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Começa o Carnaval 1975. Tudo pronto para quatro dias de folia

sábado, 08 de fevereiro de 2025

Edição de 8 e 9 de fevereiro de 1975

 

 Manchetes

Edição de 8 e 9 de fevereiro de 1975

 

 Manchetes

Carnaval começa e a cidade tem esquema preparado para quatro dias - Fontes de Municipalidade anunciaram que todo o esquema para que o friburguense se divirta nos próximos quatro dias foi montado obedecendo, em linhas gerais, o mesmo plano dos anos anteriores. Cerca de 150 PMS, 45 policiais civis, 28 do Juizado de Menores, sete viaturas da PM e três da Civil, além de um reforço de quatro camionetes da prefeitura, estarão de prontidão para fiscalizar quanto a proibição da venda de bebidas alcóolicas. Na Avenida Alberto Braune estarão desfilando 1.100 sambistas pertencentes a dez blocos carnavalescos enquanto 2.870 sambistas irão se apresentar nas escolas de samba.

Marialva: vai deixar cair - Retornando a Friburgo, após 19 anos, Marialva é a grande onda do carnaval de rua, este ano surgindo como o grande destaque. Ela será atração da Vilage no desfile da Avenida Alberto Braune. Segundo nos informa a semana bem informada turma do Colunão, Marialva, nasceu em Friburgo (Morro do Cordoeira) há 19 anos, foi pequenina para o Rio, trabalhou em diversas atividades (quase sempre como doméstica ou babá), mas mesmo assim, conseguiu curso no Colégio Piedade (uma bolsa concedida pelo ministro Gama Filho).

Decoração é criticada - Se a prefeitura acertou na subvenção ao carnaval de rua, oferecendo às escolas, ranchos e blocos recursos antecipados para uma boa participação, ela a PMNF, está sendo criticada pela decoração apresentada na Avenida Alberto Braune. A pobreza da decoração e a falta de inspiração no tema, são os maiores fatores de crítica popular.

Bancos fecham na quarta-feira de cinzas - A rede bancária de Friburgo não vai funcionar na próxima quarta-feira de cinzas, segundo acordo em comum entre os gerentes de bancos. O comércio vai abrir após às 12 horas. Feira livre terá funcionamento normal. Recolhimento de lixo na cidade será feito somente na segunda-feira de momo, voltando o serviço a se normalizar na quarta-feira de cinzas.

Assalto - Na Loja Moreninha, de propriedade do sr. Astrogildo Pereira Ferro, situadas na Rua Coronel Zamith, 175, Bairro Ypu, ladrões levaram pasta contendo dez notas promissórias no valor de Cr$ 100 mil cada uma e talão de cheques do Banco Comércio e Indústria.

Agressões - Medicados no Posto de Urgência, Antonio da Silva, 33 anos, apresentando ferimentos por agressão a socos e facadas. Aos quinze minutos desta madrugada medicada no P.U. Maria José da Silva, 33 anos, reside em Olaria, com ferimentos ocasionados por agressão. Os dois foram medicados e liberados. 

 

Colunão 

Turismo o que é - Por mais incrível que pareça, Friburgo desde o ínicio deste 1975 recebeu turistas de vários países, que vamos mencionar abaixo, de acordo com registros, assinaturas e dados fornecidos pelo Centro de Turismo. Alguns países são: Venezuela, Peru, Alemanha Ocidental, França, Grécia e Espanha. Recebemos, também, visitas turísticas de todos os estados do Brasil.

O nosso Sepetiba - Comemorou mais um aniversário na última segunda-feira, 3, recebendo os inúmeros abraços de que se faz jus, seja pela simpatia pessoal, seja também pela vocação do empresário “muito para a frente” que fez, também com que a sua empresa, onde é sócio, a famosa Padaria Santo Antônio, seja um orgulho para a cidade.

Em Confiança - Num bate papo com o pessoal do Colunão, Hélio Cunha (vice-presidente da Vilage) afirmou que ‘Vamos sair, não para ganhar o carnaval: apenas queremos mostrar o nosso trabalho ao povo de Friburgo”. Entretanto, estamos seguramente informados de que a Vilage já tem encomendados 50 barris de chope, para comemorar a vitória...

Pouco a falar do Country - Pouco a falar do Carnaval do Country neste ano. Será, como sempre, o melhor Carnaval do Estado do Rio. Ideia original a sua decoração, pois propõe um enigma: Como será o Carnaval daqui a 50 anos, uma carnaval 2.025, 2.025, 2.025, 2.025, 2.025...

 

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Alberto Paulo Kunsel, Acyr Mello Pinheiro e Sebastião Rodrigues Banjar (10); Humberto El-Jaick, Wanda Latine, Maria José, Marinete Almeida, Suely Segal e Roxana Vilarinho (11); Conceição Pinto e Zely Macedo (12); Lair Ventura, Nedyr Schuabb e Gilse Coutinho (13); José Bassani, Hélio Dias, e Denise Dutra (14); Rogério Assis, José Augusto e Juvenal Marques (15); Humberto Chaves e Fernando Augusto (16).

