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Os negócios que cresceram em meio à pandemia

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

A pandemia causada pelo coronavírus vem trazendo repercussões não apenas de ordem biológica e médica, mas também carrega consigo a instabilidade política, inflação alta, insegurança financeira e pessimismo ao país.

A pandemia causada pelo coronavírus vem trazendo repercussões não apenas de ordem biológica e médica, mas também carrega consigo a instabilidade política, inflação alta, insegurança financeira e pessimismo ao país.

O Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, a soma de todas as riquezas produzidas no Brasil, caiu 4,1% somente no ano passado em relação a 2019, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É de conhecimento público que já há alguns anos, uma forte crise econômica assola nosso país, contudo estamos falando de nada mais e nada menos do que o maior tombo na economia desde 1996.

E estes dados possuem impacto direto na sociedade e são refletidos, também, nos números de desempregados do país, que somam aproximadamente 15 milhões de pessoas, espalhadas de norte a sul e leste a oeste e que buscam a subsistência de suas famílias.

Em contrapartida, nota-se que o momento de dificuldade fez com que muitos brasileiros tivessem que se virar por conta própria e se desafogar em meio à crise, fazendo com que houvesse um “boom” de microempreendedores individuais brasileiros contabilizando 2,6 milhões de novos cadastros de CNPJ’s para autônomos, como: cabeleleiros, manicures, donos de pequenos negócios, pintores etc.

 E engana-se quem acredita que o cenário tão castigado por perdas econômicas e diante da necessidade de se reinventar, fosse possível o crescimento e a prosperidade de alguns setores da economia, por meio da reinvenção, novas estratégias e diagnósticos precisos. Dessa forma, listamos alguns desses setores:

  1. Delivery: Bares, restaurantes e lanchonetes permaneceram fechados durante os tempos de maior gravosidade do Covid-19 e foi necessário reiventar-se. Estima-se que houve um aumento de 975%, no ultimo ano, no fluxo nos aplicativos de entrega de alimentos, tanto no número de usuários, como no número do cadastro de novos negócios. Além disso, toda uma gama de empregos foi gerada por esse crescimento, através da contratação de designers para publicidade nas redes sociais, criação e gerenciamento sites, aumento da frota de motoboys, contratrações para funcionamento do serviço de entrega etc.
  2. Mercado Pet: O isolamento social estabeleceu uma relação mais íntima entre os humanos e os pets. A busca por companhia fez com que muitos brasileiros viessem a aumentar sua família com um animalzinho de estimação, fazendo com que o Brasil se tornasse o 3º maior mercado mundial de pets do mundo e representando um faturamento com vendas em torno de R$ 40 bilhões. Além de ser um setor que não teve que fechar por se tratar de um serviço essencial, ganhou também o impulsionamento por meio “gourmetização” do mercado, com a vinda de coleiras e guias coloridas, alimentação saudável, brinquedos diferenciados e itens personalizados.
  3. Educação Remota: A ociosidade das pessoas em casa trouxe a preocupação do aprimoramento pessoal e do aperfeiçoamento profissional nos tempos de isolamento por meio do ensino à distância. Com essa demanda, muitos sites e aplicativos surgiram dando uma alavancagem à um mercado que movimenta cifras milionárias na busca de cursos de gerenciamento de redes sociais, edição de vídeo, design gráfico, pós graduação e marketing digital.
  4. E-commerce: Segundo levantamento da Nielsen/Ebit cerca de 7,5 milhões de brasileiros fizeram compras online pela primeira vez durante os tempos pandêmicos. Os baixos preços, promoções e cashbacks têm sido atrativos, mas sem dúvida, a pandemia foi um fator importante para a consolidação desse mercado que veio para ficar.

Mesmo com o avanço das campanhas de vacinação é difícil saber quando a pandemia irá acabar. Fato é mercado mudou e os empreendedores devem se questionar e buscar aprender um pouco mais com esses setores mais favorecidos na pandemia.

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Superproteção: ajuda ou atrapalha?

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

A superproteção existe quando o pai, a mãe ou ambos limitam muito a liberdade da criança querendo protegê-la de danos ou riscos que podem acontecer. Você pode praticar isto ao ir além do que é necessário para proteger seu filho, confortando e mostrando preocupação com o estado emocional dele onde isso não é necessário porque a criança está mostrando pouca ou nenhuma angústia.

A superproteção existe quando o pai, a mãe ou ambos limitam muito a liberdade da criança querendo protegê-la de danos ou riscos que podem acontecer. Você pode praticar isto ao ir além do que é necessário para proteger seu filho, confortando e mostrando preocupação com o estado emocional dele onde isso não é necessário porque a criança está mostrando pouca ou nenhuma angústia.

Não fique fazendo por seus filhos o que eles podem fazer. Você arruma a cama deles, limpa o quarto deles, guarda todas as roupas deles, cuida do cachorro deles. E talvez faça isso porque pensa que é mais rápido você fazendo. Mas ensinar os filhos a assumirem responsabilidades é muito importante para a vida deles. E crianças pequenas já podem ajudar em algo.

Seria bom se pudéssemos escolher os amigos de nossos filhos. Não podemos forçá-los a uma amizade só porque os filhos da sua melhor amiga são boas crianças. Claro, as amizades que são prejudiciais como outra criança fisicamente ou mentalmente prejudicando seu filho precisam ser evitadas.

