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Viver na verdade como São João Batista

terça-feira, 15 de junho de 2021

Estimados leitores, neste mês de junho celebramos, no próximo dia 24, São João Batista, padroeiro da nossa cidade de Nova Friburgo. E o que aprendemos com este grande santo? Em primeiro lugar, aprendemos a dar testemunho de Cristo com nossa vida, com nosso exemplo. Muitos acham que o dever de anunciar a Cristo se cumpre-se apenas com palavras ou gritos. Obviamente as palavras são necessárias, mas se não vão acompanhadas do nosso exemplo, nada do que falamos consegue penetrar e transformar a vida dos nossos ouvintes.

Estimados leitores, neste mês de junho celebramos, no próximo dia 24, São João Batista, padroeiro da nossa cidade de Nova Friburgo. E o que aprendemos com este grande santo? Em primeiro lugar, aprendemos a dar testemunho de Cristo com nossa vida, com nosso exemplo. Muitos acham que o dever de anunciar a Cristo se cumpre-se apenas com palavras ou gritos. Obviamente as palavras são necessárias, mas se não vão acompanhadas do nosso exemplo, nada do que falamos consegue penetrar e transformar a vida dos nossos ouvintes.

Como bem nos lembra Santo Antônio de Pádua, que também celebramos neste mês, no último domingo, 13, “cessem as palavras, falem as obras”. E São João Batista viveu essa coerência entre o que pregava e o que vivia. Pregou a penitência e a conversão e buscou viver uma vida mortificada, de acordo com sua pregação.

Em segundo lugar, de São João Batista aprendemos também que nossa vida ganha sentido no serviço a Deus e ao nosso próximo. E como podemos servir a Deus e aos demais se estamos confinados, em plena pandemia? Certamente podemos servir a Deus nos demais em muitas situações do nosso dia a dia... Um telefonema a alguém que sabemos que está sofrendo com a solidão ou pela perda de um ente querido; nutrir conversas cheias de alegria e esperança, que infundam ânimo nos demais; se prontificar a ajudar aqueles que são do grupo de risco, indo para eles à farmácia, ao mercado, à padaria...; colaborar com as obras sociais de tantas Igrejas que, neste tempo de pandemia, não deixaram de ajudar os que estão em situação de rua ou famílias carentes; ser mais compreensivos e “gastar tempo” com os filhos pequenos, entediados com o isolamento... Enfim... muitas são as possibilidades de servir... E, servindo aos que mais necessitam, servimos também a Deus, já que estamos chamados a ver a Cristo naqueles que mais sofrem.

Por último, mas não menos importante, aprendemos que a nossa vida deve ser um compromisso com a verdade. Se antes falávamos da coerência de João Batista, essa coerência se dava por causa do seu compromisso com a verdade. E por ela João perdeu a sua vida, foi martirizado. A “voz que clama no deserto” (cf. Jo 1,23) foi silenciada... Mas nem por isso seu sangue derramado deixou de “gritar”, porque a verdade nunca pode ser abafada, camuflada, silenciada.

Vivemos numa sociedade que passa por uma “crise acerca da verdade”. Queremos nos comprometer com “nossa verdade”, não aceitamos a ideia de uma verdade universalmente válida. E, assim como atribuímos critérios subjetivos para descobri-la, também falamos de uma verdade subjetiva. “Importa o que eu penso sobre isso”, dizemos... E este caminho só nos leva ao equívoco, à confusão, ao erro. Perdemos de vista quem somos e ferimos nossa dignidade. Além do mais, a verdade é essencial na nossa convivência com os demais, pois, como diz Santo Tomás de Aquino: “os homens não poderiam viver juntos se não tivessem confiança recíproca, quer dizer, se não manifestassem a verdade uns aos outros”.

Assim sendo, qualquer cristão, qualquer um de nós, nunca pode renunciar a conhecer a verdade. E a verdade que nos liberta é Cristo. E o encontro com a pessoa de Cristo é sempre transformador e nos move a segui-lo. E, claro, esse seguimento é um constante caminhar na verdade do Evangelho, que é sempre atual. Neste caminhar experimentaremos, como João Batista, a verdadeira liberdade que nos conduz à autêntica felicidade.  

Que este grande santo interceda por nós e por nossa cidade, para que, servindo aos demais sem jamais renunciar à verdade, possamos construir uma civilização onde reine a justiça e a caridade.

Diácono Marcus Vinícius Linhares Muros, formador do Seminário Diocesano Imaculada Conceição. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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Tempo de amar

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Nosso calendário cuida das datas simbólicas durante o ano, e, no mês de
junho, comemoramos o Dia dos Namorados, dia em que os apaixonados saem
de mãos dadas sob as estrelas e o luar.
A literatura comemora o amor entre amantes durante o ano inteiro, ao
oferecer ao mundo romances como O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald,
Amor nos Tempos do Cólera, de Gabriel Garcia Marques, Diário de uma
Paixão, de Nicholas Sparks, e de milhares de outras belas e intensas histórias.
As poesias inundam o amor com doçura, como Cisnes, de Julio Salusse,

