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Eu seria feliz se ...

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Pare uns minutos e pense como você preenche ou completa essa frase: “Eu seria feliz se ...”. É melhor e mais importante escrever porque escrever nos ajuda a pensar melhor. Pode ter melhor resultado ainda escrever à mão numa folha de papel do que num aparelho eletrônico, como computador, celular ou tablet. Você pode colocar mais de uma coisa como resposta. Fazendo esta dinâmica a sós pode revelar coisas importantes para sua caminhada nessa vida.

Pare uns minutos e pense como você preenche ou completa essa frase: “Eu seria feliz se ...”. É melhor e mais importante escrever porque escrever nos ajuda a pensar melhor. Pode ter melhor resultado ainda escrever à mão numa folha de papel do que num aparelho eletrônico, como computador, celular ou tablet. Você pode colocar mais de uma coisa como resposta. Fazendo esta dinâmica a sós pode revelar coisas importantes para sua caminhada nessa vida.

O comum é pensarmos que seríamos mais felizes se um parente mudasse de conduta, ou se ficássemos ricos materialmente, se seu chefe, seu colaborador na empresa, se o governo, modificassem a conduta para chegar no nosso desejo.

Depois que você escrever completando a frase “Eu seria feliz se...” colocando vários itens, se desejar, pense no seguinte: “Do que escrevi, o que está sob meu controle e o que não está?” Por exemplo, vamos supor que você tenha colocado uma frase assim: “Eu seria mais feliz se o presidente do país tomasse a decisão de (fazer algo que você acha que seria bom para o povo).” Agora pense se isso (as decisões do presidente da República) estão ao seu alcance ou não?

Outro exemplo: se você colocou que seria mais feliz se seu parente adulto mudasse o jeito autoritário dele ser, pense: “Tenho controle sobre o comportamento dele/dela?”. Mais um exemplo: se você escreveu que se sentiria mais feliz se perdesse peso para tentar chegar no peso normal para seu biotipo, isso está ao seu alcance ou não?

Ao começar a pensar sobre o que você escreveu que o faria mais feliz, separe o que depende de atitude sua do que você é impotente para fazer ou mudar. Pense que em relação àquilo que você é impotente para mudar, a solução é aceitar essa impotência. Somos impotentes sobre um monte de coisas na vida, sobre pessoas, lugares, atitudes políticas que afetam nosso bolo, nossa paz, o senso de justiça. Realmente é doloroso pensar que o mal parece controlar os poderes que governam esse mundo. Mas alivia nossa dor e nos dá esperança pensar que o bem é soberano e que, ao final, em breve, ele vencerá.

Querer controlar o incontrolável nos estressa. Por outro lado, abrindo mão da tentativa de controlar aquilo diante do qual somos impotentes produz serenidade. Se você e eu nos rendemos ao bem e aceitamos a existência temporária do mal, e seguimos no caminho da virtude na força espiritual que podemos receber de cima, podemos ter paz interior e isso faz parte da sensação de felicidade.

Existem muitos aspectos de nossa vida que precisamos aceitar porque não podemos mudar. Aceitar essa realidade, em vez de revoltar-se contra ela, diminui a tensão mental, a ansiedade e a tristeza.

Pense e peça ajuda a Deus para Ele o ajudar a desmontar uma possível ideia que pode existir em sua cabeça de que para você ser feliz tem que ter isso ou aquilo que está fora do seu controle. E também peça ajuda e forças para lutar por aquilo que está sob sua responsabilidade e alcance.

Talvez a conhecida Oração da Serenidade possa ajudar. Uma versão dela diz assim: “Deus, concedei-me a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso mudar; coragem para mudar as que posso, e sabedoria para distinguir a diferença entre as que posso mudar e as que não posso.”

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Chama viva

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Nova Friburgo Futebol Clube celebra 45 anos de histórias e glórias

Foram dias de muitas comemorações, lembrando do passado, reforçando o presente e preparando para perpetuar o futuro. O Nova Friburgo Futebol Clube realizou diversas atividades para celebrar os 45 anos da fusão entre Esperança e Friburgo, eternizando duas das belas histórias do futebol friburguense. Os eventos aconteceram no último final de semana, e contaram com a presença de diretores, associados, atletas e convidados.

Nova Friburgo Futebol Clube celebra 45 anos de histórias e glórias

Foram dias de muitas comemorações, lembrando do passado, reforçando o presente e preparando para perpetuar o futuro. O Nova Friburgo Futebol Clube realizou diversas atividades para celebrar os 45 anos da fusão entre Esperança e Friburgo, eternizando duas das belas histórias do futebol friburguense. Os eventos aconteceram no último final de semana, e contaram com a presença de diretores, associados, atletas e convidados.

Na primeira atividade, a coordenadoria da Escolinha do Nova Friburgo Futebol Clube realizou partidas comemorativas, disputadas no Centro de Treinamento, em Conselheiro Paulino. Os jogos contaram com participação de alunos das categorias Sub 4, 7, 9, 11, 13 e 15. Após os jogos, os atletas receberam medalhas alusivas à data.

“Promovemos alguns jogos pelos 45 anos do Nova Friburgo Futebol Clube, com nossos atletas, e todos receberam medalhas comemorativas. Foi uma atividade muito proveitosa”, destacou o coordenador da Escolinha do Nova Friburgo Futebol Clube, Alexandre Fajardo.

Em um dos momentos mais importantes dos festejos, a diretoria do Nova Friburgo Futebol Clube realizou a entrega oficial das obras de melhorias no Parque Aquático, em Conselheiro Paulino. A solenidade reuniu diretores, associados e convidados. Com a iniciativa, a entrada do clube passou para o início da Rua Manoel Ribeiro (onde funcionou, anteriormente, o acesso ao Parque Aquático). Com a modernização o local ganhou uma secretaria para o atendimento aos sócios, portaria e a nova sala do Departamento de Futebol de Botão. O Parque Aquático recebeu calçamento, remodelagem no jardim e a disponibilização de mais estacionamento para veículos dos sócios.