 

  • Pesquisa da estagiária Laís Lima sob supervisão de Henrique Amorim 

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Rolou a bola

sábado, 08 de fevereiro de 2025

Mantendo a tradição, Campeonato da Cidade movimenta o futebol amador friburguense

Mantendo a tradição, Campeonato da Cidade movimenta o futebol amador friburguense

        O movimentado calendário do futebol amador de Nova Friburgo geralmente é aberto, a nível municipal, com a realização do Campeonato da Cidade. Em 2025, a história não é diferente. Idealizado e organizado por Jorge Freiman, através da JF Sports, a competição deste ano teve início no último domingo, 02, reunindo sete equipes do município. Percorrendo diversos estádios, o campeonato vai movimentar a modalidade durante dois meses, tendo a final prevista para o dia 06 de abril, no estádio Márcio Branco, em Stucky.

        Nesta edição, sete equipes vão brigar para dar a volta olímpica com o troféu de campeão. E três delas já largaram na frente, somando os primeiros três pontos na rodada promovida no estádio Guilherme Gripp, em Amparo. Um deles é o próprio alvinegro do 4º distrito, que bateu o Tornado por 3 a 0 — já assumindo a liderança pelos critérios de desempate (no caso, o melhor saldo de gols). Na sequência, o JDA, de Janela das Andorinhas, bateu o Ortifazenda pelo placar de 2 a 0. Fechando o domingo, o Unidos do Alto, em busca do tetracampeonato da cidade, bateu o Ouro Preto por 2 a 1.

        Além desses seis times, o Santo Antônio também participa do Campeonato da Cidade de 2025. Após a folga, a equipe faz a sua estreia no próximo domingo, 09, quando encara o Unidos do Alto, às 11h. Antes, às 9h, Ortifazenda e Amparo medem forças, enquanto o duelo entre Tornado e JDA fecha a segunda rodada, às 13h. Todas as partidas acontecem novamente no estádio Guilherme Gripp.

        Ao todo, serão realizadas sete rodadas, percorrendo, além do 4º distrito — que também será palco das semifinais —, os campos do Friburguense, de Janela das Andorinhas e Riograndina, mantendo a tradição de movimentar os mais variados locais de Nova Friburgo. Os quatro melhores colocados irão avançar, em busca de uma vaga na grande decisão.

 

Tabela do Campeonato da Cidade

1ª Rodada (Guilherme Gripp, Amparo):

Amparo 3x0 Tornado

JDA 2x0 Ortifazenda

Unidos do Alto 2x1 Ouro Preto

 

2ª Rodada (Guilherme Gripp, Amparo):

09/02, Dom, 09h - Ortifazenda x Amparo

09/02, Dom, 11h - Santo Antônio x Unidos do Alto

09/02, Dom, 13h - Tornado x JDA

 

3ª Rodada (Riograndina):

16/02, Dom, 09h - Ouro Preto x Tornado

16/02, Dom, 11h - JDA x Unidos do Alto

16/02, Dom, 13h - Ortifazenda x Santo Antônio

 

4ª Rodada (Friburguense):

23/02, Dom, 09h - Unidos do Alto x Amparo

23/02, Dom, 11h - JDA x Santo Antônio

23/02, Dom, 13h - Ortifazenda x Ouro Preto

 

5ª Rodada (Janela das Andorinhas):

09/03, Dom, 09h - Ouro Preto x JDA

09/03, Dom, 11h - Amparo x Santo Antônio

09/03, Dom, 13h - Tornado x Unidos do Alto

 

6ª Rodada (a definir):

16/03, Dom, 09h - Ouro Preto x Amparo

16/03, Dom, 11h - Ortifazenda x Unidos do Alto

16/03, Dom, 13h - Tornado x Santo Antônio

 

7ª Rodada (Janela das Andorinhas):

23/03, Dom, 09h - Tornado x Ortifazenda

23/03, Dom, 11h - Ouro Preto x Santo Antônio

23/03, Dom, 13h - JDA x Amparo

 

Semifinal (Guilherme Gripp, Amparo):

30/03, Dom, 2º colocado x 3º colocado

30/03, Dom, 1º colocado x 4ª Colocado

 

Final (Márcio Branco, Stucky):

06/04, Dom, Vencedor semifinal 1 x Vencedor semifinal 2

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    Amparo larga na frente, e por critérios, lidera neste início de Campeonato da Cidade (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Unidos do Alto também conquistou a vitória na primeira rodada da competição (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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Motivo para celebrar?

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025

Brasil deixa de ser o país com maior número de jogos suspeitos de manipulação no futebol

O Brasil não é mais o país com maior número de partidas suspeitas de manipulação no futebol. É o que informa o relatório anual de integridade da Sportradar, líder global em tecnologia esportiva. O documento aponta 57 jogos suspeitos em 2024, o que representa uma queda de 48% na comparação com 2023.

Brasil deixa de ser o país com maior número de jogos suspeitos de manipulação no futebol

O Brasil não é mais o país com maior número de partidas suspeitas de manipulação no futebol. É o que informa o relatório anual de integridade da Sportradar, líder global em tecnologia esportiva. O documento aponta 57 jogos suspeitos em 2024, o que representa uma queda de 48% na comparação com 2023.

