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Câmara pressiona o prefeito Amâncio Azevedo

sábado, 18 de março de 2023

Edição de 17 e 18 de março de 1973

 Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

Câmara pressiona prefeito - Vereadores querem que o prefeito de Friburgoo explique: gastos com funcionários, legalidade na nomeação de assessores e dispensa de 150 professores.

Edição de 17 e 18 de março de 1973

 Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

Câmara pressiona prefeito - Vereadores querem que o prefeito de Friburgoo explique: gastos com funcionários, legalidade na nomeação de assessores e dispensa de 150 professores.

Luto oficial e missa: homenagens à Américo Ventura - A Associação Fluminense de Jornalistas, em atitude que muito nos sensibiliza, prestou homenagem póstuma ao nosso inesquecível diretor Américo Ventura Filho. Transcrevemos o ofício de seu ilustre presidente, jornalista Sylvio Fonseca: “Prezados diretores de A Voz da Serra / A Associação Fluminense de Jornalistas, associando-se às manifestações de pesar pelo falecimento do companheiro Américo Ventura Filho, decretou luto oficial e fez hastear em sinal de pesar o seu pavilhão na sede social, fazendo se representar nos funerais e na missa de sétimo dia pelo seu presidente. / Estendendo suas homenagens ao grande vulto do jornalismo friburguense, fluminense e brasileiro, fará celebrar na matriz de São João Batista, no dia 22 de abril de 1973, às 19h, missa do 30° dia de seu falecimento.”

A fala do pagador - O Boletim da Prefeitura anunciou ter o prefeito Amâncio conseguindo em “órgão federal" um empréstimo de CR$ 2.600.000. Louvamos a eficiência da atual administração. É ponto pacifico que um empréstimo não faz mal à ninguém, especialmente num início de administração, quando vem em desafogo financeiro à impostos não pagos, compromissos herdados ou assumidos de administrações anteriores. Contudo, não louvamos a balela publicada no mesmo boletim, segundo o que tal empréstimo fosse concretizado para enfrentar compromissos do “governo anterior”, sobretudo no que se refere à prestações devidas ao BNH, pois tais prestações e tais dívidas são da responsabilidade, também - direta ou indireta - de dois governos anteriores. Cabe a dúvida: qual o montante de dívidas deixadas pelo governo anterior do prefeito Amâncio à seu sucessor Feliciano Costa? 

Telefone: Serviço péssimo e irritante - Após a encampação da antiga e saudosa  Companhia Telefônica de Nova Friburgo, a CTB prometeu uma série de melhorias no que se referia aos nossos serviços telefônicos. Era a vassoura que tentava varrer muito. A verdade, porém, é que nada foi varrido até agora, pelo contrário sujou-se alguma coisa que estava limpa. Os serviços prestados pela CTB da cidade são, simplesmente, péssimos. Atendimento deficiente, interurbanos que levam um dia para serem completados, de tal maneira que, querendo comunicar-se com Niterói, por exemplo, já existem casos em que o usuário prefere embarcar em um ônibus para uma comunicação pessoal e direta. A grande desvantagem da encampação foi, porém, a cassação do direito do usuário de, sequer, reclamar, o que não ocorria na, hoje, muito saudosa, a Cia. Telefônica de Nova Friburgo.  

Detran precisa olhar para a Rua General Osório - Regra de trânsito é coisa desconhecida na Rua General Osório. Por ali o negócio é na base do “vai quem quer” ou “salve-se quem puder”. Aquela artéria de grande importância para o escoamento do tráfego, merece melhor atenção. Disciplina para os motoristas e placas de sinalização devem ser os primeiros pontos a serem abordados. E chama mais atenção para o fato de que a referida artéria recebe um grande número de crianças no horário de entrada e saída dos colégios.

Gente & Coisas

●     Foi proposto ao ministro Jarbas Passarinho, a “padronização” dos uniformes escolares em todo Brasil, visando um fardamento padrão “que agrade os pobres, sem envergonhar os ricos”. Porque, acrescenta o jornalista - “todos devem ser iguais perante a farda”.

●     O apelo ganhou as ruas e instituições. Tem sido transcrito em diversos jornais, recebendo, inclusive, apoio da TV Tupi, por intermédio do programa Flávio Cavalcanti. A aceitação do apelo seria, talvez, o primeiro passo para corrigir grosseiras distorções na área do ensino, especialmente em áreas dominadas e exploradas por particulares.

