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Dias nublados

sábado, 25 de março de 2023

Deixa a vida surpreender, mesmo que tudo pareça ruim. Até pilha para funcionar precisa de positivo e negativo. Um dia a gente está por cima, outro por baixo e por mais que pareça clichê, essa é uma realidade das nossas travessias pela vida. 

Como dizem os adolescentes: “quem nunca chutou o balde para ir buscar depois”? Às vezes, é preciso chutar o balde mesmo, ainda que todas as previsões indiquem: “vai lá, meu filho, corre e traz o balde de volta”. Tudo a seu tempo. 

Deixa a vida surpreender, mesmo que tudo pareça ruim. Até pilha para funcionar precisa de positivo e negativo. Um dia a gente está por cima, outro por baixo e por mais que pareça clichê, essa é uma realidade das nossas travessias pela vida. 

Como dizem os adolescentes: “quem nunca chutou o balde para ir buscar depois”? Às vezes, é preciso chutar o balde mesmo, ainda que todas as previsões indiquem: “vai lá, meu filho, corre e traz o balde de volta”. Tudo a seu tempo. 

Dias nublados apenas escondem o sol. Ele está lá, acima das nuvens. Pode ser que não o vejamos, que não o sintamos. Mas ele segue lá, clareando o dia, permitindo a fotossíntese, regulando mares e alimentando a vida. Nuvens se dissipam pelo vento ou em chuva. Se ventar demais – voe. Se chover - lave a alma! Ou apenas observe o ciclo. O tempo vai abrir...      

Tem roupa para lavar e se pendurar meias é chato, mais chato ainda é ter que recolher cada peça do varal. Porém, nada supera a maldita tarefa de passar camisa de botão manga longa. Mas ainda sim é melhor ter roupa para lavar, estender, recolher e passar do que não ter o que vestir. Ah, se pudéssemos andar pelados…

Se joelho ralado dói, unha encravada dói mais ainda. É preciso valorizar ter pernas e mãos. Coração então: sofre. Mas ter coração é ter espaço para essas paixões avassaladoras e até esses vazios que pesam. Alma. Tenha alma! É preciso perceber que se tem. Agora. Eternidade é algo tão longínquo para sofrer por ela. 

As coisas vão se resolver. Sei que angústia fabrica ansiedade, mas ambas juntas não fazem bem. Disso, sei. Quem nunca experimentou, fuja agora dessa mesa de bar! 

- Mais ópio, por favor. 

Fuja desses dias! Não para se autoenganar. Para suavizar. Para se entender, sem a pretensão de encontrar respostas. Isso não é prova de concurso público de múltipla escolha. 

Eu gosto mesmo é de filosofia. Elizabeth sabe disso. Não sou trovador como ela, mas nós gostamos de poesia. Quando filosofia e poesia se misturam, compreendo que talvez sejam indissociáveis. 

Viver é bom, mas nem sempre a vida é bela. Aí, a gente fantasia mesmo, porque embrutecer é para essa gente de extrema direita e de extrema esquerda que não sabe sorrir, mas se autointitula dona da verdade. Tem muitas causas no mundo, muitas revoluções por fazer e se se perde a ternura, serão falsos esses discursos militantes que só alimentam egos pastorais. 

Entre qualidades e defeitos, perfeito é aquilo que não precisa mais se modificar. Cruzes. Melhor ser esse inacabado que ainda pode se acrescentar de vida, venha a música que vier a tocar. E dance com ela, mesmo que não saiba os passos. A gente se adapta. E foram as adaptações ao longo dos séculos que nos trouxeram até cá e nos levarão até lá, seja o que for lá, mesmo que apenas a sexta nota musical. 

Não viemos do caos, do Big Bang? Somos partículas das estrelas. Por mais que eu diga tudo isso para mim mesmo, sei que não é fácil ser leveza no caos. Mas na explosão de boletos, problemas, pés na bunda, trânsito e ressacas é que surgem planetas de gargalhadas, beijos, abraços, emoções, pessoas… Que se tornam tudo o que a gente precisa para suportar a si mesmo até se olhar no espelho e dizer: “como você é incrível”. 

Têm dias que nos sentimos um caco. Que certos sentimentos nublam as horas. Mas o sol segue lá. Assim como os que te acompanham e te aturam, lhe mostram que quando seus cacos se juntam, sua história se preserva linda e que precisa de mais linhas e desenhos, baldes para buscar, bateria para ligar, roda gigante para girar, amor para se dar e receber. 

Dias nublados não podem esconder os grandes sonhos que temos, tampouco tudo o que nos traz felicidade.

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Oito reflexões antes do investimento

quinta-feira, 23 de março de 2023

O personagem principal do mercado financeiro é único e singular: o investidor. Dentro da cabeça de cada um, há valores e princípios individuais responsáveis por orientar as tomadas de decisão no dia a dia social e nas alocações financeiras. Aqui, vejo um excelente parâmetro para definir onde caberá direcionar seus esforços para colher bons frutos no futuro: remuneração financeira e desenvolvimento social. Para resumir em alguns tópicos a tomada de decisão, veja oito reflexões que todo investidor estuda ao decidir alocar seus recursos em algum novo investimento.

