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A VOZ DA SERRA é uma embarcação com vistas para o futuro!

terça-feira, 10 de novembro de 2020

O Caderno Z parece um termômetro emocional e, por isso mesmo, ele sempre traz a dose exata de conforto para os leitores. É inegável que a pandemia do coronavírus nos trouxe um sentimento de tristeza, acompanhado de crises de ansiedade e de insegurança. Não só ficou difícil ver os sorrisos estampados nos rostos pelo uso das máscaras, mas a nossa alma foi afetada e o sorriso interior se congelou bastante.

O Caderno Z parece um termômetro emocional e, por isso mesmo, ele sempre traz a dose exata de conforto para os leitores. É inegável que a pandemia do coronavírus nos trouxe um sentimento de tristeza, acompanhado de crises de ansiedade e de insegurança. Não só ficou difícil ver os sorrisos estampados nos rostos pelo uso das máscaras, mas a nossa alma foi afetada e o sorriso interior se congelou bastante. Para amenizar a falta do sorrir, o tema do caderno enfatiza o poder de uma “boa risada”, que “ajuda a fortalecer nosso sistema imunológico, proporciona aumento de energia, reduz a sensação de dor, nos protege contra o estresse, melhora o sistema cardiovascular, respiratório e até digestivo”. E muita gente pode perguntar: mas rir de que com tantos problemas? Entra na resposta a máxima de Ariano Suassuna que enfrentava “a dura e fascinante tarefa de viver” com duas armas: “o riso a cavalo e o galope do sonho”.

A pedagoga e gerontóloga, Beatriz Rimes, que tem na sua especialidade  “melhorar o dia a dia dos idosos”, destaca a importância do bom humor, “mostrando que mesmo com as dificuldades naturais da idade, todos podem buscar a felicidade e independência”. O Projeto Ativa Idade, com a participação de profissionais atentos ao desgaste físico e mental, naturais do decorrer da vida, atua de forma “personalizada” para auxiliar os pacientes no enfrentamento do declínio cognitivo.

Já a ONG Doutores da Alegria atua em clínicas e hospitais, transformando o ambiente “pesado”, por meio do riso. O trabalho da ONG é intenso e reconhecido nacionalmente. Outro projeto - “Contagiando Sorrisos” - surgiu com a pandemia e é um movimento filantrópico que se constitui na confecção de máscaras com sorrisos estampados, passando uma sensação de alegria. Interessados confiram no site do projeto. O riso é um grande remédio!

Como o uso de máscaras será necessário por um longo período, pelo menos até que tenhamos uma vacina altamente confiável, os modelitos risonhos ajudarão na exuberância do seu visual. Em Nova Friburgo, já estamos quase na marca de quatro mil infectados pelo coronavírus, com 161 mortos. A bandeira continua amarela até o próximo dia 20. Ninguém deve abandonar os cuidados, porque a pandemia está aí, firme e forte.

Continuam os debates sobre como a educação foi afetada em 2020 e o secretário estadual de Educação, Comte Bittencourt, destaca que não há condições de reprovar os alunos neste ano e que o grande desafio da pasta é “combater a evasão escolar”.  Entretanto, o secretário municipal de Educação, Marcelo Verly, informou que a prefeitura ainda não definiu como será o processo de avaliação em Nova Friburgo. Aguardemos!

“Não importa que se pregue abertamente contra a democracia. Os que a combatem não podem, naturalmente, compreender as belezas e os nobres ideais dos democratas...” A frase, entre outras, está em “Há 50 Anos”, às vésperas das eleições de 1970. Ainda na coluna, chamava-se a atenção para o alto “custo de vida”, com uma sugestão: “já que as majorações terão de continuar, por que não ajustar os salários trimestralmente, mensalmente, permanentemente?” – Sonha, que os sonhos não cobram tarifas!

Com as eleições de 2020, no próximo domingo, 15, os candidatos ganharam mais tempo para a promoção de suas campanhas e muitas propostas são excelentes. A VOZ DA SERRA tem nos trazido um show de informações e agora, na reta de chegada, o eleitor já deve ter tirado suas conclusões. Mas, ninguém se assegure de que as escolhas estão fechadas. Há sempre aquele eleitor que, na última hora, muda a ideia e muda o voto.  

Triste é quando um eleito joga por terra toda a confiança que lhe foi depositada, como no caso do governador afastado, Wilson Witzel. O jornal trouxe uma excelente matéria sobre o fato e Witzel, além de ficar com o salário reduzido, terá de se mudar, com a família, do Palácio Laranjeiras. Se ele tem culpa ou não, isso é da competência da Justiça. Mas, cá para nós, morar no Palácio Laranjeiras deve ser uma experiência inusitada e, se é difícil chegar lá, sair, então, deve ser dureza! Feliz voto para todos nós!

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Benitez com nova idade

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Benitez com nova idade

O conhecido Benitez Silva, figura bastante querida de nossa cidade e que dispensa referências a mais, comemorou no último dia 5, com filhas, genros, netos e bisnetos, portanto, em família e de forma reservada e segura, seus 67 anos.

Ao querido Benitez, na foto em companhia da esposa Suely Teixeira Duarte da Silva, os parabéns desta coluna com votos sinceros de muitas felicidades.

Já está eleito!

Benitez com nova idade

O conhecido Benitez Silva, figura bastante querida de nossa cidade e que dispensa referências a mais, comemorou no último dia 5, com filhas, genros, netos e bisnetos, portanto, em família e de forma reservada e segura, seus 67 anos.

