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A escrita criativa e a voz narrativa

terça-feira, 19 de agosto de 2025

O encontro com a nossa criatividade acontece quando ainda somos bebês e brincamos com as nossas mãos e pés. Sem nada para fazer no berço e ainda com os movimentos limitados, a criança começa a inventar modos de brincar com o corpo e a própria voz ao balbuciar, gritar, chorar e rir. A cada momento, um movimento e um som vão sendo descobertos. E, por aí vai, dias a fio, o bebê começa a fazer coisas que nunca fez, deixando a criatividade despontar.

O encontro com a nossa criatividade acontece quando ainda somos bebês e brincamos com as nossas mãos e pés. Sem nada para fazer no berço e ainda com os movimentos limitados, a criança começa a inventar modos de brincar com o corpo e a própria voz ao balbuciar, gritar, chorar e rir. A cada momento, um movimento e um som vão sendo descobertos. E, por aí vai, dias a fio, o bebê começa a fazer coisas que nunca fez, deixando a criatividade despontar.

A criatividade é o mais profundo e autêntico elo com o mundo. Segundo Piaget, a infância é um tempo dourado para descobrir novas formas de ser e fazer, quando a criança enfrenta o desconhecido. São experiências difíceis que alimentam o potencial criativo existente em cada um de nós. O escritor americano Lyman Frank Baum, em “O Mágico de Oz”, nos diz que a verdadeira coragem está em enfrentar o perigo quando estamos com medo.

Superar o medo para mergulhar no desconhecido é um aprendizado. Para Donald W. Winnicot, pediatra e psicanalista inglês, a estrutura emocional é de fundamental importância para o desenvolvimento da criatividade, o ponto de partida para o viver de modo criativo e o fazer artístico.

Os pontos de encontro entre o indivíduo e o mundo são os seis sentidos: visão, audição, olfato, paladar, tato e intuição. São exatamente nessas interseções que nasce a escrita criativa: produção de textos de modo original e imaginativo. É decorrente do processo de construção da identidade individual o momento em que o escritor supera suas barreiras limitantes, liberta-se de suas restrições (como o medo de expor suas ideias através de palavras) e quebra as garras confinantes adquiridas ao longo da vida. Ele, então, devagar, de palavra em palavra, frase em frase, texto em texto, põe-se a aprender a ouvir a própria voz narrativa. É um longo e magistral aprendizado. Haja coragem e paciência para imaginar e pensar, construir ideias, escrever e reescrever.

O escritor pode experimentar vários estilos criativos, da poesia ao conto, do romance ao microconto, da crônica ao texto jornalístico, do texto dramatúrgico ao roteiro. Mas o primeiro passo é aprender a adentrar o próprio imaginário, permitindo-se escutar ideias oriundas do mundo da fantasia. É um modo de comunicação que o escritor estabelece consigo ao dialogar com suas ideias, carregadas de afetos significantes, com seus conhecimentos adquiridos e suas experiências. É o direito que ele se dá para pensar com liberdade, lidar com os próprios preconceitos, conhecer seus monstros e fadas, experimentar o uso da linguagem convencional e não convencional.

Sim, é um longo primeiro momento cheio de expectativas e espantos. É o mesmo que colocar a cara para fora das cortinas antes do espetáculo começar. Pode ser, simultaneamente, prazeroso e assustador. São momentos em que a vida ao redor se silencia para dar vazão à voz interior. Inclusive para conhecê-la. Primeiramente com cerimônia até conseguir desnudá-la. A seguir conhecê-la e aceitá-la não como nem boa ou ruim, bela ou feia, inteira ou repartida, mas como a própria voz! 

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA tem sempre uma diretriz para o dia a dia da gente

terça-feira, 19 de agosto de 2025

No ambiente familiar sempre tivemos cães. Dos gatos eu mantinha certa distância. Porém bastou minha filha, Fernanda, adotar um deles e a indiferença se dissipou. Logo de início, o bichano ganhou uma crônica intitulada “Alguém para chamar de amor”. E, gradativamente, José Bonito, o Fubá, não só ganhou todos os espaços da casa, mas dos nossos corações. Agora eu digo: gato, só não gosta quem não tem! Aliás, seja lá qual for a espécie, é só adotar e se apaixonar.

No ambiente familiar sempre tivemos cães. Dos gatos eu mantinha certa distância. Porém bastou minha filha, Fernanda, adotar um deles e a indiferença se dissipou. Logo de início, o bichano ganhou uma crônica intitulada “Alguém para chamar de amor”. E, gradativamente, José Bonito, o Fubá, não só ganhou todos os espaços da casa, mas dos nossos corações. Agora eu digo: gato, só não gosta quem não tem! Aliás, seja lá qual for a espécie, é só adotar e se apaixonar. O Caderno Z nos trouxe o tema que é puro encantamento – “Pets – paixão nacional que atua de forma positiva nas famílias multiespécies”.

Em realce, a nova formação familiar entre pessoas e seus pets, numa tendência mundial, inclusive. Muitas vezes, esses agregados “são colocados na posição de filhos”. Mas isso está virando um procedimento comum, pois os temos como membros da família. Conversamos e eles nos entendem. Os cães, principalmente, respondem de forma instantânea aos comandos, mesmo que não tenham sido adestrados.