"Esse relatório revela que estamos no caminho certo da luta pela integridade do futebol desde o início da nossa gestão. Os resultados são a prova do trabalho sério de todos os envolvidos no futebol brasileiro contra a manipulação do esporte", disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, ao site da entidade.

Além disso, de acordo com o relatório, destes 57 jogos suspeitos em 2024, apenas quatro foram organizados pela CBF. Na temporada anterior, foram 15.

"Notavelmente, em 2024, o Brasil experimentou um declínio significativo no número de partidas de futebol suspeitas, com 53 casos detectados a menos em comparação ao ano anterior. Com isso, o Brasil deixou de ser o país com maior número de partidas suspeitas no futebol. Das 57 partidas de futebol suspeitas registradas no Brasil, apenas quatro ocorreram em competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o que representa apenas 0,18% do total de partidas supervisionadas pela CBF", diz um trecho do documento, divulgado pela CBF. 

 

Equipes definidas

Janela de transferências fecha, e AFFM / Friburguense divulga time para 2025

Não é só no futebol de campo que o mercado de contratações movimenta o começo de temporada, com a chegada e saída de atletas. No futmesa também há essa movimentação. No último dia, 31 de janeiro, foi fechada a primeira janela de transferência do ano na Federação de Futebol de Mesa do Estado do Rio de Janeiro. Até o momento, segundo informou a entidade, são 440 atletas federados ativos no BID, e que atuam por 23 clubes.

De acordo com as regras, só podem ter cargos na federação os atletas que estejam ativos no BID. Os inativos poderão retornar a qualquer tempo, desde que não tenham pendências com o seu último clube. A taxa de inscrição na federação, a partir de 1º de fevereiro, será de R$ 75,00. Atletas novos, sem número de BID, pagarão R$ 60,00 de taxa anual. A próxima janela de transferência será aberta no dia 1º julho e fechada no dia 31 do mesmo mês.

A AFFM / Friburguense começou a fazer a divulgação dos nomes que vão compor a equipe neste ano. Ainda restando o “anúncio” oficial de alguns deles, o Frizão já confirmou nomes como Almir (Dadinho), Anísio (Pastilha), Antônio (12 toques), Bê Azevedo (Dadinho), Bittencourt (Pastilha), Bonin (Dadinho), Campito (Pastilha) e Christofer (12 toques). 

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    CBF celebra resultado e diz estar “no caminho certo da luta pela integridade do futebol” (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

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    AFFM / Friburguense divulga os primeiros nomes para a temporada, após o fechamento da janela de transferências (Foto: Divulgação)

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Começos

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025

Já é fevereiro. Pouco parece que ainda mês passado começou o ano. Pés descalços. Ondas puladas. Uvas digeridas. Abraços dados. Energia renovada. Compartilhada. Promessas feitas. Ou refeitas. Desejo do novo. Retrospectiva passada a limpo. Projetos para investir. Gente para atrair. Gente para deixar ir. Consciência do dinheiro a mais gasto. Lembrança das contas extras que estão por vir. Horóscopo lido. Vídeos de astrologia assistidos. Até simpatia teve. Opa, é o ano da serpente! Verão no trópico. Calor intenso. Chuva na mesma proporção. Temperatura alta. Fotos postadas.

Já é fevereiro. Pouco parece que ainda mês passado começou o ano. Pés descalços. Ondas puladas. Uvas digeridas. Abraços dados. Energia renovada. Compartilhada. Promessas feitas. Ou refeitas. Desejo do novo. Retrospectiva passada a limpo. Projetos para investir. Gente para atrair. Gente para deixar ir. Consciência do dinheiro a mais gasto. Lembrança das contas extras que estão por vir. Horóscopo lido. Vídeos de astrologia assistidos. Até simpatia teve. Opa, é o ano da serpente! Verão no trópico. Calor intenso. Chuva na mesma proporção. Temperatura alta. Fotos postadas. Alegria compartilhada. Vontade de lazer batendo à porta quase que de maneira incessante. O sal grosso ainda escorrendo pelo ralo. Tudo novo de novo. Exceto para alguns.

A agenda com todas as páginas em branco recebem os primeiros traçados. Já é possível prever que dentro de alguns dias o carretel de compromissos terá sido desfeito de forma impiedosa e não haverá espaço livre a preencher. O tempo que a renovação dá a sensação de trazer, se esvai quando a rotina ressurge sem cautela e relembra que o reinício é presságio de que vai começar tudo de novo.  Ótima notícia quando tudo vai bem. E pensando de forma positiva, pode ser grande estímulo para decisões de mudanças também (se há algo especial que os primeiros dias do ano trazem consigo são essa esperança e otimismo quase desmedidos que costumeiramente são mitigados no decorrer dos demais).

Coisas incríveis já ocorreram quando a decisão foi tomada nos primeiros dias do ano em construção. Já li sobre isso. Várias biografias dão conta de que projeções e concretizações de mudanças reais de vida foram decididas nessa época.  Tudo começa a partir de um pequeno protótipo e dificilmente realizações grandiosas não são precedidas de decisão e esforço. O que eu quero de novo? O que almejo manter? O que não merece mais ser fomentado em minha vida?