Nosso calendário cuida das datas simbólicas durante o ano, e, no mês de
junho, comemoramos o Dia dos Namorados, dia em que os apaixonados saem
de mãos dadas sob as estrelas e o luar.
A literatura comemora o amor entre amantes durante o ano inteiro, ao
oferecer ao mundo romances como O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald,
Amor nos Tempos do Cólera, de Gabriel Garcia Marques, Diário de uma
Paixão, de Nicholas Sparks, e de milhares de outras belas e intensas histórias.
As poesias inundam o amor com doçura, como Cisnes, de Julio Salusse,
Casamento, de Adélia Prado, Soneto da felicidade, de Vinícius de Moraes. Não
podemos nos esquecer da poesia presente nas músicas, como Amor I Love
You, de Marisa Monte, Chega de Saudade, de Vinícius de Moraes e Tom
Jobim, Você é linda, de Caetano Veloso.
Os textos, sejam em prosa ou poesia, guardam os mais fortes
sentimentos amorosos, mostrando como da alegria à sofrência o amor se faz
presente de modo especial na vida de cada um. Lendo e experimentando o
amar através da literatura, podemos perceber como é possível intensificar os
afetos saudáveis, minimizar as dificuldades no relacionamento ou superar as
dores inevitáveis.
Junho pode ser um tempo doce para quem tem seu amado ao lado, um
tempo saudoso para quem o perdeu. E esperançoso para quem sonha
amorosamente com alguém. De todo modo, os sentimentos decorrentes do
amor fazem parte da vida. Triste é quem não os sentiu. Infeliz é quem os nega
ter. Sublime é quem os permite experimentar.
Para abraçar os amantes, deixo aqui dois sonetos.

Soneto de Fidelidade

Vinícius de Moraes

De tudo, ao meu amor serei sereno
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvo hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ao seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.

Eu possa me dizer (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

 

Cisnes

Julio Salusse

A vida, manso lago azul algumas
Vezes, algumas vezes mar fremente,
Tem sido para nós constantemente
Um lago azul sem ondas, sem espumas.

Sobre ele, quando, desfazendo as brumas
Matinais, rompe um sol vermelho e quente,
Nós dois vagamos indolentemente,
Como dois cisnes de alvacentas plumas.

Um dia um cisne morrerá, por certo:
Quando chegar esse momento incerto,

No lago, onde talvez a água se tisne.

Que o cisne vivo, cheio de saudade,
Nunca mais cante, nem sozinho nade,
Nem nade nunca ao lado de outro cisne!

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Primeiro mandado de segurança contra o prefeito Feliciano Costa

sábado, 12 de junho de 2021

Edição de 12 e 13 de junho de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim 

Manchetes:

Edição de 12 e 13 de junho de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim 

Manchetes:

  • Primeiro mandado contra a atual administração - Dois funcionários da Prefeitura de Friburgo, Jabes Silva e Maria Sônia Barroso, impetraram mandado de segurança, defendendo direitos que alegam ter e que foram negados pelo prefeito Feliciano Costa. O fato é de interesse de algumas dezenas de servidores, embora apenas dois deles tivessem assinado a petição. Claro que se vencer o ponto de vista dos conceituados advogados, Célio Ivo de Freitas e Helael Baruck, os demais entraram na lide como litisconsorte. A história é a seguinte: a Câmara Municipal tornou sem efeito uma resolução da anterior administração. O prefeito de então vetou determinado artigo e cumprindo a lei devolveu o veto ao Legislativo para apreciação. Tomando posse, Feliciano Costa, sob a invocação de que se o Executivo fez poderia desmanchar, sem mais nem menos, embora o assunto estivesse na dependência dos vereadores, tornou sem efeito o veto.
  • Improvisações! - Oposição ao real idealismo: A nova Lei de Organização Partidária manipulada a passos de cágado e que está no Congresso, possivelmente vai apanhar desprevenidos os homens públicos do interior, principalmente os de oposição. Com o tempo mais que suficiente para já estar vigorando, a nova legislação, tudo indica que vá surpreender quanto à formalidades essenciais e à prazos fatais para a sobrevivência dos aludidas agremiações partidárias.
  • Secretaria de Saúde e Promoções Humanas - Várias pessoas têm perguntado o que fez até agora a Secretaria de Saúde e Promoções Humanas da prefeitura. Até o momento, nenhuma ação constatamos por parte do órgão, assim como nenhuma, notícia oficial de realizações da dita Secretaria.
  • Confirmação do que anunciamos - É irrisório o aumento de 20% nos salários dos servidores do Estado do Rio, constante da mensagem que o Executivo fluminense enviou à Assembleia. Há três anos essa categoria não recebe qualquer majoração salarial. Será que os mentores do ridículo percentual, não consultaram as estatísticas oficiais – Fundação Getúlio Vargas, por exemplo – para verificar que o custo de vida subiu, no mesmo período 64%? – Não pega  bem falar em falta de recursos, quando todos sabem que com uma simples penada, o governo pode fabricar os meios necessários para que os servidores não continuem a passar vexames.
  • Discurso - O deputado Waldir Costa, da Tribuna da Assembleia Legislativa, reclamou dos departamentos Nacional e Estadual de Estradas  de Rodagem sobre  o estado precário em que se encontram as rodovias que dão acesso à Nova Friburgo, principalmente no trecho entre Parada Modelo e Cachoeiras de Macacu, devendo ser incluído grande parte da serra, cheia de burracos e quase  intransitável, constituindo sérias dificuldades e perigo para centenas de automóveis e caminhões que ali trafegam.

