Blogs

Mais um grande passo!

segunda-feira, 13 de março de 2023

O simpático casal Ubirajara Garcia do Canto, o Bira, e Leila Corrêa Garcia se encontra cada vez mais feliz com sua bela e amada filha, a Lívia Corrêa Garcia Canto. E não é para menos.

Estudiosa, inteligente e dedicada, Lívia após estudar por anos no Colégio Nossa Senhora das Mercês e por último, cursar Direito na Universidade Estácio de Sá, acaba de dar agora mais um passo importante com vista a sua caminhada profissional.

O simpático casal Ubirajara Garcia do Canto, o Bira, e Leila Corrêa Garcia se encontra cada vez mais feliz com sua bela e amada filha, a Lívia Corrêa Garcia Canto. E não é para menos.

Estudiosa, inteligente e dedicada, Lívia após estudar por anos no Colégio Nossa Senhora das Mercês e por último, cursar Direito na Universidade Estácio de Sá, acaba de dar agora mais um passo importante com vista a sua caminhada profissional.

Semana passada, aos 25 anos, e conforme mostra a foto, a Lívia que tem tudo para fazer uma brilhante carreira como advogada, recebeu sua Carteira da OAB, na 9ª Subseção em Nova Friburgo. O documento a habilita a exercer a profissão. Parabéns e sucessos!

Frizão, aniversariante do dia

Hoje, 14, o nosso querido Friburguense Atlético Clube, que nasceu em 14 de março de 1980 como fruto da fusão do Fluminense Atlético Clube e Serrano Futebol Clube, está completando seu 43º ano de gloriosa fundação.

Interesses italianos em alta

O simpático delegado da Câmara Italiana de Comércio e Indústria da Região Serrana, Alexandre Felizola, morador de Petrópolis e que aqui por nossa cidade possui diversos amigos, como André Montechiari, Roosevelt Concy e este colunista, entre muitos outros, está feliz e animado com a aproximação de sua delegacia com Nova Friburgo, inclusive devido às boas perspectivas e benefícios mútuos.

Uma constatação a mais disso, foi o recente encontro de Felizola, pela Delegacia da Câmara Italiana com o diretor do Centro de Cultura Italiana de Nova Friburgo, Alessandro Vianello, à esquerda na foto.

Super Yakisoba do Laje

O Lar Abrigo Amor e Jesus (Laje), que como todos sabem, desenvolve importantíssimo trabalho assistencial em Nova Friburgo, estará no próximo domingo, 26, realizando mais um de seus grandiosos eventos e que ninguém pode deixar de participar: o seu tradicional Yakisoba Solidário.

Os convites custam apenas R$ 25 para saborear por lá mesmo em meio as grandes atrações da festividade ou para retirar como delivery. Quem quiser adquirir os tickets antecipadamente pode se comunicar pelo telefone 2522-5130 ou acessar www.laje.org.br

Dia dos Fuzileiros Navais

Nesta quinta-feira, 16, 19h, a Umem (União de Militares Evangélicos da Marinha) através do seu presidente, o capitão de fragata Luiz Antonio Forma de Almeida e a Igreja Presbiteriana de Olaria por intermédio do seu pastor Roberto Emerick, convidam para especial culto.

O motivo será a celebração do “Dia do Corpo de Fuzileiros Navais” e quem, no entanto, não puder comparecer, poderá acompanhar a transmissão ao vivo pelo Facebook ou YouTube.

Agradecimentos merecidos

O leitor amigo André Ivan e seus familiares, através de solicitação apresentada a esta coluna, agradecem muito felizes ao competente e admirado médico coloproctologista, dr. Adriano Marques da Fonseca e equipe de profissionais do Hospital Municipal Raul Sertã, pela delicada cirurgia a que ele foi submetido com sucesso a partir de muita atenção e competência, no último dia 3.

É muito bom poder agradecer um atendimento eficaz de um hospital público e especialmente ao dr. Adriano, que como todos sabem é grande profissional médico e também presidente do Conselho Deliberativo da banda Campesina Friburguense. Trata-se de um dos aplaudidos clarinetistas daquela agremiação musical de nossa cidade.

Eleições sem concorrências

Os maçons brasileiros pertencentes ao GOB (Grande Oriente do Brasil) tiveram um compromisso especial no último sábado, 11, em suas respectivas lojas nas cidades pelo país afora.

Eles foram às urnas para participar das eleições para escolhas, sem que houvessem registros de mais de uma chapa no Estado do Rio, dos novos grãos mestres incluindo o de nível nacional, que fica sediado em Brasília.

Pelo Estado do Rio, o eleito grão mestre estadual para o período maçônico 2023-2028, foi André Luís Rosa dos Santos, tendo como seu grão mestre adjunto, Getúlio José Pereira. Já o grão mestre nacional eleito foi Ademir Cândido da Silva com o adjunto, Adalberto Aluízio Eyng. 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Um encontro com Cristo no deserto para reconstruir o homem e o mundo

segunda-feira, 13 de março de 2023

Vivemos num mundo agitado, com muita pressa, desgaste das pessoas, barulho e movimentos de interesse e produção para ganhar dinheiro, poder e prazer. Somos atacados por todos os lados por propagandas, marketing, poluições visuais e sonoras, notícias sobre violência, injustiças, mortes e maldades. A era da informação vai mergulhando os seres humanos num jogo quase inconsciente de conexões, compartilhamentos, aprisionamentos tecnológicos que isolam a pessoa, afastando-a de um verdadeiro "encontro" com o outro.

