadores, consoles de videogame, smartphones, tablets e outros. O esporte eletrônico, dentro do contexto desta lei, refere-se às práticas competitivas e organizadas de jogos eletrônicos, que englobam diversas modalidades e gêneros, como os jogos de estratégia em tempo real (RTS), os jogos de tiro em primeira pessoa (FPS), os jogos de luta, os jogos de esportes virtuais, os jogos de simulação e outros.

No sistema de acesso e descenso misto de competição, os jogadores participam de torneios e campeonatos, buscando ascender a categorias superiores por meio de bom desempenho e resultados positivos, ao mesmo tempo em que correm o risco de serem rebaixados caso não atinjam os critérios estabelecidos.

Considera-se também como atividade esportiva eletrônica o suporte técnico, a produção de conteúdo relacionado aos jogos digitais, o streaming de partidas e eventos, as análises de desempenho, a gestão de equipes e outras atividades correlatas que contribuam para o desenvolvimento e o fortalecimento do esporte eletrônico em Nova Friburgo.

O município acompanhará os avanços tecnológicos e novas modalidades de jogos eletrônicos, a fim de garantir a atualização contínua desta lei, buscando sempre a promoção e o desenvolvimento saudável do esporte eletrônico em consonância com os valores éticos e sociais.

O atleta esportivo de jogos eletrônicos é aquele que se dedica de forma profissional ou amadora à prática competitiva de jogos eletrônicos, participando de torneios, competições, ligas e outras modalidades organizadas, demonstrando habilidades técnicas, estratégicas e táticas no ambiente virtual. Os eventos e competições de jogos eletrônicos poderão abranger diferentes modalidades, gêneros e categorias de jogos, contemplando tanto o público amador quanto o profissional.

A organização e divulgação dos eventos e competições poderão ser realizadas por entidades esportivas, instituições de ensino, associações, empresas e demais interessados, mediante autorizações e licenças necessárias junto aos órgãos competentes do município.

  • Foto da galeria

    Projeto de lei foi aprovado pela Câmara, em segunda discussão, e aguarda sanção do prefeito (Foto: Divulgação Vinícius Gastin))

  • Foto da galeria

    Jogos eletrônicos compreendem formas de entretenimento e competição por meio de dispositivos (Foto: Divulgação)

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Sete anos com a palavra

sexta-feira, 01 de novembro de 2024

Hoje, esta coluna tem um quê especial e peço licença para me dirigir a toda a equipe do Jornal A Voz da Serra e a todos os leitores que me acompanham por aqui. Sou pura gratidão por toda atenção dispendida, todas as sextas-feiras, todas as semanas, há sete anos. Esta semana celebro mais um marco significativo, pois completamos sete anos da coluna "Com a Palavra". Ao longo desse tempo, tivemos a oportunidade de explorar uma diversidade de temas que compõem a rica tapeçaria da nossa sociedade.

Hoje, esta coluna tem um quê especial e peço licença para me dirigir a toda a equipe do Jornal A Voz da Serra e a todos os leitores que me acompanham por aqui. Sou pura gratidão por toda atenção dispendida, todas as sextas-feiras, todas as semanas, há sete anos. Esta semana celebro mais um marco significativo, pois completamos sete anos da coluna "Com a Palavra". Ao longo desse tempo, tivemos a oportunidade de explorar uma diversidade de temas que compõem a rica tapeçaria da nossa sociedade.

Sempre tive intuito de proporcionar um ambiente leve que importasse em verdade e alívio para as pessoas. Que trouxesse leveza, conexão, empatia. Cada texto trazido à coluna é um convite à reflexão e eu sigo reafirmando o papel da imprensa como agente de transformação social.

Sete anos atrás, quando esta coluna foi lançada, o mundo era um lugar diferente. As redes sociais estavam em plena ascensão, e a necessidade de um espaço dedicado à reflexão sincera sobre temas do cotidiano se tornava, para mim, cada vez mais evidente. Em meio a tantas informações, o propósito era claro: oferecer um local onde as pessoas pudessem se conectar com seu lado mais humano.

Cada artigo, cada opinião, cada história trazida para esta coluna fez parte de uma conversa maior. Agradeço a todos que contribuíram de alguma forma, a toda equipe do Jornal que faz a engrenagem girar todos os dias com maestria e a todos os leitores que dedicam um pouquinho do seu tempo para se conectarem com essas palavras que escrevo com todo carinho e humildade. Vocês foram essenciais para moldar a voz da coluna e motivar a continuidade do que expresso por aqui.