O fato é que já está mais do que provado que animais de estimação fazem bem aos humanos. Muito mais até do que nós a eles. São de uma fidelidade ímpar. É mais do que natural, “pessoas que falam com seus pets como se fossem gente”. Nosso próprio entendimento nos dá o feedback que queremos ouvir e isso inclui “sociabilidade, instinto de cuidado, simplicidade, empatia, criatividade e imaginação”.

Quanto ao hábito de humanização dos pets, nada contra, desde que isso não interfira nas características essenciais do animal. Alexandre Rossi, especialista no assunto, explica que “os pets são animais com necessidades e instintos próprios. Ou seja, apesar do seu cachorro ser o seu filho, ele continua sendo um cachorro, ele é de outra espécie”.

A doutora Isabela Ciniello, oftalmologista ressalta: “Seu pet merece cuidados médicos, também amor, atenção e um ambiente feito para ele”. Com tratamentos avançados, muito além do básico habitual, “na terapia multiespécies acessamos o campo invisível entre o tutor e o pet para ouvir o que não dito. Vamos até a raiz do sintoma trazendo equilíbrio para a família humana e animal. É mais do que uma sessão, é um reencontro. Se seu pet está tentando dizer algo, vamos escutar juntos?”, convida Isabela. Ter abrangência nos cuidados requer também alimentação saudável e a PetFarma é mais do que uma loja especializada. “É um espaço de cuidado, respeito e confiança, onde cada cliente e cada animal são tratados como parte da nossa família”. Que beleza!

Cientes de nosso dever no trato com os bichinhos de estimação, numa outra extremidade da gangorra social estão crianças merecendo toda atenção e cuidados “para impedir a exploração infantil e garantir um ambiente digital seguro”. A psicóloga Thatiana Erthal explica que “o fenômeno de adultização é um processo de antecipar papéis e responsabilidades para os quais crianças e adolescentes ainda não estão preparados”. Realmente estamos à mercê de uma reviravolta desenfreada. Já tem sido comum observar crianças de 9, 10 anos de idade com atitudes e reações que caracterizaram os adolescentes de 15, 16 anos dos anos 90. Entre propostas de regulamentação de leis para uso das redes sociais, o elemento fundamental é a família e a doutora Thatiana recomenda: “Conversar com os filhos, não para dar sermões, mas para ouvir o que pensam e sentem. É preciso se aproximar com humildade para conhecer de verdade quem está em formação...”. Os resultados podem surpreender.

Quanto ao uso de chupetas para jovens no combate ao estresse, caso que ganhou destaque nas redes sociais, como foi explicado, pode ser modismo de redes sociais ou fuga para tratar problemas emocionais. De qualquer forma, precisa receber atenção e cuidados clínicos.

Em tempo, um viva muito especial para a querida Marly Pinel, aniversariante da próxima quinta-feira, 21. A ela desejamos muitos carnavais, muitas luzes e saúde para bem aproveitar tudo de bom que a vida disponha em seus caminhos. Felicidades, amiga!

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Papa: agir segundo a verdade

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Em sua reflexão, antes da oração do Angelus em Castel Gandolfo, Leão XIV lembrou que “agir na verdade custa, porque no mundo há quem escolha a mentira” e convidou os fiéis “a não responder à prepotência com vingança”.

Após presidir a Santa Missa em Albano Laziale na manhã do último  domingo, 17, o Papa Leão XIV dirigiu-se à Piazza della Libertà, em Castel Gandolfo, onde cumpre o seu período de descanso estivo, para encontrar milhares de fiéis e peregrinos e rezar com eles a oração mariana do Angelus.

Em sua reflexão, antes da oração do Angelus em Castel Gandolfo, Leão XIV lembrou que “agir na verdade custa, porque no mundo há quem escolha a mentira” e convidou os fiéis “a não responder à prepotência com vingança”.

Após presidir a Santa Missa em Albano Laziale na manhã do último  domingo, 17, o Papa Leão XIV dirigiu-se à Piazza della Libertà, em Castel Gandolfo, onde cumpre o seu período de descanso estivo, para encontrar milhares de fiéis e peregrinos e rezar com eles a oração mariana do Angelus.

Na sua meditação, o Santo Padre comentou o Evangelho do 20º Domingo do Tempo Comum (cf. Lc 12, 49-53), sublinhando que a missão de Cristo e a dos seus discípulos não está livre de contradições: “Hoje, o Evangelho apresenta-nos um texto exigente, no qual, com imagens fortes e grande franqueza, Jesus diz aos discípulos que a sua missão, e também a dos que o seguem, não é só ‘um mar de rosas’, mas é ‘sinal de contradição’ (cf. Lc 2, 34).”

Em seguida, o Papa recordou que a própria vida de Jesus é marcada pela rejeição e perseguição, apesar da mensagem de amor e justiça que anunciava. Assim também viveram as primeiras comunidades cristãs descritas nos Atos dos Apóstolos, pacíficas mas alvo de hostilidade.