“É com grande alegria que estamos inaugurando as obras de melhorias nas dependências do Parque Aquático. Foi um trabalho difícil, porém gratificante, para garantir mais conforto aos associados. Continuaremos nosso trabalho para garantir novas melhorias para o clube. Quero agradecer o trabalho da dra. Suenni, nossa vice-presidente administrativa, e ao engenheiro projetista Luís Roberto pela parceria, dedicação, zelo e idealismo”, salientou o presidente do Conselho Diretor, Luiz Fernando Bachini.

Na ocasião, Suenni Fernandes e Luís Roberto Lemos receberam diplomas de reconhecimento.

 

Reinaugurações e confraternização

A equipe de Futebol de Botão do Nova Friburgo Futebol Clube também fez parte das comemorações, e participou de partida amistosa com o Friburguense. O evento marcou a reinauguração das salas Carlos Erich Kramer (Chiminga) e Paulo Maduro; Jonas Kojala, Anderson e César representaram as cores do Nova Friburgo Futebol Clube); enquanto Maurício, Vinícius e Carlos atuaram pelo Friburguense Atlético Clube.

A diretoria ofereceu um momento de confraternização para associados e convidados, com apresentação musical da Banda Good Times. O vice-presidente de Marketing, Edson Roberto Tavares, fez um balanço do evento.

“Foi uma festividade grandiosa, conforme a tradição do nosso clube. Vivenciamos momentos de muita emoção e tivemos a oportunidade de receber personalidades representativas do esporte e autoridades.”

Já no último domingo,15, foram realizadas duas partidas na categoria Master. O Nova Friburgo F.C. superou, 4 a 1, o Ortifazenda. Os gols foram assinalados por Ricardo (duas vezes), Erick e Teco. Lauriano descontou para a equipe adversária. Na outra partida, o Amparo venceu, 4 a 2, o Paz e Amor. Ricardo, gol contra, DJ Pé de Pano e Breder balançaram as redes, enquanto Fajardo e Dudu descontaram.

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    Atividades da escolinha reforçam o presente e o futuro de uma das mais tradicionais instituições da cidade (Foto: Rafael Seabra)

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    Reinauguração do Parque Aquático foi um dos momentos marcantes da celebração de 45 anos (Foto: Rafael Seabra)

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    Futebol de Mesa também ganhou nova sala, e fez parte das comemorações do clube (Foto: Rafael Seabra)

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    O 6º Encontro de Colecionadores de Camisas de Futebol de Nova Friburgo vai movimentar o próximo sábado, 21. O evento, idealizado e coordenado por Alex Moreira (foto), famoso pela coleção de camisas e itens do Vasco, acon-tece no Cadima Shopping, a partir de 10h. Além das cami-sas do cruzmaltino, Friburguense, Botafogo, Flamengo e Fluminense vão estar representados por colecionadores, além de muitos outros clubes do país e do mundo. Todos aqueles que quiserem viajar no tempo e recordar grandes momentos e times, podem prestigiar o evento. (Foto: Divulgação)

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Café da manhã

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Não chego a acreditar que Deus também tenha o costume de fazer seu breakfast

Não chego a acreditar que Deus também tenha o costume de fazer seu breakfast

Levanto-me de manhã e vou para a cozinha. Levantado, mas não acordado. Pois só depois do primeiro gole de café me percebo vivo e consciente de que o mundo existe, além das brumas do sonho e do sono. Sei que tem gente que não gosta de café, existem até religiosos que recomendam que nos afastemos dele. Não sei se é pelo bem da saúde ou se porque essa bebida é, em si mesma, um pecado. Consolo-me pensando que, se esse hábito (ou vício) for nocivo à saúde, não há de ser tão grave que a medicina não possa vencê-lo. Se for nocivo à salvação da alma, confio em que Deus nos perdoará, já que Ele perdoa coisas tão mais graves. 

Não chego a acreditar que Deus também tenha o costume de fazer seu breakfast. Ele nunca dorme e, portanto, não acorda com vontade de tomar café. Mas não acho que Deus se aborreça comigo se, de manhã, logo depois de pensar n´Ele, penso na água quente inundando o coador, cobrindo o pó e espalhando pela casa o cheiro que entra por todos os sentidos, aquecendo o corpo e despertando a mente. Se o Criador deixou a rubiaceae no mundo, é porque bem sabia o que estava fazendo.

Sim, a vida tem muita preocupação e muita chatice. Às vezes, muito sofrimento. Com razão se diz que não há felicidade, só momentos felizes. Sendo assim, é de grande sabedoria guardar os bons momentos, esticá-los ao máximo e, no mesmo movimento, chutar a dor para longe, para o baú das coisas vividas, perdidas e esquecidas. Verdade que às vezes somos tentados a dar razão a Millôr Fernandes, quando diz que o homem é o único animal que não deu certo, ou a Sartre (“O inferno são os outros”), ou a Vinicius de Moraes, falando sobre as crianças que perturbam seu sossego (“Eu chego a achar Herodes natural”).

 Atrevemo-nos a assistir ao noticiário e a tela da TV se transforma num mundo de horrores coloridos. Na África, a camisa grudada na costela das crianças mais parece pano velho esticado na cerca. Mundo afora, o horror de ataques terroristas e guerras que matam indiscriminadamente, bombardeando até mesmo escolas e hospitais infantis. E, no Brasil, o paradoxo de milhões passando fome na terra da fartura. É preciso estar muito alienado para ser completamente feliz num mundo assim enlouquecido.