Ao querido Benitez, na foto em companhia da esposa Suely Teixeira Duarte da Silva, os parabéns desta coluna com votos sinceros de muitas felicidades.

Já está eleito!

Quem será eleito o prefeito ou prefeita de nossa cidade no próximo domingo naturalmente não sabemos por enquanto, porém uma certeza incontestável já temos: Nova Friburgo está eleito como o município do Brasil que tem mais candidatos a prefeito em relação a quantidade de moradores.

Também com 16 postulantes às prefeituras, temos as capitais Curitiba-PR, Goiânia-GO e Campo Grande-MT, assim como as cidades de Contagem-MG e Santos-SP.

Acontece, que Santos possui quase 434 mil habitantes; Contagem quase 380 mil e a nossa Nova Friburgo quase 200 mil.

Aniversários em família

Na tarde do último domingo, 8, entre seus queridos e mais próximos familiares, a sra. Alaydes Moreira da Silva Campos comemorou seus 88 anos completados dia 6. E nesta quarta-feira, 11, o clima de parabéns continua, pois Vanda Lúcia, uma das filhas de Alaydes, soma mais um ano de vida neste dia.

Nossas congratulações com votos de saúde e tudo de bom em suas vidas para mãe a filha (foto). Parabéns!

Atração na SEF

Com a situação caminhando para a normalidade, se Deus permitir, a querida Jack, do bar da Sociedade Esportiva Friburguense, anuncia que, como na última sexta-feira, 6, cumprindo rigorosamente todas as medidas sanitárias de segurança, promoverá na próxima sexta-feira, 13, mais uma noite de muita música ao vivo com o cantor Jackson Machado a partir das 20h.

Para os convidados, os convites custarão apenas R$ 5.

Almoço beneficente

No próximo sábado, 14, a partir das 10h no Sitio D'rupo, no Alto do Schuenck, distrito de Amparo, amigos de solidários corações estarão realizando sensacional costelão com o objetivo de arrecadar recursos financeiros para ajudar o gente boa Celso Rodrigues da Silva, sacoleiro bastante conhecido e querido em Nova Friburgo, que atualmente mora em Volta Redonda, a fazer com urgência uma cirurgia em decorrência de um câncer.

Os ingressos de R$ 50 para homens e R$ 20 para mulheres, darão direito a um suculento costelão, cerveja e refrigerante a vontade. A animação ficará por conta de shows com Toque Serrano (às 13h), Taxi Lunar (15h), Luan Severo (17h) e Viola de 6 (19h). Interessados em participar deste evento beneficente, ajudando e divertindo a valer, pode adquirir convites com Carlinhos através do telefone (22) 9 8166-0911.

Faz pleno sentido!

Como todos sabem, a corrida mundial segue a passos largos pela descoberta e produção de uma vacina contra a Covid-19, que até agora ainda não existe comprovadamente.

Diante disso, se pode refletir facilmente sobre uma lógica que deixa no ar muito mais perguntas do que respostas.

Por que, se a China está mesmo prestes a concluir a descoberta e produção em larga escala da tal vacina, não prefere primeiro aplicar em sua população e sim, vender, por exemplo, para o Brasil através do prefeito de São Paulo?

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A paz é fruto da justiça” (Is 32, 17)

terça-feira, 10 de novembro de 2020

A humanidade anseia ardentemente pela paz. Esta deve ser buscada em cada decisão e ação dos agentes sociais. A Doutrina Social da Igreja adverte que a paz é posta em perigo quando o homem é ferido em sua dignidade e quando a organização social não é orientada em direção ao bem comum, isto é, a construção de uma sociedade pacífica só será possível com a defesa e promoção dos direitos humanos (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 494).

A humanidade anseia ardentemente pela paz. Esta deve ser buscada em cada decisão e ação dos agentes sociais. A Doutrina Social da Igreja adverte que a paz é posta em perigo quando o homem é ferido em sua dignidade e quando a organização social não é orientada em direção ao bem comum, isto é, a construção de uma sociedade pacífica só será possível com a defesa e promoção dos direitos humanos (cf. Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 494).

O Papa Francisco em discurso às autoridades governamentais, à sociedade civil e ao corpo diplomático de Myanmar e Bangladesh afirmou categoricamente que “o árduo processo de construção da paz e reconciliação nacional só pode avançar através do compromisso com a justiça e do respeito pelos direitos humanos. A sabedoria dos antigos definiu a justiça como a vontade de reconhecer a cada um aquilo que lhe é devido, enquanto os antigos profetas a consideraram como o fundamento da paz verdadeira e duradoura” (28 nov. 2017).

Esta reflexão é sustentada pelas palavras do profeta Isaías: “A paz é fruto da justiça” (Is 32, 17). Nisto se engendra nossa responsabilidade comum em zelar pelo equilíbrio de todas as dimensões da pessoa humana e da sociedade. A conversão pessoal nos impõe “a obrigação de trazer às instituições e às condições de vida as correções convenientes para que elas se conformem com as normas da justiça e favoreçam o bem, em vez de se lhe oporem” (Catecismo da Igreja Católica, 1888).  

Aproximamo-nos de um importante dia em nossa luta pela justiça e pela paz: as eleições; oportunidade de todo cidadão participar efetivamente da vida comunitária, exercendo livre e responsavelmente seu dever cívico ‘com’ e ‘pelos’ outros.  Por isso, se faz necessário e urgente a conscientização desta ferramenta da democracia.