Janeiro foi longo. IPVA pra pagar, material escolar pra comprar, cartão de crédito de dezembro pra arcar. Teve de tudo um pouco. E restou a perspectiva de que é necessário programar para não passar perrengue.

Planejamento é tão extraordinário quanto a inevitável atuação do “acaso”. Quanto ao imponderável, intransponível, imprevisível e que independe de nossa vontade, nada como resilir e superar. Mas no tocante a tudo mais, é importante o deixar fluir com algum direcionamento da vontade de fazer acontecer.

“Autorresponsabilidade”. Assumir para si a parcela necessária do que acontece na vida. Sem culpar o outro, o mundo, a crise. Sem partilhar o ônus do insucesso com um universo de elementos. Grandes vitórias são precedidas de muita persistência, incremento fundamental dessa consciência de que se eu quero, eu posso, corro atrás e consequentemente, consigo. Sejamos leais com o nosso querer. E justos com a aceitação dos resultados. Muito do que está por vir começa justamente na primeira letra traçada na agenda em branco do ano novo. E este texto não é sobre réveillon.

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Defesas no corpo e na mente

quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025

A doença é um esforço do organismo para tentar se recuperar das consequências da violação das leis da saúde. Lendo de trás para a frente, ficaria assim: A violação das leis da saúde produz consequências que se apresentam na forma de uma doença. Repare que a definição diz que “A doença é um esforço do organismo para tentar se recuperar.” Doença não é algo negativo? Como ela pode ser positiva no sentido de ser um esforço para o corpo se recuperar?

A doença é um esforço do organismo para tentar se recuperar das consequências da violação das leis da saúde. Lendo de trás para a frente, ficaria assim: A violação das leis da saúde produz consequências que se apresentam na forma de uma doença. Repare que a definição diz que “A doença é um esforço do organismo para tentar se recuperar.” Doença não é algo negativo? Como ela pode ser positiva no sentido de ser um esforço para o corpo se recuperar?

Vou explicar com um exemplo primeiro na parte física do corpo e depois na área mental. Você ingere comida contaminada e surge diarreia. Vamos chamar diarreia de doença nessa explicação, porque ela é um sintoma. Ter diarreia por intoxicação alimentar é bom ou ruim? É ruim porque pode desidratar, é desconfortável, pode prejudicar seu trabalho, incomoda. Mas é bom porque é o organismo expelindo aquilo que o contamina. Nesse exemplo, a diarreia é um esforço do organismo para tentar se recuperar das consequências da violação das leis da saúde. A violação foi ingerir alimento contaminado. A defesa do corpo foi a diarreia.

Agora vamos ver um exemplo na área mental. Você ficou órfão de pai e mãe aos 7 anos de idade, na adolescência sofreu um acidente grave de carro, no início da vida adulta rompeu traumaticamente o noivado, na meia idade foi demitido do emprego injustamente e num momento economicamente difícil para você. Isto tudo aumentou sua ansiedade ao longo dos anos, gerando uma angústia difícil de suportar e de manter essa angústia na consciência. Para aliviar, a sua mente jogou as emoções ligadas a estes conflitos para debaixo do “tapete” da consciência, de modo que você “esqueceu” da angústia. Entretanto, surgiu uma fobia que o impede de viajar sozinho, de subir em elevador com ou sem acompanhante, além de outros sintomas.

Fobia é um medo exagerado. Pode ser fobia de altura, de certos animais, de estar em ambiente público como na rua, num shopping, e por isso a pessoa se retrai, passa a evitar sair de casa, ou só vai em locais que geram muita ansiedade com alguma companhia. A fobia é um deslocamento da angústia para um ponto em que a pessoa ainda tem algum controle. Por exemplo, se você desenvolveu fobia de altura, dá para ter algum controle sobre este sofrimento evitando locais altos, evitando viajar de avião e preferindo ônibus ou automóvel.

Assim, a fobia é um esforço do organismo para tentar se recuperar das consequências da violação das leis da saúde. Que leis da saúde mental foram transgredidas, surgindo a fobia? As que tem que ver com os traumas vividos ao longo dos anos, resultando em comportamentos negativos, como os ligados ao respeito próprio, expressão e experimentação de afeto, colocação de limites, perdão, entre outros.

Se a pessoa se deprecia, se desvaloriza, se ainda não perdoou as pessoas que a traumatizaram no passado, se não se protege, se não coloca limites evitando assumir coisas demais, se tem dificuldade de expressar sentimentos, entre outros fatores, surge angústia e essa angústia pode ser disfarçada numa fobia ou em outro transtorno. A fobia é a defesa da angústia. E vai ser resolvida quando passo a passo a pessoa fóbica for entendendo seus traumas psicológicos e resolvendo o que é possível e aceitando o que não tem solução.

