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Tim-tim!

quarta-feira, 07 de abril de 2021

Naquela época os egípcios tinham mesmo alguns costumes esquisitos

Naquela época os egípcios tinham mesmo alguns costumes esquisitos

Talvez você se espante com esse negócio de viagem turística à lua, quiçá a Marte. E se você se espanta também com o uso da palavra quiçá, lembre-se do famoso bolero “Siempre que te pregunto/ que, cuándo, como y dónde/ tú siempre me respondes/ quizás, quizás, quizás”. Não é preciso ser mestre doutor em espanhol para saber que o quizás deles é o nosso quiçá, e que ambos correspondem à nossa indecisa palavra talvez. Mas, admito, é palavra antiga e fora de circulação há muito tempo, que só a duras penas sobrevive nos dicionários.

Porém nada é espantoso neste mundo e neste mundo nada é novo. Muito menos a inteligência e a sabedoria humanas.  A prova disso são os egípcios. E a prova de que os egípcios antigos — e bota antigo nisso — tinham tanto inteligência quanto sabedoria, além de muito bom gosto, é que há mais de cinquenta mil anos já fabricavam cerveja. É a conclusão a que chegaram os arqueólogos que estavam procurando coisas bem diferentes num cemitério no deserto quando se depararam com uma verdadeira e completa fábrica da boa e velha cervejinha. E não se tratava de coisa pequena, era uma super-AMBEV, capaz de produzir 22.400 litros a cada rodada. Se for mentira ou exagero, é mentira e exagero das múmias ou dos arqueólogos, eu estou apenas repetindo o que li (talvez inventando um pouquinho).

Não sei se os nossos ancestrais companheiros de copo aproveitavam devida e democraticamente a bebida. Só o fato de a fábrica estar situada num cemitério já depõem um pouco contra eles, porque dessa má localização os estudiosos concluíram que a cerveja era usada nos sepultamentos do pessoal da elite. Pelo que entendi, os faraós não se deixavam sepultar sem pagar a última rodada e permitir que os convidados enchessem a cara durante a cerimônia de adeus. Pode ser até que eles, conscientes de seus pecados, levassem parte da produção consigo, para o caso de irem para “aquele lugar quente” onde, pelo que se sabe, a sede é grande.

Mas, enfim, naquela época os egípcios tinham mesmo alguns costumes esquisitos. Por exemplo: se você tivesse dois mil pedaços de ouro, o que faria? Gastaria tudo em cerveja? É uma ideia. Mas os arqueólogos acharam uma velha múmia com duas mil peças de ouro enfiadas na boca. Além de um grande desperdício, é o mais caro “cala a boca” de que se tem notícias.

Certamente vocês já observaram que eu falo da cerveja com alguma simpatia. Não observaram errado, devo confessar. Não que eu ignore quanto sofrimento e quanta tragédia o consumo de álcool tem causado, o quanto tem cobrado em lágrimas perdidas e vidas desperdiçadas. Mas acredito, e sou adepto, do uso moderado, de parar não na hora devida, mas muito antes dela. E o que os arqueólogos encontraram num cemitério da cidade de Abydo é prova de que beber é um hábito antigo, que certo ou errado, tem passado de copo em copo, através dos tempos, até os dias atuais. Saúde!

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Friburgo, como era de se esperar, lotou no feriadão

quarta-feira, 07 de abril de 2021

Como era de se esperar, Nova Friburgo lotou na semana passada durante o superferiadão espetadual. As ruas principais do Cônego, retrato fiel do movimento de turistas, ficaram cheias de carros e o comércio essencial botando gente pelo ladrão. A feirinha em frente à igreja de Sant’Ana funcionou a todo vapor. Com o “feriadão” no Rio e em Niterói, quem tinha casa na serra viajou e veio se descontrair no ar puro das montanhas de Friburgo. Nada contra, pois eu poderia ter ido para Cabo Frio e passar a Páscoa na Região dos Lagos.

Como era de se esperar, Nova Friburgo lotou na semana passada durante o superferiadão espetadual. As ruas principais do Cônego, retrato fiel do movimento de turistas, ficaram cheias de carros e o comércio essencial botando gente pelo ladrão. A feirinha em frente à igreja de Sant’Ana funcionou a todo vapor. Com o “feriadão” no Rio e em Niterói, quem tinha casa na serra viajou e veio se descontrair no ar puro das montanhas de Friburgo. Nada contra, pois eu poderia ter ido para Cabo Frio e passar a Páscoa na Região dos Lagos. Lá, a espera para transpor as barreiras sanitárias era de duas horas. Quem possui casa aqui e paga IPTU tem todo o direito de usufruir quando bem lhe aprouver.

Com praias, bares, restaurantes, shoppings, cinemas e teatros fechados seria realmente muito difícil para a população ficar trancafiada dentro de casa; quem tinha condições aproveitou. Ainda mais que quarentena rígida, lock-outs e outras medidas restritivas que não tiveram o consenso dos estudiosos. Muitos as defendem, outros são contrários. Além do mais, agora em abril, completa-se um ano e meio de pandemia período em que a vida de todos nós virou de cabeça para baixo, muitos ficaram desempregados, muitos comerciantes faliram e a economia dos países foi completamente comprometida.