Assim, “merecem uma preocupada consideração todas as atitudes que levam o cidadão a formas participativas insuficientes ou incorretas e à generalizada desafeição por tudo o que concerne à esfera da vida social e política: atente-se, por exemplo, para as tentativas dos cidadãos de “negociar” com as instituições as condições mais vantajosas para si, como se estas últimas estivessem ao serviço das necessidades egoísticas, e para a praxe de limitar-se à expressão da opção eleitoral, chegando também, em muitos casos, a abster-se dela” (CDSI, 191).

No dia em que elegeremos nossos representantes municipais, cuidemos por escolher aqueles que manifestem propósitos de diligência e abnegação no desempenho de suas funções. Estejamos atentos aos ideais de igualdade, imparcialidade, fraternidade principalmente de justiça, pois quando esta “chega tarde ou não chega, se engendra muita dor e sofrimento, a dignidade humana fica ferida e o direito postergado” (Papa Francisco, carta ao presidente da Suprema Corte da Argentina).

Conscientes, respeitemos a ordem, busquemos as virtudes da prudência, sabedoria, integridade e fortaleza, afim de que, com nossas escolhas, derrotemos o mal e tutelemos a verdade.

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Padre Aurecir Martins de Melo Júnior é coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras

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Um brinde com champagne em taças de cristal

segunda-feira, 09 de novembro de 2020

É gratidão sentir vontade de homenagear pessoas que deixaram, ao
longo de suas vidas, através de sentimentos, ideias e realizações, riquezas
para nossas vidas e cidade. Faço questão de brindar, então, com champagne
em taça de cristal, os artistas da literatura que escreveram significativas
palavras em forma de poesia ou prosa.
Nova Friburgo deveria colocar placas com versos dos trovadores
friburguenses nas curvas da Serra da Boa Viagem, bem como espalhá-las em
suas praças e esquinas, cantos e recantos. Quando comento com alguém que

É gratidão sentir vontade de homenagear pessoas que deixaram, ao
longo de suas vidas, através de sentimentos, ideias e realizações, riquezas
para nossas vidas e cidade. Faço questão de brindar, então, com champagne
em taça de cristal, os artistas da literatura que escreveram significativas
palavras em forma de poesia ou prosa.
Nova Friburgo deveria colocar placas com versos dos trovadores
friburguenses nas curvas da Serra da Boa Viagem, bem como espalhá-las em
suas praças e esquinas, cantos e recantos. Quando comento com alguém que
a capital mundial da trova está no Estado do Rio de Janeiro, no município de
Nova Friburgo, praticamente ninguém tem conhecimento deste fato tão
interessante, quanto relevante. Poucos sabem que Nova Friburgo é o lugar
sagrado dos trovadores, inclusive o próprio friburguense! Um tamanho absurdo
que me faz tremer de indignação. Por quê? Não paro de me perguntar.
Ah, meus amigos leitores, temos um passado literário viçoso. Sabiam que
as ruas do centro da cidade guardam os passos de Machado de Assis, de
Carlos Drummond de Andrade e Casimiro de Abreu? Os ares que circulam
pelos seus vales estão cheios palavras, deixadas pelos tantos escritores que
nasceram ou passaram tempos em nossas montanhas e deixaram valiosos
legados literários, o que faz nascer, ano a ano, novos escritores no seio
friburguense. Mesmo aqueles que não são filhos da terra e foram adotados
pela região. Como eu, por exemplo.
A vida é passageira. Quem viveu e deixou algo para as gerações futuras,
que seja simples ou breve, deve ser reconhecido e homenageado. A nossa
identidade, enquanto pessoa ou povo, é feita de passado, de histórias que
podem ser contadas, de lembranças de pessoas que nos trazem orgulho e
admiração. Não somos oriundos de uma geração espontânea. Temos um
passado a preservar. Hoje é um bom dia para fazê-lo.
O mundo foi feito através dos ideais e da ação humana. A literatura,
através dos seus estilos, não somente os registrou, como os alicerçou. Nossos
antepassados nos ofereceram as bases para que nós continuemos suas obras.

Sempre inacabadas. Por assim serem, as gerações seguintes abraçam seus
ideais e vão dando prosseguimento aos empreendimentos da humanidade. Dia
a dia. Atualizando as causas do passado. Renovando.
Deixo, aqui, as vozes dos trovadores friburguenses. Quem sabe, eles
lancem sementes para a gestação de novos escritores.

Rico eu sou, mesmo sem ouro
E da riqueza, dou provas,
— eis aqui o meu tesouro:
Minha sacola de trovas.
(JG de Araújo Jorge)

É poesia sempre nova
Cultivada com amor
Se você gosta de trova
Pode ser um trovador
(Rodolfo Abbud)

Eu não ouço teus conselhos
Mas, quando fala a razão,
Meus pecados, de joelhos
Imploram por teu perdão
(Dilva Maria de Moraes)

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Eleições 1970: Uma simples campanha? Não. Verdadeira peregrinação cívica!

sábado, 07 de novembro de 2020

Pesquisado por Thiago Lima
Edição de 7 a 8 de novembro de 1970

 

MANCHETES:

Pesquisado por Thiago Lima
Edição de 7 a 8 de novembro de 1970

 

MANCHETES:

