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AVS é a fonte cristalina para quem tem sede de informação

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Sempre que vejo alguma referência ao Colégio Nova Friburgo, minha primeira reação é pensar em como foi edificada a sua obra naquelas alturas, com acesso difícil até para a entrega de material de construção. Depois penso no ônibus que reunia os jovens na calçada da Catedral. Eram os estudantes “avançados” que marcariam para sempre a “Fundação” em nossa cidade. O Caderno Z nos apresenta a bela fachada do prédio, onde hoje mora uma história cheia de lembranças, como nos mostra Janaina Botelho. Sobre a escolha dos docentes, eles precisavam passar por “um exame criterioso de admissão”.

Sempre que vejo alguma referência ao Colégio Nova Friburgo, minha primeira reação é pensar em como foi edificada a sua obra naquelas alturas, com acesso difícil até para a entrega de material de construção. Depois penso no ônibus que reunia os jovens na calçada da Catedral. Eram os estudantes “avançados” que marcariam para sempre a “Fundação” em nossa cidade. O Caderno Z nos apresenta a bela fachada do prédio, onde hoje mora uma história cheia de lembranças, como nos mostra Janaina Botelho. Sobre a escolha dos docentes, eles precisavam passar por “um exame criterioso de admissão”. Quanto aos alunos, há episódios incríveis como soltar galinhas e pombos nas sessões de cinema. Porém, coisa alguma comprometia o teor do estudo, e sabe-se que muitos de seus estudantes se tornaram excelentes profissionais.

Com tanta importância, o imóvel, abandonado após a tragédia de 2011, já foi até colocado à venda, sem sucesso de negociações. O ex-aluno, arquiteto Luiz Otávio Lins de Souza, ressalta que não há chances de recuperação do espaço sem o envolvimento de várias parcerias, pois “nenhuma instituição ou empresa, quer pública ou privada – terá condições de aportar, sozinha, os recursos financeiros demandados para reverter a atual situação...”. E destaca: “A população hoje mal se recorda do que existe lá naquele morro e precisa readquirir o sentimento de pertencimento pelo Bem Patrimonial lá edificado, que é da cidade”. Os jovens, especialmente, precisam conhecer o legado da Fundação!

Vamos guardar o Caderno Z  para as gerações dos novos friburguenses. Enquanto isso, vivamos o Natal com musicais online. A Secretaria Municipal de Cultura, em virtude da pandemia, promove uma programação virtual com as três bandas de Nova Friburgo e aproveita para festejar os 15 anos do projeto “Banda na Praça”. Ao Secretário Municipal de Cultura, Mário Jorge, muitos aplausos pelo brilhantismo de sua atuação, regendo, inclusive, os dilemas deste ano tão complicado. Parabéns estendidos ao querido João Francisco, o JF, pelos 25 anos de carreira no rádio friburguense.

O evento astronômico anunciado para o dia 21 de dezembro, é um espetáculo que vem, gradativamente, percorrendo o céu desde meados de abril.  Agora, com a máxima aproximação de Júpiter e Saturno, num alinhamento que não ocorria desde a Idade Média, os astros ganharam mídia e as expectativas de boas observações são grandes.  O céu é um espetáculo aberto e, assim, aproveitem as noites de verão em Nova Friburgo!

Para quem vai receber o 13ª salário, o jornal A VOZ DA SERRA trouxe dicas fundamentais para o bom uso da verba extra. Pagar dívidas, limitar gastos de fim de ano, guardar uma parte para “honrar compromissos”, deixar reservas para emergências e investir são alguns aconselhamentos. “ Já que “dinheiro na mão é vendaval”, o melhor mesmo é não ir com muita sede ao pote do consumismo.  

Nova Friburgo continua com bandeira vermelha e a situação não está nada para relaxamento. As compras de Natal prometem melhorar a economia e o Sincomércio abraçou a campanha “Um por todos, todos por um. Juntos contra a Covid”, promovida pela Fecomércio. A campanha enfatiza as orientações da Organização Mundial de Saúde no sentido de conter a expansão do coronavírus. O fato é que muitas pessoas fazem ouvidos moucos e a situação está de mal a pior. É lamentável o comportamento irresponsável de alguns, prejudicando muitos. Famílias tristes com perdas irreparáveis e  este é pior de todos os males. Vamos levar a sério: “Um por todos, todos por um...”.

O prefeito Johnny Maycon , o vice prefeito, Sérgio Abreu  e os 21 vereadores foram oficialmente diplomados pela Justiça Eleitoral, na sexta-feira, 18. O prefeito Johnny Maycon concedeu entrevista para A VOZ DASERRA e, entre palavras de agradecimento e compromissos de “arregaçar as mangas”,  deixou mensagem: “Você que tem sonhos, siga firme no seu ideal. Saiba que com esforço e dedicação, você certamente conquistará seus objetivos”. Parabéns aos diplomados e feliz cidade para todos nós!

 

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Vivas por nova idade

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Vivas por nova idade

Na tarde/noite de ontem, 21, rodeada de amigos e diversos familiares, sob todos os cuidados e protocolos de prevenções quanto ao coronavírus, a bela e querida Jaque Nogueira (foto) comemorou sua nova idade de 3.9 em concorrido churrasco no bar do Daniel, no bairro Perissê.

A querida empresária Jaque, que desenvolve maravilhoso trabalho junto ao bar da SEF com sua equipe, nossos renovados parabéns e com votos de muitas felicidades e mais sucessos.