Vivemos num mundo agitado, com muita pressa, desgaste das pessoas, barulho e movimentos de interesse e produção para ganhar dinheiro, poder e prazer. Somos atacados por todos os lados por propagandas, marketing, poluições visuais e sonoras, notícias sobre violência, injustiças, mortes e maldades. A era da informação vai mergulhando os seres humanos num jogo quase inconsciente de conexões, compartilhamentos, aprisionamentos tecnológicos que isolam a pessoa, afastando-a de um verdadeiro "encontro" com o outro. O próprio pastoreio e a espiritualidade podem ficar perdidos e abandonados em meio a tanto sufocamento de atividades, planejamentos e saturação de material midiático.

É necessário romper este ritmo frenético e inquieto, ansioso e angustiado, que no fundo reflete um vazio na alma. É preciso silenciar dentro do coração o sentido mais profundo de ser e de viver nesta missão terrestre. Fazer uma importante quaresma existencial, numa atitude prolongada de reflexão, oração, contemplação e gratuidade. Rezar... há quanto tempo não paro para, calmamente, sem olhar para o relógio, ficar em oração? Meditar a Palavra de Deus, saboreando sua força e sua sabedoria, alimentando o espírito com a confirmação da graça do Senhor, fortalecendo-me para dizer não ao mal e praticar sempre as boas obras do Reino?

Este é um bom tempo - a Quaresma -, uma ótima oportunidade para pararmos e olharmos para dentro de nós mesmos e percebermos o que deve mudar para sermos mais felizes, nos conformando com a "imagem e semelhança" divina que está gravada em nós, desde a criação e com a dignidade de filhos de Deus que nos foi transmitida pelo sacrifício redentor de Jesus Cristo, lavando-nos de todo pecado e nos abrindo as portas da salvação eterna.

Somente no encontro com o nosso eu, dentro de nós, no diálogo com o rosto amigo do Senhor, é que conseguiremos descobrir a nossa identidade mais pura e verdadeira, sem maquiagens, sem protocolos, sem máscaras. A nossa pessoa autêntica, amada infinitamente por Deus e pronta, segura também para amar o próximo com este amor gratuito. Um retiro. Isto mesmo. Precisamos de uma pausa de quando em quando na caminhada e na luta da vida para nos recompormos espiritualmente, recarregar a bateria do ideal, da missão impulsionada por Cristo, preparando a grande Páscoa do Redentor na nossa história.

Então, estaremos mais aptos para servir como Jesus serviu. Com total entrega e profunda caridade. Tomando a dianteira nos gestos e atos de misericórdia e doação pelos irmãos, especialmente os mais marginalizados e feridos, os mais frágeis e excluídos, os que passam fome, como nos propõe a Campanha da Fraternidade deste ano, na missão conjunta pelo bem comum.

A  partir do exemplo amoroso e libertador de Jesus Cristo, devemos assumir a nossa participação na construção de uma família social mais justa e solidária, onde a cidadania não esteja separada da santidade, mas ao contrário seja a sua consequência e sinal, prefigurando a cidadania do céu, onde, definitivamente, não haverá desigualdades, nem exploração do homem pelo homem, nem violações de direitos, nem discriminações, nem qualquer outro tipo de pecado pessoal nem corporativo ou social. A paz, a verdade e a justiça do Reino de Deus se abraçarão, plantadas já aqui, muitas vezes no deserto das máquinas ou numa selva de manequins. Mas nunca devemos abandonar o cajado e nem perder a alegria do anúncio do Evangelho revitalizador, com a graça do Senhor.  

Esforcemo-nos cada vez mais, nesta conversão pessoal, comunitária, pastoral e "ecológica" para servir mais e melhor à comunicação transformadora do Coração Misericordioso de Cristo.

 Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é assessor eclesiástico da Comunicação Institucional da Diocese de Nova Friburgo

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Enquanto a mulher acontece...

segunda-feira, 13 de março de 2023

Enquanto uma mulher nasce, o orvalho umedece a noite, pombos voam, tenistas entram nas quadras, cozinheiros descascam legumes, aviões decolam, brotos despontam nos galhos das orquídeas.

Enquanto uma mulher amamenta, galinhas chocam ovos, come-se saladas nos restaurantes, alunos chegam nas escolas, pessoas saboreiam sorvetes, escritores escrevem livros, eletricistas consertam a fiação das ruas, padeiros fazem pães.

Enquanto uma mulher nasce, o orvalho umedece a noite, pombos voam, tenistas entram nas quadras, cozinheiros descascam legumes, aviões decolam, brotos despontam nos galhos das orquídeas.

Enquanto uma mulher amamenta, galinhas chocam ovos, come-se saladas nos restaurantes, alunos chegam nas escolas, pessoas saboreiam sorvetes, escritores escrevem livros, eletricistas consertam a fiação das ruas, padeiros fazem pães.

Enquanto uma mulher chora, folhas secas caem das árvores, ventos derrubam ninhos de passarinhos, cachorros latem raivosos, canto das corujas invade a madrugada, lâmpadas queimam, borboletas lutam contra os vidros.