  • Simples campanha? Não. Verdadeira peregrinação cívica! - O MDB de Friburgo não entrou na campanha sucessória local, apenas, para demonstrar que não estava moribundo. Seus membros, líderes, seus mais autênticos condutores, jamais se acomodaram, nunca cruzaram as armas para possibilitar que inimigos da democracia ou aproveitadores de ocasiões, vencessem nas urnas pela omissão de seus chefes. Ao chamamento às eleições, os que se abrigaram na bandeira emedebista disseram presente e saíram às ruas conclamando a todos para o exercício do voto!
  • D’o Correio da Manhã de 5 de novembro último - As exportações brasileiras de carne bovina no primeiro semestre deste 1970 ultrapassaram em 32% as exportações do mesmo produto durante todo o ano de 1969. Precisa-se procurar razões para o brutal aumento de preço do mencionado produto? 
  • Apoio total do Dr. Dermeval à candidatura de Álvaro de Almeida - Em horários nobres da rádio local, o grande e queridíssimo mestre da medicina, dr. Dermeval Barbosa Moreira — que é, incontestavelmente, um dos maiores e legítimos condutores do eleitorado friburguense — vem ocupando o microfone para declarar, solenemente, sem rodeios ou jogo de palavras, seu apoio à candidatura de Álvaro de Almeida para prefeito de Nova Friburgo. do mesmo modo que integrado na campanha política encetada e desenvolvida pelo MDB de Friburgo. A reafirmação de atitudes e propósitos do dr. Dermeval tem por finalidade colocar ponto final em ilações afastadas da realidade, que é uma só: apoio total à candidatura do industrial Álvaro de Almeida.
  • Álvaro de Almeida não é uma promessa. É uma realidade -  Eis o homem, o experimentado administrador da coisa pública que apresenta-se como candidato ao cargo de prefeito de nossa terra.


PÍLULAS:

  • Não importa que se pregue abertamente contra a democracia. Os que a combatem não podem, naturalmente, compreender as belezas e os nobres ideais dos democratas, já que, tiranos por formação e falsidades interesse nas posições e nas vantagens do poder, ficam obumbrados, encastelados, e num pedestal de ilusórias predominâncias políticas, seguros por tênue fio, que se rompe com facilidade, para felicidade daqueles catalogados como suas vítimas… 
  • E não venham para cá a dizer que tudo está uma maravilha, que o povo está satisfeito, que é preciso bater palmas para muito do que existe por aí... Vá lá que o custo de vida não possa ser contido, que passe pela cabeça de alguém, mesmo com um máximo de boa fé, que o prenúncio é de dias melhores. Vamos dar de barato que assim seja. Mas, e até lá? — Morram todos de fome?
  • E já que as majorações terão que continuar, porque não ajusta os salários trimestralmente, mensalmente, permanentemente? — Bem, esta é a medida que a grande parte dos que vivem de salário quer e precisa e que acreditamos o presidente da República, Emílio Garrastazu Médici vai adotar, sem tardança, pois ninguém ousou ainda negar que o seu objetivo é o bem dos brasileiros.
  • Estamos na reta final das eleições. O pleito é um teste para muitos políticos. Uns espertos, compreenderam que estavam sendo repudiados e não entraram na aventura de novamente se candidatarem aos cargos eletivos. Outros, em processo de evidente "poluição de base" resolveram patrocinar novos candidatos aos embates eleitorais.
  • O MDB apresenta-se ao eleitorado com urna chapa de gabarito. O atual deputado Álvaro de Almeida tem a apoiá-lo contigentes eleitorais fortíssimos e oriundos de autênticas forças populares. A sua atuação de industrial e de homem público experimentado, probo, altruísta e de invejável espírito comunitário, auréolam o seu nome em todas as camadas sociais de Friburgo. Excelente candidato, trazendo a sua candidatura a credencial importante de ter sido um operoso deputado e um dos melhores Secretários de Trabalho e Assistência Social que possuiu o Estado do Rio de Janeiro.

 

SOCIAIS: 

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Jair de Castro Nunes e Dermeval Moreira (7); Cláudio Moreira da Costa, Sebastião Martins da Silva Mattos, Jofre Martins da Costa e Lilia Beatriz (8); José Mauro (9); Gildásio Coutinho e, Fátima Terezinha (10); Paulo Vassalo Azevedo, Leilah Braune, Adhemar de Araújo, Esmeralda Guedes Spinelli, Izolda Corrêa Braune, Jayra de Castro Nunes Ximenes e Liana Ventura (11); Higino Orlando (12) e registra também as bodas de ouro do casal Aeene e Humbert Joepgen (25). 

 

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Flores de luz

sexta-feira, 06 de novembro de 2020

Sejamos flores. Sejamos luz. Aprendamos a ver beleza, ser beleza. Não essa estereotipada, remexida, aparente. Beleza de alma, de sentimentos, de postura diante da vida, das pessoas, do mundo. Quando não soubermos para onde irmos e o que levarmos, lembremos delas. Na dúvida, ofereçamos flores. Levemos flores. Em uma pétala, pode haver o mundo inteiro. O mundo de alguém.

Sejamos flores. Sejamos luz. Aprendamos a ver beleza, ser beleza. Não essa estereotipada, remexida, aparente. Beleza de alma, de sentimentos, de postura diante da vida, das pessoas, do mundo. Quando não soubermos para onde irmos e o que levarmos, lembremos delas. Na dúvida, ofereçamos flores. Levemos flores. Em uma pétala, pode haver o mundo inteiro. O mundo de alguém.

Existindo por aí, interagindo com as pessoas, olhando as multidões, percebendo o cotidiano, não podemos alcançar com nossos olhos o que está por trás dos olhos daquelas pessoas. O mundo delas. Seus problemas, seus sonhos, seus amores, suas dificuldades. É uma imensidão inalcançável.