Pílulas:

  • Temos apreciado o modo com que tanto o prefeito Feliciano Costa, como a maioria dos chefes de serviço da sua equipe recebem as críticas da imprensa. É um problema de educação democrática  especialmente de preparo para o exercício de funções públicas. São pobres de espírito os que se aborrecem com a crítica, ficando zangaduinhos quanto a imprensa os caustica e dando pulinhos quando recebem elogios. Não se trata tão somente de pobreza de espírito e mais, muito mais mesmo, de complexados carentes de mentiras que satisfaçam suas mórbidas vaidades.
  • O presidente do M.D.B de Nova Friburgo, industrial Álvaro de Almeida está absolutamente cioso das suas responsabilidades, no que tange aos altos interesses gerais da agremiação, neste momento em que está prestes a ser aprovada pelo Congresso a nova Lei de Organização dos Partidos, em cujo bojo uma série de modificações serão operadas, principalmente a respeito de filiações partidárias. O mencionado dirigente do M.D.B. semanalmente mantém contato com o Diretório Regional para continuar atualizado com o importante assunto.
  • Grandes novidades estão para acontecer nos altos escalões da política de Friburgo. E não ficará somente no que estamos esperando para dias próximos. Até o fim do ano, uma sucessão de fatos e coisas surgirão. 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Mary Silva (14); Guy Dutra da Costa e sua filha Simone (15); Elias Nami, dr. Pedro Rodrigues, Lucas Bohrer e Ludgero José da Silva (16); Nacyra Jabour e Marina Braune (17); Sandra Maria e Aty Luiz e Cláudio (19).

 

 

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Abaixo a tolerância

sábado, 12 de junho de 2021

“Basta de intolerância e de tolerância como resposta à intolerância” (pode descatar)

Amor é amor e ponto. Por isso, é démodé demais essa de tolero. Amor não pede tolerância, quando tolerância é o contrário de intolerância. Amores não são para serem tolerados. São para serem admirados, respeitados, difundidos, consagrados, compartilhados para além dos livros, poemas e canções. Sem olhar a quem, ao par, a forma que tem, à soma que faz.

“Basta de intolerância e de tolerância como resposta à intolerância” (pode descatar)

Amor é amor e ponto. Por isso, é démodé demais essa de tolero. Amor não pede tolerância, quando tolerância é o contrário de intolerância. Amores não são para serem tolerados. São para serem admirados, respeitados, difundidos, consagrados, compartilhados para além dos livros, poemas e canções. Sem olhar a quem, ao par, a forma que tem, à soma que faz.

Ama-se porque se ama, sem porquês e longas explicações, sem regulamentos, porque amor não tem regramento ou proibições. Amar é permitido em premissa e, logo, nenhuma forma de amar pode ser censurada, escondida ou subtraída.

Há quem odeie o amor e é difícil entender como o amor, ainda mais o alheio, possa ser odiado. Invejado, se pondera. Desejado, também. Mas se alheio a si, como se pode odiar o amor que o outro sente? Não lhe diz respeito, mas os que odeiam chamam para si verdades e sentenças que não são suas, nem de ninguém. O amor não tem proprietário, societário ou qualquer outro termo que dê a quem quer que seja aval para ordenar ou mesmo dizer o que pode ou não pode. Todo amor pode tudo.    

Quantos amores deixam de existir ao se perceberem na necessidade de se esconder por medo? E ao não ter “permitida” a existência do amor da forma que amam acabam si mesmos não existindo. Não que não queiram, muito pelo contrário. Mas ao amor sabido e negado, negam a si próprios. 

Não há crime coletivo maior. Relegar-se, relegar o que sente a uma sobrevivência em vida anulada. Não estamos aqui para sobreviver e na luz do amor reconhecemos o quão abundante pode e deve ser a vida, o quão livre devem ser os nossos sentimentos. 

É cruel o preconceito. Mais cruel ainda os que vomitam curas, seja por desatualizada psicologia ou pela ainda mais falsa “fé”. O amor nunca foi doença e nunca será. O amor nunca foi desvio ou pecado. É cura, é redenção, inclusive para os que estão no pedestal de seus pseudomoralismos. É quando me lembro de resposta brilhante a um desses comentários contra a união homoafetiva. “Aceitar ou não o casamento entre pessoas do mesmo sexo é tarefa para quem foi pedido em casamento. Se você não é homossexual, pare de se sentir o noivo”.

Basta de intolerância e de tolerância como resposta à intolerância. O amor pede muito mais. Ninguém merece o travestido respeito ao que sente para ser tolerado. De condescendentes a fila para o inferno já está congestionada.

Que o amor seja plural como deve ser, sem coleção de porquês para justificá-lo. Amor não é justificativas ou procura por proteções jurídico legais.

Que aja respeito no seu âmago e motivos para torcer para a felicidade de todos os amores que se unem no dia a dia; que se beijam nas ruas; que dançam entre quatro paredes; que cantam nos jardins; que se revelam nos discos; que se declaram nos bilhetes de geladeira; que criam enredos nas mensagens de celular; que se vestem de fantasias na falta de roupa debaixo dos edredons; que se revigoram a cada carnaval; que inventam narrativas no jantar e que até brigam na proximidade de todos os décimos dias úteis de cada mês; que se reinventam na mesmice do cotidiano e que não se envergonham de amar porque amam e isso deveria bastar para ser aplaudido e aplaudir todos os homens que beijam mulheres, todas as meninas que beijam meninas, todos os rapazes que beijam rapazes e todas as junções possíveis e inimagináveis.

Cada um sabe o que lhe delicia e mais ninguém deve opinar, muito menos julgar o outro sobre o gosto que o outro tem. Afinal, amor é amor e ponto.

