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Tempo de festejar

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Começam os preparativos para os 45 anos do Nova Friburgo F.C.

        Um dos clubes que mantém viva a história do futebol amador da cidade, o Nova Friburgo Futebol Clube está em festa. O time verde, vermelho e branco celebra 45 anos de fundação na próxima segunda-feira, 16, e para comemorar a data, preparou uma série de eventos.

Começam os preparativos para os 45 anos do Nova Friburgo F.C.

        Um dos clubes que mantém viva a história do futebol amador da cidade, o Nova Friburgo Futebol Clube está em festa. O time verde, vermelho e branco celebra 45 anos de fundação na próxima segunda-feira, 16, e para comemorar a data, preparou uma série de eventos.

        As atividades terão início neste sábado, 14, a partir das 8h, com a atividades esportivas da Escolinha do NFFC, realizadas no Centro de Treinamento de Conselheiro Paulino. Logo depois, por volta das 11h30, está prevista a inauguração das obras no parque aquático, seguida por uma partida amistosa de futebol de botão, entre o Nova Friburgo e o Friburguense.

        A programação continua no domingo, 15, com a realização de uma partida de futebol master, às 10h, também no Centro de Treinamento do 6º distrito. Na segunda-feira, , dia do aniversário do NFFC, será celebada uma missa de ação de graças pelos 45 anos do clube na Catedral São João Batista, a partir das 16h.

 

Um pouco da história

        O Nova Friburgo Futebol Clube surgiu em 1979, como resultado da fusão entre o Friburgo F.C. e Esperança F.C. As cores do uniforme foram a mistura dos pavilhões das duas agremiações (Friburgo e Esperança). Entre as conquistas do clube estão o Campeonato Estadual Juvenil de 1988, campeão estadual da terceira divisão de profissionais, além da disputa do 8º Torneio Internacional, realizado na França, com a participação do Parma, Barcelona, Bayern de Munique, Benfica, entre outros.

        A história do futebol amador de Nova Friburgo vem desde o início do século 20, quando estudantes de várias partes do país migraram para a cidade e trouxeram a bola. O esporte ainda engatinhava no país, mas não demorou a conquistar os friburguenses. Os moradores do bairro Vilage passaram a frequentar o Colégio Anchieta e as tradicionais “peladas” (partidas amistosas de futebol) eram disputadas no campo da escola. Estes foram os primeiros registros de esporte em Nova Friburgo.

A brincadeira tomou proporções maiores e acompanhou o iminente crescimento do futebol no estado. As famílias Sertã, Spinelli e Van Erven estreitaram as relações e passaram a organizar os jogos. No dia 26 de abril de 1914, uma reunião no Hotel Salusse fundou oficialmente o Friburgo Futebol Clube, alterando o nome Friburguense Futebol Clube, utilizado até então por aquele grupo de jogadores.

Durante os primeiros anos, os duelos eram realizados na Avenida Galdino do Valle e na Rua Oliveira Botelho. Em 4 de setembro de 1922, o Friburgo passou a utilizar o estádio Raul Sertã, um espaço de nove mil metros quadrados. O esquadrão vermelho e branco tornou-se o time a ser batido. Em 1915, o Friburgo goleou o União pelo placar de 11 a 0 e os dirigentes, insatisfeitos, responderam à derrota com a criação do Esperança Futebol Clube. Junto ao time esperancista nasceu uma grande rivalidade que mais tarde, curiosamente, desencadearia a fusão.

Em meados de 1918, o futebol amador passou por uma grave crise financeira e de interesses. As divergências dentro do Friburgo levaram alguns componentes a deixar o clube e fundar o Fluminense A.C., em 1921. Quatro anos depois, formou-se a primeira Liga de Futebol de Nova Friburgo, e o azulino conquistou a maioria dos títulos em disputa.

O futebol amador não acompanhou o novo momento vivido pelo futebol na década de 1970 e as fusões entre Fluminense e Serrano e Friburgo e Esperança mudaram os rumos do esporte na cidade. Atual presidente do Nova Friburgo F.C., Luiz Fernando Bachini, era tesoureiro do Esperança e participou do processo de fusão junto a um conselho

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    Atividades das escolinhas do clube fazem parte da programação especial pelo aniversário (Foto: divulgação Vinicius Gastin)

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    O Futebol de Mesa também está inserido nas comemorações, que preveem jogos, inaugurações e homenagens (Foto: divulgação Vinicius Gastin)

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O que você vai deixar de bom para a humanidade?

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Luciano Pavarotti nasceu e morreu em Módena, na Itália. Ele foi um cantor tenor lírico que popularizou a ópera. Uma das músicas que apresentava era “Nessun Dorma”, que significa “Ninguém Durma” em italiano. Numa parte da letra dessa ária (parte da ópera), está assim: “nós devemos, infelizmente, morrer, morrer.” E em seguida vem: “Desapareça, ó noite! Esvaneçam, estrelas! Esvaneçam, estrelas! Ao amanhecer, eu vencerei! Vencerei! Vencerei!”.

Luciano Pavarotti nasceu e morreu em Módena, na Itália. Ele foi um cantor tenor lírico que popularizou a ópera. Uma das músicas que apresentava era “Nessun Dorma”, que significa “Ninguém Durma” em italiano. Numa parte da letra dessa ária (parte da ópera), está assim: “nós devemos, infelizmente, morrer, morrer.” E em seguida vem: “Desapareça, ó noite! Esvaneçam, estrelas! Esvaneçam, estrelas! Ao amanhecer, eu vencerei! Vencerei! Vencerei!”.