 

Perseverança na verdade

O pontífice destacou que o bem nem sempre encontra acolhimento, mas pode gerar resistência e perseguição. Por isso, exortou à perseverança:

“Agir segundo a verdade tem um custo, porque no mundo há quem opte pela mentira e porque o diabo, aproveitando-se disso, muitas vezes procura impedir a ação dos bons. Jesus, porém, convida-nos, com a sua ajuda, a não desistir e a não nos conformarmos com esta mentalidade, mas a continuar a agir em prol do nosso bem e do bem de todos, mesmo de quem nos faz sofrer. Ele convida-nos a não responder à prepotência com a vingança, mas a permanecer fiéis à verdade na caridade. Os mártires dão testemunho disso derramando o seu sangue pela fé, mas também nós, em circunstâncias diferentes e de outro modo, os podemos imitar.”

 

O testemunho quotidiano

Leão XIV recordou que seguir a verdade exige sacrifícios também na vida cotidiana. Pais que educam os filhos, professores que formam seus alunos, profissionais e políticos que agem com honestidade: todos são chamados a pagar o preço da coerência evangélica, e evocou as palavras de Santo Inácio de Antioquia, que a caminho do martírio em Roma escreveu: "Não quero que sejais estimados pelos homens, mas por Deus; Prefiro morrer em Cristo Jesus a reinar sobre todos os confins da terra."

Por fim, o Santo Padre confiou todos à proteção de Nossa Senhora: “Peçamos a Maria, Rainha dos Mártires, que nos ajude a ser, em todas as circunstâncias, testemunhas fiéis e corajosas do seu Filho, e sustenha os nossos irmãos e irmãs que hoje sofrem pela fé,” concluiu.

Fonte: Vatican News

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Megaeventos e o impacto ambiental: entre a festa e a pegada ecológica

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Opa! Tudo verde? Bora para mais uma prosa sustentável!

Grandes eventos culturais, esportivos e de inovação são motores da economia e da cultura contemporânea. Eles atraem multidões, movimentam cadeias produtivas, promovem cidades no cenário internacional e geram oportunidades de negócios. Mas, por trás da grandiosidade do espetáculo, está uma questão urgente: o impacto ambiental deixado após o fechamento de um novo negócio, o último aplauso ou o encerramento das luzes do palco.

Opa! Tudo verde? Bora para mais uma prosa sustentável!

Grandes eventos culturais, esportivos e de inovação são motores da economia e da cultura contemporânea. Eles atraem multidões, movimentam cadeias produtivas, promovem cidades no cenário internacional e geram oportunidades de negócios. Mas, por trás da grandiosidade do espetáculo, está uma questão urgente: o impacto ambiental deixado após o fechamento de um novo negócio, o último aplauso ou o encerramento das luzes do palco.

O Carnaval do Rio de Janeiro de 2024, por exemplo, ilustra bem esse contexto. Foram mais de sete milhões de foliões e cerca de R$ 5,3 bilhões injetados na economia da cidade, segundo a prefeitura. Porém, a festa também resultou em toneladas de resíduos nas ruas, exigindo mutirões de limpeza e gerando questionamentos sobre a sustentabilidade de uma celebração dessa magnitude.

O Rock in Rio 2022, outro ícone do entretenimento brasileiro, recebeu 700 mil pessoas em sete dias e gerou aproximadamente 300 toneladas de resíduos sólidos, de acordo com a Comlurb. Já a Copa do Mundo de 2014, sediada no Brasil, foi um marco histórico tanto em público quanto em impacto ambiental: a Fifa estimou uma pegada de 2,7 milhões de toneladas de CO equivalente, principalmente devido ao transporte aéreo.

Mais recentemente, o Rio Innovation Week 2025, considerado o maior evento de inovação e tecnologia da América Latina, mostrou que mesmo em ambientes voltados para o futuro, os desafios ambientais persistem. O evento demandou alto consumo de energia para alimentar palcos, ativações tecnológicas e exposições, além de gerar grande volume de resíduos pela circulação de milhares de visitantes, startups e expositores. O deslocamento internacional e nacional de participantes também contribuiu para o aumento das emissões de gases de efeito estufa.

 

Onde estão os impactos

Os efeitos ambientais de eventos dessa escala podem ser resumidos em quatro frentes principais:

  • Resíduos sólidos: copos plásticos, embalagens de alimentos, garrafas PET, cenários descartados e materiais promocionais representam uma parte significativa do impacto.
  • Emissões de gases de efeito estufa: ligadas principalmente ao transporte aéreo e terrestre de público, artistas, equipes e equipamentos.
  • Demanda energética: palcos, iluminação, sonorização e climatização dependem, em grande parte, de fontes fósseis.
  • Uso da água: banheiros químicos, alimentação, limpeza e manutenção elevam o consumo hídrico.

 

Caminhos para a mudança

Apesar dos desafios, os grandes eventos estão se transformando em laboratórios de inovação sustentável. O Rock in Rio é um exemplo emblemático, com a implementação de copos reutilizáveis, logística reversa e programas de compensação de carbono. O Lollapalooza Brasil adota medidas de incentivo ao transporte coletivo e parcerias para a coleta seletiva.

Nesse movimento, empresas especializadas em soluções ambientais vêm se destacando. Adriana Santos, diretora da EcoModas, ressalta a importância de unir forças com produtores de eventos para dar nova vida aos materiais: “A EcoModas busca atuar em parcerias com organizadores para dar uma destinação ambientalmente correta às lonas de comunicação utilizadas nos eventos. Ao invés de virarem lixo de alta resistência e impacto, elas podem se transformar em bolsas, estojos e outros produtos sustentáveis, gerando valor social, econômico e ambiental”, afirma Adriana complementando que a empresa já ajudou a ressignificar mais de sete toneladas de lonas em novos produtos e brindes corporativos ecológicos.