 

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Investigações avançam

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Investigações avançam
Enquanto avançam as investigações para elucidar a suposta morte por homofobia em Nova Friburgo, o Disque Denúncia da Polícia Civil começou a divulgar em seu portal um cartaz para ajudar nas investigações da 151ª DP com informações que possam esclarecer as circunstâncias da morte do cabeleireiro Leandro Louback, 26, que morreu no dia 30 de maio, vítima de graves ferimentos.

Investigações avançam
Enquanto avançam as investigações para elucidar a suposta morte por homofobia em Nova Friburgo, o Disque Denúncia da Polícia Civil começou a divulgar em seu portal um cartaz para ajudar nas investigações da 151ª DP com informações que possam esclarecer as circunstâncias da morte do cabeleireiro Leandro Louback, 26, que morreu no dia 30 de maio, vítima de graves ferimentos.

Disque denúncia
Nenhuma hipótese está sendo descartada pelo delegado Henrique Pessoa que investiga o caso que segue sob sigilo. O Disque Denúncia vem para auxiliar as linhas investigativas pelos números (21) 98849-6099 e (21) 2253-1177. Todas as informações repassadas pelo canal têm total garantia de anonimato.

R$ 65 milhões
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado (Faperj) abriu três editais para apoiar pesquisas nas áreas de energia, mobilidade urbana e segurança pública. Os valores chegam a R$ 65 milhões, sendo R$ 30 milhões destinados a pesquisas de energia eólica, solar, do oceano e nuclear, captura e sequestro de carbono, bioenergia, hidrogênio, células de combustível, além de estudos de técnicas híbridas.

Mobilidade urbana
Outros R$ 30 milhões são para mobilidade urbana. O objetivo é fortalecer e incentivar ações científicas e tecnológicas nesse tema. Serão selecionados projetos em pesquisa básica, engenharia, ciências sociais, ciências humanas, ciência da computação, planejamento urbano, desenvolvimento tecnológico e inovação.

Segurança Pública
O restante do valor, R$ 5 milhões são para projetos de inovação em segurança pública. O programa tem como foco as áreas de química, antropologia e física forenses, cromatografia, espectroscopia, papiloscopia, datiloscopia, ciência forense computacional, balística, medicina legal, direito e ciências sociais, entre outras. Todos os detalhes no site da Faperj: www.faperj.br.

Estadual
Campeonato de tiro curto é assim: cada jogo é uma decisão. Friburguense e Gonçalense, únicos times do grupo A que não somaram pontos na rodada de abertura, fazem um duelo digno de mata-mata. É que quem perder, praticamente estará eliminado do 1º turno da segunda divisão do Estadual de futebol. Ao final da partida, restarão apenas três rodadas. Na sua estreia em casa, o Friburguense precisa da vitória para manter vivas as suas chances de classificação. Os dois primeiros colocados do grupo de seis avançam para as semifinais.

Nova camisa
O sábado que marca o primeiro jogo tricolor em seus domínios, deve ter também a estreia do novo uniforme para o restante da temporada. Nele, a estampa da Unimed Nova Friburgo, nova patrocinadora master. A cor verde da marca do patrocinador harmonizou e muito com as cores branco, azul e vermelho do Friburguense. A camisa certamente agradará ao torcedor.

Sem TV
A TV Alerj iria transmitir os jogos da segundona. Mas não conseguiu se estruturar a tempo, o que deve ocorrer para os jogos da terceirona. Com isso, o jogo do Friburguense só deverá transmissão, ao vivo, pelo rádio. O clube ainda tente uma parceria para a transmissão por uma TV local. No entanto, a Federação de Futebol (Ferj) impõe algumas regras para essa transmissão, ao vivo, que exigem certa estrutura, o que dificulta que o confronto com o Gonçalense seja televisionado. Lembrando que o futebol continua sem a presença de torcida.     

Copa Rio
Após pressão de vários clubes, a Ferj resolveu mudar a Copa Rio, competição mata-mata que dá vaga na Série D do Brasileiro e na Copa do Brasil. Com a alteração, o Friburguense está confirmado com outras 23 equipes. No ano passado, a Copa Rio foi cancelada por conta da pandemia. No formato tradicional, o Friburguense e os times que disputaram a seletiva ficariam de fora.

Sorteio
A Copa terá oito times da Série A, três da seletiva do ano passado, oito da segundona do ano passado e cinco da terceirona. Os times da elite só estreiam na segunda fase. O Friburguense, pelo sorteio dirigido, enfrentará na fase inicial, uma equipe vinda da terceirona: Pérolas Negras, 7 de Abril, Carapebus, Campo Grande ou Barra da Tijuca. A Ferj ainda não definiu a data do sorteio.  

Palavreando
“O amor é uma busca que continua mesmo quando encontramos o certo alguém que nos floresce o peito. Certo alguém que pode ficar para sempre que dura o sempre ou mesmo o sempre que nos serve felicidade cotidiana enquanto consegue se servir aos dois”.

Foto da galeria
O cantor friburguense Vitor Ferraz fez sucesso no Programa do Ratinho, em um dos quadros de maior audiência: Dez ou Mil. Relembrando o antigo Show de Calouros, de Silvio Santos, jurados avaliam as apresentações musicais. No Ratinho, os sete jurados premiam o calouro com R$ 10 ou R$ 1 mil. Vitor Ferraz se apresentou com a música de Ivete Sangalo, Quando a Chuva Passar, o que lhe rendeu R$ 5 mil. O friburguense recebeu o valor máximo dos jurados Ovelha, Sônia Lima, Sérgio Malandro, Nany People e Lola Melnick.
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Do bem

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Para quem acredita que a sinceridade de um elogio pode ser transformadora, eis uma realidade empírica: quando a intenção que encobre um ato ou palavra é sinceramente positiva, ela é ainda mais renovadora. O elogio pode ser significativamente mais profundo do que a simplicidade da forma, quando impregnado desse sentimento.

