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É o que é o amor

sábado, 20 de maio de 2023

Repetidas vezes, tenho dito para mim mesmo, não por sabedoria sobrenatural ou fé, mas por vivência: o amor é composto por muitos ingredientes, alguns até exclusivos de cada relacionamento, mas todos os amores são sustentados por companheirismo, intimidade e admiração. 

Repetidas vezes, tenho dito para mim mesmo, não por sabedoria sobrenatural ou fé, mas por vivência: o amor é composto por muitos ingredientes, alguns até exclusivos de cada relacionamento, mas todos os amores são sustentados por companheirismo, intimidade e admiração. 

Você já se foi há algum tempo, seguiu seu percurso, ainda que eu estivesse no seu caminho ou o seu caminho em mim. Depois de muitas curvas, derrapadas, cartas não entregues, mensagens elaboradas não enviadas, confissões embriagadas, percebo que eu consegui. Consegui me desligar de você. Penso sempre em você, mas por agora os pensamentos moram em outra esfera. 

Só depois de você, ainda que só quando você foi embora, ainda que só quando consegui te deixar ir de mim, que me escuto: amor é companheirismo, intimidade, admiração.

Companheirismo, intimidade, admiração, talvez somados, não sejam tão românticos como comédia hollywoodiana. Mas é o que é o amor. Fantasias e alegorias perdem o brilho com o tempo ou a falta de ineditismo. Declarações rasgadas viram peça de livro ou boas memórias. 

Ainda que o passado dê fôlego ao futuro, o amor só sobrevive ao cotidiano com o companheirismo que estende a mão, com a intimidade de quem se entende pelo olhar até nas discussões, com a admiração de quem sorri e basta o sorriso para que o outro saiba que é uma chuva de palmas.

Eu te amei. Sei que me amou. Errei, tanto quanto você errou. E, tudo bem. Não quero saber de erros que não soube ou que não admito para você. Se amor é deixar ir... 

Eu de ontem não deixaria. Eu sei. Peço desculpas pelo meu egoísmo. Te deixo, hoje. Para voltar depois? Não sei e não carrego mais essa esperança. O destino? Ele até pode, mas peço que não sussurre nos meus ouvidos, e, se seus ventos uivarem, estarei surdo para o aviso de tempestades. 

O quê? Não sei. E adoro não saber se está feliz com outro. Se está, fico contente por estar e por eu não saber. 

A saudade é boa quando se amou. Toda admiração, todo companheirismo, toda intimidade foram tão verdadeiros e únicos. Tão singulares. Nossos céus de estrelas foram singulares. Nossos voos matutinos foram singulares. Nossa viagem à São Tomé foi singular. Até nossa preguiça de ficar o domingo inteiro debaixo dos lençóis foi singular.   

Não! Não me venha falar que sou ótimo com poesias, mas péssimo na vida real. Fui surreal na vida cotidiana. Para fora ou além dela — um poema. Muitas crônicas, sobre exoplanetas, escovas de dente, coração amadeirado e outras coisas entre as camas, as horas, na cantoria de quem é melodia com os olhos e sintonia com as línguas. Amor certeza e esteja certo disso.   

Para sempre te amarei. E esse eu que para sempre admite que te amará é o que deixa você ir. Porque amar é também saber deixar ir e isso advém de amor maduro, mais do que inconsequente. 

Mesmo com todo nosso companheirismo. Mesmo com a intimidade que construímos. Mesmo com a admiração que mantemos um pelo outro, mesmo quando não nos admiramos a nós mesmos, mas estávamos ali para admirar o outro e nesse espelho ver no reflexo de si mesmo o quanto de beleza temos.    

Não sei se o amor tropeça, mas acredito que o amor não necessite de bengalas. Pois, o amor é asa. Enquanto juntos, fomos o par de asa do outro. Com tudo que nos ensinamos, espero, ainda que capenga, possa encontrar o par de asa que me fará voar pleno de novo.

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Cartão de crédito: vilão ou aliado?

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Verdade seja dita, temos aqui uma excelente ferramenta de troca. O cartão de crédito é a evolução do dinheiro físico para o dinheiro eletrônico – e você pode até pensar o contrário, mas o cartão passa por muito mais protocolos de segurança em sua usabilidade do que o papel-moeda.

Verdade seja dita, temos aqui uma excelente ferramenta de troca. O cartão de crédito é a evolução do dinheiro físico para o dinheiro eletrônico – e você pode até pensar o contrário, mas o cartão passa por muito mais protocolos de segurança em sua usabilidade do que o papel-moeda.

Contudo, é claro, temos em um único objeto, potencial vilão ou aliado. Tudo depende de como você vai se posicionar diante disso. Afinal, estamos falando de crédito! Voltando ao questionamento do título, o cartão de crédito não é necessariamente o vilão das suas finanças pessoais, mas o uso inadequado pode, sim, desencadear sérios problemas financeiros e gastar além das suas possibilidades financeiras é o pior dos problemas. Você já se deu conta das taxas de juros cobradas por essa operação? De acordo com o Sistema Gerenciador de Séries do Banco Central do Brasil, a “Taxa média mensal de juros das operações de crédito com recursos livres – Pessoas físicas – Cartão de crédito rotativo” chegou a 14,92% ao mês em março de 2023. É a maior taxa desde março de 2017 e, nestes níveis, uma dívida de R$ 1 mil pode passar dos R$ 5 mil após 12 meses.