Acredito que as palavras têm poder. Elas podem inspirar, provocar e, muitas vezes, transformar. Confio que o diálogo é vital. É na troca de ideias que encontramos caminhos, compreendemos diferentes perspectivas e, quem sabe, chegamos a soluções para os desafios que enfrentamos.

Olhando para o futuro, tenho a certeza de que a jornada continua. Convido cada um de vocês a se juntar a nós, trazendo suas perspectivas e histórias, pois a coluna é, acima de tudo, um reflexo da nossa sociedade. Que esse intuito se protraia no tempo e siga somando. E multiplicando.

Obrigada por fazerem parte da história de "Com a Palavra". Que possamos continuar a escrever juntos, um artigo de cada vez.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Novas conquistas

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Pequenos atletas do Projeto Solução brilham em competições estaduais de Judô

Os pequenos e as pequenas, quando vestem os kimonos, se transformam em verdadeiros gigantes. Os atletas do Projeto Solução fecharam o mês de outubro com duas conquistas importantes para Nova Friburgo, dentro das disputas do Campeonato Estadual de Judô.

Pequenos atletas do Projeto Solução brilham em competições estaduais de Judô

Os pequenos e as pequenas, quando vestem os kimonos, se transformam em verdadeiros gigantes. Os atletas do Projeto Solução fecharam o mês de outubro com duas conquistas importantes para Nova Friburgo, dentro das disputas do Campeonato Estadual de Judô.

Depois dos bons resultados no início do mês, no Circuito Hajimê - competição para atletas do Sub-9 e Sub-11, com a conquista de dois ouros, três pratas e um bronze, o Projeto brilhou novamente no último sábado, 26, durante a disputa do Campeonato Estadual de Judô.

Dentre os destaques estão os atletas medalhistas Wendel da Silva Mendes de Oliveira, da categoria meio-médio, e Natália Machado Moura, do pesado, ambos do Sub-13.

Depois de vencer os primeiros três combates por ippon, Wendel conquistou a medalha de prata ao ser derrotado na luta final, por Levy Rodrigues, do Instituto Reação. Já Natália venceu seu primeiro combate por ippon, de imobilização, e perdeu o segundo para Raphaela Bento, do Flamengo. Em seguida retornou para a disputa do bronze contra Manuella Mafort, sua colega de treino, também do Projeto Solução. Após disputa equilibrada, venceu por imobilização, conquistando sua medalha.

Essa foi a segunda participação do Projeto Solução nos torneios da elite do judô estadual este ano. Houve outra disputa por medalha de bronze, com Davi Oliveira, do Sub-15, mas o jovem foi derrotado após combate equilibrado.

A coordenação do Projeto Solução mantém o foco para, em 2025, classificar ao menos dois atletas em primeiro lugar no Torneio de Abertura da FJERJ, garantido assim a habilitação para a primeira fase do Brasileiro (reunindo Rio de Janeiro, Minas, Espírito Santo e Bahia, uma vez que essa primeira competição classifica os campeões para a fase regional).

“Para isso, o planejamento dos treinos já vem sendo preparado. Os atletas estão com as técnicas bem treinadas, haja vista a quantidade de ippons (pontuação aplicada ao golpe perfeito) que atletas do Projeto aplicaram, porém a parte tática precisa de muito aprimoramento, diante da falta de experiência competitiva num nível mais elevado ao das categorias de base”, avaliam os treinadores.

Desempenho dos atletas do Projeto Solução:

 

  • Foto da galeria

    Natalia Machado foi buscar uma valorosa medalha de bronze no Estadual (Foto: Divulgação Vinícius gastin)

  • Foto da galeria

    A prata do pequeno Wendel é mais uma prova do desenvolvimento dos atletas do Projeto Solução (Foto: Divulgação Vinícius gastin)

  • Foto da galeria

    Com ótimo desempenho, Gabriel Rangel se sagrou campeão de uma das etapas da competição (Foto: Divulgação Vinícius gastin)

  • Foto da galeria

    Rycharlison se destacou novamente, e foi ao lugar mais alto do pódio (Foto: Divulgação Vinícius gastin)

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Forçar a barra

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Li um pensamento que diz: “Quanto mais eu forço as coisas, mais dura fica minha vida.” Forçar é diferente de esforçar. Forçar é querer controlar, enquanto que esforçar é se empenhar em fazer uma tarefa.

