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O que é Educação Financeira?

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Hoje a coluna tem uma grande diferença de todos os outros 174 textos publicados neste espaço: decidi vivenciar a experiência do ChatGPT. Já ouviu falar? Segue o conteúdo elaborado com a colaboração desta nova tecnologia.

Muitas pessoas evitam falar sobre dinheiro, mas a verdade é que a educação financeira é essencial para uma vida financeira saudável. Ela não apenas nos ensina a gerenciar nosso dinheiro de forma adequada, mas também nos ajuda a tomar decisões financeiras informadas e inteligentes.

Hoje a coluna tem uma grande diferença de todos os outros 174 textos publicados neste espaço: decidi vivenciar a experiência do ChatGPT. Já ouviu falar? Segue o conteúdo elaborado com a colaboração desta nova tecnologia.

Muitas pessoas evitam falar sobre dinheiro, mas a verdade é que a educação financeira é essencial para uma vida financeira saudável. Ela não apenas nos ensina a gerenciar nosso dinheiro de forma adequada, mas também nos ajuda a tomar decisões financeiras informadas e inteligentes.

Infelizmente, a educação financeira não é ensinada nas escolas e, muitas vezes, é negligenciada pela sociedade. Como resultado, muitas pessoas acabam com problemas financeiros graves, como dívidas elevadas, dificuldades para poupar e investir e falta de planejamento financeiro.

É importante lembrar que a educação financeira não é apenas para quem deseja se tornar rico ou investir em ações, mas é um conjunto de habilidades que podem ajudar qualquer pessoa a lidar melhor com o dinheiro. A educação financeira nos ajuda a entender a importância de um orçamento, como economizar para o futuro e como lidar com dívidas.

Apesar de não fazer parte do conteúdo didático entregue nas escolas, para aqueles que desejam aprender mais sobre finanças pessoais, existem muitos recursos disponíveis. Além de livros, cursos online gratuitos e até mesmo aplicativos e plataformas podem ajudar na organização financeira. É importante ressaltar que a educação financeira é um processo contínuo e que devemos sempre buscar aprender e melhorar nossas habilidades financeiras.

Uma das principais lições da educação financeira é a importância de ter um orçamento. O orçamento é uma ferramenta essencial para acompanhar seus gastos e despesas e ajuda a evitar gastos impulsivos e desnecessários. Com um orçamento adequado, é possível economizar dinheiro para despesas futuras, como a compra de um carro ou um imóvel.

Outra lição importante da educação financeira é a importância de economizar dinheiro para emergências. Todos estão sujeitos a eventos inesperados, como doenças, acidentes ou até mesmo problemas com o carro, e é importante estar preparado para essas situações. Uma reserva financeira para emergências, possibilita lidar com esses eventos sem ter que recorrer a empréstimos ou dívidas.

Finalmente, a educação financeira também nos ensina sobre investimentos. É importante entender que os investimentos não são apenas para os ricos, mas são uma ferramenta para aumentar nossa riqueza e atingir nossos objetivos financeiros a longo prazo. Com o conhecimento adequado, é possível escolher investimentos adequados para nossas necessidades e objetivos, sejam eles a curto, médio ou longo prazo.

Educação financeira é fundamental para uma vida financeira saudável. Ela nos ensina a gerenciar nosso dinheiro de forma adequada, evitando dívidas e problemas financeiros graves. Com a educação financeira, é possível economizar dinheiro, investir com sabedoria e alcançar nossos objetivos financeiros a longo prazo. Por isso, é importante que todos se dediquem a aprender mais sobre finanças pessoais e façam dela uma parte essencial de suas vidas.

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Gestão do ex-prefeito Feliciano Costa

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Edição de 21 e 22 de abril de 1973

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

Edição de 21 e 22 de abril de 1973

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

Feliciano: dois anos de paz, amor e trabalho - No momento em que se instala na Prefeitura de Friburgo um clima vergonhoso de perseguição política, vale lembrar os dois últimos anos da administração Feliciano Costa. O ex-prefeito não perseguiu ninguém. Não demitiu, afastou ou exonerou um só servidor dos quadros de municipalidade. Ao contrário, saído de uma áspera campanha eleitoral, levou para a prefeitura a compreensão e a concórdia, sem fazer distinções entre correligionários e adversários buscando apenas melhor servir ao povo e a comunidade friburguense.

Governo do presidente Médici: impacto na Previdência, no campo e no desenvolvimento integrado em oito regiões do Brasil - Impacto na Previdência Social: a) aposentadoria e contribuições serão elevadas à 20 salários; b) autônomos (médicos, advogados, dentistas, engenheiros, costureiras e outros) passarão a pagar 16%; c) companheira (com mais de cinco anos de convivência) é legitimada como dependente, passando a ter direitos; d) aposentado que quer retornar ao trabalho terá suspensa a aposentadoria, mas ganha abono; f) limite de idade é eliminado e com mais de 60 pode-se filiar ao INPS; g) trabalhadores rurais e domésticas têm assegurados direitos ao INPS

Impacto no campo: a) trabalhador rural é registrado e passa a ter direitos da Consolidação das Leis do Trabalho; b) trabalhador rural com mais de 16 anos tem direito à salário mínimo de adulto; c) toda propriedade rural com mais de 50 famílias deverá manter escola primária gratuita para os filhos dos trabalhadores.

