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Monnerat: encontro em missa

terça-feira, 27 de abril de 2021

Monnerat: encontro em missa
A benquista e tradicional família Monnerat, que tem considerável representatividade em Duas Barras e também aqui por Nova Friburgo, realiza seu 73° encontro no próximo domingo, 2 de maio, às 8h.
Em razão da pandemia e por ser muito extensa, este encontro familiar não terá conotação festiva e sim, uma especial celebração religiosa na Igreja Nossa Senhora da Guia, no distrito bibarrense que leva o nome da própria família, Monnerat.

Monnerat: encontro em missa
A benquista e tradicional família Monnerat, que tem considerável representatividade em Duas Barras e também aqui por Nova Friburgo, realiza seu 73° encontro no próximo domingo, 2 de maio, às 8h.
Em razão da pandemia e por ser muito extensa, este encontro familiar não terá conotação festiva e sim, uma especial celebração religiosa na Igreja Nossa Senhora da Guia, no distrito bibarrense que leva o nome da própria família, Monnerat.
Conforme Eduardo Monnerat Solon de Pontes que está à frente deste encontro, a missa deverá contar com participação espiritual de grande parte dos quase nove mil Monnerats espalhados pelo estado e Brasil afora e de forma presencial, apenas as participações de 73 familiares na igreja de Monnerat no próximo domingo.

Vivas para Suely
 A data de hoje, 27, faz com que o dia seja muito especial para admirada e competente funcionária da Subprefeitura de Conselheiro Paulino, Suely Pinheiro (foto).
Isso, porque para satisfação dela, bem como de todos seus familiares, amigos e admiradores, ela está aniversariando, razão pela qual a encaminhamos nossos cumprimentos com votos de mais e mais saúde, felicidades, sucessos e tudo de bom.

Níver com surpresa
No último dia 20, o Nova Friburgo Country Clube completou 64 anos de fundação e pelo que está no ar, uma bela surpresa para o quadro social marcará a celebração desta marca em breve.
Incansavelmente e mesmo neste período de pandemia, a diretoria do NFCC e seu presidente Celsinho não param de trabalhar em prol de melhoramentos para o clube.

#GPHpedeajuda
Diante da acentuada crise social e sobretudo a necessidade de ajudar seus beneficiados, o Grupo de Promoção Humana (GPH) está solicitando apoio de seus amigos no sentido de ofertarem R$ 100, cada para a composição de cestas básicas para inúmeras famílias que estão necessitando.
Quem puder ajudar nesta ação social, basta realizar um depósito para a agência 0335-2 do Banco do Brasil na conta corrente 6021-6. Se, no entanto, preferir doar mantimentos diretamente, o colaborador pode comparecer no GPH no bairro Conego de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h ou das 14h às 17h.

Concorrências acirradas
 A nível comercial a concorrência, especialmente também quanto aos chamados gêneros de primeira necessidade, sempre foi muito intensa, porém nestes tempos de pandemia e adversidades, tudo se acentuou ainda mais.
Na TV, por exemplo, observamos por vezes num mesmo intervalo comercial, anúncios de três, quatro ou até mais supermercados diferentes, sendo que o carro chefe, inclusive observado por todos para tentarem se guiar no mesmo parâmetro de preços praticados das 20 promoções divulgadas por vez, é uma grande rede do Rio que leva o nome do nosso Estado.

Parabéns, empregadas!
Hoje, 27, é o Dia Nacional da Emprega Doméstica, esta figura tão relevante em muitas residências e quem sempre conta com o respeito e valorização que merece.
 A data foi instituída em homenagem Santa Zita nascida na cidade italiana de Lucca em 1212, que foi empregada do lar e que morreu aos 60 anos de idade, neste dia e anos a frente, foi santificada pelo Papa Pio XII.

Foto da galeria
Vivas para Suely SRA. SUELY PINHEIRO
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Para não cair na indiferença

terça-feira, 27 de abril de 2021

Há na Esmolaria Apostólica, um departamento da Cúria Romana, uma fotografia icônica: noite de inverno, pessoas bem agasalhadas com casacos de pele, alegres e satisfeitas saindo de bons restaurantes e um desabrigado, faminto e com frio deitado ao chão. O registro fotográfico foi capaz de capturar com maestria o descaso e a indiferença das pessoas que desviavam o olhar do pobre homem jogado na sarjeta.

Há na Esmolaria Apostólica, um departamento da Cúria Romana, uma fotografia icônica: noite de inverno, pessoas bem agasalhadas com casacos de pele, alegres e satisfeitas saindo de bons restaurantes e um desabrigado, faminto e com frio deitado ao chão. O registro fotográfico foi capaz de capturar com maestria o descaso e a indiferença das pessoas que desviavam o olhar do pobre homem jogado na sarjeta.

Este é apenas um dentre inúmeros registros da falta de humanidade e de compaixão a que somos capazes. Ser indiferente não quer dizer, necessariamente, ser mal. Podemos ser pessoas muito boas com os que convivem conosco, com os que estão na mesma situação moral e social que nós, mas ainda assim a indiferença é capaz de ferir mortalmente a humanidade.

No próprio Evangelho podemos observar a cultura da indiferença impregnada no agir humano. Os evangelistas ao narrarem a multiplicação dos pães são unânimes em destacar a preocupação dos discípulos com a falta de alimento: “Despede a multidão, para que vá aos povoados e campos vizinhos procurar pousada e alimento” (Lc 9, 12). Neste posicionamento dos discípulos quase que os ouvimos dizer: “Não é problema nosso alimentar essa gente”.