 Parece ser unanimidade que o distanciamento social, as medidas de higiene, o uso de máscara e, principalmente, a vacinação em massa são as medidas mais efetivas para frear a disseminação do vírus. Tanto isso parece ser real, que Thierry Breton, comissário junto à indústria encarregada da implantação das vacinas na comunidade europeia, declarou que a imunidade coletiva contra o novo coronavírus poderá ser atingida pelos 450 milhões de habitantes da União Europeia, na metade de julho (notícia de destaque na edição de ontem, 6, do jornal Le Monde).

Eu, em particular, não acredito, pois a vacinação patina em solo europeu, com apenas 11,61% da população atendida. Lá as entregas também estão atrasadas e a comunidade europeia tem dificuldades em partilhar as doses adquiridas. Enquanto isso, no Brasil, já temos 19,4 milhões de habitantes imunizados, o equivalente a 9,2%. No entanto, nós somos metade da população do velho continente e ao contrário de lá, nosso número de vacinados tende a aumentar, com a produção em larga escala do Butanan e da Fundação Oswaldo Cruz. Sem falar na compra de lotes de outros fabricantes. Aliás, o Ministério da Saúde estima serem necessárias 425 milhões de doses para imunização de toda a população brasileira, até o final do ano. O maior problema é que dependemos de fabricantes de fora do país e nem sempre o organograma deles pode ser cumprido fielmente.

É certo que, no Brasil, a situação é caótica, vários estados estão com a capacidade hospitalar quase esgotada no que se refere à internação em UTIs; no caso de Friburgo, na quinta feira santa (último dia 1º) havia pouquíssimas vagas disponíveis, uma no Hospital Raul Sertã e outra no Hospital São Lucas. Os hospitais Unimed e Serrano estavam com 100% das vagas ocupadas. Mas, infelizmente, esse caos é mundial, só havendo melhora do quadro naqueles países onde a imunização atingiu mais de 40% da população.

Em nossa cidade, a prefeitura decretou bandeira roxa que não sabemos ser uma realidade sanitária ou uma possível prevenção pelo iminente encerramento das atividades da empresa de ônibus. É que nessa cor a frota só roda com capacidade aumentada nos horários de pico, entre as 6h e 10h e entre as 17h e 20h. No entanto, os comerciantes não estão satisfeitos com a ordem de fechamento do comércio, pois salários, contas a pagar, impostos e outras taxas continuam chegando para serem quitadas. Na outra ponta, supermercados, farmácias, padarias e feiras livres continuam funcionando o que causa aglomeração do mesmo jeito. Talvez a abertura do comércio, com limitação do número de consumidores, no interior das lojas, fosse mais inteligente e menos desgastante.

Outro disparate que chama a atenção é que as indústrias podem abrir com a capacidade limitada, mas as confecções têm de permanecerem fechadas. Afinal, confecção é igual a  lanchonete, bar ou restaurante? Nada contra esses estabelecimentos, mas para eles ainda resta a opção do delivery.

Nesta terça feira, 6, soube pelo informativo da TV Zoom que a prefeitura decidiu reabrir o comércio na Avenida Alberto Braune, de acordo com o número do CNPJ. Os de final par abrem nos dias pares e os de final ímpar, nos dias ímpares. É uma meia sola gasta.

A sensação que tenho é de que sai prefeito entra prefeito e Nova Friburgo continua a deriva.

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Mais um 7 de abril

quarta-feira, 07 de abril de 2021
Foto de capa

“O dia 7 de abril é sempre de alegrias neste jornal, pela certeza do dever cumprido. O fato de vencermos mais uma etapa de vida, muito significa para nós e, sem qualquer convencimento aduzimos: também para o jornalismo fluminense e pátrio. 

Não vamos enumerar o que fizemos e muito menos o que encontrou de defesa de nossa parte a comunidade friburguense. Ela - A comunidade - foi a grande razão da nossa existência. Não seria agora que iríamos desfilar realizações, campanhas etc., para convencer alguém que merecemos algo de especial ou que queremos elogios pelo que fizemos. 

“O dia 7 de abril é sempre de alegrias neste jornal, pela certeza do dever cumprido. O fato de vencermos mais uma etapa de vida, muito significa para nós e, sem qualquer convencimento aduzimos: também para o jornalismo fluminense e pátrio. 

Não vamos enumerar o que fizemos e muito menos o que encontrou de defesa de nossa parte a comunidade friburguense. Ela - A comunidade - foi a grande razão da nossa existência. Não seria agora que iríamos desfilar realizações, campanhas etc., para convencer alguém que merecemos algo de especial ou que queremos elogios pelo que fizemos. 

Temos convicção própria. Não pretendemos mudar uma linha sequer na trilha que seguimos. Não temos porque voltar um milímetro que seja. Se situações semelhantes às que enfrentamos surgissem, as nossas atitudes e as nossas palavras — mesmos as ásperas ou contundentes - seriam renovadas no mesmo diapasão. 

