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Comunicar uma Igreja em permanente saída

terça-feira, 05 de outubro de 2021

Uma palavra constante do nosso querido Papa Francisco é esta: devemos ser uma Igreja viva, missionária, solidária, com a alegria do Evangelho a buscar as ovelhas, as pessoas mais afastadas e perdidas nas periferias do mundo e da existência. Uma Igreja em estado permanente de saída. Ele mesmo expressou estas ideias, ainda como Cardeal, na redação do Documento de Aparecida na Conferência Episcopal Latino Americana e do Caribe.

Uma palavra constante do nosso querido Papa Francisco é esta: devemos ser uma Igreja viva, missionária, solidária, com a alegria do Evangelho a buscar as ovelhas, as pessoas mais afastadas e perdidas nas periferias do mundo e da existência. Uma Igreja em estado permanente de saída. Ele mesmo expressou estas ideias, ainda como Cardeal, na redação do Documento de Aparecida na Conferência Episcopal Latino Americana e do Caribe.

Lá é aprofundada a natureza do cristão como discípulo missionário frente aos inúmeros desafios e contradições da sociedade hodierna. Na exortação apostólica Evangelii Gaudium (A Alegria do Evangelho), ele pauta as linhas fundamentais para este anúncio da Boa Nova, do próprio Cristo, continuando a ênfase na dimensão missionária de todos os batizados. Os Bispos do Brasil (CNBB) captam e sintetizam estes elementos num renovador texto pastoral, o documento 100: "Comunidade de comunidades - uma nova paróquia", para vivência e trabalho missionário nas células comunitárias, dentro da realidade brasileira.

Resgatando para nossas paróquias o Concílio Vaticano II e toda a sua riqueza, deveríamos reler a Constituição Pastoral Gaudium et Spes sobre a Missão da Igreja no mundo e o decreto Ad Gentes, no seu conceito geral de missão, aliando ao contexto próprio do apostolado dos leigos apresentado num outro texto magisterial - Apostolicam Actuositatem. Veríamos que a Igreja deve salgar e iluminar todas as áreas e âmbitos da humanidade e do tecido social com os princípios e verdades do Amor de Cristo. Ou seja, deve ir ao encontro, se aproximar, falar a mesma linguagem dos homens, se inculturar, ser solidária, se doar para a promoção da pessoa humana, na sua libertação-salvação integral, resgatando a sua dignidade de filha de Deus, transformando a realidade em Reino do Senhor. Isto, tendo como modelo o próprio Verbo que se encarnou, tornando-se um de nós, no envio missionário da comunhão trinitária, entrando em nossa cultura e linguagem para nos revelar os caminhos da felicidade do plano divino.

Jesus Cristo saiu ao encontro dos mais necessitados, perdidos, pobres e marginalizados, a serviço de todos, para que compreendessem o sentido mais profundo de suas existências no verdadeiro Amor. Fundou a Igreja e enviou os apóstolos e discípulos com este mesmo despojamento e doação missionários, "sem alforje, nem ouro, nem prata", dando a vida pelos irmãos. A Igreja é essencialmente comunhão e missão na caridade fraterna e solidária de Cristo. A respeito deste tema há a rica e bela encíclica de São João Paulo II - Redemptoris Missio (A Missão do Redentor).

Lendo o documento de Aparecida, vemos que ninguém é verdadeiro missionário, sem antes ser verdadeiro discípulo de Cristo. Por isso, a missão parte de uma experiência decisiva pessoal com Jesus, de atração, vinculação, intimidade e seguimento. Deve haver conversão, formação e engajamento na comunidade. As estruturas da paróquia devem também ter uma conversão pastoral, deixando de lado uma pastoral da conservação, superando elementos ultrapassados e se tornando missionárias. Deve ser a Igreja uma comunhão de amor que cresce pela atração, tendo  como  fonte e  cume a Eucaristia,  sensível e aberta aos pobres, advogada da justiça, profética, a serviço do Reino da Vida, na leitura orante da Bíblia, na espiritualidade de unidade e participação, formando comunidades eclesiais missionárias, como casa da iniciação cristã, integrando os movimentos e novas expressões comunitárias, com coração aberto ao ecumenismo e diálogo inter-religioso, promovendo a globalização da solidariedade, doando-se aos "rostos sofredores que doem em nós".

O missionário deve ter ímpeto e audácia, ousadia e confiança; fervor espiritual, imaginação e criatividade. Deve ser decidido, determinado, entusiasmado, na evangelização pessoa a pessoa, casa a casa, comunidade a comunidade. Enfim, a espiritualidade missionária é doar-se aos irmãos, esvaziando-se de tudo, anunciando, com alegria, o Evangelho da Vida! O que deve permear toda a nossa ação pastoral.

Vamos ler estes documentos e, aos poucos, aprofundar a nossa reflexão e trabalho missionário!

Pe. Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é Chanceler e Assessor Eclesiástico Diocesano da Pastoral Familiar

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As confidências entre o espelho e nós, os refletidos

segunda-feira, 04 de outubro de 2021

Já disseram que aquilo que não está na Bíblia, está em Shakespeare. Eu
acrescentaria que também está em Guimarães Rosa. No seu conto-crônica, “O
Espelho”, contido no livro “Primeiras Estórias”, editora Nova Fronteira, Rosa revela a
maestria de escritor e filósofo através das reflexões a respeito do que o espelho pode
ou não mostrar a quem se posiciona diante dele. Sua inteligência e domínio da Língua
Portuguesa constroem um texto raro, capaz de desvendar almas. Ah, a alma do