Mas tem o café da manhã, e tantas outras coisas que fazem a vida valer a pena, ou, na pior das hipóteses, ser navegada com leveza. Como diz Paulinho da Viola: “Faça como o velho marinheiro, que durante o nevoeiro, leva o barco devagar”. Tem a família, filhos e netos; uma pessoa especialmente amada e que nos ama. Os amigos, um dia de sol e céu azul, de preferência na praia; uma taça de vinho nas noites frias; um bom filme antes de dormir ou para dormir durante. Ah, e tem os livros, companheiros sempre disponíveis, sempre solidários, sempre a nos ensinar tudo, como quem não quer ensinar nada.

A vida é bela? Às vezes. Às vezes é muito feia. Pelo sim, pelo não, o melhor é desafiá-la todas as manhãs, usando como arma uma boa e fumegante xícara de café.

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A VOZ DA SERRA é a estrela guia da nossa informação

terça-feira, 17 de setembro de 2024

         Mamãe, depois de aposentada da Fábrica de Filó, resolveu ajudar meu pai com os quitutes do Avenida Bar, na Avenida Euterpe, nº 132. Nós já morávamos no Ouro Preto e as guloseimas eram fabricadas em casa e levadas para o bar pelo tio Fernando. Contava ele que, no ônibus, as pessoas queriam comprar os cheirosos pastéis, mas, infelizmente, eles eram da freguesia do bar. O segredo do sucesso era justamente misturar cachaça na massa, o que dava uma crocância de estalar na boca. E o Caderno Z nos trouxe até a receita, detalhando as quantidades dos ingredientes.

         Mamãe, depois de aposentada da Fábrica de Filó, resolveu ajudar meu pai com os quitutes do Avenida Bar, na Avenida Euterpe, nº 132. Nós já morávamos no Ouro Preto e as guloseimas eram fabricadas em casa e levadas para o bar pelo tio Fernando. Contava ele que, no ônibus, as pessoas queriam comprar os cheirosos pastéis, mas, infelizmente, eles eram da freguesia do bar. O segredo do sucesso era justamente misturar cachaça na massa, o que dava uma crocância de estalar na boca. E o Caderno Z nos trouxe até a receita, detalhando as quantidades dos ingredientes. Pode fazer que dá certinho em  homenagem ao Dia da Cachaça, 13 de setembro. Não tem importância que a data já tenha passado, porque, para quem gosta da bebida, é sempre bem-vindo um golinho.

         Mas, e essa história de dar o primeiro gole para o santo? Não resta dúvida de que é uma forma de agradar e pedir proteção ao santo. Contudo, “desde quando santo gosta de cachaça?”. No imaginário da plateia pode ser uma forma de beber sem culpa, mas acontece que muitos rituais religiosos utilizavam o produto em suas celebrações. Tanto que tem gente que diz que vai “beber água benta”.

         A cachaça e a cerveja são duas paixões com elos muito antigos.  A inovação fica por conta da primeira cachaça maturada em barris de jaqueira. Felipe Jannuzzi criou o Mapa da Cachaça, que recebeu o prêmio de melhor projeto cultural de 2014 pelo Ministério da Cultura. Felipe nos conta sobre a Fazenda Cio da Terra, na Bahia que, com o pioneirismo de usar jaqueira para envelhecer cachaça, a “Matriarca” não só eleva a diversidade do seu portifólio e inova no perfil sensorial no mercado da cachaça, mas contribui também para a preservação ambiental, reflorestando a fazenda.  Bem se vê que a Matriarca Jaqueira aproveita bem o “cio da terra” e “rouba da cana a doçura do mel...”. Nem que seja virtual, vale um passeio pela fazenda, no Facebook.

         Em 1924, nascia no Rio de Janeiro, Heródoto Bento de Mello, predestinado ao sucesso, aos grandes empreendimentos, que construiria um legado histórico. Governou nossa cidade por 4 mandatos e sempre pensou uma cidade para o futuro, com ideias à frente do próprio tempo. Vereador, deputado, diretor do DER e da antiga loja Cadima, que deu lugar ao Shopping Cadima. Tudo o que se disser para enaltecer a sua memória ainda será pouco, mas é possível definir sua personalidade de homem nobre, de bom coração, de objetivos claros, sempre a favor do bem comum. Um homem bento!

         Uma novidade que pode agradar a muita gente é o possível do retorno do horário de verão. Apesar de ainda “não ser um fato”, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez um pronunciamento, na última quinta-feira, 12, em São Paulo, destacando: “O horário brasileiro de verão é uma possibilidade real, para melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial e a consequente redução do consumo de energia elétrica no país”. Alegria para alguns, desconforto para outros, mas é preciso pensar nos resultados positivos que o sistema produz para o país.

A Terra clama pela nossa responsabilidade com a própria terra, com a água e com a qualidade do ar. Mais do que tomar água, é tomar consciência do nosso lugar no mundo. Dói ver as matas queimando e a pergunta de sempre: “Até quando?” – Os justos pagam pelos pecadores. Contudo, dói saber que ainda possa existir gente capaz de tamanho absurdo e com qual intenção? Mas o fogo não se acende sozinho!

Em Nova Friburgo, a paisagem se desfigura: cadê o céu azul celeste, límpido, que contracena com o verdor de nossa vegetação? A fumaça toma conta do ar, dificultando a boa respiração. O Morro da Cruz ficou em chamas! Que cruz é essa que precisamos carregar? Por mais que sejam feitas campanhas sobre os efeitos negativos das queimadas, a cada ano, mais e mais, o fogo continua destruindo o que levou anos para se erguer. E me lembro sempre de uma trova de Cyrlea Neves: “Grandes galhos retorcidos / pelas matas calcinadas, / são apelos repetidos / pela extinção das queimadas!”. Que triste!

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Lixo Eletrônico: O Desafio Global da Era Digital

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Opa! Tudo verde?

Bora pra mais uma Prosa Sustentável!