Mas se tem algo que venho aprendendo, é que de uma maneira geral, as histórias por trás das faces não costumam ser fáceis. Tantas vezes vi belos sorrisos e com alguma conversa e um pouco de sensibilidade percebi o tamanho da dor que as pessoas escondiam por trás daquele generoso e gentil esforço em sorrir. Quantas vezes eu disfarcei momentos difíceis utilizando o subterfúgio mais prático do qual podemos lançar mão quando não desejamos despertar a preocupação do outro – o sorriso?

Felizmente a vida sempre me deu muito mais razões para sorrir do que para chorar. E pela abundância de oportunidades que recebi e recebo diariamente, tento optar por oferecer a melhor versão desse recurso maravilhoso que Deus nos deu no meio do rosto. E assim escolho disfarçar um dia difícil, o cansaço extremo, uma notícia inesperada. Não por não ser transparente, mas por acreditar que o esforço gera luz. Inclusive esse estímulo em tentar sorrir para a vida em qualquer circunstância.

É como um ciclo, o primeiro sorriso atrai o próximo, que puxa o seguinte, que recompensa com a retribuição de alguém, que muda a vibração de tudo e que quando percebemos, já nos tomamos pela energia do sorriso, de quem é grato pela vida e deseja apresentar para o mundo a melhor versão de seu estado de espírito.

E as flores? Então .... convido o leitor para uma experiência nada científica, porém que dá muito certo na prática. Já fiz o teste e é hors concours. É assim: quando alguém estiver triste, enfrentando uma doença, encarando uma fase de luto, passando por muitos problemas, vivenciando preocupações, sentindo-se carente, precisando de afeto e carinho (ou seja, quase todas as pessoas que conhecemos), ofereça uma flor para ela. Pode ser uma única flor. Não precisa ser o jardim inteiro: mas empreguem nela o sentimento do jardim inteiro, do jardim de amor, perdão, compaixão, beleza, união, superação, fraternidade e principalmente, de gratidão. Coloque ali o desejo de que a vida seja tão bela quanto a flor.  A alquimia é perfeita. A flor, obra-prima da arte divina, e o seu sentimento, sua intenção de levar felicidade a alguém.

O resultado dessa magia é uma flor de luz que pode transformar a vida de alguém, a começar pela sua, assim como muitas vezes transforma a minha. Por isso digo e repito, na dúvida, ofereça uma flor com o melhor dos sentimentos. Ela harmoniza lares, aquieta mentes, embeleza vidas, enriquece relações, alegra as pessoas. Tem um poder grandioso. A importância desse gesto pode ter um valor inestimável na vida de alguém, e render belos sorrisos. De dentro para fora. Da alma.

Meu admirado poeta Manoel de Barros certa vez escreveu sobre importâncias, belo texto cujo trecho desejo compartilhar aqui: “Um fotógrafo-artista me disse outra vez: veja que pingo de sol no couro de um lagarto é para nós mais importante do que o sol inteiro no corpo do mar. Falou mais: que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem com barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.

Assim um passarinho que pousa nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que a Cordilheira dos Andes. Que um osso é mais importante para o cachorro do que uma pedra de diamante. E um dente de macaco da era terciária é mais importante para os arqueólogos do que a Torre Eifel. (Veja que só um dente de macaco!) Que uma boneca de trapos que abre e fecha os olhinhos azuis nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que o Empire State Building.”

Assim, garanto, uma flor de luz pode mudar o mundo de alguém. Nem que seja por alguns instantes...

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É um bom momento para entrar na Bolsa de Valores?

sexta-feira, 06 de novembro de 2020

A ideia do título foi buscar a identificação de muitos leitores com a questão elaborada. A propósito, você também já se fez essa pergunta?

Seja sincero consigo enquanto estiver lendo este texto. Esse é um questionamento muito comum entre meus clientes que estão iniciando sua jornada na renda variável. Contudo o primeiro ponto a ser esclarecido antes de responder esta pergunta é entender – e o meu papel é explicar – a diferença entre investimento e especulação.   Basicamente, a diferença está na filosofia relacionada a forma de lidar com seu capital.

A ideia do título foi buscar a identificação de muitos leitores com a questão elaborada. A propósito, você também já se fez essa pergunta?

Seja sincero consigo enquanto estiver lendo este texto. Esse é um questionamento muito comum entre meus clientes que estão iniciando sua jornada na renda variável. Contudo o primeiro ponto a ser esclarecido antes de responder esta pergunta é entender – e o meu papel é explicar – a diferença entre investimento e especulação.   Basicamente, a diferença está na filosofia relacionada a forma de lidar com seu capital.

Investir requer paciência, tempo, estudo e o suporte de um profissional. Ao contrário da especulação (e de muitos filmes sensacionalistas), investir não requer agilidade nas tomadas de decisão e muito menos emoção diária com a flutuação de preços dos ativos. Investimentos, a propósito, não podem ser encarados apenas como atividade em Bolsa de Valores; abrir um negócio próprio, por exemplo, também é investir. Aqui – nos investimentos – são diversas as formas de remuneração pela atividade, e entre elas destacam-se os dividendos, juros sob capital próprio e, até mesmo, a valorização da cotação do ativo. Ademais, os ganhos não param por aí, pois bons negócios lucram e repassam, através da arrecadação de impostos, parte dos seus ganhos para a sociedade.

