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quinta-feira, 10 de abril de 2025

Governador sanciona lei que garante Bolsa Atleta RJ para gestantes e puérperas

O governador Cláudio Castro sancionou a Lei 10.708, que assegura a continuidade do programa Bolsa Atleta RJ para atletas gestantes e puérperas. Com a novidade, mulheres que fazem parte do programa poderão continuar a receber o benefício durante a gravidez e até seis meses após o parto, garantindo o respeito à maternidade e a proteção de seus direitos. A nova legislação altera a Lei que criou o Bolsa Atleta RJ.

Governador sanciona lei que garante Bolsa Atleta RJ para gestantes e puérperas

O governador Cláudio Castro sancionou a Lei 10.708, que assegura a continuidade do programa Bolsa Atleta RJ para atletas gestantes e puérperas. Com a novidade, mulheres que fazem parte do programa poderão continuar a receber o benefício durante a gravidez e até seis meses após o parto, garantindo o respeito à maternidade e a proteção de seus direitos. A nova legislação altera a Lei que criou o Bolsa Atleta RJ.

“Com essas mudanças no programa garantimos que nossas atletas possam optar pela maternidade com a segurança de não perderem o apoio financeiro do programa. Isso contribui para que exerçam esse papel com mais tranquilidade para retornarem no momento certo para treinamentos e competições, pois sabem que continuarão amparadas. Assim, damos mais um passo na garantia dos direitos das mulheres”, diz o governador Cláudio Castro.

De acordo com a nova lei, o período adicional do benefício não deve exceder o limite de 15 parcelas consecutivas. Caso a atleta não tenha participado de competições nacionais ou internacionais no ano anterior ao pedido de concessão da bolsa, devido à gestação ou ao puerpério, ela poderá utilizar os resultados do ano anterior para o pleito.

“O Governo do Estado, ao aprovar essa lei, reafirma seu compromisso com o bem-estar das atletas. A medida demonstra um entendimento profundo da importância da participação feminina no esporte, oferecendo o suporte necessário para que as atletas possam se dedicar à maternidade sem perder o respaldo financeiro que tanto contribui para seu desempenho nas competições. Esse é um passo importante para garantir que as mulheres possam ser mães e profissionais ao mesmo tempo”, ressalta o secretário de Estado de Esporte e Lazer, Rafael Picciani.

A ginasta medalhista olímpica Jade Barbosa, beneficiária do Bolsa Atleta RJ, comemorou a aprovação da medida, e defendeu novos debates sobre o tema.

“Eu fico feliz com essa definição. É uma conquista pela qual nós mulheres estamos batalhando há bastante tempo, e que nos assegura dentro da realidade do esporte. Acho fundamental que tenhamos cada vez mais debates sobre isso e que sigamos avançando com nossos direitos. Comemorar agora essa conquista e seguir lutando para a mulher ser cada vez mais respeitada no mercado de trabalho”, destaca a ginasta.

O programa Bolsa Atleta RJ, lançado em 2022, registrou crescimento de 150% no número de beneficiados em 2024, tendo alcançado a porcentagem de 45,7% de mulheres participantes. O valor das bolsas varia entre R$ 500 e R$ 5 mil, e no biênio 2024/2025, o Governo do Estado investirá R$ 15 milhões no programa.

O Bolsa Atleta RJ abrange atletas de diferentes categorias, desde a base até o nível olímpico. A seleção é feita por meio de edital público, no qual os atletas devem apresentar resultados compatíveis com sua categoria e toda a documentação exigida. Para os atletas que conquistarem medalhas em competições como os Jogos Olímpicos, Paralímpicos ou Pan-Americanos, a renovação automática da bolsa pode ser solicitada, desde que o atleta comprove estar em plena atividade esportiva até a abertura do processo seletivo.

 

2 fotos – legendas:

1- 

2- 

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    Medalhista olímpica, Jade Barbosa destacou a importância do benefício para as atletas (Foto: Miriam Jeske/COB)

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    Participantes do programa poderão continuar a receber o benefício durante gravidez e até seis meses pós parto (Foto: Divulgação)

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

O consumidor está sendo enganado

quarta-feira, 09 de abril de 2025

A corda sempre arrebenta nas mãos dos mais fracos e é assim que acontece conosco, de uns tempos para cá. A primeira vez que me dei conta foi na preparação de iogurtes. Como tenho uma iogurteira em casa, adiciono dois potes do produto, não importa a marca, despejo numa leiteira contendo um litro de leite, misturo bem e levo ao fogo para aquecer. Depois, coloco a mistura nos sete potes do aparelho, ligo na tomada e deixo transcorrer doze horas, quando, então, vão para a geladeira. Esses sete potes ficavam cheios até o topo. De uns tempos para cá, comecei a notar que não transbordavam mais.

A corda sempre arrebenta nas mãos dos mais fracos e é assim que acontece conosco, de uns tempos para cá. A primeira vez que me dei conta foi na preparação de iogurtes. Como tenho uma iogurteira em casa, adiciono dois potes do produto, não importa a marca, despejo numa leiteira contendo um litro de leite, misturo bem e levo ao fogo para aquecer. Depois, coloco a mistura nos sete potes do aparelho, ligo na tomada e deixo transcorrer doze horas, quando, então, vão para a geladeira. Esses sete potes ficavam cheios até o topo. De uns tempos para cá, comecei a notar que não transbordavam mais. O litro de leite encolheu ou os copos de iogurte comprados, tiveram seu volume reduzido?