O assunto de hoje é sobre o lixo eletrônico, também conhecido como e-lixo. Refere-se a qualquer dispositivo eletrônico descartado, como celulares, computadores, TVs e equipamentos de áudio. Com o avanço da tecnologia e a rápida obsolescência de dispositivos eletrônicos, o problema do lixo eletrônico tornou-se uma preocupação global nas últimas décadas.

Opa! Tudo verde?

Bora pra mais uma Prosa Sustentável!

O assunto de hoje é sobre o lixo eletrônico, também conhecido como e-lixo. Refere-se a qualquer dispositivo eletrônico descartado, como celulares, computadores, TVs e equipamentos de áudio. Com o avanço da tecnologia e a rápida obsolescência de dispositivos eletrônicos, o problema do lixo eletrônico tornou-se uma preocupação global nas últimas décadas.

Os primeiros sinais significativos desse problema surgiram na década de 1990, com o aumento exponencial da produção e descarte de dispositivos eletrônicos. Desde então, a quantidade de lixo eletrônico gerado continuou a crescer exponencialmente, impulsionada pelo rápido desenvolvimento tecnológico e pela cultura de consumo descartável.

Os problemas enfrentados para resolver o problema do lixo eletrônico são diversos e complexos. Em primeiro lugar, o descarte irregular e inadequado desses resíduos pode causar danos ambientais significativos. Os dispositivos eletrônicos contêm uma variedade de substâncias tóxicas, como mercúrio, chumbo, cádmio e bromo, que podem contaminar o solo, a água e o ar quando descartados em aterros sanitários ou incinerados de maneira inadequada. O impacto ambiental do descarte irregular do lixo eletrônico pode afetar diretamente a saúde humana. O contato com as substâncias tóxicas presentes nos resíduos eletrônicos pode causar uma variedade de problemas de saúde, incluindo danos ao sistema nervoso, problemas respiratórios, câncer e danos ao sistema reprodutivo.

Além disso, o lixo eletrônico representa uma perda de recursos valiosos, como metais preciosos e materiais recicláveis, que poderiam ser recuperados e reutilizados. A exploração descontrolada de recursos naturais para a produção de novos dispositivos eletrônicos também contribui para a degradação ambiental e esgota os recursos finitos do planeta.

Para enfrentar esse desafio, vários países têm adotado medidas para promover o descarte consciente e a reciclagem de lixo eletrônico. Na Europa, por exemplo, a Diretiva de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (WEEE) estabelece metas ambiciosas para a coleta e reciclagem de lixo eletrônico. Além disso, muitos países implementaram programas de coleta seletiva e sistemas de reciclagem para garantir que os resíduos eletrônicos sejam adequadamente processados e reciclados.

 

Países como Japão, Coreia do Sul e Suíça são exemplos de nações que estão liderando esforços para lidar com o problema do lixo eletrônico. Esses países implementaram sistemas de coleta e reciclagem eficientes, incentivaram a reutilização de dispositivos eletrônicos e promoveram a conscientização pública sobre a importância do descarte adequado do lixo eletrônico.

Opa! Peraí! Quais são as soluções para este tipo de problema?

Reciclagem e Reutilização: Promover a reciclagem de dispositivos eletrônicos e incentivar a reutilização de componentes e materiais é fundamental para minimizar os impactos do lixo eletrônico. Isso ajuda a reduzir a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários e evita a extração de novos recursos.

Programas de Coleta Seletiva: Estabelecer programas de coleta seletiva de lixo eletrônico, onde os consumidores podem descartar seus dispositivos de forma adequada, é essencial. Esses programas podem ser implementados por governos locais, empresas de reciclagem ou fabricantes de eletrônicos.

Legislação e Regulamentação: Desenvolver e implementar legislação e regulamentação robustas para lidar com o descarte e reciclagem de lixo eletrônico. Isso pode incluir políticas de responsabilidade estendida do produtor, que exigem que os fabricantes sejam responsáveis pelo destino final de seus produtos.

Educação e Conscientização: Promover a educação e conscientização pública sobre os impactos ambientais do lixo eletrônico e a importância do descarte adequado. Isso pode ser feito por meio de campanhas de conscientização, programas educacionais em escolas e iniciativas de engajamento comunitário.

Design Sustentável: Incentivar o design sustentável de dispositivos eletrônicos, com ênfase na facilidade de desmontagem, reparo e reciclagem. Isso pode prolongar a vida útil dos produtos e reduzir a quantidade de resíduos eletrônicos gerados.

Inovação Tecnológica: Investir em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e processos de reciclagem de lixo eletrônico mais eficientes e ambientalmente amigáveis. Isso pode incluir métodos inovadores de recuperação de materiais e extração de recursos de dispositivos eletrônicos obsoletos.

Parcerias Público-Privadas: Fomentar parcerias entre governos, setor privado, organizações não governamentais e sociedade civil para desenvolver soluções abrangentes e sustentáveis para o gerenciamento de lixo eletrônico. Essa colaboração pode envolver o compartilhamento de recursos, expertise e melhores práticas para enfrentar esse problema gigante e crescente.

Em resumo, o problema do lixo eletrônico é um desafio global que exige uma abordagem coordenada e multifacetada. A implementação de políticas eficazes de gerenciamento de resíduos eletrônicos, o estabelecimento de sistemas de reciclagem robustos e a conscientização pública são fundamentais para mitigar os impactos ambientais e proteger a saúde humana neste mundo cada vez mais digitalizado.

Tudo verde sempre!

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É hora de repensar o consumo desenfreado e promover um futuro mais sustentável! (Foto: Pixabay.com)
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A espiritualidade dos animais

terça-feira, 17 de setembro de 2024

O Brasil, em chamas, está perdendo as cores das matas, do sol e das riquezas naturais. Tem ganhado as cores do fogo e da fuligem, das dores dos animais e dos agricultores. Os tons do espanto dos brasileiros porque sabem que, apesar da seca, os incêndios, em grande maioria, têm sido provocados pela perversidade criminosa e pelo descuido de quem o faz.