E mais…

 Governador Padilha ajuda pequenos produtores

 Pacheco: Abre fogo na oposição

Sociais

 A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Silas Gonçalves (17); Edésio José Alves, José Bizzotto e Odilson Humberto Spinelli (19); Sylvia Schirnhofer, Dalvacy Rego Almeida, Maria José Braga, José Gonçalves Bertão, Juvenal Ferreira Goulart e Gamaliel Borges Pineiro (20); Flora Sertã da Silveira, José Carlos Jardim e Maria José Jardim (21); Joao Batista Spinelli (22); Aracy Cúrio, Arlindo Angelino, José Dutra da Costa e Gisele Imbronize Passenato (23); Richard Ihns (24);

(*) estagiária com a supervisão de Henrique Amorim

Foto da galeria
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Pedra do Arpoador

sábado, 18 de março de 2023

As águas de março já vão varrendo o verão. As águas do mar apenas me separam de outros continentes. Da Pedra do Arpoador, a cidade mais próxima é Walvis Bay, a quase seis mil quilômetros azuis. Pelo caminho, talvez, ilhotas que não formam um lugarejo, muito menos um país. Toda a vida está no oceano e no céu que há sobre ele. 

As águas de março já vão varrendo o verão. As águas do mar apenas me separam de outros continentes. Da Pedra do Arpoador, a cidade mais próxima é Walvis Bay, a quase seis mil quilômetros azuis. Pelo caminho, talvez, ilhotas que não formam um lugarejo, muito menos um país. Toda a vida está no oceano e no céu que há sobre ele. 

O mesmo mar que me separa de outros continentes, não me afasta de outras possibilidades. A gaivota ligeira ensina que, assim como há uma infinidade de espécies de peixe no mar, há uma infinidade de cores no mesmo azul do céu. Escapam aos olhos sem poesia. Iludem as mesmas visões de quem teima em apenas ser poeta. A vida real não é das mais colaborativas com os românticos. 

As estações, uma a uma, ciclo após ciclo, desvirginam a ingenuidade. E nos tomam tanto, sem no entanto, levar as tolices. Colecionadas, viram teimosia e teimosas insistem em, quem sabe, nos fazer enxergar por outros ângulos. Pela premissa dessa visão incerta, dobramos a aposta. 

Do lado de lá, do outro continente, não veem e tampouco sabem das pedras do Arpoador. Estrangeiros olham os detalhes que levam nas fotografias. O Cristo Redentor ao longe, faz braços abertos para todos: cretinos, espertos, inocentes, vividos, indecisos, perdidos… 

Encantados, ignoram o cheiro de mijo e o lixo deixado por gente mesquinha. Capturam apenas a orla de Ipanema se juntando ao Leblon e o imperioso Morro dos Dois Irmãos, por onde primeiro se despede o Sol. Casais de todo tipo e combinações se beijam ao mesmo pôr do sol. Solitários perambulam por suas trilhas e imaginam o que há dentro do mar, inclusive o mar que carregam no peito. 

Há quem procure algo, há quem nada procure. Algo os encontrará? Hoje não sei, tanto quanto amanhã ninguém se atreverá saber. Em outros lugares, com mar ou sem mar, a cena se repete com pessoas diferentes, mas com personagens bastante semelhantes. 

Do outro lado do continente, o mesmo deve acontecer, enquanto as estações correm para tomar lugar na determinação do quanto chove, da permissibilidade com as flores e frutas, no comando de como devem ser os dias, se mais frios ou mais quentes. 

Somos como as estações. E, mesmo sem os cataclismas de El Niños ou El Niñas, determinamos os modos do tempo que temos. Se o Sol vai sair e se sair o quanto pesará os ombros ou trará leveza para as vistas. Se colheremos minutos nas horas e como serão esses frutos que plantamos. O melhor — se não se autocondenar — o sabor dos frutos pode mudar mesmo que já crescidos. E se o gosto é azedo e não se quer azedo, por que colher? Deixe no pé até cair, apodrecer, se tornar outra coisa na terra seca. 

As ondas do mar fazem barulho intenso, em ritmo constante. Não ousam surpreender, mas não se repetem no que trazem, no que levam. Como parte de algo maior, nos insultam. As águas do mar batem nas pedras e vagarosamente, quase que imperceptivelmente, vão moldando suas formas, costuram as ilhas que há entre os mesmos transformados continentes. 

Da Pedra do Arpoador, o infinito cabe em um pequeno grande espaço. De abraços em si mesmo, de braços dados a uma cidade, de olhares cruzados em uma orla que faz recorte do oceano como se as praias não pudessem invadi-los — cidade e donos dos olhares. 

Quando a noite dispensa o sol, a escuridão é vencida pelas estrelas e a mesma Pedra do Arpoador, agora mais vazia, se guarda para ter repetido tudo de novo. E não é exclusividade sua. O mesmo é com todos os descobertos lugares do mundo, exatamente como a gente mesmo nas imprevisíveis estações que fazemos ou adotamos. E são as estações que nos fizeram e nos fazem evoluir. 

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Você já emprestou dinheiro?

quinta-feira, 16 de março de 2023

Preciso comentar que agiotagem é crime ou podemos presumir como conhecimento básico para darmos início ao tema de hoje? Ainda assim, a atividade de crédito é permitida em operações específicas e você pode, sim, se tornar credor e usar seu capital para financiar determinadas atividades com o intuito de ser remunerado por isso.