Não quero dizer que os discípulos fossem maus. Eles não se preocupavam com a multidão, mas sim com o seu próprio bem-estar e também de Jesus. Mas a resposta de Jesus – “dai-lhes vós mesmo de comer” (Lc 9,13) – os ensina a prestar mais atenção às necessidades das pessoas, sobretudo das mais pobres.Quantas vezes mudamos nosso olhar de direção para não nos ferirmos com a miséria do outro? Ou quantas vezes somos incapazes de sentir a dor do outro?

Ainda o testemunho bíblico nos alerta para o abismo que criamos entre nós. Jesus, em um de seus discursos, conta a parábola do mau rico e do pobre Lázaro (cf. Lc 16, 19-31). O rico, mergulhado em sua individualidade dava inúmeros banquetes, vestia-se com roupas finas e caras, mas era incapaz de prover o bom sustento para o pobre Lázaro que ficava à sua porta.

Podemos ainda lembrar o Cego Bartimeu (cf. Mc 10, 46-52) que, sentado à beira do caminho, ao ouvir que Jesus se aproximava gritava para que tivesse piedade dele, era repreendido para que se calasse, pois incomodava. Poderíamos narrar aqui tantas outras situações em que, fechados em nossos projetos, realizações e comodismo, fomos indiferentes às necessidades dos demais. Vivemos uma era em que a informação chega a nós com eficaz velocidade, porém, ainda estamos insensíveis.

O Papa Francisco, relembrando sua primeira visita à ilha italiana de Lampedusa cunhou a expressão “globalização da indiferença”. E no contexto da pandemia refletiu: “Talvez nós hoje aqui em Roma estejamos preocupados porque ‘parece que as lojas estão fechadas, tenho que comprar isto, e parece que não posso passear todos os dias, e parece que...’: preocupados com as minhas coisas. E esquecemos as crianças famintas, esquecemos aquela pobre gente que nos confins dos países buscam a liberdade, aqueles migrantes forçados que fogem da fome e da guerra e encontram somente um muro, um muro feito de ferro, um muro de arame farpado, mas um muro que não os deixa passar. Sabemos que isto existe, mas não chega ao coração... Vivemos na indiferença: a indiferença é o drama de estar bem informado, mas não sentir a realidade dos outros.” (Homilia, 12 de março de 2020).

Sigamos o exemplo do coração de Jesus que viu a necessidade da humanidade e se compadeceu, não se fez indiferente.

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é assessor diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras

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“Minha flor é efêmera” (Saint-Exupéry)

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Hoje é um tempo triste. Tantas pessoas estão contaminadas pelo Covid19, outras mais, internadas, além do alto índice de óbitos. Uma certa desesperança paira no ar, que nos faz perguntar: como estaremos amanhã? Sobreviveremos a uma terceira onda?

Este estado de emoção me remeteu a um trecho do livro O Pequeno Príncipe, que, tão logo o li, senti meu peito apertar.

Hoje é um tempo triste. Tantas pessoas estão contaminadas pelo Covid19, outras mais, internadas, além do alto índice de óbitos. Uma certa desesperança paira no ar, que nos faz perguntar: como estaremos amanhã? Sobreviveremos a uma terceira onda?

Este estado de emoção me remeteu a um trecho do livro O Pequeno Príncipe, que, tão logo o li, senti meu peito apertar.

— Mas o que significa “efêmeras”? — repetiu o pequeno príncipe, que, em toda sua vida, jamais desistira de uma pergunta que tenha feito.
— Significa “o que está ameaçado de desaparecer em breve”.
— Minha flor está ameaçada de desaparecer em breve?
— Certamente.
“Minha flor é efêmera, disse para si mesmo o príncipe, “e ela só tem quatro espinhos para se defender do mundo.  E eu a deixei sozinha no meu planeta!”

O livro que tenho em mãos tem a leveza da tradução de Ferreira Goulart, e o trecho a que me refiro retrata a conversa do pequeno príncipe com o geógrafo, quando visita o sexto planeta.

Com suavidade, Saint-Exupéry nos revela que somos efêmeros, sozinhos e temos de sobreviver no mundo com tão poucos recursos. Nem com toda tecnologia conquistada, hoje, no século XXI, não nos tornamos poderosos. Quem pode se defender da ventania, da inveja e de um capcioso vírus? Somos frágeis e temos poucos anos de vida. O que são 90 anos ou mesmo 100 na grandiosidade do tempo? Ninguém tem como negar que somos caracterizados pelos limites. Se olharmos para nossas mãos, percebemos que o tamanho delas é invisível aos olhos do universo. Mesmo fazendo a vida com as duas, que se completam e se ajudam. Mesmo o homem tendo construído túneis, arranha céus e trens com elas, quando vêm a avassaladora força da natureza, o poder maligno do caráter humano, elas se quebram e não conseguem superar o que diante delas se impõe.

Talvez, como Fernando Pessoa usou esta palavra!, os viventes tenham de reconhecer suas impossibilidades para conseguirem melhor enfrentar a vida. Talvez a expressão “sei que nada sei”, seja de Sócrates ou de Platão, tenha a sabedoria dos mestres. Quem não precisa conhecer e aprender mais? Pena que, às vezes, a sensação de onipotência nos engole e chegamos até a imaginar a possibilidade de sermos imortais. Há quem se esqueça de colocar máscaras quando sai à rua em plena pandemia! Será banal esquecimento ou soberba?  