Para quem acredita que a sinceridade de um elogio pode ser transformadora, eis uma realidade empírica: quando a intenção que encobre um ato ou palavra é sinceramente positiva, ela é ainda mais renovadora. O elogio pode ser significativamente mais profundo do que a simplicidade da forma, quando impregnado desse sentimento.

Quando somos genuínos nos elogios que tecemos a alguém, aquele sentimento pode ter o poder de tocar a fundo o seu receptor e ser o estímulo do qual ele estava precisando naquele momento. Aquela gota d’água que parece encher o copo quando estávamos olhando para a parte vazia (aquela velha parábola de focar na metade cheia do copo, sabe?). Aquele bem querer manifestado por meio do sorriso certo na hora certa. Aquela vontade de gerar alegria. Aquele afago no ego meio cabisbaixo. Aquele olhar de aprovação em meio a tantos olhares de julgamentos. Aquele carinho na alma que habita um corpo por vezes tão cansado fisicamente. Aquele estímulo que inspira um texto. Aquilo que pode mudar a frequência do dia de alguém, quiçá de sua vida. É disso que estou falando.

Coisas grandiosas nascem a partir de um pequeno protótipo. Se presumirmos o tanto de esforço que alguém precisa desempenhar para fazer algo bem feito, quais são as barreiras interiores que precisam enfrentar, os obstáculos do dia a dia, a falta de uma série de coisas, as dificuldades pessoais, fica mais compreensível a percepção do alcance e do valor do elogio sincero na vida de uma pessoa. Arriscaria a dizer que pode ser um divisor de águas, a motivação na hora certa, o estímulo em meio ao desânimo, o estopim para uma nova ação bem feita.

É o círculo virtuoso, o ciclo do bem. É aquela história, luz que gera luz, gratidão que gera gratidão, energia boa que gera energia boa e por aí vai. Aquele jogo que só de jogar, se ganha!

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Glossário de investimentos II - BDRs

sexta-feira, 11 de junho de 2021

O momento não podia ser melhor para escrever sobre este assunto: nos últimos três meses, a cotação do dólar caiu de RS 5,80 para R$ 5,04; no último ano, o índice de dólar futuro saiu de 97,577 para 90,138 pontos, menor patamar desde 2018. Analisando apenas o cenário externo, este seria o momento mais oportuno para a dolarização dos seus investimentos, mas nossa moeda ainda está enfraquecida e deixa o momento um pouco mais delicado. Por essas e outras, mantenha a cautela durante a execução das alocações em sua carteira para aproveitar as oportunidades que surgirem de agora em diante.

O momento não podia ser melhor para escrever sobre este assunto: nos últimos três meses, a cotação do dólar caiu de RS 5,80 para R$ 5,04; no último ano, o índice de dólar futuro saiu de 97,577 para 90,138 pontos, menor patamar desde 2018. Analisando apenas o cenário externo, este seria o momento mais oportuno para a dolarização dos seus investimentos, mas nossa moeda ainda está enfraquecida e deixa o momento um pouco mais delicado. Por essas e outras, mantenha a cautela durante a execução das alocações em sua carteira para aproveitar as oportunidades que surgirem de agora em diante.

Lembrando sempre que nenhuma das informações abordadas neste espaço configura-se como recomendação de investimentos, aproveite o conteúdo para entender as possibilidades de dolarização da sua carteira sem necessariamente operar moedas: estou falando dos BDRs, os Brazilian Depositary Receipt.

O cenário está favorável: dólar em baixa e inflação estadunidense em alta enfraquecem a moeda enquanto nosso juros (a taxa Selic) aumentam e fortalecem o real. Seria o cenário ideal se tivéssemos nossa inflação sob controle, mas a espera pelo momento ideal nunca nos permite aproveitar momentos bons. Portanto, chegou a hora de entender tudo sobre esta classe de investimentos e ampliar os recursos da sua carteira.

Basicamente, os BDRs representam a aquisição indireta de ações estrangeiras. Ao adquiri-los você está comprando recibos que formalizam a representação da sua posse sobre as ações. Como o investidor do Brasil não consegue negociar ações estrangeiras diretamente na bolsa de valores brasileira, uma das formas de explorar estes investimentos é através desses recibos – os BDRs.

Percebe como você não só está investindo em mercado dolarizado, como está produzindo riqueza em dólar? Assim você pode diversificar seu patrimônio em diferentes países e suas respectivas moedas sem ficar refém do trade nos pares de moeda; seus investimentos geram lucros em diferentes moedas. A propósito, também vale ressaltar que eu destaquei especificamente o dólar por ser a moeda global e pela concentração – nos Estados Unidos – do maior mercado de bolsa do mundo, mas estas BDRs podem ser de empresas negociadas na Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha, por exemplo, e seus investimentos ficam diversificados em euro.

Sob parâmetros mais técnicos e sucintos, de acordo com o site da B3, as vantagens dos investimentos em Brazilian Depositary Receipt são: acesso facilitado aos valores mobiliários de companhias estrangeiras sem ter que pagar os custos relacionados à remessa de recursos para o exterior; possibilidade de elaboração de estratégias, diversificação de investimentos e arbitragem com ativos locais e estrangeiros.