Secretário em Macaé

Vivas por nova idade

Na tarde/noite de ontem, 21, rodeada de amigos e diversos familiares, sob todos os cuidados e protocolos de prevenções quanto ao coronavírus, a bela e querida Jaque Nogueira (foto) comemorou sua nova idade de 3.9 em concorrido churrasco no bar do Daniel, no bairro Perissê.

A querida empresária Jaque, que desenvolve maravilhoso trabalho junto ao bar da SEF com sua equipe, nossos renovados parabéns e com votos de muitas felicidades e mais sucessos.

Secretário em Macaé

O presidente da Câmara Municipal de Nova Friburgo vereador Alexandre Cruz não conseguiu seu intento nas urnas no dia 15 de novembro para chegar a Prefeitura de Nova Friburgo, mas deverá mostrando sua capacidade de administração partir do dia 1° de janeiro de 2021.

Pelo que se sabe, ele já está quase confirmado para ser um dos secretários municipais de Welberth Rezende (partido Cidadania), eleito prefeito de Macaé na região dos Lagos, com quase 24% dos votos.

Sandero chega aos 32 anos

Na sexta-feira, 18, sem poder festejar da forma que já fizeram trinta e uma vezes com muita alegria, agitos e animação, nesta oportunidade em razão da pandemia, os amigos do time Sandero (antes era chamado de Sandero Luminoso) que jogam suas animadas partidas de futebol no campo de society do Sandero, completaram 32° de existência.

Então, mesmo não sendo possível realizar festa com futebol, churrasco, bebidas, abraços e alegrias com todos juntos, parabenizamos todos que já fizeram ou fazem parte do Sandero, como consta nesta foto do ano passado, com Paulinho, Ascoly, Tim, Maicon, Rodrigo, Tião Girolamy, Debossan e Joaozinho.

Adeus sem saudades

Às muitas pessoas e segmentos que se despedem desta melancólica administração que geriu ou tentou gerir os destinos de Nova Friburgo, soma-se uma classe a mais.

A dos empresários que prestam serviços publicitários através dos inúmeros painéis de led espalhados em diversos e estratégicos pontos da cidade.

Porque além da elevação de impostos inerentes a esta atividade, foi lhes apresentada também uma elevadíssima e injustificada taxa a mais para ser recolhida.

Aniversariou no domingo

Neste domingo, 20, quem passou o dia recebendo abraços, beijos e cumprimentos por estar completando mais um aniversário foi a Lucileia Rocha (foto), produtora da TV Friburgo e vice-presidente do partido PTC de Nova Friburgo.

À querida amiga Lucilea, parabéns com votos de mais e mais felicidades.

FELIZ NATAL!

Com este ano que nos permite muito mais refletir que compartilharmos de sentimentos mais próximos fisicamente, estar juntos muito mais pelos corações que pelos encontros presenciais, que possamos ter um Natal de mais fraternidade, carinhos especiais e mais amor ao próximo e a todos.

Maravilhoso Natal aos queridos leitores e amigos desta coluna.

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Natal na Certeza e incertezas, na Festa e nas dores

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

“E a luz brilha nas trevas, e as trevas não a dominaram” (Jo 1,5).

“E a luz brilha nas trevas, e as trevas não a dominaram” (Jo 1,5).

Já se passaram nove meses do anúncio da pandemia em nosso país. Alguns dias depois celebramos a Anunciação do Senhor e agora nos preparamos para o Natal. Estávamos no tempo da Quaresma quando chegou o isolamento social. No início, pensávamos que seria por pouco tempo. Contudo, passamos os quatro Tempos Litúrgicos na pandemia e não obstante tanta dor, luto, incertezas e sofrimentos, permanecemos em pé, sustentados na certeza de que, Aquele que nasceu num contexto de vulnerabilidade, está Vivo, é o Senhor da vida e da história.

 Percorremos até aqui o tempo de uma gestação, durante o qual foram descobertas e testadas vacinas, que desejamos ver em breve disponíveis para toda a população. A vacina está chegando, porém, antes dela, chega Jesus que veio, vem e virá. A vacina imuniza contra o vírus. A Fé nos imuniza contra o desânimo, apesar da dor e cansaço diante de uma situação que se agrava e prolonga indefinidamente.  Nossas incertezas só encontram sentido na Certeza de que um Menino nos foi dado; Ele é o Príncipe da Paz; Deus conosco (cf. Is 9,5).

Dentro da manjedoura, com Jesus, estão as esperanças e alegrias, tristezas e angústias da humanidade. Natal é celebrar a Certeza do Amor de Deus nas incertezas da vida. “Deus amou tanto o mundo que enviou o seu Filho para nos salvar” (Jo 3,16). Por essa razão, trazemos a dor para dentro da Festa do Natal. É justamente a Festa que nos fortalece para enfrentar a dor, o luto, o cansaço e os sofrimentos decorrentes da pandemia e de tantos outros males persistentes em nossa sociedade. Sem a Festa a dor seria insuportável!

O Natal chegou num momento extremamente crítico. Sem a certeza de que Deus visitou o seu povo e permanece conosco, como enfrentaríamos esse dramático período? Diante da pandemia e da espera pela vacina, teremos que prolongar a gestação e adiar nosso parto, não o de Cristo. Ele nasce! Na verdade, estamos em contínua gestação no Útero de Deus, no qual não existe tempo cronológico, apenas Amor e Vida. Todo o tempo pandêmico está abrigado no tempo de Deus que pode criar, recriar e restaurar.