Então que tal parcelar a fatura do seu cartão? Nesse caso, aqui a escolha também sai cara: média de 9,34% ao mês em março de 2023. E já que o intuito é provocar um choque de realidade, por que não mostrar os valores anuais? Para o mesmo mês em questão, as taxas médias anuais são de 430% para o rotativo e 192% para o parcelamento do cartão de crédito.

Boas ferramentas, assim como as facas da melhor cutelaria do mundo, também podem ser perigosas. O seu cartão de crédito não foge disso, então se fique com algumas dicas de bom uso.

  • Crie um orçamento: Antes de utilizar o cartão de crédito, tenha um plano financeiro claro para acompanhar seus gastos e garantir que você possa pagar a fatura do cartão integralmente.
  • Reconheça a sua realidade: Evite a tentação de gastar além do que pode pagar.
  • Pague o valor total da fatura: Já falamos sobre as taxas cobradas…
  • Acompanhe seus gastos: Verifique sua fatura mensal para identificar possíveis erros ou transações não autorizadas.
  • Conheça as taxas e os termos: Compreenda os prazos de pagamento, a taxa de juros aplicada em caso de parcelamento e eventuais taxas adicionais. Existem bancos com melhores condições que outros.
  • Evite saques em dinheiro: Evite retirar dinheiro em caixas eletrônicos com o cartão de crédito, pois normalmente são cobradas taxas por esta operação.
  • Utilize os benefícios: Certifique-se de entender e aproveitar benefícios como programas de recompensas de forma inteligente, considerando seu estilo de vida e necessidades.

Para evitar problemas financeiros, é importante estabelecer um orçamento, gastar dentro de suas possibilidades, pagar o valor total da fatura mensalmente para evitar juros e encargos, e usar o cartão de crédito de forma consciente, considerando sua situação financeira atual. Utilizando com responsabilidade, o cartão de crédito pode se tornar ferramenta útil para gerenciar as finanças pessoais, construir histórico de crédito e aproveitar benefícios.

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Vida como ela é

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Muitos de nós têm dificuldades em assimilar a efemeridade da vida, a velocidade com que o tempo passa. Quando muito jovens, achávamos que seríamos, inclusive, eternos. A juventude tem esse frescor, nos ilude ao imaginarmos uma vida muito longa pela frente e sequer vislumbramos que o fim pode chegar. Vai chegar, aliás, um dia. Parece coisa que acontece com os outros, tão distante que não pode nos alcançar.

Muitos de nós têm dificuldades em assimilar a efemeridade da vida, a velocidade com que o tempo passa. Quando muito jovens, achávamos que seríamos, inclusive, eternos. A juventude tem esse frescor, nos ilude ao imaginarmos uma vida muito longa pela frente e sequer vislumbramos que o fim pode chegar. Vai chegar, aliás, um dia. Parece coisa que acontece com os outros, tão distante que não pode nos alcançar.

Mas a vida é isso aí, Vida. Ela sendo ela. Cheia de riscos. Poderosa, intensa, surpreendente. E ela tem essa força para mudar tudo da noite para o dia, relativizar convicções, romper com devaneios, desnudar a realidade, impor desafios, apresentar obstáculos algumas vezes intransponíveis. E aí é que começa a complicar. Há surpresas na vida que são implacáveis, arrebatadoras, nos tira o chão, nos coloca no cantinho do castigo olhando para as paredes de forma severa, sem hora para acabar. Não vai adiantar reclamar com os pais, os diretores não vão poder fazer nada.

E o tempo que parece voar, realmente passa rápido demais. Creio que um dia todos chegaremos a essa conclusão. E não dá para parar o relógio, colocar pilha fraca, sumir com o marcador. Ele não vai parar de passar e esse minuto em que penso essas palavras, também jamais voltará. Já dizia meu saudoso avô: “o relógio só anda para a frente.” E é isso mesmo. Temos que aproveitar.

Chega uma hora, em que precisamos entender que existir significa também tomar as rédeas dessa existência, assumir de alguma maneira as responsabilidades, consentir, abraçar as possibilidades, desfrutar dos segundos, valorizar todos os instantes. Precisamos também estar cientes de que acatar a postura ativa diante da vida, significa também não esperar a “papinha na boca”, a mão na testa, alguém como escudo e as respostas prontas para tudo. É aprender sobre amor próprio. A entender-se no mundo, reconhecer seu valor e polir seus defeitos.

Independente de crenças religiosas, das aspirações que temos sobre o lado de lá, na crença que podemos nutrir sobre a vida depois do “fim”, fato é que essa roupagem assumida por essa vida é única e preciosa e não deve ser desperdiçada. Creio realmente que não estamos aqui a passeio. Temos missões urgentes a cumprir. Precisamos ser úteis ao bem da humanidade. Carecemos de sabedoria para escolhermos as pessoas com quem desejamos caminhar. Um dia, de uma maneira ou de outra, receberemos todos a conta da vida. Que tenhamos feito boas escolhas.

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Gasolina, diesel e gás vão ficar mais baratos

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Na manhã da última terça-feira, 16, a Petrobras anunciou o fim da Política de Paridade de Importação (PPI) adotada há mais de seis anos. A estatal anunciou a adoção de um novo modelo para definir o preço dos combustíveis e as reduções no valor do diesel, da gasolina e do gás de cozinha já foram divulgadas. Afinal, o que mudou na prática para o consumidor final?