Morremos. Desaparecemos. Sim. Sim, senhor, como dizia Alice. Podemos findar a qualquer momento. 

Deixo, então, o Soneto 12 de Shakespeare:

Quando conto as horas que passam no relógio,
E a noite medonha vem naufragar o dia:
Quando vejo a violeta esmaecida, E minguar seu viço, pelo tempo embranquecida;
Quando vejo as altas copas de folhagens despidas,
Que protegiam o rebanho do calor com sua sombra,
E a relva do verão atada em feixes
Ser carregada em fardos em viagem;
Então, questiono tua beleza,
Que deve fenecer com o vagar dos anos,
Como a doçura e a beleza se abandonam,
E morrem tão rápido enquanto outras crescem;
Nada detém a força do Tempo,
A não ser os filhos, para perpetuá-lo após tua partida.

 

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Carta ao Planeta Terra

sábado, 24 de abril de 2021

Planeta Terra, venho pedir desculpas sobre como tenho tratado você ao longo dos últimos tempos. Deixe me apresentar, ainda que você me conheça muito bem, afinal já deve estar exausta de experimentar o velho ditado que diz: “quem bate esquece, quem apanha não”. 

Planeta Terra, venho pedir desculpas sobre como tenho tratado você ao longo dos últimos tempos. Deixe me apresentar, ainda que você me conheça muito bem, afinal já deve estar exausta de experimentar o velho ditado que diz: “quem bate esquece, quem apanha não”. 

É! Você me conhece bem, muito bem, mais do que até eu mesmo. Sim, sou o ser humano. O mais predador entre todos aqueles que tem você como lar. Somos muitos, com múltiplas diferenças, culturas e condutas, mas no fim, independentemente de como agimos, respondemos por todos e assim devemos encarar a nossa desumanidade como um conjunto só.

Entre nós, seres humanos, há alguns mais conscientes e que têm tentado, com certo esforço, alertar aos demais. Mas o mal segue sendo maior até mesmo quando você aumenta a temperatura e grita em tempestades, tsunamis, ciclones e furacões. Muitos de nós não querem ouvir e incendeiam suas florestas, criam teorias de que é plana e até de que as mudanças climáticas são conspirações ideológicas. Tantos anos para desaprender a aprender.

Não temos sido bons moradores. E não veja essa carta como uma provocação de mal inquilino que tenta adiar o despejo. Precisamos melhorar essa relação e admito que você tem sido até bondosa e paciente demais. Provoco desigualdades entre os meus (seus filhos, meus irmãos). Firo a sua honra, aniquilo suas proteções de ozônio, atolo seus mares de lixo e povoo a beira de suas veias de água. Poluo suas bacias, construo nas encostas de seus vales, roubo suas pedras que autointitulamos preciosas, estouro suas montanhas e mato suas fontes minerais. Tomo do seu profundo solo a sua substância preta e transformo tal matéria no vilão que te atormenta os oceanos e o ar. 

Ganancioso, troco o tempo que tenho por dinheiro e consumo mais e mais de forma desenfreada para mostrar quem é que manda! O vento que envia sugere que é você. Mas dou de ombros e mato animais e crio animais que nascem apenas para saciar os que podem pagar e quem não pode é porque não teve mérito para comer baby beef no jantar. Reclamam de fome? Que infeste o seu solo de agrotóxicos nocivos para te acelerar e nos dar mais, mais e mais.

Aí, nos fazemos capciosamente de desentendidos, mas você soma minúsculas partículas, tão pequenas que não podem ser vistas, mas que nos destroem por dentro e paralisam a nossa mais querida invenção: o capital. Vírus e bactérias que tentam nos ensinar sobre sustentabilidade, ética, de como somos frágeis e como nosso sistema é fácil de se brecar. Mas alguns de nós são tão espertos que aumentam seus bilhões e expandem ainda mais as desigualdades. O seu convite a cooperação parece não estar sendo aceito.             

Caro Planeta Terra, como gostaria que a maioria de nós seres humanos pudesse convencer essa minoria e aos que são massa de manobra dessa mínima parcela de que é necessária uma justiça social e econômica. Que a imperfeita democracia serve para nos unir e não nos segregar. Que só o fim das explorações, inclusive as explorações a você Terra, podem gerar a tão sonhada paz.

Peço desculpas. Por não cuidar de você como deveria. Por marginalizar a vida de todos os seres que aqui vivem, especialmente meus irmãos. Peço perdão pelas atitudes deles também. Temos a mesma morada e as mesmas responsabilidades para com você e com a gente mesmo. Temos sido autores da desigualdade. Criamos a tal sustentabilidade, mas ainda estamos longe de efetivá-la. Gostaria de poder te proteger de nós mesmos. 

Queria nessa carta te dizer que as coisas vão melhorar, que estamos próximos da tal ética planetária... Mas apenas desabafo para ser e por ser parte do seu lamento.      

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Faculdade de Odontologia começa a funcionar

sábado, 24 de abril de 2021

Edição de 24 e 25 de abril de 1971.

Manchetes:      

Edição de 24 e 25 de abril de 1971.