O jornalista é o que é e o seu jornal deve expressar aquilo que é seu, muito seu, ainda que o que seja seu não agrade e para o resto do mundo não esteja certo. 

O que o jornalista e o jornal que ele representa não devem ser, nunca mesmo, é acomodado, interesseiro, desonesto e além de outras coisas, covarde. 

Isso, melhor dizendo, acomodado, interesseiro, desonesto e covarde, este jornal e os seus responsáveis, nunca foram. Daí, o nosso grande orgulho.” 

 

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Salve os 76 anos de A VOZ DA SERRA!

terça-feira, 06 de abril de 2021

Com as restrições mais rígidas definidas na última semana, o Caderno Z nos deixou com uma pontinha de saudade. Assim, sem a costumeira plataforma de embarque, vamos pegar carona no transporte público da cidade, antes que fiquemos todos a pé com o impasse entre a prefeitura e a direção da Nova Faol. Vamos cruzar os dedos para o entendimento entre as partes, seja o melhor para a comunidade friburguense.

Com as restrições mais rígidas definidas na última semana, o Caderno Z nos deixou com uma pontinha de saudade. Assim, sem a costumeira plataforma de embarque, vamos pegar carona no transporte público da cidade, antes que fiquemos todos a pé com o impasse entre a prefeitura e a direção da Nova Faol. Vamos cruzar os dedos para o entendimento entre as partes, seja o melhor para a comunidade friburguense.

A Semana Santa passou silenciosa, encerrada com a celebração da Páscoa. Em reportagem de Thiago Lima, líderes religiosos nos deixaram mensagens de esperança. Dom Luiz Antônio Lopes Ricci, bispo de Nova Friburgo, destacou: “Sigamos com alegria pascal, que é duradoura, que ninguém e nada poderá roubar de nós, nem mesmo a dramática situação da pandemia”. O pastor Gerson Acker, da Igreja Luterana, nos convida a refletir que “a mensagem pascal precisa encantar a vida tão desencantada das pessoas. Fé é encanto. É beleza que nos toca e nos enche de esperança...”. Joseane Gabrig, pastora da Igreja Sara Nossa Terra, nos lembra: O que os discípulos não perceberam era que a dor que estavam enfrentando fazia parte de um plano maior, um plano para resgatar a todos... e quando escolhemos permanecer firmes em meio a dificuldades, escolhemos adorar a Deus...”. A Páscoa é sempre a renovação da vida!

Na charge de Silvério, se o coelhinho da Páscoa se impactou diante da situação caótica do transporte público, ao contrário, no sistema de e-commerce, o coelho trabalhou um bocado, porque muita gente optou por compras eletrônicas. As pesquisas indicam que a demanda dos chocólatras subiu em relação a 2020 e há perspectivas de que o chocolatismo movimente em torno de R$ 829 milhões no comércio fluminense.

Falando em gastos, em “Educação Financeira”, Gabriel Alves disserta sobre repensar o consumo e, de cara, pergunta: “você realmente precisa de tudo o que tem?” De minha parte, aprendi que o necessário me basta e até fiquei mais feliz. Contudo, não é assim de um dia para o outro que se vence o consumismo e Gabriel nos dá excelentes dicas, de onde destaco: “Viver com menos roupa da moda, celular de alta tecnologia, ou carro zero pode acabar trazendo outras oportunidades e você passará a viver com mais investimento em educação, saúde, bem-estar e o que mais considere parte de sua essência”. E ressalta: “menos pode ser mais”.

Um ano de pandemia: a inadimplência e o desemprego cresceram, a contaminação e o número de mortos triplicaram e o coronavírus está cada vez mais ameaçador. Nesta semana estamos sob os impactos da bandeira roxa, indicadora de “alto risco de contágio”. Máscara, álcool em gel e distanciamento social serão ainda, por muito tempo, os nossos aliados. No mais, somente a vacina para, pelo menos, nos dar um alento de segurança.

Paula Farsoun nos traz uma pergunta instigante: “Somos máquinas?”. A bem da verdade, muita gente está se “robotizando” e Paula faz o alerta: “Escrevo com a imagem de um profissional de saúde ao fundo. Esgotado, apático, cabisbaixo. Imagem de corroer mesmo. Não está sendo fácil para eles... (...) enfrentando o vírus cara a cara, enquanto vê imagens de praias lotadas, de aglomerações ilegais, de gente questionando até mesmo o uso de máscaras. Doeu em você? Porque em mim dói de verdade...”. Devemos pensar sobre a robotização, porque o discernimento é a única vantagem humana sobre a máquina.   

É tempo de abraçar A VOZ DA SERRA por sua nova idade. Neste 7 de abril, o jornal completa 76 anos de uma trajetória bonita e muito bem fundamentada na credibilidade e na competência de seu trabalho. Acompanhando a modernidade, sem fugir da sua essência, o jornal tornou-se o fiel depositário das demandas de Nova Friburgo. Parabéns, Adriana Ventura que assumiu, corajosamente, a missão de manter e expandir a nossa Voz para o mundo. Equipe de colaboradores, colunistas, demais envolvidos e leitores, a todos, um abraço muito abrangente, porque este sonho é a soma dos sonhos da nossa gente, de Américo e de Laercio... Feliz jornal A VOZ DA SERRA para todos nós!