Apesar de o investidor ficar exposto às variações de preços de um ativo estrangeiro, as operações são realizadas no Brasil e a liquidação é feita em reais. Agora que você já sabe como se tornar investidor do Google, Berkshire Hathaway, Apple e outras das maiores empresas globais, é hora de sentar à mesa com papel e caneta na mão para redesenhar suas estratégias e aproveitar novas oportunidades.

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Meu passado influi nas minhas escolhas do presente?

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Mesmo casando por amor, o casamento é um desafio no campo das relações humanas. Uma das explicações para isto é que quando entramos na vida conjugal não podemos apagar as influências boas e ruins vividas em nossa família de origem. Vem tudo junto ao entrarmos com o companheiro ou companheira pela porta da sala de uma nova casa ou apartamento para começar uma vida à dois.

Mesmo casando por amor, o casamento é um desafio no campo das relações humanas. Uma das explicações para isto é que quando entramos na vida conjugal não podemos apagar as influências boas e ruins vividas em nossa família de origem. Vem tudo junto ao entrarmos com o companheiro ou companheira pela porta da sala de uma nova casa ou apartamento para começar uma vida à dois.

Mas uma maioria dos casais não considera que o passado influi no presente. A tendência é pensar que está tudo certo com cada um, esposo e esposa, e que a nova vida de casados será uma maravilha sem que o passado individual de ambos contribua para dificuldades e conflitos matrimoniais. Mas contribui. Problemas de casamento têm duas grandes origens: conflitos emocionais do passado que cada um trouxe para dentro do relacionamento e que estão mal resolvidos e conflitos do casamento em si no presente.

O sofrimento conjugal ocorre por várias razões. Uma delas tem que ver com não só pelo que falta do outro para você, mas também se no seu conjunto de desejos e expectativas sobre o que você queria que seu cônjuge fosse para você, existe algo exagerado, idealizado e até injusto de esperar do outro.

Se você não percebe isto, ou seja, se você não tem consciência de que parte de seus desejos e expectativas do que seu cônjuge lhe daria contém algo exagerado, possivelmente você continuará a se frustrar neste relacionamento e com isso, com a frustração, o que você irá fazer? Agredir verbalmente seu cônjuge? Maltratar? Desprezar? Trair? Viver provocando briga? Se deprimir?

Neste contexto faz sentido aquele pensamento que diz: se você não se curar do que ou de quem lhe feriu no passado (infância e adolescência), você vai sangrar no presente em cima de quem não lhe cortou.

Seu esposo ou sua esposa não tem culpa do que lhe machucou em sua vida como criança e adolescente. Abra os olhos e veja se você está esperando do outro um preenchimento daquilo que lhe faltou lá atrás com seu pai, sua mãe ou outro cuidador quando você era criança e jovem. O amor no relacionamento conjugal não tem que suprir tudo aquilo que faltou em seu passado. Isto significa que algum vazio surge. Este vazio é seu. Ele já estava dentro de você antes da sua união com esta pessoa aí na sua vida.

Uma das consequências que pode ocorrer quando uma pessoa casada não considera e não aceita que já trouxe coisas mal resolvidas do passado para dentro do relacionamento, e por isso fica um vazio, é começar a pensar que talvez alguém “lá fora” poderá encher este vazio e acabar com ele.

A verdade é que uma pessoa “lá fora” também tem problemas, também tem vazio. Às vezes isto só é descoberto quando passa algum tempo de relação extraconjugal, depois de se ter destruído muita coisa, estragado a família, machucado um monte de gente.

O passado influi no presente. Elaborar, entender, aprender a lidar com isso é importante para que a história de sofrimento evitável não se repita. Quando se faz um genograma fica mais claro entender estas coisas. Genograma é um mapeamento de famílias, algo feito por psicólogos que trabalham com terapia de casal e de família. Ao montar um genograma se pode ver que a avó do rapaz, a mãe dele e a esposa dele, todas estas três mulheres e talvez a bisavó também, podiam ter sido autoritárias, repetindo em quatro gerações o mesmo comportamento. Ou se pode ver que o avô da moça, o pai dela, e o marido são irritados e impacientes. Repete-se a história de geração em geração, e a única maneira de interromper isso tem que ver com olhar a verdade, entender o que do seu passado ficou mal solucionado e empurra você para repetir o mesmo no presente.

Repetir o passado sofrido é doloroso, mas acontece porque pode ser uma maneira de você reviver o que já conhece. O desafio é evitar esta repetição para que a história atual seja melhor do que a que já aconteceu antes. Isto não é algo automático. Temos que pensar, desligar a novela da TV e gastar tempo para analisar estas questões com serenidade, verdade, e interesse em amadurecer.

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Top 10 do emprego

terça-feira, 08 de junho de 2021

Top 10 do emprego
Nova Friburgo é o 8º município melhor do Estado do Rio no acumulado de novos empregos em 2021, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Mesmo com a queda registrada em abril, o município se manteve entre os dez melhores no recorte mensal. Com um detalhe: em abril, um terço dos 92 municípios fluminenses registraram desemprego: Nova Iguaçu (- 258 vagas) e Petrópolis (- 122 vagas).