Enquanto uma menina-mulher descobre o amor, amigos se abraçam, vagalumes iluminam as noites, feirantes vendem maçãs, casais se deitam nas camas, trabalhadores voltam para casa, telefones tocam, bebês brincam com as mãos, namorados se beijam.

Enquanto uma mulher se torna adulta, crianças correm nas praças, médicos atendem pacientes em hospitais, calçadas ficam cheias de transeuntes, trens deslizam sobre os trilhos, ladrões são presos, garças ciscam na beira dos lagos, o sol desponta nos horizontes.

Enquanto uma mulher adoece, idosos tropeçam, chaves são perdidas na rua, motoristas ficam estressados nos engarrafamentos, mentiras são ditas, sapatos apertam os pés, mendigos pedem esmolas, estrelas se escondem atrás das nuvens.

Enquanto uma mulher aprende a falar e a andar, tenores cantam óperas, baleias azuis nadam em busca de alimento, navios de carga atravessam oceanos, velhos exercitam as pernas, carros trafegam nas estradas, professores ensinam matemática, ciclistas sobem trilhas nas montanhas.

Enquanto uma mulher se sente humilhada, raios cortam horizontes, desconfianças invadem ambientes de trabalho, ninguém pede perdão, a ingratidão encontra reinado nas cidades, brigas desintegram famílias, crianças machucam os joelhos.

Enquanto uma mulher engravida, circenses montam a lona dos circos, impressoras fazem cópias de documentos, dentistas tratam de cáries, elefantes se banham nos rios, onças brincam com seus filhotes, meninos jogam futebol, manicures cuidam das unhas de seus clientes.

Enquanto uma mulher amadurece, adolescentes choram, gatos miam, macacos pulam de galho em galho, chove, primaveras chegam, esportistas colocam gelo nas contusões, pessoas andam apressadas na rua, cortinas dos palcos são abertas, músicas são ouvidas ao longe.

Enquanto uma mulher envelhece, aviões desligam os motores, cachoeiras lavam as pedras com espumas, moinhos são movidos pelas águas, ônibus partem das rodoviárias, anoitece.

Enquanto uma menina adolesce, leitores pegam livros em bibliotecas, bailarinas deslizam nos palcos, beija-flores sugam o néctar das flores, ondas estouram nas praias, minhocas fazem buracos na terra, homens entram e saem das estações de metrô.  

Enquanto uma mulher morre, despedidas tomam conta dos aeroportos, amigos dizem adeus, chega a hora dos filhos saírem de casa, malas de viagem são fechadas, bilhetes são deixados em cima das mesas, salas ficam vazias à noite, há silêncio nos quartos. 

Enquanto uma mulher pinta as unhas, meninas pulam corda, malabaristas vestem fantasias, batons vermelhos são vendidos, perfumes são presenteados, cartas são escritas. 

Enquanto uma mulher perde a esperança...

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Friburgo não pode entregar a sua água

sábado, 11 de março de 2023

Edição de 10 e 11 de março de 1973

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

 Friburgo não pode entregar água - Altamente suspeita a presença de engenheiros da Fundação Sesp em nossa cidade. O povo de Friburgo só entende que a sua água seja administrada por friburguenses.

Edição de 10 e 11 de março de 1973

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

 Friburgo não pode entregar água - Altamente suspeita a presença de engenheiros da Fundação Sesp em nossa cidade. O povo de Friburgo só entende que a sua água seja administrada por friburguenses.

Atos Oficiais da prefeitura - Os atos oficiais da prefeitura voltarão a ser publicados em Boletim interno do Poder Executivo. Logo de saída, somos contra, embora a decisão seja da alçada e da competência do prefeito. Somos contra porque, a publicação de atos oficiais da prefeitura em boletim interno, pode causar, como já causou no governo anterior do prefeito Amâncio Azevedo, uma série de inconvenientes, dúvidas no que concerne à escamoteação de publicidade dos atos oficiais, escamoteação de prazo, conhecimento do assunto, detalhes, etc. O ex-prefeito Feliciano Costa, em boa hora, resolveu suprimir o boletim e, de maneira democrática, em rodízio, publicou todos os atos oficiais da prefeitura nos órgãos da imprensa friburguense. Foi a atitude democrática de um administrador honesto que não temeu dar conhecimento amplo dos atos de sua administração ao povo que o elegeu para administrar o município. 

Ao anunciar que não queremos, nem desejamos os privilégios de publicação dos atos oficiais da Prefeitura de Nova Friburgo, parece-nos que estamos a defender os interesses da imprensa local que representamos, a qual, sofrida, por vezes incompreendida e, não raro injustiçada, mas, sempre altaneira, não entende que seu raio, que atinge todas as áreas e as camadas sociais de nossa terra, possa ser substituído por um simples boletim.

 Feliciano: prestígio total com o governo estadual - Como reconhecimento à sua lealdade e à sua administração nos dois últimos anos - quando foi considerado o melhor prefeito do Estado do Rio - o dr. Feliciano Costa vem recebendo do governador Raymundo Padilha incontáveis demonstrações de prestígio pessoal e político. Não tem escondido o governador sua preferência pelo ex-prefeito, fornecendo-lhe o apoio necessário à sua liderança política em Nova Friburgo e municípios vizinhos. Dr. Feliciano que, com base neste apoio, organiza e aglutina o seu partido - a Arena- em torno de sua liderança incontestável.