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Aniversário nesta quinta

terça-feira, 06 de abril de 2021

Nesta quinta-feira, 8 de abril, o dia será do querido e admirado médico dr. Marcelo Ventura Figueira receber cumprimentos por mais um aniversário. Fora os cumprimentos, manifestações de apreço e até eventuais lembranças que possa receber, o dr. Marcelo já possui e de forma especialmente eterna, dois grandes presentes: a esposa Lind que aniversariou no dia 14 passado e seu principezinho Lucas, que também mudou de idade no dia 24 de março. Ao prezado aniversariante, na foto com suas duas joias da vida, nossas congratulações desde já.

Covid derrotada!

Nesta quinta-feira, 8 de abril, o dia será do querido e admirado médico dr. Marcelo Ventura Figueira receber cumprimentos por mais um aniversário. Fora os cumprimentos, manifestações de apreço e até eventuais lembranças que possa receber, o dr. Marcelo já possui e de forma especialmente eterna, dois grandes presentes: a esposa Lind que aniversariou no dia 14 passado e seu principezinho Lucas, que também mudou de idade no dia 24 de março. Ao prezado aniversariante, na foto com suas duas joias da vida, nossas congratulações desde já.

Covid derrotada!

Ficamos felizes em tomar conhecimento, assim como a esposa Mery, que o querido amigo Márcio de Assis, idealizador e fundador do Bloco da Jurema, que tantas cadeiras de rodas e banhos têm conseguido com suas campanhas para pessoas necessitadas, superou o vírus da Covid-19. Afinal, o grande Márcio, de guerreiros e admiráveis vencedores da vida, só podemos mesmo esperar isso, mais vitórias e a certeza de que a caminhada continua pela vida com saúde e sucessos. Abraços!

É ou não é?

Temos visto, infelizmente como verdade, as sucessivas e elevadas quantidades de óbitos por Covid-19, informada na imprensa local e sobretudo na grande mídia.Muita gente, no entanto, tem observado e cá para nós, com certa lógica que faz sentido, algo a refletir: se o cerco está se fechando e obrigando, a que o comercio e atividades econômicas sofram ainda mais com paralisações devido à falta ou redução de leitos disponíveis para tratamento da Covid, o que está sendo feito até então dos leitos ocupados pelo que faleceram?

Romeo chegou chegando!

Os avós paternos Dênis e Cláudia, assim como a avó materna Vanuza, curtem uma felicidade toda especial, assim como, mais ainda, estão vivendo os jovens pais Jhuly e Gabriel. É que para encantar a todos, inclusive a irmãzinha Ana Mel, nasceu no Hospital Unimed no dia 1° de abril o lindo garotão Romeo Leal Santarem (foto) com 52 centímetros e 4.040 quilos.Então para o feliz casal Jhuly e Gabriel e todos os seus familiares, parabéns com todas as felicidades especialmente para o lindo Romeo.

Quarentão na quarentena

Ontem, 5, o querido sobrinho e tremendo designer gráfico e virtual André Dias Ivan completou 40 anos de idade para felicidade toda especial também da esposa Thais, da filha Mirella, da mãe Eliete, demais familiares e amigos mais queridos. Para o grande André, parabéns com votos de felicidades, progressos, sucessos e tudo de bom que ele bem merece.

Parabéns antecipados

É com grande carinho e satisfação, sentimentos compartilhados por muitos outros amigos, que antecipamos nossos parabéns ao querido Luiz Fernando Oliveira, do Cadima Shopping, que vai aniversariar no próximo domingo, 11.  Felicidades!

Vai entender!

Em tempos de adversidades e controvérsias com relação ao que se pode, deve ou não funcionar na cidade, chegou a ser irônico e dando o que pensar, a imensa fila que se formou com eventuais aglomerações em certos momentos no último sábado, 3, que se estendeu de uma loja de chocolates na Avenida Alberto Braune, próximo da esquina com a Rua Duque de Caxias até quase em frente a prefeitura. Tudo isso para a compra de ovos de Páscoa, com alguns deles custando quase ou até mais que um botijão de gás.

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Páscoa – Saber perder é saber ganhar!

terça-feira, 06 de abril de 2021

Páscoa, no grego paskein, no hebraico, pesah, palavra que significa passagem. Da escravidão para a liberdade, da morte para a vida, do pecado para a graça, das trevas para a luz! Páscoa! Certeza da vitória da vida! Cristo, Deus feito homem nos ensina a amar e a dar a vida pelos irmãos. O seu olhar acolhedor e misericordioso nos transmite do alto da dor e da cruz que o amor é mais forte que a morte, é mais forte que qualquer sofrimento ou obstáculo.

Páscoa, no grego paskein, no hebraico, pesah, palavra que significa passagem. Da escravidão para a liberdade, da morte para a vida, do pecado para a graça, das trevas para a luz! Páscoa! Certeza da vitória da vida! Cristo, Deus feito homem nos ensina a amar e a dar a vida pelos irmãos. O seu olhar acolhedor e misericordioso nos transmite do alto da dor e da cruz que o amor é mais forte que a morte, é mais forte que qualquer sofrimento ou obstáculo.