Quando Pavarotti termina de cantar essa música, pelo menos numa de suas últimas apresentações, ele expressa uma face com uma combinação de angústia, tristeza e esperança. Será que, em algum nível de sua consciência, ele sabia ter uma doença grave mesmo antes do diagnóstico de câncer que veio em 2006, e por isso manifestava a face daquele jeito emocionante na parte final da apresentação de “Nessum Dorma”? É informado que ele deixou uma fortuna 200 milhões de euros e morreu aos 71 anos de idade em sua casa devido a um câncer do pâncreas.

Steve Jobs, que foi dono da Apple, fez um transplante de fígado. Deixou uma herança de alguns bilhões de dólares e morreu aos 56 anos de idade, oito anos depois de ser diagnosticado com câncer do pâncreas.

O apresentador de TV e dono da Rede SBT, Silvio Santos, morreu recentemente aos 93 anos de idade, por causa de uma broncopneumonia após infecção por H1N1. A gripe H1N1 é uma doença causada por uma mutação do vírus da influenza, conhecida como gripe Influenza tipo A ou gripe suína, causada pela cepa de vírus H1N1, que começou em porcos. Parece que Silvio Santos deixou uma fortuna de cerca de 1 bilhão e 600 milhões de reais.

Estima-se que Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, jogador de futebol, deixou uma fortuna de cerca de 80 milhões de reais após falecer em 2022 aos 82 anos de idade, por causa de câncer de cólon (intestino), broncopneumonia, insuficiência renal e insuficiência cardíaca. O humorista Chico Anísio morreu aos 80 anos de idade em 2012 por complicações respiratórias, talvez por ter sido fumante a vida toda. Deixou uma herança em torno de 20 milhões de reais. A jornalista Glória Maria, morreu em 2023, por câncer do pulmão, aos 73 anos de idade, deixando uma herança de possivelmente de 50 milhões de reais.

Em “Nessun Dorma” é cantado: “nós devemos, infelizmente, morrer, morrer”, sendo uma realidade independente da fortuna que possamos acumular e da fama que possamos adquirir.

Alguns pensamentos do texto bíblico para nossa reflexão nesse contexto de que nós devemos, infelizmente, morrer: “É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério!” Eclesiastes 7:2, escrito por Salomão, que foi o homem mais sábio e rico que já existiu. “O que amar o dinheiro nunca se fartará do dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isso é vaidade.” Eclesiastes 5:10, também texto de Salomão, rei de Israel. “A sabedoria serve de proteção, como de proteção serve o dinheiro; mas a excelência do conhecimento é que a sabedoria dá vida ao seu possuidor.” Eclesiastes 7:12. “E olhei eu para todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também para o trabalho que eu, trabalhando, tinha feito, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito, e que proveito nenhum havia debaixo do sol.” Eclesiastes 2:11. “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” Eclesiastes 9:10. E veja essa fala de Jesus em Marcos 8:36: “... que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”. E o mesmo Jesus disse: “Eu Sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em Mim, ainda que morra, viverá.” João 11:25.

O que você vai deixar de bom para a humanidade sem ser dinheiro e fama?

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Os próximos desafios a serem enfrentados pelo próximo prefeito de Nova Friburgo

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Por volta das 21h do dia 6 de outubro de 2024, com a maioria das urnas já apuradas em Nova Friburgo, teremos o próximo prefeito da cidade oficialmente eleito. O novo chefe do Executivo tomará posse em 1º de janeiro de 2025 e enfrentará quatro anos de intensos desafios à frente da gestão do município.

Por volta das 21h do dia 6 de outubro de 2024, com a maioria das urnas já apuradas em Nova Friburgo, teremos o próximo prefeito da cidade oficialmente eleito. O novo chefe do Executivo tomará posse em 1º de janeiro de 2025 e enfrentará quatro anos de intensos desafios à frente da gestão do município.

Diante de uma crise na saúde que sobrecarrega o sistema municipal e problemas graves na educação, o novo prefeito terá que lidar com questões que afetam desde os jovens até a população idosa, englobando friburguenses de todas as cores, classes e gêneros. O caixa da prefeitura é limitado, mas os desafios são muitos.

Saúde municipal

O próximo prefeito será escolhido em um cenário de crescentes escândalos na área da saúde, que envolvem o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública Estadual e até a Polícia Federal. Em meio a essa complexa teia de problemas, o novo prefeito terá o difícil desafio de enfrentar essas questões e encontrar soluções eficazes para um setor essencial e cada vez mais pressionado.

Na Maternidade de Nova Friburgo, a falta de estrutura para receber recém-nascidos e os problemas relacionados à própria infraestrutura do prédio levaram à interdição da unidade por decisão judicial. Embora o município tenha conseguido reverter a decisão por meio de recursos, as dificuldades continuam a afetar mães e recém-nascidos, que ainda enfrentam graves problemas no atendimento e nas condições da maternidade.

No Hospital Municipal Raul Sertã, a situação é igualmente grave. A falta de equipamentos adequados para os profissionais, denúncias sobre a qualidade da alimentação, a escassez de água potável, as longas filas de espera para cirurgias básicas e até mesmo infecções biológicas causadas pela presença de pombos e ratos no hospital revelam a profundidade da crise. Além disso, problemas estruturais na unidade só agravam o cenário, evidenciando a necessidade urgente de intervenção.

Na farmácia do município, os problemas são igualmente recorrentes. Devido à falta de medicamentos fornecidos pela prefeitura, o número de ações judiciais tem aumentado, sobrecarregando o sistema judiciário. Inúmeros pacientes recorrem à Justiça para garantir o acesso a medicamentos essenciais, como insulina, remédios para o coração e tratamentos para doenças autoimunes, entre outros.