 Arena unida -  Tendo em vista as circunstâncias que envolvem o atual momento político municipal, a Aliança Renovadora Nacional vem-se reunindo diariamente para tratar dos diversos interesses do partido. Dentre os assuntos já estabelecidos, a união de todos os arenistas é o ponto base já alcançado, além do que o partido resolveu dar cobertura a todos os seus filiados que estão a sofrer pressões do atual Governo Municipal. Foi resolvido também que nenhuma nomeação, exoneração, no Governo do Estado, se faça sem a prévia anuência e aprovação do dr. Feliciano Costa. 

Gente & Coisas

 ●     Simplesmente espetacular o Carnaval promovido pelo Nova Friburgo Country Clube. Já vai sendo um chavão autêntico: o Carnaval do Country é um dos maiores do Brasil e se constitui - infelizmente é verdade -  no único ponto de atração turística do Carnaval de Friburgo. Parabéns ao dr. Walter Soares da Cunha e seus colaboradores.

●     Escorchante o preço de bebidas e comidas em todos os clubes nos bailes carnavalescos. Depois de pagar um ingresso caro, o folião é devidamente escrachado no bar que, quase sempre, é explorado por pessoas que nada tem a ver com os clubes, em prejuízo dos próprios clubes. 

●     Mudando de Carnaval para política, estamos estranhando que a atual administração, intitulada “O povo no governo”, esteja recebendo engenheiros da Fundação Sesp - os famosos estrangeiros de Belo Horizonte - para palpitar em termos de água em Nova Friburgo. Qualquer coisa neste sentido, parece entreguismo.

●     Não acreditamos que o dr. Amâncio esteja à par do que ocorre na prefeitura em termos de perseguição política, ele, um homem de inegável afinidade com o povo humilde, mesmo aqueles que não pertencem ao seu partido. 

E mais…

 Carnaval: Não faltou água

Menezes - Ordem, organização e entusiasmo

Novas inspetoras do ensino do estado

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Lucília Azevedo Silva, Hamilton Ventura, Manoel Henrique Pereira e Francisco de Souza (12); Helena Barros Pinheiro, Maria José Nogueira e Maria das Graças Vasconcellos Souza (14); Maria Luiza Coelho Braune, Paulo César Turque, Fernando Vassallo e Lenita Vilarinho (15); Paulo Guilherme Tessarollo Santos e Anunciação Marques Lopes (16); Jacy Vassallo, Wagner Almeida e Elvira Azevedo (17) e Vitor Eduardo Hamelmann (18).

(*) estagiária com a supervisão de Henrique Amorim

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

No meio da poesia

sábado, 11 de março de 2023

Estou à procura de achados que ainda não encontrei. Talvez tenha vislumbrado, mas jamais encontrado. Olhar atento, caminho pelas ruas dos dias para no meio da poesia quem sabe… 

O que será percebido? O que me emprestará a interpretação no agora? Porque o que fomos nos trouxe, mas a leitura que vale é a desse ser que vive agora. 

Amanhã? Talvez me avalie adolescente demais, desses que vão no afã da ocasião ou adulto de menos, como os que decidem apenas com o coração.  

Estou à procura de achados que ainda não encontrei. Talvez tenha vislumbrado, mas jamais encontrado. Olhar atento, caminho pelas ruas dos dias para no meio da poesia quem sabe… 

O que será percebido? O que me emprestará a interpretação no agora? Porque o que fomos nos trouxe, mas a leitura que vale é a desse ser que vive agora. 

Amanhã? Talvez me avalie adolescente demais, desses que vão no afã da ocasião ou adulto de menos, como os que decidem apenas com o coração.  

Se a ingenuidade me protegeu — não sei. Talvez a poesia, sim, a poesia proteja os que fazem das cicatrizes tatuagens que artistas apreciam.  

Ah! A poesia. Sujeito oculto que merece ser singular e até composto quando fala de dois. Eu e você, todos nós que se desatam como o voo da pétala que se desprende da flor e desaprende a ser presa. Livre, plaina. E ao encontrar refúgio, simplesmente, pousa para ao vento dos versos voar quando bem se encantar. 

Não sei quem é mais poeta. Se o autor que escreve ou se aquele que lê e entende até mesmo quando diz não compreender. Admitir que admira o que não entende é de tal leveza que afasta a vaidade vil. 

Assim, os poetas são seres maravilhosos, porém, mais maravilhosos ainda são os leitores que se deixam afetar pela viagem exclusiva que fazem nas mesmas rimas que se distribuem ao sabor de cada olhar e da experiência que cada um tem no instante que está.

No meio da poesia… Quem sabe? Sem querer se fazer esconderijo de fascinações ou dramas, sem a presunção de ser respostas ou soluções. No meio da poesia talvez se encontre aquilo que se procura com aquilo que surpreende, que não se espera ou tampouco se imagina. Mesmo por mentes que visitam longínquas estrelas. Será que é possível surpreender pensamentos que vivem nas luas de Saturno? 