Já disseram que aquilo que não está na Bíblia, está em Shakespeare. Eu
acrescentaria que também está em Guimarães Rosa. No seu conto-crônica, “O
Espelho”, contido no livro “Primeiras Estórias”, editora Nova Fronteira, Rosa revela a
maestria de escritor e filósofo através das reflexões a respeito do que o espelho pode
ou não mostrar a quem se posiciona diante dele. Sua inteligência e domínio da Língua
Portuguesa constroem um texto raro, capaz de desvendar almas. Ah, a alma do
espelho diante de uma pessoa!, que experiências pode proporcionar a este vivente?
Quais mistérios estão contidos numa lâmina de vidro? O espelho nada mais é do
que uma superfície que reflete o raio luminoso numa direção em vez de absorvê-lo ou
espalhá-lo em várias direções. Os raios que partem de vários pontos de um objeto e
incidem sobre seu plano refletor convergem para outros pontos com precisão. Diante
do espelho, a pessoa se vê com notável exatidão.
O espelho reflete o rosto e o corpo, as feições e os trejeitos de uma pessoa. Mas
como será que são percebidos por ela? Que fidelidade pode ter consigo diante da
própria imagem? De acordo com o olhar de quem se observa, o espelho pode mudar
de caráter, ser bom ou ruim, impróprio ou companheiro. Quantos segredos pode
guardar de um rosto? Quantas vezes foi quebrado num ato de fúria? Ou mesmo
beijado. Quem já não sorriu ou chorou ao ver-se numa figura irreal, dotada de
extraordinária verdade?
Olhar-se frente a frente pode ser um desafio, tão difícil quanto estar diante de
uma tribuna inquisidora. O espelho é imparcial e silencioso. Revelador, porém. É
tácito. Não requer interlocutores, nem professores para dizer verdades a quem está se
vendo através dele. Não é falso, sorrateiro ou enganador. Nem tão pouco juiz. Tem
lealdade com a realidade, apenas. A traição, entretanto, está no olhar. Por maior
intenção que tenha para ocultar sentenças, o espelho surpreendentemente deflagra as
resoluções inquestionáveis impostas pela vida. Ai, pode promover a reflexão de
valores e opiniões.

As fraquezas humanas fazem o olhar ficar viciado, vendo o que é conveniente ou
não. Os olhos podem se acostumar com o inverso e com o vazio. Ah, a visão tem
precariedades, deve-se duvidar dela, portanto. Sempre e principalmente diante do
espelho. Por que os animais negam a ver-se no espelho? O espelho reflete a alma de
um ser, vestido por um corpo, e nós, os humanos, não conseguimos ou não queremos
percebê-la. Será que temos medo de notar as deformações que guardamos por trás
das aparências?
Só conseguimos nos ver quando somos visíveis, e o espelho, apenas o espelho,
nos proporciona esse encontro frente a frente. O defrontar-se. Talvez seja arrepiante
permitir o enfrentamento da alma do espelho com a nossa, quando haverá a grande e
autêntica confidência. E o olhar, enfim, poderá se tornar infinito.
“O Espelho”, de Guimarães Rosa, nos espeta com considerações irrefutáveis.
Apenas uma coluna não é suficiente para abordar o que ele nos diz nesse texto divino.
Vou dar continuidade na próxima semana. Bons ventos literários a todos!

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Dá-me um coração igual ao teu

sábado, 02 de outubro de 2021

“Dá-me um coração igual ao teu, meu mestre. Dá-me um coração igual ao teu. Coração disposto a obedecer, cumprir todo o teu querer...”. 

Enquanto ouvia essa música na missa, eu pedia, em oração, um novo coração para minha mãe. Não um novo coração de mãe, pois a minha mãe foi a melhor mãe que eu poderia ter. Mas um coração físico, no lugar do coração cujos músculos se ampliaram de tal forma que não pulsava mais direito e precisava ser trocado. 

“Dá-me um coração igual ao teu, meu mestre. Dá-me um coração igual ao teu. Coração disposto a obedecer, cumprir todo o teu querer...”. 

Enquanto ouvia essa música na missa, eu pedia, em oração, um novo coração para minha mãe. Não um novo coração de mãe, pois a minha mãe foi a melhor mãe que eu poderia ter. Mas um coração físico, no lugar do coração cujos músculos se ampliaram de tal forma que não pulsava mais direito e precisava ser trocado. 

Deus não deu a ela um novo coração. Porém, me deu um novo coração. Cheio de saudades, forjado de força e preenchido pelo tal amor que jamais passa.

O fraco coração de minha mãe paralisou no dia 21 de dezembro de 2013, após longa espera. Lembro que naquela data, uma entre tantas outras profecias, estava prevista mais um dia para ser o fim do mundo. Foi para minha mãe. Foi de certa forma também para mim e meus irmãos. 

A perda da mãe, do mundo físico para o espiritual, é certamente um dos momentos mais tristemente marcantes da trajetória de todos. Um dia que nunca se esquece, cuja dor se aquieta, mas permanece lá repleta de saudade.  

Assim como eu, muitos filhos pedem por um novo coração para seus pais. Muitos pais pedem novo coração para seus filhos. Milhares de brasileiros pedem um novo coração na imensa fila da doação de órgãos.

O Brasil avançou, ainda que tenha tido retrocessos nos últimos tempos, na doação de órgãos. Mas desperdiça muitos corações e outros órgãos aptos para a doação que prolongariam ou trariam novas perspectivas para a vida de muitos. Uma vida findada que se perpetua em outra. Nada mais cristão. 

Ainda há um abismo entre o Estado do Rio de Janeiro e o de São Paulo, por exemplo. A proporção de cirurgias desse tipo realizadas lá é imensamente maior do que daqui. Não porque lá existam mais doadores. Não se trata disso. Se trata de estrutura médico-hospitalar. Se falarmos então de interior, no RJ praticamente inexiste doação de órgãos. Lamentável.       

Enquanto a política não avança em favor da vida, sei que o drama particular de minha mãe é coletivo. É preciso mais do que retomar as campanhas de doação de órgãos, mas fazer com que funcione na prática em mais unidades hospitalares, com as devidas estruturações de mobilidade e conservação dos órgãos. É algo delicado e que exige pressa das equipes médicas e acompanhamento.