Política de paridade de importação

Na manhã da última terça-feira, 16, a Petrobras anunciou o fim da Política de Paridade de Importação (PPI) adotada há mais de seis anos. A estatal anunciou a adoção de um novo modelo para definir o preço dos combustíveis e as reduções no valor do diesel, da gasolina e do gás de cozinha já foram divulgadas. Afinal, o que mudou na prática para o consumidor final?

Política de paridade de importação

Desde 2016, ainda durante o governo de o ex-presidente Michel Temer, a estatal adotou a Política de Paridade de Importação, que determinava o preço dos combustíveis que nós usamos no dia-a-dia (gás de cozinha, diesel, gasolina), baseado na cotação do dólar e no valor cobrado no mercado exterior.

Apesar de pagarmos em reais, os valores praticados se vinculavam ao preço do mercado internacional, usando como referência o preço do barril de petróleo - que é calculado em dólar. Ainda que controverso, com esse modelo a Petrobras alcançou recordes de lucros e distribuição de repasses financeiros para os seus acionistas.

Somente no segundo semestre de 2022, a empresa efetuou o repasse histórico de R$ 87,8 bilhões para os seus acionistas. O valor do montante total dos repasses do ano passado foi de R$ 217 bilhões, o que é três vezes mais do que pago pela companhia somente no ano de 2021 – momento já de alta dos combustíveis.

Em contrapartida, nós - os consumidores finais - não possuíamos os mesmos privilégios e pagávamos essa conta. Com a subida do dólar, o brasileiro sofreu com os patamares recordes na história do preço da gasolina nos últimos anos - chegando a custar R$ 8,90 em cidades do nosso Estado.

Em entrevista coletiva, Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobrás, afirma que o mesmo combustível que era extraído, refinado e produzido em reais, era cobrado em dólares: "Paridade de importação era uma abstração. Pegar preço lá fora, colocar aqui dentro como se tivesse produzido lá fora, só que na porta da refinaria daqui".

Um levantamento, em 2022, feito pelo site de consultorias Global Petrol Prices indicou que o preço da gasolina está 15% acima da média praticada em 170 países do mundo. Assim, o valor da gasolina brasileira esteve, à época, entre uma das mais caras do mundo.

No entanto, o levantamento feito pela pesquisa, não levou em conta o poder de compra da população – ou seja, quanto a população ganha e o quanto pode gastar com combustíveis - fazendo com o que a situação brasileira fosse ainda mais delicada e nós pagássemos essa salgada conta.

Com a PPI em vigência, a estatal não possuía qualquer autonomia para contrabalancear as grandes variações e nem para evitar que as fortes repercussões no Brasil chegassem ao consumidor. E assim, esses aumentos, em efeito cascata, refletiam para diversos setores, dentre eles: transporte, alimentício, bens, serviços, entre outros.

Nova política de preços e os valores

Na nova política de preços da companhia, a Petrobras apontou que não deixará de acompanhar as cotações internacionais do petróleo e seus derivados. Reforça que os reajustes continuarão, sem periodicidade definida, somente evitando repasses repentinos ao consumidor diante das variações das cotações internacionais e do valor do dólar.

A proposta sinaliza ainda um ponto de equilíbrio entre os interesses dos acionistas e o papel social da estatal defendido pelo governo, voltado para atender a expectativa do consumidor brasileiro por valores mais baixos e pela necessidade de reinvestimentos no refino dos combustíveis.

O presidente da Petrobras, em entrevista coletiva, assegura que a nova política de preços da estatal não será influenciada pelo Governo Federal. Por fim, explicou que o valor praticado na revenda dos produtos, no entanto, também não será controlado pelo governo.

As distribuidoras da companhia, já divulgaram as primeiras quedas nos preços do diesel, da gasolina e do gás de cozinha (GLP):

  • Na “gasolina A”: houve uma redução de R$ 0,40 por litro (-12,6%);
  • No “diesel A”: houve uma redução de R$ 0,44 por litro (-12,8%);
  • No gás de cozinha (GLP): redução de R$ 8,97 por botijão de 13 quilos (-21,3%).

Segundo a empresa, as denominações "gasolina A" e "diesel A" se referem ao combustível puro – antes da mistura com álcool e biodiesel, respectivamente. Sendo importante lembrar que a nossa legislação permite a composição da gasolina com o percentual de aproximadamente 25% de etanol.

Por fim, a companhia reforça que ainda que não tenha a gerência sobre o valor das revendas, o cenário é de boas expectativas para a lucratividade da empresa e para os consumidores, sendo plenamente possível praticar o valor do botijão de gás para o consumidor final abaixo dos R$ 100.

Alguns postos da cidade de Nova Friburgo já tiveram reajuste no valor dos combustíveis. Por certo, a gasolina que aumentou periodicamente desde 2016, nos proporciona um respiro. Ainda que não pareça, são centavinhos no final do mês que fazem a diferença não somente nos combustíveis, mas em todos os bens e serviços que precisam de transporte.

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A importância da mãe

quarta-feira, 17 de maio de 2023

No último domingo, 14, foi comemorado o Dia das Mães que, na verdade, é todo dia. Quando ela ama seu filho, sua filha, cada dia ela pensa neles. O pai que ama seus filhos também. Apesar de atrasado, quero deixar umas palavras sobre as mães.

O vínculo da mãe com seu filho é poderoso porque é biológico, emocional, relacional e espiritual. Ser mãe amadurecendo é ter uma mentalidade de sacrifício na qual existe o pensamento: que posso fazer para ajudar meu filho, minha filha?