Preciso comentar que agiotagem é crime ou podemos presumir como conhecimento básico para darmos início ao tema de hoje? Ainda assim, a atividade de crédito é permitida em operações específicas e você pode, sim, se tornar credor e usar seu capital para financiar determinadas atividades com o intuito de ser remunerado por isso.

O mercado financeiro é um ambiente complexo, com diversas opções de investimentos disponíveis para quem deseja emprestar dinheiro para companhias privadas. Uma das maneiras mais comuns de executar esta atividade é comprando títulos de dívida corporativa, conhecidos como as debêntures, que são emitidas pelas empresas como uma forma de captar recursos, geralmente para financiar projetos de expansão ou investimentos em novas tecnologias. Ao comprar uma debênture, o investidor está emprestando dinheiro para a empresa e, em troca, recebe juros durante o período do empréstimo.

Para quem deseja investir em debêntures, é importante avaliar cuidadosamente as opções disponíveis. É necessário analisar a qualidade de crédito da empresa emissora da debênture, ou seja, sua capacidade de honrar o pagamento dos juros e do principal da dívida. Além disso, é importante considerar o prazo e as condições de remuneração da debênture, bem como a liquidez do investimento.

Outra opção para emprestar dinheiro para companhias privadas é investir em fundos de investimento em renda fixa com alocação em títulos de crédito privado e alta exposição em debêntures. Esses fundos reúnem recursos de diversos investidores e aplicam em debêntures emitidas por empresas privadas. Dessa forma, o investidor tem acesso a uma carteira diversificada de títulos de dívida corporativa, o que pode ser uma opção mais conveniente e menos arriscada do que investir em debêntures individualmente.

Os fundos de investimento em debêntures são geridos por profissionais do mercado financeiro, que analisam as empresas emissoras das debêntures e escolhem as melhores oportunidades de investimento. Essa gestão profissional pode trazer mais segurança para os investidores individuais, que não precisam se preocupar com a análise detalhada de cada empresa emissora. Contudo, é claro, terceirizar qualquer atividade – e responsabilidades – te geram custos; portanto, fique atento às taxas cobradas pela gestão e administração destes produtos.

Em resumo, o mercado financeiro oferece diversas opções para quem deseja emprestar dinheiro para companhias privadas. É importante avaliar cuidadosamente as opções disponíveis e buscar a ajuda de profissionais do mercado financeiro, a fim de tomar decisões de investimento mais assertivas e conscientes.

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Obrigada, leitores

quinta-feira, 16 de março de 2023

Hoje eu me dirijo aos leitores assíduos da coluna Com a Palavra, especialmente por meio do jornal impresso. Não que eu não me dirija sempre, porque o faço todas as semanas. Mas hoje é diferente. Eu quero dizer a vocês que a cada vez que recebo um retorno, carinho, comentário, referência aos textos, sinto-me muito feliz e agradecida. E acontece com frequência, para a minha sorte.

Hoje eu me dirijo aos leitores assíduos da coluna Com a Palavra, especialmente por meio do jornal impresso. Não que eu não me dirija sempre, porque o faço todas as semanas. Mas hoje é diferente. Eu quero dizer a vocês que a cada vez que recebo um retorno, carinho, comentário, referência aos textos, sinto-me muito feliz e agradecida. E acontece com frequência, para a minha sorte.

Eu sempre amei o jornal impresso. Inclusive, recomendo. Sempre gostei de papel. E de informação. E de gente. Continuo gostando embora cada vez mais a tecnologia faça parte de minha vida e minha rotina, viabilize meu trabalho e facilite muito as coisas. Gosto dos dois mundos. Mas abraço é abraço. Mensagem no whatsapp é mensagem no whatsapp. As duas modalidades cumprem sua função e eu adoro. Mas uma coisa é uma coisa e a outra coisa é outra coisa.

E qual a conexão desta constatação aos leitores do jornal impresso? Bem, sinto que há. O carinho é mais factível. Mais próximo, mesmo que não de forma direta. Escrevo sabendo que meu tio-avô Licínio vai ler o jornal no café da manhã (beijos, tio). Meu avô não perdia um. Sei que a minha cliente lê no seu consultório ao chegar. E que alguns clientes dela também o leem. Que meu colega de trabalho, professor, comenta comigo todas as semanas sobre a coluna. Alunos filhos de assinantes do jornal leem assiduamente. Meus vizinhos mandam avisar que estão gostando. Os amigos do meu pai falam com ele. Alguns comentam com ele na rua e mandam elogios, e eu os recebo, sempre que o fazem , com imensa satisfação. Tem até um rapaz que me disse que é “fã” (isso mesmo, para minha surpresa) , que recorta alguns dos textos e envia para uma amiga que está enfrentando uma depressão, porque disse que transmitem uma coisa boa. Pessoas da minha igreja identificam algumas reflexões e me falam. E por aí vai.