Recordemos que durante a gestação de Maria duas viagens foram realizadas: para servir Isabel e para se registrar com José. Logo após a Anunciação e o aceite generoso e corajoso da Vontade de Deus, Maria foi apressadamente servir sua prima gestante e idosa, numa longa viagem, atravessando desertos e montanhas. Também nós, no início da pandemia que coincide com a Anunciação do Senhor, não deixamos de ir ao encontro dos sofredores, pobres e vulneráveis, de diversas maneiras. 

Já perto do parto, Maria e José foram obrigados a se deslocarem para cumprir um Decreto do Imperador. Também nós, mesmo em gestação, somos “obrigados”, por respeito à vida e dever de consciência, ao distanciamento social e ao uso de máscara para evitar a proliferação do vírus.

Seguimos em nossa gestação, sem parto agendado, vivendo as incertezas na Certeza do Natal e do abraço do Menino Jesus que antecipa o abraço definitivo de Deus na Vida Eterna e os abraços tão esperados e reservados para o dia do nascimento. Prolongar a presença no Útero de Deus pode ser bom e necessário para maturar nossos pulmões e transformar o nosso coração, preparando-nos para o trabalho de parto.

Sabemos que tanto o parto pré-termo como o pós-termo podem colocar em risco a vida e causar o sofrimento fetal e materno. Contudo, na ótica da fé, o adiamento do parto, no contexto de dor, não é prejudicial, porque nossa gestação não se dá no tempo cronológico, mas no tempo kairótico (da Graça de Deus). Portanto, o parto não será pós-termo, mas na hora certa, no tempo de Deus.

Aguardemos com vigilância, coragem, paciência e perseverança. Enquanto em gestação, acolhemos agora Aquele que vem na hora certa e numa situação desfavorável, pois não havia lugar para eles (Lc 2,7). Nós, igualmente numa situação adversa, ainda que já sintamos suas dores, necessitamos aguardar o momento certo para nosso parto, pois Aquele que nasceu prepara para nós um parto humanizado e em melhores condições, para que renasçamos, após essa prolongada gestação, mais humanos e melhores.

A ocasião permite externar minha gratidão sincera a todos e todas que, de diversos modos, mesmo na pandemia, manifestaram-me acolhida, alegria e proximidade. Foram meses intensos de alegre convivência, aprendizado e crescimento. O balanço do ano que finda é positivo, porque, movidos pelo amor de Deus, somos capacitados para superar os obstáculos e situações adversas e com Maria, nossa Mãe Maior, cantar: “O Senhor fez em nós (e por meio de nós) maravilhas”! Vamos em frente, em pé, no olhar da fé!

"Dizei às pessoas deprimidas: Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é ele que vem para vos salvar" (Is 35,4).

Feliz Natal a todos e todas! Gratidão sempre!

Rezemos: Vem Senhor Jesus! Fica conosco Senhor! Ajude-me a ser mais santo e humano, mais humano e santo. Amém!

Dom Luiz Antonio Lopes Ricci, bispo diocesano de Nova Friburgo

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Entre mulheres, palavras e orvalhos

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Vou aqui relatar uma interessante experiência literária que tive recentemente. Com todas as dificuldades que enfrentamos neste ano de 2020, a literatura, mais uma vez nos mostrou seu poder de superação. É a expressão humana que está constantemente pronta a ir além. De apontar para horizontes, mesmo quando as nuvens carregadas retiram do nosso olhar o encontro da paisagem com o céu. É a arte que se aventura ao vazio, preenchendo-o com palavras cuidadas por pensamentos inquietos e mãos sensíveis. É o culto à beleza humana que nunca se esgota, mesmo nos tempos de pandemia.

Vou aqui relatar uma interessante experiência literária que tive recentemente. Com todas as dificuldades que enfrentamos neste ano de 2020, a literatura, mais uma vez nos mostrou seu poder de superação. É a expressão humana que está constantemente pronta a ir além. De apontar para horizontes, mesmo quando as nuvens carregadas retiram do nosso olhar o encontro da paisagem com o céu. É a arte que se aventura ao vazio, preenchendo-o com palavras cuidadas por pensamentos inquietos e mãos sensíveis. É o culto à beleza humana que nunca se esgota, mesmo nos tempos de pandemia.

Participei da coletânea Juntas e Diversas Contos, organizada por Márcia Lobosco, que reúne contos inéditos, escritos exclusivamente por mulheres, ilustrados com os sensíveis traços, também femininos. No início do processo de produção textual, nos momentos de inspiração, eu me lembrei de um texto escrito, guardado há mais de vinte anos, que ficava perambulando entre outros na minha pasta verde de páginas rascunhados. Foi uma das minhas primeiras tentativas de escrever um conto, que consistia no registro de uma memória, em que narrei o dia em que descobri o meu primeiro fio de cabelo branco. Foi uma relíquia que retirei daquele baú que todo mundo tem em que são repousados nossos melhores diamantes. Repousados porque a todo instante podem voar, ganhar novas formas e descobrir outros abrigos. E foi isso o que aconteceu. O texto em papel amarelado, escrito à mão, provavelmente com Caneta Bic, foi habitar num livro atual. Recebeu adornos e maquiagem. Ficou pronto para se apresentar ao leitor.