No meu coração – saudade e desejo de que outras mães e filhos tenham melhor sorte do que a da minha família. Não imaginem que tenho um coração angustiado ou aborrecido com Deus. Sou imensamente grato pelos 52 anos de vida de minha mãe e todos os anos que tive o privilégio de ter tido o colo dela. Óbvio, meu egoísmo faz com que eu quisesse muito que ela estivesse aqui, com o que seriam hoje seus 60 anos.

Agradeço por essa saudade que foi construída cujas recordações vão além das fotos que vejo. Está no cheiro do café da manhã e do cangote; no gosto único do pastel dormido de carne de porco; no aconchego do rosto de quem encontrava no colo dela proteção; nas músicas, em cada canção do rei Roberto Carlos, cujos vinis dela permanecem sob minha guarda.

Peço todos os dias um novo coração para mim e para a humanidade. Um coração mais misericordioso, mais apaixonado pela vida, respeitoso e empático. Coração que se assemelhe de fato ao coração de Cristo.

Corações que acolham e amem. Nada mais sobrenatural e cristão que o amor. Coração que ama transpõe o físico e nos entrega espiritualidade.

 

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Todos os que têm responsabilidades na vida e no desenvolvimento friburguense serão chamados a um pronunciamento público

sábado, 02 de outubro de 2021

Edição de 2 e 3 de outubro de 1971
Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes:

Edição de 2 e 3 de outubro de 1971
Pesquisado por Thiago Lima


Manchetes:

  • Todos os que têm responsabilidades na vida e no desenvolvimento friburguense serão chamados a um pronunciamento público: No que respeita ao que pretende o Prefeito Feliciano Costa, relativamente à alienação de Ações da Petrobrás para com os recursos estabelecer no município, importantíssimo plano de Ensino Superior e Técnico-Profissional.
  • Propostas para a construção do “Centro de Abastecimento” nas imediações da Praça do Suspiro: Na próxima segunda-feira, em solenidade que contará com a presença de autoridades, vereadores e convidados, serão abertas as propostas para a construção do “Centro de Abastecimento” nas imediações da Praça do Suspiro - iniciativa de mais alta importância e oportunidade e que custará à municipalidade volumosa quantia. Trata-se de uma realização corajosa, já que, isoladamente, é a maior obra municipal realizada com recursos próprios.   
  • Waldir Costa reclama com veemência: Ocupando na passada quarta-feira a tribuna da Assembléia, o deputado Waldir Costa salientou com grande veemência e irritação, que de nada tem valido as suas constantes reclamações sobre problemas do município que representa. Disse o delegado do eleitorado friburguense, que a estrada que dá acesso àquele município se encontra em péssimo estado de conservação; que a cidade não possui um prédio digno para o funcionamento da Delegacia de Polícia; serem precárias as instalações do Centro de Saúde e, finalmente, não existirem salas de aulas em número suficiente para atender a população estudantil.     
  • Padilha acelera Plano Habitacional - Governo vai construir mais 505 residências: Os contratos de construção de três núcleos habitacionais, totalizando 505 novas residências, acabam de ser assinados, em cerimônia realizada na sede da Cohab-RJ. Os conjuntos serão edificados nos municípios fluminenses de Itaperuna (196 casas), Nova Friburgo (240 apartamentos e 12 casas) e Porciúncula (57 casas). Na solenidade, o diretor-presidente da Cohab-RJ, sr. Zelson de Moraes Nunes, destacou o empenho do governador Raymundo Padilha em acelerar a execução do plano habitacional no Estado do Rio. Também discursaram os srs. Gustavo Alberto Trompowsky Heck e Nelson Raul Helmond Filho, respectivamente, diretor-financeiro e diretor-técnico da Cohab-RJ. 

Pílulas:

  • Estamos informados de que o MDB local deixará em aberto a questão da alienação de ações da Petrobrás para com os recursos, a administração municipal realizar um gigantesco plano de Ensino Superior e técnico-profissional. Acha a dirigência partidária que os  vereadores eleitos pela sua legenda não receberam até agora o menor controle do Diretório agindo em função das próprias convicções e dos pontos de vista que entenderam. Se forças ocultas, deletérias ou não, puderam influir em decisões tomadas pelos eleitos, a coisa representa outros “quinhentos cruzeiros” que a história naturalmente assinalará. 
  • Uma coisa deve ficar bem clara: o presidente do Diretório municipal, industrial Álvaro de Almeida  — que declarou à nossa reportagem ser, pessoalmente, absolutamente favorável aos efeitos da mensagem que o Chefe do Executivo da nossa comunidade já entregou ao Legislativo — vem recomendando que tudo seja feito no sentido da votação da momentosa matéria ser nominal, de modo a que fiquem devidamente claros, definidos e marcados para a posteridade, os votos de cada um dos vereadores, pois em assuntos de tão alta relevância para mais de quatro quintos da população não deverá e não poderá haver acomodações, desculpas ou futuras "marias-madalenas". 
  • Desta vez, tudo indica, ninguém, absolutamente ninguém, ficará tramando na sombra, com o uso das armas só encontradas nos pantanais… Todos serão chamados a uma positiva definição perante nossa comunidade. O homem público tem uma enormíssima responsabilidade com a mocidade ávida por estudar, que quer e que precisa de quem dela se lembre, dela se ocupe e nunca dos que, por simples caprichos ou politicagem, deixem procrastinados os seus sagrados interesses… 
  • Com subterfúgios, a moçada não vai poder sair desta, ou melhor, ser contra a mensagem do Executivo que, com recursos de papéis entesourados na Prefeitura, quer realizar uma obra da mais alta indagação para o Ensino da mocidade friburguense. Também com recados e telefonemas nada dará pé… Os que forem contrários devem sair a campo, para reestudos do assunto, ou para reafirmação dos pontos de vistas. Respeitamos os que falam às claras, os que não se escondem no anonimato. É possível que a verdade, que é o que mais interessa à nossa coletividade, não seja o que advogamos. Quem sabe se vai ser descoberto o “Ovo de Colombo”. Mas, por favor, não invertam os polos! Cuidado com os choques…  

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Luiz Pólo e Arlieta Pólo (29 de setembro); Marise Ventura e Helen de Almeida (3 de outubro); Neyda Yaggi (4); Álvaro Junior de Almeida (6); Valéria Villaça (7); e Tunney Kassuga (8). E registra os nascimentos de: Lúcio Donald de Carvalho (21 de setembro); e Renata Bispo (22). 