Impacto no desenvolvimento integrado: a) são criadas as regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Curitiba e Belém; b) Região Metropolitana se compõe de municípios integrantes da mesma comunidade sócio-econômicos; c) planejamento de municípios componentes de uma Região Metropolitana terá que ser global e integrado; d) desenvolvimento social, saneamento, abastecimento d'água, rede de esgotos, limpeza pública, uso do solo, sistema viário, produção e distribuição de gás, e outros serviços, serão administrados no âmbito estadual por um conselho deliberativo (cinco membros de reconhecida capacidade técnica) e um conselho consultivo integrado por um representante de cada município da região.

Ariosto: lembrança de uma nobre campanha - A campanha eleitoral que levou ao Palácio Barão de Nova Friburgo o atual prefeito, dr. Amâncio de Azevedo, foi inegavelmente o mais belo movimento cívico da história política do município. E reconheçamos: os responsáveis estavam em ambos os lados. Não ocorreram ataques pessoais; foram desfechados golpes baixos, muitos comuns em uma campanha eleitoral; os candidatos se dirigiam ao povo acenando-lhe, não com ameaças, e sim com programas administrativos detidamente estudados e elaborados por seus respectivos “staffs”.

Foi a presença do jovem engenheiro Ariosto Bento de Mello o fator determinante do clima elevado da campanha. Soube perder, reconhecer a derrota e cumprimentar o candidato vitorioso. Mas nada disso adiantou. O clima agora é outro; em vez de programa, perseguição política; em vez de respeito, desemprego para dezenas de servidores que pagam caro agora o apoio ao candidato da Arena.

Presença de “A Verdade” - Registramos com satisfação o aparecimento de mais um jornal friburguense: “A Verdade”. A nova publicação se propõe a interpretar os interesses da região Centro-Norte fluminense e o sul do Estado de Minas Gerais. Com um corpo redacional de alto gabarito, estamos certos de um futuro brilhante para o jornal. Registramos nosso agradecimento ao Carlos Saldanha, um dos diretores, que dedicou sua coluna de apresentação - à memória do nosso patrono, o saudoso Américo Ventura Filho, que nos deixou recentemente.

Pílulas

  • A Prefeitura de Friburgo vem trombeteando com ênfase, o convênio que assinou com o Serphau, autarquia federal, para a prestação de servidores de natureza técnica, necessários à elaboração dos termos de referência para o Plano de Desenvolvimento Local Integrado. 
  • “Progresso e prosperidade”, “Bem estar e tranquilidade”, “Desenvolvimento planejado e harmônico”, são algumas maravilhas a que o Plano se propõe a nos oferecer. 

E mais…

  • Country Clube: Relatório diz tudo
  • Consciência e violência
  • Celso Peçanha: Um ginásio abandonado
  • Operário padrão: roubo e morte
  • Policial conquista a cidade
  • Na era do teleférico

(*) estagiária sob a supervisão de Henrique Amorim

 

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Nova Friburgo é passado, presente ou futuro?

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Um dia percebemos que, passado, presente e futuro, fazem parte de toda a história da humanidade e consequentemente, da nossa singela vida. Vivendo no presente, sempre tive a percepção de morar agarrado no passado, e em pensamento, viver ansiosamente, planejando cada passo do meu futuro.

E quando me dei conta, percebi que passado, presente e futuro não são mais tempos tão distintos assim. Na verdade, somos o que somos porque vivemos todos os tempos simultaneamente, sem mesmo que possamos ser plenamente capazes de perceber essa ligação tão sublime.

Um dia percebemos que, passado, presente e futuro, fazem parte de toda a história da humanidade e consequentemente, da nossa singela vida. Vivendo no presente, sempre tive a percepção de morar agarrado no passado, e em pensamento, viver ansiosamente, planejando cada passo do meu futuro.

E quando me dei conta, percebi que passado, presente e futuro não são mais tempos tão distintos assim. Na verdade, somos o que somos porque vivemos todos os tempos simultaneamente, sem mesmo que possamos ser plenamente capazes de perceber essa ligação tão sublime.

“Freud explica? ”. É bem provável que Sigmund Freud, pai da psicanálise, fosse o mais capaz de nos explicar de que nada do que somos e fazemos é por um simples acaso do universo. Para tudo, há uma explicação a ser explorada num divã na sala de terapia.

Na vida humana, devemos nos lembrar que as lutas, as dores, sofrimentos, vitórias, angústias e alegrias compõem a beleza e a imperfeição de ser quem somos. Na vida de uma cidade, como Nova Friburgo, o caminho percorrido é idêntico, dividido em três tempos, em que a lógica não deve ser entendida de modo diferente.

Nosso passado é marcado por momentos históricos únicos e que trazem a identidade do povo friburguense, aguerrido e persistente. Em meio à muitas dificuldades, crescemos e edificamos forças a essa cidade mesmo diante de todas as adversidades geográficas, naturais e políticas.

Somos orgulhosos de sermos detentores do título de única cidade criada por um decreto real. Não somos modestos, dos anos de ouro vividos nas décadas de 70 e 80, em que o Sul do país aprendeu conosco a fazer uma festa da cerveja. E somos extremamente resilientes, de mesmo diante da maior tragédia natural do país, reconstruirmos.

Entretanto, a partir dos anos 90, em meio às muitas disputas políticas, Nova Friburgo ficou esquecida em meio ao caos, e aos poucos foi perdendo em tudo aquilo que lhe tornava única: o seu brilho, a sua prosperidade e o mais importante, a sua identidade.