Especular, por outro lado, requer o timing perfeito entre as operações. Ao contrário de investir, filosofia que lhe permite comprar boas cotas e acumulá-las ao longo de uma vida inteira, especular te obriga a comprar e vender (ou vender e comprar, sim há recursos para te possibilitar a venda do que você ainda não tem) suas posições num curto período de tempo. A expectativa, aqui, é alcançar ganhos ainda mais expressivos no curto prazo em troca de riscos ainda mais consideráveis. Esta, vale a pena ressaltar, é uma atividade essencialmente profissional. O risco é enorme para amadores e pode causar perdas irreversíveis; se pensa em tornar-se especulador estude bastante antes de começar a arriscar seu capital em algo ainda inexplorado.

Portanto, retomando o questionamento que intitulou este texto, todo dia é um bom momento para entrar na Bolsa de Valores; basta saber o motivo por fazer parte dela.

(Gostei dessa divisão de parágrafos entre investir e especular, seguiremos assim para identificar os porquês de entrar na Bolsa o quanto antes – e com todo o suporte profissional necessário, é claro! Afinal, não é uma brincadeira ou algo para ser divertido.)

Investir hoje vai te poupar tempo para começar a colher frutos desta atividade. A primeira coisa que você precisa se atentar é que a Bolsa de Valores não se resume ao Ibovespa; dentro deste índice, você pode contar com mais de 300 opções de empresas de capital aberto para se tornar sócio. Por essas e outras, faça boas escolhas, seja sócio de boas empresas e não se assuste com os impactos psicológicos da cotação instantânea – o investidor não pode estar preocupado apenas com a flutuação de preços de ativos; a preocupação deve estar na qualidade dos serviços prestados, divisão de lucros com acionistas e projeção futura para o modelo de negócio. Por fim, investir não deve lhe tomar tempo demasiado e, muito menos, lhe tirar o sono.

Especular, por sua vez, também pode fazer parte da sua estratégia o quanto antes (desde que tenha-se o reconhecimento dos altos riscos). Afinal, ativos em valorização ou desvalorização são possibilidades de alcançar lucros; basta fazer a escolha certa – e isso não é nada fácil.

Por fim, espero ter esclarecido estes conceitos a fim de elucidar suas ideias sobre o momento certo para começar a investir.

A resposta para o título? Sim, é um bom momento para entrar na Bolsa de Valores

PS.: sou investidor.

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Jardins, pomares e quintais

quinta-feira, 05 de novembro de 2020

De acordo com o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda quintal é uma pequena quinta, pequeno terreno muitas vezes com jardim ou com horta, atrás da casa. Já a quinta é uma grande propriedade rústica, com casa de habitação. É provável que a palavra quintal desapareça de nossa memória coletiva daqui há algumas décadas. Não existe mais a concepção de quintal nos projetos atuais de arquitetura.

De acordo com o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda quintal é uma pequena quinta, pequeno terreno muitas vezes com jardim ou com horta, atrás da casa. Já a quinta é uma grande propriedade rústica, com casa de habitação. É provável que a palavra quintal desapareça de nossa memória coletiva daqui há algumas décadas. Não existe mais a concepção de quintal nos projetos atuais de arquitetura. Atualmente quando se projeta o jardim nas residências no máximo se planta uma jabuticabeira, não sei por quê mas é a única árvore nativa eleita pelos paisagistas numa referência aos outrora pomares.

Na história da urbanização de Nova Friburgo o melhor exemplo de uma quinta é a da Vila Amélia, do imigrante português Antônio Alves Pinto Martins. Nascido no Minho em 1862, casou-se com Carolina Gomes da Rocha e no ano de 1914 mudou-se com a família para Nova Friburgo. Instalou a sua quinta às margens do Córrego do Relógio e deu o nome de Vila Amélia em homenagem a única menina entre os seus oito filhos. Construiu na Vila Amélia um palacete inaugurado no dia 18 de maio de 1916.

Na propriedade havia um pomar com pereiras, macieiras, goiabeiras, canforeiras, jabuticabeiras, laranjeiras, caquis, tojos, bananeiras, pita e nêsperas. Na várzea Pinto Martins plantou hortaliças, legumes, aspargos e produziu igualmente na quinta queijo, manteiga, mel, linguiças de porco defumadas e vinho. Flores como rosas, margaridas, azaléas, orquídeas, palmeirinhas, boca de leão e principalmente cravos eram cultivadas para comercialização.

Duas residências eram consideradas verdadeiras pérolas no centro da cidade, a casa de madame Santana e a de Dona Vitalina. A primeira, hoje um estacionamento em frente à prefeitura, tinha um belíssimo jardim de camélias e um pomar com variadas frutas. A segunda com um suntuoso pomar deu lugar ao shopping center da praça. Os quintais das residências no centro da cidade se estendiam até a avenida que margeava o Rio Bengalas. Logo, os proprietários podiam se dar ao luxo de possuírem extensos pomares.

Até aproximadamente o final do século 19 era muito comum haver nas residências da elite um pombal. Nas casas dos distritos rurais de Nova Friburgo ainda se pode encontrar os tradicionais quintais como o que vi na residência de Míriam Schuenck no distrito de Amparo. Possui um pomar com muitas fruteiras, horta com verduras e plantas medicinais, galinheiro, uma canaleta por onde passa a água captada da nascente do morro e um forno de barro. Havia também um arbusto de café, muito comum nos quintais de quase todas as residências rurais de Nova Friburgo. Lembrando que o pé de café foi inicialmente considerado como uma planta ornamental antes de se tornar no mais importante produto de exportação no Brasil Império.