O susto, a curiosidade o despertar novo para quem já foi despertado antes. Falar de amor e suas estranhezas e mesmo que pareça que todos os amores já foram descritos, escrever e ler o amor com ineditismo, pois todo amor tem talento para ser inédito. Somos poetas mesmo sem saber escrever poesias, pois ao lê-las, ainda que nos livros da natureza, poetizamos a existência para suavizar o existir. 

No meio da poesia pode vir tudo e do mesmo meio soar e ser diferente para quem se será amanhã. Para a poesia, afinal, tudo é possível. 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Nosso Real vai virar criptomoeda?

quinta-feira, 09 de março de 2023

Se o título prendeu sua atenção, já vou me adiantar a qualquer expectativa e trazer as respostas. Não, ainda não vai ser dessa vez, mas o Banco Central está no caminho. A ideia não é nenhuma novidade. Fala-se sobre a implementação de uma moeda virtual do Real há alguns anos e o Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) – que viabilizou o Pix – foi o primeiro movimento das autoridades financeiras brasileiras para possibilitar o que hoje é denominado como Real Digital, cujo comunicado referente ao projeto piloto foi feito pelo BC no último dia 6.

Se o título prendeu sua atenção, já vou me adiantar a qualquer expectativa e trazer as respostas. Não, ainda não vai ser dessa vez, mas o Banco Central está no caminho. A ideia não é nenhuma novidade. Fala-se sobre a implementação de uma moeda virtual do Real há alguns anos e o Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) – que viabilizou o Pix – foi o primeiro movimento das autoridades financeiras brasileiras para possibilitar o que hoje é denominado como Real Digital, cujo comunicado referente ao projeto piloto foi feito pelo BC no último dia 6.

De acordo com o cronograma divulgado, o período de desenvolvimento e testes se iniciou neste mês e vai até fevereiro de 2024. A princípio, serão 12 meses de calendário experimental passando por workshop (abril), incorporação dos participantes (maio), Real Digital / Real Tokenizado (dezembro), transferência de título público federal (fevereiro/24) e, por fim, avaliação da etapa piloto (março/24). A partir de então, com todos os dados, experiência e feedbacks coletados, outros protocolos passam a ser implementados para possibilitar a implementação total da tecnologia.

Aqui, estamos falando de um projeto com desenvolvimento baseado em tecnologia blockchain. Mas então por que não teremos uma criptomoeda do Real? Para responder esta pergunta, primeiro é importante parametrizar como estas novidades estão sendo implementadas globalmente para compreender alguns pontos importantes para a concepção do projeto.

Uma criptomoeda, emitida pelo BC, promove um enorme poder de monopólio financeiro; é o que acontece na China com o Yuan Digital. Lá, na segunda maior economia do mundo, os cidadãos têm suas carteiras digitais vinculadas diretamente ao BC, tornando toda emissão um passivo do governo chinês e não das instituições financeiras, reforçando – ainda mais – o controle do Estado sobre a economia. A esta tecnologia, damos o nome de CBDC (sigla em inglês para Moeda Digital de Banco Central); é a possibilidade de bancos centrais emitirem suas próprias criptomoedas.

Percebe como ainda há um caminho a ser estudado e avaliado antes de estruturarmos uma criptomoeda do nosso Real? Emitir uma CBDC do Real, com o conhecimento atual, poderia acarretar diversos prejuízos ao sistema financeiro; dentre eles, a redução de depósitos bancários e, consequentemente, a diminuição da oferta de crédito.

Podemos encarar o Real Digital como uma infraestrutura de tokenização de ativos para liquidação em tempo real. A custódia permanecerá em bancos e o seu relacionamento como cliente também, mas todas as atividades envolvendo liquidação de ativos (atualmente individuais para cada instituição) estarão funcionando de maneira integrada a fim de garantir maior interoperabilidade.

A tecnologia é nova. O projeto, apenas piloto. Suas funcionalidades ainda ficam no campo da imaginação, mas podemos visualizar a evolução dos atuais sistemas de compensação, reservas e custódia do Banco Central.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Situação difícil

quinta-feira, 09 de março de 2023

Volta e meia vem a vida e nos apresenta uma situação difícil de ser resolvida. Não estou falando nem das tragédias, das doenças e dessas situações tristes às quais estamos todos sujeitos pelo mero fato de existirmos. Refiro-me, aqui, às situações embaraçosas, de soluções esquisitas, que geram em nós dissabores e angústias. Falo desses episódios que a “a vida apresenta”, que parecem armadilhas, que a gente não provoca, mas que se submete a elas. Sabem do que estou falando?

Volta e meia vem a vida e nos apresenta uma situação difícil de ser resolvida. Não estou falando nem das tragédias, das doenças e dessas situações tristes às quais estamos todos sujeitos pelo mero fato de existirmos. Refiro-me, aqui, às situações embaraçosas, de soluções esquisitas, que geram em nós dissabores e angústias. Falo desses episódios que a “a vida apresenta”, que parecem armadilhas, que a gente não provoca, mas que se submete a elas. Sabem do que estou falando?

Pois é. Existir tem mesmo destas coisas. Ao acordarmos e enfrentarmos o dia, estamos todos sujeitos a situações desagradáveis, seja no trabalho, nos deslocamentos, com pessoas conhecidas ou estranhas, até mesmo convívio próximo, em qualquer circunstância ou lugar. Acontece.