Alguns de nós somos tendentes a querer controlar as coisas e até as pessoas. Isso aumenta a tensão, a preocupação e o estresse interno (pessoal) e externo, no relacionamento com os outros.

Li um pensamento que diz: “Quanto mais eu forço as coisas, mais dura fica minha vida.” Forçar é diferente de esforçar. Forçar é querer controlar, enquanto que esforçar é se empenhar em fazer uma tarefa.

Alguns de nós somos tendentes a querer controlar as coisas e até as pessoas. Isso aumenta a tensão, a preocupação e o estresse interno (pessoal) e externo, no relacionamento com os outros.

Procurar entender de onde vem sua tendência para controlar, é um bom primeiro passo para a recuperação que alivia o peso na vida. Talvez você cresceu se sentindo inseguro por dificuldades em se sentir amado, aceito e valorizado. E essa insegurança pode estar empurrando você para querer controlar tudo na ideia de que o controle resolve a insegurança e o que faltou emocionalmente. Não resolve. A insegurança emocional pode ser resolvida com aceitação das suas limitações, perdas, sem revolta. Tem que ver com perdoar pessoas que não conseguiram lhe dar a nutrição afetiva que produziria segurança. E tem que ver com valorizar sua pessoa pelo que você consegue ser e fazer, mesmo lutando com a sensação de insegurança.

Esta carência (real ou imaginária) pode estar há anos causando em sua pessoa uma sensação de abandono, de falta de identidade. Mas é possível romper esse padrão de comportamento para que a vida se torne leve, sem você ter que forçar as coisas para que se tornem como você quer. Importante entender que não temos poder de controlar outra pessoa. Nesse caso cabe pensar que ela vai ser o que ela consegue ser e não o que você queria que ela fosse.

Procure pensar e detectar que coisas em sua vida você está tentando forçar a barra, especialmente no sentido de atitudes de manipulação de pessoas e também de forçar a si mesmo sem se permitir relaxar e descansar. Decida interromper este comportamento seu. Abra mão de querer controlar. Evite ficar obsessivo quanto ao comportamento de outra pessoa e se volte para viver sua vida, um dia de cada vez.

Vai ficar mais leve sua existência. As pessoas com quem você convive se sentirão mais à vontade com sua presença. Isso pode facilitar o afeto delas chegar até você e, até certo ponto, melhorar algumas de suas carências. E você pode conseguir gostar mais de si de forma não egocêntrica.

Você não precisa controlar ninguém hoje. Controlar é uma ilusão e acabar com a ilusão é um grande passo para encarar a realidade e aprender a viver com ela de modo melhor. Não somos deuses. Não podemos tudo. Não conseguimos tudo dos outros, mesmo dos que nos amam de verdade.

Comece agora mesmo a desmontar seu jeito de ser controlador ou forçador de barra em qualquer sentido que isso existe em sua vida. Sente no banco do carona. Olhe para as montanhas. Faça seu melhor, se esforce para praticar hábitos saudáveis, e para de forçar a barra. É aliviante.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Bares e restaurantes: regra do horário tem que ser legal para todos

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Nova Friburgo termina este mês com uma ampla discussão sobre as regras de horário de funcionamento de bares e restaurantes em todo o município. Na semana passada, a prefeitura adotou uma medida que visa estabelecer limites no horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, bem como de música ao vivo.

Nova Friburgo termina este mês com uma ampla discussão sobre as regras de horário de funcionamento de bares e restaurantes em todo o município. Na semana passada, a prefeitura adotou uma medida que visa estabelecer limites no horário de funcionamento de estabelecimentos comerciais, bem como de música ao vivo.

Enquanto região turística e centro de moda íntima de todo o Estado do Rio de Janeiro, Nova Friburgo possui um papel vital tanto para a economia regional quanto nacional, especialmente para reconhecidíssima gastronomia local, sendo certo que vários festivais gastronômicos aqui são realizados.

Há diversas décadas, Nova Friburgo tem apresentado uma evolução marcante no setor, com abertura e consolidação de novas casas, atração de chefs renomados e construção de uma sólida cena gastronômica que passou a ser uma das mais respeitadas e considerada por muitos, uma joia dentro do estado.

Ao mesmo tempo que vemos este positivo avanço e o crescimento da importância do setor, um dos maiores empregadores dos friburguenses, outros aspectos legais colocam em pauta discussões sobre as medidas tomadas pela prefeitura que regram o funcionamento destes comércios.