Manchetes:      

  • Vitória nossa, do povo, da administração - Enfim, tiveram início as atividades da Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo, com o exame vestibular nestes dias 24 e 25 de abril de 1971, um gigantesco passo do sentido da concretização de um velho sonho de idealistas: tornar Friburgo, uma cidade universitária!.
  • Com o governador Padilha -  Interessse de Cantagalo em pauta - Antônio  Carlos Gonçalves, prefeito de Cantagalo e um dos mais jovens chefes de executivos  do Brasil, manteve contato com o governador Padilha a quem entregou memorial contendo reivindicações em benefício do povo da terra de Euclides da Cunha.   
  • Aniversário da Trajano de Morais - O município festeja neste 24 de abril de 1971 mais um ano de sua emancipação política. O diligente administrador da simpática e progressista comunidade, prefeito Jamar Pire, preparou uma vasta programação.
  • Centro Industrial de Friburgo - Centro Industrial de Nova Friburgo (Cinf), em conjunto com a IBM do Brasil, está estudando a possibilidade de criar um ''bureau'' de serviços de processamento de dados em Nova Friburgo, utilizando sistema de computador eletrônico. O Cinf e a IBM desenvolvem, em conjunto, um plano de trabalho que inclui o seminário sobre processamento de dados e levantamento das necessidades das empresas industriais, bancos e órgãos governamentais para estimar o potencial de serviços e a estrutura e financiamento do futuro 'bureau.''  
  • Ao povo de Nova Friburgo: O manifesto assinado pela maioria dos médicos pertencentes ao Corpo Médico da Santa Casa, não foi compreendido pelo dr. Augusto Cláudio Ferreira, provedor daquela instituição. Nele, assinalam-se a desordem administrativa reinante e a subversão da autonomia técnica. Endossamos, de público, o pedido de perícia da escolta da Santa Casa (auditoria administrativa) - negada pela administração - visando sua preservação moral e recuperação financeira.
  • Os Construtores licenciados: O prefeito Feliciano Costa recebeu o seguinte telegrama: ''Solicito providências para marcar reunião desta presidência com o diretor de obras da prefeitura para dia 30 de abril de 1971 com construtores licenciados para esse município. Saudações, Engenheiro Carlos Prestes Cardoso, presidente do Crea - 13ª Região.
  • Edição Especial em 16 de Maio: ‘’ A VOZ DA SERRA’’, em homenagem à data mater do nosso Município, vai circular no dia 15 de maio, com uma edição especial para qual está saudações e demonstrações de estímulo e confiança às autoridades e no progresso da nossa alcandorada terra.

Pílulas:

  • ‘’Após terem sido esgotados os recursos para uma providência efetiva da prefeitura, quanto ao péssimo estado da Rua ’Franklin Coutinho’, moradores solicitam que esta coluna endosse a reclamação. Lá vai o apelo, embora todo quanto tenhamos reclamado em matéria de serviços urbanos tenha caído em terra infértil.’’
  • Por orientação do prefeito Feliciano Costa relativamente ao dia 16 de maio, a data deverá ser condignamente festejada. Não poderia ser outra a atitude do atual chefe do Executivo, pois da sua gestão anterior foi marcada época áurea dos festejos assinaladores do dia máximo de nossa terra. 
  • Merecem encômios a direção da Fundação Educacional, que é a responsável pela Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo e o prefeito Feliciano Costa que concretizaram o velho sonho da mocidade friburguense que quer estudar: o vestibular de odontologia solidifica o caminho de Friburgo, Cidade Universitária. Parabéns a todos os que participaram da excelente iniciativa!

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra aniversários de: Antônio Vanzzilotta Dotino, Dona Olga Vila (24), Elvirinha (25), Dona Mathilde Carpenter Meyer e Kátia (26), Dr. Georg Henze e Rogério (27), Dona Adelina Leal Pinto (28), Márcio e Luiz Gonzaga Pinto Emerick (29), Carlos Henrique e Miriam Fátima (30).
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TV Zoom em novas mãos

sexta-feira, 23 de abril de 2021

TV Zoom em novas mãos
A TV Zoom agora é da Associação Comercial Industrial e Agrícola de Nova Friburgo, a Acianf. Como preconizado pelo estatuto, houve necessidade de uma assembleia geral da entidade para aprovar o negócio. A fase de transição já foi iniciada e conta, inclusive com a consultoria dos agora ex-donos Salvador Canto e Luciana Ferraz.

TV Zoom em novas mãos
A TV Zoom agora é da Associação Comercial Industrial e Agrícola de Nova Friburgo, a Acianf. Como preconizado pelo estatuto, houve necessidade de uma assembleia geral da entidade para aprovar o negócio. A fase de transição já foi iniciada e conta, inclusive com a consultoria dos agora ex-donos Salvador Canto e Luciana Ferraz.

A pioneira
O nome da emissora a cabo e de streeming será mantido até mesmo em reconhecimento à força da marca. Vale lembrar que a TV Zoom é a mais longeva TV local e a única sobrevivente da fase de ouro ocorrida na década dos anos 2000, quando houve um boom de TVs locais.

Continuará 100% friburguense
Com o lema 100% Nova Friburgo, a TV Zoom teve diferentes fases nesses quase 21 anos que serão completados agora em maio, mas jamais abandonou o foco em Nova Friburgo. Sendo essa a fórmula que fez a TV contar histórias, reconhecer personagens locais e contribuir para a memória e também a identidade friburguense.

