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AVS é uma viagem no tempo - passado, presente e futuro!

segunda-feira, 21 de junho de 2021

O Caderno Z é sempre um banho de emoções para a nossa alma. Como diz o ditado, para bom entendedor meia palavra bastaria para entendermos a imigração japonesa. Entretanto, um caderno inteiro de narrativas é algo assim extraordinário. Não é sem razão que Nova Friburgo recebeu de braços abertos a chegada dos japoneses. Povo amável e de cultura incomparável, o Japão se faz presente no desenvolvimento de nosso município, em vários setores, além da agricultura. Assim como semearam as cerejeiras, eles plantaram amor em todas as suas habilidades e modos de viver.

O Caderno Z é sempre um banho de emoções para a nossa alma. Como diz o ditado, para bom entendedor meia palavra bastaria para entendermos a imigração japonesa. Entretanto, um caderno inteiro de narrativas é algo assim extraordinário. Não é sem razão que Nova Friburgo recebeu de braços abertos a chegada dos japoneses. Povo amável e de cultura incomparável, o Japão se faz presente no desenvolvimento de nosso município, em vários setores, além da agricultura. Assim como semearam as cerejeiras, eles plantaram amor em todas as suas habilidades e modos de viver.

Basta uma leitura no texto “A história de meu pai (uma pequena parte dela...)” em que Guilherme Kato faz uma bela homenagem ao seu pai, e a emoção nos salta aos olhos. Não fui aluna do professor Hideo Kato, mas ele foi o primeiro ídolo de meu irmão, que teve a chance de tê-lo como “mestre” na Usabra. Eu garanto que essa narrativa mexeu com as emoções de muita gente. Que belo exemplo de força de vontade. De vendedor de caquis, o professor Kato é agora o próprio “vendedor de sonhos”, pois nos inspira motivação e a busca pelo melhor de nosso âmago. Parabéns aos seus filhos por perpetuarem uma história tão empolgante e verdadeira. É como se brotasse no coração da gente um espelho para a contemplação de novos ideais.

Tamanha emoção trouxe a indústria cinematográfica japonesa que eu não me contive nas lembranças do herói National Kid que povoou o mundo sobrenatural da minha infância. Há um quê de cerejeiras no Caderno Z e Wanderson Nogueira nos inspira: “A flor da cerejeira nos dá como lição algo que carregamos, desapercebidamente, dentro de nós mesmos: é preciso  aproveitar cada momento. O tempo escapa velozmente, e se apenas passamos pelas horas como os ponteiros de um relógio, sequer, experimentamos as estações...”. Cada estação tem seus ensinamentos!

Das cerejeiras passamos para as cerejas do bolo histórico de Nova Friburgo. Conforme diz Girlan Guilland, nossa cidade tem datas relevantes que merecem celebrações o ano inteiro. Só na presente edição do jornal, dois destaques importantes. A Associação Comercial Industrial e Agrícola de Nova Friburgo festeja os 90 anos de sua sede, na Avenida Alberto Braune. Para bons ouvintes, as paredes falam sim. Por si só, elas registram a história que passa diante de sua bela e conservada arquitetura e, da mesma forma, abriga a memória da relevante atuação da Acianf na cidade. Parabéns!

Outro marco importante é a celebração dos 100 anos da Sociedade Esportiva Friburguense, o clube de história imponente, fundado em 18 de junho de 1921. Com trajeto glorioso a partir de sua criação como Sociedade Alemã de Escola e Culto, a nossa SEF chega ao centenário trazendo, em seu legado, muito da cultura alemã e do empenho de abnegadas diretorias e sócios de todos os tempos. Gerações e mais gerações desfrutaram de suas atividades, no esporte e lazer, dos tradicionais bailes da Musa dos Jogos Florais, das domingueiras dançantes na década de 70 e muito mais. Reconhecido de utilidade pública em setembro de 79, o clube está firme, forte e atuante. Salve!

Enquanto ficamos no aguardo do desenrolar da notícia da derrubada de  12.560 metros de área de Mata Atlântica para a construção de condomínio entre os bairros Tingly e Suíço, vamos nos alarmando com as variantes do coronavírus. A infectologista Patricia Hottz alertou sobre a importância da vacinação, ressaltando que “não importa a vacina”, pois todas são eficazes para a sonhada “imunização de rebanho”. O perigo e os cuidados continuam e já somamos mais de 650 mortes no município. Que desolação!

E o inverno, oficialmente, chega colocando as manguinhas de fora. Cerejeiras em exuberância, céu azul intenso, chocolate quente, sopas saborosas e massas são algumas delícias da estação. A elegância se sobressai com botas, casacos, luvas, cachecóis e tudo o mais que se tiver direito. Mesmo havendo dias muito frios ainda pela frente, para mim, o pior já passou, pois o inverno é prenúncio de primavera!