Vamos supor que seu filho quer experimentar o voleibol este ano, mas você sabe que ele é bom no futebol. Ou sua filha quer estar na equipe de matemática com sua melhor amiga, mas você sabe que ela é boa em geografia. Ele ou ela quer ir para um acampamento diferente, em vez do mesmo acampamento dos últimos três anos.

Às vezes, sem pensar, impedimos que nossos filhos se ramifiquem por conta própria. Tudo bem se eles não forem tão bons no voleibol, mas podem tentar. Não importa se o principal motivo para entrar para a equipe de matemática é porque a amiga preferida será companheira de equipe. E se seu filho ou filha quiser ir para um acampamento de verão diferente para explorar algo novo, tudo bem também. Ou seja, deixe que seu filho tome algumas de suas próprias decisões em relação aos seus interesses e atividades. Isso o ajudará a desfrutar da liberdade e se tornar uma pessoa mais independente, que é o que todos desejamos para nossos filhos.

Se você pensa e sente que se não for superprotegida significa que não é amada, corrija este pensamento distorcido. Ser superprotegida não significa ser melhor amada. Se você superprotege, talvez queira ser superprotegida e pode agredir quem não te superprotege por confundir amor maduro com excesso de cuidado.

A superproteção dos pais tem ligação com o desenvolvimento e manutenção de transtornos de ansiedade na infância. Um estudo feito pelos psicólogos Kiri Clarke, Peter Cooper e Cathy Creswella, da Escola de Psicologia e Ciências da Linguagem Clínica, Universidade de Reading, no Reino Unido avaliou mães de 90 crianças, 51 meninos, 39 meninas e sendo 60 clinicamente ansiosas e 30 não ansiosas com idades entre 7 e 12 anos. O objetivo do estudo foi avaliar a superproteção destas mães, suas causas e consequências sobre os filhos. Interessante que o que eles acharam foi que os resultados do estudo sugerem que as respostas ou comportamentos dos pais podem estar mais intimamente relacionadas ao grau de ansiedade dos pais do que da criança.

A superproteção praticada pelos pais, e especificamente a falta de dar autonomia, é a atitude dos pais mais associada aos sintomas e transtornos de ansiedade infantil. Por isso, não adianta levar seu filho num psicólogo para tratar a ansiedade dele, se você é uma pessoa muito ansiosa e não trata este problema em seu próprio comportamento.

Acredite em seu filho ou filha. Dê espaço para ele ou ela se desenvolver. Não cultive a ideia de que superproteção é amar melhor. E vença o pensamento de que se você é superprotegida, então isso significa que é mais amada.

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Doação de móveis

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Doação de móveis
Instituições assistenciais de Nova Friburgo podem se inscrever para receber itens variados em um pacote de 50 mil bens móveis no total que serão doados pela Caixa. Todos os itens, segundo o banco, estão em boas condições de uso. Para se credenciar, as entidades interessadas devem realizar o cadastramento no endereço www.caixa.gov.br/doacao, onde está publicado o regulamento com todas as informações sobre a documentação para a inscrição.

Doação de móveis
Instituições assistenciais de Nova Friburgo podem se inscrever para receber itens variados em um pacote de 50 mil bens móveis no total que serão doados pela Caixa. Todos os itens, segundo o banco, estão em boas condições de uso. Para se credenciar, as entidades interessadas devem realizar o cadastramento no endereço www.caixa.gov.br/doacao, onde está publicado o regulamento com todas as informações sobre a documentação para a inscrição.

Instituições de assistência variadas
No site, também é possível indicar os itens de mobiliário de preferência para recebimento. As instituições cadastradas passarão por etapa de análise dos dados e documentos encaminhados. As entidades elegíveis para participar da ação permanente de doação de mobiliário devem ser pessoas jurídicas sem fins lucrativos, que estejam constituídas como associações, fundações, escolas públicas, entidades filantrópicas, órgãos de segurança pública e de defesa ambiental, e precisam atender a todos os requisitos previstos no regulamento.

Raciocínio computacional
O Centro de Educação e Linguagens (Celi) do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Nova Friburgo está com vagas abertas para o curso “Introdução a Programação com Jogos”. O curso é voltado para alunos do ensino médio e final do ensino fundamental, tendo como objetivo ensinar raciocínio computacional - base de todas as linguagens de programação – utilizando jogos. As inscrições podem ser feitas até o dia 1º de outubro. Serão oito semanas, com quatro horas semanais, iniciando no dia 27 de outubro.

Áudio transcrito
Por falar em computação e tecnologia, olha essa novidade que vai facilitar em muito a vida com relação aqueles áudios longos que recebemos no WhatsApp. Uma atualização, em teste, vai permitir que você faça a transcrição de mensagens de voz recebidas pelo aplicativo, ou seja, que você coloque legenda nos áudios que te enviarem. Será possível buscar uma informação enviada por alguém em áudio, por exemplo, sem ter que ouvir a conversa toda.

Mais novidades
Os testes, por enquanto só contemplam iOS (Iphone) e sem data para lançamento. Apesar de o WhatsApp ter confirmado que está realmente desenvolvendo a funcionalidade, ainda não há previsão de quando o usuário poderá usufruir dela. Até lá, o play na velocidade de 1,5 ou 2x traz ganho de tempo para muita gente.

Só um deve subir em 2022
A CBF ainda não oficializou, mas os campeonatos estaduais terão 16 datas no ano que vem. Com base nisso, o Campeonato Carioca terá 15 datas, mantendo a fórmula usada nesse ano. O que interessa para o Friburguense que disputará novamente a segundona? É o prenúncio de que não havendo modificação na estrutura da elite, dificilmente haverá a alteração desejada e até prometida nos bastidores de que dois times serão rebaixados, o que faria com que subam dois times da segundona.