Educação

A educação será outro grande desafio para o próximo prefeito eleito. Atualmente, os servidores públicos da educação estão insatisfeitos com seus salários e com a gestão dos regimes estabelecidos pela prefeitura, que têm causado prejuízos a esses profissionais que realizaram diversos protestos nos últimos anos.

Além disso, a falta de vagas nas creches ainda continua sendo um problema crítico na cidade, com o número de unidades disponível muito abaixo do necessário para atender à demanda crescente. Esses obstáculos exigirão atenção especial da nova administração eleita.

Modernização na gestão

“É fundamental trazer a administração pública de Nova Friburgo para o século XXI, com a disponibilização de todos os serviços públicos, nas mais diversas áreas, por meio de aplicativo com acesso via celular, nas palmas das mãos dos friburguenses.”, pontua o professor Marcelo Verly.

A gestão administrativa é uma das maiores queixas dos moradores. Em plena era de modernização e Inteligência Artificial, os processos administrativos da prefeitura ainda dependem de papéis e pastas físicas, sobrecarregando o trabalho de servidores e dificultando a vida da população, que não vê seus processos chegando ao fim.

Falta de oportunidades

Nova Friburgo perde cada vez mais moradores para grandes cidades. Jovens recém-formados e adultos migram em busca de melhores oportunidades e acabam estabelecendo suas famílias em outros centros urbanos, longe das nossas montanhas, deixando a cidade com menos perspectivas de crescimento e de renovação.

Infelizmente, não é de hoje que, para o jovem friburguense desesperançoso, o cartão postal mais bonito da cidade é a Rodoviária Sul, com uma passagem só de ida. Todos os dias, centenas são os prodigiosos friburguenses, que apesar de amar a nossa serra, deixam nossa cidade em busca de boas oportunidades, nunca mais voltando.

Agenda climática

"O equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental permitirá que Nova Friburgo se torne referência na implementação de políticas locais que dialogam com os compromissos globais, fortalecendo a resiliência urbana e garantindo a segurança e qualidade de vida de seus habitantes em um cenário de mudanças climáticas cada vez mais intensas", pontua Matheus Marlisson, cientista político, especialista em regulamentação climática.

Saneamento básico

Em 2022, segundo o SNIS, 23.932 pessoas ainda vivem sem água encanada em suas casas, o que corresponde a 12,6% da população friburguense—um número absurdo, especialmente em uma cidade rica em nascentes. Além disso, 28 mil friburguenses continuam sem acesso a uma rede de esgoto, refletindo sérios problemas na infraestrutura básica da cidade.

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Pra cima, Frizão!

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Base, reforços e briga pelo acesso Friburguense vive 2024 de alta expectativa

        Os últimos anos não foram fáceis, mas o Friburguense conseguiu dar a volta por cima e se reorganizar para sonhar alto novamente. Com a base novamente forte e participando de vários campeonatos importantes, o Eduardo Guinle remodelado e um time considerado forte para brigar pelo acesso à Série A2 do Rio de Janeiro, o Tricolor da Serra, a nove dias de sua estreia na B1, vive um novo momento. E conclama a torcida a embarcar nesse mesmo caminho para buscar os objetivos.

 

Base, reforços e briga pelo acesso Friburguense vive 2024 de alta expectativa

        Os últimos anos não foram fáceis, mas o Friburguense conseguiu dar a volta por cima e se reorganizar para sonhar alto novamente. Com a base novamente forte e participando de vários campeonatos importantes, o Eduardo Guinle remodelado e um time considerado forte para brigar pelo acesso à Série A2 do Rio de Janeiro, o Tricolor da Serra, a nove dias de sua estreia na B1, vive um novo momento. E conclama a torcida a embarcar nesse mesmo caminho para buscar os objetivos.

 

Futebol de base

        Conforma noticiou A VOZ DA SERRA, o Friburguense voltou a reforçar o seu trabalho de base nesta temporada. O clube retomou a participação em campeonatos importantes de nível nacional, e os frutos já estão sendo colhidos. Os times sub-15 e sub-17 estão disputando o Carioca da Série A2, e acumulam quatro vitórias consecutivas cada, estando ambos na zona de classificação para a próxima fase. Mais do que isso: no momento, se credenciando para a disputa da Copa Rio das categorias, em março, garantindo a oportunidade de voltar a enfrentar os grandes clubes do Estado.

        A partir do reencontro da base com as suas raízes e tradição de revelar talentos, o Frizão pretende voltar a montar plantéis fortes, como a própria história mostra. 

 

Profissionais

        Para fechar o ano marcado por esta retomada, o Friburguense vem com um time montado para brigar pelo acesso no Campeonato Carioca da Série A2 de profissionais. O Tricolor estreia no próximo dia 21 (sábado), contra o Pérolas Negras, no Eduardo Guinle, e além da manutenção da base do ano passado, com os garotos que se destacaram, reforços foram contratados para agregar ao plantel comandado por Gerson Andreotti. O clube buscou nomes que possam agregar e fazer a diferença.

        As novidades são muitas, dentre contratações e retornos. Para o gol, o Frizão trouxe os goleiros Adrian e Matheus. Para a lateral direita as opções serão Lucas Mineiro e Igor, além de Juninho, da base. Para a zaga o Tricolor contará com Gustavo, Cris, Maurício, Magrão, Paulinho e Cauã, além de Nicolas, da base. No lado esquerdo, Ricardinho, com história no clube, retorna, e será opção junto com Jhony. Para a posição de volante, Andreotti terá nomes como Ronaldo, Pedro, Yan, Ryan e Isac, da base.