Ao ler os contos da coletânea, entrei em contato com a sensibilidade e a intuição feminina de cada uma das autoras, porém não tanto diferente uma das outras, até naqueles escritos em estilo ficcional. Ah, a mulher, não posso compará-la a nenhum outro ser que não seja mulher. Talvez porque pressinta que o feminino tenha o poder de perceber a alma de todos os seres que habitam neste planeta, inclusive das montanhas, que foram o mote do livro. Será que nossas montanhas são femininas? A palavra já é. Entretanto a rocha, coberta pela mata, é um ser feminino? Acredito que sim. Porque delas emanam uma tal emoção, uma tal empatia para com as pessoas que vivem em suas terras, que suscitam tamanha inspiração, ternura e receptividade. Porque acolhem e alimentam os mais variados tipos de vida.

Qual a mulher friburguense que não tem a firmeza de uma Catarina? O poder de purificar como as águas que nascem nos picos e nas encostas do Caledônia? A fertilidade de suas florestas? A dor das queimadas? Ah, as montanhas e nós mulheres friburguenses nos encontramos, nesta coletânea, entre palavras e orvalhos, e mostramos a resiliência que guardamos no ventre. Nossos textos viajaram do presente ao passado, encontraram-se com pessoas que já se transformaram em estrelas, refizeram caminhos e escalaram montanhas. Foi uma relação prazerosa. Mas tinha outro jeito de ser?

Esta experiência nos fez montanha. Com certeza. E se alguém assim me chamar, vou sentir orgulho das florestas que habitam meu corpo e dlos rios que correm em minhas veias.

 

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Eu acredito na rapaziada

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Diante de um enorme desafio sem precedentes, questionou-se a um jovem se ele iria encará-lo, ao que ele respondeu de forma óbvia que sim. Ele não era de se curvar às barreiras. Havia aprendido que ser forte também é uma questão de treinamento, de aprimoramento. Habitava nele uma força interior que impulsionava a energia para a execução e a transposição de qualquer obstáculo.

Diante de um enorme desafio sem precedentes, questionou-se a um jovem se ele iria encará-lo, ao que ele respondeu de forma óbvia que sim. Ele não era de se curvar às barreiras. Havia aprendido que ser forte também é uma questão de treinamento, de aprimoramento. Habitava nele uma força interior que impulsionava a energia para a execução e a transposição de qualquer obstáculo.

Tem gente que olha para o céu e agradece quando as oportunidades surgem ainda que venham acompanhadas de dedicação extrema, de trabalho árduo. Gente que acolhe uma missão e por ela se transforma no melhor que pode ser. Gente que não se acomoda, que encara, vai à luta, mesmo diante das dificuldades e da desconfiança dos outros, das indagações constantes sobre se é ou não capaz de dar conta do que está por vir. É claro que ele é capaz. Ele acredita nisso e faz acontecer.

Dá a sensação de que pessoas com esse perfil de enfrentamento e superação trazem em seu DNA a marca da coragem, apesar de todo medo pelo novo, pela missão grandiosa que pode estar por vir. Seria bom se os jovens fossem incentivados e encorajados a darem o melhor de si para vencerem a si mesmo e aos desafios impostos pela vida. Podem ser grandiosas oportunidades de crescimento e evolução, instrumentos úteis à formação de uma sociedade em que superar desafios pessoais em prol de um objetivo, de um projeto, de um trabalho seja valorizado.

Não é questão de retorno financeiro. Não apenas. É questão também de repercussão social. De ser exemplo para outras pessoas que continuam investindo sua energia e acreditando que vencer obstáculos pode ser uma forma eloquente de crescimento pessoal e profissional. Ser jovem que ensina jovem; que acredita em jovem; que aprende com jovem; que compartilha com jovem. Ser jovem que vai encarar sim, o que der e vier, com dignidade e hombridade. É disso que estou falando.

Que esse jovem corajoso que vai vencer o mundo – o seu mundo, tenha força e sabedoria para investir o mais nobre de si na construção de algo melhor. Há que se endossar cada palavra e concordar com Gonzaguinha quando pronunciou a bela canção que diz assim: “Eu acredito é na rapaziada/ que segue em frente e segura o rojão/ eu ponho fé é na fé da moçada/ que não foge da fera e enfrenta o leão. Eu vou à luta com essa juventude/Que não corre da raia a troco de nada/Eu vou no bloco dessa mocidade/Que não tá na saudade e constrói a manhã desejada.”

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Retrospectiva 2020

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Em pouco mais de um ano assinando esta coluna de educação financeira, já é meu segundo mês de dezembro fazendo parte da incrível equipe de A VOZ DA SERRA. Este, já é o segundo texto tratando da retrospectiva anual – e, cá entre nós, um ano bastante louco. Enfim, gostei tanto da ideia de escrever sobre retrospectivas que o processo vai se tornar habitual: nas últimas semanas de dezembro, podem contar comigo para uma rápida retrospectiva econômica e financeira do ano.

Em pouco mais de um ano assinando esta coluna de educação financeira, já é meu segundo mês de dezembro fazendo parte da incrível equipe de A VOZ DA SERRA. Este, já é o segundo texto tratando da retrospectiva anual – e, cá entre nós, um ano bastante louco. Enfim, gostei tanto da ideia de escrever sobre retrospectivas que o processo vai se tornar habitual: nas últimas semanas de dezembro, podem contar comigo para uma rápida retrospectiva econômica e financeira do ano.