Além desse tipo de prática, soluções como geradores a biodiesel, painéis solares temporários, programas de compostagem, reuso de água e digitalização de ingressos vêm sendo adotadas por produtores de eventos mais conscientes para reduzir a pegada ambiental.

 

O papel educativos dos megaeventos

Segundo especialistas, a força dos megaeventos não está apenas na sua capacidade de gerar entretenimento ou negócios, mas também em sua influência sobre a sociedade. Quando milhares ou milhões de pessoas presenciam práticas sustentáveis em um festival ou feira, a mensagem se torna pedagógica.

O debate é claro: os megaeventos não podem ser vistos apenas como celebrações passageiras. Eles representam grandes operações logísticas com impactos duradouros, mas também oportunidades únicas de disseminar novas práticas ambientais.

Seja no sambódromo, nos estádios, nas arenas de shows ou nos centros de convenções, o desafio do futuro é transformar cada espetáculo em uma experiência não apenas grandiosa e tecnológica, mas também responsável, inclusiva e ambientalmente sustentável.

Até a próxima!

Saudações sustentáveis e tudo verde sempre!

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Não deu...

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Edson Barboza sofre derrota em nova luta pelo UFC 

Em seu retorno à categoria dos leves (até 70,3kg), após seis anos, Edson Barboza não conseguiu derrotar o seu oponente. No peso em que brilhou por muitos anos durante a trajetória pelo Ultimate, o lutador de Nova Friburgo travou uma grande batalha contra Drakkar Klose, mas acabou derrotado na decisão unânime dos juízes, no último sábado (16), no card principal do UFC 319, realizado em Chicago (EUA).

Edson Barboza sofre derrota em nova luta pelo UFC 

Em seu retorno à categoria dos leves (até 70,3kg), após seis anos, Edson Barboza não conseguiu derrotar o seu oponente. No peso em que brilhou por muitos anos durante a trajetória pelo Ultimate, o lutador de Nova Friburgo travou uma grande batalha contra Drakkar Klose, mas acabou derrotado na decisão unânime dos juízes, no último sábado (16), no card principal do UFC 319, realizado em Chicago (EUA).

O friburguense de 39 anos chegou a balançar, mas mostrou novamente o seu espírito guerreiro e resistiu a momentos difíceis. Porém, sofreu sua segunda derrota consecutiva no octógono e agora soma um cartel de 24 triunfos e 13 reveses. Drakkar, por sua vez, volta a vencer em sua primeira luta em 2025. Aos 37, o norte-americano conta com um cartel de 16 resultados positivos e três negativos, além de um empate.

O primeiro round foi equilibrado, e Barboza foi bem. Acertou bons golpes junto à grade e conseguiu controlar a luta, sem deixar o adversário crescer. Na reta final, contudo, acusou ter recebido uma cabeçada que o fez balançar.

Um chute rodado, seguido por um forte direto de direita, quase levaram Edson a ser nocauteado por Klose em pé. O norte-americano parou de golpear e quis cansar o friburguense na grade. A luta voltou em pé e no centro do octógono, ficou franca - como geralmente são os combates envolvendo Edson - e ambos os lutadores trocaram fortes golpes. Edson também já tinha um olho quase fechado, causado pelos socos do adversário.

O terceiro assalto marcou a mudança de postura de Edson, que acertou as pernas, embora já demonstrando, naturalmente, alguns sinais de cansaço. O friburguense trabalhava os giros no octógono e era atingido por Klose, que andava pra frente e parecia chegar perto do nocaute em vários momentos. Ao final do combate, o público reconheceu a qualidade da luta e aplaudiu ambos os lutadores.

 

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Tradição de volta

Bangu bate São Gonçalo, conquista Série A2 do Carioca e retorna à elite em 2026

O Bangu está de volta à primeira divisão do Campeonato Carioca. Rebaixado no início deste ano, o alvirrubro não ficará uma temporada sequer longe da elite, pois venceu o São Gonçalo por 2 a 1 neste domingo, no estádio Luso-Brasileiro, e conquistou o título da Série A2 — Mauro Silva e PK marcaram, e Marcelinho descontou. Como também venceu o jogo de ida da final, por 1 a 0, na última quarta-feira, ficou com a taça.

O regulamento do Estadual permite que a equipe rebaixada na primeira divisão volte no mesmo ano se conquistar a segunda — apenas o campeão consegue o acesso. Isso já aconteceu, por exemplo, com o Volta Redonda, em 2022. Esse era o principal objetivo da diretoria do time da Zona Oeste, para não prolongar a estadia na divisão inferior.

O time demorou a engrenar na primeira fase da A2, na qual os 12 participantes se enfrentaram em 11 rodadas e apenas os quatro primeiros avançavam à semifinal, mas fez ótima segunda metade de competição: terminou os últimos seis jogos de maneira invicta. Assim, encerrou na segunda colocação, com 16 pontos, atrás apenas do líder, o próprio São Gonçalo, com 19, avançando à semifinal e, posteriormente, à grande decisão.