O personagem principal do mercado financeiro é único e singular: o investidor. Dentro da cabeça de cada um, há valores e princípios individuais responsáveis por orientar as tomadas de decisão no dia a dia social e nas alocações financeiras. Aqui, vejo um excelente parâmetro para definir onde caberá direcionar seus esforços para colher bons frutos no futuro: remuneração financeira e desenvolvimento social. Para resumir em alguns tópicos a tomada de decisão, veja oito reflexões que todo investidor estuda ao decidir alocar seus recursos em algum novo investimento.

Tese: o primeiro passo é compreender a solução vendida pelo projeto. “Que problema o meu dinheiro vai solucionar?”, pergunta-se um investidor consciente. A tese de investimentos é o que determina se a sua alocação de capital é capaz de propor alguma solução eficiente de um problema real.

Risco: pensei até em não elencar este tópico na lista, seriam apenas “sete reflexões do investidor” se todos fôssemos capazes de compreender que daqui para baixo tudo é análise de risco. Contudo, apenas acreditar na tese não é um risco para seus investimentos; afinal, você ainda não investiu.

Alavancagem: com o objetivo de potencializar rendimentos, investidores e empresas usam determinadas garantias para operar com volume financeiro acima do patrimônio real e, assim, alavancar resultados. Resultados! Lucros e prejuízos.

Liquidez: o período entre investimento e resgate do capital.

Cotação: preço de equilíbrio, em determinado instante, calculado via livre mercado a partir das relações de oferta e demanda. Em bolsa de valores, nada mais é que o preço de determinado ativo num exato instante.

Volatilidade: na bolsa de valores, volatilidade representa a variação das cotações de determinado ativo em um período estipulado, possibilitando parâmetros de estabilidade ou instabilidade do investimento.

Resultado: aqui, a rentabilidade do investimento em sua tese. Será que fez ou gastou dinheiro? Só o futuro pode responder.

Garantias: o futuro, portanto, pode ter determinadas garantias para evitar grandes surpresas em seu resultado. Alguns investimentos podem contar com garantias de taxas de rentabilidade, instituições garantidoras do capital do investidor e direitos de preferência no recebimento de dívidas, por exemplo, são algumas possibilidades.

Investidores têm características únicas e individuais. Pensa em construir patrimônio e participar do desenvolvimento social? Invista no que acredita e busque gerar resultados positivos.

Hoje não me parece o melhor momento para debatermos sobre princípios. Sabemos, é claro, que nem tudo são flores é há muito o que ser refletido sobre valores sociais, culturais, ambientais e humanitários dentro de toda a cadeia. Portanto, façamos a nossa parte.

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Sem negociação

quinta-feira, 23 de março de 2023

Todo dia é preciso reiterarmos as premissas básicas do ser honesto. De ser honesto. E reconhecer aquele que consegue sê-lo, apesar dessa conspiração estranha que parece atrair para o lado oposto. É necessário e atemporal falar sobre honestidade. Os dicionários dão conta que a honestidade é substantivo feminino (começamos bem). É “qualidade daquele que é honesto”. Ser uma qualidade, é ótimo. Predicados positivos são de bom grado. Está ligada ao decoro, honradez e probidade. O próprio conceito poderia bastar. Já seria o bastante. Só que não é. Nunca será.

Todo dia é preciso reiterarmos as premissas básicas do ser honesto. De ser honesto. E reconhecer aquele que consegue sê-lo, apesar dessa conspiração estranha que parece atrair para o lado oposto. É necessário e atemporal falar sobre honestidade. Os dicionários dão conta que a honestidade é substantivo feminino (começamos bem). É “qualidade daquele que é honesto”. Ser uma qualidade, é ótimo. Predicados positivos são de bom grado. Está ligada ao decoro, honradez e probidade. O próprio conceito poderia bastar. Já seria o bastante. Só que não é. Nunca será.

Desde as pequenas práticas às grandiosas, o indivíduo honesto sente-se incomodado se deixar escapar, ainda que por pouco, o lado bom da força. Inadmite deixar evadir a blindagem da honra que o cerca e por vezes, o toma por completo. Ele vive e convive com a necessidade de empregar grande esforço para manter-se na posição esguia e admirável da honradez. E da sensatez. Orgulha-se de ser correto. Direciona energia para agir como deve ser, sem pisotear nas premissas básicas da boa convivência nem tampouco fingir que esqueceu que ser honesto é qualidade que demanda vigilância constante.

Não se pode pestanejar. Não dá para esmorecer. Fingir que o troco a mais veio certo no caixa do supermercado? Sem chance. “Colar” em uma prova para galgar a meta e atingir notas mais elevadas? Também não dá.  Extraviar pertences alheios? Enganar pessoas? Falsificar documentos? Inventar mentiras sobre terceiros procurando beneficiar-se disso? Apropriar-se de dinheiro alheio? Nem pensar. Não dá para negociar com o que é errado.