Entretanto, voltando ao “ano bastante louco”, é hora de começarmos a falar sobre 2020; período claramente marcado, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), pela “maior crise sanitária mundial da nossa época”: a pandemia da Covid-19. O ano começou com muita expectativa positiva: o Ibovespa alcançava recordes históricos; o número de CPFs cadastrados na B3 (a bolsa de valores do Brasil) aumentava consideravelmente; vínhamos de aprovações de importantes reformas no Congresso; e, apesar do baixo crescimento em 2019, as projeções para o PIB em 2020 estavam relativamente altas. Bom... tudo parecia ir por água abaixo quando o mundo passou a sofrer os impactos do lockdown (necessário) e, em março, seis circuit breakers marcaram o processo de queda do principal índice brasileiro em mais de 46%. Não satisfeito, março também nos reservara uma guerra comercial entre Rússia e Arábia Saudita. O motivo? Petróleo!

Em meio a quarentenas, isolamentos e lockdowns, o mundo se viu estagnado e a grande commodity estava diante de um grande processo de ajustes entre oferta e demanda; trazendo a tona o resultado dessa equação: mudança nos preços. Durante o processo de desvalorização que se estendia desde o final de 2019, a cotação do petróleo tipo Brent sofreu desvalorização de 30% da noite para o dia ao abrirem os mercados de negociação no dia 9 de março; resultado do aumento da oferta e redução de até 20% do preço do petróleo bruto fornecido pela Arábia Saudita. Foi o estopim para uma longa fase de acordos internacionais até definir um consenso entre preços e produção.

A propósito, como entramos no assunto de políticas comerciais internacionais, vale ressaltar o que era para ser a grande “cereja do bolo” para 2020; o acontecimento que seria (e reafirmo, seria) o principal agente responsável pelas incertezas do ano: as eleições americanas. Nos últimos anos, as relações comerciais e diplomáticas entre China e EUA não têm sido nada saudáveis e a derrota de Trump pode marcar o início de novas estratégias coalizão entre os países. Contudo, uma coisa é certa: China é a mais nova superpotência e pode, sim, por fim ao imperialismo estadunidense. Portanto, cabe a estes países elaborar estratégias saudáveis, mas projetar possibilidades é muita especulação e prefiro controlar a ansiedade enquanto aguardo o tempo trazer nossas respostas.

Contudo, não param por aí os dados de impactos negativos. Como efeito colateral ao ano atípico, o índice de desemprego aumentou (crescente e a 14,6% no final do 3T20), a expressividade da população em situação de insegurança alimentar também é maior (no mundo, dois bilhões de pessoas são incapazes de ter acesso a alimentos seguros, nutritivos e suficientes para o ano inteiro) e o número de empresas declarando falência também teve maior relevância (mais de 700 mil empresas fechadas). Nesta quarta-feira, 16, enquanto escrevia esta coluna, o mundo computava mais de 73,5 milhões de casos notificados e 1,6 milhão de mortes decorrentes da nova doença; números brutais capazes de evidenciar o alto impacto direto sobre a humanidade.

Precisamos ambientar nossos processos econômicos a fim de estabelecer modelos capazes de compreender e considerar aspectos humanos e naturais. Ainda há muito o que estudar. Sorte a nossa termos tempo e pessoas dispostas ao novo ao nosso lado para as futuras conquistas. Como vemos, nos ciclos, as possibilidades de recomeço, que 2021 seja de esperanças renovadas.

 

 

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Breve história da assistência hospitalar

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Desde a ocupação do Brasil, os portugueses nunca se preocuparam com a assistência hospitalar de seus colonos e colonizados. Esta função era exercida pelas Irmandades da Misericórdia cujo estatuto visava, entre outras obras piedosas e caritativas, a cura dos enfermos. Estabelecidas no Brasil nas vilas mais importantes a partir de meados do século 16, as irmandades eram associações constituídas por pessoas católicas de posses, denominadas de confrades ou irmãos. Eram dirigidas por um provedor, função muito disputada, por mordomos, mesários e oficiais.

Desde a ocupação do Brasil, os portugueses nunca se preocuparam com a assistência hospitalar de seus colonos e colonizados. Esta função era exercida pelas Irmandades da Misericórdia cujo estatuto visava, entre outras obras piedosas e caritativas, a cura dos enfermos. Estabelecidas no Brasil nas vilas mais importantes a partir de meados do século 16, as irmandades eram associações constituídas por pessoas católicas de posses, denominadas de confrades ou irmãos. Eram dirigidas por um provedor, função muito disputada, por mordomos, mesários e oficiais. O provedor era geralmente um indivíduo muito rico ou com alto cargo na administração do governo.

As obras de misericórdia eram espirituais e corporais sendo relacionadas no “compromisso”. Entre as corporais deveriam remir os cativos, visitar os presos, curar os enfermos, cobrir os nus, dar de comer aos famintos, dar de beber a quem tem sede, dar pouso aos peregrinos e enterrar os mortos. As irmandades instalavam santas casas, também conhecidas como nosocômios, casas de expostos e rodas, bem como recolhimentos de órfãos para crianças enjeitadas. Era a única assistência à infância nos quatro primeiros séculos de nossa história.