No presente, uma revolução fazia-se necessária em Nova Friburgo: e nela, surgiu o desejo de rememorar o saudosismo e querer trazer ao presente, todas as boas memórias construídas, do que havia de melhor nos anos de ouro, muito bem vividos pelos mais antigos habitantes dessa cidade - a boêmia!

Há uma digna e justa tentativa em resgatarmos o nosso brilho através da nossa identidade. Contudo, ainda que o passado seja recheado das boas lembranças dos anos de ouro na serra carioca - que infelizmente ficaram para trás – é muito importante percebermos que o mundo não é mais como era antigamente. E a nós, cabe a pergunta do que seremos no dia de amanhã.

Paralisar as nossas ações em lembranças de um passado de realização, na esperança de um futuro melhor, tem mostrado não nos ajudar a provocar a mudança ou o desenvolvimento como um todo. A evasão da realidade, apesar de ser bastante confortável, pode gerar muitos problemas futuros.

Não estamos investindo em inovação e muito menos nos adequando ao novo mundo, que é bem diferente, dos vividos nos anos de ouro. A vastidão dos empregos se foi com as fábricas, que carregaram consigo, toda a prosperidade da juventude friburguense, que prefere sonhar, em locais com mais oportunidades e possibilidades.

Cada dia mais somos uma cidade mais pobre, na busca de projetos, que não mudaram efetivamente a nossa vida. O mundo, por sua vez, cresceu, inovou, dinamizou e inovou e nós, ficamos para trás. Não nos dedicamos a mudar, somente repetir, o que um dia já deu certo e quem sabe, dará certo de novo.

Ainda que a luta seja extremamente justa pelo saudosismo da boemia e do turismo, vivido nos anos 70 e 80, com todo o nosso potencial, seguimos fora do ranking das cidades visitadas por turistas no Estado. E agora? Não podemos, nem como ser humano e nem como cidade, apostar todas as fichas em uma única tentativa e em uma única solução.

Para qualquer mudança e evolução é necessário um esforço constante e acima de tudo, consciente – e é bem provável que Freud diria isso também. Mudança é o resultado de esforço e de foco.

Vivemos no presente com um imenso potencial. O passado já não mais o teremos. E o futuro, ainda que incerto e desconhecido, é totalmente mutável. Daquilo que passou, cabe agradecer, incluir e integrar em sua história. E daquilo que virá, inovar para não se perder novamente no tempo.

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Vício em fentanil

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Muita gente está ficando viciada em fentanil, um opioide sintético. Opioides são drogas encontradas na planta da papoula que tem ópio. Alguns opioides são feitos da planta e outros, como o fentanil, são produzidos por cientistas em laboratórios.

O fentanil é um poderoso opioide sintético semelhante à morfina, mas 50 a 100 vezes mais potente que ela, sendo feito em laboratórios oficiais e produzido ilegalmente. Como a morfina, é usado para tratar pacientes com dor intensa, especialmente após uma cirurgia.

Muita gente está ficando viciada em fentanil, um opioide sintético. Opioides são drogas encontradas na planta da papoula que tem ópio. Alguns opioides são feitos da planta e outros, como o fentanil, são produzidos por cientistas em laboratórios.

O fentanil é um poderoso opioide sintético semelhante à morfina, mas 50 a 100 vezes mais potente que ela, sendo feito em laboratórios oficiais e produzido ilegalmente. Como a morfina, é usado para tratar pacientes com dor intensa, especialmente após uma cirurgia.

Os opioides sintéticos, incluindo o fentanil, são agora as drogas mais comuns envolvidas em mortes por overdose de drogas nos Estados Unidos, matando em 2021 mais de 70 mil pessoas, ou seja, quase 200 pessoas por dia. O risco de overdose por abuso do fentanil é bem maior comparado com outras drogas. O fentanil é muito letal, bastando 2 miligramas para levar à morte. A atuação no corpo é rápida e o efeito também passa rápido. Nos Estados Unidos se compra em farmácias com receita, e no Brasil só é usado em hospitais. O fentanil existe na forma de injeção, como adesivo para a pele, ou pastilhas. A droga ilegal é vendida como um pó, em conta-gotas ou sprays nasais ou em pílulas.

Traficantes de drogas estão misturando fentanil com outras drogas, como heroína, cocaína e anfetaminas. Fazem isso porque basta pouca dose para produzir um “barato” com fentanil, tornando-a uma opção mais barata. Isso é arriscado quando se tomam drogas sem perceber que podem conter fentanil.

Como a heroína, a morfina e outras drogas opioides, o fentanil funciona ligando-se aos receptores opioides em áreas do cérebro que controlam a dor e emoções. Após tomar opioides muitas vezes, o cérebro se adapta à droga, diminuindo sua sensibilidade, tornando difícil sentir prazer com qualquer coisa além da droga, assim as pessoas se viciam e a busca e uso de drogas tomam conta de suas vidas.

Efeitos do fentanil incluem: sensação de felicidade; sonolência; náusea; confusão; constipação; sedação; problemas para respirar, inconsciência. Na overdose de fentanil a respiração diminui ou para, pode diminuir a quantidade de oxigênio no cérebro, podendo levar a um coma, danos cerebrais permanentes, e morte.