Investimento em jornalismo
Sabedora disso, a Acianf vem como reforço para manter esse legado e expandi-lo. A primeira mudança já pode ser sentida no Zoom TV Jornal que ganhou a apresentação e editoria do ex-global Fernando Moraes. O projeto prevê ainda mais reforços no jornalismo com a criação de novos programas do gênero.

A cabo e no streeming
A repaginação do canal 10 da TV a cabo deve contar ainda com novos programas que abracem os objetivos da Acianf, ou seja, a economia local, a indústria, o comércio e a agricultura. Além disso, deve trazer reforço para a tecnologia pioneira da TV Zoom que é seu aplicativo que possibilita assistir à programação ao vivo, em tempo real, de qualquer parte do planeta.

São Jorge
Esta sexta-feira, 23, é dia de São Jorge, o guerreiro, e por conta dele, é feriado estadual. Não de folga para todos, pois a data já fora antecipada este ano para o último dia 30 de março devido à pandemia. A tradicional cavalgada que movimenta Nova Friburgo todo dia 23 de abril com centenas de cavalos puxados pelo andor com a imagem do santo, obviamente não acontecerá para evitar-se aglomeração.   

Cenário do desemprego
Nesta semana a coluna trouxe dados sobre o emprego, mostrando que nos dois primeiros meses do ano, Nova Friburgo gerou mais de 600 novos empregos, 96% oriundos da indústria. Os dados de março ainda não foram divulgados pela Secretaria Nacional de Trabalho. Sendo uma cidade com forte apelo universitário, uma pesquisa acende o alerta: cinco em cada dez formados entre 2019 e 2020 não estão trabalhando.

Jovens em dificuldades
A taxa de desemprego do Brasil, no quarto trimestre de 2020, era de 13,9%. No entanto, para os jovens de 18 a 24 anos, essa taxa foi de 23,8% em 2019 para 29,8% de desempregados nessa faixa etária. O que sugere que o impacto da pandemia foi maior para os jovens, muitos sem experiência.

Formados em outras funções
Para as mulheres, a taxa de desemprego também é maior — de 16,4% contra 11,9%. Os números não devem ser muito diferentes dos locais. No entanto, é especulação, uma vez que não temos métricas oficiais para esse recorte tão preciso. Para piorar, a pesquisa mostra que dentre os inseridos no mercado, apenas 20% trabalham em alguma função para a qual se formaram.

Desistência
Há dois anos, 27% dos brasileiros ingressavam em suas áreas em até três meses depois da formatura, número que caiu para 15%. Ainda segundo o levantamento, 11% já desistiram de procurar emprego por causa da pandemia. Com a nova fase de restrição a situação fica ainda pior.

Demissões em massa
Nessa semana, a coluna teve acesso a informações de demissões em massa em algumas das maiores empresas de Nova Friburgo. Esses dados, no entanto, só estarão oficializados em maio/junho, quando a plataforma do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados atualizar os números aferidos de abril. Há certa demora entre o fato e o dado.    

Sou friburguense
Com a segundona já com data para começar e fórmula de disputa aprovada, o Friburguense tem usado a criatividade para conseguir colocar um time em campo. Uma importante parceria deve ser anunciada em breve e um programa de sócio torcedor está em fase de construção com o auxílio, inclusive, de empresas juniores das universidades locais.

Licença quase descartada
As dificuldades financeiras são tamanhas que chegou a se cogitar um pedido de licença que jogaria o Friburguense para a quarta divisão do futebol carioca. O que se espera que não aconteça, uma vez que isso significaria o fim de uma trajetória iniciada nos anos 80 em que jamais o Friburguense esteve abaixo da segunda divisão. Depende da união da cidade que vem acontecendo a conta gotas. 

Palavreando
“Às vezes me distraio com o céu. Tão grande é o seu teto sobre nós. Os desenhos que as nuvens fazem... Ou as caricaturas que me faço enxergar. Se me distraio mais um pouco, o céu vira mar e o que há sobre mim é oceano de possibilidades. Tudo é possível, até crer no impossível”.

Foto da galeria
Vem música nova aí! O cantor e compositor friburguense Ronalt é um dos maiores sucessos entre os artistas locais nas plataformas digitais. O prodígio pop já alcançou a marca de mais de meio milhão de streams no Spotify e mais de 100 mil visualizações de seus clipes no YouTube. E todas essas marcas, como cantor independente. Realmente números surpreendentes. E, para quem estava ansioso para seu novo lançamento, após o swing romântico da música “Seu Namorado”, a espera acaba nesta segunda, 26. Ronalt lança em diversas plataformas, de forma simultânea, o single Mamacita. Já o clipe será lançado posteriormente. Além de músico, Ronalt é filmmaker e costuma fazer tudo com a sua própria versatilidade contando com a ajuda de amigos.
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Não está fácil para ninguém

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Não está fácil para ninguém, não é mesmo? Não está. Aliás, decidi desconfiar das pessoas que estão perfeitamente bem diante deste cenário que estamos vivendo. Penso que não tem como estarmos plenos diante de tanta dor. Mesmo quando não dói na gente, quando o problema não se instala em nosso lar, que nossos entes queridos estejam bem, não há como não nos compadecermos do que está acontecendo.

Não está fácil para ninguém, não é mesmo? Não está. Aliás, decidi desconfiar das pessoas que estão perfeitamente bem diante deste cenário que estamos vivendo. Penso que não tem como estarmos plenos diante de tanta dor. Mesmo quando não dói na gente, quando o problema não se instala em nosso lar, que nossos entes queridos estejam bem, não há como não nos compadecermos do que está acontecendo.