O valor da confiança é inestimável e a vida parece se encarregar de demonstrar isso sempre que possível. O chamado às vezes é demorado. Como não sentir incômodo ao presenciar tantas pessoas aparentemente “se dando bem” fazendo coisas socialmente tidas por erradas pelo critério da hombridade?  Esse é o exercício. Não sucumbir. Ser resistência. Dormir em paz, com a consciência leve como uma pluma. Andar de cabeça erguida. Contribuir com bons exemplos. Esperar a retribuição da lei do retorno, das forças do Universo, que hão de ser justas. Que são justas. Acreditemos.

Sempre é hora de optarmos por trilharmos bons caminhos. Passo a passo. A vida é esse emaranhado de escolhas contínuas. Que enxerguemos no que é certo um caminho a seguir. Uma boa opção. A única. Ainda que saibamos que até o conceito de certo e errado é relativo. De fato, tudo é tão relativo e questionável que poderíamos andar cambaleando sem saber qual rumo seguir. Essa coisa de escolher um lado é tão pueril e superficial. Mas ... para quem pressupõe a existência dessa enorme corda invisível que separa o moral do imoral, o ético do antiético, o probo do improbo, o que semeia a paz do que fomenta o conflito, o que preconiza boas práticas do que as repudia, o honesto do desonesto, penso que seja mais eficiente escolher para qual lado destinar e empregar a força que te move. A hora é agora. E sempre.

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Todo profissional precisa ser um influencer digital?

quarta-feira, 22 de março de 2023

Estudos recentes apontam que o Brasil já ultrapassou a marca de 500 mil influenciadores digitais, com no mínimo dez mil seguidores em suas redes sociais. E entre dancinhas e vídeos engraçados, um novo nicho tem ganhado muito destaque: os profissionais, das mais diversas áreas, que dedicam as suas postagens sobre suas profissões.

Estudos recentes apontam que o Brasil já ultrapassou a marca de 500 mil influenciadores digitais, com no mínimo dez mil seguidores em suas redes sociais. E entre dancinhas e vídeos engraçados, um novo nicho tem ganhado muito destaque: os profissionais, das mais diversas áreas, que dedicam as suas postagens sobre suas profissões.

A verdade é que muitas pessoas acreditam que, para fazer um bom marketing pessoal, é preciso tornar-se um influenciador digital. Por essa razão, médicos, advogados, nutricionistas e profissionais e acumulam mais uma função no dia a dia de trabalho: a de ser seu próprio departamento de marketing, em busca de visibilidade, novos contratantes e clientes.

Mas afinal, usar as plataformas digitais como ferramenta de marketing gera mesmo tanto impacto? Podemos (ou melhor, devemos) fugir dessa tendência?

Novos tempos pós-Covid

Bom, eu te pergunto: ‘Qual é a primeira coisa que você faz ao acordar?’ Não vale falar que é abrir os olhos! Mas, provavelmente, se você usa seu smartphone como despertador, é provável que já aproveite a oportunidade para conferir se você recebeu alguma mensagem durante a noite e se há novidades nas suas redes sociais.

Estamos cada dia mais antenados ao mundo digital e consumindo conteúdos. Arrisco a dizer que tem gente que dorme sem escovar o dente, mas não dorme sem antes checar o Instagram. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Data Folha, 94% dos usuários de internet do país afirmam ter uma conta em sites de relacionamento.

No entanto, a grande maioria das pessoas encara as redes sociais como nada mais do que uma página na internet onde podem ser compartilhados fotos, frases, vídeos, imagens e conversar com outros usuários. Já para outros, tornou-se um meio importante para o crescimento profissional, sob a velha máxima de: “Quem não é visto, não é lembrado”.

Nesse cenário, e especialmente após a pandemia de Covid-19, que impulsionou o consumo online, o empresário e empreendedor, Robson Caetano, somando mais de 45 mil seguidores em suas redes sociais, avalia que estar online é um caminho sem volta para profissionais de praticamente todos os ramos, te dando possibilidade de alcançar muitas pessoas em diferentes lugares de todo o mundo.

“Com os meus conteúdos em redes sociais, pessoas do Maranhão, Amazonas, Colômbia e até Portugal me acompanham, algo que seria fisicamente impossível caso eu ficasse restrito a estar somente num escritório físico. A internet mudou completamente a minha vida e o destino de muitos negócios, durante e após, o momento caótico da pandemia que vivemos. Muita gente continua encarando a internet como um fim, quando na verdade ela é um meio potencializador para o seu resultado final pretendido.”

Bill Gates certo dia disse: “Em alguns anos vão existir dois tipos de empresas: as que fazem negócios na internet e as que estão fora dos negócios.” Nesse passo, muitos negócios e pessoas, tem sentido dificuldades no mercado de trabalho por não terem acompanhado esse rápido crescimento das redes, que para muitos, ainda é um desafio.

Quem não é visto não é lembrado

Algumas pessoas ainda se descontentam por já não parecer mais ser suficiente seus anos de formação, suas centenas de horas de experiência, cursos e certificados. A presença nas redes sociais tem se tornado um fardo para profissionais que se sentem pressionados a ‘dar com a cara nas redes’ e não querem lidar com a exposição.

Para driblar essas armadilhas e pressões pela visibilidade, a psicóloga e neuropsicóloga, Andreza Masuyama, orienta que mesmo com todos os perigos de esgotamento mental nas redes, ela defende que a internet é um caminho possível para o crescimento profissional, desde que seja utilizada com consciência dos limites de cada pessoa.