Mesma fórmula
Assim, deve seguir a mesma fórmula de disputa da segundona, com apenas um time entre os 12 ascendendo de divisão. Por outro lado, também cai apenas um clube. Nesse ano, o Audax conseguiu o acesso, enquanto o Duque de Caxias foi rebaixado para a terceirona. No entanto, com a subida de apenas um time, se torna muito mais difícil o acesso. Sem recursos financeiros, a missão se torna quase que um milagre. A competição deve começar em maio. Lembrando que ano que vem, terá Copa do Mundo, pela primeira vez ocorrendo em novembro-dezembro.

Transmissão de TV
A boa notícia é que a TV Alerj vai transmitir o Estadual da segundona do ano que vem. A emissora pública, chegou a se programar para as transmissões já desta edição, mas não teve tempo hábil para se estruturar. Mas fez as transmissões da quarta divisão e fará agora as da terceirona. A promessa é caprichar ainda mais para a segundona, com pelo menos um jogo, ao vivo, por rodada.

FrizãoTV
Para os clubes e seus patrocinadores é visibilidade, ainda que esteja longe da promessa da Federação de Futebol do estado (Ferj) de recursos financeiros advindos desse produto. Mesmo com a TV Alerj, os clubes poderão continuar transmitindo suas partidas pela internet, em seus respetivos canais oficiais, quando forem mandantes. A FrizãoTV tem gerado conteúdo, mas não conseguiu nesse ano o objetivo de transmitir as partidas ao vivo.   

Imperatriz terá enredo indígena
A Imperatriz de Olaria definiu a história que vai contar na avenida em 2022, caso se confirmem as expectativas de ter desfiles no próximo carnaval, em Nova Friburgo. A vermelho e branco de Olaria escolheu o tema indígena “Anauê, Membira Ibi – Salve o Povo da Terra”, de autoria do carnavalesco Gilson Pereira da Silva. Já nesta sexta-feira, 24, às 19h30, a sinopse do enredo será apresentada aos compositores interessados para que façam suas obras para a disputa do samba da agremiação.

Vilage é sertão, Saudade é metalurgia
Além da Imperatriz, já revelaram seus enredos as escolas Vilage no Samba e Unidos da Saudade. A atual campeã, Vilage, definiu o “Som do Sertão” como seu enredo. Inclusive, o samba já está pronto desde o ano passado. A Unidos da Saudade escolheu a metalurgia como tema, no enredo “Metalurgia, a Chave do Progresso”, em clara alusão à força das indústrias locais que se notabilizam como maior mercado da América Latina. A Alunos do Samba já definiu seu enredo, mas ainda não revelou. O que se sabe é que será com pegada social, sobre as mazelas brasileiras, algo que a escola sempre se deu bem. A conferir.

Confiança apreensiva
Nas quadras, apesar de toda preparação e planejamento estar ocorrendo, há medo e desconfiança. Mais do que o temor com a continuidade da pandemia, teme-se as decisões políticas. Se por um lado há confiança com o avanço da vacinação e a diminuição de casos, não se sente firmeza na postura municipal. Importante argumento é a realização da folia no Rio de Janeiro, o que pressiona as autoridades locais terem uma narrativa muito criativa para não ter carnaval em Nova Friburgo. Só o tempo dirá.            

Palavreando
“Não dá para mensurar uma vida apurando todos os dias de uma vida. Porque a vida não é bem uma equação ou um problema que necessita de solução. Não é preciso ter resposta para tudo quando, na verdade, a beleza pode estar na pergunta”.

 

Foto da galeria
Muitos friburguenses se surpreenderam nesta terça-feira, 21, Dia da Árvore, em Nova Friburgo. Numa ação da Escola de Sustentabilidade EcoModas, mudas de árvores da Mata Atlântica foram deixadas em pontos inusitados da cidade, para que quem quisesse pegar para plantar as levasse. As mudas de Palmito Juçara acabaram rapidamente.
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Cabeças cortadas

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Nunca mais namorou, nem às segundas nem em qualquer dos outros miseráveis dias da semana

É muito chato esse negócio de dar más notícias. Não é à toa que os gregos cortavam a cabeça do soldado que retornasse da batalha falando em derrota. No mundo moderno, nem sempre as cabeças são literalmente cortadas, mas é difícil não antipatizar com o primeiro sujeito que vem nos dizer que estamos ficando careca, como se fosse ele o causador universal da queda de cabelos.

Nunca mais namorou, nem às segundas nem em qualquer dos outros miseráveis dias da semana

É muito chato esse negócio de dar más notícias. Não é à toa que os gregos cortavam a cabeça do soldado que retornasse da batalha falando em derrota. No mundo moderno, nem sempre as cabeças são literalmente cortadas, mas é difícil não antipatizar com o primeiro sujeito que vem nos dizer que estamos ficando careca, como se fosse ele o causador universal da queda de cabelos.

E há maneiras simbólicas de decapitar o intrometido que vem nos esclarecer sobre coisas que preferíamos deixar na penumbra, quando não na completa escuridão. É o que prova o caso de uma senhora que há muitos anos se sentiu na obrigação de dar certa má notícia à sua melhor amiga. Vamos chamá-las de Marta e Maria, que têm a vantagem de ser dois nomes bíblicos e por serem tão universais não se aplicam a ninguém em particular.