Traficantes de drogas misturam o fentanil com outras drogas para aumentar os lucros, tornando difícil saber qual droga está causando a overdose. A naloxona é um medicamento que pode tratar overdose de fentanil quando administrado imediatamente. Mas o fentanil é mais forte do que outras drogas opioides, como a morfina, e pode exigir várias doses de naloxona. Os que recebem naloxona devem ser monitorados por mais duas horas após a última dose de naloxona para garantir que a respiração não diminua ou pare. Também se usa a naltrexona, a metadona e a buprenorfina.

Viciados em fentanil que param de usá-lo podem ter sintomas graves de abstinência começando algumas horas após a última tomada da droga. Estes sintomas incluem: dor muscular e óssea; problemas de sono; diarreia e vômitos; ondas de frio com arrepios; movimentos incontroláveis das pernas, fissura pela droga.

Terapias comportamentais para o vício em opioides como o fentanil podem ajudar as pessoas a modificar suas atitudes e comportamentos relacionados ao uso de drogas, aumentar as habilidades saudáveis para a vida e ajudá-las a manter sua medicação. Essas abordagens de tratamento comportamental provaram ser eficazes, especialmente quando usadas junto com medicamentos.

Fonte: https://nida.nih.gov/publications/drugfacts/fentanyl

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Noite de autógrafos

terça-feira, 18 de abril de 2023

─ Olha lá! Olha lá! Será que é ele mesmo, Astrênio?

─ É ele sim, Dalvinéia! Ele já tá até rascunhando as dedicatórias!

─ Ainda bem que a gente chegou na frente... Meio cedo, mas também assim a gente evita a filona que vai ter daqui a pouco.

─ É, esse prédio tem entrada, porta e escada pra tudo quanto é lado. Se a gente não chega cedo, ia mais era se perder. Capaz que nem chegasse a tempo.

─ Ainda bem que a gente comprou o livro antes. Vamos lá, aproveita que ele tá sozinho.

─ Com licença... Boa noite, professor. A gente já trouxe o livro, professor.

─ Olha lá! Olha lá! Será que é ele mesmo, Astrênio?

─ É ele sim, Dalvinéia! Ele já tá até rascunhando as dedicatórias!

─ Ainda bem que a gente chegou na frente... Meio cedo, mas também assim a gente evita a filona que vai ter daqui a pouco.

─ É, esse prédio tem entrada, porta e escada pra tudo quanto é lado. Se a gente não chega cedo, ia mais era se perder. Capaz que nem chegasse a tempo.

─ Ainda bem que a gente comprou o livro antes. Vamos lá, aproveita que ele tá sozinho.

─ Com licença... Boa noite, professor. A gente já trouxe o livro, professor.

─ O livro? Ah, já sei...

─ A gente queria, professor, que o senhor fizesse uma dedicatória bonita... Nós somos seus fãs de carteirinha.

─ Ah, sim! Pois então...

─ Nada de modéstia, professor. O senhor acredita que minha cunhada Marilice engravidou lendo seu livro “Como ser feliz no casamento apesar do marido”? Deu certinho! Antes da página quarenta ela já tava de barriga!

─ Astrênio, fala pra ele daquele teu amigo! Bebia que nem gambá, vivia mais apertado que piolho em pente fino. Ele leu a obra-prima “O problema não é beber, é ficar bêbado”. Não parou de beber, mas agora anda numa alegria que até irrita a gente.

─ Pra falar a verdade, a gente ainda não leu nenhum livro seu, professor. Vamos começar com esse aqui: “Nem mesmo no céu tudo são flores”. Estamos sendo sinceros. O senhor não acha que todo mundo deve ser sincero?

─ Achar eu acho, só que...

─ Tem uns críticos analfabetos por aí que dizem que isso tudo é alto-ajuda de má qualidade, que o senhor é o rei do lugar-comum, mas eu e a Dalvinéia achamos que o senhor tinha mais era que estar na Academia, no lugar do tal Carlos Drummond de Andrade, que ninguém sabe quem é.

─ Daqui a pouco chega a multidão, então a gente veio cedo pra ter essa conversa de coração com o senhor, é ou não é, Astrênio?

─ É... De coração. Professor, faz aí a dedicatória. “Para Dalvinéia e Astrênio. Que a vida lhes seja leve como uma pétala de flor soprada pelo vento suave”. Ficou bonito, não ficou?

─ Ficou, mas eu preferia...

─ Hi, professor, não precisa esquentar cabeça! Essa dedicatória eu e a Dalvinéia gastamos quase um caderno inteiro, merece ser escrita.

─ Bem, não me custa nada, no entanto... Eu gostaria...

─ Outro dia vi o senhor na televisão. Quer dizer, ver, não vi, o senhor já tava saindo de costa, mas só o “boa noite” que o senhor deu já foi uma lição de vida.

─ Professor, o senhor não sabe a luta que foi chegar aqui na frente dos outros... Esse prédio tem não sei quantas entradas. Escreve aí e assina, professor.

─ Bem, já que vocês insistem. Lá vai: Para Dalvinéia e Astrênio. Que a vida lhes seja leve como uma pétala de flor soprada pelo vento suave. João Raimundo Mosteiro.

─ Ué! Que história é essa de Mosteiro, professor Antônio Félix Carranca?

─ Mosteiro sou eu. O Carranca está lançando um livro no outro lado do prédio, terceiro andar, sala 3001.

─ Cara... Caramba! Por que não falou logo que não era o escritor! A gente aqui gastando tempo e saliva... Vai ver que o verdadeiro Carranca até já foi embora...