No último domingo, 14, foi comemorado o Dia das Mães que, na verdade, é todo dia. Quando ela ama seu filho, sua filha, cada dia ela pensa neles. O pai que ama seus filhos também. Apesar de atrasado, quero deixar umas palavras sobre as mães.

O vínculo da mãe com seu filho é poderoso porque é biológico, emocional, relacional e espiritual. Ser mãe amadurecendo é ter uma mentalidade de sacrifício na qual existe o pensamento: que posso fazer para ajudar meu filho, minha filha?

A mãe que lida com o estresse em sua função maternal, pode adquirir alívio na medida em que ela pede ajuda para as multitarefas sob sua responsabilidade. Tem gente que assume coisas demais porque pode ter dificuldade em pedir ajuda aos outros. Se você é mãe e está super atarefada, evite assumir tudo sozinha. Se você faz isso porque pensa que seu marido ou outro familiar adulto não fará como você faz, talvez seja melhor aceitar a frustração de que realmente o outro não fará a tarefa igual você faz, mas pedir ajuda assim mesmo para evitar o esgotamento.

Tenha momentos para si mesma, para ler, sair com uma amiga, tirar um cochilo. Algumas mães dizem: “Ah! Meu marido não vai cuidar bem das crianças!”. Sim, ele poderá não cuidar como você cuidaria, mas elas não irão morrer sem sua presença. Outras mães argumentam: “Meus filhos não conseguem ficar sem minha presença.” Neste caso pense que há uma diferença entre “eles vão sentir minha falta” e “eles não aguentam ficar sem mim”. A primeira é verdadeira, mas a segunda não necessariamente.

Sinais de que você pode estar entrando num esgotamento podem ser: cansaço, dores musculares e de cabeça, alterações menstruais, insônia, infecções repetidas, desinteresse sexual, dificuldade de concentração, labilidade emocional (chorar com facilidade), desânimo, pensamento lento entre outros.

Ter contato com outras mães ajuda a ver que elas também têm dificuldades no seu papel materno e possibilita trocar ideias sobre solução de problemas no lar, além de desabafar suas preocupações. Cada mãe precisa se cuidar através de exames médicos como prevenção de câncer de mama, ginecológico e outras questões de saúde. É importante manter o peso adequado, praticar atividades físicas ao ar livre, usar alimentação natural.

Do ponto de vista psicológico a mãe se sentirá melhor ao crer que seus filhos podem aguentar a falta dela quando ela precisar se ausentar. Também é importante colocar limites para as crianças que geralmente exigem muita atenção, querem que a mãe brinque com elas muito tempo, além delas pedirem para comprar coisas como brinquedos e guloseimas.

Se a mãe dá tempo de qualidade para seus filhos, ela não precisa se sentir culpada de ter momentos para cuidar de si. E vai ajudar na saúde geral da mãe se ela dormir bem, delegar tarefas, desabafar com pessoa ética, de experiência e de preferência do mesmo sexo. Ela deve observar seus pensamentos e ver se existem autodepreciação, autodesvalorização e evitar isso. Ajuda também cultivar gratidão, orar e ter convívio em sua comunidade religiosa.

Finalmente, o papel da mãe para com seus filhos é fundamental para a construção do caráter deles. Uma autora com mais livros traduzidos no mundo, escreveu: “Depois de Deus, o poder da mãe para o bem é a maior força conhecida na Terra.” Ellen G White - O Lar Adventista, pág. 240. Use, mãe, este poder para o bem sempre. Se você precisar parar com seu trabalho fora de casa por algum tempo para cuidar do seu filho ou filha, saiba que isto terá consequências positivas para o resto da vida da criança. Você poderá perder dinheiro, mas ganhará a paz e consciência tranquila de ter feito o melhor por seu filho ou filha enfrentar a vida.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais

terça-feira, 16 de maio de 2023

Em 2023 o Dia Mundial das Comunicações será celebrado em 21 de maio. Como de costume, o Papa Francisco sempre prepara uma mensagem para a data. Neste ano o Pontífice reflete sobre o tema “Falar com o coração - Testemunhando a verdade no amor” (Ef 4, 15). Trazemos nesta semana alguns trechos da referida mensagem.

Em 2023 o Dia Mundial das Comunicações será celebrado em 21 de maio. Como de costume, o Papa Francisco sempre prepara uma mensagem para a data. Neste ano o Pontífice reflete sobre o tema “Falar com o coração - Testemunhando a verdade no amor” (Ef 4, 15). Trazemos nesta semana alguns trechos da referida mensagem.

Depois de ter refletido, nos anos anteriores, sobre os verbos “ir e ver” e “escutar” como condição necessária para uma boa comunicação, com esta mensagem gostaria de me deter sobre o “falar com o coração”. Foi o coração que nos moveu para ir, ver e escutar, e é o coração que nos move para uma comunicação aberta e acolhedora. Após o nosso treino na escuta, podemos entrar na dinâmica do diálogo e da partilha que é, em concreto, comunicar cordialmente. E, se escutarmos o outro com coração puro, conseguiremos também falar testemunhando a verdade no amor (cf. Ef 4, 15). Não devemos ter medo de proclamar a verdade. Com efeito, o programa do cristão – como escreveu Bento XVI – é “um coração que vê” [1]. Trata-se de um coração que revela, com o seu palpitar, o nosso verdadeiro ser e, por essa razão, deve ser ouvido.