Foi a partir daí que comecei a reparar que os produtos das prateleiras dos supermercados já não eram os mesmos. O cream cracker da marca Piraquê, com gergelim, primeiro passou a necessitar de uma lupa para que se pudesse visualizar o gergelim; posteriormente, o pacote encolheu e o meu recipiente que antes ficava cheio até a boca, mostrou que a quantidade de biscoitos diminuíra. O mesmo aconteceu com os biscoitos waffel que antes tinham doze unidades por pacote e agora contém só oito. Mas, a maior surpresa eu tive com os achocolatados em caixa, Toddy ou Nestlé, que antes continham duzentos ml e agora foram reduzidos para quase a metade. Sem esquecer as caixas de bombom, que também encolheram.

Para não aumentar o preço dos produtos, fabricantes e revendedores diminuem o tamanho das embalagens e mantêm o preço. Na realidade vendem gato por lebre, pois quem sai lesado é o consumidor, pois, para ter em mãos a mesma quantidade necessita comprar o dobro e aí paga mais caro. Mas, como o fabricante parte do princípio de que o consumidor é ingênuo, dão o golpe na maior cara de pau. Num país sério essa prática seria punida com uma multa pesada, pois isso é abusar da má fé. No entanto, pelo menos no Brasil, é uma prática antiga, pois me lembro de um caso que aconteceu no Rio de Janeiro, quando eu era criança. Um consumidor desconfiou que seu tubo de creme de barbear continha menos quantidade do que a indicada na embalagem. Ao comprovar que estava certo, denunciou o fato e foi ameaçado pelo fabricante, furioso por ter sido descoberto. Naquela época, essas práticas, quando divulgadas, envergonhavam as indústrias, hoje o fabricante não está nem aí para o consumidor.

O problema está no contexto dos fatos, por exemplo, um profissional liberal seja médico, dentista, psicólogo, que não atenda convênios, ao invés de aumentar a sua consulta, simplesmente, diminuiria o tempo de atendimento por pessoa. Com isso, aumentaria o número de clientes atendidos e lucraria mais ao final do dia. Mas, seu cliente se sentiria lesado e com justa razão. O mais honesto é aumentar o preço do produto, pois com o aumento da inflação, os custos aumentam. No caso das indústrias o preço dos insumos e de toda a cadeia que está por trás como salário dos empregados, eletricidade, água, etc. No caso do profissional liberal é a mesma coisa, o valor de uma consulta traz agregado uma série de gastos, daí o valor dela. Só que no caso do profissional liberal, se o cliente julga o preço muito alto, ele procura outro profissional. No caso das empresas, como atuam num cartel, o consumidor não tem direito de escolha.

Na realidade, as coisas acontecem em função da credibilidade da empresa que presta o serviço. O exemplo de um posto de gasolina se encaixa nesse contexto. A margem de lucro de um litro do combustível é muito pequena, daí o preço nas bombas variarem muito pouco. Os postos mal-intencionados adulteram as bombas e, ao invés de um litro, sai menos combustível para o tanque do consumidor. Quando descobertos, esses postos ficam marcados.

Moral da história, a única maneira que nos restaria, seria um boicote aos produtos que o consumidor julgar estar modificado. Quando o produto é supérfluo isso é possível, mas, quando o produto é essencial, torna-se muito difícil. Infelizmente, continuaremos a ser enganados na maior cara de pau. 

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Garotos em campo

quarta-feira, 09 de abril de 2025

Friburguense participa do Carioca Série A2 no Sub-15 e no Sub-17

Ainda distante do início do calendário do seu time profissional, o Friburguense segue promovendo o importante trabalho junto às divisões de base. Com a presença do Tricolor da Serra, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro sorteou os grupos das categorias Sub-15 e Sub-17 do Campeonato Carioca da Série A2 de 2025. A estreia será contra a Cabofriense, no dia 20 de abril, no estádio Eduardo Guinle.

Friburguense participa do Carioca Série A2 no Sub-15 e no Sub-17

Ainda distante do início do calendário do seu time profissional, o Friburguense segue promovendo o importante trabalho junto às divisões de base. Com a presença do Tricolor da Serra, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro sorteou os grupos das categorias Sub-15 e Sub-17 do Campeonato Carioca da Série A2 de 2025. A estreia será contra a Cabofriense, no dia 20 de abril, no estádio Eduardo Guinle.

Conforme definido, o grupo A contará com as equipes do Petrópolis, São Gonçalo, Pérolas Negras, Resende, Audax Rio, Cabofriense, São Cristóvão, Rio de Janeiro, 7 de Abril, Bonsucesso, Artsul e Nova Cidade. O Friburguense está na chave B, juntamente com Araruama, Duque de Caxias, América, Americano, Olaria, Campo Grande, Serra Macaense, Paduano, Barra Mansa e Niteroiense. As equipes de um grupo enfrentam as do outro, mas com a pontuação dentro da própria chave, avançando os quatro primeiros colocados de cada lado.

Dos clubes da Série B1, apenas Serrano, que é o atual campeão no Sub-15, e Carapebus não disputarão. Barra da Tijuca, Macaé, Uni Souza, Belford Roxo, Goytacaz e Zinzane, todos da B2, surpreendentemente também ficaram de fora.

Vale lembrar que, no caso das divisões de base, clubes da segunda (A2), terceira (B1) e quarta (B2) divisões atuam juntos. O América é o atual campeão no Sub-17.