─ Eu tentei falar... Vai lá e pede a ele para assinar embaixo. Aliás, quem geralmente assina por ele é a secretária. Vai lá que, se o Carranca já foi embora, a secretária assina pra vocês. É tudo a mesma coisa. Boa Noite. E que a vida lhes seja leve... etc. e tal.

─ Cada picareta que a gente encontra, hem, Dalvinéia? Um professorzinho qualquer, se fazendo passar por escritor. Picareta!

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O descaso com a cidade de Cabo Frio

terça-feira, 18 de abril de 2023

Estamos passando uns dias em Cabo Frio e nos impressiona como uma cidade que tinha tudo para ser um grande polo turístico da Região dos Lagos, está à míngua. Outrora chamada do Caribe brasileiro, defendida por muitos como até mais bela tal a limpidez de suas águas e dos acidentes geográficos de grande beleza, Cabo Frio, no entanto, hoje pede socorro. Transitar por suas ruas é uma aventura, tamanho o número de crateras com as quais os motoristas se deparam; sem falar que aos pedestres não está reservada melhor sorte, pois as calçadas também deixam muito a desejar.

Estamos passando uns dias em Cabo Frio e nos impressiona como uma cidade que tinha tudo para ser um grande polo turístico da Região dos Lagos, está à míngua. Outrora chamada do Caribe brasileiro, defendida por muitos como até mais bela tal a limpidez de suas águas e dos acidentes geográficos de grande beleza, Cabo Frio, no entanto, hoje pede socorro. Transitar por suas ruas é uma aventura, tamanho o número de crateras com as quais os motoristas se deparam; sem falar que aos pedestres não está reservada melhor sorte, pois as calçadas também deixam muito a desejar. Mas, o IPTU é cobrado religiosamente e com os aumentos de praxe, em função da inflação. Não importa se o bairro é de classe média ou de pessoas menos favorecidas, aqui a igualdade é real, pois os buracos não respeitam classe social.

Não nos esqueçamos de que a cidade tem no turismo a sua maior arrecadação, uma vez que não tem indústrias e sua segunda fonte de renda são os serviços. Mas, é preciso deixar bem claro que o turismo não se limita apenas à beleza das praias. O turista tem de ser cativado para que volte sempre e convença parentes e amigos de que vale à pena uma estadia na Região dos Lagos.

Nos dias de chuva, em que o acesso às praias se limita aos mineiros que aí comparecem de guarda-chuva, não resta muito a fazer exceto visitar o shopping da cidade e, dependendo do filme, uma esticada nos cinemas, que como na maioria das cidades brasileiras, também se concentram no shopping. O comércio não é grande coisa, exceto a rua dos biquinis, muito cheia na alta temporada. Claro que a gastronomia seria um atrativo, porém nenhum restaurante de encher os olhos e um centro gastronômico, como já foi o canal, decadente. Um ou outro restaurante se destaca, mas nem de perto se comparam aos nossos, de Nova Friburgo.

A cidade está suja, cheia de mendigos e moradores de rua, o que deixa uma péssima impressão, sem falar no perigo que, atualmente, ronda os motoristas e pedestres. Os assaltos se tornaram frequentes, sendo impensável os carros circularem com as janelas abertas, principalmente em cruzamentos ou sinais. Ainda não acontece quebra dos vidros, como em São Paulo, mas não deve demorar muito. Os pedestres também sofrem, pois são roubados à luz do dia ou da noite, sendo relógios, celulares e bolsas os objetos mais cobiçados.

De acordo com o apurado junto a moradores da cidade, como a repressão ao tráfico e ao banditismo está muito presente na cidade do Rio de Janeiro, está havendo uma migração de marginais também para Cabo Frio e o efetivo da Polícia Militar insuficiente. Aliás, isso é uma coisa que chama a atenção em Nova Friburgo, onde apesar das reclamações, o policiamento do 11ºBPM está sempre presente na manutenção da ordem. A migração de moradores da Baixada Fluminense, onde o índice de violência é um dos maiores do estado, é outro fator que complica a paz dos cabofrienses. O pior é que como a cidade é muito plana, as favelas não estão nos morros e o risco de se entrar numa zona complicada é muito grande. Pelo menos, no Rio de Janeiro, o carioca só sobe o morro se necessário. Assim como em Nova Friburgo ninguém sobe alguns morros se não for morador ou muito necessário.

Claro está que se não houver uma atitude atuante e convincente da prefeitura e da Câmara de Vereadores, qualquer esforço será inútil, pois se o poder público não atua o que podemos fazer? Afinal, os políticos são eleitos exatamente para atender os anseios de uma população, que quer mais segurança, educação e saúde pública, atributos básicos para se viver em sociedade. Sem falar no desenvolvimento econômico, baluarte indispensável para o crescimento de uma cidade, onde a geração de empregos é um carro chefe. Mas, se o prefeito escolhe mal seus secretários, preso a um sistema carcomido de apadrinhamento, em detrimento da competência do escolhido, nada de concreto vai surgir.

Como já disse, o turismo é o grande ganha pão de Cabo Frio, mas ele não sobrevive só dos banhos de mar.

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A Igreja da Misericórdia no ensinamento do Papa Francisco

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Neste dia 16 de abril, celebramos como Igreja o segundo domingo da Páscoa, o domingo da Divina Misericórdia, incluído no calendário litúrgico pelo Papa São João Paulo II, motivado pelas visões místicas da santa religiosa polonesa Faustina Kowalska, ao canonizá-la em 30 de abril de 2000, chamada apóstola da misericórdia.