Igualmente as irmandades alimentavam os presos das cadeias pois o governo não fornecia o seu sustento até o século 19. Para aumentar as suas rendas o governo lhes autorizava explorar o serviço funerário na arrecadação do imposto da tumba. O cemitério da vila de Nova Friburgo era administrado pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, fundada em 11 de julho de 1858. As irmandades mantinham-se graças ao auxílio dos particulares e do povo em geral. Recebiam de testamentos somas de dinheiro, mantimentos, escravos, fazendas de cultura e criação, prédios, entre outros legados. Mesmo assim sempre enfrentaram dificuldade financeira para dar conta de atender a população pobre e desassistida.

Não se pode afirmar que o atendimento nas santas casas era dos melhores e daí o medo geral da população dos hospitais. O índice de mortalidade era altíssimo. Já os ricos se tratavam apenas em casa. As santas casas de misericórdia recebiam escravos, alienados mentais, pacientes com todo tipo de doença infectocontagiosa, à exceção dos leprosos que eram encaminhados para os lazaretos.

No século 19, na vila de Nova Friburgo a Câmara Municipal estimulava pessoas caridosas a ampararem os idosos e inválidos e fornecia medicamentos aos “indigentes”. Procurava-se por famílias para abrigar crianças expostas ou abandonadas. Até aproximadamente o primeiro quartel do século 20, o governo geral ainda era ausente no campo da assistência hospitalar. Os indigentes, desvalidos e enfermos pobres contavam tão somente com as santas casas de misericórdia, algum auxílio das câmaras e da caridade da população. Os médicos colaboravam e davam assistência gratuita às classes sociais desfavorecidas.

Na segunda década do século 20 a Benemérita Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Nova Friburgo prestava auxílio aos doentes carentes na Santa Casa. Com a construção do Hospital Regional de Nova Friburgo (atual Raul Sertã) a irmandade passou a administrá-lo juntamente com a prefeitura que assumiu depois toda a gestão. A criação do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) não resolveu o problema da população desfavorecida pois dava atendimento hospitalar somente às pessoas que tinham carteira de trabalho, ficando fora os trabalhadores informais e os trabalhadores do campo, que eram a maioria. Eram registrados como “indigentes” pois não tinham direitos.

Foi graças ao médico Hésio de Albuquerque Cordeiro (1942-2020), criador do Sistema Único de Saúde (SUS), que o serviço clínico e hospitalar se universalizou dando acesso gratuito a todos os brasileiros. Foi um grande avanço na história da saúde coletiva do país. Pioneiro na articulação entre medicina e ciências sociais, Cordeiro criou um sistema público de saúde menos excludente e desigual.

Atualmente sete em cada dez brasileiros dependem do SUS que é financiado com recursos dos governos federal, estadual e municipal. O município tem que aportar pelo menos 15% de sua receita. O problema é que os municípios e os estados estão sendo cada vez mais pressionados pelo Governo Federal para colocar mais recursos.  No SUS existe o programa Estratégia de Saúde da Família (ESF) considerado um dos melhores programas de saúde pública do mundo, segundo a OMS, a Organização Mundial de Saúde. Constituído por agentes de saúde, na maioria mulheres e que moram nas comunidades, atendem determinado número de famílias a domicílio.

Fazem parte de cada núcleo da ESF um médico, uma enfermeira e um auxiliar de enfermagem. Os agentes visitam as famílias orientando no pré-natal, controle da pressão arterial, cuidados básicos da higiene etc. Este programa atende 160 milhões de brasileiros. Quando não conseguem resolver o caso em nível domiciliar as pessoas são encaminhadas para as unidades básicas de saúde. Existem mais de 40 mil espalhadas pelo país.

Porém, como essas unidades básicas não funcionam a contento, as pessoas naturalmente se dirigem ao pronto-socorro dos hospitais que ficam congestionados. Logo, dão injustamente uma péssima imagem do SUS. Porém, o problema não é propriamente do sistema e sim da má gestão e corrupção neste setor. O mais temerário é que o Governo Federal vem diminuindo a cada ano o orçamento da saúde e para 2021 houve mais um corte de recursos minando este sistema. Ainda que com todos os problemas, alguém já disse que se não fosse o SUS, seria a barbárie.

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    Hésio Cordeiro(1942-2020) criador do SUS implantou um sistema público de saúde favorecendo as classes populares

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    Alimentos levados à cadeia pela Irmandade do Santíssimo Sacramento,1839, Jean-Baptiste Debret

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    Santa Casa de Misericórdia de Nova Friburgo, 1948

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Lições da perda

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Alguém disse: “Quando você perder, não perca a lição.” Os únicos erros que estamos condenados a repetir são os que falhamos em tentar aprender com eles. Cometer erros ocorre com todos nós em relação a muitas coisas, compras, vendas, decisões, relacionamentos. As pessoas mais brilhantes cometem erros. As pessoas inteligentes cometem erros. As pessoas com inteligência emocional e humildade cometem erros e aprendem com eles. Isto porque elas pensam no que fizeram e no que erraram. E tentam se lembrar disto mais adiante na vida delas.

Alguém disse: “Quando você perder, não perca a lição.” Os únicos erros que estamos condenados a repetir são os que falhamos em tentar aprender com eles. Cometer erros ocorre com todos nós em relação a muitas coisas, compras, vendas, decisões, relacionamentos. As pessoas mais brilhantes cometem erros. As pessoas inteligentes cometem erros. As pessoas com inteligência emocional e humildade cometem erros e aprendem com eles. Isto porque elas pensam no que fizeram e no que erraram. E tentam se lembrar disto mais adiante na vida delas.