Uma das amigas, digamos que Maria, arrumou um namoro, o que não seria nada demais não estivesse ela na idade em que a gente, para ser gentil com uma dama, diz que ela “não é mais criança”. E esse namoro tinha uma particularidade: só se consumava e consumia às segundas-feiras. O cavalheiro alegava que, nos demais dias da semana, trabalhava no Rio de Janeiro. Quem acreditaria nisso? Maria acreditava. Ou pelo menos enganava a si mesma tão bem que ela mesma acreditava que acreditava. E assim prosseguia o namoro, toda segunda: jantares, cinema, passeios de carro, curvas e mais curvas por onde inquietas mãos passeavam. Daí que Maria voltava para casa sonhando com o casamento que poria fim àquelas segundas-feiras corridas e incompletas. Maria sonhava com um amor de sete dias por semana, sem intervalos. E nessa ilusão passava os dias na esperança de um só dia.

Aí é que Marta entra na história. Certa de que sua amiga estava sendo enganada, pôs-se a investigar. E tanto que acabou chegando à descoberta nada espantosa de que o D. Juan era casado no Rio de Janeiro e vinha à nossa cidade nas segundas-feiras para prestar assessoria a empresas. Talvez viajasse para outros cantos nos restantes dias da semana e onde quer que prestasse assessoria técnica, prestasse também assessoria amorosa a alguma Maria local.

Marta, amiga tão amiga, acabou contando. Contou à Maria que o galã das segundas-feiras era também um galã de segunda e jamais a transformaria em primeira-dama. Maria mudou de cor, chorou e rangeu os dentes. Depois acusou a amiga de fofoqueira e invejosa. Quando lhe faltaram acusações medianamente civilizadas, fez um discurso que não pode ser apresentado neste horário, em respeito às crianças presentes.

Verdade que Maria terminou o namoro. Nunca mais namorou, nem às segundas nem em qualquer dos outros miseráveis dias da semana. Mas é verdade também que nunca mais falou com Marta. Perdeu o namorado e resolveu completar a desgraça perdendo a amiga. Assim foi, porque assim somos. Preferimos as mentiras doces às verdades amargas. Se sonhamos com rosas e aparece qualquer Marta para nos dizer que os espinhos existem, ficamos revoltados. Cortamos a cabeça dessa Marta imprudente, que é para ela não vir nos enfiar a realidade pelos olhos, quando os tínhamos fechados justamente para enxergar apenas a ilusão que cultivávamos por trás das nossas pálpebras cansadas.

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Fakenews no futebol

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

No último domingo, 19, a ex-Vênus Platinada, atual Vênus de Lata, nos proporcionou um episódio bizarro, que vai entrar para a história do telejornalismo esportivo como uma falta de cuidado acima de qualquer suspeita. É também um alerta para repórteres e jornalistas, não importa a matéria, de que a informação é muito importante para o ouvinte ou leitor e que ela deve ser tratada com o máximo de carinho, para que seja um esclarecedor genuíno dos fatos em andamento.

No último domingo, 19, a ex-Vênus Platinada, atual Vênus de Lata, nos proporcionou um episódio bizarro, que vai entrar para a história do telejornalismo esportivo como uma falta de cuidado acima de qualquer suspeita. É também um alerta para repórteres e jornalistas, não importa a matéria, de que a informação é muito importante para o ouvinte ou leitor e que ela deve ser tratada com o máximo de carinho, para que seja um esclarecedor genuíno dos fatos em andamento.

No estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, jogavam Vasco da Gama e Cruzeiro e ao final do primeiro tempo, o placar mostrava a vitória parcial da equipe cruzmaltina por 1 a 0. No segundo tempo, já no final do período normal deu-se a lambança da Rede Globo. Daniel Amorim marcou o segundo gol para o Vasco da Gama, mas a arbitragem anulou o tento, auxiliada pelo Var (árbitro de vídeo), alegando que Gabriel Pec havia colocado a mão na bola, no início da jogada. No entanto, quem acompanhou a partida de casa achou que o jogo tinha terminado em 2 a 1 para o Vasco, haja vista o lance não ter sido compreendido pela equipe que cobria o evento.

O que aconteceu entre o jogo visto pelos torcedores no estádio e o transmitido pela Rede Globo? Desatenção inadmissível. O narrador Luiz Roberto de Múcio, os comentaristas de futebol e ex-jogadores Roger Flores e Paulo Nunes discutiam sobre quem seria o melhor jogador do jogo e, numa falha grosseira, não observaram o que se passava em campo. O árbitro André Luiz de Freitas Castro foi alertado pelo Var de que Gabriel Pec havia tocado com o braço na bola, antes da conclusão da jogada. O mais estranho é que Sandro Meira Ricci, comentarista de arbitragem da Globo, também presente à transmissão, nada falou. E, o repórter de campo, que tentava avisar o ocorrido não teve o som aberto no estúdio. Aos 49 minutos, ainda na prorrogação, o Cruzeiro empatou o jogo, com um gol de Ramon.

O curioso é que o marcador da Globo acusava 2 a 1 para o Vasco e o comentarista Roger Flores não entendia a vibração dos cruzeirenses com o gol que apenas selava a derrota de sua equipe. Ainda comentou com Luiz Roberto o estranho comportamento dos jogadores do Cruzeiro. Aliás, esse é o mal de transmissões de estúdio onde a visão é tão limitada como a dos tele espectadores. Se estivessem nas cabines de São Januário, teriam notado que o placar do estádio marcava 1 a 1 e poderiam corrigir a tempo esse erro lamentável.