Neste dia 16 de abril, celebramos como Igreja o segundo domingo da Páscoa, o domingo da Divina Misericórdia, incluído no calendário litúrgico pelo Papa São João Paulo II, motivado pelas visões místicas da santa religiosa polonesa Faustina Kowalska, ao canonizá-la em 30 de abril de 2000, chamada apóstola da misericórdia.

Este tema foi profundamente trabalhado também pelo Papa Francisco ao proclamar o Ano Jubilar da Misericórdia, de 8 dezembro de 2015 a 8 de dezembro de 2016. Em toda a sua trajetória de vida e de pensamento, o Papa Francisco tem dado um testemunho vivo do poder da graça e o rosto da misericórdia de Deus. Escreve o seu Magistério com as linhas de sua doação integral e com a Palavra viva do abraço universal a todos com o coração aberto de Cristo. Anunciou recentemente um Ano Jubilar para 2025, como dom especial da graça e da misericórdia de Deus, confiando sua preparação ao Dicastério para a Nova Evangelização.

"A misericórdia de Deus: como é bela esta realidade da fé para a nossa vida! Como é grande e profundo o amor de Deus por nós! É um amor que não falha, que sempre segura a nossa mão, nos sustenta, levanta e guia”. Afirma o Sucessor de Pedro (A Igreja da Misericórdia - Minha visão para a Igreja, São Paulo, Paralela, 2014). Propõe o itinerário da luz da fé, "pois quando a sua chama se apaga, todas as outras luzes acabam também por perder o seu vigor. De fato, a luz da fé possui um caráter singular, sendo capaz de iluminar toda a existência do homem". Esta luz não brota de nós mesmos, mas do encontro com o Deus vivo que nos revela o seu amor.

Temos que "recomeçar de Cristo". Primeiro, é necessário estar com Cristo, cultivar a familiaridade com Ele, ouvi-Lo, aprender d'Ele. Um caminhar sob a graça, porque o Senhor nos amou, nos salvou, nos perdoou. Segundo, imitar o Mestre, sair de si mesmo para ir ao encontro do outro. Descentralizar-se no verdadeiro dinamismo do amor. "Este é o movimento do próprio Deus! Sem deixar de ser o centro, Deus é sempre dom de si, relação, vida que se comunica". Terceiro, não ter medo de ir com Ele para as periferias geográficas e existenciais.

Estes passos capacitam e fortalecem uma Igreja pobre como Cristo para ser instrumento de Deus na libertação e promoção dos pobres, para ouvir o clamor do irmão mais necessitado e socorrê-lo'. Sempre retorna a antiga pergunta: 'Se alguém possuir bens deste mundo e, vendo seu irmão com necessidade, lhe fechar o coração, como é que o amor de Deus pode permanecer nele?" (1 Jo 3,17). Ou como nos testemunha o apóstolo São Tiago: "Olhai que o salário que não pagastes, aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo" (Tg 5,4).

Continua Francisco: "A Igreja reconheceu que a exigência de ouvir esse clamor deriva da própria obra libertadora da graça em cada um de nós, pelo que não se trata de uma missão reservada apenas a alguns. A Igreja, guiada pelo Evangelho da Misericórdia e pelo amor ao homem, escuta o clamor pela justiça e deseja responder com todas as suas forças". É o sentido pleno de solidariedade - cooperação para resolver as causas estruturais da pobreza e promover o desenvolvimento integral da pessoa humana. "Significa muito mais do que alguns atos esporádicos de generosidade; supõe a criação de uma nova mentalidade que pense em termos de comunidade, de prioridade da vida de todos sobre a apropriação dos bens por parte de alguns".

A Igreja deve ser casa de comunhão que acolhe a todos, casa da harmonia. Enviada para levar o Evangelho a todo o mundo, em sintonia com o Espírito Santo e guiada por Ele, deve comunicar a esperança e a alegria, anunciando com o testemunho da fidelidade a Deus, mesmo nos sofrimentos e perseguições, na simplicidade da santidade cotidiana, promovendo a cultura do encontro contra a cultura reinante do descartável. Deve entregar tudo a Deus, sem reservas, numa atitude missionária, tomando a cruz de cada doação para verdadeiramente evangelizar.

Neste sentir, o profético Papa Francisco diz aos pastores da Igreja que devem ter cheiro das ovelhas, acolhê-las com magnanimidade, caminhar com o rebanho, com a presença forte, humilde, conhecedora e orientadora dos irmãos, na oração, na Palavra de Deus. Sacerdotes para servir. Para levar a unção ao povo. Extensão do coração misericordioso de Cristo Sacerdote a escolher os últimos. "Prefiro mil vezes uma Igreja acidentada, que sofreu um acidente a uma Igreja doente por estar fechada!". Este movimento de permanente saída de si mesmo para acolher e servir, especialmente os mais frágeis, os refugiados, os desamparados, na luta pela proteção dos direitos humanos. Para isso é preciso demolir os ídolos da lógica do poder e da violência, do culto ao deus dinheiro, da lepra do carreirismo, despojando o espírito do mundo, a mundanidade que escraviza e corrompe.