 

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9º em emprego no RJ em agosto

sexta-feira, 01 de outubro de 2021

9º em emprego no RJ em agosto

Nova Friburgo foi o 9º município entre os 92 do Estado do Rio de Janeiro a gerar mais emprego em agosto. No acumulado do ano, Nova Friburgo está em 11º. Os dados são do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), da Secretaria Nacional de Trabalho, vinculada ao Ministério da Economia. O ranking do emprego por municípios pode ser conferido na coluna. 

4º melhor resultado mensal

9º em emprego no RJ em agosto

Nova Friburgo foi o 9º município entre os 92 do Estado do Rio de Janeiro a gerar mais emprego em agosto. No acumulado do ano, Nova Friburgo está em 11º. Os dados são do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), da Secretaria Nacional de Trabalho, vinculada ao Ministério da Economia. O ranking do emprego por municípios pode ser conferido na coluna. 

4º melhor resultado mensal

Em agosto, Nova Friburgo teve 1.791 admissões para 1.465 desligamentos, resultando em saldo positivo de 326 empregos formais. Foi o 4º melhor resultado mensal do ano, ficando atrás dos meses de março (438), fevereiro (365) e janeiro (327). Aliás, o primeiro trimestre foi o melhor período no acumulado de 2021 até aqui.

Recuperação total

Em agosto, se observa um equilíbrio de geração de postos de trabalho no recorte por setores. Se a indústria alavancou o emprego nos meses anteriores, o mês oito teve praticamente uma igualdade: comércio (107), indústria (100) e serviços (96). O que se percebe também é uma recuperação, após resultados não tão positivos nos três meses anteriores. Na soma dos oito primeiros meses do ano, Nova Friburgo soma 2.076 novos postos de trabalho. Lembrando que em 2020, Nova Friburgo teve saldo negativo. Foram 610 postos de trabalho a menos.    

Ranking do emprego em agosto

Pela primeira vez no ano, Nova Friburgo ficou atrás de Petrópolis e Teresópolis, sendo, em agosto, o 9º município em geração de empregos, como se observa no ranking a seguir:

1º - Rio de Janeiro – 15.322
2º - Macaé – 1.601
3º - Niterói – 1.099
4º - Nova Iguaçu - 905
5º - São Gonçalo - 794
6º - Petrópolis – 492
7º - Araruama - 427
8º - Teresópolis – 351
9º - Nova Friburgo – 326
10º - Cabo Frio - 310

Ranking do emprego 2021

Nova Friburgo ficou até abril entre os dez primeiros do Estado. No entanto, perdeu posição e ocupa a 11ª posição na geração de emprego em 2021.

1º - Rio de Janeiro – 43.150
2º - Macaé – 6.545
3º - Campos – 4.321
4º - Niterói – 4.310
5º - Volta Redonda – 2.749
6º - Resende – 2.385
7º - Arraial do Cabo – 2.380
8º - São Gonçalo – 2.354
9º - Nova Iguaçu – 2.324
10º - Duque de Caxias – 2.154
11º - Nova Friburgo – 2.076

Uma árvore para cada bebê

Escola de Sustentabilidade da EcoModas vai doar mudas para cada bebê que nascer em Nova Friburgo neste mês das crianças. Para participar do projeto, algum familiar terá direito a recolher na sede da Escola uma muda da Mata Atlântica, bastando apenas responder um breve formulário e apresentar o comprovante do nascimento da criança.

Números expressivos

As mudas são cultivadas em cones de linhas de costura industrial. Cada muda conterá uma etiqueta com QR Code que levará o usuário a obter informações da árvore e indicações dos locais de plantio na cidade. Desde o início do projeto, os idealizadores afirmam que já foram plantadas mais de 36 mil árvores e 50 mil sementes.

Quantos bebês nasceram em 2021?

Ficou curioso para saber quantos bebês nasceram em Nova Friburgo neste ano, né? Segundo os dados cartoriais, Nova Friburgo registrou 1.494 nascimentos neste ano. Em todo ano de 2020, Nova Friburgo teve 2.126 novos filhos. A notícia triste: Nova Friburgo segue com mais óbitos do que nascimentos. Morreram 1.820 pessoas em 2021. Subtraindo os nascimentos, temos saldo negativo de 329. 

População friburguense decrescendo

No ano passado todo, tivemos 1.923 óbitos. Saldo positivo de 203 vidas. A três meses do final do ano, 2021 está a menos de 100 óbitos para superar os 12 meses de 2020. Também não deve bater o número de nascidos de 2020. A tendência é de bater recorde de mortos e dificilmente impedirá o fenômeno de mais óbitos do que nascimentos, decrescendo assim a sua população. Efeito direto e irrefutável da Covid-19.     

Tapetão em campo

A velha máxima: o futebol do Rio de Janeiro não tem jeito. Especialmente fora das quatro linhas. A Copa Rio, competição mata-mata, está paralisada. O Friburguense já foi vítima do tapetão por duas ocasiões recentes: na própria Copa Rio, onde teve o título tirado em benefício da Portuguesa e nesse ano na tentativa de ajuda ao Americano, onde foi eliminado das semifinais do 1º turno. Decisão essa revertida na última instância, já no STJD, ou seja, fora dos poderes da Federação.

Copa Rio paralisada

Agora, a vítima é o Sampaio Correa, e o beneficiado, o Volta Redonda. O Sampaio que eliminou o Volta Redonda nas oitavas de final, teria atuado com um jogador irregular na primeira partida das quartas de final em que derrotou o Maricá por 1 a 0. O jogo de volta foi suspenso. Em julgamento, nessa semana, o clube foi punido com a eliminação do campeonato. Mas o Maricá não avançou para a próxima fase. O TJD decidiu que a exclusão do Sampaio levou à classificação do Volta Redonda para enfrentar o Macaé.