Eu só agradeço. Mesmo. Tem tanta coisa acontecendo no mundo, tantos problemas e crises, tanto assunto interessante dentro do próprio Direito, que é minha área de atuação, mas eu escolho, aqui, escrever sobre cotidiano. Dia a dia. Sentimento. E eu sei que pode parecer um caminho mais fácil, mas não é não. Precisamos falar dessas coisas. São a nossa vida. As nossas mazelas e esperanças. E a existência mesmo. E reduzi-la em recortes de poucos parágrafos e ainda seguir semanalmente tocando, de alguma forma,  os corações de alguns, cinco anos e meio depois,  é a concretização de um sonho que vem dando certo. Tocar pessoas por meio das palavras. Só é possível porque tem sinceridade verdadeira. Só é possível porque tem sentimento. Só é possível porque A VOZ DA SERRA me dá a oportunidade Só é possível porque tem vocês. Todos vocês.

Muito obrigada!

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Estudar para a vida toda é a nova realidade

quarta-feira, 15 de março de 2023

A trajetória da vida das pessoas mudou assim como todo o mundo ao seu redor. A nova realidade que nós vivemos, neste exato momento, ganhou um grosso recheio de cobranças, pitadas de acirrada concorrência no mercado de trabalho e como a cereja do bolo, um mar de inovação que a cada dia, se renova e se modifica.

A trajetória da vida das pessoas mudou assim como todo o mundo ao seu redor. A nova realidade que nós vivemos, neste exato momento, ganhou um grosso recheio de cobranças, pitadas de acirrada concorrência no mercado de trabalho e como a cereja do bolo, um mar de inovação que a cada dia, se renova e se modifica.

Estudar, formar-se, estudar mais, conseguir um diploma, um emprego e, enfim, a tão sonhada aposentadoria. Esse caminho tornou-se raro para as novas gerações e passou a ser pouco desejado por muitos. A cada dia, as fórmulas que deram certo há alguns anos não mais se encaixam como uma receita de bolo.

A nova realidade parece sempre nos querer empurrar mais um daqueles termos difíceis e que nunca lembramos o nome. E por um acaso, você já ouviu falar em “lifelong learning”? Pois bem! A coluna de hoje é sobre estudar para a vida toda, não é? Logo, aperte seus cintos e vamos entender! 

O termo, em sua tradução quase que ao pé da letra, pode ser entendido como o futuro das gerações atuais e das próximas que virão: uma vida inteira de aprendizado e estudos permanentes, num processo de qualificação incessante que vai muito além da conquista de diploma e das próprias demandas de mercado.

A verdade vem se provando com o tempo. Muitos de nós, um dia imaginamos que chegar à universidade era como alcançar o topo de um processo formativo: “Pronto: o diploma de graduação era tudo o que se tinha em mente como objetivo – e bastava.” A velha máxima do estudar para depois trabalhar, não mais corresponde mais à velha receita do bolo.

A década de 90 foi um pontapé do que viria a acontecer nos dias atuais: a expansão das especializações, junto com a criação dos doutorados e mestrados em todo o país. E aos poucos, os diplomas de graduação foram perdendo cada vez mais o seu prestígio, tornando-se apenas mais algumas letrinhas que preenchem os currículos.

O brasileiro passa em média 15 anos na educação – considerando escola e universidade ou curso técnico. Mas quando a fase de educação acaba muita gente acredita que o tempo dedicado àquela atividade se esgotou, o que é uma ideia errônea, mas absorvida por muitos, pelo menos subconscientemente.

Mas...e depois? O mundo vem mudando tão bruscamente em tão pouco tempo, especialmente em se tratando do uso das novas tecnologias e da forma com que nos comunicamos. E nós? Será que estamos conseguindo acompanhar tudo isso e nos adequarmos a esse novo mundo que cada dia mais exige da gente ou estamos fechando os olhos e esperando acontecer?

Muito se fala sobre a “escola da vida”, que nos trás lições importantíssimas. Mas pouco se fala sobre a “vida da escola”, da necessidade de aprendermos algo e nutrirmos a nossa mente, seja para o mercado de trabalho ou para o nosso crescimento pessoal.

É cada vez mais comum às pessoas trocarem de profissão, descobrirem novos talentos, decidirem seguir outras paixões e trabalharem em diversos empregos durante suas carreiras. E a capacidade de aprender rapidamente e se adaptar às novas situações é uma habilidade extremamente valiosa no mundo de hoje.

O movimento de aprendizagens ultrapassa as faixas de idade, e vem desde a primeira infância até a velhice. Quem acha que não deve voltar aos bancos escolares está fadado a se descolar da própria vida social, e não só do trabalho, como muitos imaginam. É ter repertório é criar um acervo cultural, estruturar um portfólio diverso e aberto a inovações.