Então, comece a olhar os sintomas que aparecem em seu corpo e em sua mente como possivelmente sendo defesas que o corpo e a mente estão usando para tentar se libertar de algum problema, de alguma transgressão de uma lei da saúde. Tratar os sintomas tem seu lugar, pode aliviar, mas pode não resolver o problema básico.

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Cesar Vasconcellos de Souza

www.doutorcesar.com

www.youtube.com/claramentent

Tik-Tok  @claramentent

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Fundamental para a longevidade

quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025

OMS reforça importância do exercício e da boa alimentação

A atividade física insuficiente e alimentação incorreta podem levar 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardíacas, obesidade e diabetes, nos próximos cinco anos. A informação foi divulgada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em uma pesquisa que envolveu a participação de 194 países, considerando o período de 2010 a 2030.

OMS reforça importância do exercício e da boa alimentação

A atividade física insuficiente e alimentação incorreta podem levar 500 milhões de pessoas a desenvolverem doenças cardíacas, obesidade e diabetes, nos próximos cinco anos. A informação foi divulgada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em uma pesquisa que envolveu a participação de 194 países, considerando o período de 2010 a 2030.

Nesse sentido, o Brasil é considerado o país mais sedentário da América Latina e o 5º, no ranking mundial. Confirmando os dados globais, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) averiguou que 47% dos brasileiros adultos são sedentários. Contudo, o dado mais preocupante para o Ministério da Saúde são os jovens, representando 84% do público entrevistado.

Professor em cursos de graduação e pós-graduação na área de nutrição, Luitgard Clayre Gabriel Carvalho de Lima, esclarece que a alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos são dois fatores essenciais para a manutenção da saúde e o bem-estar a longo prazo. “Quando essas práticas são negligenciadas, os reflexos negativos podem ser intensos, tanto em termos físicos quanto emocionais, já que afetam diretamente a qualidade de vida ao longo dos anos. Por outro lado, uma dieta saudável e balanceada, associada à prática de atividades esportivas contribui no controle do peso, além de reduzir o risco de doenças como diabetes e hipertensão”, observa.

Para alcançar o fortalecimento muscular e ósseo, existem várias atividades que, realizadas com regularidade, previnem doenças como osteoporose e sarcopenia (perda de massa muscular). Dois exemplos citados por Luitgard – que é nutricionista e farmacêutico - são a musculação e a yoga, por melhorarem a mobilidade e o equilíbrio.

“Para complementar as boas práticas, é preciso adotar uma dieta saudável, já que os valores nutricionais de alguns alimentos conseguem regular, com mais facilidade, os níveis de açúcar no sangue, colesterol, entre outros indicadores de saúde”, observa o especialista.

A ergonomia do esporte e a atividade física atendem dois públicos que necessitam de exercícios adaptados: idosos e pacientes de doenças crônicas. “É importante avaliar as particularidades físicas e biomecânicas do corpo em processo de envelhecimento, de modo a recomendar atividades que promovam saúde e funcionalidade”, acrescenta Luitgard.

Vale acrescentar que alterações fisiológicas como falta de sede e perda de massa muscular são comuns na fase idosa. Desse modo, o controle é realizado com suplementação de vitaminas e minerais, como cálcio, magnésio e as vitaminas B12 e D.

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Envelhecimento saudável está diretamente ligado a hábitos como exercícios e boa alimentação (Crédito: Freepik)
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Celular na escola: vilão ou ferramenta do futuro?

quinta-feira, 06 de fevereiro de 2025

Se tem uma coisa que nunca sai de moda é a busca por um culpado para os problemas da educação. Já foram os quadrinhos, os videogames, as cartas de Yu-Gi-Oh (um famoso desenho japonês dos anos 2000), o funk, e agora, adivinhe? Os celulares! Muitos governos ao redor do mundo decidiram que a solução para melhorar as notas e a atenção dos alunos seria banir os telefones das escolas. Mas será que isso realmente funciona?

Se tem uma coisa que nunca sai de moda é a busca por um culpado para os problemas da educação. Já foram os quadrinhos, os videogames, as cartas de Yu-Gi-Oh (um famoso desenho japonês dos anos 2000), o funk, e agora, adivinhe? Os celulares! Muitos governos ao redor do mundo decidiram que a solução para melhorar as notas e a atenção dos alunos seria banir os telefones das escolas. Mas será que isso realmente funciona?

Uma pesquisa recente jogou um balde de água fria nessa ideia: proibir celulares nas escolas não aumenta as notas e nem a proatividade dos estudantes. Ou seja, a solução mágica não é tão mágica assim. Mas, então, o que fazer diante dos desafios enfrentados pela educação brasileira?

Celular: vilão ou inocente?

Vamos ser sinceros: o celular pode, sim, ser um grande empecilho na sala de aula. Quem nunca ficou rolando o feed do Instagram ou os grupos de Whatsapp ao invés de prestar atenção em algo importante? O celular, se mal utilizado, é sem dúvidas um antagonismo à proatividade.

O problema é que culpar apenas o aparelho é como dizer que o lápis é culpado pelos erros de ortografia. A distração sempre existiu – seja com bilhetinhos, revistas escondidas dentro do livro, rabiscos no caderno ou até mesmo quem ficasse olhando para o teto para que o tempo passasse.