Os jogos da categoria juvenil terão início às 13h, enquanto a categoria infantil joga às 15h, seguindo exatamente a mesma tabela até o final da primeira fase. Os locais das partidas ainda serão confirmados, com alguns clubes resolvendo questões burocráticas e de logística para definirem as suas casas na competição.

1ª rodada:

Araruama x Petrópolis

Duque de Caxias x São Gonçalo

América x Pérolas Negras

Americano x Resende

Olaria x Audax Rio

Friburguense x Cabofriense

Campo Grande x São Cristóvão

Serra Macaense x Rio de Janeiro

Paduano x 7 de Abril

Barra Mansa x Bonsucesso

Niteroiense x Artsul

Folga: Nova Cidade

 

Sequência do Friburguense

20/abr – Dom, 13h - Friburguense x Cabofriense, Eduardo Guinle

27/abr – Dom, 13h - Audax Rio x Friburguense, a definir

04/mai – Dom, 13h - Friburguense x São Cristóvão, Eduardo Guinle

11/mai – Dom, 13h - Resende x Friburguense, Trabalhador

18/mai – Dom, 13h - Friburguense x Rio de Janeiro, Eduardo Guinle

25/mai – Dom, 13h - Pérolas Negras x Friburguense, a definir

 01/jun – Dom, 13h - Friburguense x 7 de Abril, Eduardo Guinle

08/jun – Dom, 13h - São Gonçalo x Friburguense, a definir

15/jun – Dom, 13h - Friburguense x Bonsucesso, Eduardo Guinle

22/jun – Dom, 13h - Petrópolis x Friburguense, a definir

29/jun – Dom, 13h - Friburguense x Artsul, Eduardo Guinle

06/jul – Dom, 13h - Nova Cidade x Friburguense, Joaquim A. Flores

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    Garotos do Frizão terão a oportunidade de mostrar serviço e seguir evoluindo em suas formações (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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    Estádio Eduardo Guinle volta a receber jogos da base do Friburguense nas duas categorias (Foto: Divulgação Vinicius Gastin)

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Sobre o elogio

quarta-feira, 09 de abril de 2025

Uma virtude reconhecida ou, melhor ainda, inventada, pode render um aumento de salário

Passei por uma pessoa a quem conheço há tempos, porém superficialmente, e ela me fez um inesperado elogio. Era um dia de sol quente e pode ser que, em consequência do calor, o cérebro dela não estivesse funcionando muito bem. Mas levei suas palavras a sério, porque elogio é sempre bom, mesmo quando não merecido, ou talvez sobretudo quando não merecido, como era o caso.

Uma virtude reconhecida ou, melhor ainda, inventada, pode render um aumento de salário

Passei por uma pessoa a quem conheço há tempos, porém superficialmente, e ela me fez um inesperado elogio. Era um dia de sol quente e pode ser que, em consequência do calor, o cérebro dela não estivesse funcionando muito bem. Mas levei suas palavras a sério, porque elogio é sempre bom, mesmo quando não merecido, ou talvez sobretudo quando não merecido, como era o caso.

Acho que não sou diferente dos demais seres humanos: gosto de ser elogiado e detesto ser criticado. Mas tento enfrentar uma coisa e outra com serenidade, pois frequentemente ambas têm ao menos um pouco de verdade. Quando nasci, minha santa mãe, ao me ver pela primeira vez, estando ainda um pouco tonta, deve ter dito “Ele é tão bonito!” Bem, talvez até os dois ou três anos. Depois o tempo se encarregou de desmentir as palavras maternas.

Os políticos, por exemplo, além de useiros e vezeiros em exaltar a si mesmos como os mais honestos, os mais competentes, os mais de tudo que é bom, também nomeiam assessores que não têm nenhuma outra função senão a de elogiar o chefe. Quase sempre a opinião pública pensa exatamente o oposto (o que não a impede de votar neles). Agora mesmo Trump e Musk andam dizendo maravilhas um do outro, os dois se considerando mutuamente como o mais alto grau de perfeição a que pode chegar um ser humano.

Mas nem tudo são flores, mesmo no reino dos poderosos. Consultado por um usuário, o programa de inteligência artificial conhecido como Gronk respondeu que o maior divulgador de desinformação no mundo digital, o fakenewsqueiro por excelência é Elon Musk. O Gronk pertence ao próprio Musk! Não sei se ele vai demitir a diretoria ou desativar o programa. Incompetentes! Chefe existe para ser admirado, e não para ser criticado. O puxa-saquismo é uma instituição universal, e o bajulador uma das mais valiosas presenças em todos os níveis de relacionamento, especialmente quando se trata do universal binômio patrão-empregado. Uma virtude reconhecida ou, melhor ainda, inventada, pode render um aumento de salário, ou mesmo a salvação do emprego. Já uma crítica, mesmo que bem intencionada...

Antes da televisão, quando as emissoras de rádio dominavam os lares e bares do Brasil, eram os narradores de futebol que permitiam que os ouvintes “vissem” o jogo. Um dos mais famosos foi Oduvaldo Cozzi, um craque da palavra, que apelidou Nilton Santos de “Enciclopédia do Futebol”, e assim definiu o clima no Maracanã, após a derrota do Brasil para o Uruguai em 1950: “Um silêncio ensurdecedor.” Um dos bordões de Cozzi era gritar “impedidoooo!”, quando um jogador estava irregularmente na área adversária. Diz a lenda que certa vez um repórter de campo ousou discordar do chefe: “Não, Cozzi, o atleta estava em posição legal”. Imediatamente ouviu a resposta: “Despedidoooo!”.