Só com o apito final e com a confusão instalada no gramado é que o repórter de campo pode informar o que se passava e acertar o placar da Globo. Para os três patetas o jogo terminara 2 a 1 para a equipe cruzmaltina. Para a grande torcida vascaína que comemorava, diante de seus aparelhos de televisão uma vitória fictícia, a frustração de mais um empate e a triste sensação de que a subida para a série A está cada vez mais difícil.

Mas o que esperar de uma emissora que desde há muito trata a notícia não como algo sério, mas sim como uma mercadoria a serviço de seus interesses. A cobertura da pandemia da Covid-19 foi, a meu ver, o anti jornalismo, pois o mais importante era apavorar o leitor ou tele espectador. Se retrocedermos um pouco, a Globo endeusou e participou ativamente da eleição de Fernando Collor de Mello para a presidência do Brasil em detrimento daquela de Luís Inácio; foi essa mesma Globo que ajudou na sua queda, apostando no seu impeachment. O caçador de marajás virou marajá.

Com relação ao presidente Jair Bolsonaro, ela jamais informou algo de maneira isenta, principalmente se isso ajudasse na ladainha contra o atual ocupante do Alvorada, eleito com  quase 60 milhões de votos. Não há um dia que a Vênus de Lata não fale mal do presidente, elogios, jamais. Mas, divulgar falsas pesquisas em que Luís Inácio (vai poder se candidatar?) está na frente no primeiro e segundo turnos é uma constante. Se erram no resultado de uma partida de futebol, como acreditar serem sérios nas demais notícias veiculadas pela rede?

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A VOZ DA SERRA é a companhia ideal para uma excelente viagem!

terça-feira, 21 de setembro de 2021

“O preço que o jovem paga pelo isolamento”. Com este tema, o Caderno Z do último fim de semana nos trouxe uma edição complexa, mas de fácil entendimento pelas abordagens em uma linguagem que todos nós podemos alcançar. Sempre ouvi dizer que tudo na vida tem um preço e não seria diferente com a pandemia que, a todo instante, nos cobra um alto custo em todos os aspectos da existência humana.

“O preço que o jovem paga pelo isolamento”. Com este tema, o Caderno Z do último fim de semana nos trouxe uma edição complexa, mas de fácil entendimento pelas abordagens em uma linguagem que todos nós podemos alcançar. Sempre ouvi dizer que tudo na vida tem um preço e não seria diferente com a pandemia que, a todo instante, nos cobra um alto custo em todos os aspectos da existência humana. Os jovens estão no topo das preocupações dos especialistas, pois, com a “suspensão da maioria das atividades presenciais”, em especial, o convívio escolar diário e a falta de interações sociais têm sido a causa de muitos transtornos psicológicos.

A psicóloga Gabriela Henriques, especialista em terapia cognitivo-comportamental, alerta sobre a importância da interação no convívio familiar; “Trago reflexões para buscarmos estratégias de ações por onde é possível repensar, agir melhor, sem críticas...” E, como cada caso é um caso, a doutora explica: “E cada família saberá sua melhor estratégia de ação a ser implementada. O que você tem condição de mudar com seus familiares daqui em diante? A pergunta vem com uma proposta de que “o diálogo é possível” e se torna o “primeiro passo” na busca de um aprimoramento familiar.

O medo que ainda permeia uma retomada da vida tem gerado ansiedade e de acordo com pesquisas, os jovens sentem angústia com crises de choro. Aliás, destaca o texto de Bruna Alves, “chorar faz bem e é necessário para a nossa saúde mental”.

Wanderson Nogueira trouxe um “lockdown” bem oportuno: “Segurança é mito e querer segurança é um modo arriscado de acreditar que viver não seja um permanente risco. O que precisamos agora, e, desde ontem, é abrir as nossas janelas e não basta olhar para além delas. É preciso colocar os braços, o peito, o espírito para fora...”. Joia!

A habitação popular tem sido tema de todas as épocas. Em “Há 50 Anos”, a Cohab prometia construir 600 casas populares e apartamentos em nossa cidade. Agora, o governo estadual lança o programa “Casa da Gente”, que pretende construir, nos próximos cinco anos, 50 mil casas e apartamentos e vai contemplar, entre outras, a Região Serrana, com previsão de 1.088 casas para as vítimas da tragédia de 2011. E tem mais, o programa se destina também a reformar ou concluir unidades de outros projetos. 

Com tanta coisa “legal” acontecendo, na contramão do bom senso, os consumidores enfrentam uma situação desagradável com alguns produtos com redução de conteúdo, sem queda no preço. O engraçado é que isso é uma tendencia mundial para alguns setores alimentícios de que a diminuição do tamanho é para “estimular uma dieta mais equilibrada”. Mas, o preço não diminui? A dieta no bolso também conta!

Marcando o 15 de setembro, Dia Internacional da Democracia, Christiane Coelho nos brindou com uma reportagem do tamanho dos nossos anseios por um mundo melhor de entendimentos e de respeito às pluralidades. Entretanto, estamos na era das redes sociais, onde a instantaneidade da comunicação facilita o envio de mensagens e, como disse Geovane Corrêa, “abriu-se um campo minado para a falta de respeito ao pensamento do outro e ao discurso do ódio...”. Muita gente cria perfis falsos para se ocultar numa cortina de ofensas, mas o advogado Alexandre Valença alertou que a internet não é um terreno sem lei e é possível se chegar à real identidade do perfil.