O Vigário de Cristo continua sua reflexão sobre a Igreja da Misericórdia, apresentando-a como a plantadora da cultura do bem, a grandeza de coração, de espírito, nobres ideais, a formação para as virtudes humanas: a lealdade, o respeito, a fidelidade, a responsabilidade, promovendo a dignidade de vida, compromissada com a paz. A exemplo de Maria, a Mãe da evangelização, de sua fé inabalável e obediência peregrina que escuta a Deus, se despoja e diz sim, que decide com confiança e fortaleza, que age com generosidade e total entrega, humilde a serviço do Plano divino da salvação. Com a sua intercessão, a Igreja também avançará no seu itinerário de fé e na sua missão de misericórdia.

Artigo baseado na obra citada, tradução do original “La Chiesa della misericordia, Libreria Editrice Vaticana, 2014”.

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é assessor eclesiástico da Comunicação Institucional da Diocese de Nova Friburgo

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Com homenagem especial

segunda-feira, 17 de abril de 2023

No último sábado, 14, a Remy Oliveira teve a felicidade, como especial presente pela passagem de seu aniversário, de ser homenageadam pelo neto Mateus, que conforme mostra a foto, entoou um bonito “Parabéns pra você”, mostrando seu talento como músico mirim.

Desejamos tudo de bom à aniversariante e também para o  Mateus.

Mudou de idade

No último sábado, 14, a Remy Oliveira teve a felicidade, como especial presente pela passagem de seu aniversário, de ser homenageadam pelo neto Mateus, que conforme mostra a foto, entoou um bonito “Parabéns pra você”, mostrando seu talento como músico mirim.

Desejamos tudo de bom à aniversariante e também para o  Mateus.

Mudou de idade

Apesar de alguns dias de atraso, enviamos os parabéns com carinho e satisfação para o Celso de Oliveira Santos, ex-presidente do Nova Friburgo Country Clube e figura de grande importância naquele aristocrático e lindíssimo espaço de nossa cidade.

No último sábado, 15, para satisfação de familiares e amigos, o Celsinho completou seu 68º aniversário. Parabéns, amigo!

Vivas para Olaria!

Na próxima sexta-feira, 21, além do feriado pelo Dia de Tiradentes, a data marca, para nós de Nova Friburgo, outra ocasião bem significativa.

É que o pujante e adorável bairro Olaria completará nesta data mais um ano de criação. O Dia de Olaria foi oficializado em 2008 com base da lei municipal 3.174, de autoria do então vereador professor Jorge de Carvalho, e, desde então, passou a ser comemorado todos os anos.

Imperdível festa japonesa

No último fim de semana deste mês, dias 29 e 30, no espaço de eventos junto à Praça do Suspiro, será realizada mais uma edição do Festival da Cultura Japonesa.

Entre as atrações, constam concurso de cosplay, kenjtsu, taiko, judô, espaço shiatsu, origami, danças, comidas e bebidas típicas, apresentação da banda Kyori e um show internacional com o cantor Noboru Fujita. Haverá também vendas de artesanatos, como bolsas, kimonos, geta, kakemono, máscaras, espadas, decoração e muito mais.

Mais um do JC Mayer

Um dos grandes nomes de Nova Friburgo relacionado ao transporte coletivo, estará recebendo os parabéns por mais um ano de idade que será completado nesta quinta-feira, 20.

Trata-se do João Carlos Mayer. Parabéns com votos de felicidade e saúde.

Aniversariante especial

Com grande satisfação, parabenizamos com todo e especial carinho a minha amada filha Fernanda Spitz Dias, engenheira civil e gerente do setor de segurança hídrica do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que no próximo domingo, 23, estreia idade nova.

Parabéns Fernanda, que tudo de bom aconteça em sua vida com sucesso e felicidade, como você bem merece.

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A VOZ DA SERRA existe porque só a informação não basta...

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Mais uma comemoração que o Caderno Z não deixou escapar: a celebração do Dia Mundial da Arte – 15 de abril, oficializado em 2019 pela Unesco. A data fora escolhida, não ao acaso, mas para festejar o nascimento de Leonardo Da Vinci. Na propriedade de seu pensamento e agir, Da Vinci constatou:  “A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”. Immanuel Kant considerou que “para produzir uma obra de arte não basta ter conhecimento sobre um determinado assunto – é preciso ter habilidade para fazer”.

Mais uma comemoração que o Caderno Z não deixou escapar: a celebração do Dia Mundial da Arte – 15 de abril, oficializado em 2019 pela Unesco. A data fora escolhida, não ao acaso, mas para festejar o nascimento de Leonardo Da Vinci. Na propriedade de seu pensamento e agir, Da Vinci constatou:  “A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível”. Immanuel Kant considerou que “para produzir uma obra de arte não basta ter conhecimento sobre um determinado assunto – é preciso ter habilidade para fazer”. E habilidade é o que não falta em Maurício de Souza, um dos mais importantes cartunistas do Brasil.

Com sua arte, Maurício criou, entre outras obras, a Turma da Mônica  que agradou em cheio, não apenas o público infantil, mas todas as gerações que o acompanham até hoje. E ele destaca: “Quando comecei a desenhar, minhas referências eram os autores infantis, e Monteiro Lobato era um deles. Então, não tinha contato com os escritos de outros autores modernistas, embora meus pais fossem poetas...” Em entrevista, o cartunista explica: “Posso dizer que personagens como Chico Bento, que até foi atacado por ter falas caipiras e que hoje é visto como preservação de um jeito de viver e Horácio que já falava em ecologia há muitos anos, quando as crianças nem sabiam o que significava, são exemplos de que sempre é preciso ter um olhar próprio de nossa cultura e da leitura do nosso tempo...”.