Mas toleremos o bajulador, pelo menos aquele inofensivo, que o próprio elogiado não leva muito a sério, e que por isso mesmo não faz mal a ninguém. Triste e perigoso é quando isso alcança as raias do fanatismo, que é o puxa-saquismo elevado à sua potência máxima. No Brasil e em grande parte do mundo estamos vendo isso acontecer. Pessoas em geral tão sensatas, tão equilibradas no dia a dia de suas vidas ficam irreconhecíveis quando falam dos líderes políticos nos quais votam e que elegem como inspiradores supremos de suas crenças ideológicas. Veem neles todas as virtudes, com a mesma intensidade com que só encontram defeitos nos seus adversários. Toda paixão cega, e a paixão política é a uma espécie de cegueira. E das piores.

Bom seria se não nos esquecêssemos da sábia sentença do Marquês de Maricá: “Nenhum homem é tão bom como seu partido o apregoa, nem tão mal como o contrário o representa”.

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Fênix – Renascer das cinzas

terça-feira, 08 de abril de 2025

Quando as trevas parecem prevalecer, brilha a Luz de Cristo, tesouro valiosíssimo transportado no vaso de argila da nossa pobre e medíocre natureza. Ele como o sol nos toca misteriosamente com sua força suave, nos fortalecendo e fazendo renascer as fibras morrentes de nossa humanidade ressequida. Uma poderosa chama que interiormente nos sustenta: a  esperança, uma virtude sobrenatural, teologal, repleta do Esperado, luminosa graça de resiliência amorosa que fez o apóstolo Paulo exclamar: "Tudo posso n'Aquele que me fortalece" ( Filipenses 4,13)

Quando as trevas parecem prevalecer, brilha a Luz de Cristo, tesouro valiosíssimo transportado no vaso de argila da nossa pobre e medíocre natureza. Ele como o sol nos toca misteriosamente com sua força suave, nos fortalecendo e fazendo renascer as fibras morrentes de nossa humanidade ressequida. Uma poderosa chama que interiormente nos sustenta: a  esperança, uma virtude sobrenatural, teologal, repleta do Esperado, luminosa graça de resiliência amorosa que fez o apóstolo Paulo exclamar: "Tudo posso n'Aquele que me fortalece" ( Filipenses 4,13)

O vaso de barro não é a última palavra, de onde vem a desesperança, a desconfiança, a fragilidade e sensação de impotência, a angústia ou desistência covarde e omissa, a insensibilidade ou indiferença. Não. A última palavra é do conteúdo, do Poder extraordinário que traz vida à natureza humana cercada de morte, de fora e de dentro. De fora, das opressões, perseguições, injustiças, tentações, destruições e degradações, da lógica da exclusão do mundo. De dentro, da desumanização provocada pela desfiguração do pecado, corrupção e desgaste interior. Mas do Espírito que vem em socorro de nossas fraquezas vem a fortaleza, a unção, a iluminação da Sabedoria Superior, a Vida maior que eleva e renova todas as coisas.

E o apóstolo pergunta com total segurança: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?"... "O que nos separará do Amor de Deus?. "A tribulação ou a angústia, a perseguição ou a fome, a nudez, o perigo, a espada?... E o próprio apóstolo responde: "Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do Amor de Deus que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 8,31-39).

O mesmo Mestre das nações, na experiência forte de sua conversão afirma: "Por isso, por amor a Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois quando sou fraco, então é que sou forte" (2 Coríntios 12,10). Por que diz isso o grande apóstolo? Porque ele sabe por certeza mística que quando nós nos enchemos de nós mesmos pelas vaidades dos sucessos, do êxito, das conquistas de nossas capacidades, fechamos o espaço para a ação de Deus. Aí fala e age o homem orgulhoso que quase se sente um deus, desprezando a graça e a vontade de Deus.

Quando nos sentimos fracos e assumimos a nossa fraqueza humildemente, diante das dificuldades e obstáculos, sofrimentos ou oposições, nos entregamos confiantes ao Poder transformador de Deus. Aí Deus fala e age, fortalecendo a nossa frágil e vacilante estrutura, nos enriquecendo com a sua Luz de infinita Sabedoria, na resistência invencível de sua misericordiosa graça. Damos abertura para o Senhor da obra missionária realizar o que é o Seu plano e não insistimos nos nossos projetos pessoais, tantas vezes desencontrados dos desígnios do Salvador e que se desgastam por si mesmos.

Sem Deus, sem estarmos totalmente entregues e enxertados à Videira que é Cristo( cf João 15), não vamos muito longe, nosso gás acaba, nossas forças se extinguem, nossas boas intenções de descoloram e talvez se esgotem com a não correspondência ou as rejeições. Os ramos, se desligados do Senhor, por mais bonitos, viçosos, com belos frutos e flores, em pouco tempo secam, se desencantam, fenecem, perdem a cor e o sabor. Faltarão, com certeza, o frescor, o perfume suave e forte da graça divina, a unção da Vida que brota do Coração Sagrado de Jesus, fonte inesgotável de vigor, amor e alegria, o regozijo de que nos fala São Paulo. Ele é a seiva que nos alimenta, nutre a nossa perseverança, na certeza da fé na vitória do Cristo Ressuscitado. "Se morremos com Cristo, temos fé que com Ele viveremos" ( Romanos 6,8). Morrer para o homem velho do pecado, da maldade, do egoísmo e renascer para o homem novo da graça, da luz, do amor ao próximo, com o amor de Deus( cf. Efésios 4,22-24).