Para se poder comunicar testemunhando a verdade no amor, é preciso purificar o próprio coração. Só ouvindo e falando com o coração puro é que podemos ver para além das aparências, superando o rumor confuso que, mesmo no campo da informação, não nos ajuda a fazer o discernimento na complexidade do mundo em que vivemos. O apelo para se falar com o coração interpela radicalmente este nosso tempo, tão propenso à indiferença e à indignação, baseada por vezes até na desinformação que falsifica e instrumentaliza a verdade.

Num período da história marcado por polarizações e oposições – de que, infelizmente, nem a comunidade eclesial está imune – o empenho em prol de uma comunicação “de coração e braços abertos” não diz respeito exclusivamente aos agentes da informação, mas é responsabilidade de cada um. Todos somos chamados a procurar a verdade e a dizê-la, fazendo-o com amor. De modo particular nós, cristãos, somos exortados a guardar continuamente a língua do mal (cf. Sl 34, 14).

Por vezes, o falar amável abre uma brecha até nos corações mais endurecidos. Precisamos daquele falar amável no âmbito dos mass media, para que a comunicação não fomente uma aversão que exaspere, gere ódio e conduza ao confronto, mas ajude as pessoas a refletir calmamente, a decifrar com espírito crítico e sempre respeitoso a realidade onde vivem.

Um dos exemplos mais luminosos e, ainda hoje, fascinantes deste “falar com o coração” temo-lo em São Francisco de Sales, doutor da Igreja. Mente brilhante, escritor fecundo, teólogo de grande profundidade, ele foi bispo de Genebra no início do século XVII, em anos difíceis marcados por animadas disputas com os calvinistas. A sua mansidão, humanidade e predisposição a dialogar pacientemente com todos, e de modo especial com quem se lhe opunha, fizeram dele uma extraordinária testemunha do amor misericordioso de Deus. Dele se pode dizer que as suas “palavras amáveis multiplicam os amigos, a linguagem afável atrai muitas respostas agradáveis” (Sir 6, 5). Aliás, uma das suas afirmações mais célebres – “o coração fala ao coração” – inspirou gerações de fiéis.

É a partir deste “critério do amor” que o santo bispo de Genebra nos recorda, através dos seus escritos e do próprio testemunho de vida, que “somos aquilo que comunicamos”: uma lição contracorrente hoje, num tempo em que, como experimentamos particularmente nas redes sociais, a comunicação é muitas vezes instrumentalizada para que o mundo nos veja, não por aquilo que somos, mas como desejaríamos ser. Possam os agentes da comunicação sentir-se inspirados por este Santo da ternura, procurando e narrando a verdade com coragem e liberdade.

Como já tive oportunidade de salientar, “também na Igreja há grande necessidade de escutar e de nos escutarmos. É o dom mais precioso e profícuo que podemos oferecer uns aos outros” [4]. De uma escuta sem preconceitos, atenta e disponível, nasce um falar segundo o estilo de Deus, que se sustenta de proximidade, compaixão e ternura. Na Igreja, temos urgente necessidade de uma comunicação que inflame os corações, seja bálsamo nas feridas e ilumine o caminho dos irmãos e irmãs. Sonho uma comunicação eclesial que saiba deixar-se guiar pelo Espírito Santo, gentil e ao mesmo tempo profética, capaz de encontrar novas formas e modalidades para o anúncio maravilhoso que é chamada a proclamar no terceiro milênio.

Hoje é tão necessário falar com o coração para promover uma cultura de paz. Como cristãos, sabemos que é precisamente na conversão do coração que se decide o destino da paz. Do coração brotam as palavras certas para dissipar as sombras de um mundo fechado e dividido e construir uma civilização melhor do que aquela que recebemos. É um esforço que é exigido a todos e a cada um de nós, mas faz apelo de modo particular ao sentido de responsabilidade dos agentes da comunicação a fim de realizarem a própria profissão como uma missão.

Fonte: www.vatican.va

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A origem do Dia das Mães

terça-feira, 16 de maio de 2023

No último domingo, 14, foi comemorado o Dia das Mães. É sempre interessante procurarmos o porquê dessa homenagem e como ela surgiu; ainda mais que a data é celebrada em vários países do mundo. Na realidade, surgiu nos Estados Unidos, sendo designado por Anna Jarvis, filha da ativista Ann Jarvis. O dia foi criado por Anna como uma forma de homenagear sua mãe, falecida em 1905. Sua criação oficial aconteceu em 1914, por meio do presidente norte-americano Woodrow Wilson.

No último domingo, 14, foi comemorado o Dia das Mães. É sempre interessante procurarmos o porquê dessa homenagem e como ela surgiu; ainda mais que a data é celebrada em vários países do mundo. Na realidade, surgiu nos Estados Unidos, sendo designado por Anna Jarvis, filha da ativista Ann Jarvis. O dia foi criado por Anna como uma forma de homenagear sua mãe, falecida em 1905. Sua criação oficial aconteceu em 1914, por meio do presidente norte-americano Woodrow Wilson.