Conforme o decreto 3.147, do último dia 24, bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos similares poderão funcionar até a 0h de segunda a sexta-feira e até a 1h da madrugada nos fins de semana e feriados. A norma autoriza o uso de música até as 23h de segunda a sexta-feira e até as 0h aos sábados.

 

A prefeitura escreve certo, mas por linhas tortas

Na ponta final desse grande problema estão os moradores vizinhos, que reclamam da bagunça, música alta e sujeira nas ruas. Reclamações justas, já que também envolvem o legítimo direito do sossego e descanso. Colocar balizas delimitantes, inegavelmente é necessário para que se possa viver uma vida em sociedade. No entanto, colocar uma luz sobre o assunto e buscar clareza em regras que possam harmonizar estas questões é de extrema importância.

Pelas novas regras, mesmo estabelecimentos sem exploração de música ou equipamentos sonoros amplificadores, e com razoável ou completo isolamento acústico — como é o caso dos restaurantes refinados de nossa cidade — deverão se adequar aos horários de funcionamento estipulados, o que pode destoar das expectativas dos próprios turistas.

Desta forma, tanto um restaurante que serve truta, vinho e música ambiente, quanto um bar com uma roda de samba ou até mesmo uma casa com shows com centenas de pessoas assistindo um show, são colocados no mesmo âmbito de aprovação e fiscalização, sendo erroneamente tratados da mesma forma.

 

Fora da lista de perturbação do sossego

Apesar da legislação rigorosa para os estabelecimentos, a prefeitura evita cumprir sua responsabilidade de regular o som custeado com as verbas públicas destinadas às secretarias de Turismo e Cultura. No entanto, isso é contraditório, já que o objetivo da legislação seria assegurar o sossego e o descanso da população.

É importante destacar que as atividades religiosas, como cultos e celebrações em templos, incluindo o uso de som amplificado ou exploração de música por meio de autofalantes, também foram excluídas da lista de regulamentação de funcionamento estabelecida pelo decreto municipal.

 

Datas especiais

A legislação é omissa com datas especiais. Temos o segundo maior carnaval do Estado do Rio de Janeiro, ficando atrás apenas da capital, que realiza o maior carnaval do mundo. Durante anos, trios elétricos potentes percorrem toda a Avenida Alberto Braune, costumeiramente encerrando suas atividades musicais após o horário estabelecido pela atual legislação.

Ante a ausência de legislação específica sobre a temática há margem para discussões. Durante o carnaval, quando a própria prefeitura promove e financia festas com trios elétricos e milhares de foliões até além do horário, os estabelecimentos comerciais também terão que fechar suas portas para consumidores e turistas? É algo a se discutir.

 

O setor que mais sofrerá impactos  

Uma outra forma clara de começar a resolver o problema é entender que o setor de bares e restaurantes funciona em um horário diferente do de outros segmentos, não se restringindo ao horário comercial. Afinal, os clientes desses estabelecimentos são os que trabalham no horário comercial.

Para os empresários que precisam gerar renda e empregos, para os músicos, com a volta de uma renda fruto de seu trabalho, para os fiscais trabalharem com maior segurança e, especialmente, para os vizinhos poderem ter seu direito ao sossego preservado, diretrizes equilibradas devem ser seguidas pelo Poder Executivo.

Com as novas medidas adotadas, as regras municipais destoaram um pouco da realidade de como funciona o comércio noturno, abrindo margem para possíveis problemas para os estabelecimentos, para os moradores vizinhos e para a comunidade artística local, especialmente músicos que dependem da noite para manter a sobrevivência.

Um dos efeitos colaterais deverá ocorrer, em especial, com a cena musical, que poderá fazer com que os bares e restaurantes, na busca por trabalhar de forma correta e com medo de retaliações, optem por não abrir mais espaço para os artistas da cidade e oferecer música em seus estabelecimentos.

Entendo que limitar o funcionamento de bares e restaurantes é relevante. No entanto, as brechas da legislação não correspondem à evolução de Nova Friburgo uma cidade turística e universitária, que recebe diariamente turistas de negócios, estudantes e visitantes, trazendo renda, geração de empregos e vida pulsante para a cidade.