O Brasil, em chamas, está perdendo as cores das matas, do sol e das riquezas naturais. Tem ganhado as cores do fogo e da fuligem, das dores dos animais e dos agricultores. Os tons do espanto dos brasileiros porque sabem que, apesar da seca, os incêndios, em grande maioria, têm sido provocados pela perversidade criminosa e pelo descuido de quem o faz.

Tenho me sensibilizado imensamente com os animais queimados e feridos à própria sorte. As minhas células reagem à miséria do amor que esses brasileiros têm pela terra onde vivem, diferentemente dos animais que respeitam o próprio habitat e não o destroem.

Com a compaixão e a ternura que sinto pela vida do nosso país vou prosseguindo a leitura sobre as relações entre o homem, a natureza e a máquina, expostas no livro “Maneiras de ser: a busca de uma inteligência planetária”, de James Bridle. Leio, algumas vezes, relendo páginas, parágrafos e frases, parando para aprofundar meu saber sobre a ecologia.  Li com emoção a descrição que o autor faz do trabalho de pesquisa da primatóloga Bárbara Smuts, realizada no Quênia e na Tanzânia, durante um período de mais de 25 anos, quando estudou o comportamento dos babuínos que viviam livres. Durante seu trabalho ela percebeu um tipo de experiência e sensibilidade no comportamento desses animais que não conseguiu classificá-las cientificamente.

Em suas caminhadas, sem motivo óbvio, sozinhos ou em grupos, os babuínos paravam e permaneciam sentados por meia hora em completo silêncio olhando para algum lugar. Inclusive os mais jovens, geralmente mais agitados e turbulentos, ficavam em contemplação tranquila. A seguir, sem qualquer razão, eles se levantavam e prosseguiam. Bárbara Smuts, depois de observá-los e refletir a respeito, considerou aquele comportamento uma experiência de meditação e prática espiritual. 

Ao ler, me lembrei da minha cachorra, que, com frequência, senta-se e fica por um tempo imóvel, olhando para o jardim. As observações da pesquisadora me fizeram ampliar, ainda mais, a certeza de que os animais estabelecem uma relação profunda com os seres da natureza e com Deus. Acredito que, ao estar nesse estado de contemplação, o animal encontra um modo de orar e ter contato com a mais pura energia universal. A espiritualidade guarda a vitalidade que alimenta o amor pelos outros e por si, além de significados éticos que protegem a vida. É um sentimento esperançoso que fundamenta a vontade de viver.

E diante dos incêndios criminosos em nossas matas que destroem a vida dos vegetais e animais, colocando em risco a saúde ecológica do país, chego à conclusão que atear fogo é um ato suicida. Quem tem a intenção de destruir a terra onde vive, desloca para a natureza a vontade de se matar. 

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A luta continua

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Victor Dias leva a pior em sua luta no LFA 192

        Ele deu o seu melhor, porém não conseguiu sair com o resultado positivo. Victor Dias fez a luta principal do LFA 192, na última sexta-feira, 13, contra o americano Mark Climaco. O duelo, válido pela categoria Peso Mosca, aconteceu na Kaiser Permanente Arena, em Santa Cruz, na Califórnia. O adversário do friburguense competiu em casa pela primeira vez, em mais de seis anos, e conquistou a vitória por decisão unânime (29-28, 30-27, 30-27).

Victor Dias leva a pior em sua luta no LFA 192

        Ele deu o seu melhor, porém não conseguiu sair com o resultado positivo. Victor Dias fez a luta principal do LFA 192, na última sexta-feira, 13, contra o americano Mark Climaco. O duelo, válido pela categoria Peso Mosca, aconteceu na Kaiser Permanente Arena, em Santa Cruz, na Califórnia. O adversário do friburguense competiu em casa pela primeira vez, em mais de seis anos, e conquistou a vitória por decisão unânime (29-28, 30-27, 30-27).

O semifinalista do Road To UFC usou um ataque equilibrado de golpes e luta agarrada para garantir a vitória contra Victor “Paçoca” Dias, ex-integrante do Contender Series, de Dana White. No co-evento principal, o principal prospecto quirguiz Aziz Osorbek Uulu derrotou o destaque brasileiro Filipe Esteves, com uma transição rápida no final do primeiro round. A vitória por finalização veio por mata-leão aos 4:47 do primeiro round.

        O LFA é uma promoção profissional do Mixed Martial Arts (MMA), que oferece às estrelas em ascensão e aos principais candidatos a oportunidade de provar seu talento aos fãs e líderes do setor. A organização foi formada pela fusão entre a RFA e o Legacy FC. A LFA apresenta eventos ao vivo, mensalmente, nos Estados Unidos, incluindo Atlanta, Minneapolis, Dallas, Denver, Phoenix, Las Vegas e Los Angeles. O grupo também se expandiu internacionalmente, com vários eventos realizados por todo o Brasil.

        A LFA tornou-se rapidamente a organização número um em desenvolvimento no mundo, bem como uma das promoções de MMA mais ativas e respeitadas no esporte que mais cresce no mundo. Os acordos de luta seguem as regras sobre substâncias proibidas pelas comissões estaduais de Atletismo e ABCCS. A política de apostas que está em cada acordo de luta deve ser assinada por cada lutador.

Antes deste desafio, Victor Dias venceu, em outro evento de MMA, o norte-americano Mecca, realizado no dia 29 de junho, na cidade de Minnesota, nos EUA. Também fazendo a luta principal do evento, contra o ex-UFC Justin Scoggins, Dias precisou apenas do primeiro round para derrubar o seu adversário. Especialista em jiu-jitsu, conseguiu dominar o rival, encaixar o golpe e vencer com um estrangulamento.