Semifinalistas

O Sampaio deve recorrer à última instância, o que deve esticar ainda mais essa paralisação da competição que dá vaga na Copa do Brasil e no Brasileiro da Série D. Enquanto isso, Americano e Pérolas Negras estão em uma das semifinais. O Madureira aguarda a resolução desse imbróglio para saber quem será seu adversário: Volta Redonda ou Maricá ou Sampaio Correa. O jogo será no tapetão.

Só em maio

Lembrando que o Friburguense praticamente jogou a toalha na competição. Por conta das dificuldades financeiras, optou por dispensar quase todo o time que atuou na segundona, se utilizando praticamente do Sub-20 (antigo juniores). Resultado: eliminação para o América na segunda fase. O Friburguense não jogou a primeira fase. O Tricolor da Serra só tem competição oficial pelos profissionais no ano que vem, quando torna a disputar a segundona que deve começar em maio. Os trabalhos devem iniciar entre um a dois meses antes.    

Palavreando

“Peço todos os dias um novo coração para mim e para a humanidade. Um coração mais misericordioso, mais apaixonado pela vida, respeitoso e empático. Coração que se assemelhe de fato ao coração de Cristo. Corações que acolham e amem”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

 

Foto da galeria
Segue causando indignação a carreta abandonada na Rua Mario Bini, no Jardim Ouro Preto. Indignação ainda maior com as evasivas respostas da municipalidade de que nada pode fazer. Moradores e empresários da área prometem seguir protestando.
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Sobre dedicar-se

sexta-feira, 01 de outubro de 2021

Todo o bem que você faz, em bem retorna para você. A bem da verdade, eu acredito, a vida nos ensina que a lei de causa e efeito é real. De alguma maneira, o desenrolar da vida sob vários aspectos demonstra que plantar e colher são causa e consequência, a exemplo do que acontece com a própria Natureza, da qual fazemos parte.

Todo o bem que você faz, em bem retorna para você. A bem da verdade, eu acredito, a vida nos ensina que a lei de causa e efeito é real. De alguma maneira, o desenrolar da vida sob vários aspectos demonstra que plantar e colher são causa e consequência, a exemplo do que acontece com a própria Natureza, da qual fazemos parte.

Outras vezes já me referi por aqui sobre aquela tal “lei do esforço”. Hoje, quero substituir a palavra esforço por dedicação. Não que o sentido não seja similar. Mas me parece que dedicação flui de forma um pouco mais suave do que esforço, que me parece um pouco mais penoso. O ponto é que o ato de se dedicar a algo ou a alguém, pode ser natural, fazer parte da nossa vida e render belos resultados.

A dedicação em plantar a semente, cuidar dela, dedicar-se a ela, certamente, cedo ou tarde, gera frutos. Sobre quais frutos, a colheita dirá. Mas o fato é que a dedicação empregada para o bem gera luz, contribui para nosso mérito acumulado e resulta em coisas boas. No tempo certo, o resultado vem, talvez não exatamente conforme o esperando, mas certamente da forma como era para vir. Se não nos empenharmos, creio que resultados satisfatórios serão bem mais difíceis de serem alcançados.

Empregar energias, investir tempo, intensificar forças em prol de algum sonho, projeto ou ideal. É sobre isso que estou falando. Vale para relacionamentos, para trabalho, para autocuidado e tantas outras coisas que traçamos como prioridades em nossa vida. Sem dedicação, a coisa não anda.

Não raras vezes, pensamos que os esforços estão sendo em vão, pois os resultados esperados não acontecem muitas vezes conforme a ansiedade humana demanda. Mas a vida tem me provado, felizmente, que o empenho sincero por algo, sobretudo se a causa for verdadeira e for para o bem, de alguma maneira, retornará para nossas vidas em forma de êxito, realização, aprendizado e gratidão das pessoas.

Não vejo um atleta ser campeão sem ter empregado esforço diário da superação e do treinamento. Também não vislumbro um casamento feliz sem que o casal se dedique diariamente por essa felicidade. O candidato aprovado em um vestibular difícil e concorrido, certamente empregou bastante energia no seu projeto de estudos. E por aí vai. Não podemos generalizar, claro, pois somos seres absolutamente únicos e especiais, com histórias de vidas particulares que diferenciam, inclusive nossas condições para lutar.

Mas, de uma maneira geral, pessoas que vencem pelo caminho da honestidade e do bem, seja em que aspecto da vida for, certamente em algum momento precisaram decidir sobre o que desejavam plantar e esforçarem-se para semear. A colheita é uma consequência. E o tempo é de Deus.

Dificilmente conquistas grandiosas, relacionamentos felizes, prosperidade e satisfação pessoal caem em nosso colo sem dedicação. É da vida. É saudável. Precisamos nos empenhar em nossos projetos e escolhas. E podemos até mesmo nos dedicar a fazer isso de forma leve, equilibrada e contínua, sem que precisemos prestar justificativas para os outros. É uma história entre nós mesmos e as forças superiores. Não vai ser fácil sempre. Não vai dar certo todas as vezes. Mas acredito sinceramente que se não movimentarmos a energia, será bem mais difícil alcançarmos o sonho de felicidade que todos temos.

Por isso, é fundamental termos responsabilidade por cada grão a germinar que plantamos na vida. A semente do esforço justo e sincero, certamente resultará no cultivo de um fruto de luz. E se nos mantivermos atentos, reconheceremos esses sinais e colheremos frutos doces e belas flores na vida.

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O fantasma da inflação

sexta-feira, 01 de outubro de 2021

Pois é, falar de inflação no Brasil é algo bastante delicado e num tempo ainda pouco distante os números chegavam a 82,39% em apenas um mês (IPCA – mar/1990). Para as gerações abaixo dos 40 anos, a hiperinflação é uma realidade pouco relevante; para os já nascidos após o Plano Real, inimaginável.