“Nem todo profissional precisa ser um influenciador, pois cuidar dos perfis nas redes sociais demanda tempo e energia, e é preciso avaliar se a ferramenta será útil para sua carreira profissional. Caso o profissional passe a se cobrar diariamente para fazer mais e melhores postagens, pode-se desenvolver quadros de ansiedade, causando frustrações. Acredito que a internet é um desafio necessário e deve ser enfrentado, quando o profissional tem autonomia e sabe monitorar o tempo em que se fica conectado, e o tempo que se dedica a vida real. Saber usar as redes sociais de forma saudável é fundamental”

A verdade é que não existe uma fórmula exata: nem todo profissional precisa ser um influenciador digital, mas também não precisa deixar de reconhecer os importantes ganhos que podem ser potencializados pela internet. Ser visto e lembrado parece necessário, mas sempre num equilíbrio constante com a ética profissional e acima de tudo com sua saúde mental.

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Esquizofrenia

quarta-feira, 22 de março de 2023

A esquizofrenia é uma doença mental cerebral que produz alteração na maneira como a pessoa pensa, sente e percebe a realidade. Os que sofrem com esquizofrenia têm mais dificuldades com emprego, casamento e vida independente em comparação com os sem esta doença. O diagnóstico da esquizofrenia é feito por médico psiquiatra na consulta avaliando o paciente e com informações da família.

A esquizofrenia é uma doença mental cerebral que produz alteração na maneira como a pessoa pensa, sente e percebe a realidade. Os que sofrem com esquizofrenia têm mais dificuldades com emprego, casamento e vida independente em comparação com os sem esta doença. O diagnóstico da esquizofrenia é feito por médico psiquiatra na consulta avaliando o paciente e com informações da família.

A esquizofrenia tem forte componente genético, mas outros fatores também estão associados ao aumento do risco da doença como idade paterna acima de 34 anos; trauma e adversidades sociais; residência urbana; uso de maconha e de outras drogas que agem no cérebro; alterações cognitivas e alterações estruturais cerebrais; desenvolvimento fetal anormal e baixo peso ao nascer; cesariana de urgência e outras complicações no parto; diabetes gestacional; desnutrição materna e deficiência de vitamina D e pré-eclampsia.

A esquizofrenia atinge homens e mulheres praticamente igual em quantidade, mas o início é mais tardio nas mulheres. Embora a esquizofrenia possa ter início na infância, o primeiro episódio psicótico geralmente ocorre entre os 15 e 30 anos de idade. Pacientes com esquizofrenia muitas vezes têm uma infância normal, embora os familiares possam descrevê-los como emocionalmente distantes e fisicamente desajeitados, podendo ser ansiosos ou ter enurese noturna. Na adolescência podem apresentar mudança acentuada da personalidade com comprometimento da sociabilidade, do desempenho acadêmico e da interação com as pessoas.

Os sinais e sintomas da esquizofrenia podem ser divididos em quatro áreas: positivos, negativos, cognitivos e do humor. Os positivos são os sintomas psicóticos, como alucinações que costumam ser auditivas; delírios (ideias fora da realidade); fala e comportamento desorganizados. Os sintomas negativos são perda de interesses e iniciativa, muita inércia e empobrecimento da fala. Esquizofrênicos geralmente têm embotamento do afeto que é a dificuldade de sentir o sentimento.

Os sintomas cognitivos incluem dificuldade de compreender detalhes em relacionamentos, deficiência de atenção, dificuldades no trabalho e no raciocínio. Esta doença pode ser vista como um transtorno dos pensamentos, que muitas vezes são desorganizados. E as alterações do humor são sentir-se deprimido e parecer alegre ou triste de uma maneira que é difícil de entender.

Dependendo do caso o tratamento pode durar a vida toda. Mas entre 30 e 50% obtêm cura após tratamento eficaz com medicamentos, terapia ocupacional, apoio da família e psicoterapia. O tratamento da esquizofrenia envolve o uso de medicamentos chamados “antipsicóticos” e se houver estado depressivo o psiquiatra também pode prescrever um antidepressivo. É importante que o paciente se envolva em alguma terapia ocupacional que pode ser orientada com terapeuta ocupacional e também siga atendimento de psicoterapia e psiquiátrico, existentes no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) de prefeituras com consultas gratuitas.

A família tem papel importante para ajudar o paciente esquizofrênico mediante apoio ao tratamento, paciência, colocação de limites, e compreensão da doença. Quanto ao prognóstico (como a doença evoluirá), é mal sinal se a doença surge pouco à pouco em vez de numa crise aguda, se tem uso de bebidas alcoólicas ou outras drogas como fator desencadeador, se a personalidade antes da doença era complicada. Bom sinal de melhor recuperação envolve bom funcionamento mental antes da doença surgir, início repentino da doença, história familiar sem pessoas com esquizofrenia, poucos sintomas negativos, prejuízo pequeno dos pensamentos (cognição).