        Do meio pra frente, as opções também serão muitas: no meio-campo o Friburguense terá Barroso, Rael, Yuri e Pedrinho, além de Gabriel e Daniel, formados na base. Para o ataque, o Tricolor contará novamente com Caio Monteiro, ex-Vasco da Gama, Victor Hugo, Renato, Wester, Caíque, Leandro e Bernardo, também cria da base.

 

Tudo começou pelo estádio...

        Todo esse novo momento vivido pelo Friburguense teve como um dos pontapés iniciais a série de borás realizadas no estádio Eduardo Guinle. Nas arquibancadas, o trabalho de limpeza das cadeiras e das partes de concreto é visível, inclusive com a pintura retocada. Contudo, algumas das principais intervenções foram realizadas na infraestrutura. Os vestiários das equipes visitantes foram praticamente refeitos, e após as obras, já receberam nova pintura.

Outro setor que recebeu atenção especial é o refeitório, onde as obras remodelam o local por completo. Além da ampliação, o acabamento também foi feito de forma detalhada. A área de concentração dos jogadores também recebeu obras diversas nos últimos meses. No entorno do gramado, é possível observar diversas placas de empresas de Nova Friburgo.

Tudo para criar o melhor ambiente possível para o torcedor, que teve papel importante na Copa Rio deste ano, e pode ser também um diferencial na B1. Depois de um 2023 com perspectivas modestas, o Frizão se reestrutura e sonha alto. Com embasamento e motivos para isso.

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    Eduardo Guinle arrumado e pronto: início de uma temporada com novas expectativas (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Friburguense, com base novamente forte, monta time para brigar pelo acesso (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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Outro nível

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Solução passa a lutar em eventos de alto rendimento de judô e estreia com medalhas

O nível subiu, mas o resultado positivo se mantém. O Projeto Solução de Judô iniciou uma nova fase, e os seus atletas mais experientes lutarão apenas nos eventos do alto rendimento da FJERJ (Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro), que classificam seus campeões para os campeonatos brasileiros e, consequentemente, aos torneios internacionais.

Solução passa a lutar em eventos de alto rendimento de judô e estreia com medalhas

O nível subiu, mas o resultado positivo se mantém. O Projeto Solução de Judô iniciou uma nova fase, e os seus atletas mais experientes lutarão apenas nos eventos do alto rendimento da FJERJ (Federação de Judô do Estado do Rio de Janeiro), que classificam seus campeões para os campeonatos brasileiros e, consequentemente, aos torneios internacionais.

Após o período de adaptação, com o fim da pandemia, as categorias a partir do sub-13 terão esses novos desafios pela frente. Neste contexto, o Projeto Solução participou da Copa Rio Internacional de Judô, evento promovido pela FJERJ e CBJ, no último fim de semana, onde Natália Machado Moura, conquistou a medalha de prata.

De acordo com a coordenação do projeto, os atletas iniciantes continuarão fazendo o mesmo processo, ou seja, participando apenas dos torneios de base. Com o tempo e a evolução, eles irão ingressar no alto rendimento, algo que faltava na engrenagem evolutiva dos atletas friburguenses. “Após a pandemia o projeto ficou sem estrutura para participar dos principais eventos da FJERJ e, consequentemente, não tinha como classificar seus atletas nas seleções estaduais para representar o Rio de Janeiro nos campeonatos nacionais, como o Projeto Solução já teve no passado”, explica o professor Caros Hespanha, idealizador e coordenador do Solução.

Com a Copa Rio, que contou com a participação de vários estados do Brasil, os professores do projeto avaliaram que esta seria a competição escolhida para se retornar ao judô de performance, e consideraram os resultados satisfatórios. Além do vice-campeonato de Natália, David Oliveira e Artur da Costa Vale, ambos do sub-15, e Wendel Mendes Oliveira e Maria Eduarda Reis, do sub-13, disputaram o bronze, porém sem vencerem os seus combates.

O próximo desafio dos jovens talentos do Projeto Solução será o Campeonato Estadual, nos dias 26 e 27 de outubro. Segundo Hespanha, a previsão é a melhor possível, uma vez que a Copa Rio é um torneio bem mais disputado. Para os próximos eventos a preparação já começa esta semana, com a promessa de mais medalhas e resultados positivos.

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    Solução passa a participar de competições de alto rendimento, em busca de projeção nacional e internacional (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Jovem Natália Moura, em seu primeiro grande desafio, já faturou a prata (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Equipe de Nova Friburgo acumula ótimo desempenho na Copa Rio (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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    Judocas do Solução seguirão em ritmo de treinos para o próximo desafio que será o Campeonato Estadual (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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Nova Friburgo é um grande polo de produção de flores ornamentais

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Nova Friburgo é um dos principais produtores de flores ornamentais do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil. A produção de flores de corte em nossa cidade começou na segunda metade do século passado e em 2023, tínhamos cerca de 3.500 produtores rurais e uma produção anual de cerca de 100 mil toneladas de flores e plantas ornamentais. Essa produção é resultado da modernização das técnicas de cultivo, da diversificação da produção e da oferta de crédito. 

Nova Friburgo é um dos principais produtores de flores ornamentais do Estado do Rio de Janeiro e do Brasil. A produção de flores de corte em nossa cidade começou na segunda metade do século passado e em 2023, tínhamos cerca de 3.500 produtores rurais e uma produção anual de cerca de 100 mil toneladas de flores e plantas ornamentais. Essa produção é resultado da modernização das técnicas de cultivo, da diversificação da produção e da oferta de crédito. 