Aliás, você sabe o que é inflação?

Pois é, falar de inflação no Brasil é algo bastante delicado e num tempo ainda pouco distante os números chegavam a 82,39% em apenas um mês (IPCA – mar/1990). Para as gerações abaixo dos 40 anos, a hiperinflação é uma realidade pouco relevante; para os já nascidos após o Plano Real, inimaginável.

Aliás, você sabe o que é inflação?

Inflação é o aumento dos preços de bens e serviços, implicando diminuição do poder de compra da moeda. Há também quem a defina como o aumento da oferta de moeda e, consequentemente, sua desvalorização causando, como efeito colateral, o aumento dos preços. Portanto, dada a importância da métrica, o estudo da inflação faz parte da estratégia de política monetária e demanda uma medida concreta para parametrizar as correções de preços. Já mencionado no início do texto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é medido pelo IBGE e representa o índice oficial adotado no Brasil. Sempre que falarmos em inflação, o IPCA estará ali para entendermos o quão relevante deve ser a nossa preocupação com a proteção patrimonial.

A propósito, por falar em proteção de patrimônio, será essa a nossa principal abordagem de hoje. Afinal, além de tudo ficar cada vez mais caro, o seu poder de compra do seu patrimônio pode estar reduzindo, em todo momento. Já comentamos aqui sobre o período de hiperinflação e naquela época você precisava quase dobrar o seu capital a cada mês para apenas manter seu dinheiro protegido. O que já não existe há tempos, portanto (e vale muito ressaltar de maneira significativa), também não há a mesma necessidade absurda de rentabilidades exuberantes; qualquer sinal de fraude fique atento, pois pode realmente ser.

Contudo, a necessidade de proteção existe e as possibilidades de execução são muitas. Provavelmente você aluga ou já precisou alugar um imóvel. Repare como no contrato aparecem os termos referentes aos reajustes de preços com base em algum índice de inflação (IPCA ou, mais comumente no setor imobiliário, o IGPM) e isso protege o patrimônio do proprietário. No mercado financeiro não é diferente, também existem ativos atrelados à inflação para promover a manutenção do poder aquisitivo do seu capital. Portanto, vamos a alguns deles:

Fundos Imobiliários: ativos de gestão imobiliária e investimentos em construção civil negociados em mercado de bola de valores. Como forma de proteger capital de inflação, todos os contratos de alugueis são atrelados e corrigidos pela inflação; além de entregar rentabilidade através do ganho de capital com os referidos investimentos.

Títulos de Renda Fixa: ativos de renda fixa que permitem a possibilidade de remuneração híbrida, com a correção pela inflação e ganho de capital com rentabilidade pré-fixada. Em termos usuais, um CDB pode lhe proporcionar rentabilidade de IPCA + 4,17% por um prazo de três anos, por exemplo. Ou seja, com IPCA em 9,68% nos últimos 12 meses, a rentabilidade bruta deste título ficaria em 13,85% no último ano. Aqui, especificamente, pode se considerar títulos públicos, bancários e de dívidas corporativas.

Após toda essa conversa, caso você ainda não esteja preocupado em executar a manutenção do seu poder de compra, é importante começar a pensar nesta tarefa e me ponho à disposição para te auxiliar sempre que possível. Afinal, seu dinheiro pode estar indo por água abaixo e seu poder de compra – literalmente – sendo corroído.

 

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O poder da representatividade

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

O que é representatividade?

Bom, mas antes de começarmos, devemos nos questionar sobre o que é “representatividade”. Entende-se esse conceito como uma pessoa que reflete um coletivo na luta por direitos, de acordo com os interesses e a identidade dos representados. Contudo, pode também significar “empoderamento”, de modo que um grupo, por meio de representantes, tenha visibilidade nos papéis de alto valor da sociedade.

O que é representatividade?

Bom, mas antes de começarmos, devemos nos questionar sobre o que é “representatividade”. Entende-se esse conceito como uma pessoa que reflete um coletivo na luta por direitos, de acordo com os interesses e a identidade dos representados. Contudo, pode também significar “empoderamento”, de modo que um grupo, por meio de representantes, tenha visibilidade nos papéis de alto valor da sociedade.

Muitas pessoas acabam desconhecendo o impacto positivo e o efeito benéfico na construção da identidade de minorias dentro de uma sociedade quando falamos em poder. Se partirmos do princípio de que somos pessoas diferentes, em etnia, tipos de cabelo, cultura, religião, sexo e sexualidade, por que só uma parte da sociedade é acolhida e evidenciada, socialmente?

A realidade como ela é

Importante frisar que minorias não têm relação direta com quantidade, mas sim, com lugares de representação nos espaços do poder. Não sei se você já parou para se questionar, mas quantos médicos negros já te atenderam na vida?

Bom, esse assunto teve grande repercussão em 2018, após postagem do médico Fred Nicácio, em redes sociais. O fato ocorreu na cidade de Conceição de Macabu–RJ, após Dona Eunice, uma paciente negra, de 74 anos de idade, pedir, emocionada, para tirar uma foto após ser atendida por alguém de sua cor em uma profissão ocupada, majoritariamente, por pessoas brancas.

A representatividade é muito importante para a criação de um sentimento de empoderamento para muitos. Como exemplo prático, temos a vereadora Maiara Felício que, na última eleição, se tornou a primeira mulher negra a se eleger vereadora na cidade de Nova Friburgo.

Se muitas mulheres negras, antes dela, não acreditavam que poderiam ocupar cargos importantes na política municipal, visto que nunca ninguém com essas características havia sido eleita, Maiara Felício veio para quebrar paradigmas. A coluna, inclusive, tentou falar com a vereadora, pela importância histórica de sua vitória eleitoral no último pleito e sua representatividade na Câmara, mas infelizmente ela não respondeu.