As pessoas mais impulsivas, as que vivem muito no automático rotineiro podem ter mais dificuldade em perceber seus erros e aprender com eles. Viver no automático significa não pensar sobre seu próprio comportamento, falta de auto-observação, necessidade de melhor e mais abrangente consciência de si. É possível conseguir isto.

A vida prática (não idealizada) tem mais que ver com a busca de atingirmos alvos e menos com sempre acertar. Acertar é um processo. Por exemplo, você consegue acertar o tempo todo sem cometer erros em todos os seus relacionamentos? Em muitas coisas na vida nós arriscamos e falhamos mesmo querendo acertar. Daí se faz necessário redimensionar a diferença entre o que almejamos e o que realmente alcançamos. Alguém disse que a vida deveria ser duas, uma para ensaiar e outra para viver. Mas como é uma só, acertamos e erramos. E o mais importante, então, é aprender com o que erramos para que possamos tentar evitar repetir os mesmos erros depois com seus consequentes sofrimentos.

Se você somente lamentar pela perda ou falha cometida ou se atacar por ter errado e nunca usar isto como aprendizado, terá perdido algo importante. Provavelmente cometerá o mesmo erro várias vezes e terá sofrimentos desnecessários em si e os provocará nos outros. Se você não se curar do que te feriu, você vai sangrar em cima de pessoas que não te cortaram. Ou seja, se você não aprende com seus erros, vai machucar pessoas que não tem nada que ver com eles.

Um ditado usado em grupos de ajuda mútua diz que insanidade é você repetir os mesmos erros e querer resultados diferentes. E muitos fazem isso. Repetem os mesmos erros vez após vez. Por que não aprendem? Será que só aprenderão com a dor?

Infelizmente sim. Muitos aprendem somente com o sofrimento e quando chegam no fundo do poço. Quando você chega no fundo de um poço não tem mais para onde descer. Fundo de poço pode ser coisas diferentes para pessoas diferentes. Para uns pode ser o divórcio, para outros a prisão, ou a falência financeira, uma doença grave por descuido da saúde, uma internação na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) de um hospital devido à uma overdose de álcool ou outra droga, entre outras coisas.

Mas podemos aprender. Podemos aprender com nossos erros. Podemos aprender. Mas a pergunta é: Está você aberto, aberta para aprender? Quer aprender com seus erros? Ou ainda não está pronto (ou pronta), para amadurecer naqueles aspectos nos quais você mais repetidamente erra?

Quando é que uma pessoa não está pronta para evitar erros? Quando ela permanece na negação, o que significa não admitir que tem problemas e negar que causa problemas para os outros devido ao seu jeito de agir. Uma pessoa não está ainda pronta para evitar erros quando ela é orgulhosa, arrogante, corrupta contumaz, e carente de humildade, mansidão e honestidade.

Quando você perder, não perca a lição. Abra os olhos da consciência. Ao invés de se perguntar: “Por que isto ocorreu comigo?”, troque para: “Para que isto ocorreu comigo? O que posso aprender com isto?” Esta é uma postura sábia que promoverá alívio de sofrimentos desnecessários na vida.

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A fé vitoriosa

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Destacava André certas dificuldades na expansão dos novos princípios redentores de que o mestre se fazia emissário e se referia aos fariseus com amargura violenta, concitando os companheiros à resistência organizada. Jesus, porém, que ouvia com imperturbável tolerância a argumentação veemente, asseverou tão logo se estabeleceu o silêncio:

— Nenhuma escola religiosa triunfará com o Pai, ausentando-se do amor que nos cabe cultivar uns para com os outros.

Destacava André certas dificuldades na expansão dos novos princípios redentores de que o mestre se fazia emissário e se referia aos fariseus com amargura violenta, concitando os companheiros à resistência organizada. Jesus, porém, que ouvia com imperturbável tolerância a argumentação veemente, asseverou tão logo se estabeleceu o silêncio:

— Nenhuma escola religiosa triunfará com o Pai, ausentando-se do amor que nos cabe cultivar uns para com os outros.

E talvez porque se manifestasse justificada expectativa em torno dos apólogos que a sua divina palavra sabia tecer, contou, muito calmo:

— Na época da fé selvagem, três homens primitivos com as suas famílias se localizaram em vasta floresta e, findo algum tempo de convívio fraternal, passaram a discutir sobre a natureza do criador. Um deles pretendia que o todo-poderoso vivia no trovão, outro acreditava que o pai residisse no vento e o terceiro, que ele morasse no sol. Todos se sentiam filhos d’Ele, mas queriam à viva força a preponderância individual nos pontos de vista. Depois de ásperas altercações, guerrearam abertamente.

Um dos três se munira de pesada carga de minério, outro reuniu grande acervo de pedras e o último se ocultara por trás de compacto monte de madeira. Achas de lenha e rudes calhaus eram as armas do grande conflito.

Invocam todos a proteção do supremo senhor para os seus núcleos familiares e empenhavam-se em luta. E tamanhas foram as perturbações que espalharam na floresta, prejudicando as árvores e os animais que lhes sofreram a flagelação, que o todo-compassivo lhes enviou um anjo amigo.

O mensageiro visitou-lhes o reduto, na forma de um homem vulgar, e, longe de retirar-lhes os instrumentos com que destruíam a vida, afirmou que os patrimônios de que dispunham eram todos preciosos entre si, elucidando-os tão-somente de que necessitavam imprimir nova direção às atividades em curso.