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    Duelo teve momentos de equilíbrio, mas Klose foi mais efetivo nos goles e venceu Barboza legendas (Créditos: Ed Mulholland / Colaborador / Getty Images)

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    Lutador de Nova Friburgo resistiu a golpes, fez luta franca, mas saiu derrotado (Créditos: Ed Mulholland / Colaborador / Getty Images)

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O retorno

sábado, 16 de agosto de 2025

Na antiga categoria, Edson Barboza volta a lutar pelo UFC neste sábado

Foi um longo hiato, mas ele está de volta à antiga categoria. Após seis anos longe dos leves (até 70,3kg), Edson Barboza está de volta ao peso em que brilhou por muitos anos durante trajetória pelo Ultimate. Aos 39 anos, o lutador de Nova Friburgo deixou de lado o sonho de se tornar campeão dos penas (até 65,7kg) e vai enfrentar Drakkar Klose, no UFC 319. O evento acontece neste sábado, 16 de agosto.

Na antiga categoria, Edson Barboza volta a lutar pelo UFC neste sábado

Foi um longo hiato, mas ele está de volta à antiga categoria. Após seis anos longe dos leves (até 70,3kg), Edson Barboza está de volta ao peso em que brilhou por muitos anos durante trajetória pelo Ultimate. Aos 39 anos, o lutador de Nova Friburgo deixou de lado o sonho de se tornar campeão dos penas (até 65,7kg) e vai enfrentar Drakkar Klose, no UFC 319. O evento acontece neste sábado, 16 de agosto.

Como noticiou A VOZ DA SERRA, Nova Friburgo terá um evento especial, inclusive com a transmissão da luta de Edson. O “Nova Friburgo In Fight” será realizado a partir das 16h, a Praça Dermeval Barbosa Moreira, que irá receber um tatame aberto para treinos e apresentações nas modalidades jiu-jitsu, muay thai, MMA, boxe, defesa pessoal e outras artes marciais. O público-alvo do evento, Promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, são os integrantes de projetos sociais, alunos e atletas de academias de artes marciais e a população em geral interessada no universo da lutas.

Recuperado de lesão sofrida recentemente, o atleta friburguense é apontado como ligeiro favorito nas casas de apostas para o duelo contra norte-americano. Aos 39 anos, Edson busca retornar ao caminho das vitórias após derrota sofrida para Lerone Murphy. Não mais pertencente ao top 15 dos penas, categoria à qual deixa de lado neste momento, o lutador destaca que seu desejo sempre será se tornar campeão, independente da idade ou momento da carreira.

O atleta de Nova Friburgo estava escalado para o evento de 22 de fevereiro deste ano, quando enfrentaria Steve Garcia, mas o duelo acabou cancelado. Conhecido pela especialidade na luta em pé, Barboza conta, atualmente, com 13 vitórias por nocaute em sua carreira.

Vivendo situação semelhante, Klose também foi derrotado em sua última aparição, quando teve sequência de quatro vitórias seguidas interrompida por Joel Alvarez. De contrato renovado, o veterano da organização se prepara para sua 13ª aparição no octógono. Barboza é o segundo brasileiro que Drakkar enfrenta no MMA.

O UFC 319 será sediado em Chicago (EUA), e será aberto com a luta entre a brasileira Karine Silva contra a americana JJAldrich pela categoria peso mosca feminino. A também brasileira Jéssica Andrade vai encarar a mexicana Loopy Godinez na categoria peso palha feminino; Diego Ferreira enfrenta o americano King Green pela categoria peso leve masculino; e Carlos Prates duela contra o americano Geoff Neal na categoria peso médio masculino. A luta principal da noite será a disputa de cinturão entre o sul-africano Dricus Du Plessis e o emiradense Khamzat Chimaev pela categoria peso médio.

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    Novo desafio do friburguense já encarou outro brasileiro em sua trajetória no MMA (Foto: Reprodução X)

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    Recuperado de lesão, Barboza volta à categoria em que brilhou para mais um confronto pelo UFC (Foto: Divulgação UFC)

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Júri dos irmãos Azevedo confirmado para setembro

sábado, 16 de agosto de 2025

Edição de 16 e 17 de agosto de 1975

Manchetes

Júri dos irmãos Azevedo confirmado para setembro – Está confirmado para este dia 3 de setembro de 1975, às 13h, no Palácio da Justiça de Niterói, o julgamento dos irmãos Paulo, Rodolfo e Gilberto Azevedo, acusados da morte de Guido Daflon, ocorrida em 31 de agosto de 1973 na Câmara Municipal. A capacidade do Palácio da Justiça é de 300 pessoas. A Rádio Nova Friburgo fará flashes do julgamento que deverá durar, pelo menos, três dias. 

Edição de 16 e 17 de agosto de 1975

Manchetes

Júri dos irmãos Azevedo confirmado para setembro – Está confirmado para este dia 3 de setembro de 1975, às 13h, no Palácio da Justiça de Niterói, o julgamento dos irmãos Paulo, Rodolfo e Gilberto Azevedo, acusados da morte de Guido Daflon, ocorrida em 31 de agosto de 1973 na Câmara Municipal. A capacidade do Palácio da Justiça é de 300 pessoas. A Rádio Nova Friburgo fará flashes do julgamento que deverá durar, pelo menos, três dias. 