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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E o Credit Suisse quebrou levantando dúvidas sobre a solidez dos bancos suíços

terça-feira, 21 de março de 2023

Deve ser muito difícil admitir que um país que sempre alardeou superioridade em relação a outros, principalmente sobre os subdesenvolvidos, esteja atolado até o pescoço, naquilo que sempre foi a sua menina dos olhos. Falo da Suíça e de seu tão “seguro” sistema bancário, alardeado aos quatro ventos por seus orgulhosos cidadãos e pelo próprio governo. No entanto, não foi o que se viu com a “quebra” do Credit Suisse, semana passada, instituição financeira que era considerada o “filé mignon” do sistema bancário helvético.

Deve ser muito difícil admitir que um país que sempre alardeou superioridade em relação a outros, principalmente sobre os subdesenvolvidos, esteja atolado até o pescoço, naquilo que sempre foi a sua menina dos olhos. Falo da Suíça e de seu tão “seguro” sistema bancário, alardeado aos quatro ventos por seus orgulhosos cidadãos e pelo próprio governo. No entanto, não foi o que se viu com a “quebra” do Credit Suisse, semana passada, instituição financeira que era considerada o “filé mignon” do sistema bancário helvético.

Como afirma o Swissinfo.ch, em sua edição de segunda-feira, 20, “Os bancos suíços são prudentes e confiáveis em períodos de turbulência. A compra urgente do Credit Suisse pelo UBS Group Ag, também suíço por 3,23 bilhões de dólares (cerca de R$ 17 bilhões) quebra essa imagem e prejudica a credibilidade do setor bancário suíço”. Esse valor foi informado pelo Banco Nacional da Suíça (SNB na sigla em inglês), no último domingo, 19. Segundo a Agência Reuters, o acordo também inclui uma assistência de liquidez de 108 bilhões de dólares (R$ 568,86), por parte do SNB.

Um outro problema é que essa compra levou ao desaparecimento de 16 milhões de francos suíços de obrigações emitidas pela instituição financeira, que não têm mais nenhum valor. De acordo com um detentor de obrigações do banco, segundo o Financial Times, isso terá consequências a longo prazo, para qualquer dívida monetária helvética. Em outras palavras, significa que futuros investidores poderão pensar duas vezes, antes de colocar seu dinheiro nas obrigações de empresas suíças.

De acordo com o Valor Investe, como se não bastasse a crise bancária desencadeada pela quebra do Silicon Valley Bank (SVB) nos Estados Unidos, no último dia 15, os mercados despencaram com notícias envolvendo o Credit Suisse. Dessa vez, o estopim foi o anúncio de que seu principal acionista, o Saudi National Bank, da Arábia Saudita, não vai aumentar sua participação na instituição.

Mas, o que aconteceu com o banco helvético? O balanço do Credit Suisse no quarto trimestre de 2022, divulgado em fevereiro, mostrou que ele teve o quinto prejuízo consecutivo. No entanto, o problema não foi só esse. Na última terça-feira (14), a empresa informou ter identificado "fragilidades materiais" significativas em seus relatórios financeiros dos últimos dois anos.

Os problemas, portanto, não são de hoje. Recentemente, duas empresas deram ao Credit Suisse prejuízo de US$ 15 bilhões ao falirem após tomarem recursos do banco. Investigações mostram que houve falhas na análise de riscos da instituição suíça. Assim, vem sendo criada uma insegurança a respeito do funcionamento e, consequentemente, do futuro do banco.

Complicou tudo o fato do Credit Suisse atravessar uma crise de confiança que se arrasta há anos, e culminou agora em um problema estrutural graças a uma somatória de fatores, que combinam tanto questões internas quanto de mercado: histórico de má governança que inclui acusações de fraude, suspeitas de lavagem de dinheiro e até espionagem de executivos; apertos monetários pelos bancos centrais (sim, eles mesmos, os juros), que afetam a liquidez do mercado como um todo; série de prejuízos seguidos, inclusive o último de 7,3 bilhões de francos suíços (quase 8 bilhões de dólares) no ano passado; a quebra de instituições bancárias nos Estados Unidos, que contaminou o setor como um todo; por fim, a revelação das "fragilidades materiais" nos balanços referentes a 2021 e 2022.

Aliás, foram as “fragilidades materiais”, aqui conhecidas como “inconsistência contábil” que causaram o rombo de R$ 20 bilhões na rede Lojas Americanas. Isso levou a empresa a solicitar uma tutela cautelar, ou seja, uma proteção à Justiça, para evitar a antecipação de vencimento de dívidas que, segundo a companhia, somam R$ 40 bilhões. Lá como aqui o vil metal leva a ações impensadas, que quando vêm à tona são capazes de desestabilizar as instituições ditas sólidas. Desenvolvidos ou subdesenvolvidos os países são conduzidos  por homens, nem sempre acima de qualquer suspeita.

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AVS não é um clássico de Verdi. Mas, é a “marcha triunfal” do impresso!

segunda-feira, 20 de março de 2023

O outono está, lindamente, nas páginas do Caderno Z do último fim de semana, com apenas uma diferença: as folhas não caem! Os livros da minha infância classificavam o outono como a estação das folhas caindo. Era o básico que a gente sabia. Contudo, pelos estudos de meus pais, eu fui aprendendo que era muito mais. Apesar de ver os dias outonais ficando mais curtos, há uma série de eventos naturais que encantam a alma da gente. E o Z veio recheado de conhecimentos, com um belo texto de apresentação, assinado por Ana Borges.