E como devemos agir? Não há um roteiro, uma resposta pronta e nem um gabarito de livro. São momentos em que nossa capacidade de reação – e ação, são testadas. Eis a dificuldade da coisa. Pensar no que fazer e fazer. Decidir muitas vezes de cabeça quente. E correr o risco do erro. E efetivamente errar. E poder fazer da situação difícil o estopim para outra situação embaraçosa. Efeito bola de neve.

Já passaram por isso? Aqui, um consolo: todos nós passamos por isso. Essas situações, muitas vezes, são inevitáveis. E todas elas, de alguma maneira, geram a oportunidade de aprendizado. É o ciclo. Vivenciar. Aprender. Ressignificar. Estar melhor preparado para a próxima. Aliás, não fosse esse ciclo, seria ainda mais doloroso.

Eu mesma, diante dessa conjuntura, depois de me afligir, tento ressignificar. Penso o quão imperfeitos todos nós somos e o quão difícil, se não impossível, é vivermos completamente blindados desses quadros embaçados que turvam nossa caminhada.

Talvez, o que seja possível ser feito, além de aprender e ressignificar – e de respirar aliviada quando a solução se apresenta – é minimizar que situações desagradáveis voltem a se repetir no mesmo formato. Assim: “- já passei por isso, aprendi, descobri um caminho para evitar que aconteça de novo e, se acontecer, já entendi como posso agir”. E aí aquilo passa a ter um tamanho menor dentro da gente. E talvez, se torne menor de verdade.

Uma coisa que venho aprendendo ao longo dos anos, sobre como agir diante de uma situação difícil é, respirar – isso mesmo, respirar – antes de tomar decisões, se for possível. Pensar antes de agir, mas não a ponto de ficar divagando e não reagir à dificuldade. Tento buscar uma clareza mental suficiente a me permitir usar de alguma sabedoria na tomada de decisão. E então, busco alguma coragem e enfrento o que não pode ser protelado.

Mesmo assim dói. A gente termina o dia mais triste. Com alguma sensação de culpa. Um desconforto, vai. É como acontece. Resta dormir, descansar, e esperar no amanhã um novo dia.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Lute como uma mulher

quarta-feira, 08 de março de 2023

O Dia Internacional da Mulher (8 de março) é uma data muito além de todas as celebrações pelo planeta. É um marco político na história mundial. Isso porque, há apenas 48 anos, a ONU instituiu o dia que simboliza a celebração e a luta pelos avanços femininos na sociedade.

O Dia Internacional da Mulher (8 de março) é uma data muito além de todas as celebrações pelo planeta. É um marco político na história mundial. Isso porque, há apenas 48 anos, a ONU instituiu o dia que simboliza a celebração e a luta pelos avanços femininos na sociedade.

Luta que parece interminável e de fato parece ser eterna... Afinal, ao contrário do que muitos imaginam e berram aos ares, apesar de muitos direitos serem conquistados, a vida das mulheres segue repleta, de dores ocultas e de feridas expostas, tapadas com um pequeno band-aid, em uma ferida repleta de antagonismos.

É ser livre para desbravar o mundo, mas sem a liberdade de se vestir como quiser ou se sentir segura em estar sozinha na rua. É ser corajosa, mas sempre ter medo. É ser detentora da liberdade de se relacionar com quem quiser, que bate de frente ao primeiro assédio vivido nos primeiros anos, antes mesmo da vida adulta.

É ser igual a um homem perante a lei, mas precisar de legislações especiais que lhe protejam dos crimes das múltiplas violações cometidas contra sua honra, seu corpo e sua alma. É ter o superpoder de gerar a vida, mas saber que a cada seis horas, uma vida feminina é tomada... vítima da barbárie do feminicídio.

Por meio do ex-namorado que não aceita a separação e quer se reconciliar de todas as formas possíveis e imagináveis: com violência física, psicológica, patrimonial e até contra ele mesmo, no único intuito de reconstruir algo que já se destruiu. Perguntamos-nos se é possível ‘amar’ e ‘odiar’ ao mesmo tempo, quando na verdade, é apenas mais alguém vendo uma mulher como sua pro-pri-e-da-de.

Como o ex-marido que não se ‘controla’ em ver a vida da ex-esposa seguir em frente e compra uma arma ao ponto de fazer uma “besteira”. Caso isolado? Só se for o de número 3.900: o total de mulheres mortas pelos seus ex-companheiros no ano passado. E que a cada ano, aumenta... Será que a pandemia deu inicio à uma nova epidemia?

Não. A verdade é que agora existe internet e telefones celulares para todos os lados, que compartilham com mais frequência o que sempre existiu no silêncio: a violência latente contra o sexo feminino. Aquela que fere como no caso hipotético, de um ex-parceiro que coloca fogo num colchão, em uma casa de madeira, com duas mulheres amedrontadas trancadas dentro de um banheiro, mas... sem a intenção de matar.

E mesmo com todas as barreiras e dificuldades pelos caminhos tortuosos da vida, ter a capacidade de seguir em frente e lutar. Ser mulher e mudar o mundo! Acordar cedo, pegar um ônibus lotado e ir trabalhar. E no caminho... sofrer mais uma violência. Quase 97% das mulheres já foram vítimas de assédio no transporte público.