 

Rolou a bola

Copa Gerson tem a primeira rodada promovida no Country Clube

        A bola começou a rolar pela Copa Gerson, competição realizada no campo de grama Miguel Ruiz, no Nova Friburgo Country Clube. As partidas movimentaram dezenas de crianças, entre 11 e 13 anos de idade, e foram acompanhadas por familiares, amigos e torcedores.

        No primeiro duelo, pela categoria sub-11, o Country Clube goleou o Free Fut pelo placar de 4 a 1. No segundo jogo do dia, a equipe da casa também venceu com boa diferença de gols, desta vez pelo sub-13: 5 a 1 sobre a Escolinha Zico 10. Logo na sequência, pelo sub-13, a Escola de Futebol do Friburguense venceu duelo equilibrado contra a Escola do Flamengo, por 3 a 2, na categoria sub-11. Fechando a primeira rodada, o Friburguense voltou a bater o rubro-negro, desta vez pelo sub-13, por 5 a 1.

        A Copa Gerson marca a retomada da antiga Copa Country, que não era realizada há mais de 15 anos, e que pode se firmar novamente no calendário esportivo do clube. O evento conta com a participação de grandes marcas e instituições renomadas, como Friburguense, Zico 10 e Flamengo, que se unem ao Nova Friburgo Country Clube.

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    Em casa, americano levou a melhor sobre o atleta de Nova Friburgo (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Victor, durante a encarada e pesagem: lutador friburguense não conseguiu o resultado positivo (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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A mãe e o filho amado a caminho do Calvário

terça-feira, 17 de setembro de 2024

O dia 15 de setembro é dedicado à Nossa querida Mãe Maria, sob o título de Nossa Senhora das Dores. Maria é aquela que diz sim ao Plano de Deus e aceita a cruz da missão de gerar o Filho de Deus feito homem e doar a vida por Ele. Nesta missão, a Mãe do Redentor experimenta as dores por amor ao seu amado Filho: a fuga para o Egito, a perda do menino, a Paixão, a crucificação, a morte e sepultura de Jesus.

 

O dia 15 de setembro é dedicado à Nossa querida Mãe Maria, sob o título de Nossa Senhora das Dores. Maria é aquela que diz sim ao Plano de Deus e aceita a cruz da missão de gerar o Filho de Deus feito homem e doar a vida por Ele. Nesta missão, a Mãe do Redentor experimenta as dores por amor ao seu amado Filho: a fuga para o Egito, a perda do menino, a Paixão, a crucificação, a morte e sepultura de Jesus.

 

PELOS OLHOS DE MARIA, as janelas de todo o cosmo e de toda a humanidade, perplexos, estupefatos, atordoados com tanta dor, aprendemos a silenciar o mistério, mesmo entre lágrimas, confiantes na vitória e Palavra divina. Quanta intensidade neste mergulho entre os olhares da Mãe dolorosa e do filho desfigurado, quantas mensagens infinitas de amor trocadas, caladas profundamente no silêncio do testemunho da vítima pascal e da única carne com Ele da Nova Eva que caminhava para ser crucificada também com Ele, como dizia São Guilherme, junto ao Novo Adão. Ali se uniam os três "faça-se": o do Gênesis, o de Nazaré e o do Getsêmani, para gerar uma nova criação, numa nova Aliança pela obediência e pelo "sim" de servos do Amor do Pai, uma nova humanidade na ordem da Graça. Também nós, pelos olhos de Maria, devemos contemplar Jesus no silêncio de amor, dizendo o nosso "sim", entregando-nos a Ele, como cooperadores de sua Paixão redentora, para estendermos sua salvação a todos os irmãos.

 

PELOS PÉS DE MARIA, apressados, sofridos, feridos, ao correr para o filho, ao se esforçar para firmar-se em frente e próximo ao fruto de seu ventre, injustiçado e chagado, enquanto era repelida e afastada pelos cruéis algozes e opositores, entre insultos e humilhações, aprendemos que devemos ser resilientes e manter a direção certa rumo a Jesus, sendo ridicularizados com Ele, nos identificando com o seu sacrifício, caminhando com Ele, nos aproximando sempre mais da sua cruz e do seu rosto, carregando com paciência a nossa cruz, sendo também Cirineus do Senhor nos irmãos, mesmo que o mundo cruel nos queira separar do seu amor redentor.

 

PELAS MÃOS DE MARIA, que acariciaram o rosto de Jesus, que, por segundos, tocaram a eternidade, entre suor, sangue e lágrimas e relembraram todo o carinho da Mãe amorosa ao seu filho no ventre, ao seu menino no colo, tocando e beijando várias vezes a sua face, protegendo-o das quedas nos primeiros passos e dos perigos da infância e da adolescência, com zelo e aconchego, que o acompanharam no abraço firme e sereno, confirmando-o na sua disposição jovem e adulta a cumprir a vontade do Pai com total obediência, a qual nem ela mesma conhecia completamente, aprendemos a tocar o rosto de Jesus, num encontro pessoal de amor, tocando também o rosto ensanguentado de nossos irmãos, marcados pela dor, sofrimentos, desfigurações do pecado e a não nos esquivamos deles. Vendo neles os meninos e meninas que devem também ser protegidos das quedas e curados dos ferimentos e machucados, acariciados pela misericórdia divina, os filhos que envolvidos pelos braços da Mãe Igreja, a exemplo da Mãe das Dores, passam da morte para a vida, pelo poder de Deus.

 

PELO CORAÇÃO TRANSPASSADO DE MARIA, cumprindo a dura profecia de Simeão, ferido pela espada da Palavra que se descortinava em Paixão, açoitado e desnudado pela ingratidão e ódio dos homens, coroado de espinhos pela humilhação e injustiça, dos golpes desferidos contra seu filho querido e amado, ultimados na lança fatal que também transpassará sua alma, aprendemos que também nossos corações missionários devem se associar a esse martírio-discipulado de deixar-se atravessar pela Verdade-Cristo, assumindo o ônus e a kénosis da missão de dar toda a vida pelo Evangelho do Amor-salvação. O grande exemplo: o coração imaculado e também transpassado de Nossa querida Mãe da Graça, a primeira discípula-missionária de seu filho, Jesus.