Explicou-lhes que os três estavam certos na crença que alimentavam, porque Deus reside no sol que sustenta as criaturas, no vento que auxilia a natureza e no trovão que renova a atmosfera. E, com muita paciência, esclareceu a todos que o criador só pode ser honrado pelos homens, através do trabalho digno e proveitoso, ensinando o primeiro a transformar os duros fragmentos de minério em utensílios para o trato da terra, nas ocasiões de sementeira; ao segundo, a converter as achas de lenha em peças valiosas ao bem-estar, e, ao terceiro, a utilizar as pedras comuns na edificação de abrigos confortáveis, acrescentando, em tudo, a boa doutrina do serviço pelo progresso e aperfeiçoamento geral. Os contendores compreenderam, então, a grandeza da fé vitoriosa pela ação edificante, e a discórdia terminou para sempre...

O mestre fez pequena pausa e aduziu:

— Em matéria religiosa, cada crente possui razões respeitáveis e detém preciosas possibilidades que devem ser aproveitadas no engrandecimento da vida e do tempo, glorificando o Pai. Quando a criatura, porém, guarda a bênção do Céu e nada realiza de bom, em favor dos semelhantes e a benefício de si mesma, assemelha-se ao avarento que se precipita no inferno da sede e da fome, no intuito de esconder, indebitamente, a riqueza que Deus lhe emprestou. Por isto mesmo, a fé que não ajuda, não instrui e nem consola, não passa de escura vaidade do coração. Pesado silêncio desceu sobre todos e André baixou os olhos tímidos, para melhor fixar a mensagem de luz.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

 

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 63 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

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E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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Mudança de AM para FM

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

A nossa eternamente querida Rádio Nova Friburgo que em junho de 2021 vai completar 75 anos de existência, está há dias de um passo importantíssimo em sua admirável trajetória histórica.

A partir da próxima segunda-feira, 21, a emissora deixará de ser AM, passando assim a operar em FM (frequência modulada) podendo ser sintonizada no canal 107,5, com maior alcance e melhor qualidade de som.

Idade nova no dia 20

A nossa eternamente querida Rádio Nova Friburgo que em junho de 2021 vai completar 75 anos de existência, está há dias de um passo importantíssimo em sua admirável trajetória histórica.

A partir da próxima segunda-feira, 21, a emissora deixará de ser AM, passando assim a operar em FM (frequência modulada) podendo ser sintonizada no canal 107,5, com maior alcance e melhor qualidade de som.

Idade nova no dia 20

No próximo domingo, 20, o dia será todo do querido garotão, o galã da foto, Miguel Almeida Oliveira Ferreira de Souza. Neste dia especial, ele vai completar seu 13° aniversário para alegria maior dos pais Adão e Jane.

Se unindo aos seus irmãos Marcos Nilo e Mônica Duda, assim como demais familiares e muitos amigos do CEC, onde ele é um aplicado aluno, enviamos os parabéns com os votos de tudo de bom ao querido Miguel.

Vivas ao super Ed

Renovadas congratulações ao prezado amigo e conhecido cidadão angrense que encontra-se há muitas décadas radicado em Nova Friburgo, Edemorino Raimundo Oliveira. Ele estreou nova idade na última sexta-feira, 11, e, por isso, merece os parabéns.

Ao querido Ed, que aparece aí na foto com a amada esposa, Ângela Maria, enviamos os nossos votos de contínuas felicidades, sucessos, saúde e tudo de bom extensivo também a sua linda família.

Livro ficou para hoje

O lançamento do livro "O mundo é pequeno demais para nós dois", que o simpático George dos Santos Pacheco lançaria na noite de terça-feira passada, dia 8, conforme inclusive Etc & Etc noticiou na última edição, acabou não ocorrendo devido as fortes chuvas que caíram naquela oportunidade em Nova Friburgo, causando sérios transtornos.

Em razão disso, o lançamento ocorrerá na noite de hoje, dia 15, no Grão Café. Vamos conferir!

Marcelle aniversariou

Ainda em tempo de satisfação, que por sinal foi compartilhada pelos familiares e muitos amigos, parabéns uma vez mais à sempre bela e simpática Marcelle Braune (foto).

Isso por que ela celebrou mais um ano de vida e, merecidamente, recebeu o carinho especial de suas filhas Mariana e Luísa, e do neto João Marcelo. Vivas para a Marcelle!

Bonde da Gambiarra é bronze!

A querida jovem Ilana Guilland é, sem dúvida, uma garota de ouro e mais uma vez encheu os pais Rose e o admirado jornalista Girlan Guilland,  de orgulho e felicidade ao receber, no último dia 9, juntamente com seus familiares e amigos a medalha de bronze no concurso ‘Brasil Design Award 2020’, categoria Impacto Positivo.

Tão importante conquista foi obtida por Ilana com o seu projeto de conclusão da graduação na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), intitulado "O Bonde da Gambiarra".

Como esta nossa coluna anunciou na semana passada, a premiação - uma das mais importantes do setor em âmbito nacional - foi transmitida numa live especial, na última quarta-feira, 9, pelo canal do YouTube da Abedesign, a Associação Brasileira das Empresas de Design, que promove o BDA há dez anos consecutivamente.

Parabéns à Ilana que foi uma das três vencedores entre os quase 200 trabalhos inscritos e que contou com mais de 1.400 participações de profissionais das maiores empresas brasileiras, entre as quais Bradesco, Itaú, Cielo, Credicard, Kopenhagen, Natura e O Globo e revista Época, entre outros.

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