Caminhamos entre o bem e o mal. Basta dizer que foi criado o Dia Mundial da Limpeza, ocorrido no último sábado, 18, em 180 países, com o intuito de limpar áreas ambientais. Em Nova Friburgo, o Rio Bengalas entrou no roteiro das ações para recolhimento de lixo em suas margens. A charge de Silvério retratou bem o que se tem visto e o Cão Sentado grita! É certo que o nosso rio tem seu leito bem cansado, mas, nunca precisou de um sofá para descansar. É costume ter de tudo no descarte: pneus, latinhas e outras quinquilharias. Parece um bazar de irresponsabilidades. Um louvor para quem limpa e um puxão de orelhas para quem suja!

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Imperdível feijoada, domingo

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Imperdível feijoada, domingo

No próximo domingo, 26, haverá deliciosa feijoada beneficente promovida pelos Rotarys Clubes Nova Friburgo Suspiro e Olaria em prol da Casa Madre Roseli, Adinf (Associação dos Diabéticos de Nova Friburgo) e Projeto Mulheres Vítimas de Violência.

Imperdível feijoada, domingo

No próximo domingo, 26, haverá deliciosa feijoada beneficente promovida pelos Rotarys Clubes Nova Friburgo Suspiro e Olaria em prol da Casa Madre Roseli, Adinf (Associação dos Diabéticos de Nova Friburgo) e Projeto Mulheres Vítimas de Violência.

Os convites custam R$ 25 e a retirada das quentinhas se dará das 11h às 14h no formato drive thru na sede da Casa Madre Roseli, com entrada pela Rua General Osório e saída pela Avenida Rui Barbosa. Para as compras, os interessados que realmente devem prestigiar este acontecimento, devem fazer seus pedidos através dos telefones e WhatsApp 9 9818 1316 ou 9 9896 7361.

Bodas de Granito

No último dia 15, o querido casal da foto Eneir e Reynaldo Thurler completou 48 anos de feliz união matrimonial, para felicidade também de seus filhos, netos, todos familiares e muitos amigos.

O casamento de Reynaldo e Eneir com presenças de familiares e convidados, aconteceu em 1973 na Capela de Santo Antônio, na Praça do Suspiro. Parabéns e felicidades!

Vivas aos Fabrízio

Cumprimentos com um grande abraço de felicitações ao admirado Fabrízio Salarini que ontem, 20, completou mais um aniversário natalício. Tudo de bom!

Aniversariante do dia 26

O conhecido friburguense Jorge Risso, que como ótimo goleiro do passado brilhou defendendo diversas equipes de Nova Friburgo e em especial na década de 60, o São Pedro F.C. do bairro Duas Pedras, estará aniversariando no próximo domingo, 26, porém neste sábado, 25, no Bar do Solimar, da Associação de Moradores do Parque Residencial Maria Teresa, estará comemorando a data, naturalmente com todas os cuidados e protocolos de segurança sanitária necessários.

Desde já, ao grande Jorge Risso, na foto ao lado do seu ídolo e amigo Roberto Dinamite, memorável e inesquecível craque do Vasco da Gama, os nossos votos de tudo de bom.

Campesina: nova conquista

O presidente da banda Campesina Friburguense Carlos Magno da Silva, o Maguinho e toda diretoria, músicos e simpatizantes daquela admirada agremiação musical estão muito felizes com mais uma importante conquista recém-alcançada.

É que o deputado federal Marcelo Calero conseguiu mais uma emenda parlamentar para a Campesina adquirir novos instrumentos para sua banda sinfônica através do projeto Reestruturando a Campesina.

Lojas das capinhas

Nova Friburgo que já viveu no passado em épocas diferentes a febre das bombonieres, sapatarias e mais recentemente, farmácias, tem visto por último o modismo das lojas de acessórios para celular e sobretudo, das capinhas dos aparelhos.

Os designers, coloridos, estampas e criatividades realmente encantam especialmente aos mais jovens e aí os lojistas, claro, agradecem.

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Dom da escuta

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Na vivência eclesial, o mês de setembro é marcado pela meditação mais intensa da Sagrada Escritura. O Mês da Bíblia é um evento que tem como objetivo incentivar e valorizar a escuta da Palavra de Deus.

Desde 1971, a Igreja no Brasil oferece aos fiéis temas que favoreçam o aprofundamento e conhecimento dos mistérios e planos do Senhor. Este ano a proposta de estudo é a Carta de São Paulo Apóstolo aos Gálatas com o seguinte lema: “Pois todos vós sois um só em Cristo Jesus”.

Na vivência eclesial, o mês de setembro é marcado pela meditação mais intensa da Sagrada Escritura. O Mês da Bíblia é um evento que tem como objetivo incentivar e valorizar a escuta da Palavra de Deus.

Desde 1971, a Igreja no Brasil oferece aos fiéis temas que favoreçam o aprofundamento e conhecimento dos mistérios e planos do Senhor. Este ano a proposta de estudo é a Carta de São Paulo Apóstolo aos Gálatas com o seguinte lema: “Pois todos vós sois um só em Cristo Jesus”.

O mês de setembro também recebeu outra importante campanha de conscientização: “Setembro Amarelo”. Dentre as muitas e importantes ações, está a conscientização do valor da escuta.