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Era uma vez

segunda-feira, 21 de junho de 2021

As oficinas literárias suscitam questões a serem pesquisadas e refletidas.
Nosso grupo se propôs a escrever contos infantis e houve, antes do encontro,
troca de textos para leitura crítica e apresentação de sugestões entre os
participantes. Recebi um que tratava da expressão “era uma vez”. Entrei em
contato com Marisa Maia, escritora e contadora de histórias da região serrana
de Nova Friburgo e recebi um presente: a aula de uma mestra.
“Era uma vez”, expressão tradicional, usada desde o século XIV, é

As oficinas literárias suscitam questões a serem pesquisadas e refletidas.
Nosso grupo se propôs a escrever contos infantis e houve, antes do encontro,
troca de textos para leitura crítica e apresentação de sugestões entre os
participantes. Recebi um que tratava da expressão “era uma vez”. Entrei em
contato com Marisa Maia, escritora e contadora de histórias da região serrana
de Nova Friburgo e recebi um presente: a aula de uma mestra.
“Era uma vez”, expressão tradicional, usada desde o século XIV, é
utilizada em diferentes países atualmente; é universal. Pode ser entendida
como um código estabelecido para o leitor ou o ouvinte entrar no mundo
imaginário das histórias, contadas através de narrativas orais e escritas. É
como se fosse um convite a uma visita a um outro lugar, o do faz de conta,
onde tudo pode acontecer e a fantasia tem o seu reinado. Não está localizado
na realidade concreta dentro da qual as pessoas estão inseridas.
“Era uma vez” é como se fosse um portal que separa o real do imaginário.
É uma permissão para o ouvinte fantasiar, tendo a finalidade de criar a
impressão de que ele será transposto para o mundo imaginário de uma
história.
Contar uma história no decorrer de uma conversa é bem diferente do que
narrá-la em uma situação de contação, quando um acontecimento, situado e
circunscrito em um ambiente ficcional, é relatado através de uma narrativa, em
que o contador poderá se utilizar de elementos lúdicos, teatrais e simbólicos
para melhor encantar o público.
Tal expressão pode ser equiparada a outras, como “naquele tempo” ou
“certa feita”. São importantes para que o contador e o ouvinte mudem de
postura; o ouvinte abra seus canais de absorção, e o contador prepare-se para
ser o intermediário entre a história e o ouvinte, tendo a missão de apresentar,
de modo mais encantador possível, um conto, uma lenda, um causo ou uma
fábula.

O ouvinte e o leitor precisam ter ciência de que o mundo em que eles
vivem é diferente do da história. A criança, principalmente, deve ser capaz de
diferenciar a realidade concreta da imaginária. Entretanto, os personagens das
histórias tendem a se tornar entidades significativas nos seus processos de
construção da identidade individual e de compreensão do mundo. A
desenvoltura na passagem do real ao imaginário faz parte do fazer-se pessoa,
enquanto ser de interações, realizações e convivência.
“Era uma vez” é amplamente usado e pode ser traduzido em idiomas:
Afrikaans: Eendag Lank Gelede
Alemão: Es war einmal
Espanhol: Había uma vez
Francês: Il était uma fois
Inglês: Once upon a time
Japonês: Mukashi mukashi
Norueguês: Det var en gang
Theco: Bylo nebylo

***

Aliás, meu amigo, haverá um lugar no mundo onde não se contam
histórias?
Como seriam as pessoas deste lugar?
Você gostaria de viver lá?

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Transporte Público

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Transporte Público
A crise no transporte público é muito grave e nacional. Portanto, é superficial acreditar em soluções mágicas ou em empresas gigantes para uma salvação, o que beira a ingenuidade, especialmente, no âmbito local. Como não somos uma ilha isolada do resto do mundo, exemplo fresco é a Invepar. O grupo - um dos maiores do país e que acumula dívida de R$ 2,5 bilhões - acaba de ser substituído por um consórcio árabe na operação do metrô da capital fluminense.

Transporte Público
A crise no transporte público é muito grave e nacional. Portanto, é superficial acreditar em soluções mágicas ou em empresas gigantes para uma salvação, o que beira a ingenuidade, especialmente, no âmbito local. Como não somos uma ilha isolada do resto do mundo, exemplo fresco é a Invepar. O grupo - um dos maiores do país e que acumula dívida de R$ 2,5 bilhões - acaba de ser substituído por um consórcio árabe na operação do metrô da capital fluminense.

Números pessimistas
Só para constar: o número de passageiros transportados no metrô teve redução de 53% de 2019 para 2020, reflexo da redução da circulação de pessoas por conta da pandemia. Atualmente, portanto, são 356 mil passageiros dia, quase o dobro do total da população friburguense.

Tempo ao tempo
Na capital não há monopólio de empresa de ônibus. No entanto, o preço da passagem é o mesmo e a concorrência não muda em quase nada a vida do usuário. Em 2018, antes da pandemia, só na cidade do Rio, sete empresas de ônibus encerraram suas atividades. Na pandemia, mais nove fecharam as portas, resultando em 21 mil desempregos. O futuro do transporte público de Nova Friburgo será case de sucesso ou de fracasso? Só o tempo dirá!       

Biometria
Ainda descendo a serra, novidades para quem for fazer ponte aérea no Santos Dumont. Nesta semana, começou a operar em fase de testes, a primeira ponte aérea biométrica do mundo entre os aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio. A tecnologia já é utilizada em outros aeroportos, mas será a primeira ponte aérea a usá-la de ponta a ponta.

Mais rapidez
A tecnologia usa reconhecimento facial para identificação do passageiro, dispensando a apresentação do cartão de embarque e de documentos pessoais. O objetivo é tornar mais eficiente, ágil e seguro o processo de embarque nos aeroportos. No check-in, passageiros terão a foto e os dados validados com as bases governamentais. Depois, o reconhecimento facial será usado para acesso do passageiro à sala de embarque. Por último, no portão, os passageiros passarão pelo último ponto de controle biométrico para o embarque na aeronave.

Caminho difícil
O Friburguense não teve muita sorte no sorteio que definiu seus caminhos de volta a uma competição nacional. O Tricolor da Serra só estreia na segunda fase da Copa Rio, competição mata-mata estadual que dá vaga na Copa do Brasil e Série D do Brasileiro. Pelo sorteio, o primeiro adversário do Frizão será o vencedor entre América e 7 de Abril.