No passado era também comum nos quintais haver um estoque de lenha para o fogão entre muitas outras tralhas. No quintal de Dona Zali em São Pedro da Serra encontrei salsinha, couve, azedinha, tomate dos índios ou tomate da Índia, uvaia, funcho, alecrim, arruda, saião, hortelã, marcela branca, erva-doce, malva, erva-macaé, pé de fumo, arbusto de café e, claro, um galinheiro. Era comum a criação nos quintais do porquinho macau ou pirapitinga. No caso do distrito de São Pedro e Lumiar se tornou proibitivo em razão da reclamação da vizinhança. Já no distrito rural do Campo de Coelho localizei residências com criação do porquinho caipira como no quintal de Almir Tardin.

O marmelo era outrora muito plantado em Nova Friburgo. Na venda de uma chácara nesse município anunciada no Jornal do Brasil em 1916, destaca-se que a propriedade de três alqueires além de diversas árvores frutíferas possuía um pomar com 400 marmeleiros. Na chácara do Chalet (atual Country Club) foram plantadas pelo proprietário anterior Eduardo Guinle sapucaias, jambeiros, coqueiros, pereiras d’água, pera ferro, marmelo, cerejeira, macieira, caquizeiros, pessegueiros, laranjeiras, ameixeira, goiabeiras, jabuticabeiras, framboeiseiros e bananeiras. Neste pomar a jabuticabeira e a sapucaia são as únicas árvores nativas.

Sapucaia cujo fruto é belíssimo vem do tupi e significa “fruto que faz saltar o olho”. Os frutos possuem cascas lenhosas e as sementes se assemelham às castanhas. Era muito apreciada pelos indígenas que ofereciam cocos de sapucaias, andayá, palmitos e “bichos de tacuára” aos colonizadores portugueses como sinal de amizade.

Com a introdução no Brasil pelos portugueses do marmelo, figo, pêssego, banana, manga, melão, pera e laranja, para ficar em apenas alguns exemplos, inúmeras frutas nativas deixaram de ser comercializadas e hoje são completamente desconhecidas da população. São exemplos de frutas nativas além da jabuticaba e da sapucaia, mocuguê, pitomba, araçá, ibacurupari, ibanemixama, imbu, araticum, guri, caía, iapina, audá, ingá, juá, maçaramduba, murici, ibaraé etc. Ter quintais como outrora é algo impensável nos dias de hoje. Mas além da jabuticabeira, oxalá que outras árvores frutíferas nativas caiam no gosto dos paisagistas. 

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    No quintal de Miriam Schuenck uma canaleta capta água do morro

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    Localizei no quintal de Almir Tardin criação do porquinho caipira

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    Um quintal em São Pedro da Serra da família Ouverney

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Quer melhorar a sua autoestima?

quinta-feira, 05 de novembro de 2020

Do ponto de vista espiritual é difícil pensar em autoestima porque como seres humanos todos possuímos egoísmo inato. Ao longo da vida temos, então, a chance e a escolha de lutar contra isto para nosso próprio bem e nossa utilidade em auxiliar outras pessoas.

Do ponto de vista espiritual é difícil pensar em autoestima porque como seres humanos todos possuímos egoísmo inato. Ao longo da vida temos, então, a chance e a escolha de lutar contra isto para nosso próprio bem e nossa utilidade em auxiliar outras pessoas.

Por outro lado, quando pensamos em autoestima sob o ponto de vista psicológico, muitos de nós necessitamos de correções em nossa maneira de pensar, de sentir, de agir, de nos relacionarmos com os outros e conosco mesmos a fim de melhorar a autoestima que prefiro chamar de autorrespeito. Vamos ver algumas coisas práticas sobre isto.

Primeiro de tudo para você conseguir melhorar seu autorrespeito perceba se surgem em sua mente pensamentos de auto-ataque, de auto-depreciação. Se isto ocorre, então interrompa estes pensamentos assim que eles surgirem, dizendo para si mesmo: “Não vou permitir que este tipo de pensamento continue aqui em minha consciência me perturbando.” E em seguida focalize sua mente em outra coisa.

Faça algo, se possível a cada dia, que não tenha vontade de fazer e que talvez você esteja adiando faz tempo. Isto auxilia a expandir a capacidade de lidar com a frustração. Outra coisa é valorizar o que você consegue fazer e ser. No final do dia, ao deitar, pense um pouco no que conseguiu realizar naquele dia, especialmente aquilo que não tinha vontade de fazer, mas fez porque era necessário. Também pense em algum tipo de comportamento que você conseguiu ter e que foi melhor do que no passado. Valorize estas conquistas, agradecendo a Deus por ter conseguido praticá-las.

Importante também para melhorar seu autorrespeito é cuidar bem de sua aparência física. Isto não significa que você vai ficar obsessivo, obsessiva com seu corpo, seu rosto, seu vestuário. Obsessão é doença. Mas cuidar bem de sua estética mantendo seu corpo asseado, com bom odor, cuidar de seu peso, manter seu cabelo penteado e limpo, usar roupas limpas e arrumadas, tudo isto é saudável e contribui para seu bem estar mental. Li um texto certa vez que o autor dizia que às vezes colocava um ótimo perfume não porque iria a uma festa, mas porque ele mesmo queria sentir aquele odor agradável. É como você dar um presente para si mesmo.

Muito importante para evitar cair numa baixa autoestima é se tornar pedinte de afeto e de atenção aos outros. Sim, precisamos ser amados. Mas cuidado para não cair numa postura de carente porque as pessoas ao seu redor não o amam da maneira como você gostaria. Lembre-se de que não há ser humano que possa nos amar de forma ideal. Isto significa que sempre existe uma falta nesta questão. Mas você pode gostar de si mesmo e se tratar bem independentemente da maneira como as outras pessoas tratam você.