 Há muitos anos fiz uma escolha profissional que me levou ao cerne de muitos problemas das pessoas. Fui ao longo do tempo tentando aprender a me blindar minimamente sem que toda a humanidade fosse a segundo plano. Assim, o trabalho de aliviar conflitos, reverter problemas, encontrar soluções, buscar por justiça, preconizar o estudo, sempre fez total sentido, pois ao lidarmos com gente, precisamos ser gente, no sentido mais profundo da palavra. Ser gente cuidando de gente. Preceito básico.

Neste último ano com os desafios inalcançáveis da pandemia, o laboratório de vida tornou-se muito mais complexo, com inéditas dores e percalços. Passamos a lutar por sobrevivência, uma sensação que até então era muito desconhecida por muitos, embora familiar a tantos outros. Pois é. E quem consegue ignorar as centenas de milhares de pessoas que morreram? As centenas de milhares de pessoas que perderam suas fontes de renda? As milhões de famílias desmanteladas? Não podemos ignorar o que está acontecendo. Por mais que sejamos gratos, privilegiados ou sei lá mais o quê. Simplesmente não podemos. Ou não devemos.

É. Não tem como. E se eu me deparar com pessoas que não sentem a dor do que estamos vivendo mesmo quando as feridas sangram na pele dos outros, escolherei não tê-las como amigas, pois não creio ser possível existir sem humanidade, sem empatia, sem um olhar voltado para o outro, por mais que saibamos o tanto que devemos lutar para ficarmos bem, melhorarmos, progredirmos e mantermos a sanidade, a saúde e a esperança diante do caos.

O vírus invisível, arrebatador, avassalador se espalhou pelo ar e atingiu a todos. Uns mais, outros menos. E o que temos feito para melhorarmos enquanto seres humanos e enquanto cidadãos, células que compõem um organismo social mais amplo. Que tipo de gente temos sido agora?

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Você conhece o seu suitability?

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Quando você põe suas finanças em dia e começa a pensar em investimentos, poucas coisas são tão importantes quanto identificar e respeitar o seu perfil. No mercado financeiro, chamamos esse processo de suitability. Todo investidor passa pela mesma etapa antes de executar suas estratégias de investimentos ao abrir a conta em algum banco de investimento ou corretora de valores: responder um questionário a fim de reconhecer e determinar as características do cliente. Este processo é fundamental para que você, como investidor, possa desfrutar de boas experiências no mercado financeiro.

Quando você põe suas finanças em dia e começa a pensar em investimentos, poucas coisas são tão importantes quanto identificar e respeitar o seu perfil. No mercado financeiro, chamamos esse processo de suitability. Todo investidor passa pela mesma etapa antes de executar suas estratégias de investimentos ao abrir a conta em algum banco de investimento ou corretora de valores: responder um questionário a fim de reconhecer e determinar as características do cliente. Este processo é fundamental para que você, como investidor, possa desfrutar de boas experiências no mercado financeiro. Portanto, respeite o processo.

Ações, CDBs, LCIs e LCAs, derivatidos, debêntures, ETFs, BDRs, câmbio... A diversidade de produtos disponíveis para compor uma boa estratégia de investimentos é tão abrangente que o investidor pode acabar se perdendo na hora de montar o planejamento de sua carteira. Mas calma, é fundamental saber quais desses investimentos podem receber alocações do seu dinheiro e nem todas as possibilidades serão exploradas; afinal, foi por este motivo que você definiu o seu suitability.

 Antes de classificarmos alguns investimentos disponíveis dentro de cada perfil, vamos pontuar quais são os pontos considerados nesta pesquisa: conhecimento e experiência com investimentos; prazo estipulado de tempo para manter os investimentos; objetivos ao investir; tolerância aos riscos; realidade financeira e necessidades futuras dos recursos; patrimônio e disponibilidade de capital. Como todas são informações voláteis e podem variar ao longo do tempo, a pesquisa é feita de forma periódica pelas instituições. Portanto, atente-se aos processos e características de cada investimento.

Liquidez: dentro dos seus investimentos, esse é o primeiro ponto a ser analisado, pois  trata-se do período de tempo entre investimento e resgate do capital; podendo haver lucro ou não. Ao pesquisar pelos investimentos, você vai se deparar com essas notações: D+0; D+1; D+15; D+30. Aqui, usei alguns exemplos para facilitar a compreensão, mas o D representa o dia da operação e os números representam os dias até resgatar seu capital.

Rentabilidade: essa é a parte que enche os olhos – e qualquer desavisado pode acabar considerando este único ponto e tomar uma decisão ruim –, afinal, quanto maior a rentabilidade, maior o risco.

Volatilidade: ações e fundos imobiliários têm liquidez de D+2, mas são ativos voláteis e você precisa considerar este ponto nos seus investimentos. Sua reserva de emergências, por exemplo, pode até ter liquidez em dois dias, mas não pode representar quantias menores do que o calculado. Portanto, não pode estar – de maneira alguma – em ativos voláteis.

Por fim, pontuo os investimentos destinados para cada perfil suitability a fim de facilitar o seu processo de planejamento.

Conservador: investimentos em renda fixa, como Tesouro Direto, CDB, LCI e LCA.

Moderado: equilíbrio entre renda fixa e produtos de renda variável (como fundos de investimentos em ações e fundos imobiliários).