Azar no sorteio
Caso se classifique para as quartas de final, o adversário será Americano ou Carapebus, cujo vencedor encara o Boavista na fase anterior. Ainda no caminho tricolor, rumo a uma eventual final estão, Bangu e Resende como favoritos. O sorteio, de fato, não favoreceu em nada o Friburguense que terá os confrontos mais tradicionais ao longo da sua jornada.  

Jogo sem público
Pela primeira vez na zona de classificação (vice-líder), o Friburguense recebe amanhã, 19, o Duque de Caxias, pela penúltima rodada do 1º turno. Isso mesmo, penúltima rodada. Competição curta é assim. Por conta da pandemia, o jogo será sem público. Caso vença, a classificação ficará muito próxima para as semifinais. O adversário, ainda que na penúltima colocação com três pontos, ainda não perdeu. Acumula três empates.

Classificação antecipada
Uma classificação antecipada pode ser garantida já nesta rodada. Para tanto, o Friburguense além de vencer tem que torcer para que o Americano não vença o Artsul, fora de casa e a Cabofriense não vença o Gonçalense, também fora de casa. Na última rodada, o Friburguense recebe o Artsul. Com esses resultados, ambas equipes decidiriam apenas o time que termina em primeiro no grupo.

Vantagem de empate nas semi
Terminar em primeiro no grupo dá vantagem enorme nas semifinais, disputada em jogo único: direito ao mando de campo e vantagem do empate. Essa decisão, no entanto, fica mesmo para a última rodada em confronto direto. Por isso, o melhor cenário para o Frizão é vencer o Duque de Caxias e torcer para que Artsul e Americano empatem. Assim, o Friburguense jogaria por empate na última rodada para garantir o primeiro lugar do grupo. 

Concurso de curtas
Foram prorrogadas, até o próximo dia 30, as inscrições para o “Concurso de Curtas” promovido pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Dois Rios. O tema das produções deve ter como principal roteiro “Os recursos hídricos e a sociedade”. Qualquer pessoa física ou jurídica pode se inscrever, gratuitamente.

Prêmios para os três primeiros
A data de divulgação dos vencedores foi adiada para 27 de julho. A premiação será do primeiro ao terceiro lugar: 1º) smartphone; 2º) notebook; 3º) tablet. A documentação e a produção deverão ser enviadas via Correios ou entregue em envelope fechado e identificado na sede do Comitê Rio Dois Rios, na Avenida Julius Arp, 85, no Paissandu.

Palavreando
“Somos sementes nascidas das mesmas raízes. Florescemos pelos mesmos propósitos. Ou entendemos isso ou não compreenderemos a nossa responsabilidade para com o mundo”. Confira o texto completo neste fim de semana no Caderno Z.

 

Foto da galeria
Lançada recentemente, é um sucesso a composição do sertanejo friburguense, João Noronha, “Nocaute Certo”. O clipe, gravado ao vivo no Haras Beija-Flor, em Conquista, está no YouTube, no canal do cantor. A música e outras de João Noronha estão também disponíveis nas plataformas musicais de streeming.
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Jardim

sexta-feira, 18 de junho de 2021

A grama do vizinho é realmente mais verde que a nossa? Por que tanta gente acha que os sonhos realizados pelo outro são mais fáceis de serem alcançados? Que na casa dos outros não tem bagunça, que o casal lindo que vemos pelas fotos das redes sociais não tem desafios constantes, contas a pagar? De onde o ser humano tira a ideia de que o melhor está lá e não aqui?

A grama do vizinho é realmente mais verde que a nossa? Por que tanta gente acha que os sonhos realizados pelo outro são mais fáceis de serem alcançados? Que na casa dos outros não tem bagunça, que o casal lindo que vemos pelas fotos das redes sociais não tem desafios constantes, contas a pagar? De onde o ser humano tira a ideia de que o melhor está lá e não aqui?

Acho que falta gratidão no mundo. Percebo uma zona cinzenta em que um contingente incontável de seres habitam. O dia de hoje está aquém do que deveria estar, e ao mesmo tempo, quando a coisa piora, se percebe que aquele dia estava na verdade muito bom.

Uma comparação constante e massiva com o colega do lado. Uma observação para o que acontece do lado de fora que cega as pessoas para o lado de dentro de seus lares e seus corações. Dá medo. Eu não quero sentir isso e desejo fortemente que não sintam isso em relação a mim.

Muita gente já não se contenta mais em ter saúde e paz. Faltam as fotos maravilhosas de viagens, o príncipe encantado, o melhor emprego, a casa mais frondosa. A vitrine das redes sociais, a meu ver, tem sido um portal para essa ilusão de que a vida do outro é mais feliz que a nossa. Prosperar é lindo. Amar e ser amado é uma dádiva. A realização profissional é uma alegria. Viajar é uma maravilha. O esquisito é o grau de comparação muitas vezes doentio que mingua algumas pessoas. 

Falta gratidão. Só pode ser. A partir do momento em que uma pessoa agradece por tudo o que é, pelo que faz e pelo que possui, a coisa muda de figura. Na verdade, a grama do outro passa a não ter tanta importância. Quando somos gratos pelas oportunidades que temos, pela vida que nos é dada, pela proteção diária, pelas pessoas que nos cercam, conseguimos olhar para o outro com admiração e alegria por suas conquistas. Não com inveja. Não com cobiça.

Se é para olharmos para o outro lado do muro, que seja então para observarmos o tanto de esforço aquele "vizinho" emprega em prol de suas conquistas. E então, nos esforçarmos também. Empenho precede o resultado. Grandes conquistas decorrem de emprego de energia, preparação, renúncias, investimento de tempo etc etc etc. Salvo se a grama do vizinho for sintética, ela requer plantio e cuidados. E ainda que seja sintética, requer possibilidade de compra, que demanda trabalho, dinheiro, prioridade e por aí vai. Não é de graça. Não é à toa. Não somos um amontoado de seres aleatórios em que coisas boas acontecem arbitrariamente para os outros e as ruins, para mim.   