Sesc dá Festival de Poesia - O Sesc – Serviço Social do Comércio, pela sua coordenação de atividades de Nova Friburgo, promove no auditório do Senai, a escolha da poesia que defenderá Friburgo no IV Festival de Poesias do Sesc, que será realizado, em edição estadual, em Niterói, em breve. Este Festival de Poesia do Sesc é uma continuação dos cinco festivais anteriores, os quais já constituíram uma tradição e, também, uma das melhores promoções artísticas do Estado.

Feliciano em atividade: Estado garante pavimentação em Amparo e Teodoro de Oliveira – O deputado Feliciano Costa está em grande atividade na Assembléia Constituinte apresentando inúmeras proposições de real interesse para Nova Friburgo e todo o Centro-Norte fluminense. Um dos secretários do Governador do Estado, José Eduardo de Faria, enviou ofício a Feliciano no qual garante que as ligações de Nova Friburgo a Amparo e a Teodoro de Oliveira serão pavimentadas no presente exercício, atendendo ao pedido do deputado constituinte.

Olimpíada – Importante sobre todos os aspectos a realização da Olimpíada dos Industriários de Nova Friburgo. O fato merece todo o apoio e deve ser enaltecido. O detalhe esportivo e até secundário. A Olimpíada dos industriários marca a filosofia do humanismo, do diálogo, da reunião de ideias e de uma vontade cada vez mais marcante, da presença do homem diante da comunidade, do amor e do entretenimento.

Novo grupo vê televisão – O sr. Lair Macedo através deste seminário informa que um novo grupo está à frente para nova colocação de um transmissor à cores pela TV Rio, no Caledônia. Desta maneira ele agradece a todos que com ele colaboraram na fase preliminar para implantação de um novo transmissor adiantando ainda que os seus contratos estavam bastante adiantados. O sr. Lair Macedo agradeceu através de AVS as firmas Cadima, Produtos Regina, Unibanco, Fábrica Filó, Friburgo Automóveis, Ferragens Haga, Lealtex, Padaria Santo Antonio, Purina e Ensa.

Prefeito recua de obra em muro – Conforme declarações do vereador Geraldo Pinheiro à nossa reportagem, o prefeito Amâncio Mário de Azevedo, resolveu, por solicitação do referido vereador, determinar o rebaixamento do muro construído entre as ruas Bonfim (de acesso à Fábrica de Filó) e Souza Cardoso, uma obra que prejudicava a visão de motoristas que descem ou sobem, através daquelas duas artérias. O muro construído e já rebaixado por determinação do prefeito Amâncio de Azevedo, foi objeto de críticas deste jornal em nossa última edição e passou a ser cognominado popularmente como o “muro da vergonha”. O recuo do prefeito, e sua determinação de rebaixamento do muro, ocorreu após audiência concedida ao vereador Geraldo Pinheiro.

Messias quer Heródoto – O professor Messias de Moraes de Teixeira, um dos líderes da Arena local, declarou à nossa reportagem que não aceita e recusa termos da carta enviada ao diretório local da Arena, na qual o engenheiro Heródoto Bento de Mello antecipa sua decisão de não disputar as próximas eleições, como candidato da Arena ao cargo de prefeito municipal.

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Jorge Marques (15); Paulo Cezar, Eliana Lúcia, Ondinas Barboza e Alberto Luiz (16); Dorotéia Queiroz e Aline Moreira (17), José Maria e Caetano Campos (18); Messias Moraes, José Luiz, Alteli Vollu, Eike Kramm e Guilherme Marçal (19); Carla Liberato (20); Carolina Castro, Ricardo Ventura e Geraldo Pinheiro (21); Paulo de Souza, Verônica Villaça, Nicolau Noé e Olga Magliano (22).

  • Pesquisa da estagiária Laís Lima com supervisão de Henrique Amorim 

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Boa vontade

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Acreditar no ser humano até que ele demonstre que não é digno da sua confiança. Ter boa vontade até que reste comprovado que o destinatário das suas ações não é tão digno assim de recebê-las. Ter a intenção de ajudar, sem requisitar nada em troca (nem nas entrelinhas das segundas intenções). Dar de verdade, doado, porque sim. Sem dívida moral para acertar depois. Compartilhar prosperidade, sem contabilizar os créditos que sua boa ação pode te proporcionar. Fazer sem esperar retorno. Ensinar com a intenção de que aprendam. Aprender com a intenção de aprender mesmo.

Acreditar no ser humano até que ele demonstre que não é digno da sua confiança. Ter boa vontade até que reste comprovado que o destinatário das suas ações não é tão digno assim de recebê-las. Ter a intenção de ajudar, sem requisitar nada em troca (nem nas entrelinhas das segundas intenções). Dar de verdade, doado, porque sim. Sem dívida moral para acertar depois. Compartilhar prosperidade, sem contabilizar os créditos que sua boa ação pode te proporcionar. Fazer sem esperar retorno. Ensinar com a intenção de que aprendam. Aprender com a intenção de aprender mesmo.