“Pela arte, pensamentos tomam forma e ideais de culturas e etnias têm a oportunidade de serem apreciados pela sociedade em seu todo”. O filósofo grego, Platão, entendia a música como “o meio mais poderoso do que qualquer outro porque o ritmo e a harmonia têm a sua sede na alma (razão)...”. O pensamento de Platão está mais do que confirmado, pois a arte musical tem sido responsável pela tradução dos sentimentos humanos. Basta “morar” na filosofia do samba de Monsueto e Arnaldo Passos, que o Caderno Z tão bem ilustrou no tema. Interessante é que esse samba é mesmo uma construção filosófica, pleno de metáforas: “botei na balança e você não pesou... botei na peneira e você não passou...”. Então, se a arte está em processo diário de efervescência, de acordo com Maurício, “toda semana pode ser de Arte Moderna”.

Wanderson Nogueira, o artista das letras, colaborou: “De repente, é nesse momento do olhar atento, sem qualquer pretensão de desvende que nasce, por si, novas artes na mesma arte. Apreciador vira também artista...” - pois “somos tão únicos. Únicos como é toda arte e o que se capta dela, naquele instante, igualmente, único...”.

A arte de fazer charges é com Silvério que, sem qualquer palavra, traduz o nosso cotidiano. São as suas criações as intérpretes das situações em pauta; uma cidade pouco iluminada, um celular na mão, por exemplo, são convites ao vandalismo, o que prejudica a arte de fazer turismo e até, simplesmente, a arte de passear pelas ruas. A arte da educação também está afetada pela insegurança, pois muitas escolas estão redobrando equipamentos e ações para mais monitoramento. Quando se pensaria nisso? Em qual estação da humanidade estamos desembarcando, tendo na bagagem o medo de um ataque em ambiente escolar? Por conta disso, as escolas mudam rotina. Enquanto isso, em “Há 50 Anos”,  acontecia um surto em Nova Friburgo, divulgado pelo professor, Amaury Muniz: era o surto de manifestação de arte e cultura em nossa cidade, que fora promovido e estimulado pela Fundação Educacional e Cultural de Nova Friburgo.

Assim, vamos combinar um novo surto de boas ações, de belas artes, porque toda arte é bela!  Um surto solidário, de amor, para forjar o bem. Vamos festejar o Dia da Voz (16 de abril), em todos os dias do calendário. Não somente a saúde da voz que vem da garganta, como na “Campanha da Voz 2023”, mas a saúde da voz que vem de dentro do coração. Aquela voz afinada com a saúde de nossos melhores pensamentos e intenções de praticar o bem. Pode até ser clichê, mas só o amor constrói!

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Será que existe em nós um coelho?

segunda-feira, 17 de abril de 2023

Recentemente, quando recebi a mensagem de uma amiga que me desejava uma feliz Páscoa, comecei a conversar com meus botões sobre os coelhos. Sempre fui encantada com esses animais orelhudos e de patas compridas. 

Viajei para a literatura e fui ao encontro do apressado Coelho Branco, personagem do livro “Alice no País das Maravilhas”, que guarda vários profundos significados, como a impossibilidade de quantificar o tempo. “Quanto tempo dura o eterno?”, indagou Alice ao Coelho, que respondeu: Às vezes, apenas um segundo.” 

Recentemente, quando recebi a mensagem de uma amiga que me desejava uma feliz Páscoa, comecei a conversar com meus botões sobre os coelhos. Sempre fui encantada com esses animais orelhudos e de patas compridas. 

Viajei para a literatura e fui ao encontro do apressado Coelho Branco, personagem do livro “Alice no País das Maravilhas”, que guarda vários profundos significados, como a impossibilidade de quantificar o tempo. “Quanto tempo dura o eterno?”, indagou Alice ao Coelho, que respondeu: Às vezes, apenas um segundo.” 

No poema “Motivos”, Cecília Meirelles escreveu “Canto porque o instante existe e a minha vida está completa”, ao corroborar a sabedoria do pequeno animal, que não vê a eternidade no tempo marcado pelos relógios e calendários, mas no que vivemos. Se a vida é curta, não há problemas, podemos guardar eternidades. 

Quando escrevi “Um Cão Cheio de Ideias” criei o Chama, um coelho-do-mato que representava na história o amigo, aquele que está presente em todas as horas. “De vez em quando, me deitava debaixo das árvores. Algum tempo depois, Chama vinha devagar e se deitava ao meu lado. Aí, ficávamos curtindo nossa amizade.”

Acredito que a criação do coelho em universos ficcionais tenha nascido da sensibilidade e sutileza humanas, talvez por ser um animal indefeso a milhares de outros predadores e aos perigos existentes no mundo. Será que existe em nós um coelho?

De tanto correr e tanto se atrasar, o Coelho Branco exclama “Eu sou uma fraude!” Lewis Carroll se antecipou ao tempo e previu que a cultura de admiração aos bem-sucedidos se tornaria esmagadora, o que limitaria as eternidades guardadas nos bolsos.   

Alice seguiu o Coelho Branco e descobriu o País das Maravilhas. Mesmo confuso e atrasado, ele a levou para um fantástico lugar, onde conheceu tantas novidades. A vida é rápida, somos levados por acontecimentos, tal qual Alice que caiu num buraco. Que personagem devemos seguir para que possamos ver, através do buraco da fechadura, o que está diante de nós e não vemos.

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