 

Ajudai-nos, Maria, nesta Sacra e difícil Via, a seguirmos por vossos olhos, por vossos pés, por vossas mãos e por vosso santíssimo coração transpassado, o Vosso amado e Santíssimo filho, Deus feito homem, Filho Redentor, cooperando nesta sempre urgente obra de salvação de todos os irmãos, na cruz-missão da Igreja! Amém.

 

Pe. Luiz Claudio Azevedo de Mendonça, membro da Academia Marial de Aparecida, Assessor Eclesiástico da Comunicação Institucional

Fonte: Revista de Aparecida

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Grandes histórias...

sábado, 14 de setembro de 2024

De férias e homenageado, Galhardo fala sobre carreira e planos para o futuro

De férias e homenageado, Galhardo fala sobre carreira e planos para o futuro

De férias em Nova Friburgo, Rafael Galhardo recebeu mais um reconhecimento por sua representatividade, não só para o município, como também para toda a região. O jogador, atualmente com 32 anos, foi agraciado com a Medalha Swian Zanoni, honraria concedida pela Câmara Municipal a destaques do esporte da cidade, através de indicação do vereador José Roberto Folly. Um dos vários garotos que sonharam, um dia, em jogar futebol profissionalmente, Galhardo teve o privilégio de escrever uma trajetória de vivências e experiências únicas.

Campeão brasileiro pelo Flamengo (2009), Copa do Brasil pelo Cruzeiro (2017) e Mundial e Sul-Americano pela Seleção Brasileira sub-20, o atleta tem uma carreira sólida. Na temporada 2023/24, defendendo o Rayong FC, da Tailândia, marcou sete gols em 19 jogos. Por lá também defendeu o Sukhothai, logo após se aventurar, em 2021, pelo Canadá, onde vestiu a camisa do Valour FC.

Em sua última passagem por gigantes brasileiros, em 2020, esteve no Vasco da Gama, clube pelo qual atuou também em 2018. Começou jovem, na base do Friburguense, e ainda em seu processo de formação, foi contratado pelo Flamengo, onde ficou por diversos anos.

A carreira de Galhardo ainda reservou passagens pelo Cruzeiro, Atlético Paranaense, Bahia, Santos e Grêmio. No clube gaúcho, talvez, tenha atingido o auge, conquistando um prêmio Bola de Prata e se transferindo para o Anderlecht, da Bélgica, em 2015.

A VOZ DA SERRA aproveitou a oportunidade da passagem de Galhardo por Nova Friburgo para conversar com o atleta. No bate-papo, o agora meia fala sobre suas experiências recentes, seleção brasileira e futuro profissional.

 

A VOZ DA SERRA: Conte-nos um pouco sobre a sua experiência no futebol tailandês... O que mais foi difícil em termos de adaptação, cultura e outras questões?

O futebol tailandês é muito diferente do nosso, e no começo foi muito difícil em termos de adaptação e cultura. Mas a Tailândia é um país pelo qual eu me apaixonei, é muito receptivo. Quando acabam os jogos, nós vamos saudar os torcedores. Não tem vaias, brigas e isso é muito legal. Eles tratam o esporte como um espetáculo, e é prazeroso, pois não há medo, por exemplo, de sair de casa.

 

Dentro de campo: quais as diferenças em relação aos outros lugares onde já atuou?

É bem diferente mesmo do nosso futebol, por exemplo, é menos técnico. Dentro de campo é outra coisa, podem jogar dois estrangeiros e três asiáticos. É mais correria e força, com exceção de alguns jogadores.

 

O que faltou - ou ainda falta -, na sua visão, para conseguir uma convocação para a Seleção Brasileira? A lateral direita é sempre uma posição questionada pelo torcedor...

Eu acredito que não tenho mais condições de chegar à Seleção, até porque não atuo mais como lateral. Há uns cinco anos estou atuando como meia. Quando você joga em clubes grandes por anos, em alto nível, as chances são maiores. É uma posição difícil, carente. O lateral precisa saber atacar muito bem e defender da mesma forma. Por isso não temos muito jogadores de alto nível, e por isso se questiona as convocações. Os laterais ainda marcam os pontas, que hoje geralmente são os melhores jogadores das equipes. É uma posição bem ingrata.

 

Você atuou por grandes clubes do nosso futebol... Onde considera que teve a melhor fase da carreira?

Graças a Deus eu passei por grandes clubes, mas eu considero o meu melhor momento no Grêmio, em 2015, quando fui eleito o melhor lateral direito do Campeonato Brasileiro, fazendo uma boa campanha e jogando o maior número de jogos, sem ter lesões.

 

Para a sequência da carreira, o que projeta? Talvez o retorno a um clube de grande expressão no Brasil, ou pretende permanecer no exterior?

Neste momento estou mais tranquilo, vivendo o futebol como um hobbie mesmo. Hoje eu prezo muito por deixar a minha família vivendo num bom lugar, num bom país, com segurança e qualidade de vida, onde meus filhos possam desfrutar. Joguei por grandes clubes aqui no Brasil, mas não almejo um retorno. Eu também já estou na reta final. Comecei muito cedo, e subi para o profissional com 17 anos no Flamengo. Quero curtir mais os meus filhos, ser pai, levar o meu filho, que é apaixonado por futebol, para a escolinha. Tenho feito isso em Nova Friburgo, vivendo uma vida que não consegui antes. O futebol é muito bom, mas nos priva de algumas datas especiais e de uma rotina mais perto dos familiares.

 

Estando em Nova Friburgo, você foi homenageado pela Câmara Municipal. Qual a importância, para você, de ser reconhecido em sua cidade natal?