Por outro lado, não há como negar que ele também é uma ferramenta poderosa e extremamente relevante nos tempos atuais. No mundo real – aquele fora da escola – celulares são essenciais para trabalho, estudo, aprendizado e comunicação (até mesmo entre os alunos e seus pais).

Aplicativos como Google Drive, Duolingo, Coursera, YouTube Educacional, ChatGPT e até o bom e velho WhatsApp, se usados corretamente, podem ser aliados do aprendizado moderno. A diferença é que hoje, o celular, tem todas as modalidades de distração e muito mais, não sendo sempre utilizado de maneira ideal.

A solução não está na proibição, mas na educação

Se o objetivo é melhorar o desempenho dos alunos, a resposta não está no banimento, mas talvez na adaptação das tecnologias ao estudo e a rotina dos adultos de amanhã. Educar para o uso consciente e eficaz da tecnologia, ao invés de fingir que ela não existe. E, sejamos honestos, ignorar isso é tapar o sol com a peneira.

Algumas escolas pelo mundo já perceberam isso e adotaram métodos mais modernos. Usam notebooks em suas salas de aula, smartphones e outras tecnologias associadas. Há também, a implementação de horários específicos para o uso do celular em atividades pedagógicas ou até aplicativos que ajudam no controle de tempo e foco dos estudantes.

Outro ponto importante: o celular é, para muitos, ferramenta de trabalho no mundo moderno. Embora exista o jornal impresso, é certo que muitos de vocês estejam lendo essa coluna por meio do seu celular. O celular tornou-se um aparelho imprescindível nas relações sociais e de trabalho. Não há como não fingir que ele não exista.

Muitos alunos trabalham e estudam (assim como eu), e o telefone é essencial para isso. Além disso, os jovens de hoje serão os profissionais de amanhã, e o mundo corporativo já exige habilidades digitais rebuscadas. Em meio a um mundo profissional concorrido, por que não preparar essa galera desde cedo para usar a tecnologia a seu favor?

O equilíbrio entre disciplina e tecnologia

Claro que não dá para liberar geral e deixar a sala de aula virar um festival de TikTok em plena aula de Geometria. A escola precisa estabelecer regras, ensinar limites ou até mesmo usar aplicativos de controle. Mas também não adianta agir como se o celular fosse um monstro devorador de notas. O segredo está no equilíbrio.

Outra coisa importante é que a proibição, muitas vezes gera ainda mais estímulo ao fazer escondido. Quem nunca ouviu que o escondido é sempre mais gostoso? E não há nada que um jovem goste mais de fazer do que ir contra as regras que a sociedade impõe. Efetivamente, sabemos que a medida não irá funcionar.

A verdade é que proibir o celular nas escolas não vai fazer milagres. Enquanto não repensarmos a metodologia – arcaica e maçante – da educação brasileira, teremos ainda empecilho no interesse dos alunos nas escolas, que buscam válvulas de descompressão, sejam nos bilhetinhos escondidos, nas revistas, olhando para o teto ou no celular. 

A educação precisa evoluir junto com a tecnologia. E, convenhamos, se o objetivo é preparar os alunos para o futuro, talvez esteja na hora de parar de brigar com ele.

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Crescimento

quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025

Programa Bolsa Atleta do Rio entra com recorde de atletas aprovados em 2025     

O maior programa de transferência direta de recursos ao desporto e paradesporto fluminense, com pagamentos mensais de bolsas que variam de R$ 500 a R$ 5 mil, o programa Bolsa Atleta RJ entra em 2025 com o maior número de beneficiários desde a implantação do programa, em 2022. Foram mais de 1.222 atletas inscritos no edital de seleção pública 2024/2025 e, deste total, 825 foram aprovados. Ao longo do ano, o governo do Estado terá investido R$ 15,1 milhões no programa.

Programa Bolsa Atleta do Rio entra com recorde de atletas aprovados em 2025     

O maior programa de transferência direta de recursos ao desporto e paradesporto fluminense, com pagamentos mensais de bolsas que variam de R$ 500 a R$ 5 mil, o programa Bolsa Atleta RJ entra em 2025 com o maior número de beneficiários desde a implantação do programa, em 2022. Foram mais de 1.222 atletas inscritos no edital de seleção pública 2024/2025 e, deste total, 825 foram aprovados. Ao longo do ano, o governo do Estado terá investido R$ 15,1 milhões no programa.

“O Bolsa Atleta contribui para a igualdade no esporte, de modo que os atletas podem se dedicar às suas atividades em todos os níveis. O programa é motivo de orgulho para nós, pois transforma vidas e dá novas oportunidades de futuro. Desejo sucesso aos atletas aprovados”, disse o governador Cláudio Castro.

O programa Bolsa Atleta RJ contempla atletas de diferentes categorias, do olímpico ao paralímpico, incluindo o surdolímpico, além da base. Dos contemplados pelo último edital constam nomes de peso, como a judoca Rafaela Silva, campeã olímpica mundial brasileira, que conquistou a medalha de bronze na competição de judô por equipes, levando o Brasil a uma vitória crucial.