Friburgo produz uma grande variedade de flores, dentre as quais 270 espécies de orquídeas, muitas bromélias e aves do paraíso, ou estrelítzia. Ela é considerada de caráter ornamental, na maioria das vezes, vendida em vaso e destinada ao consumo local. Além disso, o município produz flores de corte, cujo cultivo é comercializado industrialmente para vários pontos do país. Listamos as principais e damos as características dessas flores:

1- Copo de Leite, lírio do nilo (Zantedeschia aethiopica, Familia: Aráceas, Origem: África, Floração: Primavera e verão).

O copo-de-leite é uma flor ornamental de encher os olhos que se adaptou muito bem em terras brasileiras. Suas folhas são grandes, cordiformes-sagitadas e as flores, amareladas ou brancas, têm a forma de um copo. Seu nome é uma homenagem ao cientista Francesco Zantedeschia que, além de médico, era também botânico.

Na Inglaterra do século 19, simbolizava a nobreza e a boa educação, e demonstrava, grande estima e amizade, ao ser ofertada. No Brasil, é muito usado como decoração, pelas noivas, simbolizando pureza e virgindade.

Apesar de sua beleza, há de se tomar cuidado com ela, pois é tóxica, podendo causar problemas irritativos e inflamatórios, tanto no contato, como na ingestão de suas folhas ou da sua seiva.

2- Palma de Santa Rita, gladíolo (Gladíolus sp, Familia: Iridáceas, Origem: África do Sul, Floração: quase todo o ano).

A palma de Santa Rita, o popular gladíolo, pertence à família das iridáceas. É uma herbácea que pode atingir os 90 cm de altura. Pelo menos quatro horas diárias de sol direto são necessárias para o seu cultivo. O solo ideal para o plantio é o argiloso e a planta deve receber regas moderadas, sem excessos, para não correr o risco de provocar o apodrecimento dos bulbos. A planta é originária da África, Ásia e Europa e produz flores praticamente o ano inteiro, daí sua boa adaptação ao Brasil.

A palma é uma importante flor de corte que não requer cuidados especiais, portanto é ótima para arranjos florais. Seu grande diferencial é uma extensa variedade de cores que podem ser de uma tonalidade apenas, como a lilás; ou bicolores como a mescla de vermelho com amarelo.

3- Rosa chá (Rosa Apogée, Família: Rosáceas, Origem: China, Floração: Primavera e verão. Considerada a rainha das flores, de acordo com a mitologia grega, Chloris, a deusa das flores, criou a rosa a partir do corpo de uma ninfa encontrada num bosque. Afrodite deu a beleza, Dionísio concedeu o néctar e Apolo poliu e fez florescer a flor. Dessas três graças nasceu a flor das flores: a rosa.

O hábito de cultivar rosas surgiu no século 18, mas foi somente a partir do século 19, que os roseirais ganharam força. Elas nascem em arbustos ou trepadeiras e as folhas são simples, partidas em cinco ou sete lóbulos de bordos denteados. As flores, na maior parte das vezes, são solitárias. Apresentam originalmente cinco pétalas, muitos estames e um ovário ínfero. Os frutos são pequenos, normalmente vermelhos, algumas vezes comestíveis. Beleza atrai beleza, para se conquistar uma bela mulher, nada melhor que presenteá-la com um bonito buquê de rosas vermelhas.

4- Gypsophila (Mosquitinho ou Banquinha), Família:Cariophillaceae, Origem: regiões mediterrâneas, Leste da Europa e Sibéria, Floração: Outono           

As variedades de coloração branca são as mais cultivadas no Brasil, principalmente porque são fáceis de serem tingidas em colorações diversas. A sua durabilidade pós-colheita varia entre uma e duas semanas. Trata-se de uma planta altamente ramificada, que atinge, aproximadamente, um metro de altura. As folhas são finas e pontiagudas, de coloração verde-acinzentada e superfície pilosa.

Por sua leveza e suavidade é muito utilizada para completar arranjos florais de vasos.

5-Crisântemo (Dendranthema grandiflora, Família Compositae, Origem: Ásia, Floração: Inverno).

Originário da Ásia, o crisântemo foi adotado como símbolo nacional do Japão. Chegou à Europa por volta de 1700, onde foi melhorado geneticamente até alcançar as variedades atuais. Atualmente é a principal flor de corte do mercado brasileiro.

O crisântemo cresce em dias longos e floresce em dias curtos, daí ser uma flor de inverno. Para ser produzido durante o ano todo é necessário fazer o plantio em estufas durante o verão, onde técnicas de escurecimento permitem a obtenção artificial de plantas floridas.

Hoje em dia destacam-se os tipos: "margarida", bastante comum no Brasil e na Europa; o "spider" com pétalas tipo alfinete; e o "pom pom", crespo e arredondado. Quanto ao tamanho, dividem-se entre crisântemos, largos, médios e minis, dependendo da finalidade (corte ou vaso). As cores podem ser as mais diversas possíveis, destacando-se: o branco, amarelo, vermelho, lilás, roxo, salmão e a mistura dessas cores em tons variados.

No próximo dia 22 começa a primavera no Brasil e, certamente, Friburgo ficará mais bonita com a cidade toda florida. E aí prefeito, que tal uma festa das flores semelhante a que existe em Holambra, no Estado de São Paulo. Seria uma excelente exposição para nossos produtores. 