Um mito grego cantado pelo poeta Hesíodo, de raízes egípcias como afirma o historiador Heródoto, nos fala de uma ave, a Fênix, que quando velha e cansada ateia fogo sobre o seu próprio ninho e renasce de suas próprias cinzas. Os padres da Igreja, primeiros escritores cristãos, como S. Clemente Romano, Tertuliano e Lactâncio, aproveitaram a sua rica simbologia, associando-a à ideia da imortalidade, no prenúncio da paixão, da Ressurreição de Cristo e do renascimento espiritual, fundamento da mística cristã, os cristãos configurados em Cristo, numa vida nova que jorra para a eternidade, como se apresenta, especialmente, no Novo Testamento: "Eu sou a Ressurreição e a vida; quem crê em mim , ainda que esteja morto viverá; e quem vive e crê em mim, jamais morrerá" ( João 11,25-26). E como podemos ver em mais alguns textos paulinos: "Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo!" (2 Coríntios 5,17); Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida " ( Romanos 6,4-14). Isto ficou gravado na iconografia cristã primeva - a fênix renascida , símbolo do Cristo Ressuscitado e de sua vida nova.

Uma boa inspiração que nos pode recordar, nesta quaresma e já próxima Semana Santa, esta nossa missão de sempre recomeçar na fé em Cristo, no enfrentamento de todos os desgastes, de nos entregarmos totalmente confiantes nas mãos do Senhor, renascendo do fogo do seu amor, nos renovando a cada dia, transformando as cinzas dos nossos pecados, limites e fraquezas em uma ave altaneira e forte, chamada ao vôo maior da graça, do horizonte de Deus, na elevação da vida dos irmãos. 

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é chanceler da Diocese de Nova Friburgo

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A VOZ DA SERRA é fibra, determinação e coragem

terça-feira, 08 de abril de 2025

         O dia 7 de abril chegou! Peço licença para dedicar-lhe os versos de Vicente de Carvalho que mamãe tanto dedicou a meu pai: “Quando eu nasci raiava o claro mês das garças forasteiras: Abril, sorrindo em flor pelos outeiros, nadando em luz na oscilação das ondas...”. E o Jornal nasceu forte para ser um farol perante o mundo da informação, da cultura, das artes e de tudo o mais que componha a vida em sua essência humana.

         O dia 7 de abril chegou! Peço licença para dedicar-lhe os versos de Vicente de Carvalho que mamãe tanto dedicou a meu pai: “Quando eu nasci raiava o claro mês das garças forasteiras: Abril, sorrindo em flor pelos outeiros, nadando em luz na oscilação das ondas...”. E o Jornal nasceu forte para ser um farol perante o mundo da informação, da cultura, das artes e de tudo o mais que componha a vida em sua essência humana.

         É o legado de venturas de Américo Ventura, seguido por seu filho Laercio Ventura e perpetuado, há 12 anos por sua neta, Adriana Ventura que, nas trilhas do pai Laercio, mantém o Jornal em sua tradição de credibilidade, porém, moderno com todas as demandas que a Globalização requer. Por ter em seu DNA “fibra determinação e coragem”, o sonho de Américo jamais esmoreceu. É certo que saiu da oficina de um quintal, numa trajetória gloriosa, para causar as melhores impressões onde quer que seja lido, atravessando fronteiras, sendo a VOZ que rompe as distâncias para ser a nossa voz.

         A edição do fim de semana, que contempla os 80 anos, está repleta de depoimentos e, em todos eles, é unanime a relevância das oito décadas percorridas pela nossa VOZ. O ilustre Roosevelt Concy ressalta: “Em um mundo onde a informação é abundante, mas nem sempre confiável, A VOZ DA SERRA se destaca como fonte segura e indispensável...”. Girlan Guilland lembrou sua apresentação como solista no “Concerto para Máquina de Escrever”, nos 70 anos de AVS, em 2015, evento em que a Banda Euterpe Friburguense fez suas homenagens ao jornal, ainda, septuagenário. Que beleza! Até o governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se manifestou: “Que o jornal continue sendo a voz da nossa gente, um pilar do jornalismo local e um exemplo de compromisso com a verdade e com o desenvolvimento de nossa cidade.”.

         80 Anos e jovem, no espírito para o qual foi criado: - Ser fiel ao verdadeiro e respeitoso com os acontecimentos. Se está no Jornal A VOZ DA SERRA, os leitores confiam, porque seu poder de apuração dos fatos é, de fato, o inegável poder de sua  responsabilidade. O senhor Enéas Jácome, “o assinante mais antigo e com  mais idade”, com sabedoria em suas palavras, destacou: “Nova Friburgo talvez seja uma das poucas cidades do Basil com uma publicação tão longeva e quase que diária, o que deve nos encher de muito orgulho e admiração”. Do mesmo modo experiente, o Dr. Carlos Pecci declara: “Trata-se de um veículo que nos informa e traz notícias relevantes sobre o dia a dia do nosso município e região. Dessa forma, fico a par dos principais fatos e acontecimentos de interesse geral”. São duas vozes de respeito falando sobre e mesma VOZ.  

         Meu pai, nascido em 1917, não está mais no plano terreno, mas tinha A VOZ DA SERRA no mais alto patamar de confiança, tanto que, quando o jornal passou a ser diário, ele confessou: “Agora, minha filha, não consigo mais sair todos os dias para comprar o jornal. Vou fazer uma assinatura!” – E fez, só que em meu nome, porque, sendo algo tão importante, ele queria deixar para mim essa importância. Hoje sou colunista das “Surpresas de Viagem” e, de onde papai estiver, ele viaja comigo, orgulhoso da filha.