Uma legislação deve ajudar na desburocratização, delimitar as alçadas e responsabilidades de atuação e proporcionar o que a legislação deveria fazer: facilitar a vida do empreendedor, gerar emprego, harmonizando a atividade econômica com o convívio social da população. Especialmente em uma cidade onde se fala tanto de turismo.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Rio de Janeiro, uma cidade arruinada

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Quando, em 1960, a capital federal foi transferida para Brasília, foi orquestrada uma campanha para desestruturar a cidade do Rio de janeiro, com intuito de colocar o foco na nova capital. Passados sessenta e quatro anos, não se justifica mais esse tipo de atitude, mas o Rio continua a sofrer esse descrédito e, agora, agudamente. Vejamos o que ocorreu na semana passada.

Quando, em 1960, a capital federal foi transferida para Brasília, foi orquestrada uma campanha para desestruturar a cidade do Rio de janeiro, com intuito de colocar o foco na nova capital. Passados sessenta e quatro anos, não se justifica mais esse tipo de atitude, mas o Rio continua a sofrer esse descrédito e, agora, agudamente. Vejamos o que ocorreu na semana passada.

Na última quarta-feira, 23, o Recreio dos Bandeirantes assistiu a uma verdadeira batalha campal com o quebra-quebra iniciado pelos arruaceiros (não podem ser chamados de torcedores do Penharol) quando um de seus componentes foi surpreendido e preso ao roubar um celular. Cenas de agressões, destruição de quiosques da orla, motos incendiadas, carros destruídos, comércio assaltado foram vistas pela televisão, mas vivenciadas ao vivo e a cores pelos moradores, acuados em suas casas, com o trânsito parado. Duzentos e vinte um uruguaios foram levados para a delegacia e vinte e dois permanecem em prisão temporária até hoje. O mais grave é que em dezenove de setembro, um mês e uma semana antes, o Flamengo enfrentou esse mesmo Penharol, no Maracanã, e promoveram, também, cenas de vandalismo e agressões, no Recreio dos Bandeirantes. Será que a Secretaria de Segurança do estado não se lembrava da animosidade dessa torcida? Por que não tomou as devidas providências para que esses fatos não se repetissem?

Mas, na sua sina de cidade, e por que não estado, deixada ao deus dará, no dia seguinte, 24, a coisa foi pior. Na altura do Complexo de Israel, uma das favelas situadas na Avenida Brasil, principal artéria de ligação da zona oeste com o centro da cidade, após uma incursão da polícia militar no local, bandidos atiraram em direção daquela avenida, causando três mortes de pessoas que iam ou estavam trabalhando e causando um grave tumulto. Aliás, desde a tresloucada ordem do membro do STF, Edson Facchin, manietando a atuação da polícia, nos morros e favelas do Rio, que a violência aumentou. O carioca vive acuado, com medo de sair às ruas, preso dentro de suas casas, invertendo a ordem das coisas, pois quem tem de estar atrás das grades são os bandidos, não cidadãos que trabalham e pagam impostos para alavancar a marcha da sociedade.

Segundo a PM, ao chegar às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, os agentes encontraram forte resistência dos criminosos. Para conter a aproximação da PM, eles atearam fogo em carros e várias barricadas, além de terem cavado valas para impedir a ação dos policiais. Na tentativa de fuga, atiraram em direção à Avenida Brasil, causando o tumulto já citado.

Raro, se é que existe, são os dias em que não há relatos de guerra entre milicianos e traficantes, trocando tiros dia e noite; se eles se matassem entre eles, melhor não poderia ser. O problema é que eles colocam em risco a vida de policiais que são pagos, e mal, para manterem a ordem, e, principalmente, de cidadãos e crianças vítimas de balas perdidas. O Rio de Janeiro é, talvez, a cidade campeã de pessoas atingidas ou mortas por balas perdidas.

O grande responsável pelo status quo atual foi Leonel de Moura Brizola, ex-governador do estado, na década de 1980, com sua malfadada ordem de não deixar policiais subirem os morros. Anos depois, Edson Facchin comete o mesmo destempero. Perde com isso a cidade, pois tal estado de coisas compromete o turismo, uma de suas grandes fontes de renda. Além de suas belezas naturais, uma das coisas que, talvez, aumentou o grande fluxo de turistas, para o Nordeste, tenha sido o caos urbano do Rio de Janeiro causado pelo trânsito maluco e pela violência desenfreada.

Infelizmente, a então decantada cidade maravilhosa não tem mais jeito e chega-se à conclusão que a campanha para desacreditá-la teve um grande êxito.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.