Top 10 do emprego
Nova Friburgo é o 8º município melhor do Estado do Rio no acumulado de novos empregos em 2021, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Mesmo com a queda registrada em abril, o município se manteve entre os dez melhores no recorte mensal. Com um detalhe: em abril, um terço dos 92 municípios fluminenses registraram desemprego: Nova Iguaçu (- 258 vagas) e Petrópolis (- 122 vagas).

Retomada desde julho de 2020
Como noticiado por A VOZ DA SERRA, o quarto mês do ano foi o que registrou menor saldo de geração de empregos em Nova Friburgo: 119 vagas. O município mensalmente, com exceção de dezembro, vem acumulando desde julho do ano passado saldos positivos de emprego. Houve desemprego recorde entre abril e maio. Esse saldo negativo, no entanto, já foi recuperado.

Ranking de abril
Mesmo com o número menor do que os anteriores, Nova Friburgo foi, em abril, o 10º município em geração de empregos, como se observa no ranking a seguir:

1º - Rio de Janeiro – 1.809 vagas
2º - Duque de Caxias - 894
3º - Campos - 447
4º - Volta Redonda - 373
5º - Macaé - 278
6º - Três Rios – 165
7º - Belford Roxo - 147
8º - Resende – 137
9º - Maricá – 132
10º - Nova Friburgo - 119 

Ranking de 2021
Com a geração de 1.248 novas vagas entre janeiro e abril, Nova Friburgo é o 8º melhor entre os 92 municípios do Estado do Rio. Confira o ranking elaborado pela coluna com base nos dados da Secretaria Nacional de Trabalho:

1º - Rio de Janeiro – 8.088 vagas
2º - Arraial do Cabo – 2.213
3º - Macaé – 1.978
4º - Duque de Caxias – 1.962
5º - Campos – 1.783
6º - Volta Redonda – 1.605
7º - Resende – 1.428
8º - Nova Friburgo – 1.248
9º - Rio das Ostras – 928
10º - Niterói – 871

São Sebastião do Alto e Duas Barras negativos
Ainda no acumulado do ano, 15 dos 92 municípios fluminenses têm registrado saldo negativo de empregos. São João da Barra é o pior com 584 vagas a menos. Dos municípios da região, dois estão entre os 15: São Sebastião do Alto (- 15) e Duas Barras (- 3). Os números do mês de maio serão divulgados na última semana de junho. 

Confiança na vacina
Pelo menos 85% da população está segura quanto a se vacinar contra a Covid-19, enquanto somente 4% diz que não irá se vacinar. Quase 75% não acreditam em tratamentos com os medicamentos Cloroquina e Ivermectina. É o que revela a pesquisa de um grupo de universitários dos cursos de jornalismo e publicidade da Estácio Nova Friburgo, sob a supervisão do professor Marcelo Verly.

Estudo universitário
Feita por meio de formulários do Google, a pesquisa colheu informações de 538 pessoas, predominantemente de Nova Friburgo. No entanto, recebeu formulários também de municípios vizinhos e parcela reduzida de outros estados. Ainda que não tenha critérios de amostragem probabilístico ou demográfico, os números são interessantes e dão uma noção de como a população está pensando acerca de vacinação e tratamentos contra a Covid-19.

Saúde mental afetada
A pesquisa mostra que 55% dos entrevistados têm a saúde mental como a principal adversidade causada pela pandemia. O que já mostra o tamanho do problema que será enfrentado pelas políticas públicas agora e no futuro próximo. 16% disseram não ter problemas deste tipo, enquanto outros 16% alegam ter tido problemas financeiros.

Poucos não se vacinarão
Em uma escala de 0 a 10 sobre estar seguro quanto à vacina, em que 10 significa o máximo de confiança e 0 o mínimo de segurança, 39,9% responderam 10, ou seja, absolutamente seguros sobre tomar a vacina. De 7 para cima, a soma chega a 85%, enquanto de 5 para baixo o número é de apenas 5%. No entanto, quando se pergunta se a pessoa tomará a vacina, somente 3,9% garantem que não se vacinarão, sendo a maioria desse pequeno grupo, por medo das possíveis reações adversas no organismo (46,2%).

Tratamento precoce reprovado
Quanto a eficácia dos tratamentos não comprovados cientificamente, como Cloroquina, Ivermectina ou Azitromicina, por exemplo, 74,3% responderam que não acreditam nesses tratamentos. Sobre a forma como se informam, 27,3% afirmam por sites de notícias, sendo redes sociais somadas mais de 50%, com liderança do Instagram 21,4, seguido pelo WhatsApp 19%.         

Novos recortes
A pesquisa foi realizada pelos alunos Jhasmyna Thuller, Lorrayne Blaudt, Lucas Castro, Rebecca Motta e Sérgio Figueira. Os dados finais ainda estão sendo fechados. Outros recortes deverão ser feitos e será interessante ter o recorte apenas de Nova Friburgo, ainda que os números não devam mudar em quase nada, tendo em vista que a maioria das respostas são oriundas do município.       

Escapuliu
O gol sofrido aos 49 minutos, no último lance do jogo, ainda dói. O Friburguense sabe que poderia ter trazido ao menos um ponto na rodada de estreia da segundona, diante da Cabofriense. Com uma competição em tiro curto, vencer o Gonçalense em casa no sábado, 12, virou obrigação.

Melhor que na seletiva
As boas impressões sentidas nos treinos se confirmaram. O time atual é mais potente e coeso do que o que terminou e último lugar na seletiva sem vitórias. Olhando para os demais jogos, fica o sentimento que é possível sim, mesmo com baixo investimento, o acesso. A 1ª rodada foi marcada por muitos empates, com apenas dois vitoriosos em seis jogos: a Cabforiense e o Artsul.