         Sim, o orgulho é meu também de ter tido, desde a infância, a referência de A VOZ DA SERRA, porque, se meus pais liam, apreciavam e confiavam, era algo bom para nossa família. E à noite, muitas vezes, quando papai queria treinar a minha leitura e a do meu irmão, era no jornal que ele propunha que lêssemos. Em janeiro de 2014, quando me tornei colunista, entre especialistas em letras, eu sabia dos meus desafios e na primeira viagem, embarcando no então Caderno Light, me aventurei, sentindo que o ambiente era bom para os meus muitos aprendizados. A viagem literária passou a ser o meu melhor programa de domingo, onde posso percorrer o mundo, conhecer lugares, saber dos fatos, dos feitos, das artes, das culturas, da saúde, do passado, do presente e até do futuro.  Se papai estivesse aqui, me vendo nas páginas de A VOZ DA SERRA, ele diria: - “Minha filha, você está que tá!” – Era assim que ele aplaudia o meu sucesso. Parabéns, 80 Anos!

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Tudo certo

terça-feira, 08 de abril de 2025

Contas de 2024 do Nova Friburgo Futebol Clube são aprovadas

Contas de 2024 do Nova Friburgo Futebol Clube são aprovadas

Há anos à frente de uma das mais tradicionais instituições do município, Luiz Fernando Bachini segue realizando uma gestão competente e elogiada. O Conselho Deliberativo aprovou, por unanimidade, as contas do exercício de 2024 da gestão do presidente do Conselho Diretor do Nova Friburgo Futebol Clube. A reunião ocorreu na noite da última segunda-feira, 31 de março, na sede social, no Centro. A mesa diretora do evento foi composta por Carlos Arnaldo Bravo Berbert (presidente do Conselho Deliberativo) e pelo próprio Bachini.

“De conformidade com o artigo 91, inciso I do Estatuto, examinaram no desempenho de suas funções, documentos, balanços e demonstrativos de receitas e despesas, bem como relatórios que vieram a constituir a Prestação de Contas para o exercício do ano de 2024. Assim sendo, encontramos tudo em perfeita ordem e boa escrita, não havendo dúvidas quanto aos lançamentos, recomendamos a sua inteira aprovação.”, destacou o documento assinado pelos membros do Conselho Fiscal: Rômulo Amêndola, Ezio Marques e Alair Lourenço.

Durante a reunião, foi prestada homenagem póstuma ao vice-presidente do Conselho Deliberativo, José Eduardo Valentim, que faleceu na última semana. Participaram da cerimônia os membros dos conselhos Deliberativo e Fiscal do Nova Friburgo, além de alguns convidados.

“Temos um trabalho diário para manter nossas atividades sociais e esportivas. Quero agradecer o apoio de todos os nossos diretores”, afirmou o presidente do Conselho Diretor, Luiz Fernando Bachini.

O presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Arnaldo Bravo Berbert, o Juca, parabenizou o trabalho realizado pelo Conselho Diretor. “Sinto-me orgulhoso em participar da história deste clube por tantos anos. Parabenizo o árduo trabalho desenvolvido pela gestão do Bachini”, finalizou.

 

Frizão de olho

Série A2 tem tabela sorteada; rebaixados serão rivais do Friburguense na B1

Em reunião do Conselho Arbitral com presidentes e representantes dos clubes, foi definido o regulamento e sorteada a tabela da Série A2 do Campeonato Carioca. O regulamento permanece o mesmo de 2024 e segue o que acontece na Série A Carioca, com a disputa da Taça Santos Dumont em 11 rodadas em turno único entre os clubes. As duas equipes rebaixadas serão adversárias do Friburguense na Série B1 deste ano.

O campeão do troféu, além do 2º, 3º e 4º colocados, disputa a semifinal em jogos de ida e volta (1º x 4º e 2º x 3º). Lembrando que os dois primeiros colocados da Taça Santos Dumont levam vantagem de jogar por dois resultados agregados iguais, além de decidir a segunda partida em casa.

Os dois finalistas disputam o título e a vaga do acesso na Série A do Carioca em 2026. A data prevista para o início da Série A2 é dia 17 de maio.

A primeira rodada da Taça Santos Dumont terá os seguintes confrontos: São Gonçalo x Americano; Araruama x Pérolas Negras; América x Cabofriense; Audax Rio x Resende; Duque de Caxias x Petrópolis e Olaria x Bangu.

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    Presidente do Conselho Deliberativo, Juca fez elogios à gestão durante o seu discurso (Fotos: Rafael Seabra / NFFC)

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    Reunião contou com a presença de dirigentes e membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal (Fotos: Rafael Seabra / NFFC)

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    Em mais um ano à frente do Nova Friburgo, Bachini tem as contas aprovadas de forma unânime (Fotos: Rafael Seabra / NFFC)

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Reciclagem: Transformando resíduos em recursos sustentáveis

terça-feira, 08 de abril de 2025

Opa! Tudo verde? Bora pra mais uma Prosa Sustentável!

Opa! Tudo verde? Bora pra mais uma Prosa Sustentável!

      Hoje, discutiremos a reciclagem, que é um processo fundamental para a sustentabilidade ambiental, econômica e social, no qual materiais descartados são coletados, separados e processados para serem reintroduzidos no ciclo produtivo como matéria-prima. Por exemplo, garrafas plásticas podem ser recicladas para criar novos produtos, como roupas feitas de poliéster reciclado ou mobiliário urbano. No entanto, apesar dos benefícios evidentes da reciclagem, ainda persistem alguns mitos em torno desse cenário. Um dos mitos mais comuns é a ideia de que a reciclagem não faz diferença ou é muito trabalhosa. Na verdade, a reciclagem pode reduzir significativamente a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários e contribuir para a conservação de recursos naturais.