Essa norte-americana, nascida na Virgínia, EUA, em 30 de setembro de 1832, era uma ativista que dedicou sua vida a obras de caridade, sobretudo aquelas realizadas durante um dos períodos mais conturbados da história norte-americana: a Guerra da Secessão. Anna Jarvis dedicou-se totalmente ao trabalho social, ela fazia parte de uma igreja metodista e passou a trabalhar, a partir da década de 1850, na conscientização das famílias na região onde morava, Virgínia Ocidental. Suas ações estavam ligadas ao Mother’s Day Work Clubs e ela se preocupava muito com a importância de manter-se em boas condições sanitárias, isto é, higiene. Isso porque, na época, era comum que doenças, como febre tifoide e cólera, afetassem locais sem as condições ideais de higiene. Durante a Guerra Civil Americana, Ann Jarvis ajudou socorrendo soldados que lutavam dos dois lados do conflito. Ela forneceu alimentos para quem os necessitava e auxiliou no tratamento de doenças.

Dia das Mães é uma data comemorativa celebrada, no Brasil, no segundo domingo do mês de maio. Acredito que esse mês tenha sido escolhido por ser dedicado, pela Igreja Católica, a Maria, mãe de Jesus, considerada progenitora de todos nós. Nele é homenageado todo o amor, carinho e dedicação que as mães têm com seus filhos. Essa comemoração foi oficialmente instituída aqui por Getúlio Vargas, em 1932, mas fala-se que a primeira celebração do tipo foi realizada ainda na década de 1910. o primeiro registro de comemoração do Dia das Mães de que se tem conhecimento em nosso país é de 1918 e se refere a uma celebração do tipo realizada em Porto Alegre-RS.

Mas, outros países também têm uma data dedicada às mães, podendo variar a época dessa comemoração. Listamos a seguir vários países e o dia dessa homenagem, lembrando sempre que em alguns ela é uma data móvel e em outros não. Assim, no Brasil, EUA, Alemanha, Canadá, República Tcheca, Finlândia, Gana, Gabão, Islândia, Paquistão e Nova Zelândia, a comemoração é feita no segundo domingo de maio; na Eslovênia, em 25 de março; no México, Guatemala e El Salvador, em 10 de maio; na França, no terceiro domingo de maio e na Rússia, no último domingo de novembro.

Como toda festa popular, o Dia das Mães que foi instituído como um princípio nobre que é dedicar um dia especial àquela que nos gerou e nos trouxe ao mundo e se preocupa, desde o momento da maternidade até sua morte, com nosso bem estar, nossa formação moral e educacional, além de nos preparar para enfrentar a vida. Claro que existem exceções, mas uma mãe nunca abandona seus filhos e sempre se preocupa com eles.

No entanto, como em todas as comemorações populares, existe o lado comercial da coisa e o comércio se aproveita disso, para aumentar seu faturamento. Não tenho informações do que acontece nos outros países, mas no Brasil é sabido que só o Natal suplanta o Dia das Mães, em faturamento. Apesar de que o simples fato de se lembrar dela, seja com a oferta de uma rosa, um simples beijo ou uma demonstração maior de carinho ou um telefonema daqueles que moram em outras cidades, são suficientes para deixar nossas mães contentes.

Nada contra o marketing que se faz dessa data, conclamando ao consumo, mas é preciso se ter sempre em mente que o ato de presentear não pode, jamais, substituir o carinho que devotamos as nossas mães. Afinal, não podemos nos esquecer de que ser mãe é uma missão de todos os dias, não numa determinada data. Deixo aqui meu abraço para todas as mamães de nossa cidade e, porque não, do Brasil.

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Aniversário bem comemorado!

terça-feira, 16 de maio de 2023

No último sábado, 13, em animado jantar, a jovem Renata Garcia Knupp, em companhia de familiares, comemorou seu aniversário em belo estilo.

No registro, vemos Renata em detalhe com o marido Jorge e à mesa, com o irmão Willian, cunhada Anne, mãe Lili Garcia e a cunhada Rebeca Vieira.

Roqueano S.C., setentão!

O tradicional Roqueano Social Clube, um patrimônio de Olaria e de Nova Friburgo, e um dos melhores clubes do município tem mesmo muito a celebrar. No próximo domingo, 21, o Roqueano chega a marca de 70 anos de imponente existência.

No último sábado, 13, em animado jantar, a jovem Renata Garcia Knupp, em companhia de familiares, comemorou seu aniversário em belo estilo.

No registro, vemos Renata em detalhe com o marido Jorge e à mesa, com o irmão Willian, cunhada Anne, mãe Lili Garcia e a cunhada Rebeca Vieira.

Roqueano S.C., setentão!

O tradicional Roqueano Social Clube, um patrimônio de Olaria e de Nova Friburgo, e um dos melhores clubes do município tem mesmo muito a celebrar. No próximo domingo, 21, o Roqueano chega a marca de 70 anos de imponente existência.

E desde já, a coluna agradece a forma sempre especial e carinhosa para festejar a ocasião junto à família RSC.

Parabéns aos garis!

Nesta terça-feira, 16, os parabéns não são somente para Nova Friburgo pelos seus 205 anos. Merece também ser lembrada uma categoria muito importante para a nossa e todas as cidades: os garis que tem nesta data o seu dia.

O Dia do Gari, que existe desde 1962, surgiu inclusive com criação da denominação para esta profissão, a partir do francês Pedro Aleixo Gary, que ficou conhecido por ser o fundador da primeira empresa coletora de lixo no Rio, conforme destaca reportagem na página 10 desta edição.   

Nosso parabéns também aos 140 colaboradores da  concessionária Empresa Brasileira de Meio Ambiente, que muito se esmeram quando o assunto é limpeza.

Show no The Voice Kids!