É entender um pouco sobre isso, um pouco sobre aquilo. Isso faz de você uma pessoa diferenciada e o coloca em um lugar de destaque e significado. Mas isso só acontece se você encarar as múltiplas formas de conhecimento como uma condição ininterrupta para a sua da vida

O novo mundo vem nos fazendo quebrar esses conceitos antigos, de que ‘estudo’ e o ‘trabalho’ devem andar separados. Mais do que nunca e a cada dia mais nos provam que devem se misturar num complexo ambiente de aprendizagem e aperfeiçoamento, que é capaz de mudar a nossas vidas.

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Reserva cognitiva

quarta-feira, 15 de março de 2023

Já observou que tem idosos que se mantêm ativos, enquanto outros murcham e ficam ociosos. Uns têm pensamentos criativos, e outros têm pobre forma de pensar. O que faz a diferença? Uma das respostas é que algumas pessoas têm melhor resiliência aos efeitos do envelhecimento porque desenvolveram melhor capacidade ou "reserva" para lidar com mudanças. Uma maneira simples de definirmos resiliência em psicologia é a presença de boa capacidade de lidar com altos e baixos da vida sem adoecer.

Já observou que tem idosos que se mantêm ativos, enquanto outros murcham e ficam ociosos. Uns têm pensamentos criativos, e outros têm pobre forma de pensar. O que faz a diferença? Uma das respostas é que algumas pessoas têm melhor resiliência aos efeitos do envelhecimento porque desenvolveram melhor capacidade ou "reserva" para lidar com mudanças. Uma maneira simples de definirmos resiliência em psicologia é a presença de boa capacidade de lidar com altos e baixos da vida sem adoecer.

O professor Yaakov Stern, da Universidade de Columbia, fala sobre reserva cognitiva dizendo que ela tem que ver com a ideia de que as pessoas desenvolvem uma reserva de habilidades de pensamento durante suas vidas, e que isso as protege contra perdas que podem ocorrer através do envelhecimento e da doença.

Reserva cognitiva significa que seu cérebro tem condições de improvisar e encontrar alternativas para realizar uma tarefa, mostrando quão ágil é para resolver problemas e enfrentar desafios. A reserva cognitiva é desenvolvida ao longo da vida através de práticas saudáveis que citarei adiante.

O conceito de reserva cognitiva surgiu no final dos anos 1980, quando pesquisadores descreveram indivíduos sem sintomas aparentes de demência que, no entanto, tiveram na autópsia alterações cerebrais consistentes com a doença de Alzheimer avançada. Eles não apresentaram sintomas da doença enquanto estavam vivos porque tinham uma reserva cognitiva grande o suficiente para compensar o dano e continuar funcionando normalmente.

Estudos mostraram que duas pessoas com a mesma quantidade de alterações relacionadas à idade em seu cérebro podem ter um desempenho bem diferente em tarefas cognitivas. E duas pessoas com doença de Alzheimer que parecem semelhantes em sua capacidade cognitiva podem ter quantidades muito diferentes das mudanças no cérebro que estão subjacentes à doença. A pesquisa mostrou que pessoas com maior reserva cognitiva são mais capazes de evitar sintomas de alterações cerebrais degenerativas associadas à demência ou outras doenças cerebrais, como doença de Parkinson, esclerose múltipla ou derrame.

Pesquisas sugerem que nosso nível de inteligência, que vem desde a infância, e nosso conjunto de experiências ao longo da vida, ajudam a construir reserva cognitiva e podem explicar as diferenças na reserva cognitiva entre nós. As experiências ao longo da vida incluem educação, ter uma ocupação envolvente e participar de atividades estimulantes, esta última idealmente combinando atividades de lazer, aprendizado e interações sociais.

Experiências de vida, como boa realização profissional, saudáveis contatos sociais, atitude mental positiva e fé em Deus, estão associadas a uma taxa mais lenta de declínio cognitivo no envelhecimento normal e redução do risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Estudos sugeriram que essas experiências de vida podem reduzir o risco de doença de Alzheimer em 35% a 40%.

Segundo o HealthBeat, boletim de saúde da Universidade de Harvard, pesquisadores desta universidade verificaram que a reserva cognitiva pode ser desenvolvida ao longo dos anos através da prática de: 1) ingerir uma dieta vegetariana; 2) praticar atividades físicas regularmente; 3) dormir o suficiente; 4) aprender a administrar seu estresse; 5) cultivar contatos sociais saudáveis e 6) continuar a desafiar seu cérebro, por exemplo, estudando mesmo na terceira idade, desenvolver uma habilidade nova como aprender algum instrumento musical ou outra atividade manual, cultivar uma horta, etc. Estes fatores devem ser praticados juntos porque isoladamente não são suficientes para prevenir o declínio mental.