Arrojado: aqui, as opções são inúmeras e, além dos investimentos citados anteriormente, a carteira de investimentos pode incluir o investimento direto em ações, fundos imobiliários e derivativos.

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É fácil amar as pessoas fáceis

sexta-feira, 23 de abril de 2021

É fácil amar as pessoas fáceis

É fácil amar as pessoas fáceis

Somos diferentes. Temos temperamentos diferentes uns dos outros. A maneira como nossa personalidade vai se estruturando ocorre num mesmo ambiente familiar para crianças diferentes, mas cada uma terá um desenvolvimento e formação de características do eu (self) de forma distinta. Ou seja, crianças criadas num mesmo ambiente familiar desenvolvem personalidades diferentes. Uma se torna mais dócil, serena, pensativa, com melhor autocontrole emocional, enquanto que seu irmão ou irmã se torna mais agressiva, rebelde, impulsiva. Cada um reage aos fatores ambientais de modo diferente. Um com serenidade e aceitação, outro com irritação e rebeldia. Um tolera a frustração, outro se impacienta demais com a mesma.  

Com que tipo de pessoa você acha mais fácil se relacionar? Com a dócil ou com a rebelde? Com a serena que pensa antes de falar, ou com a impulsiva que só pensa no que disse ou no que fez depois de ter falado e atuado? Que tipo de pessoa é mais fácil amar? A que escuta com paciência o que você está dizendo, ou a que atropela sua fala sem ouvir direito o que você está tentando dizer, geralmente reagindo com impaciência? É fácil amar uma pessoa que vive criticando você e os outros, que sai falando alto porta à fora sobre a zanga dela com você de maneira que vizinhos ouvem aquilo que deveria ser privativo? É fácil amar quem geralmente retruca o que você diz, questiona não de maneira pensada e calma, mas sempre confrontando você como se vivesse sempre em disputa, em guerra que você não quer ter com ela?

Se você fizesse uma pesquisa de opinião pública sobre o que é uma pessoa fácil de se relacionar, pode ser que a maioria dissesse algo assim: É a pessoa que fica calma mesmo quando eu fico nervoso. É aquela que sabe me ouvir quando preciso desabafar. É a que não reage com agressividade verbal quando digo algo que a irrita. É aquela que é honesta comigo, sincera, não manipula, não mente para mim, é compreensiva. Uma pessoa fácil de se relacionar é a que procura entender o que estou sentindo sem me julgar e criticar. É a que aprendeu a se controlar e não me dirige palavras cruéis e irônicas mesmo quando eu fiz isso com ela. Uma pessoa fácil de amar é a que se mostra ser minha amiga e me ajuda quando preciso dela. É alguém que dá vontade de estar junto, conversar com ela, porque ela sabe ouvir, não fica me criticando, não se deixa ser tomada pela emoção e por isso não fica me agredindo pelo frequente descontrole emocional dela.

É fácil amar as pessoas fáceis. Mas como amar as pessoas difíceis, de temperamento explosivo, autoritárias, mandonas, que vivem em negação quanto a ter problemas emocionais, que são muito emocionais de modo que com frequência caem em atitudes histéricas, de descontrole emocional, como se fosse crianças pirracentas, mimadas? Como amar alguém de difícil personalidade, que trouxe marcas de sofrimentos do passado para a vida adulta e ainda não aprendeu a lidar com isso de forma equilibrada, e por esta razão vive provocando tensão e estresse nos relacionamentos?

É fácil amar as pessoas fáceis. No livro de Provérbios, na Bíblia, no capítulo 19 e versículo 19, uma tradução moderna diz: “O homem (ou mulher) de gênio difícil precisa do castigo; se você o poupar, terá que poupá-lo de novo.” Agora veja este texto em outra versão: “Uma pessoa que perde a calma que se irrita violentamente, terá de vir sofrer as consequências da sua atitude. Se os outros vierem a desculpá-la, estão a incitá-la a recomeçar os seus excessos.” Talvez uma pessoa com este tipo de comportamento seja difícil de ser amada e talvez se encaixa naqueles tipos de pessoas sobre as quais Jesus se referiu ao dizer: “Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos. Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa vocês receberão?” Mateus 5:43-46 (NTLH).

Não é fácil amar “inimigos”, não é? Ou será impossível de nós mesmos amá-los, usando nossos recursos psicológicos humanos? Será possível amar inimigos? Você consegue isso de si mesmo? É fácil amar as pessoas fáceis. Mas e as difíceis? Não será possível somente pedindo esta capacitação sobrenatural a quem pode lhe dar, a quem tem este tipo de amor incondicional para dar?

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O triste fim da chácara do Seu Martins

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Antônio Alves Pinto Martins, natural do Minho, em Portugal, estabeleceu domicílio em 1914 em Nova Friburgo com a esposa Carolina, os sete filhos e a enteada. O Seu Martins ou Seu Pinto, como era conhecido, mesmo aos 52 anos, considerada à época como uma idade bem avançada, migrou do comércio para a lavoura adquirindo uma chácara que ficou conhecida como Vila Amélia. Produzia e comercializava laticínios, verduras, legumes, frutas frescas e em conserva, mel e linguiças defumadas com a marca V.A., de Villa Amélia.