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A VOZ DA SERRA é um letramento para todas as idades

terça-feira, 10 de setembro de 2024

 “O que é o narcisismo” – assim começamos a nossa viagem literária, sob os auspícios do feriado de 7 de setembro, o Dia da Independência. O tema do Caderno Z nos levou até a mitologia grega, lembrando o triste fim de Narciso, que ao ver sua imagem refletida no lago, apaixonou-se pelo belo rapaz que via, ou seja, a sua imagem. Em resumo, tudo o mais que não fosse a sua imagem, era feio e, nessa idolatria de si, acabou definhando à beira do lago, onde se atirou em busca da imagem que o seduzia.

 “O que é o narcisismo” – assim começamos a nossa viagem literária, sob os auspícios do feriado de 7 de setembro, o Dia da Independência. O tema do Caderno Z nos levou até a mitologia grega, lembrando o triste fim de Narciso, que ao ver sua imagem refletida no lago, apaixonou-se pelo belo rapaz que via, ou seja, a sua imagem. Em resumo, tudo o mais que não fosse a sua imagem, era feio e, nessa idolatria de si, acabou definhando à beira do lago, onde se atirou em busca da imagem que o seduzia.

Caetano Veloso expressou bem, poeticamente, quando compôs Sampa, o seu “estranhamento” ante a cidade de São Paulo com o verso: “é que Narciso acha feio o que não é espelho”. É certo que, no caso da canção, foi um impacto poético que deu origem a uma das mais belas canções, quase um hino em homenagem a São Paulo. E a música, segundo o escritor Steven Johnson, “ajuda a entender a forma em que o nosso ego pode se dividir em diversas formas quando se trata de negociar a confusa realidade do mundo”.

Essa realidade que é vista em várias interpretações, pode ser entendida de acordo com as análises do filósofo Julian Baggini: “Em grande parte, é senso comum que dentro de cada um de nós, existe um ego, um eu singular, algo que contém todas as nossas diferentes experiências, recordações, planos, projetos, relações...”. Por sermos únicos, criamos nossas verdades como se elas fossem inquestionáveis, absolutas, comportamento que pode dar ao ser humano características narcisistas, como “mania de superioridade. Aliás “segundo a psicanálise, todos nós possuímos o traço narcisista. Ele é fundamental para a consolidação do amor-próprio e da autoestima”.

Sabendo lidar com esse traço, evitaremos os extremos do transtorno: necessidade de chamar atenção, de ser admirado, falta de empatia, arrogância, manipulação, se fazer de vítima, culpar os outros, exploração de pessoas à sua volta e pela convicção de que é um ser “grandioso”. Terapias e acompanhamento psicológico são recomendados e podem aliviar o sofrimento de quem vivencia o problema.

O “Z” também nos trouxe o tema do “Setembro Amarelo” – “Como identificar possíveis sinais de risco de suicídio”. A página merece nossa leitura atenta, porque “é importante falar abertamente sobre o assunto, sem considerá-lo feio, triste ou errado”. Apoio emocional de amigos e família, ajuda profissional, espaços de escuta, terapias e centro de valorização da vida são fundamentais, salvam vidas e podem dar nova vida a quem perde o sentido de viver.

Meu amigo Girlan Guilland, que andava meio sumido dos holofotes, abrilhantou A VOZ DA SERRA, na edição do último fim de semana, com um texto de intensa relevância que começa em defesa da manutenção do histórico Centro de Turismo, passa pelo Centro de Arte e sobe até as ruínas do extinto Colégio Nova Friburgo. É um chamamento para a tomada de consciência na luta pela preservação de nossos patrimônios históricos. “Cadê o verdadeiro sentimento de pertencimento com a nossa cidade?”

            Bem-vestido de brasilidade, o Cão Sentado, na charge de Silvério, nos deu ânimo para crer num país próspero para todos. São 202 anos da nossa independência, numa trajetória que teve início às margens do Ipiranga, em sete de setembro de 1822. Libertou-se o Brasil, mas ainda havia povo escravizado, desigualdades sociais e muito havia a se conquistar. Percebemos que um bicentenário não é o suficiente para que o “gigante pela própria natureza” cresça e atinja sua maturidade social. Contudo, um país é como a casa da gente: tem sempre uma reforma esperando um bom pedreiro.

Na sequência do calendário, em 8 de setembro festeja-se o Dia Mundial da Alfabetização, data instituída pela Unesco, em 1967. “O Brasil ainda enfrenta desigualdades regionais no que tange ao ensino de qualidade da educação básica para jovens e adultos”. A educação é um processo constante das letras. É um eterno exercício de leituras para que as mentes se abram ao conhecimento e aprendam a ler o mundo ao redor do próprio mundo, no mais amplo e irrestrito processo de letramento!

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O corpo feminino é um diamante a ser lapidado dia a dia

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Assisti, semana passada, a um filme na Netflix que me motivou a trazer aqui algumas reflexões sobre a mulher. Considerei trazê-lo posto que o roteiro é considerado um estilo literário. Além de elaborado por um escritor que visualiza imagens através de suas ideias e palavras. Trata-se de um texto que antecede a produção de um filme, tendo a finalidade de contar uma história, de organizar e estruturar as cenas através dos diálogos e da ação dos personagens.

Assisti, semana passada, a um filme na Netflix que me motivou a trazer aqui algumas reflexões sobre a mulher. Considerei trazê-lo posto que o roteiro é considerado um estilo literário. Além de elaborado por um escritor que visualiza imagens através de suas ideias e palavras. Trata-se de um texto que antecede a produção de um filme, tendo a finalidade de contar uma história, de organizar e estruturar as cenas através dos diálogos e da ação dos personagens. Tudo no roteiro está voltado para a produção do filme na medida em que o escritor oferece subsídios aos cenógrafos, figurinistas, aderecistas, iluminadores, sonoplastas e outros envolvidos no processo.