Favoritos tropeçam
Dos maiores investimentos, América, Americano e Sampaio Corrêa, apenas empates. Integra ainda o grupo de maiores investimentos e supostamente favoritos o Artsul, único a vencer entre esses. Competição corrida assim, faltam agora só quatro rodadas no 1º turno, vale torcida por empates nos jogos dos adversários e é claro, vencer seu confronto.

Palavreando
“O amor é esse misto de coisas que acontecem em um minuto. Você chora, ri, confessa, ouve, faz, se arrepende, se diverte, espera, realiza, se cansa, desiste, nasce, morre, renasce...”.

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Ocupação de leitos de Covid não cai, mas quantos desses pacientes são moradores da cidade?

terça-feira, 08 de junho de 2021

Há pelo menos um mês que a taxa de ocupação dos hospitais de Nova Friburgo, seja de enfermarias, seja de UTIs específicas para os pacientes acometidos pela gripe chinesa (Covid-19) não ficam abaixo dos 75%. Talvez, uma das explicações para tal fato possa ser a chegada das baixas temperaturas trazidas pelo outono. É sabido que o SARS-CoV-2 se adapta melhor ás temperaturas frias; isso não significa que não haja contaminação no verão, mas as taxas costumam diminuir nessa estação.

Há pelo menos um mês que a taxa de ocupação dos hospitais de Nova Friburgo, seja de enfermarias, seja de UTIs específicas para os pacientes acometidos pela gripe chinesa (Covid-19) não ficam abaixo dos 75%. Talvez, uma das explicações para tal fato possa ser a chegada das baixas temperaturas trazidas pelo outono. É sabido que o SARS-CoV-2 se adapta melhor ás temperaturas frias; isso não significa que não haja contaminação no verão, mas as taxas costumam diminuir nessa estação.

No entanto, uma coisa que chama a atenção nos boletins distribuídos pela prefeitura, é a não informação de quantos pacientes internados nos setores de Covid são de outros municípios. Não que se defenda o fechamento dos hospitais de Friburgo para pacientes de fora; isso não só seria uma desumanidade, como uma afronta a Carta Magna do país, que assegura textualmente o direito do cidadão de ir e vir por todo o território nacional.

Porém, essa informação seria importante, pois num determinado dia, a taxa de ocupação dos leitos de UTI, do Hospital Raul Sertã era de 100%, mas somente 12 pacientes residiam em Nova Friburgo. Dos oito remanescentes, cinco eram de Teresópolis e três de municípios vizinhos. Isso se aplica também ao número de mortos, pois proporcionalmente, nossa cidade chegou a mais de 600 óbitos até agora; mas, nessa cifra trágica, quantos são de Friburgo e quantos são os de fora?

O significado disso, infelizmente, é o descaso de prefeitos com a saúde de seus conterrâneos, muitos deles seus eleitores. Pasmem! Teresópolis do alto de seus mais de 185 mil habitantes, não possui um hospital municipal; lá existem leitos disponíveis pelo SUS nos hospitais particulares e quando esses se esgotam o jeito é exportar pacientes para municípios vizinhos.

O grave disso tudo é que a pandemia já perdura por um ano e quatro meses, no Brasil, e os prefeitos de determinados municípios nada fizeram para preparar suas cidades. O enfrentamento a uma moléstia dessa dimensão, não se traduziu pela construção de hospitais e o consequente aumento de leitos. Se fizermos uma comparação com a pandemia de 1918 e 1919, a da gripe espanhola (não vi ainda nenhum comuna reclamar dessa denominação, como reclamam daqueles que chamam a atual de gripe chinesa), a atual mata muito mais gente, em termos relativos, levando-se em consideração os recursos da medicina daquela época e os de 2020 e 2021.

Aliás, cabe aqui uma explicação do porquê da denominação de gripe espanhola. Na realidade os primeiros casos começaram nos Estados Unidos, no entanto, como o país acabara de entrar na guerra de 14, a divulgação da gripe ficou proibida ou restrita. Como a Espanha era um país neutro, sua imprensa não se fartou de divulgar a gravidade da situação, citando números de contaminados, mortos, países mais acometidos etc. Daí, se pensar que os primeiros casos foram originários do país de Cervantes. Na realidade, foi nos acampamentos de treinamento do exército americano que se registraram os primeiros casos e de onde ela se alastrou para todo o país. Findo o treinamento, muitos soldados já contaminados, mas sem sintomas, disseminaram a doença nos navios transportando a tropa e vieram se somar aos milhares de casos do continente europeu. Como na atualidade, a Índia foi um dos países que teve mais óbitos. O total, no mundo inteiro chegou a 50 milhões de pessoas.

Se repararmos bem os números de Friburgo, eles nos colocariam no mínimo na bandeira vermelha, referencial que foi abandonado pela prefeitura. Mas, o que notamos é uma cidade que pouco a pouco está voltando à normalidade, apesar do alto índice de contaminação. Para nossa felicidade, o nosso número de vacinados aumenta a cada dia e, talvez, sejamos entre os municípios do interior do estado do Rio de Janeiro, um dos que mais vacinou até agora.

O que se verifica em todo o mundo é a diminuição dos casos, à medida que se atinge pelo menos a metade da população vacinada. Que esse dia para o Brasil e para Friburgo, chegue logo.

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