Somos resultado do que fazemos para mudar, para melhorar, para aprimorar. São mesmo dias de luta e dias de glórias. É a vida.

Se o vizinho tem um relacionamento saudável e feliz, o que ele fez por merecer? Felicidade no amor não é para qualquer um. Tem que merecer, deve se dedicar, jogar energia boa para o universo, respeitar as pessoas, ser sincero, acolher o lado bom das pessoas. Não dá para ser um caçador de defeitos, andar com uma lupa para o negativo e encontrar pessoas maravilhosas com quem conviver. Somos todos imperfeitos. Todos. A grama alheia também pode ser. Não se pode julgar pela aparência.

Em tempos de terreno ermo, barreado, cheio de lama, a gente desanima. Mas aí é que temos que buscar aquela força que todos temos e poucos sabemos. A força de dentro. A mola da possibilidade de superação e realização.

Falar é fácil, exercer essa ideia é mais difícil. Eu sei. Mas não subestimo nossa capacidade de decidir e perseguir o objetivo. O que eu quero? Ser grata em qualquer circunstância. Amar meu próprio jardim, mesmo quando as ervas daninhas insistirem em castigá-lo. E desejar que o jardim do outro tão garboso quanto eu quero que seja o meu.

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Glossário de Investimentos III - COE

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Sempre falo da importância em diversificar sua carteira de investimentos e como a alocação em diferentes ativos podem promover mais segurança e consistência de rentabilidade. Para complementar essa ideia, hoje vou explicar como um único produto pode possibilitar todas essas características num único investimento: o Certificado de Operações Estruturadas (COE).

Sempre falo da importância em diversificar sua carteira de investimentos e como a alocação em diferentes ativos podem promover mais segurança e consistência de rentabilidade. Para complementar essa ideia, hoje vou explicar como um único produto pode possibilitar todas essas características num único investimento: o Certificado de Operações Estruturadas (COE).

Na prática, os COEs são produtos capazes de unir investimentos de renda fixa e variável num único ativo. O objetivo? Promover boa rentabilidade com riscos calculados dentro dos parâmetros da estrutura em questão. Outra forte característica dos COEs é a liquidez: estes ativos têm prazo predefinido e podem ser bastante variáveis, desde pequenos períodos – três meses, por exemplo – até prazos mais longos – seis anos, também como exemplo. Por se tratar de um produto amplo, as possibilidades de estruturação são muitas e abrangem diferentes perfis de investidor; desde os mais conservadores que buscam estruturas simples e com razoável rentabilidade, até os arrojados com apetite à risco que buscam estruturas mais complexas.

Os certificados de operações estruturadas ainda são produtos relativamente novos no mercado financeiro brasileiro e começaram a ser ofertados publicamente apenas a partir de 2015. Antes, estas estruturas ficavam restritas a investidores de alta renda e não havia nenhum tipo de publicidade envolvendo a venda das ofertas. Hoje, esta modalidade já está mais difundida e por ser regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apenas precisa seguir determinadas normas para manter a padronização durante a distribuição. Dentre as normas, o principal ponto para você se atentar, como investidor, é acerca da divulgação do Documento de Informações Essenciais (DIE), documento responsável por especificar todas as características do COE. Neste material, algumas informações são indispensáveis, dentre elas: funcionamento do produto, riscos envolvidos, garantias, fluxo de pagamentos, prazo e expectativa de rentabilidade. Portanto atente-se, sempre, aos dados e informações presentes no DIE.

Após entender o que é um COE e estudar se é algo cabível dentro da sua estratégia de investimentos, é hora de buscar entender as relações de rentabilidade e segurança do ativo. Aqui, falar em rentabilidade é deveras complicado, pois como já vimos esta modalidade é bastante flexível e pode abordar diversas estratégias mais ou menos rentáveis ao longo do período predefinido. Contudo, todo COE – da DIE – explana diferentes cenários (geralmente três) e suas respectivas possibilidades de retorno.

Analisados os possíveis cenários de ganhos, é hora de entender a segurança do produto e este é um ponto que divide os COEs em dois diferentes grupos: COE de Valor Nominal Protegido e COE de Valor Nominal em Risco. A primeira possibilidade é bastante atrativa para investidores mais conservadores, pois garante a segurança do capital investido e no pior dos cenários você resgata o seu investimento inicial. A segunda possibilidade, por sua vez, costuma compensar o risco do capital investido inicialmente com maior expectativa de ganhos, mas como não há a garantia do seu investimento esta acaba sendo opção para investidores mais arrojados e experientes.

Estes são os Certificados de Operações Estruturadas, produtos atrativos e cada vez mais populares no mercado financeiro. O que achou do ativo? Cabe na sua estratégia de investimentos? Conseguiu compreender a relação entre segurança e expectativa de ganhos? Estas são perguntas que só podem ser respondidas por você antes de fazer uma nova alocação em sua carteira. Portando, reflita e estude!