O outono está, lindamente, nas páginas do Caderno Z do último fim de semana, com apenas uma diferença: as folhas não caem! Os livros da minha infância classificavam o outono como a estação das folhas caindo. Era o básico que a gente sabia. Contudo, pelos estudos de meus pais, eu fui aprendendo que era muito mais. Apesar de ver os dias outonais ficando mais curtos, há uma série de eventos naturais que encantam a alma da gente. E o Z veio recheado de conhecimentos, com um belo texto de apresentação, assinado por Ana Borges. Pelo movimento de translação, a Terra, ao redor do Sol, no hemisfério Sul, recebe menos luz, por isso, os dias menores. Tudo é tão perfeito que nosso planeta recebe exatamente a quantidade de luz e calor ideais para a vida humana. É mágico!

E as frutas dessa época?! O caqui, por exemplo, é o verdadeiro manjar dos deuses. O abacate me lembra infância, quando vovó partia ao meio: uma parte para mim, outra, para o meu irmão. E a gente comia na própria casa, com açúcar e com afeto, como na canção de Chico Buarque. E o La Niña chegou ao fim! Em compensação, o El Niño poderá alterar o regime de chuvas no segundo semestre de 2023.

As suculentas deram um show de charme no Caderno Z. São dóceis para o cultivo e não exigem grandes cuidados. Wanderson Nogueira viajou da Pedra do Arpoador para os mais longínquos mares da inspiração: “Somos como as estações. E, mesmo sem os cataclismos de El Niño ou El Niña, determinamos os modos do tempo que temos. Se o Sol vai sair e se sair o quanto pesará os ombros ou trará leveza para as vistas. Se colheremos minutos nas horas e como serão esses frutos que plantamos...” Que lindo!

Saindo da Pedra do Arpoador, fomos Christiane Coelho tentar entendermos que história é essa de “três ambulâncias ao relento no pátio do Teatro Municipal Laercio Ventura.  Ficou explicado que “a prefeitura está aguardando a documentação dos veículos” e ainda espera definir os trâmites necessários para a habilitação do serviço do Samu em nosso município. O Projeto Samu 100% RJ do Governo do Estado do Rio de Janeiro vai disponibilizar 249 veículos entre os 92 municípios fluminenses. Mesmo com alguma amarração no caso, o Cão Sentado, na charge de Silvério, não sei se dorme em paz ou se sonha com a implantação do serviço.

Enquanto o verão se despede com a chegada do outono, no ciclo pontual da natureza, muito se tem feito para que os cuidados com o meio ambiente sejam cada vez mais intensos, por intermédio de ações educativas. O Governo do Estado do Rio de Janeiro, no projeto Ambiente Jovem, realizou a formatura de 900 alunos no programa de educação ambiental que é considerado o maior do Brasil.

Outra ação relevante que, em breve, será instalado no Sesc de Nova Friburgo é o equipamento “Retorna Machine” com a finalidade de recolher material reciclável. Na prefeitura e ao lado, na antiga Rodoviária Leopoldina, foram instalados coletores de óleo de cozinha, para uso da coletividade. O produto, reciclado, será transformado em sabão e doado para entidades assistenciais. O projeto será ampliado para outras localidades.

Mais um jornal encerrou sua versão impressa no estado do Rio e a impressão que nos dá é a de que está ficando cada vez mais estreito o espaço de circulação para os jornais impressos. Esse estreitamento se deve, em parte, ao mundo digital, que veio facilitar a comunicação, na instantaneidade de um piscar dos olhos. O jornal O Fluminense, fundado em Niterói, em 1878, e o mais antigo do Estado do Rio de Janeiro, após mais de 140 anos, no início deste mês, entre as águas de março, fechou as portas para a sua circulação impressa.

Literalmente, seu papel marcou a história da informação, noticiando o dia a dia dos acontecimentos. Passou pela Abolição e, da República aos dias atuais, o jornal viu de tudo. Ilustres, desde Alberto Torres, Euclides da Cunha, Bilac e tantos mais, imortais da Academia Brasileira de Letras, passaram pelas suas páginas. Agora, a impressão que fica é aquela de mais uma página de saudade na história do jornalismo brasileiro.

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Aniversários em família

segunda-feira, 20 de março de 2023

No último sábado, 18, o lar e a família do querido casal Grasiely Fernandes Sueira e Leonardo Sueira estiveram em festa. É que para alegria geral, a Grasiely, que é diretora do Colégio Municipal Rui Barbosa, aniversariou juntamente com o querido filho do casal, o Théo Fernandes Sueira que completou seu 1º de vida. Por isso e em dose dupla, parabéns para ela e o bebê, assim como também para o marido e pai, Leonardo, vistos na foto.

Para velejadores friburguenses

No último sábado, 18, o lar e a família do querido casal Grasiely Fernandes Sueira e Leonardo Sueira estiveram em festa. É que para alegria geral, a Grasiely, que é diretora do Colégio Municipal Rui Barbosa, aniversariou juntamente com o querido filho do casal, o Théo Fernandes Sueira que completou seu 1º de vida. Por isso e em dose dupla, parabéns para ela e o bebê, assim como também para o marido e pai, Leonardo, vistos na foto.