Faça esforços para ler e estudar algo proveitoso. Não é ler besteira. Seu cérebro feito de forma tão maravilhosa por Deus não merece isso. Quem sabe você pode fazer algum curso pela internet, ou numa escola, no Senai, Sesi, Senac, Sebrae, ou um curso superior que sempre desejou fazer. Nunca é tarde para começar a estudar. E lendo algo proveitoso, que possa ser útil para você ajudar alguém, ajuda muito sua noção de valor pessoal.

Finalmente, uma prática que produz muito bem estar pessoal e ajuda no autorrespeito tem que ver com você fazer alguma coisa para aliviar o sofrimento de alguma pessoa, de qualquer pessoa, seja da sua família ou não, da sua rede de amizades ou não. Ajudar voluntariamente promove saúde física, saúde mental e espiritual, fortalece o sistema imunológico. Ajudar ajuda a quem oferece ajuda. Pratique estas coisas e veja como seu respeito pessoal irá melhorar, claro, mantendo uma postura de simplicidade, humildade e não de arrogância.

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O Detran não pode ser sério

quarta-feira, 04 de novembro de 2020

Há pelo menos 15 dias que não se consegue agendar transferências de propriedade de veículos, fazer o licenciamento anual ou emplacamento de carros novos. Segundo explicações colhidas entre pessoas que lá trabalham, não foi renovado o contrato com a fábrica de placas que fazia o serviço e, até agora, não foi fechado um novo convênio. O resultado é a dor de cabeça que isso causa aos proprietários de veículos, sem falar nos prejuízos monetários.

Há pelo menos 15 dias que não se consegue agendar transferências de propriedade de veículos, fazer o licenciamento anual ou emplacamento de carros novos. Segundo explicações colhidas entre pessoas que lá trabalham, não foi renovado o contrato com a fábrica de placas que fazia o serviço e, até agora, não foi fechado um novo convênio. O resultado é a dor de cabeça que isso causa aos proprietários de veículos, sem falar nos prejuízos monetários.

No caso de aquisição de um veículo novo, quem tem convênio com o programa “onda livre” não pode regularizar o serviço, pois para isso é necessário que o carro esteja emplacado. Em consequência, paga-se duas vezes pelo serviço: a mensalidade mais o pagamento do pedágio, quando se transita por estradas privatizadas. Além do mais, é muito arriscado sair do estado apesar das informações de que com a nota fiscal do novo veículo e do protocolo de solicitação do serviço, junto ao Detran, pode-se transitar pelas estradas de outros estados, federais ou não. O problema é que ninguém tem culpa da esculhambação que tomou conta do Rio de Janeiro, nos últimos 30 anos, e a probabilidade de se ter o veículo aprendido pelo controle, nas estradas, é real. Os outros estados já realizam esse serviço, pelo menos o de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Na realidade fui muito ingênuo e coloquei na nota fiscal do meu carro meu endereço de Nova Friburgo e dei entrada no Detran com o pedido de emplacamento. Se tivesse acionado um despachante nos estados que citei, teriam me mandado um endereço, que sairia na minha nota fiscal e eu já estaria com a placa e a documentação regularizada. Fui querer ser cumpridor dos deveres de cidadão e me dei muito mal. Ser honesto no Rio de Janeiro de hoje é uma grande burrice.

A informação que se recebe é que não há previsão para restabelecimento do serviço, ou seja, nada de transferências, nada de emplacamentos, por tempo indeterminado. Ao que parece a questão é a seguinte: desde que o governador, ou seria ex, entregou a escolha do diretor do órgão máximo do trânsito do estado para a Assembleia Legislativa, já estamos no quinto indicado. Se cada um que passa a ocupar o gabinete do chefe se dá ao direito de escolher uma nova fábrica de placas, aonde iremos parar ou será que temos tantos fabricantes no mercado? Ou existem outros motivos?

Na Europa e, creio que nos Estados Unidos também, a placa é do dono do veículo, ou seja, quando ele adquire um novo ou usado, a placa continua a mesma, passa de um veículo para outro. Aliás, é por isso que na França, quando se compra carros, o emplacamento e a documentação são feitos no próprio local da compra. Ela é, então, enviada para o órgão regulador da circulação de veículos pela própria agência; com isso diminui-se a burocracia e o molha mão, tão característico no nosso estado.

Fazer qualquer serviço, no Detran, sem o auxílio de um despachante é uma batalha encarniçada, que só se consegue depois de muita luta. Nada contra os despachantes, pois eu mesmo não abro mão do meu, mas o final feliz deveria ser igualitário.

Lembro-me, quando ainda havia vistoria anual por aqui e em outros estados já tinha sido abolida, emplaquei um carro no Espírito Santo. Mandei a nota fiscal e a minha documentação para um despachante e, em uma semana, estava recebendo pelos Correios placas e o DPVAT. Simples, não? Tenho um amigo que trocou de carro na mesma época que eu, e já está com tudo regularizado, podendo inclusive viajar para fora do estado, com seu veículo. Simples, não?

Maldito estado, onde a corrupção é a tônica e seguindo a máxima de Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. Porque fui nascer logo aqui? Ao invés de ser sofredor, torcendo pelo Botafogo, poderia ser Internacional ou Grêmio, São Paulo ou Santos e muitos outros clubes vencedores espalhados por esse Brasil.

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