Antônio Alves Pinto Martins, natural do Minho, em Portugal, estabeleceu domicílio em 1914 em Nova Friburgo com a esposa Carolina, os sete filhos e a enteada. O Seu Martins ou Seu Pinto, como era conhecido, mesmo aos 52 anos, considerada à época como uma idade bem avançada, migrou do comércio para a lavoura adquirindo uma chácara que ficou conhecida como Vila Amélia. Produzia e comercializava laticínios, verduras, legumes, frutas frescas e em conserva, mel e linguiças defumadas com a marca V.A., de Villa Amélia.

Na chácara havia um extenso pomar com pereiras, macieiras, goiabeiras, canforeiras, jabuticabeiras, laranjeiras, caquis, tojos, bananeiras, pita, nêsperas, bem como cafezais. No brejo plantava hortaliças e legumes. Do Sobreiro, árvore que trouxe muda de Portugal tirava a cortiça para fazer as rolhas das garrafas do vinho que produzia na chácara. O Córrego do Relógio era circundado por videiras plantadas por Antônio Martins. Pode-se afirmar que a feira do bairro da Vila Amélia tem origem no quiosque que o Seu Martins possuía próximo a chácara para vender o que produzia.

Martins construiu na chácara para conforto da família um belíssimo palacete inaugurado no dia 18 de maio de 1916, benzido por Monsenhor José Alves de Miranda. Antônio Martins primava pela boa formação educacional dos seus filhos, estudando todos nos melhores colégios. Nenhum deles deu continuidade aos negócios do pai se dedicando ao amanho da terra. No álbum de família percebemos que a vida social dos Martins era intensa. Gostavam de receber no palacete. Adoravam fazer pic nic pela redondeza e festejar com parentes e amigos nascimentos, aniversários e casamentos.

Estes eventos eram registrados em fotografias. Antônio Alves Pinto Martins faleceu dia 25 de junho de 1924, com 62 anos. Já Carolina Martins faleceu em 2 de agosto de 1945, aos 82 anos. A partir da morte da matriarca percebemos que as fotos de uma família unida e coesa era coisa do passado. Aníbal, Antônio, Abílio, Alberto, Alfredo, Álvaro e Amélia residiam no Rio de Janeiro e nos parece não demonstrarem muito interesse pela chácara. Lucia Pontes, a meia irmã, residia em Manaus. Com o falecimento da mãe, Alfredo foi residir com a família na Vila Amélia para tomar ciência dos negócios da chácara e dar início ao inventário.

Desde o início os herdeiros manifestaram o desejo de vender a propriedade. As despesas superavam o faturamento. A chácara tinha uma área de aproximadamente 846.185 metros quadrados, mas só constava na escritura 667.749,20 metros quadrados. Além do palacete haviam cinco casas menores e benfeitorias como cocheiras, paiol e galinheiros. Inicialmente o imóvel seria vendido a Imobiliária Friburgo de propriedade do prefeito José Eugênio Müller. Porém, não fica esclarecido o motivo pelo qual o negócio não foi concretizado. Havia um projeto de aquisição pela Fundação da Casa Popular do Governo do Estado do Rio de Janeiro, e que por intermédio da prefeitura, seria construída uma vila operária. Ali bem próximo ficava Fábrica de Filó. Os herdeiros ao final do inventário entraram com uma ação de extinção do condomínio. Abílio propôs desfazer o condomínio e dividir a propriedade dando a cada um o seu quinhão. Mas havia muita desavença entre os irmãos. Alguns entendiam que a partilha iria desvalorizar o patrimônio. Como não houve acordo o imóvel foi a leilão em 29 de janeiro de 1951, sendo arrematado pela prefeitura por um valor aquém do esperado. Ficaram todos muito arrependidos.

Tudo indica que o espólio tinha uma dívida alta com a prefeitura que exerceu o seu direito de preferência no caso de venda. A Câmara Municipal deliberou autorizando a aquisição da chácara da Vila Amélia pela prefeitura. Amélia Martins de Almeida faleceu em fevereiro de 1950, um ano antes da venda da vila que levava o seu nome, Vila Amélia. Áurea Maria Almeida, bisneta de Amélia nos informa que em 1968, o prefeito Amâncio Mário de Azevedo doou o  palacete e o terreno da Rua Souza Cardoso em frente ao Mercado da Vila Amélia à entidade assistencial Afape (Associação Friburguense de Pais e Amigos do Educando).

Já em novembro de 1982, o prefeito Alencar Pires Barroso e a Afape fizeram uma permuta trocando este terreno por outro localizado na Rua Teresópolis, ao lado do Sesi, que estava cedido ao Governo do Estado. A Secretaria de Segurança Pública fez um contrato de locação do palacete com a Afape pelo prazo de 50 anos para abrigar a 151ª Delegacia de Polícia e a carceragem.

Por falta de recursos para a sua manutenção, o palacete foi se deteriorando enquanto servia como delegacia de polícia. No pátio da residência onde outrora haviam touceiras de hortênsias, um lago com peixes e um chafariz cercado por margaridas, azaléas, orquídeas, palmeirinhas, cravos, boca de leão e roseiras foram instaladas dez celas para carceragem. Transcorridas algumas décadas, o Instituto de Criminalística Carlos Éboli condenou as instalações da carceragem por serem insalubres e devolveu o imóvel à Afape extremamente danificado. Esta instituição não tem condições financeiras para restaurar o histórico palacete que se deteriora a olhos vistos das elites friburguenses.   

  • Foto da galeria

    Antônio Pinto Martins, o Seu Martins

  • Foto da galeria

    Pic nic da família Martins

  • Foto da galeria

    Os Martins em um batizado

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