Fontes: https://www.ageuk.org.uk/information-advice/health-wellbeing/mind-body/staying-sharp/thinking-skills-change-with-age/cognitive-reserve/

Healthbeat – Harvard School of Medicine – 25 Fevereiro 2023

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Notícias mortais

terça-feira, 14 de março de 2023

A morte abomina hipérboles e eufemismos

A morte abomina hipérboles e eufemismos

Importamos dos Estados Unidos a expressão fake news porque, para os brasileiros, até notícia falsa parece mais verdadeira se anunciada em inglês. Mas, com a criatividade que não nos falta, rapidamente ultrapassamos os americanos e todos os demais povos do mundo na produção de mentiras online. Pena que não exista Nobel para criadores de lorotas, calúnias, invencionices, desinformação e coisas afins, ou certamente algum brasileiro já teria ido a Estocolmo receber seu merecido prêmio. Ou talvez o prêmio fosse dado a nosso povo em geral, tantos são entre nós os praticantes dessa nova modalidade de comunicação.

Por exemplo: agora tornou-se comum anunciar (na CNN News se diz “repercutir” – mais um modismo!) a morte de alguém famoso. Só nesses últimos tempos “morreram” William Bonner e Silvio Santos. Acho que Ivete Sangalo também morreu. Outro que bateu as botas foi o presidente Lula, que está sendo substituído no cargo por um ator (infelizmente o artista teve que amputar um dedo para assumir o papel). E o mais interessante é que mesmo quando os falecidos vêm ao vivo informar que estão vivos, a notícia continua correndo, com muita gente chorando ou rindo, comemorando ou mandando mensagens de pesar para as famílias enlutadas.

Certa vez um jornal anunciou que Mark Twain tinha passado dessa para a melhor. Aliás, não sei se ele queria ir para esse “lugar melhor”, pois certa vez declarou que “Todo o humano é patético. A fonte secreta do humorismo não é a alegria, e sim a tristeza. No céu não há humorismo”. O autor de “O príncipe e o mendigo”, “As aventuras de Huckleberry Finn” e outros grandes livros, numa de suas muitas tiradas espirituosas, simplesmente comentou: “Foram um tanto exageradas as notícias de minha morte”. Mas na verdade com a morte não tem um pouco mais ou um pouco menos. Quem morreu, morreu. A morte abomina hipérboles e eufemismos.

Mas até sobre mim, o mais anônimo dos anônimos cidadãos deste município, já pesou a acusação de estar morto. Um tanto exageradamente, como diria Mark Twain, e a prova disso é que estou aqui digitando essa conversa fiada. Caminhava eu pelas calçadas quando notei que alguns passantes me olhavam com ar de espanto, talvez até de medo. Fosse de noite, não duvido que muitos sairiam correndo. Não é que eu seja bonito, muito pelo contrário, mas não chego a assustar as pessoas no escuro, menos ainda à luz do dia.

Não existe só uma Maria no mundo, mas falou-se numa delas, parece que todas as outras entram na conversa. Aconteceu que havia falecido um xará meu e houve quem pensasse que era a mim que a “Indesejada das Gentes” tinha vindo buscar. Ao me encontrarem na rua, aparentemente vivo, ficavam surpresos, sem saber se me davam parabéns ou pêsames.

O fato é que sobre cada um de nós, mais cedo ou mais tarde, essa notícia acaba se tornando verdadeira. É bem sensato este famoso conselho: “Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta”. O que me consola é saber que um triz após essa hora chegar para mim eu já estarei longe demais para me preocupar com isso. Mas não estou com a mínima pressa. Sou da mesma opinião que Woody Allen: “Eu não tenho nada contra a morte. Só não quero estar presente quando ela chegar”.

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Salão das Testemunhas de Jeová sofre atentado a bala na Alemanha

terça-feira, 14 de março de 2023

De acordo com informações da polícia de Hamburgo, cidade ao norte da Alemanha, pelo menos oito pessoas foram mortas, entre as quais, o autor dos disparos, durante um culto da congregação das Testemunhas de Jeová, no último dia 9. Os meios de comunicação do país germânico trataram o ocorrido com prudência, na sexta-feira, 10, com relação à natureza exata do ocorrido que deixou vários mortos e feridos. Mesmo os tabloides sensacionalistas em tais situações, evitaram utilizar o termo atentado terrorista, levantando a hipótese de que ele teria sido cometido por um fanático.

De acordo com informações da polícia de Hamburgo, cidade ao norte da Alemanha, pelo menos oito pessoas foram mortas, entre as quais, o autor dos disparos, durante um culto da congregação das Testemunhas de Jeová, no último dia 9. Os meios de comunicação do país germânico trataram o ocorrido com prudência, na sexta-feira, 10, com relação à natureza exata do ocorrido que deixou vários mortos e feridos. Mesmo os tabloides sensacionalistas em tais situações, evitaram utilizar o termo atentado terrorista, levantando a hipótese de que ele teria sido cometido por um fanático. Ainda segundo uma publicação no semanário Der Spiegel, o assassino seria um antigo membro da congregação, de cerca de 30 anos de idade.