Contudo, não somente pessoas negras necessitam serem representadas na sociedade. A falta de representatividade é vítima de muitos outros preconceitos, como por exemplo, o machismo. O Brasil possui um número maior de mulheres em relação ao número de homens, segundo o IBGE. Em contrapartida, de acordo com um estudo feito pela rede de televisão CNN, dentre as maiores empresas brasileiras apenas 3,5% são gerenciadas por mulheres. E elas ocupam somente 16% da política nacional.

Nesse mesmo sentido, uma pessoa LGBTQIA+ já possui dificuldades que são refletidas na vida privada e que por consequência, trazem interferência na vida pública, gerando prejuízo na sua representação na sociedade. Discursos de ódio segregam, afastam e ofendem a integridade, por meio de preconceitos que põem em cheque a sexualidade em face à competência.

Nesse sentido, o jornalista Wanderson Nogueira, homossexual, ex-deputado estadual, coordenador do Parlamento Juvenil na Alerj e também colunista de A Voz da Serra, defende:

“O maior desafio é combater os preconceitos. Enquanto os preconceitos minarem direitos, roubarem vidas ou felicidade há de se falar sobre eles e combatê-los. Ninguém quer privilégios, apenas igualdade em poder amar da forma que ama. Ser gay não faz ninguém ser melhor ou pior. Sexualidade, sexo, cor e religião não definem competência, tampouco caráter.”

Nesse sentido, representatividade não significa que minorias devam ocupar espaço por pena, mas sim que estejam proporcionalmente representadas na sociedade de acordo com sua demografia populacional. Questionar o motivo de negros, mulheres e homossexuais não ocuparem tantos espaços de influência é um grande passo para compreender os preconceitos e a estrutura da sociedade.

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Force sua mente a pensar com compaixão

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Todos nós seres humanos viemos de uma mesma origem. Por isso somos irmãos. É incrível como que com o passar dos anos e séculos fomos capazes de nos esquecer disso e criar preconceitos, perseguições, guerras, barreiras entre nós.

Todos nós seres humanos viemos de uma mesma origem. Por isso somos irmãos. É incrível como que com o passar dos anos e séculos fomos capazes de nos esquecer disso e criar preconceitos, perseguições, guerras, barreiras entre nós.

Precisamos fazer um esforço grande para cada dia lembrar a nós mesmos que somos irmãos como humanidade. Temos que forçar nossa mente a pensar nisso. Forçar-nos a refletir sobre nossas semelhanças mais do que nossas diferenças. Tendemos a fugir de pensar que somos semelhantes. Por isso se faz necessário forçar nosso psiquismo a usar a cognição ou o raciocínio neste sentido, para obter a compreensão e a visão de nossa semelhança.

Ao conseguirmos vislumbrar que estamos no mesmo barco nessa existência, podemos, então, viver a compaixão. Sem compaixão a vida fica pesada. O medo pode tomar conta. A competição entra em cena e destrói tudo. Passamos a odiar, a invejar, a criticar, a criar concorrência, disputa. Isto estressa, encurta a vida.

O poder econômico pode prejudicar nossa visão de que somos irmãos. Mas nem sempre, felizmente. Muitos milionários criam uma Fundação que dá auxílio a alguma necessidade humana. Outros contribuem para alguma instituição filantrópica. Nem tudo está perdido.

Ao andar hoje pela rua, observe cada pessoa. Um idoso, uma criança, uma senhora, um jovem, um lixeiro varrendo a rua, o motorista do ônibus, o empacotador no supermercado, a moça do caixa, o rapaz usando a britadeira para fazer um buraco e consertar o cano de água furado, o caixa da agência bancária, o motorista do táxi. Cada um é nosso irmão. Não precisa empinar seu nariz e pensar ou falar aquela frase idiota “sabe com quem está falando?”. Não precisa invejar o indivíduo que parou ao seu lado no semáforo com um carro luxuoso. Talvez ele só tenha isso e mais nada de bom. Mas é seu irmão, sua irmã.

Quando vier à sua consciência um pensamento de que você é melhor que os outros porque tem poder empresarial, político, ou outro, lembre-se, todos somos pó e voltaremos ao pó. É uma questão de tempo. Somos semelhantes e mortais.

Na visão de que somos irmãos, de uma mesma origem geral, isso pode nos levar à exercer compaixão tendo sensibilidade para com o outro. Um olhar de compaixão faz toda a diferença, para quem olha e para que é observado e percebe isso.

Pare de competir. Pare de criticar as pessoas. Pare de se comparar com os outros, seja para se exaltar ou se depreciar. Pare de falar mal dos outros. Você pode ter os mesmos defeitos que critica nos outros e ainda não percebeu. Somos todos irmãos.

Faça força em sua mente, repito, para olhar as outras pessoas como seus irmãos, como semelhantes mortais. Um dia você pode estar à frente desta pessoa a quem você desvaloriza, mas outro dia você pode estar atrás. Todos somos importantes e de valor. Precisamos uns dos outros. Somos irmãos.

Difícil pensar na injustiça que a riqueza material produz. Não se pode explicar a injustiça social. Quem pode saber a causa exata do porque uns são proativos, empreendedores, enquanto outros não são? Mas um não é melhor do que o outro. Você precisa do outro. Não se vive sem a ajuda de muita gente. Que seria de sua cidade sem lixeiros? Como uma indústria produziria sem seus funcionários? Como um comércio poderia ir para a frente sem os balconistas? Somos todos irmãos.

Viva não para competir, mas para compartilhar algo material, intelectual, espiritual. O que você não dá, você perde. Acumular pode ser a perdição da qualidade de vida que produz saúde. Force sua mente a pensar que todos somos irmãos e que a melhor forma de viver é ajudar uns aos outros, sem conflitos de interesses. Somos todos irmãos. Quem vive assim, com esta visão e prática, pode ter paz, serenidade, alegria. Force sua mente a pensar com compaixão.