“O ano em que comecei a vibrar por mim”, lançado em 2022, é uma comédia romântica sueca, criada e dirigida por uma mulher, Érika Wasserman, que contou com a colaboração de Christin Magdu e Bahar Pars, também mulheres.

A maneira sutil e bem-humorada com que o filme aborda a vida da mulher me fez ser abraçada pela história. Senti vontade de contestar aquele modo de ser da mulher que vai se envolvendo nas teias da vida afetiva, com seus filhos, familiares, parceiros e trabalho, e acaba se vendo puxada por redemoinhos contínuos de situações e esquecendo de si. Apesar de todas as conquistas que a mulher fez, ainda há hiatos nas relações que ela estabelece consigo.

O conhecer-se é um processo de conquista da inteireza pessoal, que acontece ao longo da vida. Cada fase que vivemos nos deparamos com tantas questões; a mais significativa é o corpo. O espelho, muitas vezes, tem um olhar severo e não permite que nos aceitemos como somos. Não deixa que sintamos a sensibilidade de cada parte do nosso corpo. Na essência, somos, acima de sentimentos, espiritualidade, racionalidade, um corpo feminino, que abriga nossos órgãos, ossos e veias cheias de sangue. Sem ele não existiríamos. É a nossa casa primeira. A única verdadeira habitação que nos acolhe, acalenta e nos dá prazer.

Sendo a nossa maior riqueza e defesa, não damos a devida importância a ele. Qual a mulher que se preocupa com seu dedo mindinho. Ai dela se machucá-lo!

A mulher tem de ser inteligente, independente, exuberante e sensual. Porém tudo o que somos depende do corpo que temos. Precisamos cuidar dele, aprender a descobrir, em cada fase da vida, como ele pode estar bem e como é capaz de nos ser prazeroso. Ah, como o deleite saudável regenera nossas células!

Fatores sociais, econômicos, culturais e religiosos contribuem para que omitamos nossos corpos de nós. Tantas razões, alheias a nós, vindas do mundo exterior, dificultam o autoconhecimento corporal, tornando turva a autopercepção.

Temos cinco sentidos! Podemos usar todos para conhecer nossa estrutura corporal e saber o que ela precisa e o que pode nos disponibilizar. E, oferece-nos tanto! Nossos olhos, ouvidos, língua, nariz e pele têm potenciais que não conhecemos. O que podemos alcançar com nossos braços e pernas, mãos e pés? Como pode melhor nos satisfazer a sensibilidade das nossas partes íntimas? Nosso corpo nos pertence e nos é privativo. É um diamante a ser lapidado dia a dia.

E tem voz! Ele nos fala e sinaliza do que precisamos fazer para cuidar dele, valorizá-lo como ponto de partida da nossa sabedoria maior: eu sou. Não podemos nos perceber com vendas nos olhos e tampão de ouvidos. Precisamos nos apaixonar e amarmos como seres mais especiais que conhecemos. Somos, para nós, a pessoa com quem temos, ao mesmo tempo, a maior intimidade e a maior cerimônia.

De quem precisamos para nos conhecer, escutar nossos sons, cheiros, cores? Observar nossas imagens, imaginadas e refletidas? Somente nós. Exclusivamente nós e unicamente nós podemos fazê-lo.

O autoconhecimento é decorrente da vontade de querer saber ser mulher! 

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Quem se arrisca?

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Desafio da Ponte retorna em 2025 após mais de uma década

Uma das mais tradicionais provas de atletismo do Estado do Rio de Janeiro vai retornar no próximo ano. Após um hiato de mais de uma década, a icônica corrida de rua Desafio da Ponte está de volta. A Dream Factory e a Spiridon, organizadoras da Maratona do Rio, anunciaram o retorno da prova para 2025, prometendo uma edição histórica.

Desafio da Ponte retorna em 2025 após mais de uma década

Uma das mais tradicionais provas de atletismo do Estado do Rio de Janeiro vai retornar no próximo ano. Após um hiato de mais de uma década, a icônica corrida de rua Desafio da Ponte está de volta. A Dream Factory e a Spiridon, organizadoras da Maratona do Rio, anunciaram o retorno da prova para 2025, prometendo uma edição histórica.

A primeira edição do Desafio da Ponte aconteceu em novembro de 1981, com a participação de três mil corredores. A prova foi realizada anualmente até 1986. Após um longo intervalo, retornou em 2011, 2012 e 2013, quando reuniu oito mil atletas em sua última edição.

Em 2025, a expectativa é que dez mil corredores enfrentem o percurso de 23 quilômetros, dos quais 13 quilômetros serão sobre a icônica Ponte Rio-Niterói, a maior ponte do hemisfério sul. O evento será voltado à performance dos atletas, desafiando-os a superar seus limites.

Marcado para o dia 6 de abril, o evento promete não apenas uma experiência de corrida épica, mas também uma programação especial no pós-prova, incluindo shows, área VIP e serviços de recovery para os participantes.

 

Garotada brilhando

Frizão se destaca nas categorias sub-15 e sub-17 da série A2     

 Falta pouco para o Friburguense entrar em campo para buscar o grande objetivo da temporada, que é o acesso à segunda divisão do futebol do Estado do Rio de Janeiro. Enquanto o dia 21 de setembro não chega e o elenco segue se preparando, as divisões de base do clube mantêm a tradição e seguem fazendo bonito na disputa dos estaduais.