Confirmando o que a coluna antecipou na semana passada, a Giovanna Ferreira (foto), de Nova Friburgo, arrasou em sua apresentação no The Voice Kids como a mais novinha participante da edição do programa do último domingo, 14, na Rede Globo. Com grande talento, a menina de 9 anos, levou os jurados e técnicos Isa, Mumuzinho e Carlinhos Brown a virarem suas cadeiras para apreciá-la melhor.

Assim, frente a muitos aplausos e diversas mensagens de carinho dos telespectadores, a nossa Giovanna escolheu fazer parte do time Isa para as próximas fases do programa.

Dia do Botafogo

Embora nem todos saibam, nesta terça-feira, 16, também é celebrado o Dia do Botafogo, como sempre nos lembra o amigo e leitor da coluna, Maurício Patuelli. Esta data consagrada foi oficializada para o time alvi-negro, por ser o dia que nasceu um dos mais extraordinários craques de sua história, o lateral Nilton Santos que dá nome ao seu estádio. Se não tivesse falecido em 27 de novembro de 2013 decorrente de Alzheimer, Nilton Santos estaria completando 98 anos neste 16 de maio.

Congratulações aos novos cidadãos!

Desde já, parabéns a todos os agraciados pela Câmara e vereadores com as comendas Barão de Nova Friburgo e os títulos de Cidadania Friburguense, em solenidade nesta terça-feira, 16, no no teatro do Colégio Anchieta.

Porém, de forma especial os cumprimentos especiais para os amigos deste colunista e portanto, documentalmente agora oficializados cidadãos friburguenses, Josimar da Silva Tardin, Aldo Willian Alves Cantalice Edilmar Peña Rodrigues, bispo Dom Luiz Antonio Lopes Ricci e o Luiz Fernando Albuquerque de Oliveira, do Cadima Shopping. 

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Teófilo, Maria, Conceição

terça-feira, 16 de maio de 2023

Melhor seria se houvesse uma lei proibindo os filhos de escreverem sobre suas mães

Melhor seria se houvesse uma lei proibindo os filhos de escreverem sobre suas mães

Escrevo em jornais há tantos anos que não sei como não conheci Gutenberg pessoalmente. Deve ter sido por pouco. Nesse tempo todo, nem que seja por acaso ou por descuido, há de ter acontecido que eu tenha escrito alguma coisa que se aproveite. Mas também, por ignorância, desinformação ou incompetência, eu certamente disse muitas palavras, frases, textos inteiros de que os leitores mereciam ter sido poupados (e assim me admirariam não pelo que escrevi, mas pelo que deixei de escrever). Mas também entre escritores ─ mesmo os grandes e famosos ─ houve quem abominasse obras que tinha posto no mundo. Veja o que disseram Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão sobre “Os Mistérios da Estrada de Sintra”, que haviam perpetrado a quatro mãos: “O que pensamos hoje do romance que escrevemos há quatorze anos? ─ louvores a Deus! ─ que ele é execrável, e nenhum de nós, quer como romancista, quer como crítico, deseja ao seu pior inimigo um livro igual”. E assim justificaram a sua publicação: “Consentimo-lo porque entendemos que nenhum trabalhador deve envergonhar-se do seu trabalho”.

Ainda bem que os leitores em geral têm a gentileza de ficar calados quando não gostam, e de se manifestarem quando acontece o contrário.  Assim, de vez em quando recebo uma mensagem, um comentário, às vezes até um elogio. Lembro, por exemplo, de uma senhora que me parou na rua para dizer que tinha se emocionado até as lágrimas com uma de minhas crônicas. Eram lembranças de meu avô e logo ficou claro para mim que o mérito era dele, e não meu. Ela o havia conhecido e estimado e, ao ler sobre ele, reviveu um passado em que, jovem, fora vizinha de Seu Teófilo Chardelli, um senhor trabalhador, sério e educado. Mas eu não deixei de me considerar ao menos um pouco merecedor daquelas lágrimas, pois foram minhas palavras que colocaram meu avô novamente diante dela, tantos anos depois de ele ter ido para o céu, onde também, com toda certeza, conquistou muitos admiradores, que não era sem razão que ele se chamava Teófilo: amigo de Deus.

Falar de meu avô desperta em mim a vontade de falar também de duas mulheres que habitaram minha vida e até hoje habitam minha memória e meu coração. Minha avó, Maria Maturo Chardelli, nascera na Itália, se criara no Brasil e guardava em si o que de melhor podia haver nessa mistura de temperamentos ítalo-brasileiros. Tanto eu quanto meus irmãos e irmãs, quando pequenos, vivíamos mais na casa dela do que na nossa. E mesmo depois de adulto continuei indo lá com frequência, era um dos meus programas habituais das tardes de sábado. Ela me conhecia desde o dia do meu nascimento, portanto, desde antes que eu mesmo me conhecesse. No entanto, ainda que me tivesse visto há poucos dias, me recebia como se há anos não pusesse os olhos em mim.

A outra, Dona Conceição Chardelli Canto. Até evito falar ou escrever sobre ela, porque mesmo que escrevesse outra Bíblia não poderia dar sequer uma ideia da mãe que ela foi, a um só tempo tão humilde e tão dedicada. Era o coração da família. Coração que se sacrificou inteiramente pelos filhos e nunca achou que tinha feito qualquer sacrifício por eles. Não é possível voltar ao passado, a vida não tem segunda via. Mas eu, se pudesse voltar, era só para fazer de novo alguma coisa com que eu a tenha deixado feliz e pedir perdão a ela pelas muitas coisas que fiz ou que deixei de fazer e que a magoaram.