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Dose de reforço da vacina

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Dose de reforço da vacina
A terceira dose de vacina contra a Covid-19 ou dose de reforço para a população idosa já começou em várias cidades brasileiras. Em Nova Friburgo, no entanto, até o fechamento desta coluna, nem indicativo ou planejamento de quando começará. A terceira dose para idosos com mais de 60 anos e imunossuprimidos foi determinada pelo Ministério da Saúde, acompanhando decisão de outros países.

Dose de reforço da vacina
A terceira dose de vacina contra a Covid-19 ou dose de reforço para a população idosa já começou em várias cidades brasileiras. Em Nova Friburgo, no entanto, até o fechamento desta coluna, nem indicativo ou planejamento de quando começará. A terceira dose para idosos com mais de 60 anos e imunossuprimidos foi determinada pelo Ministério da Saúde, acompanhando decisão de outros países.

Benito em Sampa teve a dose
O mais ilustre dos friburguenses deu o exemplo e recebeu nesta semana a sua dose de reforço. Benito di Paula mora em São Paulo e tomou a vacina na capital paulista. Seu filho, Rodrigo Vellozo, fez questão de compartilhar o momento nas redes sociais com uma mensagem pró-vacina: “agradeço e me emociono... papai imunizado com a dose de reforço” – escreveu o cantor que ainda compartilhou as hasgtags vacina para todos e vacina salva vidas.

À espera
Os moradores de Nova Friburgo seguem à espera e assistem, por exemplo, moradores do Rio de Janeiro já sendo vacinados. Na Região, cidades como Teresópolis e Trajano de Moares já aplicam a terceira dose na população idosa. Vale ressaltar que o Ministério da Saúde havia determinado, inicialmente que a dose fosse acima de 70 anos, mas alterou essa recomendação para 60 anos, ontem, 28.          

Profissionais de saúde
A dose de reforço, para o público-alvo contemplado neste momento, é recomendada para quem se vacinou com qualquer imunizante usado na campanha de vacinação. A preferência é pela utilização da Pfizer, no entanto, quando possível. O Ministério da Saúde também definiu um segundo grupo para receber a dose de reforço: profissionais de saúde.   

Próximo grupo com reforço
O grupo deverá receber a nova dose seis meses após o profissional ter completado o ciclo vacinal. Cá entre nós: com essas definições é só se planejar e não deixar a população ansiosa com a morosidade das decisões. Diante das novas etapas da campanha, o Ministério da Saúde tem reforçado ainda mais a necessidade de estados e municípios respeitarem as recomendações da pasta, pactuadas entre a União, Conselhos de secretários das diferentes esferas, previstas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).

Críticas pela desigualdade
A terceira dose da vacina nos EUA, Europa e Brasil é criticada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Não por questões científicas, mas por vieses humanitários. A entidade está preocupada que nesses países já se aplique a dose de reforço, enquanto em países africanos, por exemplo, nem a primeira dose foi aplicada, por falta de imunizantes. Na visão da OMS, não basta imunizar somente alguns países, o mundo todo precisa se vacinar para conter a pandemia e suas novas variantes. Debate complexo.

Protagonista
Com o ator friburguense Bernardo Dugin ao centro, saiu o pôster do filme Baile de Máscaras, dirigido por Iury Pinto. Bernardo Dugin dá vida a Miguel. A película é uma homenagem ao carnaval do Rio de Janeiro e retrata exatamente a ausência da folia nesse ano de pandemia. O trailer já está disponível na internet e cria muitas expectativas pela qualidade.

Nova Friburgo nas telonas
Por falar em cinema... Filmado em Nova Friburgo, “O Jardim Secreto de Mariana”, estreia nesta quinta, 30, nos cinemas de todo o Brasil. Já no trailer, disponível na internet e exibido em algumas salas de cinema, é possível perceber muitas paisagens comuns aos friburguenses. O jardim são as Trilhas do Araçari. Muitas cenas se passam em Salinas. Há também locações no Centro e em Conselheiro Paulino.

Grande produção
O filme de Sérgio Rezende explora o universo das flores e conta a história de João (Gustavo Vaz) e Mariana (Andreia Horta), um casal apaixonado que tem sua relação interrompida de maneira intempestiva. Cinco anos depois da separação abrupta, ele decide seguir seu instinto e parte numa longa jornada de bicicleta para tentar convencê-la de que o romance nunca deveria ter acabado. O amor, que ainda existe entre os dois, é então posto em xeque.

Mais dois
Outra produção quase toda filmada em Nova Friburgo que estreou esse ano nos cinemas foi “Missão Cupido”. Protagonizada por Isabella Santoni, Ágatha Moreira e Lucas Salles, a comédia tem direção de Rodrigo Bittencourt. O longa conta a história do rebelde anjo da guarda Miguel (Lucas Salles), que profetiza que sua protegida Rita (Isabella Santoni) jamais encontrará um amor. A estreia do longa acabou prejudicada pela pandemia. Logo, logo, estará nas plataformas de streeming.

Serra Ação
E vem mais ainda. Também filmado em Nova Friburgo, “Tia Virgínia” deve estrear em 2022. No elenco, Vera Holtz, Arlete Salles e Louise Cardoso. Todas as três grandes produções se viabilizaram com o polo audiovisual local, com organização e importante apoio do Serra Ação. Uma cidade com três grandes filmes se passando nela, de fato, é para poucas. No entanto, esse trabalho está fortemente ameaçado. O polo teve metade da previsão de suas verbas cortadas pela Prefeitura.

Isenção vestibular UERJ
A Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) fecha amanhã, 30, o período para solicitar isenção de taxa do Vestibular 2022. As provas serão realizadas no dia 20 de fevereiro de 2022, em fase única. A isenção pode ser requerida por meio do site da Instituição. O resultado será liberado no dia 29 de outubro. Em Nova Friburgo, estão disponíveis os cursos de engenharia mecânica e engenharia da computação.

Palavreando
“Sou um escritor de poesias sem ser poeta. Cantarolo músicas no chuveiro, mas não sou cantor. Sou um homem simples que, como qualquer outro, murmura canções ao caminhar pelo parque e leva poemas debaixo do sovaco antes de comprar pão na padaria”.

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