Passava das 21h de quinta-feira passada, 9, quando a polícia foi acionada após uma série de tiros no interior de um salão pertencente a essa comunidade religiosa, situado numa rua entre os bairros de d´Alterdorf e de Gross Bortel, ao norte da cidade. A matança começou depois das 19h, enquanto se realizava um dos cultos semanais, são dois, organizado nesse Salão do Reino, nome que é dado pelas Testemunhas de Jeová ao seu lugar de reuniões.

Entre os oito milhões de seguidores dessa congregação religiosa recenseados noo mundo, cerca de 200 mil vivem na Alemanha, dos quais um pouco menos de quatro mil na cidade de Hamburgo. Na sexta-feira, 10, pela manhã, a polícia informou que oito pessoas tinham sido mortas, sendo uma delas um feto de sete meses, atingido na barriga da mãe, que conseguiu sobreviver. Entre elas, está o autor dos disparos. Segundo informações de outras fontes, oito outras pessoas foram feridas, sendo que uma delas está em estado grave.

No momento que os policiais entraram no térreo do Salão do Reino, no local dos disparos, escutaram um outro tiro vindo do andar superior. Ao subirem para saber do que se tratava, depararam com mais um morto, o provável autor da chacina. Identificado apenas como Philipp F, de 35 anos, que é um ex-membro da comunidade religiosa que tinha "ressentimentos", segundo a polícia local.

Como acontece nesses casos de chacinas, na Alemanha, a polícia fez vários comunicados nas redes sociais, pedindo à população para não difundir rumores infundados: “Nós trabalhamos sob forte pressão e nós apelamos para evitar discussões sobre os autores dos atentados ou o desenrolar dos fatos, assim como os insultos e comentários inoportunos”. Na manhã do dia seguinte, o chanceler alemão, Olaf Scholz, descreveu o incidente como um "ato brutal de violência", dizendo que seus pensamentos estavam com as vítimas e seus parentes.

Em um comunicado, a comunidade das Testemunhas de Jeová na Alemanha disse estar "profundamente triste com o terrível ataque a seus membros no Salão do Reino em Hamburgo após um serviço religioso". O prefeito de Hamburgo, Peter Tschentscher, declarou estar em choque e ofereceu suas condolências às famílias das vítimas.

Infelizmente, nos países europeus, nos Estados Unidos e no Oriente Médio, a população não está livre desses indivíduos, sejam fanáticos, revoltados ou desequilibrados mentais que, de um momento para o outro, põem a vida de pessoas inocentes sobre ameaça. Fica difícil para católicos, judeus, muçulmanos, e, agora, Testemunhas de Jeová fazerem suas orações em paz. Nem mesmo as crianças, em idade escolar, escapam a esses maníacos que espalham o pânico e o medo entre cidadãos pacatos que apenas querem desfrutar de uma pretensa liberdade.

(Fontes de informação: https://www.lemonde.fr/international/article/2023/03/10/allemagne-a-hambourg-une-fusillade-mortelle-dans-un-lieu-de-culte-des-temoins-de-jehovah_6164927_3210.html e a BBC News Brasil (O que se sabe sobre ataque a tiros em templo na Alemanha que deixou pelo menos 7 mortos).

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Parque Municipal

terça-feira, 14 de março de 2023
Foto de capa
(Fotos: Beth Reis)

O Parque Municipal Juarez Frotté, no bairro Cascatinha, está precisando de reformas urgentes. Suas instalações refletem o abandono com equipamentos danificados, portas, grades e janelas quebradas e muita sujeira. É preciso que a prefeitura tome uma providência urgente, pois o local costuma ser muito visitado, tanto por friburguenses, como pelos turistas que visitam nossa cidade aos fins de semana e feriados.”  

Moradores do bairro Cascatinha, com fotos de Beth Reis

 

 

 

O Parque Municipal Juarez Frotté, no bairro Cascatinha, está precisando de reformas urgentes. Suas instalações refletem o abandono com equipamentos danificados, portas, grades e janelas quebradas e muita sujeira. É preciso que a prefeitura tome uma providência urgente, pois o local costuma ser muito visitado, tanto por friburguenses, como pelos turistas que visitam nossa cidade aos fins de semana e feriados.”  