Sempre representei a cidade, e lembro quando eu fui viajar para o Sul-Americano, em 2011, pela Seleção Sub-20, e eu não sabia se meus parentes estavam vivos. Nós fomos campeões do torneio e tenho uma foto com a camisa escrito “100% Nova Friburgo”. É algo que sempre esperei, pois sempre onde eu fui, representei a minha cidade natal e de toda a minha família. É sempre bom receber uma homenagem de Nova Friburgo, por ser nascido e criado aqui, ter passado por várias escolinhas. Inclusive, tenho um projeto futuro para poder revelar jogadores e ajudar na formação deles.

 

Qual o conselho daria para uma criança, friburguense, que deseja jogar futebol profissionalmente?

O conselho é se dedicar ao máximo. Passei por várias escolinhas em Nova Friburgo, ouvi vários treinadores. Depois fui para o Rio de Janeiro, e tive que abri mão de muitas coisas, do final da minha infância e adolescência para realizar o meu sonho. O futebol não é fácil, a concorrência é muito grande para poucas vezes. É importante se dedicar e também continuar estudando. No final, vale a pena investir em nossos sonhos.

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    Com a camisa do Grêmio, Galhardo acredita ter vivido o melhor momento da carreira (Foto: Divulgação)

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    Homenageado em Nova Friburgo, Rafael Galhardo entra na reta final da carreira e prioriza a família (Foto: Divulgação)

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Tempo de festejar

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Começam os preparativos para os 45 anos do Nova Friburgo F.C.

        Um dos clubes que mantém viva a história do futebol amador da cidade, o Nova Friburgo Futebol Clube está em festa. O time verde, vermelho e branco celebra 45 anos de fundação na próxima segunda-feira, 16, e para comemorar a data, preparou uma série de eventos.

Começam os preparativos para os 45 anos do Nova Friburgo F.C.

        Um dos clubes que mantém viva a história do futebol amador da cidade, o Nova Friburgo Futebol Clube está em festa. O time verde, vermelho e branco celebra 45 anos de fundação na próxima segunda-feira, 16, e para comemorar a data, preparou uma série de eventos.

        As atividades terão início neste sábado, 14, a partir das 8h, com a atividades esportivas da Escolinha do NFFC, realizadas no Centro de Treinamento de Conselheiro Paulino. Logo depois, por volta das 11h30, está prevista a inauguração das obras no parque aquático, seguida por uma partida amistosa de futebol de botão, entre o Nova Friburgo e o Friburguense.

        A programação continua no domingo, 15, com a realização de uma partida de futebol master, às 10h, também no Centro de Treinamento do 6º distrito. Na segunda-feira, , dia do aniversário do NFFC, será celebada uma missa de ação de graças pelos 45 anos do clube na Catedral São João Batista, a partir das 16h.

 

Um pouco da história

        O Nova Friburgo Futebol Clube surgiu em 1979, como resultado da fusão entre o Friburgo F.C. e Esperança F.C. As cores do uniforme foram a mistura dos pavilhões das duas agremiações (Friburgo e Esperança). Entre as conquistas do clube estão o Campeonato Estadual Juvenil de 1988, campeão estadual da terceira divisão de profissionais, além da disputa do 8º Torneio Internacional, realizado na França, com a participação do Parma, Barcelona, Bayern de Munique, Benfica, entre outros.

        A história do futebol amador de Nova Friburgo vem desde o início do século 20, quando estudantes de várias partes do país migraram para a cidade e trouxeram a bola. O esporte ainda engatinhava no país, mas não demorou a conquistar os friburguenses. Os moradores do bairro Vilage passaram a frequentar o Colégio Anchieta e as tradicionais “peladas” (partidas amistosas de futebol) eram disputadas no campo da escola. Estes foram os primeiros registros de esporte em Nova Friburgo.

A brincadeira tomou proporções maiores e acompanhou o iminente crescimento do futebol no estado. As famílias Sertã, Spinelli e Van Erven estreitaram as relações e passaram a organizar os jogos. No dia 26 de abril de 1914, uma reunião no Hotel Salusse fundou oficialmente o Friburgo Futebol Clube, alterando o nome Friburguense Futebol Clube, utilizado até então por aquele grupo de jogadores.

Durante os primeiros anos, os duelos eram realizados na Avenida Galdino do Valle e na Rua Oliveira Botelho. Em 4 de setembro de 1922, o Friburgo passou a utilizar o estádio Raul Sertã, um espaço de nove mil metros quadrados. O esquadrão vermelho e branco tornou-se o time a ser batido. Em 1915, o Friburgo goleou o União pelo placar de 11 a 0 e os dirigentes, insatisfeitos, responderam à derrota com a criação do Esperança Futebol Clube. Junto ao time esperancista nasceu uma grande rivalidade que mais tarde, curiosamente, desencadearia a fusão.

Em meados de 1918, o futebol amador passou por uma grave crise financeira e de interesses. As divergências dentro do Friburgo levaram alguns componentes a deixar o clube e fundar o Fluminense A.C., em 1921. Quatro anos depois, formou-se a primeira Liga de Futebol de Nova Friburgo, e o azulino conquistou a maioria dos títulos em disputa.

O futebol amador não acompanhou o novo momento vivido pelo futebol na década de 1970 e as fusões entre Fluminense e Serrano e Friburgo e Esperança mudaram os rumos do esporte na cidade. Atual presidente do Nova Friburgo F.C., Luiz Fernando Bachini, era tesoureiro do Esperança e participou do processo de fusão junto a um conselho

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    Atividades das escolinhas do clube fazem parte da programação especial pelo aniversário (Foto: divulgação Vinicius Gastin)

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    O Futebol de Mesa também está inserido nas comemorações, que preveem jogos, inaugurações e homenagens (Foto: divulgação Vinicius Gastin)

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