Amar e perdoar. Libertar o coração de todo ressentimento e mágoa, de todo o rancor e ódio, de toda revolta ou sentimento de vingança. Purificar-se. Lavar as vestes e a alma no sangue redentor do cordeiro. Entregar-se totalmente nas mãos do Pai: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. 

Como Jesus, saber “perder”. Deixando que disputem sua túnica, o poder, a vaidade, as riquezas, os prazeres.  Poder verdadeiro e definitivo é o de Deus!  Ele te ressuscita, te revigora e te realiza plenamente no sentido hialino de viver. 

O nosso tesouro é Deus e esta feliz vida espiritual que ele nos dá já aqui no horizonte terrestre. A paz de ser amado e de amar com este sentir do coração de Cristo. Servir ao próximo sem interesse, sem ambiguidades, nem equívocos. É bálsamo para o espírito e alegria eterna multiplicada a cada gesto de bondade, gentileza, fraternidade, generosidade. Doação de si mesmo com total liberdade ao coração dos irmãos, especialmente os que mais precisam.  

No fim, na maturidade do “terceiro dia”, é o saber ganhar de Jesus, a vitória da luz e da verdade, o esplendor do bem, que se conquista com a renúncia, o esvaziamento, o sacrifício e o amor-entrega da Sexta-feira da Paixão.  

Assumir a cruz e transformá-la em luz para nós e para o mundo inteiro. Assim continuaremos a obra da salvação do Senhor. Feliz Páscoa!

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça, chanceler da Diocese de Nova Friburgo. 

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Ebulições

segunda-feira, 05 de abril de 2021

Nossas emoções são tantas que explodem dentro de nós a todo instante e vão se misturando, mesclando-se. Nem sempre conseguimos pinçá-las e identificá-las porque estamos inseridos em tantos contextos, diversos e conflitantes. Borbulhamos em contraditórios afetos que vão se fundindo e atritando-se. Somos a própria ebulição

Nossas emoções são tantas que explodem dentro de nós a todo instante e vão se misturando, mesclando-se. Nem sempre conseguimos pinçá-las e identificá-las porque estamos inseridos em tantos contextos, diversos e conflitantes. Borbulhamos em contraditórios afetos que vão se fundindo e atritando-se. Somos a própria ebulição

Hoje, Sexta-Feira Santa, dia 2 de abril, começo a escrever esta coluna me sentindo fervilhar com os sentimentos que envolvem a Páscoa e o livro que acabei de ler no Clube de Leitura Vivências, Brisa, segunda edição, de Ania Kitilla, que aborda a tragédia de 2011. Vivemos um árido tempo de pandemia, que não se compara ao que foi vivido há dez anos, mas traz, nesta Semana Santa, pelo segundo ano consecutivo, o vazio, causado pelo isolamento, quando normalmente era para se cultuar o encontro entre pessoas queridas. Vivemos um período que mescla o luto, a preocupação e a esperança. 

A leitura de Brisa foi iniciada em fevereiro. Lemos, uma vez por semana, a história entrelaçada de cinco personagens que vivenciaram a tragédia. Nos encontros virtuais do Clube Vivências, os participantes liam, em voz alta, com atenção e sensibilidade, capítulo a capítulo, frase a frase, parando com frequência para comentar as situações experimentadas pelos personagens e pelos sentimentos que emergiam em cada uma de nós.  As emoções decorrentes da pandemia se misturavam com as provocadas pela tragédia, através da leitura. Quando terminamos de ler Brisa, nesta terça-feira, dia 31 de março, o grupo estava impactado e profundamente emocionado. Ontem, quinta-feira, fizemos o fechamento da leitura, quando conversamos, também de modo virtual, com Ania. Segundo seu relato, o livro começou a ser construído na primeira noite da tragédia, a partir do espanto e do medo que sentiu.

Grande parte das leitoras do Clube estava na cidade no dia 11 de janeiro de 2011 e nos dias que se seguiram. Cada uma de nós teve uma experiência particular, entretanto, para todas, a realidade foi impactante, cruel e devastadora. Ao longo da leitura, os fatos, que se tornaram esquecidos com o passar do tempo, foram relembrados, como a angústia ao escutar o ruído do helicóptero de salvamento que sobrevoava os lugares, o espanto ao ver o desmoronamento de morros e a tristeza ao receber a notícia do falecimento de pessoas conhecidas. 

Ania escreveu Brisa com amadurecimento. Com lucidez, ela penetrou na alma do friburguense e revelou como viveram a terrível tragédia. Um dos personagens é uma cadela, Brisa, que foi revelada pela autora com maestria. O final do livro tem realismo, o que nos fez perceber de maneira mais contundente ainda como os personagens lidaram com as possibilidades concretas para resgatar suas vidas. 

A leitura sempre nos oferece a possibilidade de nos percebermos através dos personagens. Está aí a grande riqueza da literatura, que nos salva a cada texto que absorvemos.