A cultura atual tem nos conduzido ao mais terrível isolamento social, aquele que se faz atuante mesmo quando está cercado de pessoas. Há um certo ar de desconfiança em todas as relações que nos bloqueia e nos faz crer que não se pode mostrar fraqueza ou dor. Somos marcados com a dupla insensatez de não saber ouvir e não saber (poder) falar. Criamos um mundo utópico maquiando a realidade vivida pela obrigação de estar sempre bem, o que favorece o advento da desconfiança mútua e o aprisionamento em si, nas suas próprias dores e angústias. Não há espaço para grupos de partilhas sinceras e destemidas. As relações estão cada vez mais poluídas pela vaidade e pelo orgulho.

O Papa Francisco ao refletir a palavra “insensato”, aplicada por Jesus aos fariseus no evangelho de Lucas (11, 37-41), adverte que “a insensatez é não escutar, literalmente ‘não saber’, ‘não ouvir’: a incapacidade de escutar a palavra. Quando a palavra não entra, eu não a deixo entrar porque não a escuto. O tolo não escuta. Ele crê que ouve, mas não ouve, não escuta. Faz sempre como acha, sempre. E, por isso, a palavra de Deus não pode entrar no coração e não há lugar para o amor. E quando entra, entra destilada, transformada pela minha concepção da realidade. Os tolos não sabem ouvir. E esta surdez os leva à corrupção. Quando não entra a palavra de Deus, não há lugar para o amor e enfim, não há espaço para a liberdade” (Homilia Matutina, 17 out. 2017).

É urgente ouvir a voz de Deus que nos chama à reconciliação e ao amor, porém se estivermos preocupados demais em disfarçar nossas fraquezas, não seremos capazes de ir ao encontro dos que precisam de nós. O dom da escuta sincera, orante, o mais possível livre de preconceitos e condições nos permitirá entrar em comunhão com as diferentes situações que vivem nossos irmãos. Ouvir a Deus, para escutar com ele o clamor do povo; ouvir o povo, para respirar com ele a vontade a que Deus nos chama (cf. Papa Francisco, Discurso na Vigília de Oração preparatória para o sínodo sobre a família, 4 de outubro de 2014). Façamos de nossa vida um receptáculo aberto, disponível a acolher, a ouvir, a valorizar o outro com suas experiências, dores e alegrias.

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Padre Aurecir Martins de Melo Junior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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A quarta capa e a produção do mel

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Esta coluna vai me respaldar para escrever a quarta capa do livro de uma
amiga e escritora que me presenteou com esta oportunidade. O convite para
participar de uma obra literária é uma reverência ao convidado, um
reconhecimento às suas qualidades literárias e pessoais. Não são seus belos
olhos, muito menos seu agradável sorriso que vão fundamentar o delicado
convite, mas os valores e as capacidades literárias que ele desenvolveu a
longo do tempo com esforços e dedicação.
***

Esta coluna vai me respaldar para escrever a quarta capa do livro de uma
amiga e escritora que me presenteou com esta oportunidade. O convite para
participar de uma obra literária é uma reverência ao convidado, um
reconhecimento às suas qualidades literárias e pessoais. Não são seus belos
olhos, muito menos seu agradável sorriso que vão fundamentar o delicado
convite, mas os valores e as capacidades literárias que ele desenvolveu a
longo do tempo com esforços e dedicação.
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O livro é vestido por quatro capas. A primeira é o cartão de visitas. A
segunda é a parte oposta à primeira capa. A terceira é o lado oposto à
contracapa. A última é a quarta capa. Particularmente, gosto da segunda e da
terceira, chamadas de guarda, que possuem a função de grudar as capas ao
miolo e podem ser lisas ou ornamentadas com desenhos e estampas, que
encantam o leitor quando folheiam o livro. Em todos os livros que editei, cuidei
dessas capas com cuidados especiais.
A quarta capa ou a contracapa faz parte da vestimenta do livro, que
desfila em vários ambientes reais, como vitrines de livrarias, prateleiras de
bibliotecas e estandes de feiras literárias. Em ambientes virtuais, como sites,
bibliotecas e livrarias. Uma obra literária tem que percorrer os caminhos do
mundo para ser lida por diferentes pessoas e em culturas distintas. São
histórias e ideias que não podem ficar esquecidas ou guardadas, devem
fomentar novos pensamentos, fazeres e transformações. Os livros modificaram
as civilizações e atualizam a cada dia os modos de ser e fazer. São fontes
inesgotáveis de mutação.
Cada obra literária deve seduzir e cativar o leitor, que é sujeito único.
Quando exposta, o leitor vai ter vontade de conhecê-la de imediato,
observando sua capa para ter ciência do autor, do assunto, sempre contido no
título e na apresentação gráfica, da editora, do ilustrador e de outras questões
mais. A seguir, invariavelmente, detendo-se na quarta capa, em que o autor ou

alguém por ele escolhido, vai informar a respeito da obra, indicar o público-alvo
a que se destina, apresentar uma sinopse e fazer reflexões a respeito da obra
de modo que o leitor seja tocado em seus centros de interesse e tenha vontade
de adquiri-la para lê-la, presenteá-la, usá-la como fonte de pesquisa.
O texto da quarta capa deve ser suscinto, claro e objetivo. Não deve
confundir o leitor, uma vez que várias informações num curto espaço atordoam,
e o essencial acaba sendo ofuscado pelo irrelevante. Não deixa de ser uma
forma de divulgar a obra, ao apresentar uma avaliação positiva do texto e até
mesmo da ilustração.
O texto da quarta capa pede zelo de quem o escreve pelas necessidades
de concisão, criatividade e harmonia que exige. Em poucas linhas, através de
uma leitura agradável e atraente, deve conter a essência da obra. Quando
elaborado por um convidado, contém um olhar diferente do autor.
Se é o autor ou não, quem o escreve deve ter a presteza das abelhas que
retiram o néctar das flores, desprezam os micro-organismos e produzem o mel.