      O mercado da reciclagem é vasto e está em constante crescimento. Com o aumento da conscientização ambiental e regulamentações mais rigorosas, o setor de reciclagem está se expandindo rapidamente. Além disso, a transição para uma economia circular, na qual os materiais são reutilizados e reciclados continuamente, está impulsionando ainda mais o crescimento do mercado de reciclagem.

       A reciclagem é essencial para mitigar os impactos negativos da produção e do consumo desenfreados no meio ambiente. Ao reciclar, reduzimos a demanda por recursos naturais, economizamos energia, reduzimos a poluição e evitamos a acumulação de resíduos em aterros sanitários. Todos esses benefícios contribuem para a preservação dos ecossistemas e a manutenção do equilíbrio ambiental.

       As pessoas mais beneficiadas com o setor de reciclagem são aquelas que vivem em comunidades próximas a aterros sanitários e áreas industriais. A reciclagem pode criar empregos locais, melhorar a qualidade do ar e da água e reduzir os impactos negativos da disposição inadequada de resíduos. Além disso, a reciclagem pode gerar renda para catadores informais e cooperativas de reciclagem, proporcionando oportunidades de subsistência para comunidades marginalizadas.

 

         Diferença entre reciclagem e reutilização

         A reciclagem envolve o processamento de materiais descartados para criar novos produtos ou materiais. Por exemplo, garrafas de vidro podem ser recicladas para produzir novas garrafas ou outros produtos de vidro. Já a reutilização refere-se à prática de utilizar um item novamente sem modificá-lo significativamente. Por exemplo, uma garrafa de vidro pode ser reutilizada várias vezes ao ser lavada e enchida novamente com água ou outro líquido, sem passar por um processo de reciclagem.

       No Brasil, somente cerca de 3% do lixo gerado é efetivamente reciclado. Esse número reflete um desafio significativo em relação à gestão de resíduos e ao aproveitamento dos materiais descartados de forma sustentável. Em contraste, países como Alemanha, Suíça e Áustria alcançam taxas de reciclagem de resíduos sólidos urbanos de mais de 50%. Esses países implementaram políticas robustas de gestão de resíduos, educação ambiental e infraestrutura adequada para facilitar a coleta seletiva, separação e reciclagem de materiais.

      Por exemplo, na Alemanha, o sistema de "duplo-bin" (duas lixeiras separadas para resíduos orgânicos e recicláveis) é amplamente adotado e incentivado, enquanto na Suíça, as taxas de reciclagem são impulsionadas por incentivos financeiros e campanhas de conscientização pública. Esses exemplos destacam a importância de políticas abrangentes e investimentos em infraestrutura para aumentar as taxas de reciclagem e promover uma economia circular mais eficiente.

       A mensagem sobre a importância da reciclagem começou a ganhar destaque no final do século 20, à medida que as preocupações com o meio ambiente e a sustentabilidade aumentaram globalmente. Isso representou um fortalecimento da economia ao criar novas oportunidades de negócios e empregos na indústria da reciclagem. Além disso, a reciclagem faz parte de um modelo econômico mais sustentável, conhecido como economia circular, que busca minimizar o desperdício e maximizar o uso eficiente dos recursos.

 

Dicas para reciclar

1. Separe corretamente os resíduos em casa, utilizando recipientes separados para papel, plástico, vidro e metal.

2. Esteja atento aos símbolos de reciclagem nas embalagens e siga as orientações locais de reciclagem.

3. Reduza o consumo de produtos descartáveis e opte por itens duráveis e reutilizáveis sempre que possível.

4. Procure comprar produtos feitos com materiais reciclados e apoie empresas que adotam práticas sustentáveis.

5. Participe de programas de reciclagem comunitários e eventos de coleta de resíduos para garantir que seus materiais recicláveis sejam corretamente processados e reintroduzidos no ciclo produtivo.

Tudo verde sempre!

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A Voz da Serra — 80 anos

terça-feira, 08 de abril de 2025

No seu aniversário de oitenta anos vale a pena convidá-lo para uma prosa, apenas para falar da sua vida em um lugar tão especial para nós que vivemos aqui, entre árvores, montanhas e rios. Em uma região abençoada pela beleza, pelo povo simples e guerreiro, que constrói sua vida dia a dia; cada cidadão a seu modo. E, desde que você nasceu foi se espalhando pelas ruas da cidade, flanando como borboleta pelo quotidiano, escrevendo matérias sobre os acontecimentos. Expondo a competência de ser imprensa.

No seu aniversário de oitenta anos vale a pena convidá-lo para uma prosa, apenas para falar da sua vida em um lugar tão especial para nós que vivemos aqui, entre árvores, montanhas e rios. Em uma região abençoada pela beleza, pelo povo simples e guerreiro, que constrói sua vida dia a dia; cada cidadão a seu modo. E, desde que você nasceu foi se espalhando pelas ruas da cidade, flanando como borboleta pelo quotidiano, escrevendo matérias sobre os acontecimentos. Expondo a competência de ser imprensa.