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Padarias de Nova Friburgo suspendem a venda de pães às segundas-feiras

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Edição de 19 e 20 de junho de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim 

Manchetes:

Edição de 19 e 20 de junho de 1971
Pesquisa da estagiária Paola Oliveira com supervisão de Henrique Amorim 

Manchetes:

  • Padarias fechadas às segunhdas-feiras - Deprezando o alvitre de rodizio semanal: Os proprietários das padarias de Friburgo, resolveram suspender o fabrico e a comercialização de pães às segundas-feiras, prejudicando assim os legítimos interesses da população que fica privada da sua alimentação básica no início da semana. Achamos mais que justo que haja folga para os proprietários de padarias e para os padeiros. Não compreendemos o porquê de não haver escalação para a mesma folga, de modo a que os vários bairros pudessem ser abastecidos.
  • Estagiários da Adesc visitam a Fábrica de Rendas Arp: Cumprindo programa de visitas a indústrias locais, estagiarios do 1º Ciclo de Estudos Sobre Segurança e Desenvolvimento Nacional visitaram a mais antiga indústria da cidade, a Fábrica de Rendas Arp que festejou seu 60º aniversário neste 11 de junho de 1971. Recebido pelo diretor técnico da empresa, dr. Richard Ihns e outros membros de administração, os estagiários conheceram de perto a pujança daquela indústria tanto no campo de produção como na assistência social aos empregados.
  • MDB Regional convoca reunião: O MDB do nosso Estado vai convocar deputados, prefeitos e vice-prefeitos de sua legenda, bem como os presidentes de diretórios municipais para uma reunião que vai discutir a nova Lei Orgânica dos partidos políticos. O presidente do emebismo de Friburgo, o industrial Álvaro de Almeida, preparou substancial tese de conteúdo político - administrativo, que pode despertar, inclusive, a atenção do partido governista.
  • Deputado operante: O deputado Waldir Costa está atuando de forma impressionante na Assembleia Legislativa do Estado do Rio, dando os mais positivos ''recados'' do povo ao governo. Não só na tribuna, como nas comissões, o delegado do povo friburguense agita problemas, propõe soluções, critica o mal feito, assim como até elogia, sempre que algo de útil e de positivo para as comunidades venham à baila.  Somente os que bem acompanham os trabalhos legislativos da Casa do Povo estão podendo avaliar o trabalho do “Bisturi de Ouro''.
  • Faculdade de Odontologia: No próximo dia 27 de junho de 1971 acontece a aula inaugural da Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo que será ministrada pelo ilustrado professor Amaury Pereira Muniz, atual presidente da Fundação Educacional. - Em 1º de julho, o início das atividades gerais, com o funcionamento normal do curso.

Pílulas:

  • Ao celebrar 60 anos, a Fábrica de Rendas Arp figura como legítimo baluarte no sentido do desenvolvimento de Friburgo, a indústria pioneira  de nossa terra para aqui foi trazida pelo extraordinário homem de empresa, o conselheiro Julius Arp, merecedor das maiores homenagens dos friburguenses e que é nome de importante logradouro, justamente no qual está sediada a grande fábrica.
  • Um nome, porém, refulge para a posterioridade quando se fala na direção da ''Rendas Arp”,  Richard Hugo Otto Ihns, exemplo de operosidade, modelo de correção, administrador de ''pulso de ferro'' comandando dentro do espírito da época, mas dando sucessivos exemplos de justiça. A ele, é devida a maior parcela de sucessos da empresa que, por sua morte foi entregue ao seu primogênito, cujo amor ao trabalho foi alicerçado na oficina aprimorada por seu pai.
  • O presidente do M.D.B friburguense, industrial Álvaro de Almeida tem pronta importante tese que apresentará ao diretório regional no dia 5 de julho, ocasião em que debaterá o momentoso assunto de Lei de Organização Partidária. Uma série de considerações antecederá as sugestões do ex-deputado friburguense que vai assim, contribuir com um substancioso trabalho e direção da matéria que se acha no Congresso Nacional.

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra aniversários de: Symaco da Costa (20); dr. George Henze (21); Kátia, Yonára Pinheiro Ferreira e Werther (22); Silvio Alberto Spinelli, Ítalo Sérgio Spinelli e professor Friedrick Schulupp (23); João Batista Yaggi e Beatriz Fernandes Ferreira (24); dr. Márcio Gonçalves Pereira (25); Dr. Gilberto Souza e Maria Lúcia (26).

 

 

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Lições da flor de cerejeira

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Contam que a flor de cerejeira nasceu de uma princesa que despencou do céu. Até hoje é apreciada, ainda que sua aparição dure pouquíssimos dias. Por existir por tão pouco tempo, é preciso olhar atento para não desperdiçar a chance de testemunhar tamanha beleza.

Nós, seres humanos, somos como a flor de cerejeira: frágeis, efêmeros, de inúmeras espécies diferentes, mas todas de natureza bela. Duramos muito menos do que gostaríamos, por isso deveríamos ter olhar sensível para os demais e para com nós mesmos. Apreciarmos de forma mais apurada a nossa essência. 

Contam que a flor de cerejeira nasceu de uma princesa que despencou do céu. Até hoje é apreciada, ainda que sua aparição dure pouquíssimos dias. Por existir por tão pouco tempo, é preciso olhar atento para não desperdiçar a chance de testemunhar tamanha beleza.

Nós, seres humanos, somos como a flor de cerejeira: frágeis, efêmeros, de inúmeras espécies diferentes, mas todas de natureza bela. Duramos muito menos do que gostaríamos, por isso deveríamos ter olhar sensível para os demais e para com nós mesmos. Apreciarmos de forma mais apurada a nossa essência. 

Somos pequenos milagres e todo milagre merece ser testemunhado ao ponto de ser compartilhado para o eterno. Não há outra maneira de experimentar a eternidade, a não ser, tendo a sua biografia estendida para além de sua própria existência.

A flor de cerejeira nos dá como lição algo que carregamos, desapercebidamente, dentro de nós mesmos: é preciso aproveitar ao máximo cada momento. O tempo escapa velozmente, e, se apenas passamos pelas horas como os ponteiros de um relógio, sequer experimentamos as estações. 