A todos os instantes temos motivos para escrever, para compreender o que nos acontece e para superar infortúnios, medos e desafios. Como a vida é cheia deles! E, hoje, ainda com a experiência da leitura viva, nas vésperas da Páscoa, faço forças para que a esperança se sobreponha ao estresse da pandemia e me traga a certeza de retorno à rotina diária.

É o que desejo a todos. 

 

P.S.: A Academia Friburguense de Letras muito se orgulha de ter Ania Kitilla como Jovem Acadêmica.

 

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Querem “afundar” a Fundação?

sábado, 03 de abril de 2021

Pesquisado por Thiago Lima
Edição de 3 e 4 de abril de 1971

 

Manchetes:

Pesquisado por Thiago Lima
Edição de 3 e 4 de abril de 1971

 

Manchetes:

  • Querem “afundar” a Fundação? - Se não houver muito pulso e sadia orientação, o barco da FEC irá para o fundo… Uma organização da importância da que controla o ensino público municipal, não pode ser dominada em nenhum dos seus escalões, por injunções políticas e muito menos passar a cabides de empregos e “encostos” de afilhados e afilhadas… Está ainda em tempo do inteligente e bravo marujo da chefia do Executivo Municipal - que em última análise é a principal, quando não é a única fonte mantenedora da dita organização - do dr. Feliciano Costa colocar um basta nos “enrolos” e nas “perspectivas” sombrias que fazem paragens pela ala norte do prédio da Praça Getúlio Vargas onde já funcionou a prefeitura.
  • Senai desrespeitando o sossego público? - Temos em mãos carta de moradores no Edifício Cristo-Rei - Bancários - reclamando contra a “introdução de esporte na escola do Senai, às 6 horas da manhã, com torcida e falatórios dos alunos que vai se transformando em algazarra, que culmina com gritos estridentes durante uma hora e meia”, conforme trecho da missiva que deixamos de publicar na íntegra, pela sua extensão. Encaminhamos dita reclamação a quem de direito. 
  • Reforma da Praça do Suspiro - Pela quarta ou quinta vez nestes últimos anos, administrações municipais marcam, inauguram, festejam e “cantam em prosa e versos”, a inauguração, reforma e remodelação da Praça do Suspiro. A coisa já ultrapassou o limite, pois o decantado jardim com sua Fonte da Saudade, Ciúme e Amor, mutilado, recortado redondo, quadrado, raspado, com ou sem árvores, com ou sem gramados, vem resistindo a tudo, inclusive aos quilométricos e demagógicos discursos de prefeitos que não se pejaram em apresentar tão pouco, com tanta barulheira, tanto foguetório e tanto desrespeito ao nosso povo e às suas tradições. Neste 31 de março de 1971, mais uma remodelação foi amplamente comemorada. Até que afinal alguma coisa de mais positiva foi realizada no aprazível recanto, embora continuemos a pensar que a dita obra não merecia tanto alarde. Friburgo já está, felizmente, em posição bem mais elevada, em matéria de realizações administrativas para movimentações grandiosas por causa de uma pracinha. 

Pílulas:

  • No preenchimento do cargo de diretor executivo da Fundação Educacional, vago com o bilhete azul dado ao homem de confiança do presidente, ocorreu o inevitável: como eram dois pretendentes fortes, a função será desdobrada, para surgirem duas vagas. Voltará a paz nos dois setores que estavam conflagrados. 
  • Falando-se em Fundação Educacional, fomos ao gabinete do diretor executivo para saber a respeito do vestibular da Faculdade de Odontologia. Notícias positivas estavam faltando. Mas, uma coisa pareceu estar sobrando: gente, moças, servidoras do órgão. Imaginem que no trajeto entre a porta, corredor e gabinete da chefia, era visível a superlotação…
  • Gostamos realmente da nova Praça do Suspiro. Um original jardim surgiu assim como por encanto! Em poucos dias, a administração Feliciano Costa lavrou um belíssimo tento. Não estamos aqui somente para causticar. Somos livres, independentes. Esta coluna, não tem atrelamentos, não está sujeita a vínculos e não busca médias… 
  • Como princípio de conversa para críticos apressados e certos engastalhos no puxa-saquismo próprio dos ávidos por posição mais uma vez repetimos: os colaboradores de colunas assinadas neste jornal sempre tiveram um máximo de liberdade para a defesa dos seus pontos de vistas, embora nem sempre os mesmos estivessem coincidentes como o nosso. Questão de respeito às opiniões alheias, que sempre tivemos por que fazemos questão que tenham para conosco. 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Elizabeth da Silva Ventura (3); Denise Coutinho Ventura (4); Célia Araripe e Ary Quaresma (5); Maria Faria Spinelli, Cid Cardoso, Vitória Ludwig e Alba Maria Caputo Cariello (6); Sada Romélia Felga, Sônia Cristina Vasconcellos e Alfredo de Almeida Chagas (7); Elias Caputo (8); Geraldo de Almeida Ventura e Elza Cortês Cúrio (9); e Ezídio da Silva Assis (10).