Mas o que eu acho mesmo é que ninguém devia escrever sobre a própria mãe, porque, por melhor que o faça, sempre vai ficar devendo muito, vai ficar sempre muito aquém do que queria e devia dizer. Melhor seria se houvesse uma lei proibindo os filhos de escreverem sobre suas mães, porque, eles, por mais que as elogiem, as reduzem.

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AVS tem o carinho das mães por Nova Friburgo!

terça-feira, 16 de maio de 2023

Com tantas datas significativas, o mês de maio é dos mais festivos no calendário. A começar pelo Dia do Trabalho (último dia 1º), seguido pelo Dia das Mães (último dia 14), antigamente, ainda se dizia – maio, o mês das noivas”. Essa designação, aos poucos, deixou de ser uma regra, porque o casamento perdeu parte de sua formalidade e “juntar os trapos” pode ser em qualquer época do ano.

Com tantas datas significativas, o mês de maio é dos mais festivos no calendário. A começar pelo Dia do Trabalho (último dia 1º), seguido pelo Dia das Mães (último dia 14), antigamente, ainda se dizia – maio, o mês das noivas”. Essa designação, aos poucos, deixou de ser uma regra, porque o casamento perdeu parte de sua formalidade e “juntar os trapos” pode ser em qualquer época do ano.

O Caderno Z do último fim de semana nos deu um roteiro ímpar e prazeroso para festejarmos aquela que nos deu a vida. A pergunta veio em destaque: “O que é ser boa mãe?” – De minha parte, confesso que, antes de engravidar, eu achava que nunca seria mãe, pois, eu era muito em mim: primeiro meu banho, meu sono, minha comida, meu descanso; tudo meu primeiro. Entretanto, a maternidade me surpreendeu e eu me revelei uma mamãe que se desprendeu do individualismo, para ser a plural, descobrindo as muitas “elisabetes” que existiam em mim, sem sacrifícios, sem cobranças.

Ser ou não ser mãe? A liberdade de escolha, cada vez mais, se fundamenta na liberdade para traçar uma vida profissional livre das circunstâncias que envolvem a maternidade. Minha mãe trabalhou durante 30 anos na Fábrica de Filó, numa jornada de oito horas diárias e, ao retornar à casa, fazia todo o serviço doméstico, lia Machado de Assis para vovó, estudava Inglês e Francês com papai e entrava pela noite costurando nossas roupas. Não havia estresse. Contudo, os tempos mudaram. Não é mais tão importante trabalhar em uma empresa durante 30 anos e, as empresas não querem alguém tão antigo assim, embora aconteçam exceções.

As mães também se transformaram e os debates são outros: “Mãe solo ou mãe solteira”? “Guerreiras ou sobrecarregadas?” E a mais recente classe das “mães endividadas”. Enfim, as mães estão no topo das conquistas, buscando conciliar maternidade, trabalho e realizações pessoais.

Wanderson Nogueira foi todo amor e nostalgia com “Mãe, meus filhos lhe chamarão de vó”: “Mãe, ainda que meus filhos não lhe vejam, lhe conhecem antes mesmo de nascerem. Eles não terão a alegria de ter seus braços, mas lhe chamarão de vovó. E eu sei que você poderá ouvi-los, tanto quanto eles poderão lhe sentir junto, como você segue junto comigo. Esse seguir junto se repete, porque é grande a felicidade de poder repetir a experiência de te chamar de mãe...”. Lindo! Para filhos e mães, todos nós. Deixamos, assim, o Caderno Z, na certeza de que os melhores presentes são a nossa presença e participação na vida de nossas mães.

O Cão Sentado de Silvério, sempre atual, na charge festiva, se vestiu de amor para felicitar a maternidade. Ser mãe é dar amor, mais amor ainda se atribui a quem doa medula óssea. A reportagem de Nathalia Rebello mostra como tem sido possível as doações por intermédio do Projeto Anas, idealizado por Luciana e Fabiano Fontes com a ajuda de Ana Paula Santos. O projeto tem o intuito de levar voluntários, doadores de sangue e medula óssea, para o registro no Redome. O Projeto Anas já ajudou a salvar muitas vidas e espera fazer muito mais. (Mais informações, no perfil do Instagram @projetoanas.nf). E, parabéns, Nathália pela brilhante explanação do assunto, de forma muito esclarecedora.

Era só o que faltava: “o Sesc e Senac correm o risco de fechamento de 100 unidades no Brasil com aprovação de projeto de lei”. Christiane Coelho destacou a transferência de 5% das verbas que seriam destinadas ao Sesc e Senac para a Embratur. Além do prejuízo cultural, artístico e social, o risco de desemprego. Há controvérsias, pois, a própria Embratur alega que gerando maior movimentação do turismo internacional no Brasil, as duas instituições também se fortalecem. Aguardemos!

Em “Há 50 anos”, perguntava-se: “Festejos de Maio: onde estão?”. O questionamento se prendia ao fato de que nos festejos de 1973 não havia uma programação estabelecida, às vésperas do dia 16. Ao contrário, neste maio de 2023, muitas atividades realizadas, shows, danças, corais, homenagens e o tradicional desfile na Alberto Braune. Afinal, são 205 anos da cidade que amamos e é amada pelo Brasil afora.  Parabéns, “Feliz Cidade” para todos nós!

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