Nesse sentido, somos privilegiados, uma vez que a Sakura apenas floresce entre uma estação e outra, enquanto nós podemos florescer entre e em todas as estações. Ainda que o pressuposto de toda vida tenha como objetivo a felicidade, é também uma escolha recusar a oferta do destino.     

Dos samurais vem o lema: viver o presente sem medo. Os guerreiros japoneses aprenderam a praticar esse lema, observando a flora das cerejeiras. Como samurais, somos convidados a agir com o coração, para então compreender a força concedida pelo presente que é maior, mais certa e leal do que a intenção do futuro. Assim, menos ébrios pelo ego e pelos receios que nos plantam, podemos nos presentear com maior determinação em cumprir o desejo do universo: estamos aqui para muito mais do que só sobreviver.             

Podemos, então, nos comparar às flores de cerejeira. Somos como elas, passageiros. Carregamos, como elas, os elementos que constroem o amor, a renovação e a esperança. Somos prometidos a espalhar beleza, quiçá, encantamento. No entanto, uma flor solitária não causa o efeito que milhares provocam. Somos sementes nascidas das mesmas raízes. Florescemos pelos mesmos propósitos. Ou entendemos isso ou não compreenderemos a nossa responsabilidade para com o mundo. 

Efêmeras, nossas vidas são delicadas como a da princesa que despencou do céu para originar, a igualmente delicada, flor de cerejeira. Na vivacidade de sua beleza, a flor de cerejeira nos convoca à intensidade, mas é nossa temporalidade que nos demonstra que nossa história é um instante e instantes pedem o vigor que só os intensos se permitem. 

As lições da flor de cerejeira são, no fim e ao mesmo tempo, lições que podemos ensinar a nós mesmos, pelos mais autênticos reflexos de nossos próprios espelhos. Que seja intenso o seu brilho, mas que não cegue.  

 

Foto da galeria
(Foto: Henrique Pinheiro)
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Gratidão e saúde mental

quinta-feira, 17 de junho de 2021

No site Publicações sobre Saúde, da Universidade Harvard, foi postado um artigo em 22 de novembro de 2011 com o título “Agradecer pode te deixar mais feliz”. Se quiser ver o original em inglês, acesse o link: www.health.harvard.edu/healthbeat/giving-thanks-can-make-you-happier

No site Publicações sobre Saúde, da Universidade Harvard, foi postado um artigo em 22 de novembro de 2011 com o título “Agradecer pode te deixar mais feliz”. Se quiser ver o original em inglês, acesse o link: www.health.harvard.edu/healthbeat/giving-thanks-can-make-you-happier

Vou compartilhar com você, leitor, algumas ideias dele. Expressar gratidão é um fator de recuperação e prevenção de sofrimentos mentais para muita gente. Gratidão tem que ver com um agradecimento que você faz pelo que recebeu, seja algo físico ou não físico. Muitas vezes você recebe bênçãos que vêm de fora de suas capacidades, habilidades e recursos. Assim pode reconhecer que a fonte da bondade está, pelo menos em parte, fora de si mesmo. E isto gera gratidão que pode ser para com alguém humano ou para com um ser superior que podemos chamar de Deus.

Em estudos feitos especialmente pela chamada Psicologia Positiva, a gratidão tem relação com experimentar maior felicidade. A gratidão ajuda você sentir emoções mais positivas, desfrutar boas experiências, melhorar sua saúde, lidar melhor com adversidades e construir relacionamentos fortes. Você pode ser grato pelo passado, recuperando memórias positivas e ser grato por elementos da infância ou bênçãos passadas; pelo presente, com aquilo que tem ocorrido e lhe ajudado, e pelo futuro, mantendo atitude esperançosa e otimista. 

Os psicólogos Robert A. Emmons, da Universidade da Califórnia, em Davis, e Michael E. McCullough, da Universidade de Miami, pesquisaram muito sobre a gratidão. Em um estudo pediram aos participantes que escrevessem frases a cada semana, com tópicos específicos. Um grupo escreveu sobre coisas pelas quais era grato ocorridas na semana. Outro grupo escreveu sobre irritações diárias ou o que os desagradaram, e o terceiro grupo escreveu sobre eventos que os afetaram sem ênfase em serem positivos ou negativos. Após dez semanas os que escreveram sobre gratidão ficaram mais otimistas e se sentiram melhor com suas vidas, e também se exercitaram mais e tiveram menos consultas médicas do que os que se concentraram em assuntos desagradáveis.

Outro pesquisador nesse campo, Martin Seligman, psicólogo da Universidade da Pensilvânia, testou o impacto de intervenções de psicologia positiva em 411 pessoas, cada uma com uma tarefa de escrever sobre memórias. Quando a tarefa semanal era escrever e entregar pessoalmente uma carta de gratidão a alguém que nunca havia sido agradecido por sua bondade, os participantes logo exibiram grande aumento nas pontuações de felicidade e os benefícios duraram um mês. E estudos mostram que os gerentes ou chefes que se lembram de dizer "obrigado" às pessoas que trabalham sob seu comando descobrem que esses funcionários se sentem motivados a trabalhar mais.

A gratidão é uma forma de você valorizar o que têm, em vez de sempre buscar algo novo na esperança de que isso o faça mais feliz, ou pensando que não pode se sentir satisfeito até que todas as necessidades físicas e materiais sejam atendidas. A gratidão ajuda as pessoas a se concentrarem no que têm em vez de no que lhes falta. E embora possa parecer artificial no início, esse estado mental se fortalece com o uso e a prática.