Ouvir como desculpa: “Hoje não podemos nem elogiar mais que vamos presos”. Será que é só isso mesmo? Apenas? Não existe nada nesse meio do caminho que transforme uma simples abordagem simpática em uma violência que dói e põe medo no outro?

Em uma pesquisa realizada com mulheres acima de 16 anos, 86% afirma ter sofrido assédio sexual, sejam através de assobios, olhares inconvenientes, comentários de cunho pejorativo, xingamentos, seguidas ou tiveram seus corpos tocados. Quase 70% das entrevistadas relataram ter medo de chegar em casa após anoitecer. Será que todas elas enlouqueceram e não sabem identificar um simples elogio?

Certamente, as mulheres tem algo que só quem é mulher entende. É ter um tipo específico de sensibilidade e olhar – um sexto sentido. É a possibilidade de mesmo sendo uma, ser muitas ao mesmo tempo. Ser mãe de crianças, ser ‘mãe de marido’, ser empresária, ser funcionária, ser dona de casa. Sempre persistindo, lutar e nunca desistindo de ser feliz.

É mudar o mundo da sua forma e da melhor maneira possível, mesmo ocupando poucos espaços de decisão na sociedade. Afinal, hoje, apenas 11 mulheres, dos 81 eleitos, foram escolhidas senadoras nesse país. Ser mulher é  uma mistura do desejo de mudar, da perseverança, da mudança e, acima de tudo, de fazer acontecer.

Acreditar que mesmo diante de inúmeras medidas para protegerem as mulheres, dias melhores virão. As medidas de proteção sejam temporárias e a sociedade se educará num mundo em que não mais precisaremos delas. Mas, enquanto isso não acontecer... o dia das mulheres ainda será um marco de muita comemoração e mas sobretudo, de muita luta!

“Lutar feito homem”? Não, eu quero é lutar como as mulheres!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Ansiedade e depressão pós-covid

quarta-feira, 08 de março de 2023

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um artigo alertando sobre o aumento de ansiedade e depressão por causa da covid-19. No primeiro ano desta pandemia aumentou em 25% a presença de ansiedade e de depressão no mundo. Assim os governos municipais, estaduais e federal devem dar importância aos meios de ajudar a população em relação à saúde mental.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um artigo alertando sobre o aumento de ansiedade e depressão por causa da covid-19. No primeiro ano desta pandemia aumentou em 25% a presença de ansiedade e de depressão no mundo. Assim os governos municipais, estaduais e federal devem dar importância aos meios de ajudar a população em relação à saúde mental.

Uma das explicações sobre o grande aumento da ansiedade e depressão é o estresse imenso causado pela pandemia, isolamento social, incerteza, medo de infecção, ser internado e morrer, medo de perder algum ente querido pela covid. Outros fatores foram a restrição das pessoas de trabalhar gerando preocupações financeiras. A OMS admitiu que entre os profissionais de saúde, a exaustão tem sido um grande gatilho para o pensamento suicida.

A pandemia afetou a saúde mental dos jovens de tal modo que eles estão em risco de comportamentos suicidas e de automutilação. Isso também indica que pessoas com condições de saúde física pré-existentes, como asma, câncer e doenças cardíacas, eram mais propensas a desenvolver sintomas de transtornos mentais. A OMS afirma que: “Os dados sugerem que pessoas com transtornos mentais pré-existentes não parecem ser desproporcionalmente vulneráveis à infecção por covid-19. No entanto, quando essas pessoas são infectadas, são mais propensas a sofrer hospitalização, doença grave e morte em comparação com pessoas sem transtornos mentais. Pessoas com transtornos mentais mais graves, como psicoses, e jovens com transtornos mentais, estão particularmente em risco.”

Segundo a OMS, para o benefício da população que sofre com transtornos mentais, é necessário um aumento no investimento para a saúde mental. O Atlas de Saúde Mental mais recente da OMS mostrou que, em 2020, os governos em todo o mundo gastaram em média pouco mais de 2% de seus orçamentos de saúde em saúde mental e muitos países de baixa renda relataram ter menos de um trabalhador de saúde mental por 100 mil pessoas.

Dévora Kestel, diretora do Departamento de Saúde Mental e Uso de Substâncias da OMS, resume a situação dizendo: "Embora a pandemia tenha gerado interesse e preocupação com a saúde mental, também revelou um subinvestimento histórico em serviços de saúde mental. Os países devem agir com urgência para garantir que o apoio à saúde mental esteja disponível para todos.”

Mesmo antes da pandemia a própria OMS havia previsto que em 2020 a depressão deveria se tornar a segunda doença mais comum no mundo e que em 2030 ela deverá ser a número um a afetar a população mundial. Os governos precisam, então, investir pesado em saúde mental, especialmente na prevenção. Porque assim poderá reduzir o impacto dos transtornos mentais sobre a população.

Tenho feito minha parte quanto à educação em saúde mental através da mídia. Mantenho essa coluna semanal neste espaço todas as quintas-feiras há mais de 30 anos. Tenho uma seção mensal na revista nacional Vida e Saúde (www.revistavidaesaude.com.br) e apresento o programa “Equilíbrio” na Rede de Rádio Novo Tempo, de segunda à sexta, às 8h30, com reprise às 14h e aos domingos às 14h - www.novotempo.com/programa/equilibrio-nt. Também apresento o programa Claramente na TV Novo Tempo, agora ao vivo, todas as quartas-feiras, às 16h com reprise às 9h, e nas sextas-feiras dentro do programa Vida e Saúde, às 16h. Você pode assistir os programas já apresentados em: www.youtube.com/vidaesaudent. Role a página e ali estão todas as edições do Claramente.