Moradores do bairro Cascatinha, com fotos de Beth Reis

 

 

 

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AVS tem sempre um achado que inspira poesia

segunda-feira, 13 de março de 2023

O Caderno Z, sob a regência de Ana Borges, não deixaria escapar os festejos do nascimento do poeta Castro Alves, 14 de março, que se tornou o Dia Nacional da Poesia. Nascido em 1847, na Bahia, na Vila de Curralinho, hoje cidade Castro Alves. Com uma vida terrena de apenas 24 anos, Castro Alves viajou em seu Navio Negreiro pelos mares bravios das lutas abolicionistas. Foi amigo de Rui Barbosa e no Rio de Janeiro conheceu Machado de Assis. O espaço estreito de sua existência foi suficiente para nos deixar uma obra literária de riquíssima importância, que o mantém vivo.

O Caderno Z, sob a regência de Ana Borges, não deixaria escapar os festejos do nascimento do poeta Castro Alves, 14 de março, que se tornou o Dia Nacional da Poesia. Nascido em 1847, na Bahia, na Vila de Curralinho, hoje cidade Castro Alves. Com uma vida terrena de apenas 24 anos, Castro Alves viajou em seu Navio Negreiro pelos mares bravios das lutas abolicionistas. Foi amigo de Rui Barbosa e no Rio de Janeiro conheceu Machado de Assis. O espaço estreito de sua existência foi suficiente para nos deixar uma obra literária de riquíssima importância, que o mantém vivo.

Ana Borges também nos trouxe um leque de informações que refresca o calor que o assunto provoca em nossa alma. É fascinante penetrar no mundo dos versos, das estrofes e do ritmo. Conhecer a métrica e a extensão do pensamento poético que, muitas vezes, não se limita em contagens silábicas para ganhar o mundo das inovações, abusando das sátiras, das metáforas e de todos os recursos que o nosso idioma dispõe para o enriquecimento literário. Manuel Bandeira, na Semana de Arte Moderna de 1922, viu sua obra “Os sapos”, na interpretação de Ronald de Carvalho, entre vaias e gritos ante o furor da plateia. No ritmo gostoso da redondilha menor, “Clame a saparia / em críticas céticas / não há mais poesia / mas há artes poéticas...”. Viva o sapo cururu!

Wanderson Nogueira diz: “Estou à procura de achados que ainda não encontrei.” – Mas isso soa incoerente, meu filósofo moderno, pois, mais adiante, “no meio da poesia”, eu acho sempre os seus achados: “Não sei quem é mais poeta. Se o autor que escreve ou se aquele que lê e entende até mesmo quando diz não compreender...”. De minha parte, eu acho que é possível, sim, “surpreender pensamentos que vivem nas luas de Saturno...”. Cecilia Meireles, Cora Coralina, Ana Cristina César, Elisa Lucinda, Adélia Prado, todas no “Z” num show de encantamento. E eu estou entre essas riquezas. Que honra de oportunidade! E minhas avencas “regianas” na foto? Elas nasceram pelo fundo da jardineira, lembrando José Régio: "...Ah, que ninguém me dê piedosas intenções, / Ninguém me peça definições! Ninguém me diga: "vem por aqui...".

Linda e poética também é a nossa Praça Getúlio Vargas, agora “Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou, na última quinta-feira, 9, o projeto de lei, de 2018, de autoria do ex-deputado estadual Wanderson Nogueira. É uma história que se preserva, além do espaço físico encantador. Outro bem que precisa de preservação é o casarão da Vila Amélia. Na foto do exemplar Henrique Pinheiro, para os corações sensíveis é possível até imaginar o quanto as paredes guardam vivências, quantas histórias atravessaram as suas portas e hoje suas janelas se abrem e, nelas, apenas, a saudade se debruça para espiar o futuro incerto que lhe caberá. A charge de Silvério é um convite ao bom senso.

O 5º Festival Sesi de Robótica que acontecerá em Brasília, nos dias 15 a 18, terá a participação da Equipe Tucanus formada por 12 alunos do Senai-Sesi de Nova Friburgo. Os competidores entre 9 e 19 anos receberam instruções durante vários meses sobre programação e construção de robôs. Sucesso! Em “Sociais”, dois amigos fazem a festa: nesta segunda, 13, o aniversário de Vitor José, que trabalha na gráfica do nosso jornal. Na quarta-feira, 15, o gênio da charge, nosso ilustre Silvério, que nos abrilhanta com sua arte nas capas de A VOZ DA SERRA todas as quintas, sextas e sábados. Felicidades!

Enquanto se pensa em robótica, com máquinas quase humanas, há humanos programados para a violência. Em entrevista exclusiva, a delegada titular da Deam, Paula Loureiro, informou que o setor registrou 290 casos de agressões contra as mulheres só neste ano. Leis e mais leis são criadas e parece que coisa alguma intimida a intenção dos agressores. Quem sabe se a prática de artes marciais não vai dar bom resultado? O professor de muay thai, Vitor Paulo, aconselha: “Toda mulher deveria praticar uma luta”. Além das lutas diárias, mais essa para nós, meninas! Que luta!

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