Você pode cultivar a gratidão assim: 1)Você pode se tornar mais feliz e cultivar seu relacionamento com outra pessoa escrevendo uma carta de agradecimento expressando sua satisfação e apreciação pelo impacto dessa pessoa em sua vida. Envie, ou melhor ainda, entregue e leia pessoalmente, se possível. Crie o hábito de enviar pelo menos uma carta de agradecimento por mês. De vez em quando, escreva uma para si mesmo.

2)Sem tempo para escrever? Pode ajudar apenas pensar em alguém que fez algo de bom por você e agradecer mentalmente a essa pessoa. 3) Crie o hábito de escrever ou compartilhar com um ente querido os pensamentos sobre os benefícios que recebeu todos os dias. 4) Escolha um momento toda semana para sentar e escrever sobre suas bênçãos, refletindo sobre o que deu certo ou do que você é grato. Defina um número, como três a cinco coisas, que você identificará a cada semana. Ao escrever, seja específico e pense sobre as sensações que sentiu quando algo bom aconteceu com você. 5)Use a oração para cultivar a gratidão. 6) Medite em textos religiosos como a Bíblia, imaginando as cenas dos relatos e se colocando nelas como recebendo bênçãos dos personagens do texto. Cultive gratidão e sua saúde mental irá melhorar.

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Friburguense em destaque

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Friburguense em destaque
Um friburguense lidera a mais nova ferramenta tecnológica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Prometida como uma revolução no trato da coisa pública, a ferramenta de inteligência artificial pode encontrar irregularidades em editais de licitação.

Friburguense em destaque
Um friburguense lidera a mais nova ferramenta tecnológica do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Prometida como uma revolução no trato da coisa pública, a ferramenta de inteligência artificial pode encontrar irregularidades em editais de licitação.

Já em operação
Batizado de Alice, o sistema que cruza dados e aponta possíveis indícios de irregularidades é liderado pelo friburguense Lúcio Camilo Pereira, atualmente diretor-geral de Tecnologia da Informação do TCE-RJ. O sistema que abrange todo o território fluminense já está em funcionamento, mas antes passou por um longo período de reestruturação de toda base de dados de editais do Tribunal de Contas e mudança no módulo de controle desses documentos.

Painel de informações
A celeridade é o fator de maior destaque, permitindo que os órgãos retirem, cancelem ou anulem editais para elaborar outros de forma correta. O sistema varre o conteúdo dos editais, através de pesquisas automatizadas inteligentes, faz o cruzamento com outras bases de dados e caso tenha indícios de problemas, gera alertas por meio de um painel de informações.

Friburguense Carlos Langoni
Por falar em friburguenses se destacando, muito se lamentou a morte por Covid-19 do economista e ex-presidente do Banco Central, Carlos Langoni. Mas o que pouco se falou ou se sabia, inclusive em vida, é que o renomado acadêmico era friburguense. Além de ter nascido aqui, Langoni estudou no antigo Colégio Nova Friburgo da Fundação Getúlio Vargas.

Mais jovem da história
Nos últimos anos, Langoni foi consultor do ministro Paulo Guedes nas áreas de gás e de abertura comercial. O friburguense foi o mais jovem presidente do Banco Central. Aos 35 anos, assumiu a presidência do BC no governo do presidente João Figueiredo. Continua sendo até hoje, o mais novo a presidido a instituição.

Caminho para o futebol nacional
O Friburguense conhece hoje, 16, às 10h, em sorteio dirigido, o seu caminho rumo a retornar a uma competição nacional, a Série D do Brasileiro ou a Copa do Brasil. A Federação de Futebol realiza o sorteio da Copa Rio, competição estadual mata-mata, em cinco fases.

Caminho curto
O Friburguense só entra na 2ª fase, junto com os demais times da primeira divisão, ou seja, são somente três adversários para chegar à final. Quem chega à final, no mínimo, garante participação em uma das duas competições nacionais. O campeão tem o direito de escolha de qual quer participar: Série D ou Copa do Brasil.

Cabeça de chave
Na primeira fase, estarão times da segunda e terceira divisão de 2020, além de Americano e América, que vêm da seletiva. O Friburguense por ter sido o melhor da 2ª fase seletiva do ano passado ficou considerado como da primeira divisão junto com Volta Redonda, Boavista, Madureira, Bangu, Resende, Macaé e Cabofriense.

Transmissão ao vivo
O melhor é que nessa segunda fase, o Tricolor da Serra será cabeça de chave junto com os times da primeira divisão, ou seja, não tem como enfrentar nenhum desses, sendo assegurado como adversário um time da segunda, terceira divisão ou da seletiva. O sorteio será transmitido, ao vivo, pela TV Ferj, em seu canal no YouTube.

Primeira vitória do ano
Já na luta pelo acesso... O mundo saiu das costas. O Friburguense conseguiu sua primeira vitória em partida oficial nesta temporada 2021. Esse é o tamanho da vitória por 3 a 1 sobre o Gonçalense, na segunda partida pela Série A2, equivalente à segunda divisão do futebol do Rio. Foi também a estreia do time em casa. Depois de fazer o gol nos minutos finais do 1º tempo, o que se viu em campo foi um time muito mais leve, mais seguro e mais impetuoso.

Afonso
Momento crucial do jogo foi uma parada do goleiro Afonso ainda no 1º tempo. Após duas bolas que quase resultaram em gol do visitante, Afonso deu uma esfriada na partida, alegando necessidade de atendimento. Foi o momento para que o time, que não vinha bem, pudesse se reencontrar. O gol do Frizão saiu logo depois. No 2º tempo, mais dois gols e só no finalzinho, numa desatenção, o gol de honra do adversário.