Também vão ao ar a cada semana vídeos em meu canal no YouTube: www.youtube.com/claramentent . Também apresento palestras em instituições variadas, sob convite. Você pode solicitar palestras em meu site www.doutorcesar.com clicando na aba Consultas, preenchendo o formulário onde especificará o que deseja em termos de palestras. Há, no entanto, um custo para isso, que será explicado por email após você colocar seus dados no formulário.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

O envelhecimento da população, um desafio importante

terça-feira, 07 de março de 2023

Como no Brasil, a França passa por um grande problema que precisa ser encarado de maneira séria; trata-se do envelhecimento da população e os consequentes problemas financeiros advindos dessa situação. Aqui, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a previsão é de que em 2060 teremos 25% da população com idade acima de 60 anos. Já em terras francesas, em 2023 havia 23% de pessoas com mais de 60 anos, ou seja, um habitante em quatro. A estimativa para 2040 é de um em três.

Como no Brasil, a França passa por um grande problema que precisa ser encarado de maneira séria; trata-se do envelhecimento da população e os consequentes problemas financeiros advindos dessa situação. Aqui, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a previsão é de que em 2060 teremos 25% da população com idade acima de 60 anos. Já em terras francesas, em 2023 havia 23% de pessoas com mais de 60 anos, ou seja, um habitante em quatro. A estimativa para 2040 é de um em três.

Esse aumento da população dita da terceira idade é consequência de dois grandes fatores: de um lado a diminuição da taxa de nascimentos e do outro, a diminuição da taxa de mortalidade dos idosos, com os avanços da medicina, principalmente no campo das medidas preventivas, no que diz respeito à saúde, a alimentação e aos cuidados pessoais. Em terras tupiniquins não temos números atualizados, mas o IBGE mostra que a taxa de natalidade brasileira, em 2015 era de 14,16 por mil habitantes.

Já o Banco Mundial afirma que em 2020 tínhamos uma taxa de 1,65 nascimentos por mulher, que comparados ao índice de 6,06, de 1960, comprova essa queda real. Já na terra de Astérix, houve um aumento expressivo da natalidade no pós-segunda Guerra Mundial, com o ápice chegando em 1949, com 900 mil nascimentos. A taxa de natalidade, em seguida, diminuiu um pouco, mas permaneceu elevada até o início dos anos 1970, quando começou a declinar de maneira importante.

Meio século mais tarde, portanto, os bebês do pós-guerra cresceram e a natalidade caiu. Nas ruas e quarteirões é mais comum a presença de cabelos brancos ou cinzas do que de recém-nascidos. É um choque demográfico que irá se acentuar nos próximos 20 anos e que desperta importantes questões econômicas e sociais. Esse problema, mais discreto do que uma pandemia ou da guerra da Ucrânia vai afetar, lá na França, a economia do país com múltiplos impactos dos quais o interminável e amargo debate em torno da questão das aposentadorias é somente um dos aspectos e, não forçosamente, o mais crucial.

Aqui, tivemos a pandemia que, de uma maneira ou de outra, atingiu nossa economia, mas, felizmente, sem nenhuma guerra entre países vizinhos, além de uma reforma da Previdência, que era necessária, e diminuiu um pouco os sobressaltos com relação aos gastos previdenciários. No entanto, a preocupação aqui como lá está sempre presente. No sistema de cotização das aposentadorias, como é o nosso caso, quanto menor for o número de contribuintes, maior será o déficit do sistema que aumentará cada vez mais, à medida que a população envelhece e cresce o número de aposentados. Alguns países como a Alemanha, Canadá e Nova Zelândia procuram, através da abertura da imigração para uma mão de obra ativa, compensar esse déficit. Isso nem sempre é possível em tempos de inflação alta como ocorre agora na Europa. Hoje na França, a inflação está em 6% ao ano, com uma alta expressiva dos combustíveis, da alimentação e dos aluguéis.

Além disso, existe um outro problema que é sério e entre nós é mais grave que nos países mais desenvolvidos. Nem sempre os mais idosos gozam de boa saúde, o que sobrecarrega o Sistema Único de Saúde (SUS) e mesmo os planos privados. Sem deixar de mencionar que nessa população tem muitas pessoas que estão na dependência de outras para cuidados desde os mais simples, até os mais complexos. Na França, na Alemanha e entre outras nações mais desenvolvidas, ainda existe um serviço estatal de enfermeiros, técnicos em saúde e de assistentes sociais que dão conta do recado. Aqui a estrutura não funciona ou é muito precária, deixando muito a desejar. O pior é que com aumento dessa população necessitada, o problema tende a se agravar. Os gastos são elevados e nem o SUS nem os planos de saúde estão em condições de prestar o atendimento que lhes é solicitado. Na maioria das vezes, o chamado home-car só funciona com ações judiciais.

É preciso que as autoridades comecem a pensar de maneira preventiva, pois o problema só tende a se agravar. Os jovens aqui como lá não pensam mais em ter mais filhos como as gerações passadas.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.