Nem tudo vale dinheiro, nem tudo vale crédito, nem tudo vale nota na escala de valores de uma pessoa. Aliás, as coisas mais importantes da vida, nem coisas são. Frase repetida, mas cheia de razão.

Sabe quando alguém é honesto com você e chega a te comover? Quando você recebe um presente como demonstração de gratidão, sem interesse? Quando você é tão bem tratado que fica com vontade de levar aquele bem feitor da gentileza para casa? Quando as pessoas são tão solícitas que chegam a te constranger? Quando te oferecem colo e acalento e você não consegue nem aceitar? Quando te fazem tão bem que você chega a se emocionar? Quando as intenções das pessoas são genuinamente tão boas que chegamos a desconfiar? Então. Quando o lado bom da força transborda, por vezes fica até difícil conseguir lidar. Estranha realidade.

Por que dificultar a vida das pessoas à toa? Para quê criar obstáculos desnecessários? Por que se fazer temer para receber o respeito de alguém? Estamos na era da Luz. Nem todos os pingos dos “is” precisam estar milimetricamente em cima dos “is”. Cadê a flexibilidade? O jogo de cintura? O “borogodó”? Cadê a leveza? Le-ve-za.

Não estou me referindo aos jeitinhos, às trapaças, ao desejo de enganar as pessoas. Pelo contrário. Quero falar das pessoas que por pureza de espírito, por intenções positivas, fazem por amor, acreditam pela crença de que as pessoas podem ser verdadeiras, dão por dar, recebem por receber, e por aí vai. Essa lógica que deveria ser mais natural entre nós, humanos.

Pessoas não são números. Pais não estão sempre certos. Professores não sabem tudo. Desempregados não são malandros. Estrangeiros não vivem melhor. Relacionamentos não são sempre perfeitos. Trabalho não é martírio. Políticos não são todos corruptos. Todos os milionários não são felizes. Percebem?

Às vezes acho que estamos vivendo de exceções. Isso me inquieta. A pirâmide às vezes me parece invertida. A base, a massa, a maioria, deve ser composta pelo lado bom da força. Se me falam algo, acredito. Por que tenho que imaginar que a pessoa está mentindo? Se me tratam com gentileza, retribuo. Por que deveria imaginar que a intenção por trás dos gestos afáveis estão enrustindo uma intenção diversa? Se me pedem e eu posso fazer, eu faço. Por que deveria me recusar a ajudar alguém?

É tão comum escutarmos conselhos do tipo: “ não fique disponível”, “ a regra é não”, “não caia nessa conversa fiada”, “ não perca seu tempo ajudando”, “ faça o mínimo necessário”, “ não acredite nessas boas intenções”, “duvide até do espelho”, “não conte nada para ninguém”. Andamos tão armados. Tão fechados. Tão individualizados. Complexo. Talvez mais difícil fosse ser diferente disso.

Hoje em dia estamos sendo julgados, filmados, gravados, registrados. São tantos dedos apontados, tantas mentes fazendo juízo de valor sobre nossa postura. São tantas opiniões preconcebidas sendo extraídas exclusivamente das postagens das redes sociais, de uma fala isolada, de uma atitude excepcional em um dia ruim, de uma fofoca, de uma impressão negativa. Isso dificulta as relações mais naturais, mais reais, mais verdadeiras, com mais partilha e menos julgamento, com mais essência e menos forma. Será que o lado bom da força está enfraquecendo?

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Movimento

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Ministério do Esporte defende protagonismo e políticas por igualdade de gênero no esporte

Ministério do Esporte defende protagonismo e políticas por igualdade de gênero no esporte

A presença das mulheres no esporte é cada vez mais comum, tomando para elas todo o protagonismo que o talento lhes proporciona. No entanto, ainda existem alguns obstáculos a serem superados. O Ministério do Esporte esteve presente na audiência pública, realizada pela Comissão do Esporte do Senado Federal, para debater justamente os desafios enfrentados pelas mulheres no esporte brasileiro. O encontro reuniu atletas, dirigentes e representantes de entidades públicas, com foco na construção de políticas públicas que promovam a igualdade de gênero no esporte de alto rendimento.

A secretária Nacional de Excelência Esportiva do Ministério do Esporte, Iziane Marques, representou a pasta e destacou os esforços do governo para enfrentar barreiras históricas vividas por atletas mulheres, como a desigualdade salarial, a escassez de patrocínios, a invisibilidade midiática e a ausência de estrutura adequada.

“O debate sobre igualdade de gênero é, antes de tudo, sobre acesso, permanência e reconhecimento. Essas barreiras estruturais precisam ser enfrentadas com políticas públicas robustas e intersetoriais, que escutem as atletas e gestoras esportivas”, afirmou.

Iziane ressaltou iniciativas lideradas pelo Ministério do Esporte, como a ampliação do programa Bolsa Atleta, que passou a incluir gestantes e puérperas, e o programa Revelar Talentos, que estimula a presença feminina desde a base até a transição de carreira. “Estamos trabalhando para garantir que o esporte seja, de fato, um direito de todas. Isso inclui apoio à maternidade, infraestrutura adequada, acompanhamento multidisciplinar e incentivo à liderança feminina na gestão esportiva”, completou.