Para velejadores friburguenses

Como para muita gente daqui, Rio das Ostras é há muitos anos, a capital praiana de Nova Friburgo, vale este registro informativo.

No último sábado, 18, a prefeitura riostrense colocou em prática interessante projeto: a Escola de Vela. As aulas para os interessados de todas as idades, tiveram início nesta segunda-feira, 20, em dois turnos: das 8h às 11h30 e das 13h às 16h.

O projeto acontecerá na Praia do Centro, próxima a Concha Acústica de Rio das Ostras.

Mãe e filha aniversariando

As simpáticas famílias Costa e Milani viveram momentos de contentamentos especiais no último domingo, 19. É que em dose dupla de alegrias, Cristiane e sua filha Sara Costa Milani, vistas na foto, aniversariaram e por isso, receberam carinhos especiais do marido e pai, Fabrício; avós maternos Linete e Luiz Carlos; sogros e avós paternos Lília e Edmo; bisavô materna Áurea e os irmãos e tios Luiz Carlos Jr. e Viviane.

Parabéns e felicidades para as aniversariantes, com cumprimentos extensivos aos seus familiares.

Novo Ano Rosacruz

Para os rosacruzes que se confraternizam constantemente com votos de Paz Profunda e aprimoram seus conhecimentos místicos em busca da paz e da fraternidade que a humanidade tanto necessita, as congratulações desta coluna por uma importante data.

No último domingo, 19, a antiga e mística Ordem Rosae Crucis (Ordem Rosacruz) que aqui em Nova Friburgo possui seu antigo Capítulo na Rua Ceará, em Olaria, celebrou a chegada do ano 3.375.

Pit com nova idade

Renovadas congratulações ao amigo e conhecido fotógrafo de Nova Friburgo, Petterson Barroso, carinhosamente chamado por todos de Pit (foto).

Isso, por que ele estreou idade nova no último sábado, 18, e festejou alegremente entre amigos com churrasco e música ao vivo com o grupo Atitude do Samba na sede do Nova Friburgo F.C., seus 41 anos de idade. Felicidades!

Vivas ao Solimar e amigos

O gente boa e antigo jogador de futebol friburguense pelo E.C. Filó, Solimar dos Santos (foto) comemorou mais um aniversário na tarde do último sábado, 18, na sede da Associação dos Moradores do Parque Residencial Maria Teresa.       

Além do querido Solimar, enviamos nossos cumprimentos também ao José Antonio Quintieri, Barroso e os lindos gêmeos, filhos do Alan, Enzo e Henrique, já que todos festejaram juntos nesta ocasião seus aniversários.

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Quaresma: tempo de confiança e renovação

segunda-feira, 20 de março de 2023

Vivendo a cada ano o tempo da Quaresma, na experiência de 40 dias de preparação para a Páscoa-Ressurreição do Senhor, lembramo-nos dos 40 anos das lutas do deserto do povo de Israel rumo à terra prometida e do outro deserto das tentações de Jesus, quando jejuou e venceu todo mal. No primeiro, o povo escolhido buscava a sua libertação plena, tendo que confiar totalmente no Deus que abrira o mar e que o curava e alimentava a cada passo.

Vivendo a cada ano o tempo da Quaresma, na experiência de 40 dias de preparação para a Páscoa-Ressurreição do Senhor, lembramo-nos dos 40 anos das lutas do deserto do povo de Israel rumo à terra prometida e do outro deserto das tentações de Jesus, quando jejuou e venceu todo mal. No primeiro, o povo escolhido buscava a sua libertação plena, tendo que confiar totalmente no Deus que abrira o mar e que o curava e alimentava a cada passo.

Confiar e caminhar: era o desafio da fé! Não se deixar convencer pelo mais fácil - o desânimo, o desespero, a escolha de outros deuses, ídolos que desviam o fiel de sua entrega, com promessas imediatistas e artificiais de saciedade e prosperidade. Continuar na obediência ao Senhor, arrepender-se das vacilações e pecados, das más escolhas. Retomar a direção da verdadeira Terra abençoada - a vontade divina. Aprender a abandonar-se em Deus, sem questionar a infinita sabedoria salvadora!

O deserto é sempre uma escola, onde temos a oportunidade de amadurecer a nossa fé, na provação, na perseverança, nas perdas, nas quedas e reerguimentos, entregando-nos à Misericórdia do Amoroso Pastor! Por isso, as palavras fortes deste tempo são: conversão, arrependimento, penitência, purificação, perdão, caridade, renovação!

No segundo deserto, Jesus nos ensina a fortaleza, a concentração, a resistência frente às tentações da nossa natureza humana: "...transforma esta pedra em pão!" (buscar a saciedade e o prazer fora da missão do Reino de Deus, priorizando o material); "...atira-te daqui para baixo!" (deixar tudo para a Providência divina, agindo com irresponsabilidade ou se omitindo, abandonando a luta e o esforço pelo Bem e pela Vida); "Tudo isto te darei, se prostrando, me adorares!" (querer o poder, traindo a verdade, deixando-se dominar pela ambição, soberba, vaidade, egoísmo, afastando-se da Igreja serva na humildade e na caridade, a exemplo de Cristo).