Nesse último fim de semana, as equipes sub-15 e sub-17 entraram em campo pela sexta rodada do Campeonato Carioca Série A2 das categorias. A tabela reserva a mesma sequência de partidas para ambas, que pegaram a estrada rumo a Maricá, onde enfrentaram o Araruama e conquistaram duas vitórias.

No infantil (sub-15), o Tricolor da Serra venceu por pelo placar de 2 a 0, chegou aos 11 pontos ganhos e, desta forma, entrou na zona de classificação para a próxima fase. Na oitava colocação, a equipe soma três vitórias, um empate e duas derrotas, com dez gols marcados e oito sofridos. Já o time juvenil derrotou o Araruama por 3 a 0, e se consolidou dentro do G-8 da categoria.

Quinto colocado, com 13 pontos ganhos, o Frizão venceu quatro partidas, empatou uma e perdeu outra, balançando as redes em 13 oportunidades e sendo vazado apenas quatro vezes.

O Friburguense volta a campo por ambas as categorias no próximo domingo, 15, quando receberá a Cabofriense, no estádio Eduardo Guinle. As partidas acontecem às 12h45 e 14h45, com entrada gratuita.

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    Corrida da Ponte é uma tradição do atletismo no Estado, que será retomada em 2025 (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Cartão do Postal do Rio de Janeiro também volta a ser palco de um evento esportivo (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Enquanto o time profissional se prepara, o Frizão segue fazendo bonito com a base e jogará em casa no dia 15 (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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O cristianismo, uma história de rostos

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Em Papua-Nova Guiné, Francisco, em Vanimo, realizou seu sonho de abraçar a periferia mais periférica do mundo. O cristianismo não é uma filosofia, uma ideia, um manual de regras morais. O cristianismo é um evento entrelaçado com maravilhas e rostos. Em Vanimo e depois no remoto vilarejo de Baro, em uma tarde abafada de domingo, tivemos a prova disso mais uma vez.

Em Papua-Nova Guiné, Francisco, em Vanimo, realizou seu sonho de abraçar a periferia mais periférica do mundo. O cristianismo não é uma filosofia, uma ideia, um manual de regras morais. O cristianismo é um evento entrelaçado com maravilhas e rostos. Em Vanimo e depois no remoto vilarejo de Baro, em uma tarde abafada de domingo, tivemos a prova disso mais uma vez. Havia espanto e gratidão nos rostos de Miguel De la Calle, Martín Prado e Tomás Ravaioli, os missionários argentinos do Verbo Encarnado que, com alegria, gastam suas vidas anunciando o Evangelho na periferia do mundo, nessa bela terra que tem as cores das pinturas de Paul Gauguin. 

Havia espanto e gratidão no rosto de Francisco, que, com quase 88 anos de idade, confinado a uma cadeira de rodas, embarcou em um Hércules C130 da Força Aérea Australiana repleto de pacotes de ajuda e presentes, para coroar um sonho cultivado ao longo de uma década: o de estar aqui, com eles, e abraçar com o olhar e as mãos de um velho padre jesuíta transformado em pastor universal aqueles homens felizes, vestidos de branco como ele, e acima de tudo o seu povo. Essas pessoas que aprenderam a conhecer a Mãe de Jesus pelo rosto de “Mama Luján”, a padroeira da Argentina.

Era preciso vê-lo, o Papa Francisco, sentado na pequena sala da casa de madeira coberta com mosquiteiros onde residem os missionários, tomando mate sentado ao lado deles, depois da multidão de homens, mulheres e crianças com roupas coloridas, cobertas com algumas penas ou palha, com seus corpos multicoloridos. 

Durante anos, o Sucessor de Pedro esteve em contato com seus compatriotas que testemunharam o amor incondicional do Deus de Jesus Cristo entre essas pessoas. Em particular, com um deles, o padre Martín. Ontem, o jovem missionário não tinha palavras para agradecer ao amigo que desafiou tudo e todos para estar aqui, mesmo que por algumas horas, e ver com seus próprios olhos o espetáculo de uma igreja nascente e seus mil desafios vividos com alegria.

    São muitos os problemas em Vanimo e Baro. As pessoas vivem em condições precárias, sem água encanada e eletricidade, e há poucos medicamentos. A violência, o tribalismo e a exploração da enorme riqueza mineral e madeireira pelas multinacionais são uma realidade. Os padres do Verbo Encarnado, nessa costa do Oceano Pacífico espremida entre a selva e o recife de coral, deram à luz, em 2018, a uma orquestra de cordas composta por crianças e jovens. 

Na tonelada de pacotes levados pelo Papa no avião militar, havia também violinos e violoncelos. Francisco, feliz como uma criança, pôde ouvir algumas peças. Ao ver essa cena, não se pode deixar de pensar no milagre das reduções, as aldeias indígenas do Paraguai organizadas pelos jesuítas, com suas escolas de canto, das quais ainda restam ecos nos livros de história e nas cenas do filme “Missão”. Pequenos brotos do Evangelho que brotam silenciosamente entre culturas ancestrais e reverberam ternura, proximidade, compaixão, amor incondicional pelos últimos e esquecidos. Vidas doadas por amor até a última gota. Alegria nos rostos dos idosos e das muitas crianças sorridentes. Alegria nos rostos manchados de sol e suor dos missionários que hoje vestem seus trajes brancos para receber seu amigo, o Bispo de Roma. Alegria no rosto de Francisco, que sobe de volta no veículo militar C130, mas que gostaria de ter ficado ali.

Fonte: Vatican News

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