A secretária também destacou a representação feminina nos espaços de decisão dentro do órgão federal. “Precisamos garantir que as mulheres estejam não só nas quadras, piscinas e pistas, mas também nas comissões técnicas, nos conselhos e nos cargos de liderança. Essa transformação já começou dentro do próprio ministério, com mulheres à frente de áreas estratégicas como a Diretoria de Incentivo ao Esporte, a Certificação da Lei Pelé e a presidência da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD)”, destacou Iziane. A presidente da ABCD, Adriana Taboza, acompanhou do plenário as discussões.

Além do Ministério do Esporte, participaram da audiência representantes do Comitê Olímpico do Brasil (COB), e atletas históricas como Daiane dos Santos, Joanna Maranhão, Jaqueline Silva, Valeska dos Santos e Verônica Hipólito.

A atleta, Verônica Hipólito, representou o movimento paralímpico e ressaltou os desafios e as expectativas por um melhor cenário da mulher no esporte. “Sabemos o quanto é difícil o cenário para as mulheres dentro do esporte. E nós do movimento paralímpico temos além de lutar contra o machismo, precisamos lutar também contra o capacitismo. Eu espero um dia, inspirada em vocês, ser um dia voz de liderança dentro do CPB ou do movimento esportivo.”

Presidente da comissão, a senadora Leila Barros, enfatizou que, mesmo com avanços nas últimas décadas, as atletas ainda enfrentam barreiras que limitam o desempenho esportivo e o crescimento do país na formação de talentos.

“Falar sobre igualdade de gênero no esporte é reconhecer que, apesar dos avanços, ainda temos um longo caminho a percorrer para garantir às mulheres as mesmas oportunidades que historicamente têm sido concedidas aos homens. Suas vozes são fundamentais para que possamos formular políticas mais justas, eficientes e transformadoras”, concluiu.

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Secretária Nacional de Excelência Esportiva, Iziane Marques representou o Ministério do Esporte (Foto: Samy Sousa/MEsp)
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Vale prestigiar

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Nova Friburgo terá, em setembro, a primeira edição do Fricapoeira

A capoeira está presente na cultura brasileira e em Nova Friburgo diversos grupos preservam e disseminam essa tradição. Além das atividades regulares, com treinamentos e rodas em localidades do município, alguns eventos ajudam a reunir e mostrar para o público um pouco mais sobre a modalidade.

Nova Friburgo terá, em setembro, a primeira edição do Fricapoeira

A capoeira está presente na cultura brasileira e em Nova Friburgo diversos grupos preservam e disseminam essa tradição. Além das atividades regulares, com treinamentos e rodas em localidades do município, alguns eventos ajudam a reunir e mostrar para o público um pouco mais sobre a modalidade.

Nesse contexto, o grupo Integração Capoeira Unidos pela Arte vai promover a primeira edição do Fricapoeira, um festival com a presença de vários grupos do estado do Rio de Janeiro. Estão previstas trocas de graduação, formaturas e outras atrações durante o evento, a ser realizado no dia 28 de setembro, no Sindicato dos Têxteis de Nova Friburgo.

O grupo Integração Capoeira Unidos pela Arte vem desenvolvendo trabalhos na cidade com crianças, adolescentes e adultos. O comando é de Claudio Márcio Sobrinho Bittencourt, conhecido no mundo da capoeira como Mestre Ligeirinho, que se iniciou nesta modalidade, em 1989, em Nova Friburgo, e desde 1995 desenvolve os trabalhos de capoeira no município, em diversos espaços, como escolas, academias, entre outros.

Em sua trajetória, se formou professor de capoeira em 1997, na cidade vizinha de Cachoeiras de Macacu, e no ano de 2011, com a graduação de Mestrando, fundou o Centro Cultural Unidos pela Arte da Capoeira. Desde então, Ligeirinho contribui para formar alunos, graduados e professores. Em 2013 se formou em Mestre de Capoeira na cidade de Nova Friburgo.

A Capoeira

Expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular e música, a capoeira tornou-se ao longo dos anos uma importante ferramenta de inclusão social. Desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de outros movimentos.

Outra característica marcante, que a torna diferente de outras artes marciais, é a musicalidade: os praticantes aprendem também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Elementos suficientes para o reconhecimento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que tornou a roda de capoeira um bem cultural, em 2008.

A Confederação Brasileira de Capoeira (CBC) é um dos principais sistemas que organizam e unificam a graduação da capoeira. A graduação adotada pela CBC é feita por cordas seguindo as cores da bandeira nacional, e há alguns estágios a serem seguidos. O primeiro é o cordão verde (aluno), com permanência de um ano, seguindo pelo amarelo, azul, verde-amarelo, verde-azul, amarelo-azul, verde-amarelo-azul, branco-verde (tornando-se monitor); branco-amarelo (professor), branco-azul (contra-mestre) e o cordão branco, para mestre, título postulado pelo reconhecimento dos mestres mais antigos.

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    Grupo é comandado pelo Mestre Ligeirinho, que também está à frente da organização do Festival (Arquivo pessoal)

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    Há mais de 10 anos, o grupo Integração Capoeira Unidos pela Arte faz diferença na vida de crianças e adolescentes (Arquivo pessoal)

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    Expressão cultural brasileira, a Capoeira reúne pessoas de todas as idades e sexos nos treinos e eventos (Arquivo pessoal)

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