 

Foto da galeria
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Cerveja friburguense

sexta-feira, 02 de abril de 2021

Cerveja friburguense
Uma cervejaria de Nova Friburgo ganhou medalha de ouro no maior concurso cervejeiro do Brasil. Trata-se da cerveja Margherita Gose, da Alpendorf, experimentada e premiada no Concurso Brasileiro de Cerveja, o principal do segmento no Brasil. O evento é organizado pela Associação Blumenauense de Turismo, Eventos e Cultura (Ablutec).

Cerveja friburguense
Uma cervejaria de Nova Friburgo ganhou medalha de ouro no maior concurso cervejeiro do Brasil. Trata-se da cerveja Margherita Gose, da Alpendorf, experimentada e premiada no Concurso Brasileiro de Cerveja, o principal do segmento no Brasil. O evento é organizado pela Associação Blumenauense de Turismo, Eventos e Cultura (Ablutec).

Medalha de Ouro
A marca friburguense ganhou na categoria Contemporary-Style Gose, uma cerveja de estilo tradicional alemão, de sabor cítrico, mas com características contemporâneas. O concurso contou com mais de 100 jurados brasileiros e estrangeiros. Foram aproximadamente 150 categorias.

Prêmio inédito
Como medalha de ouro, pelo concurso, a cerveja Margherita Gose da Alpendorf, pode se dizer é a melhor do Brasil, nesse estilo. A medalha de ouro nesse concurso é inédita para uma cerveja produzida em Nova Friburgo. Outras já conquistaram medalhas de prata e bronze no mesmo concurso e já alçaram posições de campeã em outros.

Alta concorrência
A categoria que consagrou a cerveja da Alpendorf foi uma das mais concorridas. Para se ter ideia do rigor desse concurso, em algumas categorias, não foi concedida medalha de ouro, apenas prata ou bronze, pois as concorrentes não teriam atingido a perfeição que o prêmio confere. A gaúcha Alem Bier Merlot Grape Ale se sagrou a melhor cerveja entre as mais de três mil concorrentes. Já a Cathedral, produzida em Maringá-PR, recebeu o título de melhor cervejaria pelo 4º ano seguido.  

Pizza líquida
Ficou curioso? Além do tradicional sabor ácido, a cerveja campeã tem adição de coentro e leve toque salgado, através da adição de sal rosa do Himalaia. Os cervejeiros da Alpendorf também adicionaram manjericão e tomate à receita dessa cerveja que se torna a menina dos olhos entre os 23 estilos da fábrica que funciona junto à queijaria escola, em Conquista.

Índice de isolamento
Antes da decisão do feriadão no estado, Nova Friburgo era apenas o 15º colocado, entre 36 pesquisados no Rio de Janeiro, em isolamento social - medidas de restrição por conta da Covid-19. O município teve 44,7% de isolamento, ficando atrás, inclusive da capital que aferiu 46,2%. Nova Friburgo ficou próximo da média estadual, mas ainda assim pior: 44,11.  

Penúltima faixa
A melhor taxa de isolamento foi constatada em Teresópolis (58,9), seguido de Campos e São Pedro da Aldeia, os três únicos considerados numa faixa verde. Nova Friburgo ficou na penúltima faixa (laranja), enquanto apenas os municípios de Magé e Araruama figuraram na faixa vermelha, considerada a pior, justamente os dois com as menores taxas de isolamento social, 31,9 e 34,3, respectivamente.

Serviço descontinuado
Os dados são da plataforma In Loco e se referem à média dos últimos oito meses. No entanto, o serviço foi descontinuado na semana passada. O Estado do Rio, diferentemente de São Paulo, não tem atualmente uma plataforma que faça esse serviço de aferição da taxa de isolamento social. A Prefeitura do Rio de Janeiro conta com o serviço de uma empresa de inteligência artificial para tomada de decisões de restrições. Nova Friburgo, até onde se saiba, só tem atuado com os dados hospitalares.  

Banco WhatsApp
Para quem achou que o Pix era uma novidade daquelas para cobrar, receber e pagar não esperava por essa. Transferências e pagamentos poderão ser feitos pelo WhatsApp. Isso mesmo. A novidade foi revelada nesta semana em autorização dada pelo Banco Central. Através do aplicativo de troca de mensagens, você poderá pagar ou receber uma quantia de dinheiro, seja entre pessoas físicas ou empresas.

Em breve
A aprovação vale para transações que envolvam as bandeiras Visa e Mastercard, que devem decidir quando iniciar as operações. No caso, a credencial utilizada no aplicativo será o número do cartão de débito ou pré-pago das duas bandeiras. A novidade ainda não está disponível, mas deve iniciar em breve. Quanto às tarifas, nada divulgado ainda.

A conferir
O app possui mais de 120 milhões de usuários no território brasileiro, sendo que 98% destes acessam o aplicativo, pelo menos, uma vez por dia. Dados mostram que as conversas entre clientes e empresas no WhatsApp cresceram mais de 500% durante a pandemia. O WhatsApp tentava a funcionalidade desde junho do ano passado, porém o Banco Central vetou. Agora, decidiu autorizar.