Leveza
Se aguarda que com a tão esperada vitória, o Friburguense possa ter abandonado toda pressão que vinha atormentando o time e venha a jogar como jogou a partir do 1º gol diante do Gonçalense. Com os três primeiros pontos, o Friburguense está mais do que na briga, ocupando a 3ª posição, apenas um ponto atrás de Americano e Artsul.

Frizão x Cano na TV
Caso o Friburguense vença o Americano hoje, 16, às 15h, em Cardoso Moreira, o Tricolor da Serra pode até assumir a liderança do seu grupo. Por ser um confronto direto, pode entrar na zona de classificação, já que os dois primeiros avançam às semifinais. O Americano não está jogando em Campos, o que faz com que a partida seja quase em campo neutro. O jogo será transmitido, ao vivo, pela Cano TV, canal do clube campista no YouTube.

Macaé em Nova Friburgo
Se o Americano não está jogando em Campos, quem atua hoje, às 15h, em Nova Friburgo, é o Macaé. O Friburguense empresta seu estádio ao Macaé que não está podendo atuar em seu estádio por estar sem as devidas liberações. Após ser goleado por 6 a 0 pelo Audax, o Macaé enfrenta o Sampaio Corrêa, tentando a recuperação. Lembrando que apenas o último colocado na soma dos dois turnos será rebaixado para a terceirona. Posição essa ocupada pelo Gonçalense que ainda não pontuou. 

Palavreando
“O medo corrói. O receio impede os melhores abraços que poderiam existir. Se há química, deixa a conexão agir e desperta.”

Foto da galeria
Com uma live, o Serratec celebrou dois anos de fundação, ocasião também em que se completou o primeiro ciclo de gestão com posse de novo presidente. O Serratec é um movimento do setor de TI da Região Serrana. Dentre os presentes na live, estiveram Paulo Alvim, Secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Julio Talon, presidente da Firjan Serrana e da GE Aviation. Foi lançado, na ocasião, um documentário: “20 anos em 2”, que conta, por meio de depoimentos, uma parte da história do movimento. O empresário Marcelo Carius passou a presidência para o também empresário Guilherme da Motta Alves.
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Por una cabeza

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Um votinho a menos e ele não teria ido para o cadafalso

Um votinho a menos e ele não teria ido para o cadafalso

Um voto é apenas um voto. Ou seja: muito pouco. Mas às vezes um mísero votinho pode fazer grande diferença. Por exemplo: todos nós sabemos que Maria Antonieta, rainha da França, não era a rainha da simpatia. Tanto que era depreciativamente chamada de "a Austríaca", como se ter nascido na Áustria fosse em sim mesmo um defeito (embora de lá também tenha nos saído Adolf Hitler). Mas assim o povão e até mesmo gente da corte se referiam a ela, sempre às escondidas, que ninguém era besta de falar às claras qualquer coisa que desagradasse a Sua Majestade. Também o marido, Luís XVI, não era lá essas coisas, basta dizer que se casou no palácio e na Igreja aos quinze anos, mas só sete anos depois se casou na cama. Enquanto isso, dizem as más línguas, Maria Antonieta ia se divertindo como podia e com quem podia.

Portanto, não era nada de se estranhar que todo mundo acreditasse na lorota segundo a qual Maria Antonieta, durante um passeio pelas ruas de Paris, teria perguntado por que lá do lado de fora de sua luxuosa carruagem só tinha gente de cara infeliz, gente com cara de quem passava fome. "O povo não tem pão", responderam-lhe. A rainha, como ainda hoje fazem os políticos em campanha, rapidamente deu solução para o problema: "Se não têm pão que comam brioches". Uma santa! Uma anta! Para encurtar a conversa, direi que Sua Majestade perdeu completamente a cabeça ao ser guilhotinada, numa das mais famosas consequências da Revolução Francesa. Como se sabe, mais de 2.500 cabeças rolaram naquele período, inclusive a de um tal Jacques-René Hérbert, o jornalista que estava entre os principais caluniadores e acusadores da rainha. Enfim, provou do próprio veneno.

Agora vejamos o que Maria Antonieta tem a ver com um voto a mais ou a menos. Pois bem, o marido dela, o já citado Luís XVI, foi julgado pela Justiça, se é que se pode chamar de justiça julgamentos motivados por rancor e medo, dois sentimentos que o rei ainda inspirava. Votaram 721 jurados, 360 pela absolvição do réu. Não é necessário fazer muita conta para concluir que Luís XVI foi condenado por 361 votos. Um votinho a menos e ele não teria ido para o cadafalso, nem ele nem sua esposa, a até hoje tão (mal) falada Maria Antonieta.

Outra situação em que um voto fez tremenda diferença foi na Revolução Americana. Dentre as muitas questões que a nova nação tinha a resolver, figurava a da escolha do idioma. Porque o que mais tinha na América do Norte da época era estrangeiro. Ainda hoje se diz que em Nova York são falados 800 idiomas diferentes, tal é o número de gente de todos os cantos do mundo que lá se acotovela. Em 1775 não era tanto assim, mas um casal falando hebraico podia facilmente passar por dois carpinteiros que discutiam em francês ou por alguns moleques que se xingavam em holandês. Mas os dois principais concorrentes ao Oscar de idioma nacional eram mesmo o alemão e o Inglês. No fim da apuração, o Oscar foi para o inglês, que superou o alemão por um voto, por apenas um votinho! Ou, como se diz nas corridas de cavalo argentinas: “Por una cabeza”.

Assim se explica porque hoje em dia é muito mais comum ouvir-se um cantor romântico dizendo “I love You” do que “Ich liebe dich”.

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