“Tudo o que eu tenho veio através do judô, o esporte transformou a minha vida. E pra fazer algo bem feito, o atleta precisa ter uma segurança, uma rede de apoio, e o Bolsa Atleta RJ nos permite ter isso. O governo do Rio dá todo o suporte para a gente se preocupar apenas com a nossa preparação e em desempenhar o melhor possível dentro do tatame, nas nossas modalidades”, relata a campeã olímpica de Paris 2024, Rafaela Silva.

Do grupo olímpico também faz parte a ginasta Jade Barbosa, que nas Olimpíadas de Paris 2024 celebrou sua primeira medalha olímpica, um bronze por equipes, marco significativo em sua carreira e no desporto fluminense.

 

APOIO FAZ DIFERENÇA

A distribuição das bolsas do programa é feita por categoria e segue as determinações do edital público, divulgado anualmente.

Do total de 825 atletas que foram aprovados, 281 estão nos estágios iniciais: 28 iniciam suas carreiras do desporto escolar; 206 estão nas categorias de base, com destaque em campeonatos nacionais; 47 estão nas categorias de base, com destaque em campeonatos internacionais, e 544 no esporte de rendimento, em seu nível mais avançado, sendo que: 314 se destacam no esporte de rendimento em campeonatos nacionais; 208 estão em estágios mais avançadas de suas carreiras no esporte de rendimento, com destaque em campeonatos internacionais; 22 chegaram ao topo da carreira, se destacando nos jogos olímpicos paraolímpicos ou surdolímpicos.

“Estamos muito orgulhosos dos resultados do Bolsa Atleta RJ, que já está em sua terceira edição e tem proporcionado apoio a um número cada vez maior de atletas e paratletas. Por meio dele, o governo do Rio de Janeiro reafirma o seu compromisso em investir no desenvolvimento de nossos talentos, garantindo que tenham as condições necessárias para brilhar em suas modalidades e representar o nosso estado com excelência”, afirmou o secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani.

Foto da galeria
Em 2025, programa estadual de apoio a atletas bate recorde de beneficiados (Divulgação / Estado)
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Final das férias, início dos trabalhos

quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025

Fim do recesso, hora de recomeçar com minha coluna das quartas feiras, sendo essa a primeira de 2025. Passamos o final de ano em Cabo Frio, um verdadeiro horror, não fosse a tranquilidade de nosso condomínio, no bairro Braga, não teríamos suportado. Cidade lotada, com mais de um milhão de visitantes, o que torna o trânsito um horror, ainda mais com ruas esburacadas, fruto da incompetência e sensibilidade da prefeita, que já se foi, graças a Deus.

Fim do recesso, hora de recomeçar com minha coluna das quartas feiras, sendo essa a primeira de 2025. Passamos o final de ano em Cabo Frio, um verdadeiro horror, não fosse a tranquilidade de nosso condomínio, no bairro Braga, não teríamos suportado. Cidade lotada, com mais de um milhão de visitantes, o que torna o trânsito um horror, ainda mais com ruas esburacadas, fruto da incompetência e sensibilidade da prefeita, que já se foi, graças a Deus. Some-se a isso a presença de turistas de todos os naipes, muitos sem um pingo de educação e civilidade, espalhando lixo por todos os lugares, com caixas de som em alto volume (felizmente proibidas pelo atual prefeito), completo desrespeito à lei do silêncio.

Em férias, muitos turistas deixam a educação em casa e acham que podem cometer todos os tipos de desatinos, sob a desculpa de que trazem dinheiro para a cidade. Um engano, pois o turista de Cabo Frio é, na maioria das vezes, indesejável. Casas alugadas que no máximo cabem oito pessoas, com lotação acima de 20, comida e bebida trazida de suas cidades o que contribui para a poluição das praias e dos logradouros, enfim uma bagunça.

 O prefeito atual, Dr. Serginho, tem a intenção de dar um choque de ordem na cidade, mas, infelizmente, vai gastar praticamente todo o seu mandato para efetuar seu desejo, pois quatro anos serão pouco; ainda mais numa cidade que está com uma dívida de mais de R$ 1 bilhão. Não devemos nos esquecer que Cabo Frio tem uma das piores classes políticas do estado, onde o bem comum sempre foi substituído pelo desejo, na maioria das vezes espúrio, de prefeitos, vereadores e secretários.

 Dia 3 de janeiro voltamos para Friburgo, e encontramos uma cidade como aquela dos anos 90. Como grande parte de seus moradores foram para a extensão praiana da cidade, em Rio das Ostras, o trânsito fluía bem, exceto o engarrafamento crônico do Paissandu, lojas mais vazias, restaurantes mais acessíveis, a tranquilidade de volta, aquela mesma que se perdeu com a chegada de moradores que subiram a serra, para fugirem da violência do Rio de Janeiro e adjacências. Aliás, uma coisa que me chamou a atenção é que em Cabo Frio, quando não dá praia nessa época, numa cidade de poucos atrativos e com as casas superlotadas, o jeito é ir para o shopping. E aqui um fenômeno interessante, pois é tanta gente circulando que chega a ter engarrafamento de pessoas. Em Friburgo, ao contrário, o movimento dos shoppings até diminui.