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Cohab promete construir 600 casas populares em Friburgo

sábado, 18 de setembro de 2021

Edição de 18 e 19 de setembro de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim

Manchetes:

Edição de 18 e 19 de setembro de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim

Manchetes:

  • Seis centenas de casas de apartamentos e casas populares financiadas pelo BNH é o que promete a Cohab ao prefeito Feliciano Costa: O grande plano obedecerá o novo sistema determinado recentemente pelo presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, ou seja, com juros menores aos que vinham sendo exigidos e correção monetária em termos moderados. Habitações serão erguidas no Cordoeira.  
  • Há algo que não pode continuar: No interior, principalmente, o funcionalismo estadual está vivendo um clima de dificuldades e apreensões. Com o passar dos dias, o pagamento atrasa e já neste setembro de 1971 o mesmo está previsto. Fala-se em acumulação de dois períodos mensais. Há muito tempo que o fato, realmente triste para os funcionários que não encontrando quem venda fiado – coisa que nos tempos atuais está completamente ultrapassado por parte dos negociantes - submetem-se aos maiores vexames e não estão muito longe da fome.
  • Novo diretor da Agência Fluminense de Informações: O jornalista Ayrton Baffa, assumiu o cargo de diretor da Agência Fluminense de informações, importantíssimo órgão de divulgação do governo do nosso estado. A posse ocorreu no Palácio Nilo Peçanha ocasião em que o novo titular da AFI foi alvo de consagradoras homenagens. Trata-se, de um conhecedor profundo dos variados ângulos da missão que vai ocupar, podendo-se esperar que o mesmo some mais uma série de vitórias em sua brilhante carreira de jornalista e de homem afeito aos da divulgação oficial.
  • Nada de piegas: Aos que, pretendendo justificar uma injustificada oposição ao proposto pelo Executivo municipal à Câmara dos Vereadores, ou seja a alienação de ações da Petrobrás para com os recursos executar importantíssimo plano no ensino superior, informamos que não vale falar em defesa do petróleo nacional, pois os ditos papéis são vendidos diariamente na Bolsa de Valores, na quantidade que possíveis compradores queiram.
  • Muito bem!: Já chegou à Câmara do nosso município, a mensagem do prefeito Feliciano Costa, propondo a alienação de ações da Petrobrás. Com os recursos desta operação, poderá ser realizado o velho sonho dos friburguenses: a implantação em nossa cidade da Faculdade de de Bio-médica e Colégio Profissional, arrancando assim para Friburgo, o nobre título de “Cidade Universitária”. 
  • XIII- Congresso Brasileiro de Radiologia: Seis centenas de médicos estarão em nossa cidade para participar do 13º Congresso Brasileiro de Radiologia. Delegações de todos os estados integram as comissões e o plenário da importantíssima assembleia. Como a maioria dos congressistas serão acompanhados de assistentes, esposas e familiares, calcula-se que aproximadamente dois mil visitantes permanecerão em Friburgo.
  • Pedro Cúrio em franca convalescência: O brilhante e querido confrade Pedro Cúrio que submeteu-se a uma delicada intervenção cirúrgica, felizmente está passando otimamente em sua residência na Guanabara, na Rua Barão da Torre,  cumprindo o período de convalescença previsto pelos médicos. O conhecido jornalista e historiador, que periodicamente honra nossas colunas é um bravo lutador da imprensa, a qual sempre se dedicou, tendo sido proprietário e diretor de O Nova Friburgo.
  • E mais: Secretário de Fazenda em entrevista na rádio; Frederico Sichel de regresso a Friburgo; Presidentes de Câmaras Municipais não podem receber; Briga de foice no esporte e as Bodas de Prata do casal Zeir e Humberto El-Jaick. 

Pílulas:

  • O senador Amaral Peixoto solicitou que fossem canceladas as homenagens com que o MDB fluminense festejaria a sua volta da Europa e América do Norte, países que lhe prestaram honrarias especiais e outorgaram-lhe comendas das mais expressivas, e que somente altas personalidades recebem.
  • A administração municipal tem esboçado um grande plano para imediata execução no extremo-norte do nosso principal jardim: a Catedral dos Eucaliptus. Aumento da área destinada ao recreio da garotada, com a instalação de novos aparelhos, moderno coreto para audições musicais e uma série de atrações, inclusive uma fonte luminosa musicada.
  • Graças ao prestígio da administração Feliciano Costa junto a COHAB-RJ, serão iniciadas ainda este ano, a construção de mais 600 casas populares, em terrenos da Vila Amélia e do chamado Morro do Cordoeira. As 600 unidades obedecerão ao novo processo de financiamento do BNH e com juros mais módicos e correção monetária amenizada.

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra aniversários de: Alael Coelho da Silva e Edelvira Mello Flores Guinle (18); João Batista da Silva, Maria Nilda Kemp Miller e Orquídea Ilse Rocha (19); Paulo Sérgio Cúrio (20); Joel Namen, Mário da Silva Miranda, Noêmia Bizzotto e Geovane (21); José Nunes Figueiredo (22); Flávio Luiz Malheiros, Hélio Madureira e Marina (24).

 

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