Feliz Páscoa
Esta é a 2ª Páscoa seguida com restrições por conta da pandemia. Se a Páscoa sugere renascimento, que possamos, então, repensar nossas atitudes e renascer o mundo com mais empatia e menos ganância, com mais coletividade e menos individualismo, com mais vida e menos morte. Por um mundo mais sustentável que começa pela nossa cidade. Afinal, Cristo disse: “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância” (João 10:10).   

Palavreando
“Nossa vida é um instante que durando pouco ou muito é sempre menos do que gostaríamos que fosse. Escapa pelos dedos e, em bobagens cotidianas, perdemos tempo. É preciso aproveitar o tempo, fazer bom uso dele, porque inevitavelmente o tempo se esgota para todos”.

Foto da galeria
As águas de março levando o verão trouxeram lindas imagens do céu friburguense. Do céu amarelo aos arco-íris que se formaram em diversos pontos do município, muito compartilhados nas redes sociais. Esse registro de ponto de vista privilegiado em tempos de poucas atividades no estádio Eduardo Guinle foi feito por Luiz Fernando.
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Robotização de gente

sexta-feira, 02 de abril de 2021

Se me permitirem falar mais do mesmo, repetir aquilo que já foi dito e escrito e publicado, o farei. Não dá para trabalhar com o trabalho e ignorar o quão sacrificante pode ser o roteiro da vida laboral para todos os envolvidos na produtividade nas mais diversas áreas. Escrevo com a imagem de um profissional da saúde ao fundo. Esgotado, apático, cabisbaixo. Imagem de corroer mesmo. Não está sendo fácil para eles.

Se me permitirem falar mais do mesmo, repetir aquilo que já foi dito e escrito e publicado, o farei. Não dá para trabalhar com o trabalho e ignorar o quão sacrificante pode ser o roteiro da vida laboral para todos os envolvidos na produtividade nas mais diversas áreas. Escrevo com a imagem de um profissional da saúde ao fundo. Esgotado, apático, cabisbaixo. Imagem de corroer mesmo. Não está sendo fácil para eles. Imagine, seu existir doado a cuidar de pessoas e salvar vidas em condições inóspitas sendo atrapalhado pelo som da festa clandestina que acontece ao lado do hospital em que trabalha? Dias e noites ouvindo sobre dor, aliviando dor, vivenciando dor, com o rosto marcado por equipamentos de proteção e as mentes pela situação de terror da qual não podem fugir. Já imaginou?

Façamos o exercício de colocarmo-nos no lugar também dos profissionais exaustos da linha de frente enfrentando o vírus cara a cara enquanto vê imagens das praias lotadas, de aglomerações ilegais, de gente questionando até mesmo a necessidade de usar máscaras. Doeu em você? Porque em mim dói de verdade.

Somos máquinas? Essa é uma pergunta que pode ser respondida por cada um de nós. Às vezes sinto que os indivíduos estão sendo robotizados sem nem perceberem. Máquinas novas interessantes essas. Que de novas não têm nada, mas estão sendo revisitadas, recebendo uma releitura “à la 2021”. A potência é boa, produzem bastante, apresentam resultados e até pensam. Que maravilha. Não tem a ver com inteligência artificial, é gente de verdade. Esse aparato super moderno é humano. Se adapta às mais variáveis circunstâncias, é flexível, multitarefas, inovador, apresenta ideias, as executa, faz reparos e prospecções futuras. Pensa, sente e até se emociona.

Às vezes, a máquina perece. Adoece. Sucumbe às dores mundanas, não apresenta a melhor performance, rateia e até para de funcionar. Fala mais do que deve, faz mais do que pode e até reclama. Há que diga que é super econômica, custa muito pouco pelo tempo que trabalha. Há quem pense ser cara demais, afinal de contas, há várias peças custosas agregadas, mais conhecidas como direitos e prerrogativas.

A grande verdade é que os trabalhadores do século 21, essas máquinas da metáfora, são essenciais ao funcionamento de tudo, embora o incremento da tecnologia agregue possibilidades ao mesmo passo em que tenta substituí-las. Nessa crise inesperada, o maquinário anda oscilante. Parte dele, inclusive, nunca produziu tanto. Outra parte, está sendo descartada, por ser dispensável ou onerosa demais. O “equipamento” humano é subjugado, sobrecarregado, desvalorizado, descartado. Exige-se de gente de carne e osso o que nem máquina faz.

Fato é que deveríamos repensar as estruturas que fazem a máquina funcionar. Tudo funcionar. Não basta a reflexão e preocupação quanto espaços físicos, viabilidades econômicas e o seu bom e produtivo uso. Deve-se, principalmente, considerar sua própria formação, seus cuidados, suas necessidades. Pode parecer difícil para muitas pessoas compreenderem, mas a máquina humana, sente, pensa, necessita, respira. Sente dor. Chora. Padece. Sucumbe. Se dói por inteiro. E pasme: tem limite. Isso mesmo. Precisa de descanso. Precisa suprir necessidades básicas. Sinto informar, mas esse “maquinário novo”, nem máquina é. Nosso planeta ainda não é habitado por robôs. Não percamos – ainda mais! - a noção disso.

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