 Estamos com um verão chuvoso, com enchentes em São Paulo e demais estados do sul, o sudeste menos açoitado e as regiões central, norte e nordeste também com índices pluviométricos bem altos. Aqui, temos tido chuvas fortes, mas a cidade tem resistido bem às intempéries, apenas a temperatura que, em muitos dias, confundem nossa cabeça, nos faz pensar que já estamos no outono.

 Que a passagem de ano tenha sido boa para todos os meus leitores, que 2025 seja um ano de poucas aflições, de realizações, com muita saúde, paz e tranquilidade. Devo confessar que começamos o ano com muita preocupação, pois meu cunhado foi operado de um provável sarcoma de mesentério (é uma dobra do peritônio, nome dado ao revestimento da cavidade abdominal, que une grande parte do intestino delgado com a parede posterior do abdômen e permite que ele se mantenha no lugar”), que pesou quase oito quilos. Felizmente, tudo correu bem, ele está em franca recuperação. O exame histopatológico da peça cirúrgica sai em duas semanas, para que se possa determinar os próximos passos do tratamento.

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O Ó do borogodó!

terça-feira, 04 de fevereiro de 2025

Mais uma semana terminando, e a mente começa a procurar um novo tema a abordar. Essa é a sina do escritor: imaginar e produzir textos literários. Não lhe é permitido escrever qualquer coisa e de qualquer maneira. É uma rotina que beira ao delírio em que a imaginação tem de viajar sobre uma quantidade indeterminada de ideias, se concisas ou conflitantes, discordantes ou desajustadas. É um movimento em que tudo encontra sentido desde que a produção do texto seja concluída com qualidade.

Mais uma semana terminando, e a mente começa a procurar um novo tema a abordar. Essa é a sina do escritor: imaginar e produzir textos literários. Não lhe é permitido escrever qualquer coisa e de qualquer maneira. É uma rotina que beira ao delírio em que a imaginação tem de viajar sobre uma quantidade indeterminada de ideias, se concisas ou conflitantes, discordantes ou desajustadas. É um movimento em que tudo encontra sentido desde que a produção do texto seja concluída com qualidade. A sorte do escritor é que a literatura lhe oferece licenças, podendo, ele, inclusive, usar a pontuação aos seus critérios ou inventar palavras; brincar com a Língua Portuguesa e empregá-la com inventividade. Para tal é preciso conhecê-la com perfeita intimidade. 

Semelhante a qualquer outro momento da vida em que temos de preencher vazios, a página em branco ou a tela do computador iluminada, com apenas as marcações da página é o “Ó do borogodó!” Uma situação, ao mesmo tempo é atraente à imaginação — posto que o autor pode abrir suas asas e criar com liberdade — mas também repleta de instantes em que o escritor suspira e exclama: “E agora, José? E o pobre José, com a mão no queixo, responde com todas as incertezas do mundo: “É mole não...”

E o relógio corre destemido, sem olhar para trás a escutar “peraí!” ou “tô indo”, a súplica daquele que tem prazos e não sabe o que escrever, porém deseja produzir um texto que seja inteligente, atraente ao leitor e contenha valores humanos.

Hoje, resolvi, sem cerimônias falar deste momento inusitado quando todos nós (e não somente o escritor) desconhecemos qual o caminho que vamos seguir. E de que modo vamos fazê-lo: se vamos pegar um barco, um trem ou um avião; se vamos a pé, a nado ou de charrete. E superar os medos! O escritor precisa abrir suas caixas de receios e liberá-los como chaminés que soltam vapores em intensidades diferentes.

Às vezes, é possível que o leitor pense que o escritor não passe por momentos de indefinição essencial. Pois sim! Produzir um texto de qualidade é o mesmo que construir uma ponte sobre um rio caudaloso com cimento, tijolos, argamassa e milhões de outros etecéteras. Sim, senhor!, como dizia Alice, de Lewis Carroll, acima de tudo, o ato de imaginar é trabalhoso!

Vamos supor que na imaginação esteja a síntese da história de vida do escritor e das vidas de pessoas significativas a ele, dos lugares onde ele mora ou habitou, da herança familiar e genética, de todas as suas leituras e escutas. O imaginário guarda universos infinitos e distintos, visitados neste momento em que o “Ó do borogodó” é imperador. Se o imaginário é empobrecido, o texto não sai do lugar comum e não supera o banal.

E, agora, que superei a vergonha de mostrar minhas inseguranças, resolvo confessar ao meu leitor que não quero abordar um assunto que vá além das minhas fragilidades. E, falando delas, acabo escrevendo sobre este instante original e que o reitero como crucial.

Uau! Escrevi este texto numa tacada só, me sentindo à vontade para empregar expressões não usuais e encontrei bagagens interessantes nesse momento indesejado e carregado de incertezas. De certo, o não-saber pode ser o início da construção de novos saberes e identidades.

Aproveito e vou ler Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Lewis Carroll e James Joyce... 

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