Aproveitemos este período propício à nossa renovação espiritual, para, com a graça e a força do Mestre, vencermos todas as sombras e fraquezas do nosso coração e nos fortalecermos com a Luz da Verdade de Deus, vencedores na Cruz do Senhor! Continuemos a nossa peregrinação quaresmal, como Igreja discípula-missionária, a exemplo de Maria, a Virgem Fiel, Estrela da Evangelização, em estado permanente de missão, como comunidade eclesial solidária, numa conversão pastoral, lavando nossos pecados na doação do amor de Cristo, pela Páscoa-libertação de muitos irmãos!

Que São José, homem justo, pai adotivo, amoroso e zeloso de Jesus e castíssimo esposo da Mãe do Senhor, interceda pelo caminho sinodal da nossa Igreja, ele que foi o administrador fiel da Casa de Deus e guia iluminado da Sagrada Família. Por sua intercessão e de Maria, Mãe da Igreja, seja abençoado e fortalecido sempre mais o ministério petrino do nosso querido Papa Francisco, nestes seus dez anos de pontificado, na profecia de seu testemunho do Amor cristão, na pobreza evangélica, no seu esforço de comunhão e de paz, na quaresma de suas dores e desafios, nas diretrizes de seu báculo de pastoreio, da alegria do Evangelho, de conversão e renovação eclesial.

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é assessor eclesiástico da Comunicação Institucional da Diocese de Nova Friburgo

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As pérolas dos introvertidos

segunda-feira, 20 de março de 2023

Os extrovertidos possuem capacidade de apresentação, podendo, inclusive, transparecer empoderamento; geralmente são bons oradores e se expressam com desenvoltura. Muitas vezes são evocados como bem-sucedidos e reconhecidos como líderes. 

E os introvertidos?

Os extrovertidos possuem capacidade de apresentação, podendo, inclusive, transparecer empoderamento; geralmente são bons oradores e se expressam com desenvoltura. Muitas vezes são evocados como bem-sucedidos e reconhecidos como líderes. 

E os introvertidos?

Estou lendo o “Poder dos quietos - como os tímidos e introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar”, escrito por Susan Cain, 2012, GTM Editores Ltda, e sinto-me tocada pelo conteúdo. Mesmo tendo formação humanista, sendo educadora e escritora, sempre fui influenciada pela cultura ocidental, na qual estou mergulhada, que subestima as capacidades e qualidades dos introvertidos. 

Depois de abdicar da carreira de advogada e consultora, Susan engrandeceu sua quietude e tornou-se escritora e pesquisadora, especialmente nos temas relacionados à mulher, bem como ao modo de ser das pessoas introvertidas. Como uma forma de se aprofundar seus conhecimentos a respeito, ela começou a fazer uma pesquisa extensa em 2005, conversando e trocando mensagens com “centenas, talvez milhares de pessoas”, conforme relata no início da obra, lendo livros, reportagens e artigos acadêmicos, acompanhando discussões em chats e blogs.

O introvertido aprecia o estado de solitude em que experimenta a privacidade.  Será a quietude uma bravura? Ou uma característica pessoal na qual a pessoa, por uma decisão pessoal, estabelece o contato consigo, tendo a oportunidade de fortalecer o amor-próprio e a autoconfiança. Muito diferente do estado de isolamento ou reclusão causados por algum sofrimento e outros motivos independentes ou não da própria pessoa.  

A cultura ocidental cultua a personalidade extrovertida, aquela que gosta de correr riscos através de situações ousadas, que desafiam o cérebro e o corpo em vários sentidos. É uma personalidade importante e saudável a quem naturalmente a possui.

Os introvertidos e extrovertidos têm atraído a atenção de cientistas, psicólogos, filósofos e outros estudiosos nas Ciências Humanas. São dois estilos de personalidade distintos, como são o masculino e o feminino. A influência da cultura ocidental em favor dos extrovertidos corrobora para que o introvertido perca a noção de quem realmente é. O que causa, no quotidiano, uma série de transtornos emocionais. A introversão e a extroversão são modos de ser espontâneos e estão presentes em todo o reino animal.

Cientistas, como Einstein e Newton, músicos, como Chopin, escritores, como Sir. James Matthew Barrie, autor de Peter Pan, os pintores, como Van Gogh, foram pessoas introvertidas que comunicaram suas riquezas interiores e muito beneficiaram o mundo. 

Desde cedo, a criança convive com estímulos que valorizam as atividades em grupo, as estrelas da música e do cinema, o sucesso profissional, o excelente relacionamento interpessoal, a exposição pessoal. Mas quem é introvertido sofre com o preconceito contra os quietos, das formas mais sutis e veladas, inclusive. Algumas vezes são vistos como preguiçosos, lentos, chatos, esquisitos. Outras, são vulneráveis ao bullying. Podem ser até considerados problemáticos.  

A questão não é sair da concha, é saber estar nela e aproveitar suas riquezas. Para finalizar, eu me dou o direito de afirmar que aprender a ser é um dos maiores talentos que a pessoa possa ter. 

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