Você é um periódico que faz parte da ciranda de Friburgo. É incansável. Todos os dias, faz a notícia brotar como se fosse uma fonte de narrativas, informações e alertas. Assim sendo, a coletividade, composta de pessoas de todas as idades, já se acostumou em abrir suas páginas para saber das atualidades, refletir e comentar os acontecimentos. Também se emocionar. Tê-lo nas mãos é um hábito que está enroscado nos leitores de vários grupos sociais e culturais. O mundo está aqui através dos povos que participaram da história da região, fazendo com que suas palavras sejam interpretadas de diferentes maneiras.

Seus jornalistas, com motivação, acompanharam os desfiles que aconteceram ano após ano. Ao longo dos 80 anos, nunca deixaram de vibrar com o entusiasmo da população com a sua cultura e arte. Sempre participaram das feiras, divulgando seus produtos culinários e artesanais. Da mesma forma as peças teatrais e outros eventos, como palestras, cursos e exposições. Com orgulho falaram das pessoas que realizam feitos importantes para a vida dos friburguenses. Também criticaram e transpuseram para o texto seus sentimentos. Além de noticiarem nascimentos, aniversários e mortes.

Você é um jornal que coloca o friburguense diante da realidade, deixando que as palavras transbordem a vida no ponto mais alto da Serra do mar e onde a Mata Atlântica ainda é preservada. Sua equipe exala dedicação e esforços para fazer o seu melhor. São anos de trabalho árduo. Em sua voz não há silêncios; há inspiração.

Merecidamente, hoje é um dia a ser brindado. Aplaudido, inclusive, pela literatura posto que o jornalismo é um estilo literário de respeito, especialmente por suas colunas que recorrem às crônicas e aos curtos ensaios para serem elaborados.

Tenho orgulho de fazer parte de sua vida e comemorar seus oitenta anos!

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A VOZ DA SERRA - três décadas de lutas

sábado, 05 de abril de 2025

Edição de 5 e 6 de abril de 1975

Manchetes

Edição de 5 e 6 de abril de 1975

Manchetes

Três décadas de lutas – Este 7 de abril de 1975 é um marco indelével nos anais do jornalismo em Nova Friburgo. No afastado ano de 1945 surgia, para as lides do periodismo nacional, A VOZ DA SERRA, que agora completa seis lustros de serviços inestimáveis prestados à coletividade de nossa terra, cujos anseios de progresso sempre tiveram nela um arauto indormido, baluarte imbatível na defesa das boas causas, trincheira dos ideias da democracia e do nacionalismo mais externado, bandeira que jamais se abateu no fragor das batalhas em que se empenhou. O autor dessas linhas, um dos seus fundadores e seu primeiro diretor, foi convocado pela sua ilustre redação a dar um depoimento sobre como surgiu e como progrediu esse órgão de imprensa, sem dúvida um dos mais atuantes do jornalismo interiorano do Brasil.

Obrigado - Gente boa, leitores, assinantes, todos quantos nos prestigiam, semanalmente. Especialmente aqueles, comércio, indústria, profissionais liberais que estão conosco sempre com suas mensagens publicitárias, prestigiando A VOZ DA SERRA. Nesta edição especial, do nosso 30º ano de fundação, não sabemos como agradecer a todos aqueles que nos prestigiaram. Só podemos dizer uma coisa: Muito obrigado a todos! Não esqueceremos de todos os que nos prestigiam e nos prestigiaram neste nosso 30º aniversário.

Os 30 anos de Uma Voz - Por Dalva Ventura (Bloch Editores) - “Ele (meu pai, Américo Ventura) passava a maior parte de seu tempo batendo nas teclas de sua velha máquina de escrever. Uma Remington quase de museu. Batia com apenas dois dedos, numa rapidez que, se não chegava a surpreender, valia pela perfeição na construção das frases. Isso porque os períodos já vinham acabados de sua cabeça e só era necessário registrá-los no papel. Nunca o vi modificando um original e isso me deslumbra até hoje. Estou falando nele porque A Voz da Serra está para mim profundamente ligada ao seu nome. Desde menina partilhava da construção semanal do jornal, a seu lado. E embora esta participação nunca tivesse sido ativa, ela veio a influenciar toda a minha vida, sob todos os pontos de vista.

Nas sextas-feiras à tarde em geral, o jornal já estava pronto. E o nosso Ventura chegava em casa com um exemplar fresquinho, embaixo do braço, com um assobio mais feliz nos lábios. A cada novo número de A Voz da Serra ele sabia que tinha vencido, mais uma vez. Ele tinha orgulho do jornal que fazia. Sinto que ele amava intensamente o produto final daquele trabalho honesto e cuidadoso. Ele idealizava sua profissão e acreditava nela com força, tenho certeza que A Voz da Serra de seu tempo tinha como único objetivo o de servir a Friburgo. Chegava a constituir de certa forma uma formação de opinião na cidade, estando preso unicamente a posição de seu diretor: opinião honesta, íntima e real.” 

Sociais

Neste dia especial A VOZ DA SERRA completado o seu 30º aniversário. Nosso primeiro número surgiu exatamente no dia 7 de abril de 1945. Junto com A VOZ DA SERRA, festejam aniversário também Sônia Cristina, Alfredo Almeida e Romélia Felga (7); Elias Caputo e Hebe El-Jaick (8); Marly de Assis e Elza Cortês (9); Ezídio Silva e Rejane Lafayte (10); César Guinle, Reny Dessanti, Maria Ângela e Tânia Angela (11); Jayme Segal, Afrânio Veiga, Manoel Carneiro e Yolanda Meconi (12); Laura Milheiros, Edith Pinheiro e Luzia Maria (13).

  • Pesquisa da estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim

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